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  • Prticas administrativas

  • CrditosCentro Universitrio Senac So Paulo Educao Superior a Distncia

    Diretor Regional Luciana Marcheze Miguel Luiz Francisco de Assis Salgado Mariana Valeria Gulin Melcon

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    Aula 01

    Administrao: da prtica teoria (Parte I)

    Objetivos Especficos Entenderaevoluodosconceitosdaadministrao,correlacionandoteoria

    eprticanocontextocorporativo,profissionalepessoal

    Temas

    Introduo

    1Administrao:daprticateoria

    Consideraesfinais

    Referncias

    Jos Jorge MarquesProfessor

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    Introduo

    Asprticasadministrativasevoluemnumavelocidadenuncaantesvista.Oconceitode

    administraoestemconstanteevoluo.Aaodeadministrarestpresenteemtodas

    asesferasdoconvviosocial.Planejar,definindoosobjetivosqueseesperanoexpressaa

    totalidadedoprocessoadministrativo.

    Oconceitodeadministraovaimuitoalm,envolvefoco,liderar,serliderado,humildade,

    mudarorumo,recomear.

    Muito embora princpios e tcnicas vistas nos primrdios da administrao ainda

    continuamvlidosesendoutilizadosathoje.

    TivemosgrandescontribuiesdefigurasnotveisdaAdministraoCientficaqueso

    foco de constante estudo, pois foramos responsveis pela disseminao dos princpios e

    tcnicasque,mesmocomopassardotempo,aindasoutilizadosnaatualidade.

    1 Administrao: da prtica teoria

    1.1 Da casa empresa

    Elaborarecontrolarumoramentodomstico,decidirsobrequalomelhormomento

    paratirarfrias,paraadquirirumnovoimveloutrocardecarro,traarplanospessoaisou

    profissionaissotodosexemplosdeprticasedecisesadministrativas.

    Noseudiaadia,foradocontextoorganizacional,aspessoasestoenvolvidasnoprocesso

    administrativo,suasdecisestmcontedoadministrativo.

    Emcasa,estamosatodomomentotomandodeciseseoprocessodeadministrarse

    fazpresenteemmenoroumaiorgrau,proporcionalcomplexidadedoproblema.Definire

    buscarconcretizarumobjetivopessoalpuraadministrao.

    Figura 1 Administrao familiar.

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    Todosnsadministramosautilizaodealgumrecursoquandobuscamosrealizarum

    objetivo pessoal. s vezes, esse recurso o nosso tempo, nossa disponibilidade, nossas

    finanas.

    Nasempresas,nodiferente.Todasasatividadesrequeremcertograudeplanejamento,

    organizao,controleedireo,nabuscadarealizaodosobjetivosorganizacionais.

    Aadministraoalvodeestudosconstantes,queobjetivamentendermaisprofundamente

    aartedeadministrar,poisasprticasadministrativasdasorganizaes,criandosoluese

    interferindonofuturo,impactamdiretamentenodesempenhoorganizacionale,portanto,

    nasobrevivnciaeperpetuidadedaempresa.

    Assim, a administrao est presente na rotina das famlias e das organizaes, em

    menoroumaiorescala,dependendodograudecomplexidadedosproblemas,exigindodas

    pessoashabilidadesqueditaroosucessoounodassuasdecisespessoais,profissionaise

    organizacionais.

    Por outro lado, a teoria, atravs de um conjunto de propostas, procura explicar os

    fatosdessarealidadeprtica.Ateoriaumapalavraelstica,quecompreendenoapenas

    proposies que explicam a realidade prtica, mas tambm princpios, doutrinas, regras

    queorientamaspessoas(quesoadministradoresatodahora),etcnicaspararesolveros

    problemasprticos,comosquaissedeparamatodomomento.

    1.2 A evoluo do conceito

    Grandes filsofos da Idade Antiga deixaram em seus escritos, contribuies para a

    administraomoderna.

    Figura 2: Scrates, Plato e Aristteles respectivamente.

    Scrates, em seu trabalho, cita administrao como habilidade pessoal. Plato, em

    seu livroA Repblica,expea formadegovernoeaadministraodenegciospblicos.

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    Aristteles,quandoescreveuA Poltica, fala sobreaorganizaodoEstadoesuas formas

    governamentais(CHIAVENATO,2003).

    Fatoshistricos,sociais,polticoseeconmicosmarcaramosprimrdiosdaadministrao,

    caracterizandoocenrionoqualestocontidasasorganizaesdopassado.

    EmmeadosdosculoXVIII,asorganizaesestavamvoltadasaoartesanato,comseus

    artesos(pequenasoficinas/escolaseaosprofissionaisautnomos).

    Outra caracterstica importante foram as influncias que moldaram o futuro carter

    cientficodaadministrao.

    ParaChiavenato(2003),apalavraAdministraovemdolatim,adquesignificadireo,

    tendnciapara,eministerquesignificasubordinaoouobedincia,ouseja,quemrealiza

    umafunosobcomandodeoutraouprestaservioaoutro.

    Aps a observao por partes de diversos estudiosos, principalmente da prtica

    administrativa,chegou-seconclusobaseadanosestudosdeFayolqueAdministrao

    oprocessodeplanejar,organizar,dirigirecontrolarousoderecursoscomafinalidadede

    alcanarosobjetivosdasorganizaes(CHIAVENATO,2003).

    SegundoMaximiano (2012) um trabalho em que as pessoas buscam realizar seus

    objetivos prprios ou de terceiros (organizaes) com a finalidade de alcanar as metas

    traadas.Dessasmetasfazemparteasdecisesqueformamabasedoatodeadministrar

    equesoasmaisnecessrias.Oplanejamento,aorganizao,a liderana,aexecuoeo

    controlesoconsideradosdecisese/oufunes,semasquaisoatodeadministrarestaria

    incompleto.

    AindaconformeMaximiano(2012)aAdministraosignificaemprimeirolugar,ao.

    umapalavraqueexprimeumaidiaantiga:tomardecisesquepromovamousoadequado

    derecursos,pararealizarobjetivos.Assim,aadministraoumprocessodetomardecises

    erealizaraesquecompreendecincoprocessosprincipaisinterligados:

    Planejamento Organizao Liderana Controle Execuo.

    Para Oliveira (2009), a Teoria Geral da Administrao tem demonstrado que a

    administrao como arte e cincia, temevoludomuito desde a dcada de 1910, dcada

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    que, para o autor,marca seus primrdios. Percebe a administrao como um processo e

    atitudedosexecutivos,quenecessitadeabordagensmaisamplaseinterativas,decorrentes

    daevoluodaeconomianacionaleinternacional.Caracteriza-acomoumatecnologiaque

    nuncaficaparada,estandoemconstanteevoluo.

    Assim,Oliveira(2009)apresentaumconceitobemamploparaaadministrao:sistema

    estruturado,queexigeintuio,consolidandoumconjuntodeprincpios,normasefunes

    para incrementar, harmoniosamente, o processo de planejamento de situaes futuras

    desejadaseseuposteriorcontroledeeficinciaeprodutividade,bemcomoaorganizao

    e a direo dos recursos empresariais para os resultados desejados, esperados, com a

    minimizaodeconflitosinterpessoais.

    Figura 3 Smbolo da Administrao

    Muitobem,administraodefinirobjetivosprpriosoudeterceiros,planejarassuas

    aesoudeoutraspessoas,detalformaqueosobjetivosdefinidossejamalcanados,ter

    foconoresultadodesejado,liderarpessoaseprocessosdeformasinrgica,serlideradoe

    mostrarhumildade,organizar,controlar,evidenciandoacertosedesvios,implementando

    aescorretivaseficazeseeficientes.reconhecerque,algumasvezes,precisomudaro

    rumo,quandoalgoderrado,erecomearociclo.Issomesmo,administrarumciclo.

    1.3 Administrao cientfica

    No incio do sculo passado, a indstria cresceu aceleradamente. O aparecimento e

    crescimentodeempresascomoaFord,aGM,entreoutras,motivaramoestudosistemtico

    manufatura, visando o aumento da eficincia dos processos produtivos. A manufatura

    eficiente dos produtos sempre foi alvo de preocupao, porm tornou-se mais evidente

    comoadventodarevoluoindustrial.Nessecontextosurgiuoconceitodaadministrao

    cientfica.

    Frederick Winslow Taylor, um engenheiro e grande observador das atividades

    organizacionais,foiquemintroduziuoconceito.

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    Figura 4 - Frederick Winslow Taylor

    Segundo Davis et al (2001) a essncia da filosofia de Taylor era que leis cientficas

    governamoquantoumtrabalhadorpodeproduzirpordia,equefunodoadministrador

    descobrireusarestasleisnaoperaodesistemasprodutivos.

    Osprincpiosetcnicasoriundasdessaabordagembuscavamoaumentodaeficincia

    dosoperriosatravsdaracionalizaodotrabalho.Taylorapresentou,em1903,oestudo

    Shop Management,compostopor04princpiosbsicos:

    a. Umaboaadministraotemcomoobjetivopagaraltossalrioseterbaixoscustosde

    produo.

    b. Posto esse objetivo, a administrao deve aplicar mtodos de pesquisa que

    determinemaformamaiseficientedesefazersatividades.

    c. Ostrabalhadoresdevemsercientificamenteselecionadosetreinadosdeformaque

    estejamcompatveiscomoquefazem.

    d. Existnciadecooperaoentreaadministraoeostrabalhadores,garantindoum

    ambientepsicologicamentepropcioaplicaodessesprincpios.

    Taylorsepreocupouemsepararapartefilosfica,ouseja,osprincpios,dapartetcnica,

    ouseja,osmecanismos,daadministraocientfica,apresentadosaseguir:

    a. Estudodetemposemovimentos.

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    b. Padronizaodeferramentaseinstrumentos.

    c. Padronizaodemovimentos.

    d. Sistemadepagamentodeacordocomosmovimentos.

    As tcnicas seriam as formas de colocar em prticas os princpios da administrao

    cientfica.Uma revoluo namaneira de ver o trabalho, as responsabilidades para com a

    organizaoecolegas.

    Nesse contexto de organizao eficiente do trabalho, estudiosos independentes e

    colaboradores de Taylor participaramdoprocesso, tais comoo industririoHenry Ford, o

    executivoHenriFayol,ocientistaMaxWeber,dentreoutrosqueformaramaescolaclssica

    deadministrao.

    1.4 Teoria Clssica

    A teoria clssica da administrao tem participantes notveis, que disseminaram

    princpiose tcnicasque,mesmocomopassardotempo,continuamsendoutilizadosat

    hoje:

    Lilian e Frank Gilbreth desenvolveramtcnicaspararacionalizartemposemovimentos.

    Conseguiuaumentarem300%aprodutividadedepedreiros,inserindoatcnicadecolocar

    ostijolossobreumaplataformademadeira,naalturadosombrosdotrabalhador,reduzindo

    seusmovimentosdepegarostijolosnocho,aumentandosuaprodutividade.

    Henry Gantt criou o grfico que leva o seu nome, ou cronograma. Desenvolveu

    treinamentoprofissionalizanteeplanoderemuneraosemanal.

    Hugo Munsterberg,primeiroconsultousobreocomportamentohumano,desenvolveu

    osprimeirostestesdeseleodepessoaleconsiderandoocriadordapsicologiaindustrial.

    Henri Ford,noanode1913introduziualinhademontagememmovimentoparafabricao

    deautomveis.Antes,cadachassiseramontadoportrabalhadoremaproximadamente12

    horas e meia. Com a linha de montagem onde cada trabalhador realizava uma pequena

    unidade trabalho e o chassi sendomovidomecanicamente, o tempomdio caiu para 93

    minutos.Introduziuaproduoemmassa,quebasicamenteaproduoemgrandeescala

    deprodutospadronizados(nodiferenciados),compostadedoisprincpiosfundamentais:

    a. Divisodotrabalho,cadapessoaougrupotemumaatividadefixanamontagemde

    umproduto,favorecendoaespecializaodotrabalhador.

    b. Fabricaodepeasecomponentespadronizadoseintercambiveis.

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    Figura 5 Henry Ford

    Henri Fayol entendia que a administrao era uma atividade comum a todos os

    empreendimentos humanos (famlia, negcio, governo), que sempre exigem certo grau

    de planejamento, organizao, comando, coordenao e controle (Maximiano, 2007). Seu

    sistemadeadministraoestdivididoemtrspartes:

    a. Administraoumafunodistintadasdemaisfunesdaempresa,comofinanas,

    produo,distribuio.

    b. Administraoumprocessodeplanejamento,organizao,comando,coordenao

    econtrole.

    c. Osistemadeadministraopodeserensinadoeaprendido.

    Concluisuateoriacom14princpiosparaaadministraoeficaz:

    1. Divisodetrabalho,objetivandoespecializaoeseparaodepoderes.

    2. Autoridade e responsabilidade, resultando em recompensa ou penalidade no

    exercciodopoder.

    3. Disciplina.

    4. Unidadedecomando,cadatrabalhadortemapenasumsuperior.

    5. Unidadededireo,cadachefetemumsprogramaparaumconjuntodeoperaes.

    6. Subordinaodointeresseindividualaointeressegeral.

    7. Remuneraodeformaequitativabaseadoemfatoresexternoseinternos.

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    8. Centralizao,oequilbrioentreacentralizaodepoderdoschefeseiniciativados

    subordinados.

    9. Cadeiadecomando,linhadeautoridadedoprimeiroaoltimoescalo.

    10.Ordem,umlugarparacadapessoaecadapessoaemseulugar.

    11.Equidade,tratamentodaspessoascomjustia,energiaourigorquandonecessrios

    12.Estabilidadedepessoal,promovendoseudesenvolvimento.

    13.Iniciativa.

    14.Espritodeequipe.

    Figura 5 Henri Fayol

    Max Weber descreveu as empresas como mquinas impessoais, regidas por regras,queele classificou como racionais, ou seja, lgicas enode interessepessoal. Estudouoprocessodeautoridade-obedincia,ouprocessodedominaodasorganizaes.Dominaoou autoridade definiu como a probabilidade de haver obedincia dentro de um grupodeterminado. Dividiu a autoridade ou dominao legtima (que tem a concordncia dossubordinados)emtrstipos:

    a. Autoridadetradicional:estfundamentadanosusosecostumes,passandodegerao

    em gerao. Neste caso, a pessoa exerce a autoridade no pela suas qualidades

    intrnsecas,maspelasinstituiestradicionaisquerepresentam.

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    b. Autoridadecarismtica:fundamentadanasqualidadespessoaisdolder.Aobedincia

    sedemfunodaconfianapessoalnolderpeloexemplodadoepeloseucarisma.

    Existecertadevoo.

    c. Autoridade legal-racional: est fundamentada em leis que estabelecem direitos

    edeveresaos integrantesdeumasociedade.Baseia-sena legalidade,emnormas

    impessoaiseracionais,criandofigurasdeautoridade,direitoseobrigaes.

    Consideraes finais

    Nestecaptuloaprendemosqueaadministraoestpresenteemtodasasesferasdo

    convviosocial,emcasa,naempresa,etc.

    Compreendemosque a administraono meramente a aodeplanejar e definir

    objetivos.Seuconceitobemmaisamploecontinuaemconstanteprocessodeevoluoao

    longodosanos.

    Entendemos como se deu a administrao cientfica e as figuras significativas desta

    escola: Taylor, seus princpios (parte terica) e seus mecanismos (parte prtica), os seus

    seguidores:Henry Ford,Henri Fayol,MaxWeber, dentre outros que formaram a escola

    clssicadeadministrao.

    Vimosqueosprincpiosetcnicasdateoriaclssicadaadministraodisseminadaspelos

    participantes notveis das escolas estudadas continuam sendoutilizados at hoje.Dentre

    essasfiguras,podemoscitarLilianGilbreth,FrankGilbreth,HenryGantteHugoMunsterberg.

    Referncias

    CHIAVANETO,I.Introduo Teoria Geral da Administrao.RiodeJaneiro:Elsevier,2003.

    CHIAVENATO,I.Iniciao teoria das organizaes.SoPaulo:Manole,2010

    DAVIS,M.M. et al. Fundamentos da administrao da produo. Porto Alegre: BookmanEditora,2001.

    MAXIMIANO,AntonioCesarAmaru.Teoria Geral da Administrao: Da Revoluo Urbana Revoluo Digital.SoPaulo:Atlas(ebook),2012

    OLIVEIRA,D.P.R.Administrao Estratgica na Prtica.SoPaulo:Atlas,2

    CAPAIntroduo1 Administrao: da prtica teoriaConsideraes finaisReferncias