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7/26/2019 Aula 08Pedagogia
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A nutrio em debate
objet
ivos
8A
ULA
Pr-requisitos
Meta da aula
Destacar a importncia da nutrio correta e osproblemas decorrentes da alimentao inadequada,
ressaltando os cuidados na manipulao de alimentose o uso de aditivos qumicos, agrotxicos e alimentos
geneticamente modicados.
Esperamos que, aps o estudo do contedo desta aula, voc seja capaz de:
Diferenciar os alimentos quanto origem.
Relacionar os diferentes tipos de nutrientes sua funo.
Analisar criticamente a funo nutricional dos alimentos.
Discutir a importncia da ao governamental por meio de Programasno combate desnutrio de escolares.
Reconhecer mitos e crenas acerca de alimentos.
Propor e discutir atividades de Educao e Sade voltadas para alunose professores da Educao Bsica e da comunidade.
Reveja as Aulas 1, 2,3, e de 8 a 16 de Bioqumica que discutem as
propriedades fsico-qumicas e funcionais das biomolculas.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
INTRODUO Nesta aula, discutiremos a importncia da alimentao balanceada. Para tal,
apresentaremos os nutrientes e suas funes. Algumas regras para a boa
alimentao sero vistas, bem como algumas referentes manipulao de
alimentos. Questes atuais, como o debate sobre o uso de alimentos orgnicos,
a utilizao de agrotxicos e os alimentos transgnicos, tambm tero lugar.
NUTRIO, ALIMENTOS E NUTRIENTES
Andra Galante (2005), presidente da Associao Brasileira de
Nutrio, alerta que o conceito de nutrio evoluiu muito nos ltimos
cinco anos, em decorrncia do avano tecnolgico, o que possibilitou uma
ampliao do conhecimento acerca dos alimentos e da relao de preveno
de doenas e promoo da sade. Hoje se fala em nutrio funcional, conceito
que engloba a nutrio e todas as descobertas e avanos tecnolgicos. Mas,
anal, o que vem a ser nutrio? o mesmo que alimentao? Para Ribeiro
e Cozzolino (2005, p. 38), nutrio : Ato ou efeito de nutrir(-se), o qual
compreende um conjunto de processos que envolvem desde a ingesto do
alimento at sua assimilao pelas clulas.
Quanto alimentao, nio Moura (1993) destaca que esta o
ato voluntrio de consumir alimentos. Assim, por meio da alimentao,
o indivduo pode nutrir seu organismo, j que o alimento compreende a
fonte de matria e de energia. Existe uma grande variedade de alimentos,
e, sem muito esforo, voc capaz de enumerar alguns exemplos: pes,
frutas, leite, verduras, carne e outros. Mas, embora diferentes, a maioria
composta por seis grupos de substncias os nutrientes cujos teores
so variveis e que efetivamente nutrem o organismo (MOURA, 1993,
p. 166). Os seis grupos de nutrientes, de que voc possivelmente j ouviu
falar, so: carboidratos, protenas, lipdeos, vitaminas, minerais e gua.
A nutrio dependente da quantidade e qualidade dos nutrientespresentes nos alimentos e necessrias ao pleno funcionamento do organismo.A complexidade de fatores envolvidos nas etapas da nutrio suscita a dvida:o que nos garante que a quantidade de nutrientes existente na dieta serutilizada pelo organismo? O termo biodisponibilidadepassou a ser utilizado,a partir dos anos 80, para indicar a proporo de determinado nutriente queseria realmente utilizada pelo organismo. Assim, a biodisponibilidade de umnutriente o resultado de um processo dinmico, o qual sofre a inuncia defatores diversos, relacionados dieta e tambm ao indivduo. Para maioresinformaes a este respeito, voc pode consultar o livro Biodisponibilidade
denutrientes, de Slvia M. Franciscato Cozzolino (MANOLE, 2005).
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ATIVIDADE
1. Os alimentos podem ser classicados quanto origem. Completeo quadro a seguir, inserindo os exemplos apresentados de acordo
com sua origem.CARNE FRUTAS MANTEIGA GUA AZEITE OVOS QUEIJO
SAL IOGURTE ARROZ FEIJO PEIXE MILHO
RESPOSTA COMENTADA
Voc no deve ter tido diculdades em responder a esta questo,
comumente utilizada para alunos do Ensino Fundamental. Nesse
caso, possvel e recomendvel realizar variaes, com desenhos e
colagem de gravuras.
Os nutrientes podem ser classicados quanto sua natureza e
sua funo predominante. Quanto natureza, podem ser orgnicos ou
inorgnicos, e quanto funo, plsticos, energticos ou reguladores. Os
nutrientes orgnicos so as protenas, os lipdeos e os carboidratos, pois
apresentam carbono em sua composio. So encontrados exclusivamente
em alimentos de origem animal e vegetal. J os nutrientes inorgnicos
(no possuem carbono) so a gua e os sais minerais, encontrados em
alimentos de todas as origens animal, vegetal e mineral.
ANIMAL VEGETAL MINERAL
ANIMAL VEGETAL MINERAL
CARNE FRUTAS GUA
IOGURTE AZEITE SAL
MANTEIGA ARROZ
OVOS FEIJO
QUEIJO MILHO
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Educao em Sade | A nutrio em debate
Geralmente, os nutrientes so divididos em duas classes: macronutrientes emicronutrientes. Os primeiros incluem as protenas, as gorduras, os carboidratose alguns minerais, requeridos em grandes quantidades diariamente, constituindoa maior parte da dieta e fornecendo a energia e os componentes necessriospara o crescimento, a manuteno e a atividade humana. Os micronutrientes
so requeridos em pequenas quantidades, variando de miligramas (um milsimodo grama) a microgramas (um milionsimo do grama) (BERKOW, 2002).
FUNES DOS NUTRIENTES
A seguir, apresentaremos as principais funes dos nutrientes.
Protenas
As protenas so os principais elementos plsticos do corpo,participando da formao e do crescimento dos tecidos, dos rgos e
de estruturas celulares (SANTOS, 1993). Alm da funo estrutural,
tambm cumprem funes reguladoras (enzimas), hormonal, de defesa
(anticorpos) e de transporte nos uidos biolgicos. So molculas
grandes compostas por combinaes de 20 aminocidos, cuja seqncia e
proporo so variveis. Quando as protenas ingeridas nos alimentos so
digeridas, liberam os aminocidos que, absorvidos atravs das paredes
do intestino delgado, chegam s clulas, onde so reconstrudos emprotenas diferentes das originais (SANTOS, 1993).
As protenas so uma fonte de calorias, e podemser fonte de energia se houver insuficinciade carboidratos, o que acontece em condiesespeciais, como, por exemplo, desnutrio grave(CARROLL & SMITH, 1996) ou exerccio exaustivo(CLARK, 1998).
Do ponto de vista nutricional, os aminocidos foram, a princpio,
descritos como essenciais e no-essenciais, sendo que os primeiros, o
organismo no consegue produzir em quantidades sucientes, devendo
ser adquiridos por meio da alimentao. Mais recentemente, a classe
dos aminocidos condicionalmente essenciais foi introduzida. Estes
so denidos como aqueles que podem ser considerados essenciais em
determinados estados siolgicos ou em determinadas condies clnicas
(TIRAPEGUI, CASTRO & ROSSI, 2005).
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Tirapegui, Castro & Rossi (2005: 71) apresentam a classicao
nutricional dos aminocidos:
ESSENCIAISCONDICIONALMENTE
ESSENCIAISNO-ESSENCIAIS
Fenilalanina Glicina Alanina
Triptofano Prolina cido asprtico
Valina Tirosina cido glutmico
Leucina Serina Asparagina
Isoleucina Cistena e Cistina
Metionina Taurina
Treonina Arginina
Lisina Histidina
Glutamina
As protenas podem ser encontradas em alimentos de origem animal
e vegetal. Com relao biodisponibilidade, podemos classic-las em
protenas completas, parcialmente incompletas e totalmente incompletas.
As de origem animal (carne, leite e derivados, peixes, aves e ovos) so
consideradas completas, pois fornecem todos os aminocidos essenciais ao
organismo, em quantidades adequadas ao crescimento e manuteno. As
protenas parcialmente incompletas, como as provenientes de leguminosas,oleaginosas e cereais, possuem aminocidos em quantidade suciente
apenas para a manuteno orgnica. A gelatina um exemplo de protena
totalmente incompleta, pois a quantidade de aminocidos essenciais no
supre nem as necessidades para a manuteno do metabolismo.
Os alimentos, entretanto, podem ser combinados para obter
protenas completas (CARROLL & SMITH, 1996). Uma mistura
adequada de leguminosas, as quais contm cerca de 10 a 30% de
protenas (feijo, soja, ervilhas), com cereais (6 a 15% de protenas)como arroz, trigo, milho, na mesma refeio, poderia apresentar valor
nutricional protico equivalente s protenas de origem animal, desde
que consumida em propores balanceadas. Esta mistura lembra algo
familiar ao povo brasileiro? O arroz e feijo, sem dvida, um bom
exemplo da complementao nutricional de protenas.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
Carboidratos
Os carboidratos (ou acares) so a fonte de energia primria do
organismo (CLARK, 1998). Por sua importncia secular na alimentao,
aliada ao fenmeno da transio epidemiolgica no incio da dcada de
1980, nos pases economicamente desenvolvidos, ou seja, altas taxas de
doenas crnicas no transmissveis (diabetes, dislipidemias, doenas
cardiovasculares e obesidade, por exemplo), foram intensicadas as
necessidades de caracterizar melhor as propriedades qumicas e as
caractersticas siolgicas dos carboidratos.
O ndice glicmico (IG) dos alimentos foi desenvolvido para compreender o efeitosiolgico proporcionado por diferentes fontes de carboidratos, componentes de umadieta habitual mista. Pode ser denido como o incremento sobre a curva glicmica(ou seja, a resposta da glicose sangnea), causado pela ingesto de 50 gramas deum alimento fonte de carboidratos, expresso como um percentual da rea da curvaglicmica produzida pela mesma quantidade de carboidrato de alimento padro.Aritmeticamente, temos:
IG = aumento da rea na curva glicmica do alimento teste x 100
aumento da rea na curva glicmica do alimento padro
(HENRIQUES, 2005).
Assim, a classificao mais recente estabelece quatro tipos
de acares: os monossacardeos (glicose, frutose e galactose), os
dissacardeos (sacarose, maltose e lactose), os oligossacardeos (ranose,
maltodextrinas, fruto e galactoligossacardeos) e os polissacardeos
(amido, pectina, glicognio e celulose). Os mono e dissacardeos so
denominados carboidratos glicognicos, pois so capazes de se converter
em glicose mais rapidamente, disponibilizada para ser utilizada pelo
organismo (HENRIQUES, 2005).
Cerca de 10 a 15% da massa corporal formada por protena, embora seu contedovarie nas diferentes clulas (clula cerebral = 10%; hemcias e clulas musculares = 20%).Como no existem reservatrios de protena no corpo, as necessidades nutricionaisdevem ser supridas pela dieta. Quando isso no acontece, pode ser instalado um quadrode desnutrio protico-energtica (DPE), cujos casos mais graves so o marasmo(decincia crnica de energia causada por decincia na alimentao durante alactao) e o Kwashiorkor,alm de formas combinadas dos dois tipos. Este ltimo uma palavra africana que signica o primeiro e o segundo. Acomete crianas de 1 a4 anos, no ltimo perodo de lactao, desmame e ps-desmame e caracteriza-se poruma decincia crnica de protenas. O primeiro e o segundo refere-se ao fato dea me deixar de amamentar o primeiro lho, por ocasio do nascimento do segundo,deixando, aquele, de receber protenas via leite materno e tendo, como substituinte,apenas fontes de carboidratos (farinhas, pes, massas etc.).
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Os oligossacardeos ocupam uma posio intermediria entre as
molculas de mono e dissacardeos, mais simples, e as longas cadeias de
polissacardeos. Inulina e frutoligossacardeos so oligossacardeos com
caractersticas de FIBRAALIMENTAR, pois escapam da digesto tpica dos
carboidratos, chegando s regies mais distais do trato gastrintestinal.
Alm disso, so pr-biticos autnticos, ou seja, estimulam o crescimento
de algumas espcies de bactrias, o que gera seletividade no clon,
reduzindo a populao de microorganismos patognicos.
O glicognio um polissacardeo de armazenamento presente nos
msculos e fgado de mamferos. Uma pessoa bem nutrida, com cerca de
80 Kg, armazena cerca de 500g de carboidratos no corpo. A dieta pode
afetar signicativamente a quantidade armazenada: um jejum de 24 horas
ou uma dieta isocalrica (calorias normais) pobre em carboidratos reduz
drasticamente as reservas de glicognio. J a mesma dieta, por vrios
dias, se for rica em carboidratos, duplica as reservas, em comparao
com uma dieta balanceada (McARDLE, KATCH & KATCH, 2002).
FIBRAALIMENTAR
qualquer materialcomestvel que no
seja hidrolisado pelasenzimas endgenas
do trato digestivode humanos
(RESOLUO RDC 40de 21/03/2001 Anvisa
apudFILISETTI &LOBO, 2005: 174).
encontrada em vegetais,frutas, gros integrais,
sementes, algas marinhase razes (idem).
Erroneamente, muitas pessoas acreditam que os carboidratos so osviles das dietas. muito comum, ento, quando se pretende emagrecer,restringir drasticamente a ingesto de alimentos fontes desse nutriente,
o que pode trazer conseqncias como fraqueza e sonolncia. Almdisso, os carboidratos so a nica fonte de energia para o crebroe so os primeiros a serem utilizados como fonte de energia para ofuncionamento do corpo (STELLA, 2005).
Santos (1993) apresenta uma ampla lista de alimentos para
exemplicar esse grupo de nutrientes: cereais (arroz, aveia, trigo, milho)
e derivados (massas, po, farinhas, mingaus etc.); frutas (banana, ma,
tangerina, uvas), razes e tubrculos (beterraba, mandioca e batata).O acar branco nada mais do que
o renamento do acar natural de
vegetais, como, por exemplo, da cana,
da beterraba etc. Contm, portanto,
alta concentrao de glicdios. Outra
grande fonte de acar o mel, que
tambm renado e concentrado,
mas por meio de um processo natural(so as abelhas que o fazem).
Uma caloria a quantidade de calor necessria para elevar de 1Ca temperatura de 1kg (1L) de gua. A quilocaloria (Kcal) denemais corretamente a caloria. O valor energtico total (bruto) dosmacronutrientes medido por calormetros tipo bomba. O calorliberado pela queima do alimento neste calormetro conhecidocomo calor de combusto ou valor energtico total do alimento. Paraa queima de 1g de cada um dos diversos macronutrientes puros, osvalores encontrados so: carboidrato = 4,20Kcal; protena = 5,65Kcal;lipdio = 9,45Kcal. Assim, os lipdios liberam cerca de 65% mais energiapor grama do que as protenas e 120% mais do que os carboidratos
(McARDLE, KATCH & KATCH, 2002).
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Lipdios
Os lipdios ou gorduras podem ser divididos em saturados e
no-saturados, que diferem na composio qumica e na maneira de
afetar o organismo (CARROLL & SMITH, 1996). O primeiro tipo encontrado em derivados do leite e em alguns alimentos de origem animal,
e podem aumentar o risco de doena cardaca e cncer (CLARK, 1998).
As gorduras insaturadas (mono e poliinsaturadas), menos prejudiciais,
so, geralmente, de origem vegetal.
Como exemplos de alimentos fontes de gorduras saturadas,
temos: carne (de boi, de porco etc.), manteiga, toucinho, leite integral
e ovos. Tambm alguns leos vegetais como o de coco, de palma e de
dend. Como caracterstica, so gorduras slidas temperatura ambiente(CARROLL & SMITH, 1996).
As gorduras insaturadas, por sua vez, so lquidas temperatura
ambiente. Esto presentes em peixes, por exemplo, mas sua principal
fonte compreende os leos vegetais, e podem ser divididas em gorduras
monoinsaturadas (azeite extra-virgem, leo de canola, amendoim, castanha
e abacate) e poliinsaturadas (leos de soja, milho, algodo e girassol),
ambas bencas para o corao (CARROLL & SMITH, 1996).
Dentre as funes dos lipdeos, podemos destacar o fornecimento
de energia, o isolamento trmico e a sustentao e proteo da pele de
alguns rgos (SANTOS, 1993). Tambm possuem funo plstica,
compreendendo componentes estruturais das clulas (por exemplo,
participam da formao da membrana plasmtica, junto com as
protenas). So tambm valiosos no armazenamento e no transporte das
vitaminas A, D, E e K (CARROLL & SMITH, 1996) e no suprimento dos
cidos graxos essenciais: o cido linolico, o cido linolnico (encontrados
nos leos vegetais), cido eicosapentaenico e o cido docosaexanico
(essenciais para o desenvolvimento do crebro, encontrados nos leos de
peixe (PACHECO, 2005), e o cido araquidnico (BERKOW, 2002).
Os leos vegetais no possuem colesterol, pois este exclusivo
dos tecidos animais. Assim, pode ser obtido pelo organismo humano
por meio da ingesto de alimentos (colesterol exgeno), mas tambm a
partir da sntese realizada pelo prprio organismo (colesterol endgeno).
Mesmo numa dieta isenta de colesterol, sua sntese endgena varia entre
0,5 a 2,0g por dia (McARDLE, KATCH & KATCH, 2002), mas no
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se acumula nos tecidos (SANTANA, 2005). Como j foi estabelecida
uma relao direta entre a incidncia de vrias doenas do corao e os
nveis plasmticos de colesterol, importante avaliar o seu teor presente
nos alimentos. A ingesto de cidos graxos mega 3 reduz os nveis do
colesterol plasmtico (possivelmente por reduzir a sntese de VLDL).
Vitaminas
As vitaminas so catalisadores metablicos, agindo como
auxiliares das enzimas, aumentando a velocidade de reaes qumicas
do organismo. So indispensveis, e, como a maioria no produzida
pelo corpo, devem estar presentes na dieta. Podem ser classicadas em
dois grupos: (1) asVITAMINASHIDROSSOLVEIS: COMPLEXOB
e vitamina C; (2)as LIPOSSOLVEIS: A, D, E e K.
Uma dieta variada e balanceada supre as necessidades nutricionais
de todas as vitaminas de que o organismo necessita. Assim sendo, os
suplementos vitamnicos so recomendados a pessoas em situaes
especiais, como, por exemplo, decincias vitamnicas, problemas
de sade, doenas crnicas, treinamento fsico intenso, dentre outras
(CLARK, 1998; CARROLL & SMITH, 1996), em que no seja possvel
atingir as recomendaes vitamnicas via alimentao.Em julho de 2005, Drauzio Varella, entrevistando o Dr. Anthony
Wong, mdico pediatra e toxicologista do Hospital das Clnicas da
Universidade de So Paulo, colocou a seguinte questo: Como voc v
essa vitaminoterapia que se transformou numa coqueluche, no s no
Brasil, mas nos Estados Unidos e Europa tambm? A resposta, disponvel
em http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/auto_wong9.asp, foi:
Tudo pode ser veneno. A mesma substncia que, usada nas
doses e momentos certos, remdio, se usada inadequadamente,
pode ser veneno. Isso vale inclusive para as vitaminas. Estudos
epidemiolgicos e sistemas de anlises clnicas cada vez mais
aperfeioados mostraram coisas que no sabamos. Por exemplo,
as megadoses de vitaminas no previnem nem curam doenas. Ao
contrrio, podem at fazer mal. Durante muito tempo, acreditou-se
que as oito vitaminas que participam da composio do complexo
B no seriam txicas. Depois, descobriu-se que a tiamina, a
piridoxina, o cido nicotnico e a niacina, quando acumulados,eram potencialmente txicos. Hoje se sabe que a superdosagem
desses elementos pode causar uma srie de problemas srios.
VLDL a siglapara very low
density lipoprotein
(lipoprotena de muitobaixa densidade)
(SANTANA, 2005),que contm o maiorpercentual de lipdios
e cuja degradaoproduz a LDL (low
density lipoproteinoulipoprotena de baixa
densidade). HDLsignica high densitylipoprotein, ou seja,lipoprotena de alta
densidade, que possuio maior percentual de
protenas e menores
quantidades de lipdiostotais e colesterol
(McARDLE, KATCH& KATCH, 2002).
VITAMINAS
HIDROSSOLVEIS
= dissolvem-se e soveiculadas pela gua.
VITAMINAS
LIPOSSOLVEIS
= dissolvem-se emlipdeos. So veiculadas
e armazenadas nessenutriente.
COMPLEXOBO complexo B
compreende oitovitaminas: tiamina (B1),
riboavina (B2), niacina,cido pantotnico,
piridoxina (B6),biotina, cido flico,
cianocobalamina (B12).
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As vitaminas so micronutrientes necessrios em microquantidades, variando em funodo estado siolgico, sexo e quantidade de atividade fsica realizada pelo indivduo. Osrequerimentos nutricionais aumentam durante perodos de crescimento, de gestao e delactao, assim como em condies de trabalho intenso e na ocorrncia de determinadasdoenas, sobretudo as infecciosas (PAIXO & STAMFORD, 2004). As recomendaes atuais
especicando as necessidades dirias de vitaminas so baseadas nas Dietary ReferenceIntakes (DRI) estabelecidas nos Estados Unidos e Canad. A dose diria recomendada(RDA = Recommended Dietary Allowance), para homens adultos, de algumas vitaminas,pode ser visualizada a seguir:
A = 900g; B1 = 1,2mg; B2 = 1,3mg; niacina = 16mg; cido pantotnico = 5mg; B6= 1,3mg; cido flico = 400g; B 12 = 2,4g; H = 30 g; C = 75mg; D = 5g; E = 15mg;K =120 g (COZZOLINO, 2005).
RDA a quantidade de nutriente suficiente para atender necessidade deaproximadamente 97-98% dos indivduos saudveis em determinado estgio da vidae gnero (NRC, 2001).
A seguir, apresentamos um quadro com as principais vitaminas,
suas funes, sintomas da carncia e principais fontes.
VITAMINAS FUNES SINTOMAS DA CARNCIA FONTES
A (retinol)
Essencial para o
crescimento normal e
sade da pele, unhas
e cabelos. Aumenta aresistncia das mucosas a
infeces. Importante para
a viso.
Afeces da pele, xeroftalmia
ou olho seco, perturbaes
das mucosas, suscetibilidade
a infeces, tendncia formao de clculos
urinrios.
Cenoura, abbora, couve,
espinafre, batata, mamo,
pssego, fgado, leite,
manteiga (os vegetaistm alfa e betacaroteno,
precursores da vitamina A).
D
D2(Ergocalciferol)
D3(Colecalciferol)
Ajuda o organismo a
utilizar o clcio e o fsforo
para a boa sade de ossos
e dentes.
Inibio do crescimento dos
ossos longos; raquitismo;
osteomalcia, perturbaes
do metabolismo do clcio e
do fsforo.
Peixe, ovos, leo de fgado
de bacalhau, sintetizada
na pele por ao dos raios
solares.
E (Tocoferol)
Antioxidante, ajuda
na formao e ao
funcionamento dosmsculos e outros tecidos.
Estudos em animais: aborto,
degenerao do epitlio
germinativo, perturbaesneuromusculares, esterilidade.
leos vegetais e cereais
integrais, espinafre.
K
Necessria para a
coagulao normal do
sangue.
Hemorragias
Couve, alface, vagem,
batata, ovos, sintetizada
no intestino humano por
bactrias.
C(cido
Ascrbico )
Antioxidante. Participa na
absoro do Ferro. Tem
papel nos mecanismos de
autodefesa do organismo
contra as infeces.
Escorbuto; hemorragias das
articulaes, das mucosas,
da pele, da gengiva e
degenerao dental.
Goiaba, acerola, laranja,
limo, abacaxi, morango,
couve, salsa, espinafre.
Quadro 8.1: Caractersticas das vitaminas
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B1(Tiamina)
Coenzima necessria no
metabolismo de carboidratos,
gorduras e protenas.
Envolvida no funcionamento
correto dos msculos e
sistema nervoso.
Beribri, insucincia
cardaca, inamao dos
nervos, atroa muscular,
alteraes metablicas.
Feijo, soja, ervilha,
lentilha, gro-de-bico,
aveia, arroz e trigo
integrais, carne, gema.
B2(Riboavina)
Formao de hemcias.
Regulao de enzimas
tireoidianas. Co-fator redox
no metabolismo gerador de
energia.
Leses nos cantos da boca,
lbios e lngua, dermatite
seborrica.
Leite, ovos, fgado
(principalmente), soja,
lentilha, amendoim,
sintetizada no intestino.
NIACINA Precursor de coenzimas.
Pelagra (quando ocorre
decincia simultnea de
triptofano).
Carne, peixe, fgado,
amendoim, leite e ovos,
cereais, leveduras.
CIDO
PANTOTNICO
Papel central no metabolismo
de gerao de energia.
Participao na biossntese de
cidos graxos e de esterides.
Desordens neuromotoras,
depresso mental,
distrbios gastrintestinais,
diminuio da resposta
imune.
Carne, frango, aveia,
batata, gema, tomate,
brcolis, fgado.
B6 (Piridoxina)
Coenzima em mais de 100
reaes enzimticas no
metabolismo de lipdios,
aminocidos, carboidratos e
neurotransmissores.
Convulso, anemia
microctica, dermatite
seborrica.
Aveia, fgado, lentilha,
manga, abacate, peixe,
carne, leite, ovos,
sintetizada no intestino.
CIDO FLICO
Na formao de eritrcitos
e na preveno de certas
formas de anemia. Mantm
saudvel o sistema nervoso.
Anemias, leses de
mucosas, defeitos no tubo
neural e complicaes na
gravidez.
Brcolis, espinafre, feijo,
ervilha, lentilha, laranja.
B12(Cobalamina)
Ajuda a prevenir anemias.
Co-fator para enzimas
do metabolismo dos
lipdios e sntese do cido
nuclico.Coopera na
formao dos glbulosvermelhos. Suporta o
funcionamento correto do
sistema nervoso. importante
no metabolismo dos acares.
Anemia megaloblstica,
neuropatia,homocistinria.
Alimentos de origem
animal: carne, ovos,fgado, leite e derivados.
H(Biotina)
Participa no metabolismo
dos acares, gorduras e
protenas e na produo de
energia.
Dermatite esfoliativa e
alopecia.
Fgado, carne, frutas, leite
(humano e de vaca), gema,
sintetizada no intestino
humano por bactrias.
Fontes: Santos (1993); Moura (1993); Carrol & Smith (1996), McArdle, Katch & Katch (2002) e Cozzolino (2005).
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Educao em Sade | A nutrio em debate
Minerais
Pelo menos 20 sais minerais desempenham papel na manuteno
da funo de tecidos orgnicos e/ou no controle do metabolismo corporal.
Os minerais no fornecem energia para o organismo. O quadro aseguir apresenta os minerais, suas funes, fontes e conseqncias das
carncias.
ELEMENTOS FUNES FONTESCONSEQNCIAS DA
CARNCIA
Clcio
Constituinte de ossos e
dentes; regulao muscular
nervosa e sangnea.
Leite e derivados (mais
ricos), oleaginosas, folhas
verdes, brcolis, sardinha.
Osteoporose, raquitismo,
osteomalcia,
hipertenso.
Fsforo
Constituinte de ossos
e dentes, membranas,
nucleotdeos e cidos
nuclicos. Auxilia na
manuteno do Ph e no
metabolismo energtico.
Leite e queijo, peixe, carne,
leguminosas, oleaginosas.
A carncia rara, j
que o contedo em
alimentos fontes acima
das recomendaes e a
absoro eciente.
Magnsio
Constituinte de ossos
e dentes. Afeta muitas
funes celulares, atua no
metabolismo de energia e
proliferao celular.
Vegetais folhosos, produtos
marinhos, frutos secos,
cereais, leite.
Doena cardaca
isqumica, hipertenso,
diabetes, asma,
osteoporose.
Sdio
Intervm na regulao
do volume do plasma,
equilbrio cido-bsico,
funo nervosa e muscular.
Normaliza o ritmo
cardaco.
Sal de cozinha
Cibras, apatia mental,
reduo do apetite.
O excesso leva
hipertenso.
Potssio
Funo nervosa e muscular.
Equilbrio hdrico e cido-
bsico. Normaliza o ritmo
cardaco.
Carne, laranja, banana,
leite, batata, leguminosas
e feijes.
Alteraes cardacas
e neuromusculares,
confuso mental.
CloroIntegra lquidos
extracelulares.
Alimentos com sal, vegetais
e frutas.
Improvvel com dieta
adequada. Excesso
contribui para a
hipertenso (aliado ao
sdio).
Ferro
Indispensvel na formao
de hemoglobina,
mioglobina e enzimas.
Carne, fgado, ostras,
legumes, espinafre, ervilha.
Anemia ferropriva
(problema nutricional
mais comum no mundo,
atingindo cerca de 2 a
3 bilhes de pessoas).
Excesso leva cirrose
heptica.
Quadro 8.2: Minerais e oligoelementos caractersticas
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IodoConstituinte dos hormnios
tireoidianos.
Sal iodado, peixes,
moluscos e produtos
marinhos.
IDD (desordem associada
decincia de iodo):
retardo mental irreversvel,
bcio, distrbios do sistema
reprodutor, mortalidadeinfantil.
Selnio
Antioxidante.
Potencializao do sistema
imunolgico, preveno
de doenas crnicas no-
transmissveis. Papel
mediador na ao da
insulina.
Castanha-do-brasil,
carnes, cereais.
Concentrao varia com
a composio dos solos.
Doena de Keshan e de Kasin-
Beck. Alteraes cardacas e
musculares. A intoxicao por
selnio causa perda de unhas
e cabelos e odor de alho pelas
vias respiratrias.
Zinco
Essencial para a atividade de
mais de 300 enzimas. Participada sntese e da degradao
de lipdios, carboidratos,
protenas e cidos nuclicos.
Regula a expresso gnica.
Ostras, carne, fgado,soja, germe de trigo,
amendoim, aveia,
iogurte.
Anorexia, atraso na maturao
sexual, intolerncia glicose,hipogonadismo, retardo
no crescimento, disfunes
imunolgicas e alteraes no
paladar.
Cromo
Co-fator de protenas de
baixo peso molecular.
Importante na manuteno
nos nveis de glicose
circulante, insulina e
lipdios.
Gros, cereais, carne,
frango, peixe.
Diminuio do uso da glicose
e aumento da necessidade de
insulina (contribuio para
o diabetes tipo II). Perda de
peso inexplicvel e neuropatia
perifrica.
Cobre
Constituinte de enzimas de
oxidorreduo. Participa no
metabolismo do esqueleto,
no sistema imunolgico e
na preveno de doenas
cardiovasculares.
Fgado, ostra, caju,
castanha-do-brasil,
avel, nozes.
Anemia, sndrome
de Menkes, danos
neurolgicos, alteraes
no metabolismo sseo,
doena arterial coronariana,
comprometimento do sistema
imunolgico inato e humoral.
Mangans
Formao de ossos.
Envolvido no metabolismo
de aminocidos, colesterol e
carboidratos e na regulao
da atividade de diversas
enzimas e de receptores de
neurotransmissores.
Germe de trigo, noz-
pec, soja, oleaginosas,abacaxi, suco de uva,
caju.
Em espcies animais,
prejuzos no crescimento,
na funo reprodutora,
alteraes no metabolismode carboidratos e lipdios e
queda na tolerncia glicose.
Osteoporose em mulheres.
Molibdnio
Co-fator de um nmero
limitado de enzimas no
catabolismo de aminocidos
e compostos heterocclicos
(purinas e pirimidinas).
Sade neurolgica do recm-
nascido.
Lentilha, ervilha, feijo,
oleaginosas, coco, ovos,
alface, cebola, espinafre.
Perda da funo das enzimas
de molibdnio. Taquicardia,
cegueira noturna, taquipnia,
coma. Dano neurolgico em
recm-natos que leva morte.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
No Manual Merck de Informao Mdica Sade Para a Famlia
(BERKOW, 2002), h a advertncia de que alguns ELEMENTOSVESTIGIAISso
essenciais, como o ferro, o zinco, o cobre, o mangans, o molibdnio,
o selnio, o iodo e o uoreto. H outros, essenciais na nutrio animal,
mas ainda no denidos como indispensveis na nutrio humana: o
arsnico, o cobalto, o nquel, o silcio e o vandio. Em excesso, todosos elementos vestigiais so txicos e alguns foram inclusive identicados
como cancergenos (arsnico, nquel e cromo, por exemplo).
GUA
A gua essencial, pois compe cerca de 2/3 do corpo.
responsvel por estabilizar a temperatura corporal, transportar nutrientes
para as clulas e retirar os produtos de excreo, bem como auxiliar
o funcionamento celular. A gua no prov energia para o organismo.Aproximadamente 2,5 litros devem ser ingeridos diariamente, j
que, atravs da respirao, da transpirao, da urina e das fezes parte
da gua expelida (CLARK, 1996; SANTOS, 1993; BERKOW, 2002).
Alm da prpria gua, frutas e verduras so boa fonte desse nutriente.
DIETA SAUDVEL X DESVIOS DA NUTRIO NORMAL
A chave para uma dieta saudvel est numa alimentao variada ebalanceada. Para que a alimentao proporcione uma nutrio adequada,
nio Moura (1993) sugere a adoo de quatro regras bsicas, que podem
ser visualizadas a seguir.
ELEMENTOSVESTIGIAIS
OUOLIGOELEMENTOS
(catalizadores dasreaes enzimticas).So nutrientes
requeridos em dosesinnitesimais.(oligo = pouco).
Quantidade A dieta deve suprir as necessidades nutricionais dirias da pessoa ao longo do dia.
QualidadeComplementar primeira, ressalta a necessidade de inserir alimentos com bom valor
nutritivo, representativos de todos os grupos de nutrientes.
Quadro 8.3: Regras bsicas para a alimentao adequada
Fontes: Santos (1993); Moura (1993); Carrol & Smith (1996), McArdle, Katch & Katch (2002) e Cozzolino (2005).
Flor
Sade ssea e dentria,
preveno de cries e de
osteoporose.
gua potvel, peixes e
crustceos.
Crie dentria. O excesso
leva a manchas nos
dentes, densidade ssea
aumentada, distrbios
neurolgicos.
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Pirmide Alimentar
A Pirmide Alimentar, segundo a legislao vigente, um
instrumento, sob a forma grca, de orientao da populao para
uma alimentao mais saudvel (Resoluo Anvisa RDCno 39, de 21
de maro de 2001). Constitui um guia, no qual a pessoa pode escolher os
alimentos a serem consumidos visando obteno de todos os nutrientes
necessrios e quantidade certa de calorias. Como voc pode ver a
seguir, a pirmide possui 4 nveis com 8 grandes grupos. Os alimentos
dispostos na base da pirmide devem ter uma participao maior no
total de calorias da alimentao, enquanto os alimentos dispostos no
topo da pirmide devem contribuir com a menor parte das calorias de
toda a alimentao.
Variedade (ou regra da
harmonia)
Necessidade de estabelecer uma proporo harmnica entre vrios tipos de
alimentos.
AdequaoAlimentao deve ser adequada a cada indivduo, levando em conta caractersticasindividuais (idade, estado de sade, atividade fsica).
Adaptado de Moura (1993).
leos e gorduras
1 2 pores
Leite e produtos lcteos
3 pores
Frutas
3 5 pores
Acares e doces
1 2 pores
Carnes e ovos
1 2 pores
Leguminosas1 poro
Hortalias
4 5 pores
Cerais, pes, tubrculos, razes
5 9 pores
RDC
Resoluo daDiretoria Colegiada.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
ATIVIDADE
2. Na pirmide alimentar, cada grupo de alimentos fonte de nutrientes
especcos e essenciais a uma boa manuteno do organismo. Se o
acar um carboidrato e este nutriente compreende a principal
fonte de energia para o organismo, por que se encontra no topo dapirmide?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
Embora seja um carboidrato, o acar branco renado no possui
outros nutrientes, e denominado, por isso, caloria vazia. Por
esse motivo, seu consumo deve ser moderado e outras fontes decarboidratos (cereais, pes, tubrculos e razes) ocupam a base da
pirmide.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla emingls) divulgou uma nova pirmide alimentar, para substituir a anterior(de 1992), que no se limita a apresentar as melhores combinaes e
pores dos grupos de alimentos, mas traz informaes para uma vidamais saudvel. Nosite http://www.mypyramid.gov, h linksem que possvel ter uma indicao mais adequada de consumo calricodirio a partir de informaes de dados pessoais como idade, sexo equantidade de atividade fsica, por exemplo (MARINHO, 2005).
Desvios da nutrio normal: fome e obesidade
Em 7 de agosto de 2002, por ocasio da Rio +10 (Cpula Mundial
para o Desenvolvimento Sustentvel), o jornal O Globopublicou um
encarte intitulado Planeta Terra, cujo ttulo principal era: O desao
de alimentar o mundo. A estatstica mundial da fome, salientada
nesse material, assustadora. Naquele momento, a estimativa era de
que 800 milhes de pessoas passavam fome, 95% delas em pases
em desenvolvimento (JANSSEN, 2002). O tema se mantm atual e,
no dia 2 de julho de 2005, roqueiros do mundo participando da srie
de concertos Live 8, em diferentes cidades, zeram barulho visando
pressionar os pases mais ricos a ajudarem a frica, onde milhes de
pessoas passam fome. Como resultado, 26 milhes de pessoas no mundo
inteiro assinaram um documento na Internet, no sitedos roqueiros.
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No Brasil, a desigualdade alarmante: Janssen, em 2002,
ressaltava que o Brasil ocupava o 1o lugar no ranking mundial de
produo de acar, laranja e caf, e que possua o maior rebanho
comercial bovino. Entretanto, o expressivo nmero de famintos variava
em diversas estatsticas (23 milhes segundo o governo e 54 milhes de
acordo com a Fundao Getulio Vargas). Em 2003, uma outra publicao
do mesmo jornal ressaltava que o desperdcio de comida chegava a
1,3% do PIB e que, segundo estudo da FAO/ OMS (Organizao das
Naes Unidas para a Agricultura e a Alimentao), embora houvesse
disponibilidade de 2.960 Kcal por dia (valor superior ao recomendado),
cada brasileiro consumia, em mdia, apenas 1.659 calorias. A diculdade
de acesso era devida falta de renda ou a fatores associados pobreza
(PEA & AGGEGE, 2003).
Este ltimo artigo apresentava algumas iniciativas para combater
o problema da fome. Com relao ao desperdcio, o Mesa So Paulo
um exemplo de programa que, em 2003, recolhia 185 mil quilos de
alimentos por ms (sobras de 453 empresas que iriam para o lixo) e os
redistribua para 376 entidades assistencialistas, atendendo uma estimativa
de 56 mil pessoas. Mercados comunitrios, cooperativas e acesso a novas
tecnologias de cultivo de alimentos so formas de combater o problema.A agricultura orgnica, por exemplo, possibilita melhores condies de
existncia a pequenos produtores rurais.
Outra alternativa sugerida a de incluir alimentos regionaisna dieta para combater a fome. Estudos da Universidade de Braslia
comprovaram o alto teor nutricional de verduras do cerrado como a
beldroega, a serralha, o caruru e a taioba, ricas em carotenides, que
se convertem em vitamina A, uma das principais carncias. O Instituto
Nacional de Pesquisas da Amaznia (Inpa) desenvolve um macarro
adicionado de 10% de farinha de peixe e 10% de farinha de pupunha,
o qual possui 5% de protena e 5% de lipdeo a mais do que o macarro
comum e teve boa aceitao por pr-escolares da regio.
Para maiores informaes, consulte osite: http://www.desnutriao.org.br/home.htm.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
ATIVIDADE
3. Discuta a importncia do Programa Nacional de Merenda Escolar
(PNME) como forma de combate desnutrio de escolares no Riode Janeiro.
______________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
_____________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
Voc pode realizar essa atividade de vrias formas. Uma sugesto entrar
em sitesde busca como, por exemplo, www.google.com.br e buscar o
PNME. Voc poder encontrar dados que referendam que este programade alimentao o maior e o mais antigo do pas, existindo h 49 anos.
Entretanto, como a merenda escolar responsvel pelo suprimento de
15% das necessidades nutricionais dirias das crianas que freqentam a
escola e, para muitas delas, compreende a nica refeio, as necessidades
totais no so atendidas. Assim, o programa pode ter papel no combate
desnutrio, alm da educao e da reeducao alimentar, mas muitas
vezes, apenas um paliativo para a fome.
Em dezembro de 2004, o Instituto Brasileiro de Geograa e
Estatstica (IBGE) divulgou dados do mais completo levantamento sobre o
consumo de alimentos na populao adulta (acima de 20 anos) brasileira.
Os resultados foram surpreendentes e alarmantes: fome e desnutrio
em bolses de misria e obesidade em percentuais que aproximam o pas
das naes ricas. Observa-se, por meio desses resultados, que 40,6%
da populao adulta brasileira tem excesso de peso (38,5 milhes de
brasileiros) e, destes, 11% (10,5 milhes) so obesos.
Para Fernando Gaiger, que participou dessa Pesquisa de
Oramentos Familiares (POF) do IBGE, a elevada incidncia de obesidade
entre os mais pobres pode ser atribuda maior ingesto de calorias
vazias po, farinha e at cachaa em alimentos baratos e com altos
teores energticos. O grande problema da obesidade o fato de ser fator
de risco para vrias doenas tais como: diabetes (tipo 2), hipertenso,
cncer, doenas cardiovasculares, alm de reduzir a expectativa de vidaem cerca de 7 anos, salienta o presidente da Associao Internacional
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para o Estudo da Obesidade, Claude Bouchard (apudWESTIN, 2004).
Ele ainda destaca a importncia de salientar o ambiente obesognico em
que vivemos (tecnologia que diminui o gasto energtico dirio aliada a
alimentos mais baratos, palatveis, disponveis e associados, inclusive
pela mdia, ao prazer).
Andra Galante ressalta a presena da m alimentao em todas
as classes sociais e dene a fome oculta:
a baixa qualidade da dieta, onde podemos encontrar a
carncia de nutrientes essenciais vida ou mesmo elementos
presentes nos alimentos que previnam as doenas crnicas no
transmissveis. Um indivduo pode ser obeso e ter a fome oculta
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/nutricaoesaude/ult696u169.shtml).
QUALIDADE DOS ALIMENTOS
Parece recorrente a idia de que precisamos cada vez mais nos
preocupar com a elaborao de uma dieta saudvel. Entretanto, paratal, no basta a preocupao com a seleo de alimentos, mas sobretudo
com sua qualidade. Alimentos contaminados podem ser relacionados
a muitas doenas. Como exemplos, podemos associar a febre tifide,
hepatite e diarrias gua contaminada; o botulismo, a alimentos
enlatados; a tenase, carne contaminada e intoxicaes graves, a
peixes malconservados.
Uma pesquisa da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
(Anvisa), em parceria com o Instituto Nacional de Controle deQualidade em Sade (INCQS) e as Vigilncias Sanitrias estaduais,
em 2004, alertou a populao para a presena de contaminao por
agrotxicos. Alface, batata, ma e banana tinham resduos de pesticidas
alm do permitido. Morango e mamo, alm desse problema, ainda
apresentavam irregularidades associadas contaminao por agrotxicos
no autorizados.
Embora seja difcil identicar a intoxicao por agrotxicos na
dieta por no causarem reaes agudas, dentre os problemas associadosa esse tipo de contaminao, podemos citar: a neutralizao de vitaminas
A Associao Brasileira para o Estudo daObesidade (Abeso) pode ser consultada,para maiores informaes: http://www.abeso.org.br.
!
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Educao em Sade | A nutrio em debate
e minerais no organismo, a possibilidade de desenvolvimento de
doenas degenerativas, alergias, problemas imunolgicos e hormonais
(CLBICAR, 2004).
Uma outra questo refere-se aos alimentos industrializados,
aos quais sempre so adicionados aditivos alimentares para melhorar
a cor, o sabor, a textura e at para conserv-los. Embora existam
aditivos naturais (sal, lecitina, por exemplo), a maioria produzida em
laboratrio. Embora a indstria garanta sua inocuidade, a tartrazina
amarela, por exemplo, j foi correlacionada com hiperatividade em
crianas e h relatos de alergias desencadeadas por certos aditivos que
alteram o comportamento de crianas (CARROLL & SMITH, 1998).
A alternativa segura, segundo mdicos e tcnicos, uma s: dar
preferncia a vegetais orgnicos.
Mesmo os vegetais orgnicos no so completamenteisentos de agrotxicos. Normalmente, uma pequena taxa encontrada, devido, principalmente, s concentraespresentes na gua utilizada para regar a colheita (carreiaagrotxicos utilizados em outras lavouras).
Um outro exemplo que vem sendo alvo de ampla discusso so os
alimentos transgnicos que, sem dvida, merecem maiores estudos antes
de serem liberados em ampla escala. Na verdade, muitas vezes, esse o
principal problema: o desconhecimento acerca do risco. Um exemplo
disso o alerta da presidente da Sociedade Brasileira de Reproduo
Assistida, Maria do Carmo Borges de Souza, em relao gua que vem
sendo consumida por cariocas e uminenses:
Os dados ainda so preliminares, mas o que estamos observando
que a presena de metais pesados no rio Paraba do Sul, responsvel
pelo abastecimento de 80% do municpio do Rio de Janeiro, pode
afetar a fertilidade da populao, o que um problema grave
(VALENTE, 2005).
As plantas transgnicas, tambm denominadas organismos geneticamente modicados (OGM),tm sido alvo de avaliaes opostas: se, de um lado, acredita-se que possam resolver problemascontemporneos como fome e m nutrio, por exemplo, de outro, so entendidas como ameaaao equilbrio dos ecossistemas e segurana alimentar dos pequenos produtores e qualidadealimentar dos consumidores, sem contar as questes polticas envolvidas. Uma discusso bastante
abrangente apresentada no livroTransgnicos, recursos genticos e segurana alimentar: o queest em jogo nos debates?, de Lavnia Pessanha & John Wilkinson (Armazm do Ip, 2005).
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ATIVIDADE
4. Com muita facilidade, os alimentos sofrem alteraes que os tornam
imprprios para o consumo. imprescindvel que sejam armazenados
e manipulados de forma a prevenir contaminaes e manter suascaractersticas originais. Os prossionais responsveis por preparar
refeies devem seguir uma srie de normas visando conservao
dos alimentos. Faa uma pequena pesquisa sobre as normas para
manipulao de alimentos nas escolas. Em seguida, visite a cantina
de uma escola e anote as regras de higiene dos alimentos que vocobservar. Caso observe alguma irregularidade, registre-a tambm.
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______________________________________________________________
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RESPOSTA COMENTADA
Voc pode realizar a pesquisa de diversas formas. Pode buscar na
Internet ou na Secretaria de Educao de seu municpio, caso haja um
rgo responsvel pela orientao e scalizao da merenda. No Rio
de Janeiro, existe o Instituto de Nutrio Annes Dias. Na escola que
voc visitou, possvel encontrar as mais diversas situaes. Entretanto,
algumas regras, por serem mais comumente encontradas, podem ser
ressaltadas aqui: lavar bem as mos e os utenslios, especialmente
depois de manipular carne crua; lavar frutas e verduras em gua corrente
fria; guardar carne e peixes na parte mais fria do refrigerador; usar
aventais limpos e prender os cabelos com touca. Como irregularidades,
tambm comuns, pode ser que voc observe a lata de lixo destampada
ou no interior da cozinha, prxima a alimentos que esto em fase de
preparo. Alm disso, panelas destampadas, vegetais descascados para
serem cozidos apenas no dia seguinte e pessoas com anis e unhas
compridas e pintadas, sem luvas, so exemplos de irregularidades que
podem vir a comprometer a conservao e a qualidade dos alimentospreparados.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
CONCLUSO
Andra Galante (2005) arma que, h 15 anos, quando se
falava de alimentos e nutrientes, pensava-se em carncias nutricionais,
desnutrio e pobreza. Hoje, sabemos que a m alimentao est presenteem todas as classes sociais. No Brasil, pas de desigualdades alarmantes,
convivemos com a desnutrio das crianas e com a crescente obesidade
em adultos, principalmente, mas no exclusivamente. Programas
assistencialistas minimizam, sobretudo, a questo da fome imediata,
mas a fome oculta, aquela que esconde a carncia de nutrientes, mesmo
em situao de excesso de peso, s ser resolvida com vontade poltica
e melhor distribuio de renda no nosso pas. Dados do Instituto de
Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea) demonstraram que a iseno detributos sobre os alimentos reduziria a populao indigente de 11 reas
urbanas brasileiras em 24%. E ainda em 7,1% o nmero de pobres
dessas regies (RIBEIRO, 2005, p. 28).
Uma outra questo refere-se ao que comer. Todos sabemos o que
comemos? Os alimentos so apenas fontes de nutrientes e calorias ou
esto contaminados por agrotxicos, impregnados de aditivos como
a gordura hidrogenada, presente at no po? Isso saudvel? Esses
alimentos so adequados para o consumo? Como podemos optar pelos
orgnicos, se so to difceis de serem encontrados e custam to caro?
Essas e outras questes merecem nossa especial ateno, e de outros
prossionais tambm comprometidos com a sade.
ATIVIDADE FINAL
Existem alguns mitos populares e conceitos equivocados acerca de alguns alimentos
e sua inuncia na sade. Muitos deles relacionam-se supremacia do alimento
industrializado em relao aos in natura (leite em p melhor do que o leite
materno, por exemplo), sem comprovao cientca e, no exemplo selecionado,
um verdadeiro equvoco.
A seguir, encontram-se alguns desses mitos, sobre os quais provavelmente voc
ter de prestar esclarecimentos em suas aulas de Cincias e/ou Biologia. Faa uma
pequena pesquisa e comprove (ou no) os ditos populares.
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RESPOSTA COMENTADA
Uma pesquisa rpida deve ter permitido que voc identicasse que a
nica alternativa vivel a de nmero 2, pois, como o acar mascavo
menos renado do que o branco, ainda possui pequenas quantidades de
vitaminas, sais minerais e bras. Normalmente, os produtos no-renadosso mais saudveis do que os renados (CARROLL; SMITH, 1996).
Com relao ao item 1, o peixe no melhora o funcionamento do crebro
mais do que qualquer protena. possvel que esse dito popular tenha
sido desenvolvido para persuadir as crianas a comerem peixe, por ser
um alimento altamente nutritivo, rico em protenas, vitaminas e minerais
e pobre em gorduras saturadas.
Quanto ao espinafre, o mito decorre do desejo dos pais de que as crianas
comam verduras. O personagem Popeye, sem dvida, contribuiu para
isso, mas o espinafre, embora seja boa fonte de vitaminas A e C, ferro e
clcio, equivalente a outras verduras. Um outro mito diz respeito ao teor
de ferro do espinafre: muito rico. nio Moura (1993) salienta que, na
verdade, h cerca de 2,2 mg de ferro em 100 gramas de espinafre. Menos
do que o encontrado em quantidade equivalente de folhas de beterraba
(aproximadamente 3,1 mg), de carne (3 mg, mais ou menos) ou de
fgado de boi (6,6 mg ou mais). Alis, outro mito refere-se presena de
ferro na beterraba. A quantidade ressaltada refere-se s folhas, ou seja,
aquilo que a maioria das pessoas joga fora.
Com relao ao leite materno, ressaltado no enunciado, o melhor
alimento para o recm-nascido, provendo todas as suas necessidadesnutricionais em quantidade e qualidade de nutrientes (gua, protenas,
carboidratos, lipdios, minerais e vitaminas). Nos primeiros dias, o
colostro, mais amarelo, composto por imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM,
IgD e IgE) que protegem contra infeces que possam penetrar via trato
gastrintestinal.
Dentre os benefcios do aleitamento materno, esto: menor chance
de alergias, infeces gastrintestinais, urinrias, respiratrias, incluindo
meningites, pneumonias, bacteremias, otites e reduzindo a freqncia de
algumas doenas crnicas do sistema imunolgico e alergia alimentar.Sua utilizao vem sendo preconizada pela Organizao Mundial de
Sade (OMS) e pelo Fundo das Naes Unidas para a Infncia (Unicef),
para crianas menores de dois anos, como estratgia para combater
MITOS COMENTRIOS
1. Comer peixe torna a pessoa mais
inteligente.
2. O acar mascavo mais saudvel do queo branco.
3. O espinafre torna as pessoas fortes.
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Educao em Sade | A nutrio em debate
a mortalidade infantil e reduzir a desnutrio protica-energtica
(BATTOCHIO, SANTOS; COELHO, 2003).
O leite materno exclusivo recomendado nos primeiros 4 a 6 meses
de vida, prtica que, no Brasil, vem sendo atribuda preveno de
mais de 6 milhes de mortes de crianas no primeiro ano de vida, acada ano (Idem).
Para maiores informaes a respeito de composio dos alimentos, voc podeconsultar o livro: Tabela para avaliao de consumo alimentar em medidascaseiras, de Ana Beatriz V. Pinheiro, Elisa Maria de A. Lacerda, Esther H. Benzecry,Marisa C.da S. Gomes e Vernica M. da Costa (Atheneu, 2005). Boas informaestambm esto disponveis no siteda Organizao das Naes Unidas para a
Agricultura e a Alimentao Ocina Regional para Amrica Latina e Caribe(http://www.rlc.fao.org/bases/alimento/busca.asp), onde voc poder visualizara Tabela de Composio dos Alimentos da Amrica Latina.
R E S U M O
Os conceitos de nutrio e alimentao, no que diz respeito s funes dos
nutrientes e algumas regras para compor uma dieta saudvel, ou seja, aquela
que atende s necessidades nutricionais dirias em quantidade e qualidade de
nutrientes so de grande importncia. Assim sendo, todos os tipos de nutrientes
devem estar presentes. Alm disso, para a elaborao de uma dieta realmente
saudvel, devemos nos preocupar com a qualidade dos alimentos e com a maneira
com que so preparados.
INFORMAES SOBRE A PRXIMA AULA
Na prxima aula, discutiremos as diversas formas de violncia, a excluso social
e o estresse.
!