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Conceitos BÆsicos de MatemÆtica Aula 1 ISCTE - IUL, Mestrados de Continuidade Diana Aldea Mendes [email protected] 12 de Setembro de 2011 DMQ, ISCTE-IUL ([email protected] ) MatemÆtica 12 de Setembro de 2011 1 / 69

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Conceitos Básicos de Matemática

Aula 1

ISCTE - IUL, Mestrados de Continuidade

Diana Aldea Mendes

[email protected]

12 de Setembro de 2011

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Conceitos Básicos de Matemática

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Tópicos

Funções reais com 1 e 2 variáveis reais

Função exponencial, logaritmica e potênciaDerivação e diferenciaçãoExtremos livres e condicionados

Matrizes e Determinantes

Operações com matrizesCálculo de um determinanteInversão de matrizesValores e vectores próprios

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

Uma função real de uma variável real denota-se por f : D ⊆ R→ R eé dada por uma expresão

y = f (x) ondex variável independentey variável dependente

Uma função real de duas variáveis reais denota-se porf : D ⊆ R2 → R e é dada por uma expresão

z = f (x, y) ondex, y variáveis independentes

z variável dependente

Example

Função de produção de Cobb-Douglas f : R2+ → R+ , f (k, l) = kαlβ,onde

k (capital), l (labour) são variáveis independentes e z = f (k, l) é a variáveldependente.

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

010

2030

0

20

40

0

2

4

6

8

l

alpha=0.4, beta=0.5

k

0102030 0

2040

0

10

20

30

40

50

60

l

 alpha=0.2, beta=1.5

k0

1020

30 010

2030

0

20

40

60

l

 alpha=1.2, beta=0.5

k

0102030

0

20

40

0

100

200

300

400

500

600

l

 alpha=1.2, beta=1.5

k

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

Função convexa: uma função f : [a, b] ⊂ R→ R é convexa se aregião sobre (acima) o seu gráfico for um conjunto convexo. Isto é:para quaisquer x e y pertencentes a [a, b] e para todo t ∈ [0, 1], tem-se

f (tx+ (1− t)y) ≤ tf (x) + (1− t)f (y)

Função concava: uma função f : [a, b] ⊂ R→ R é concava se aregião sob (abaixo) o seu gráfico for um conjunto convexo.

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­5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

0

1

2

3

4

5

x

y

Função convexa

­10 ­5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45­6

­4

­2

0

2

4

x

y

Função côncava

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

Função exponencial f : R→ R+

f (x) = ex e f (x) = ax, a > 0

Propriedades

eAeB = eA+B,eA

eB = eA−B, ax = ex ln a

axbx = (ab)x , e0 = 1, e−∞ = 0, e+∞ = +∞

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

0 10 20 300

0.5

1

1.5

2

2.5

x

yy=exp(x)

0 10 20 30 400

2

4

6

8

x

y

y=exp(­x)

0 10 20 30 40­10

0

10

20

30

40

50

x

y

y=exp(2x)

0 10 20 30 400

1

2

3

4

5x 104

x

y

y=2exp(5x)

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

Função logarítmica: f : R+ → R

f (x) = loga x, a > 0, a 6= 1a = e → log natural ln

Propriedades

ln A+ ln B = ln (AB) , ln A− ln B = ln(

AB

)A ln B = ln BA, ln 1 = 0, ln e = 1ln 0+ = −∞, ln(+∞) = +∞

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

0 10 20 30 40 50­5

­4

­3

­2

­1

0

1

2

x

y

y=log(x)

0 10 20 30 40 50­2

­1

0

1

2

3

4

5

x

y

y=­log(x)

0 10 20 30 40 50­4

­3

­2

­1

0

1

2

3

x

y

y=log(ex)

0 10 20 30 40 500

1

2

3

4

5

x

y

y=2log(2x+1)

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

Função potência: f : R→ R

f (x) = axk, a, k ∈ R

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Funções reais de uma e duas variáveis reais

0 10 20 30 40 50 600

2

4

6

8

10

x

y

y=x2

0 10 20 30 40 50 60­30

­20

­10

0

10

20

30

x

y

y=x3

0 10 20 30 40 50 60­300

­200

­100

0

100

200

300

x

y

y=x5

­10 0 10 20 30 40 50 60­10

­5

0

5

10

x

y

y=x­1

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Derivação de funções reais de uma variável real

A derivada representa a taxa de variação de uma função

Uma função f é derivável (ou diferenciável) se, próximo de cadaponto do seu domínio, a função f (x)− f (a) se comportaraproximadamente como uma função linear, ou seja, se o seu gráficofor aproximadamente uma reta. O declive de uma tal reta é aderivada da função f no ponto a e representa-se por

f ′ (a) oudfdx(a)

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0 10 20 30 40 50 60­2

0

2

4

6

8

x

y

0 10 20 30 40 50 60 70­1

0

1

2

3

x

yf(x)

tangente

inclinação = f'(x)

função não derivável em a

a

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Derivação de funções reais de uma variável real

Em tudo que segue k representa um número real e u, v representamfunções reais de uma variável real.

Regras de derivação

(ku)′ = ku′ (u+ v)′ = u′ + v′(xk)′ = kxk−1 (

uk)′ = kuk−1u′

(uv)′ = u′v+ uv′(u

v

)′=

u′v− uv′

v2

(ex)′ = ex (eu)′ = u′eu

(ax)′ = ax ln a, a > 0 (au)′ = u′au ln a, a > 0

(ln x)′ =1x

(ln u)′ =u′

u

Derivando a derivada de primeira ordem obtém-se a derivada desegunda ordem e assim sucessivamente derivadas de ordem superior

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Exemplos - derivação

1 f (x) = 4x3 =⇒ f ′ (x) = 12x2 =⇒ f′′(x) = 24x

2 f (x) = (x− 1)2 =⇒ f ′ (x) = 2 (x− 1) =⇒ f′′(x) = 2

3 f (x) =2x2 =⇒ f (x) = 2

(x−2) =⇒ f ′ (x) = − 4

x3

4 f (x) = x3ex =⇒ f ′ (x) = x2ex (3+ x)

5 f (x) = (ln x)4 =⇒ f ′ (x) =4 ln3 x

x

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Derivadas parciais e diferenciais de funções reais de duasvariáveis reais

A derivada parcial (de primeira ordem) de f (x, y) em ordem a variávelx designa-se por

∂f∂x(x, y)

e signifique derivar a função f em ordem a x considerando y comosendo constante

A derivada parcial (de primeira ordem) de f (x, y) em ordem a variávely designa-se por

∂f∂y(x, y)

e signifique derivar a função f em ordem a y considerando x comosendo constante

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Se a função f (x, y) for diferenciável no ponto (a, b) é porque admitederivadas parciais finitas e contínuas numa vizinhança desse ponto.Neste caso o Diferencial de 1a ordem da função f no ponto (a, b)define-se por

df (a, b) =(

∂f∂x

)(a, b) dx+

(∂f∂y

)(a, b) dy

onde dx e dy designam-se por acréscimos (são numeros reaispequenos).

Quando a função for diferenciável, para o cálculo de valoresaproximados, podemos utilizar a seguinte expressão dediferenciabilidade:

f (a+ h, b+ k) ≈ f (a, b) + dx(

∂f∂x

)(a,b)

+ dy(

∂f∂y

)(a,b)

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Derivadas parciais e diferenciais de funções reais de duasvariáveis reais

Derivando as duas derivadas parciais de primeira ordem mais uma vezem relação a cada uma das duas variáveis x, y obtemos as 4 derivadasparciais de segunda ordem de f (x, y) , isto é(

∂f∂x

)′x=

∂x

(∂f∂x

)=

∂2f∂x2 ;

(∂f∂x

)′y=

∂y

(∂f∂x

)=

∂2f∂x∂y(

∂f∂y

)′x=

∂x

(∂f∂y

)=

∂2f∂y∂x

;(

∂f∂y

)′y=

∂y

(∂f∂y

)=

∂2f∂y2

O diferencial de segunda ordem da função f no ponto (a, b) define-sepor

d2f (a, b) =

(∂2f∂x2

)(a, b) dx2 + 2

(∂2f

∂y∂x

)(a, b) dxdy

+

(∂2f∂y2

)(a, b) dy2

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Derivadas parciais e diferenciais de funções reais de duasvariáveis reais

Example

Para f (x, y) = x3 + 2y2 temos as seguintes derivadas parciais de primeirae segunda ordem:

∂f∂x(x, y) = 3x2

∂f∂y(x, y) = 4y

∂2f∂x2 (x, y) =

(∂f∂x

)′x=(

3x2)′

x= 6x

∂2f∂y∂x

(x, y) =

(∂f∂x

)′y=(

3x2)′

y= 0

∂2f∂y2 (x, y) =

(∂f∂y

)′y= (4y)′y = 4

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Os diferenciais de primeira e segunda ordem no ponto (a, b) = (1, 2) sãodados por

df (a, b) =

(∂f∂x

)(1, 2) dx+

(∂f∂y

)(1, 2) dy

=(

3x2)(1, 2) dx+ (4y) (1, 2) dy = 3dx+ 8dy

d2f (a, b) =

(∂2f∂x2

)(a, b) dx2 + 2

(∂2f

∂y∂x

)(a, b) dxdy

+

(∂2f∂y2

)(a, b) dy2 = (6x) (1, 2) dx2 + 2 (0) (1, 2) dxdy+ 4 (1, 2) dy2

= 6dx2 + 4dy2

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Example

Para f (x, y) = 3xy + 2 ln(

xy

)+ x2y2, temos as seguintes derivadas

parciais de primeira ordem:

∂f∂x(x, y) = 2xy2 +

2x+ 3xyy ln 3

∂f∂y(x, y) = 2x2y− 2

y+ 3xyx ln 3

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Extremos Livres (Relativos)

Definição: Sejam f : A ⊆ R→ R e a ∈ IntA.

a é um ponto de mínimo local (global) para a função f se e só senuma vizinhança V do ponto dado se tem

f (x) ≥ f (a) , ∀x ∈ V (∀x ∈ A)

O número real f (a) representa o valor mínimo que a função f assumena vizinhança V.a é um ponto de máximo local (global) para a função f se e só senuma vizinhança V do ponto dado se tem

f (x) ≤ f (a) , ∀x ∈ V (∀x ∈ A)

O número real f (a) representa o valor máximo que a função f assumena vizinhança VOs mínimos e os máximos designam-se por extremos.

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Extremos Livres (Relativos)

Definição: Seja f (x) uma função diferenciável definida em A ⊂ R e comvalores em R É condição necessária (condição de primeira ordem) para aexistência de um extremo no ponto a ∈ A, que f ′ (a) = 0.Sendo assim, resolvendo a equação f ′ (a) = 0 obtém-se os possíveiscandidados ao extremo, ou seja os pontos estacionários (deestacionariedade) do problema.Definição: A condição suficiente (condições de segunda ordem) consta nacaracterização do ponto de estacionariedade a como máximo ou mínimo edepende do signal da derivada de segunda ordem, isto é

se f ′′ (a) > 0 então a é um mínimo

se f ′′ (a) < 0 então a é um máximo

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Extremos Livres (Relativos)

Example

Determine, caso existem, os extremos livres da seguinte função: f (x) = x2.

Condição necessária: f ′ (x) = 2x = 0→ x = 0 é o único pontoestacionário da função dada.

Condição suficiente: f ′′(x) = 2 > 0→ logo o ponto x = 0 é ummínimo.

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Extremos Livres (Relativos)

Sejam f : A ⊆ R2 → R e (a, b) ∈ IntA.(a, b) é um ponto de mínimo local (global) para a função f se e só senuma vizinhança V do ponto dado se tem

f (x, y) ≥ f (a, b) , ∀ (x, y) ∈ V, (∀ (x, y) ∈ A)

O número real f (a, b) representa o valor mínimo que a função f assumena vizinhança V.O número real f (a, b) representa o valor mínimo da função f .(a, b) é um ponto de máximo local (global) para a função f se e só senuma vizinhança V do ponto dado se tem

f (x, y) ≤ f (a, b) , ∀ (x, y) ∈ V, (∀ (x, y) ∈ A)

O número real f (a, b) representa o valor máximo que a função fassume na vizinhança VO número real f (a, b) representa o valor máximo que a função fassume na vizinhança V

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Extremos Livres (Relativos)

É condição necessária (condição de primeira ordem) para a existência

de um extremo no ponto (a, b) ∈ A, que∂f∂x(a, b) = 0 e

∂f∂y(a, b) = 0.

Isto é, resolvendo o sistema de 2 equações e 2 incógnitas definido por(

∂f∂x

)(x, y) = 0(

∂f∂y

)(x, y) = 0

obtém-se os possíveis candidados ao extremo, ou seja os pontosestacionários (de estacionariedade) do problema.

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Extremos Livres (Relativos)

As condições suficientes (condições de segunda ordem) constam nacaracterização do ponto de estacionariedade (a, b) como máximo oumínimo relativo, ou ainda como ponto de sela, e dependem dosvalores da matriz Hessiana H da função no ponto (caso exista).

Relembramos que no caso de funções reais de duas varáveis reais amatriz Hessiana é definido por

H (x, y) =

∂2f∂x2

∂2f∂x∂y

∂2f∂x∂y

∂2f∂y2

(x,y)

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Extremos Livres (Relativos)

O ponto de estacionariedade (a, b) é um mínimo se e só se

D1 =

∣∣∣∣ ∂2f∂x2

∣∣∣∣(a,b)

> 0 e D2 = |H (a, b)|

=

(∂2f∂x2

)(a,b)

(∂2f∂y2

)(a,b)−(

∂2f∂x∂y

)(a,b)

(∂2f

∂x∂y

)(a,b)

> 0

O ponto de estacionariedade (a, b) é um máximo se e só se

D1 =

∣∣∣∣ ∂2f∂x2

∣∣∣∣(a,b)

< 0 e D2 = |H (a, b)|

=

(∂2f∂x2

)(a,b)

(∂2f∂y2

)(a,b)−(

∂2f∂x∂y

)(a,b)

(∂2f

∂x∂y

)(a,b)

> 0

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Extremos Livres (Relativos)

010

2030

4050

0

10

20

30

40

50­10

­5

0

5

10

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Extremos Livres (Relativos)

Example

Determine, casa existem, os extremos livres da seguinte função

f (x, y) = −x3 + 4xy− y2.

Condição necessária: cálculo dos pontos estacionários (os possíveispontos de extremo)

{f ′x (x, y) = 0f ′y (x, y) = 0

{−3x2 + 4y = 04x− 2y = 0

{−3x2 + 4y = 0y = 2x{

−3x2 + 4 (2x) = 0y = 2x

{−3x2 + 8x = 0y = 2x

{x = 0 ou x = 8/3y = 0 ou y = 16/3

Portanto existam dois pontos de estacionariedade (x, y) = (0, 0) e(x, y) = (8/3, 16/3) .

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Extremos Livres (Relativos)

Condição suficiente:averiguar quais dos pontos de estacionariedadesão pontos de extremo. Por isso é precisso determinar a matrizHessiana da função f (x, y) , isto é

H (x, y) =

[f ′′

x2 (x, y) f ′′

xy (x, y)f ′′

xy (x, y) f ′′

y2 (x, y)

]=

[−6x 4

4 −2

]

Para o ponto estacionário (x, y) = (0, 0) obtem-se

H (0, 0) =[−6x 4

4 −2

](0,0)

=

[0 44 −2

]=

[−2 44 0

]

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Extremos Livres (Relativos)

de onde

D1 = | − 2| = −2 < 0

D2 =

∣∣∣∣ −2 44 0

∣∣∣∣ = −16 < 0

e portanto o ponto (0, 0) não é um extremi (é um ponto de sela).

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Extremos Livres (Relativos)

Para o ponto estacionário (x, y) = (8/3, 16/3) obtem-se

H (8/3, 16/3) =[−6x 4

4 −2

](8/3,16/3)

=

[−48/3 4

4 −2

]→

de onde

D1 = | − 48/3| = −48/3 < 0

D2 =

∣∣∣∣ −48/3 44 −2

∣∣∣∣ = 48/3 > 0

e portanto o ponto (8/3, 16/3) é um ponto de máximo.

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Extremos Condicionados

Definição: Um problema de extremos condicionados consiste de umafunção real f : A ⊆ R2 → R (função objectivo) cujas 2 variáveis estãoligadas por 1 condição ou seja a função f (x, y) é sujeita à 1 restrição

g(x, y) = 0

Calcular os extremos condicionados do problema é equivalente ao calcularos extremos livres da seguinte função

L (x, y; λ) = f (x, y) + λg(x, y)

designada por função Lagrangeana. A variável auxiliare λ designa-se pormultiplicador de Lagrange.

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Extremos Condicionados

Apos da construcção da função Lagrangeana precede-se ao calculo dospontos estacionários (condição necessária). O sistema de estacionariedadeé um sistema de 3 equações e 3 incógnitas definido por

(∂L∂x

)(x, y; λ) = 0(

∂L∂y

)(x, y; λ) = 0(

∂L∂λ

)(x, y; λ) = 0

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Extremos Condicionados

Como no caso dos extremos livre,a caracterização dos possíveis extremos,dependem de condições de segunda ordem, nomeadamente do sinal doHessiano orlado (de tipo ((3)× (3)), isto é

H2(a, b; λ′

)=

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

0∂g∂x

∂g∂y

∂g∂x

∂2L∂x2

∂2L∂x∂y

∂g∂y

∂2L∂x∂y

∂2L∂y2

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣(a,b,λ′)

sendo(a, b, λ′

)um ponto de estacionariedade.

Se H2(a, b; λ′

)> 0, então o ponto (a, b) é um máximo condicionado

Se H2(a, b; λ′

)< 0, então o ponto (a, b) é um mínimo condicionado

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Extremos Condicionados

Example

Determine, caso existem, os extremos condicionados da funçãof (x, y) = x2 + y2 sujeita à restrição g (x, y) = x+ y− 2 = 0

Passo 1: construção da função Lagrangeana

L (x, y, λ) = f (x, y) + λg (x, y) = x2 + y2 + λ (x+ y− 2)

Passo 2: condições de primeira ordem (determinar os pontosestacionários)

(∂L∂x

)(x, y; λ) = 0(

∂L∂y

)(x, y; λ) = 0(

∂L∂λ

)(x, y; λ) = 0

2x+ λ = 02y+ λ = 0x+ y− 2 = 0

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Extremos Condicionados

x = −λ/2y = −λ/2x = 2− y

x = −λ/2y = −λ/2−λ/2 = 2+ λ/2

x = −λ/2y = −λ/2λ = −2

x = 1y = 1λ = −2

Portanto (1, 1,−2) é o único ponto estacionário da Lagrangeana.

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Extremos Condicionados

Passo 3: condições de segunda ordem (verificar se o pontoestacionário é um extremo)

H2 (1, 1,−2) =

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣

0∂g∂x

∂g∂y

∂g∂x

∂2L∂x2

∂2L∂x∂y

∂g∂y

∂2L∂x∂y

∂2L∂y2

∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣(1,1,−2)

=

∣∣∣∣∣∣0 1 11 2 01 0 2

∣∣∣∣∣∣(1,1,−2)

= −4 < 0

logo (1, 1) é um mínimo condicionado.

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Matrizes e Determinantes

Uma matriz é um quadro de números ordenados por linhas (filashorizontais) e colunas (filas verticais) que se apresenta cercado porparênteses ou parênteses rectos, sendo normalmente representada por umaletra maiúscula.Por exemplo, qualquer dos quadros seguintes representa uma matriz:

A =(

2 −32 1

)B =

[3 −2 12 1 −1

]

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Matrizes e Determinantes

Definição

Designa-se por matriz de números reais de elemento genérico aij , em queo primeiro índice (i = 1, 2, ...., m) indica a linha e o segundo índice(j = 1, 2, ...., n) indica a coluna, a um quadro do tipo:

a11 a12 ... a1na21 a22 ... a2n...

......

am1 am2 ... amn

Definição

Diz-se que uma matriz é do tipo m× n se tem m linhas e n colunas.

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Matrizes e Determinantes

Casos particulares de matrizes:

A uma matriz do tipo n× n dá-se o nome de matriz quadrada deordem n.A uma matriz do tipo m× n , em que m 6= n dá-se o nome de matrizrectangular.Dada uma matriz quadrada, dá-se o nome de diagonal principal àdiagonal formada pelos elementos aij , em que i = j. Aos elementosda diagonal principal dá-se o nome de elementos principais.A uma matriz quadrada cujos elementos não principais são nulosdá-se o nome de matriz diagonal.Se todos os elementos principais de uma matriz quadrada diagonalsão unitários, então trata-se da matriz identidade: In (onde n é aordema da matriz)A uma matriz quadrada cujos elementos abaixo (acima) da diagonalprincipal são nulos dá-se o nome de matriz triangular superior(inferior).

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

A adição de duas matrizes consiste na adição dos elementoshomólogos de cada uma das matrizes.

C = A+ B⇒ cij = aij + bij

A adição de matrizes só é possível se elas forem da mesma ordem,obtendo-se como resultado uma matriz da mesma ordem.

Example

Considerando as matrizes A, B, C e D

A =

[2 −32 1

], B =

[3 −2 12 1 −1

]C =

[1 02 5

]D =

[0 3 14 5 −1

]DMQ, ISCTE-IUL ([email protected]) Matemática 12 de Setembro de 2011 45 / 69

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

Vejamos, em dois casos em que a adição é possível, como se materializaesta operação:

A+ C =

[2 −32 1

]+

[1 02 5

]=

[2+ 1 −3+ 02+ 2 1+ 5

]=

[3 −34 6

]

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

B+D =

[3 −2 12 1 −1

]+

[0 3 14 5 −1

]=

[3+ 0 −2+ 3 1+ 12+ 4 1+ 5 −1− 1

]=

[3 1 26 6 −2

]

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

A multiplicação de uma matriz por um escalar é feita mediante amultiplicação de cada um dos elementos da matriz por esse escalar.

B = λA⇒ bij = λaij ∀λ ∈ <

Example

Sendo dados o número real e a matriz abaixo indicadas

λ = 3 ; A =[

3 −22 1

]temos que

λA = 3[

3 −22 1

]=

[3× 3 3× (−2)3× 2 3× 1

]=

[9 −66 3

]DMQ, ISCTE-IUL ([email protected]) Matemática 12 de Setembro de 2011 48 / 69

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

O produto de duas matrizes consiste na multiplicação das linhas doprimeiro factor pelas colunas do segundo. A multiplicação de duasmatrizes só é possível quando o número de colunas da primeira matriz éigual ao número de linhas da segunda matriz.

Definição

A multiplicação de uma matriz A do tipo m× n por uma matriz B do tipop× q é possível sempre que n = p, e o seu resultado é uma matriz C, dotipo m× p, cujo elemento genérico é :

cij = ai1b1j + ai2b2j + . . .+ ainbnj =n

∑k=1

aikbkj

onde{

i = 1, 2, · · · , mj = 1, 2, · · · , p

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

Example

Determine o produto das matrizes A e B, onde

A(2×3) =

[1 −1 02 0 3

], B(3×2) =

2 11 −10 5

Resolução: Como a matriz A é de tipo (2× 3) e a matriz B é detipo (3× 2) , a operação A× B é possível (número de colunas daprimeira matriz é igual ao número de linhas da segunda matriz) e oresultado vai ser uma matriz de tipo (2× 2) . A operação B×A nãoé possível, de onde concluímos que A× B 6= B×A.

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

A× B =

[1 −1 02 0 3

] 2 11 −10 5

=

[1× 2+ (−1)× 1+ 0× 0 1× 1+ (−1)× (−1) + 0× 5

2× 2+ 0× 1+ 3× 0 2× 1+ 0× (−1) + 3× 5

]=

[2− 1+ 0 1+ 1+ 04+ 0+ 0 2+ 0+ 15

]=

[1 24 17

]

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

Transposição de matrizes. Matrizes simétricas.

Chama-se matriz transposta de uma matriz A e representa-se por AT, auma matriz cujas colunas são as linhas de A (pela mesma ordem) sendo,consequentemente, as suas linhas as colunas de A.

Example

Transposta de uma matriz

A =[

2 4 21 3 5

]⇔ AT =

2 14 32 5

Matriz simétrica é uma matriz que coincide com a sua transposta:A = AT. Se A = −AT diz-se que A é anti-simétrica.

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Matrizes e DeterminantesÁlgebra das matrizes

São permitidas as seguintes operações entre as filas paralelas de umamatriz (designadas por operações elementares):

1 Troca entre si de duas filas paralelas da matriz;2 Multiplicação de uma fila por um número real diferente de zero;3 Substituição de uma fila pela que se obtém somando outra,multiplicada por um número real qualquer (Operação de Jacobi).

A característica de uma matriz A, r (A), corresponde ao número máximode filas paralelas não-nulas e obtém-se condensando a matriz, isto é,transformando a matriz inicial ,aplicando as operações elementares, numamatriz triangular superior de elementos principais significativos de maiorordem possível (condensação vertical).

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

A toda a matriz quadrada A de ordem n, se faz associar um númeroreal, designado por determinante. Utilizamos a notação det (A) ou|A|

A = [aij]i,j=1,...,n −→ det (A) = |A|O determinante de uma matriz que contém apenas um elemento (deordem 1) é o próprio elemento

A = [12] −→ |A| = |12| = 12

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

O determinante de uma matriz quadrada de ordem 2 calcula-se pelaseguinte regra:

A =[

a11 a12a21 a22

]−→ |A| =

∣∣∣∣ a11 a12a21 a22

∣∣∣∣ = a11a22 − a12a21

Mais precisamente, é a diferença entre o produto dos elementos dadiagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária

|A| =∣∣∣∣ −1 4

2 9

∣∣∣∣ = (−1) · 9− 2 · 4 = −17

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Cálculo de um Determinante de matrizes quadradas de ordem 3:Regra de SarrusConsidere uma matriz quadrada de ordem 3

A =

a11 a12 a13a21 a22 a23a31 a32 a33

Em primeiro lugar, vamos repetir as duas primeiras linhas de A porbaixo da matriz, em seguida, multiplicamos os elementos da diagonalprincipal da matriz e os elementos das duas diagonais paralelas aprincipal, somando os resultados. A seguir, multiplicamos oselementos da diagonal secundária da matriz e os elementos das duasdiagonais paralelas a secundária, subtraindo os resultados, isto é

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

A =

a11 a12 a13a21 a22 a23a31 a32 a33

a11 a12 a13a21 a22 a23

|A| = (a11a22a33 + a21a32a13 + a31a12a23)−(a13a22a31 + a23a32a11 + a33a12a21)

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Em esquema

*   *   **   *   **   *   *

à*   *   **   *   **   *   **   *   **   *   *

= ( \ + \ + \ ) ­ ( / + / + / )

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Example

Calcule o seguinte determinante:

A =

1 3 42 1 51 0 2

1 3 42 1 5

|A| = (1 · 1 · 2+ 2 · 0 · 4+ 1 · 3 · 5)−(4 · 1 · 1+ 5 · 0 · 1+ 2 · 3 · 2)

= (2+ 0+ 15)− (4+ 0+ 12) = 17− 16 = 1

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Menor complementarConsidere uma matriz A =

[aij]

i,j=1,...,n, quadrada de ordem n: O menorcomplementar Dij , relativo ao elemento aij , e o determinante dasubmatriz quadrada, de ordem (n− 1), que se obtém de A retirando-se alinha i e a coluna j.Exemplo:

A =

1 0 −22 1 −1−1 1 0

, D12 =

∣∣∣∣ 2 −1−1 0

∣∣∣∣ = 2 · 0− (−1) · (−1) = −1

D33 =

∣∣∣∣ 1 02 1

∣∣∣∣ = 1 · 1− (0) · (2) = 1

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Complemento algébricoDada a matriz quadrada de ordem n, A =

[aij]

i,j=1,...,n, o complemento

algébrico de aij é o número Aij que se obtém multiplicando-se (−1)i+j pelomenor complementar de aij, isto é

Aij = (−1)i+j ·Dij

Exemplo

A =

1 0 −22 1 −1−1 1 0

, D12 =

∣∣∣∣ 2 −1−1 0

∣∣∣∣ = 2 · 0− (−1) · (−1) = −1

A12 = (−1)1+2 D12 = (−1)3 · (−1) = 1

A33 = (−1)3+3 D33 = (−1)6 · (1) = 1

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes: matriz inversa

Cálculo da inversa de uma matriz A: Uma matriz inversa de A(neste caso denominada por B) tem de verificar a seguinte igualdade:AB = BA = I. Quando B existe designa-se por A−1 e a igualdadeanterior assume o seguinte aspecto:

AA−1 = A−1A = I

Em suma, para se poder obter a inversa, a matriz A tem de serquadrada e regular (isto é a característica é igual à ordem, ou seja|A| 6= 0).A sua fórmula de cálculo pela teoria dos determinantes é a seguinte

A−1 =AT

|A|

sendo AT a matriz dos complementos algébricos transposta.

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes: matriz inversa

Example

Calcule, caso possível, a inversa da seguinte matriz

A =[

2 −35 1

]Como a matriz A é quadrada e regular (pois |A| = 17 6= 0), é possíveldeterminar a sua inversa A−1 aplicando a fórmula

A−1 =AT

|A|

Primeira vez obtemos a matriz dos complementos algébricos, isto é

A =[

1 −53 2

]→ AT =

[1 3−5 2

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes: matriz inversa

Logo

A−1 =AT

|A| =117

[1 3−5 2

]=

[1/17 3/17−5/17 2/17

]

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Matrizes e DeterminantesDeterminantes

Propriedades dos determinantes

1 Se uma matriz quadrada A tem uma fila nula, então |A| = 02 |A| =

∣∣AT∣∣ ,

∣∣A−1∣∣ = |A|−1

3 Um determinante muda de sinal quando se trocam entre si duas filasparalelas.

|A| =∣∣∣∣ 1 3

5 −2

∣∣∣∣ C1↔C2−→ −∣∣∣∣ 3 1−2 5

∣∣∣∣

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Matrizes e DeterminantesValores próprios

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Então um valor próprio de A éum escalar λ tal que det (A− λIn) = 0, isto é, os valores próprios de Asão as raízes da equação det (A− λIn) = 0. A matriz A tem no mínimoum valor próprio e no máximo n valores próprios distintos.A equação det (A− λIn) = 0 designa-se por equação característica damatriz A e é uma equação polinomial de grau n na variável λ. Opolinómio de grau n na variável λ,

det (A− λIn) = λn + cn−1λn−1 + cn−2λn−2 + · · ·+ c1λ+ c0,

tem o nome de polinómio característico da matriz A.

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Matrizes e DeterminantesValores próprios

No caso particular em que n = 2, isto é,

A =[

a11 a12a21 a22

],

o determinante característico assume a expressão

det (A− λI2) =

[a11 − λ a12a21 a22 − λ

]= λ2 + (−a11 − a22)λ+ (a11a22 − a12a21) = 0

Os valores próprios da matriz A correspondem às raízes do seu polinómiocaracterístico. Atendendo a que o polinómio característico de A é de grau2, a matriz A tem no máximo 2 valores próprios.

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Matrizes e DeterminantesValores próprios

Example

Determinação de valores próprios. Seja A uma matriz de ordem 2definida por

A =[−5 22 −2

].

Para determinar os valores próprios de A há que determinar o polinómiocaracterístico de A, isto é

det (A− λI2) = det([−5 22 −2

]−[

λ 00 λ

])= det

[−5− λ 2

2 −2− λ

]= (λ+ 5)(λ+ 2)− 4 = λ2 + 7λ+ 6

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Matrizes e DeterminantesValores próprios

Resolver a equação característica de A

det (A− λI2) = 0⇔ λ2 + 7λ+ 6 = 0⇔ (λ+ 1)(λ+ 6) = 0

que tem como soluções λ1 = −1 ou λ2 = −6 (ou seja os valores própriosda matriz A).

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