29
Elementos de Arquitectura Plano Analítico Aula Data Tema (Envolvimento: Assistente) Actividades 1 Apresentação geral do curso - Metodologia - Avaliação - Teste diagnóstico 2 Breve história da história da Arquitectura Lista de arquitectos/obras 3 Espaços: Espaço urbano/paisagismo/arranjos exteriores I. Moradia unifamiliar 4 Elementos: Vegetação; Sol 1. O projecto 5 Espaços: Espaços exteriores, estar e jantar 1.1. Programa base 6 Espaços: Entradas - envolvência 1.2. Escolha do talhão 7 Exercício prático-moradia unifamiliar 8 Exercício prático-moradia unifamiliar 2. Referências Projectuais Projecto casa de sonho

aula 1 e 2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

arquitectura

Citation preview

Page 1: aula 1 e 2

Elementos de Arquitectura

Plano Analítico

Aula Data Tema (Envolvimento: Assistente) Actividades

1

Apresentação geral do curso - Metodologia

- Avaliação - Teste diagnóstico

2 Breve história da história da Arquitectura Lista de arquitectos/obras

3 Espaços: Espaço

urbano/paisagismo/arranjos exteriores

I. Moradia unifamiliar

4 Elementos: Vegetação; Sol 1. O projecto

5 Espaços: Espaços exteriores, estar e jantar 1.1. Programa base

6 Espaços: Entradas - envolvência 1.2. Escolha do talhão

7 Exercício prático-moradia unifamiliar

8 Exercício prático-moradia unifamiliar 2. Referências Projectuais

Projecto casa de sonho

Page 2: aula 1 e 2

9 Elementos: janelas, portas e ferragens

10 Espaços: espaço de refeições/cozinhas 3. Anteprojecto

11 Espaços: dormitórios

3.1. Implantação no

talhão

12 Espaços: espaço de higiene/casas de banho 3.2. Plantas do piso

13 Exercício prático-moradia Unifamiliar 3.3. Cortes

14 Exercício prático-moradia Unifamiliar 3.4. Alçados

3.5. Modelo

3Dimensões

15 Elementos: paredes, suportes - pilares-vigas

16

Elementos: escadas, balaustradas, clarabóias:

cortinas/barreiras visuais/término de

coberturas

4. Infraestrutura

17 Elementos: escadas, balaustradas, clarabóias:

acabamentos e decoração 5. Mapas

18 Exercício prático - moradia Unifamiliar 5.1 Mapa de vãos

19 Exercício prático - moradia Unifamiliar

5.2 Mapa de

acabamentos

5.3 Mapa de

quantidades

Page 3: aula 1 e 2

20 Tipologias de edifícios

21 Tipologias de edifícios II. Tipologia de edifícios

22 Tipologias de edifícios 6. Definição dos grupos

23 Tipologias de edifícios Trabalho de campo

Trabalho de campo

24 Elementos: armários-prateleiras e outros

apoios

Trabalho de gabinete

25 Elementos: pontos de realçe - "focal points" Trabalho de gabinete

26 Elementos: pérgolas e sombreiros Início Apresentações

27 Elementos: piscinas e pontos de água

28 Elementos: sinalética - identificação III. Moradia plurifamiliar

7 7.1 Programa

29 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.2 Implantação/parte

urbanística

30 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.3 Plantas do piso

31 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.4 Secções

7.5 Alçados

32 Arquitectos contemporâneos - panorama

internacional e nacional

7.6 Coberturas

33 Lei do Património - Património arquitectónio

em Moçambique

7.7 Infraestrutura

Page 4: aula 1 e 2

Objectivos técnico-formativos

Considerando que o futuro Engenheiro Civil poderá vir

a desenvolver, no seu percurso profissional, projectos

de especialidades, para edifícios, tal prática implicará

a necessidade de articular eficazmente a sua solução

àquela preconizada pelo arquitecto e/ou por outros

projectistas. Deste modo, pretende-se:

a) Desenvolver no estudante a capacidade de ler e de

interpretar diferentes projectos de arquitectura,

familiarizando-se, assim, com a linguagem específica

do desenho técnico de representação (introduzida

anteriormente no Desenho de Construção), suporte

essencial na comunicação do acto de criar e projectar

as estruturas edificadas e os espaços, em geral.

Page 5: aula 1 e 2

b) Sensibilizar os estudantes para os princípios

processuais que estruturam os projectos de

arquitectura (sua constituição e hierarquia,

faseamento, implicações regulamentares, articulação

às políticas camarárias sobre edificação, etc), bem

como para a eficácia da articulação do profissional de

engenharia civil com o profissional de arquitectura.

Objectivos crítico-formativos

a) Assimilação analítica do percurso da arquitectura,

no domínio interpretativo da evolução histórica do

espaço arquitectónico articulado às inovações

construtivas e estruturais;

Page 6: aula 1 e 2

b) Assimilação crítica e monográfica dos principais

movimentos e obras de arquitectura (até à

actualidade), por forma a ampliar, nos estudantes, a

sua formação cultural e arquitectónica, bem como a

educação do gosto.

Metodologia

Aulas teóricas – apresentação e explanação das

bases dos assuntos a tratar por meio de diapositivos;

Aulas práticas; e

Exercitação prática contínua.

Page 7: aula 1 e 2

Avaliação

Competências desenvolvidas pelo estudante por grupo

de temas tratados;

Avaliação Contínua: exercícios práticos contínuos

desenvolvidos de modo temático ao fim de cada

capítulo tratado, até um limite de 4 exercícios

semestrais de igual valor; e

Avaliação final resumo das competências adquiridas

pelos estudantes ao longo do semestre lectivo.

O estudante é responsável pelas apresentações p/ acompanhamento pelo

docente, de todos os trabalhos por realizar.

Nenhum trabalho elaborado fora do contexto das aulas será aceite

como resultado da aprendizagem do estudante

Page 8: aula 1 e 2

Referência Bibliográfica Principal

1. FORJAZ, José; Cadernos de Planeamento Físico 1 –

Desenho Arquitectónico; Instituto Nacional de Planeamento

Físico; 1988; Maputo.

2. OBERG, L.; Desenho Arquitetônico; 22ª Edição; Ao Livro

Técnico SA; Rio de Janeiro; 1988.

3. NEUFERT, Ernst; Arte de Projectar em Arquitectura;

Editorial Gustavo Gili, SA; ISBN: 84-252-1691-5;1998.

4. KOTTAS, Dimitris; Manual do Arquitecto; Links; ISBN:

9788496424258; 2007

5. GROBBELAAR, Andre; Building Construction and Graphic

Standards; Anglo-Rand Publications; South Africa; 2006; ISBN-

13: 9780620077873 (ISBN-10: 0620077875).

Page 9: aula 1 e 2

6. CHING, Francis D. K; Dicionário Visual de Arquitectura;

Gustavo Gili; 1ª Ed; Barcelona; 2004; ISBN: 9788425220203.

7. SILVA, Arlindo; Desenho Técnico Moderno - 8ª Edição.

ISBN: 978-972-757-337-0.

Facultativa

8. CHING, Francis; Arquitetura; Forma, Espaço e Ordem;

Martins Fontes Editora; São Paulo; 1998.

9. ZEVI, B.. Archictetura in Nuce: Uma Definição de

Arquitetura. Livraria Martins Fontes; 1 Ed., Lisboa, 1979.

10. ZEVI, B.; Saber ver Arquitectura, Livraria Martins Fontes

Page 10: aula 1 e 2

Teste diagnóstico

Introdução à Arquitectura

1. Define arquitectura (por apresentar à discussão na

próxima meia hora).

2. Enumera no mínimo 10, dos quais 5 arquitectos e 5

engenheiros civis, cujos trabalhos contribuíram para

as mudanças nos processos de concepção do espaço,

forma, técnica e estética na arquitectura. Justifica.

Obras notáveis. (para aula nº.2).

3. Transcreve no mínimo 5 definições de arquitectura,

dadas pelos arquitectos mundialmente e

historicamente reconhecidos. (para aula nº. 2).

Page 11: aula 1 e 2

O que é arte?

Criação humana com valores estéticos (beleza,

equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas

emoções, sua história, seus sentimentos e a sua

cultura.

Quem faz arte?

O homem cria a arte como meio de vida, para que o

mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas

crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si

mesmo e aos outros, para explorar novas formas de

olhar e interpretar objectos e cenas.

Page 12: aula 1 e 2

utilitária decorar/reflectir sobre o mundo

Page 13: aula 1 e 2

Por que o mundo necessita de arte?

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo

que chamamos de função da arte que pode ser:

a) feita para decorar o mundo

b) para espelhar o nosso mundo (naturalista)

c) para ajudar no dia-a-dia (utilitária)

d) para explicar e descrever a história

e) para ser usada na cura de doenças

f) para ajudar a explorar o mundo.

Como entendemos a arte?

O que vemos quando admiramos uma arte depende:

a) da nossa experiência e conhecimentos

b) da nossa disposição no momento

c) da imaginação e

d) daquilo que o artista pretendeu mostrar.

Page 14: aula 1 e 2

A ignorância da arquitectura

O público interessa-se por pintura e música, por

escultura e literatura, mas não por arquitectura.

A arq. Continua a ser a grande esquecida pela

imprensa.

A censura funciona para filmes e para literatura, mas

não para evitar escândalos urbanísticos e

arquitectónicos, cujas conseqüências são bem mais

graves e mais prolongadas que a publicação de um

romance pornográfico.

Ninguém pode fechar os olhos diante das construções

que constituem o palco da vida citadina e trazem a

marca do homem no campo e na sua paisagem.

Page 15: aula 1 e 2

Um dos defeitos característicos consiste no facto dos

edifícios serem apreciados como se fossem esculturas e

pinturas, ou seja, externa e superficialmente, como

simples fenômenos plásticos.

Há críticos que comparam a arq. Com outras artes:

Uma bailarina de Degas com a Galeria das Máquinas;

Page 16: aula 1 e 2

Um quadro de Mondrian com Mies-

Van-Der-Rohe;

Um urbanismo de Le Corbousier com

Volutas.

Page 17: aula 1 e 2

O espaço, protagonista da arquitectura

O carácter essencial da arquitectura está no facto de agir

com um vocabulário tridimensional que inclui o homem.

A pintura actua sobre

duas dimensões.

A escultura sobre 3, mas

o homem fica de fora.

A arquitectura é como

uma grande escultura

escavada, em cujo interior

o homem penetra e

caminha.

Page 18: aula 1 e 2

Quando queremos construir uma casa, apresentamos

uma perspectiva e uma vista exterior. Apresentamos

plantas e cortes. Isto provem de nossa falta de educação

espacial.

É uma realidade que ninguém vê a não ser no papel. As

fachadas e as secções servem para medir as alturas,

assim como as plantas os comprimentos e larguras. Mas

a arquitectura não provem de um conjunto de alturas,

comprimentos e larguras dos elementos.

Ela provem mais precisamente do vazio, do espaço

encerrado, do espaço interior em que os homens andam

e vivem, assim como a poesia é algo mais do que um

grupo de belos versos. video

Page 19: aula 1 e 2

O espaço interior é o protagonista do facto

arquitectónico. Saber vê-lo, constitui a chave que nos

dará a compreensão dos edifícios.

Continuaremos a usar indistintamente palavras como

ritmo, escala, etc, até darmos a eles um ponto de

aplicação específico na realidade em que se

concretiza a arquitectura : o espaço.

Falling Water, Frank Lloyd Wright

Page 20: aula 1 e 2

O que é arquitectura?

E, o que mais interessa agora, o que é a não-

arquitectura?

Já dissemos que 4 fachadas, por mais belas que

sejam, constituem apenas a caixa dentro da qual está

encerrada a jóia arquitectónica. Por mais bela que

sejam continuam a ser invólucro.

Em cada edifício, o continente é o invólucro mural

e o conteúdo é o espaço interior. Existe uma

diferença nítida entre continente e conteúdo e, com

grande freqüência, o invólucro mural foi objecto de

maiores preocupações e trabalho que o espaço-

arquitectura.

Page 21: aula 1 e 2

A realidade do objecto não se esgota nas 3

dimensões da perspectiva. O outro elemento é o

deslocamento sucessivo do ângulo visual: o tempo, a

quarta dimensão.

Mas o espaço arquitectónico não se esgota em 4

dimensões, pois em arquitectura o fenômeno é

diferente que na pintura e escultura: aqui é o homem

que, movendo-se no edifício, estudando-o de pontos

de vista sucessivos cria, por assim dizer, a quarta

dimensão, dá ao espaço sua realidade integral.

Page 22: aula 1 e 2

MAXXI, Zaha Hadid

Page 23: aula 1 e 2

MAXXI, Zaha Hadid

Page 24: aula 1 e 2

A bela arquitectura será a arquitectura que tem um

espaço interior que nos atrai, nos eleva, nos subjuga

espiritualmente. Tudo o que não tem espaço interior,

não é arquitectura.

A experiência espacial própria da arquitectura

prolonga-se na cidade, nas ruas e praças, onde quer

que a obra do homem haja limitado vazios, isto é,

tenha criado espaços fechados. Uma auto–estrada

rectilínea pode não ser uma experiência

arquitectónica, mas é um espaço urbanístico.

Então, os edifícios possuem dois espaços: os

interiores, definidos perfeitamente pela obra

arquitectónica, e os exteriores ou urbanísticos,

encerrado nesta obra e nas contínuas.

Page 25: aula 1 e 2

Parco della musica, Renzo Piano

Page 26: aula 1 e 2

Parco della musica, Renzo Piano

Page 27: aula 1 e 2

Síntese

Homem = falta de hábito e entender o espaço

Arq. = carácter tridimensional

Apresentamos mal plantas, perspectivas, etc

Espaço interior = protagonista da arq.

Fachadas = casca = invólucro

Conteúdo = vazio = espaço interior

4º Dimensão = tempo; na arq. homem movendo-se dentro do

edifício.

O que é arquitectura?

É a obra que tem um espaço interior que nos atrai, nos eleva, nos

subjuga.

Possíveis equívocos :

Experiência espacial só no interior do edifício?

Não! Prolonga-se na cidade, nas ruas, nas praças.

Então, tudo o que excluímos como arq, compõe o espaço urbano.

Page 28: aula 1 e 2

Conclusão

É possível lindas obras arquitectónicas, mas péssimo espaço

urbano,

Ou vice-versa

Valor da arq. Não se esgota no espaço interior

Equação arquitectónica = julgamento arquitectónico

1.Espaço interior negativo = edificação não é arq. mesmo

com boa decoração

2.Espaço interior positivo = é arq., mesmo com má

decoração

Quando espaço interior e decoração são positivos, temos as

grandes obras

É o espaço interior, arquitectónico ou urbanístico, que vale.

O vazio é o protagonista da arq., pois é nele que vivemos

nossa vida.

Page 29: aula 1 e 2

Processo histórico-artístico e seus pressupostos:

•Pressupostos sociais :

Todos os edifícios são resultados de um programa construtivo.

Este se fundamenta na situação econômica do país e dos

indivíduos que promovem as construções, e no sistema de vida,

nas relações de classe e nos costumes que delas derivam

•Pressupostos intelectuais :

Incluem não só aquilo que são a colectividade e o indivíduo, mas

também o que querem ser

•Pressupostos técnicos :

O progresso das ciências e das suas aplicações no artesanato e

na indústria

•O mundo figurativo e estético :

O conjunto das concepções e interpretações da arte e o

vocabulário figurativo que, em cada época, forma a língua de onde

os poetas extraem palavras e frases para exprimir, em linguagem

individual, as suas criações