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arquitectura
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Elementos de Arquitectura
Plano Analítico
Aula Data Tema (Envolvimento: Assistente) Actividades
1
Apresentação geral do curso - Metodologia
- Avaliação - Teste diagnóstico
2 Breve história da história da Arquitectura Lista de arquitectos/obras
3 Espaços: Espaço
urbano/paisagismo/arranjos exteriores
I. Moradia unifamiliar
4 Elementos: Vegetação; Sol 1. O projecto
5 Espaços: Espaços exteriores, estar e jantar 1.1. Programa base
6 Espaços: Entradas - envolvência 1.2. Escolha do talhão
7 Exercício prático-moradia unifamiliar
8 Exercício prático-moradia unifamiliar 2. Referências Projectuais
Projecto casa de sonho
9 Elementos: janelas, portas e ferragens
10 Espaços: espaço de refeições/cozinhas 3. Anteprojecto
11 Espaços: dormitórios
3.1. Implantação no
talhão
12 Espaços: espaço de higiene/casas de banho 3.2. Plantas do piso
13 Exercício prático-moradia Unifamiliar 3.3. Cortes
14 Exercício prático-moradia Unifamiliar 3.4. Alçados
3.5. Modelo
3Dimensões
15 Elementos: paredes, suportes - pilares-vigas
16
Elementos: escadas, balaustradas, clarabóias:
cortinas/barreiras visuais/término de
coberturas
4. Infraestrutura
17 Elementos: escadas, balaustradas, clarabóias:
acabamentos e decoração 5. Mapas
18 Exercício prático - moradia Unifamiliar 5.1 Mapa de vãos
19 Exercício prático - moradia Unifamiliar
5.2 Mapa de
acabamentos
5.3 Mapa de
quantidades
20 Tipologias de edifícios
21 Tipologias de edifícios II. Tipologia de edifícios
22 Tipologias de edifícios 6. Definição dos grupos
23 Tipologias de edifícios Trabalho de campo
Trabalho de campo
24 Elementos: armários-prateleiras e outros
apoios
Trabalho de gabinete
25 Elementos: pontos de realçe - "focal points" Trabalho de gabinete
26 Elementos: pérgolas e sombreiros Início Apresentações
27 Elementos: piscinas e pontos de água
28 Elementos: sinalética - identificação III. Moradia plurifamiliar
7 7.1 Programa
29 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.2 Implantação/parte
urbanística
30 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.3 Plantas do piso
31 Exercício prático - moradia plurifamiliar 7.4 Secções
7.5 Alçados
32 Arquitectos contemporâneos - panorama
internacional e nacional
7.6 Coberturas
33 Lei do Património - Património arquitectónio
em Moçambique
7.7 Infraestrutura
Objectivos técnico-formativos
Considerando que o futuro Engenheiro Civil poderá vir
a desenvolver, no seu percurso profissional, projectos
de especialidades, para edifícios, tal prática implicará
a necessidade de articular eficazmente a sua solução
àquela preconizada pelo arquitecto e/ou por outros
projectistas. Deste modo, pretende-se:
a) Desenvolver no estudante a capacidade de ler e de
interpretar diferentes projectos de arquitectura,
familiarizando-se, assim, com a linguagem específica
do desenho técnico de representação (introduzida
anteriormente no Desenho de Construção), suporte
essencial na comunicação do acto de criar e projectar
as estruturas edificadas e os espaços, em geral.
b) Sensibilizar os estudantes para os princípios
processuais que estruturam os projectos de
arquitectura (sua constituição e hierarquia,
faseamento, implicações regulamentares, articulação
às políticas camarárias sobre edificação, etc), bem
como para a eficácia da articulação do profissional de
engenharia civil com o profissional de arquitectura.
Objectivos crítico-formativos
a) Assimilação analítica do percurso da arquitectura,
no domínio interpretativo da evolução histórica do
espaço arquitectónico articulado às inovações
construtivas e estruturais;
b) Assimilação crítica e monográfica dos principais
movimentos e obras de arquitectura (até à
actualidade), por forma a ampliar, nos estudantes, a
sua formação cultural e arquitectónica, bem como a
educação do gosto.
Metodologia
Aulas teóricas – apresentação e explanação das
bases dos assuntos a tratar por meio de diapositivos;
Aulas práticas; e
Exercitação prática contínua.
Avaliação
Competências desenvolvidas pelo estudante por grupo
de temas tratados;
Avaliação Contínua: exercícios práticos contínuos
desenvolvidos de modo temático ao fim de cada
capítulo tratado, até um limite de 4 exercícios
semestrais de igual valor; e
Avaliação final resumo das competências adquiridas
pelos estudantes ao longo do semestre lectivo.
O estudante é responsável pelas apresentações p/ acompanhamento pelo
docente, de todos os trabalhos por realizar.
Nenhum trabalho elaborado fora do contexto das aulas será aceite
como resultado da aprendizagem do estudante
Referência Bibliográfica Principal
1. FORJAZ, José; Cadernos de Planeamento Físico 1 –
Desenho Arquitectónico; Instituto Nacional de Planeamento
Físico; 1988; Maputo.
2. OBERG, L.; Desenho Arquitetônico; 22ª Edição; Ao Livro
Técnico SA; Rio de Janeiro; 1988.
3. NEUFERT, Ernst; Arte de Projectar em Arquitectura;
Editorial Gustavo Gili, SA; ISBN: 84-252-1691-5;1998.
4. KOTTAS, Dimitris; Manual do Arquitecto; Links; ISBN:
9788496424258; 2007
5. GROBBELAAR, Andre; Building Construction and Graphic
Standards; Anglo-Rand Publications; South Africa; 2006; ISBN-
13: 9780620077873 (ISBN-10: 0620077875).
6. CHING, Francis D. K; Dicionário Visual de Arquitectura;
Gustavo Gili; 1ª Ed; Barcelona; 2004; ISBN: 9788425220203.
7. SILVA, Arlindo; Desenho Técnico Moderno - 8ª Edição.
ISBN: 978-972-757-337-0.
Facultativa
8. CHING, Francis; Arquitetura; Forma, Espaço e Ordem;
Martins Fontes Editora; São Paulo; 1998.
9. ZEVI, B.. Archictetura in Nuce: Uma Definição de
Arquitetura. Livraria Martins Fontes; 1 Ed., Lisboa, 1979.
10. ZEVI, B.; Saber ver Arquitectura, Livraria Martins Fontes
Teste diagnóstico
Introdução à Arquitectura
1. Define arquitectura (por apresentar à discussão na
próxima meia hora).
2. Enumera no mínimo 10, dos quais 5 arquitectos e 5
engenheiros civis, cujos trabalhos contribuíram para
as mudanças nos processos de concepção do espaço,
forma, técnica e estética na arquitectura. Justifica.
Obras notáveis. (para aula nº.2).
3. Transcreve no mínimo 5 definições de arquitectura,
dadas pelos arquitectos mundialmente e
historicamente reconhecidos. (para aula nº. 2).
O que é arte?
Criação humana com valores estéticos (beleza,
equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas
emoções, sua história, seus sentimentos e a sua
cultura.
Quem faz arte?
O homem cria a arte como meio de vida, para que o
mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas
crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si
mesmo e aos outros, para explorar novas formas de
olhar e interpretar objectos e cenas.
utilitária decorar/reflectir sobre o mundo
Por que o mundo necessita de arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo
que chamamos de função da arte que pode ser:
a) feita para decorar o mundo
b) para espelhar o nosso mundo (naturalista)
c) para ajudar no dia-a-dia (utilitária)
d) para explicar e descrever a história
e) para ser usada na cura de doenças
f) para ajudar a explorar o mundo.
Como entendemos a arte?
O que vemos quando admiramos uma arte depende:
a) da nossa experiência e conhecimentos
b) da nossa disposição no momento
c) da imaginação e
d) daquilo que o artista pretendeu mostrar.
A ignorância da arquitectura
O público interessa-se por pintura e música, por
escultura e literatura, mas não por arquitectura.
A arq. Continua a ser a grande esquecida pela
imprensa.
A censura funciona para filmes e para literatura, mas
não para evitar escândalos urbanísticos e
arquitectónicos, cujas conseqüências são bem mais
graves e mais prolongadas que a publicação de um
romance pornográfico.
Ninguém pode fechar os olhos diante das construções
que constituem o palco da vida citadina e trazem a
marca do homem no campo e na sua paisagem.
Um dos defeitos característicos consiste no facto dos
edifícios serem apreciados como se fossem esculturas e
pinturas, ou seja, externa e superficialmente, como
simples fenômenos plásticos.
Há críticos que comparam a arq. Com outras artes:
Uma bailarina de Degas com a Galeria das Máquinas;
Um quadro de Mondrian com Mies-
Van-Der-Rohe;
Um urbanismo de Le Corbousier com
Volutas.
O espaço, protagonista da arquitectura
O carácter essencial da arquitectura está no facto de agir
com um vocabulário tridimensional que inclui o homem.
A pintura actua sobre
duas dimensões.
A escultura sobre 3, mas
o homem fica de fora.
A arquitectura é como
uma grande escultura
escavada, em cujo interior
o homem penetra e
caminha.
Quando queremos construir uma casa, apresentamos
uma perspectiva e uma vista exterior. Apresentamos
plantas e cortes. Isto provem de nossa falta de educação
espacial.
É uma realidade que ninguém vê a não ser no papel. As
fachadas e as secções servem para medir as alturas,
assim como as plantas os comprimentos e larguras. Mas
a arquitectura não provem de um conjunto de alturas,
comprimentos e larguras dos elementos.
Ela provem mais precisamente do vazio, do espaço
encerrado, do espaço interior em que os homens andam
e vivem, assim como a poesia é algo mais do que um
grupo de belos versos. video
O espaço interior é o protagonista do facto
arquitectónico. Saber vê-lo, constitui a chave que nos
dará a compreensão dos edifícios.
Continuaremos a usar indistintamente palavras como
ritmo, escala, etc, até darmos a eles um ponto de
aplicação específico na realidade em que se
concretiza a arquitectura : o espaço.
Falling Water, Frank Lloyd Wright
O que é arquitectura?
E, o que mais interessa agora, o que é a não-
arquitectura?
Já dissemos que 4 fachadas, por mais belas que
sejam, constituem apenas a caixa dentro da qual está
encerrada a jóia arquitectónica. Por mais bela que
sejam continuam a ser invólucro.
Em cada edifício, o continente é o invólucro mural
e o conteúdo é o espaço interior. Existe uma
diferença nítida entre continente e conteúdo e, com
grande freqüência, o invólucro mural foi objecto de
maiores preocupações e trabalho que o espaço-
arquitectura.
A realidade do objecto não se esgota nas 3
dimensões da perspectiva. O outro elemento é o
deslocamento sucessivo do ângulo visual: o tempo, a
quarta dimensão.
Mas o espaço arquitectónico não se esgota em 4
dimensões, pois em arquitectura o fenômeno é
diferente que na pintura e escultura: aqui é o homem
que, movendo-se no edifício, estudando-o de pontos
de vista sucessivos cria, por assim dizer, a quarta
dimensão, dá ao espaço sua realidade integral.
MAXXI, Zaha Hadid
MAXXI, Zaha Hadid
A bela arquitectura será a arquitectura que tem um
espaço interior que nos atrai, nos eleva, nos subjuga
espiritualmente. Tudo o que não tem espaço interior,
não é arquitectura.
A experiência espacial própria da arquitectura
prolonga-se na cidade, nas ruas e praças, onde quer
que a obra do homem haja limitado vazios, isto é,
tenha criado espaços fechados. Uma auto–estrada
rectilínea pode não ser uma experiência
arquitectónica, mas é um espaço urbanístico.
Então, os edifícios possuem dois espaços: os
interiores, definidos perfeitamente pela obra
arquitectónica, e os exteriores ou urbanísticos,
encerrado nesta obra e nas contínuas.
Parco della musica, Renzo Piano
Parco della musica, Renzo Piano
Síntese
Homem = falta de hábito e entender o espaço
Arq. = carácter tridimensional
Apresentamos mal plantas, perspectivas, etc
Espaço interior = protagonista da arq.
Fachadas = casca = invólucro
Conteúdo = vazio = espaço interior
4º Dimensão = tempo; na arq. homem movendo-se dentro do
edifício.
O que é arquitectura?
É a obra que tem um espaço interior que nos atrai, nos eleva, nos
subjuga.
Possíveis equívocos :
Experiência espacial só no interior do edifício?
Não! Prolonga-se na cidade, nas ruas, nas praças.
Então, tudo o que excluímos como arq, compõe o espaço urbano.
Conclusão
É possível lindas obras arquitectónicas, mas péssimo espaço
urbano,
Ou vice-versa
Valor da arq. Não se esgota no espaço interior
Equação arquitectónica = julgamento arquitectónico
1.Espaço interior negativo = edificação não é arq. mesmo
com boa decoração
2.Espaço interior positivo = é arq., mesmo com má
decoração
Quando espaço interior e decoração são positivos, temos as
grandes obras
É o espaço interior, arquitectónico ou urbanístico, que vale.
O vazio é o protagonista da arq., pois é nele que vivemos
nossa vida.
Processo histórico-artístico e seus pressupostos:
•Pressupostos sociais :
Todos os edifícios são resultados de um programa construtivo.
Este se fundamenta na situação econômica do país e dos
indivíduos que promovem as construções, e no sistema de vida,
nas relações de classe e nos costumes que delas derivam
•Pressupostos intelectuais :
Incluem não só aquilo que são a colectividade e o indivíduo, mas
também o que querem ser
•Pressupostos técnicos :
O progresso das ciências e das suas aplicações no artesanato e
na indústria
•O mundo figurativo e estético :
O conjunto das concepções e interpretações da arte e o
vocabulário figurativo que, em cada época, forma a língua de onde
os poetas extraem palavras e frases para exprimir, em linguagem
individual, as suas criações