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CURSOS ONLINE – COMÉRCIO INTERNACIONAL - TEORIA P/ RECEITA FEDERAL PROFESSORES: RODRIGO LUZ E MISSAGIA www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 15 ORGANIZAÇÕES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS AO COMÉRCIO No edital de AFRFB/2005 apareceu um item novo com outras organizações internacionais além da UNCTAD. São elas a UNCITRAL, a OCDE e a OMA. A ESAF tem mesmo que inventar a cada novo concurso. Todas elas têm relação com o comércio internacional. A estrutura e o funcionamento dessas entidades são assuntos bastante extensos, não necessariamente essenciais para o nosso objetivo aqui, que é a resolução de questões de provas. A UNCTAD e o SGP foram estudados em aula anterior. Reparem que, no programa, onde aparece OMC e Mercosul, pede-se a estrutura e o funcionamento das organizações. Já no caso das entidades dessa aula (OMA, OCDE, UNCITRAL), acreditamos que serão cobradas apenas as funções básicas de cada uma. Na prova de 2005/2006 não caiu nenhuma questão sobre o assunto. Vejamos um pouco de cada uma delas. UNCITRAL – COMISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DIREITO COMERCIAL (OU MERCANTIL) INTERNACIONAL (WWW.UNCITRAL.ORG) O GATT/47 procurou eliminar os entraves tarifários (e posteriormente os não tarifários) ao comércio. Sua instituição trouxe um grande incremento ao volume de transações comerciais entre os países. Porém, ficou constatado que os países participantes da ciranda comercial mundial apresentavam legislações bastante diversificadas no tocante ao direito comercial internacional, representando, dessa forma, um grande entrave ao fluxo comercial, que não estava previsto no contexto do GATT. Os países sentiram necessidade de harmonizar suas legislações nacionais aplicáveis ao comércio internacional. Assim, a Assembléia

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AULA 15

ORGANIZAÇÕES E ORGANISMOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS AO COMÉRCIO

No edital de AFRFB/2005 apareceu um item novo com outras organizações internacionais além da UNCTAD. São elas a UNCITRAL, a OCDE e a OMA. A ESAF tem mesmo que inventar a cada novo concurso. Todas elas têm relação com o comércio internacional. A estrutura e o funcionamento dessas entidades são assuntos bastante extensos, não necessariamente essenciais para o nosso objetivo aqui, que é a resolução de questões de provas.

A UNCTAD e o SGP foram estudados em aula anterior. Reparem que, no programa, onde aparece OMC e Mercosul, pede-se a estrutura e o funcionamento das organizações. Já no caso das entidades dessa aula (OMA, OCDE, UNCITRAL), acreditamos que serão cobradas apenas as funções básicas de cada uma. Na prova de 2005/2006 não caiu nenhuma questão sobre o assunto.

Vejamos um pouco de cada uma delas.

UNCITRAL – COMISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DIREITO COMERCIAL (OU MERCANTIL) INTERNACIONAL (WWW.UNCITRAL.ORG)

O GATT/47 procurou eliminar os entraves tarifários (e posteriormente os não tarifários) ao comércio. Sua instituição trouxe um grande incremento ao volume de transações comerciais entre os países.

Porém, ficou constatado que os países participantes da ciranda comercial mundial apresentavam legislações bastante diversificadas no tocante ao direito comercial internacional, representando, dessa forma, um grande entrave ao fluxo comercial, que não estava previsto no contexto do GATT.

Os países sentiram necessidade de harmonizar suas legislações nacionais aplicáveis ao comércio internacional. Assim, a Assembléia

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Geral da ONU resolveu criar, em 1966, uma Comissão para redução destas disparidades.

Surgia, então, a UNCITRAL, no mesmo contexto mundial que fez surgir a UNCTAD, com o objetivo de reduzir as diferenças existentes nos direitos nacionais que representassem ou pudessem representar entraves ao comércio internacional. Para isso, a ONU reuniu representantes das diversas regiões geográficas do planeta, que elaborariam trabalhos visando a unificação e a harmonização das legislações vigentes nos países com efeitos sobre as trocas comerciais.

Os membros da Comissão totalizam 60 (sessenta), são eleitos pela Assembléia Geral, com mandato de 6 anos. Representam, além das regiões geográficas, os diversos sistemas econômicos e legais existentes no mundo. Trata-se de organismo de caráter permanente, que se reúne anualmente em uma de suas sedes, Nova York ou Viena.

A UNCITRAL possui um objetivo mais específico que a UNCTAD, qual seja, a harmonização de legislações. A falta de autoridade das organizações pré-existentes, aliada à falta de coordenação das atividades, além do reduzido grau de participação dos países desenvolvidos nessa atividade, fez com que a ONU optasse pela criação da Comissão.

Pode-se afirmar que não há conflitos entre os trabalhos realizados pela OMC e pela UNCITRAL. Pelo contrário, são atividades complementares. A OMC regula as negociações comerciais entre os países visando a eliminação ou redução das barreiras aduaneiras ao comércio. Já os trabalhos no âmbito da UNCITRAL não abrangem tais negociações. É uma instituição voltada para harmonização dos aspectos legais internos dos países que possam atrapalhar o fluxo do comércio internacional, tais como a regulamentação dos contratos de compra e venda celebrados entre partes de diferentes países. Ambas são organizações intergovernamentais.

Em uma de suas conferências, em 1980, em Viena, foi aprovada a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias, conhecida como Convenção de Viena sobre Contratos Internacionais de Compra e Venda.

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As normas harmonizadas pela UNCITRAL são aquelas aplicáveis aos agentes intervenientes no comércio internacional, tais como importadores, exportadores, transportadores, seguradoras, bancos etc. Isso quer dizer que o escopo da organização é o Direito Privado. Já a OMC é uma organização que regula as relações entre países (Direito Público), ou seja, suas normas têm efeitos sobre os governos.

A harmonização e a unificação das leis do comércio internacional pregadas pela UNCITRAL se referem ao processo como essas leis que facilitam o fluxo comercial deveriam ser criadas e adotadas pelos países. Isso porque é prejudicial ao comércio internacional deixá-lo a mercê de decisões governamentais inesperadas que não estejam de acordo com as práticas comerciais tradicionalmente aceitas.

Assim, a harmonização seria o processo sobre como as normas internas devam ser modificadas para estabelecer um quadro de “previsibilidade” normativa para o comércio internacional. A unificação seria a adoção pelos Estados de leis e padrões governamentais comuns em matéria de negociações comerciais internacionais.

Sempre baseada em princípios que atribuem ao comércio a função de trazer o crescimento, incrementar o padrão de vida das nações e oferecer novas oportunidades, a UNCITRAL realiza trabalhos no sentido de coordenar o processo de harmonização por meio de:

a) fomento à maior participação nas convenções internacionais sobre o tema e a uma maior aceitação de leis-modelo;

b) codificação e divulgação de costumes, condições e práticas nessa área de atuação, inclusive no que tange aos contratos internacionais;

c) cooperação com outras organizações que atuam em área afim;

d) provimento de informação atualizada sobre leis comerciais uniformes;

e) fornecimento de assistência técnica em projetos de reforma legal;

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f) desenvolvimento de métodos e procedimentos para interpretação e aplicação uniformes das leis e convenções internacionais sobre comércio internacional;

g) Realização de seminários nacionais e regionais sobre leis comerciais uniformes.

Muitas das regras internacionais e acordos que hoje afetam as negociações internacionais foram alcançadas por meio de longas e detalhadas consultas e debates no âmbito da UNCITRAL. As decisões são tomadas por consenso, não pelo voto.

Com o trabalho de unificação legal realizado pela UNCITRAL, espera-se a redução de custos inerentes ao comércio internacional. Suas atividades abrangem a harmonização de:

a) contratos de compra e venda;

b) contratos de representação;

c) instrumentos de negociação;

d) pagamentos internacionais;

e) créditos comerciais;

f) comércio eletrônico;

g) transportes;

h) seguros;

i) propriedade intelectual

j) compras governamentais etc.

Quando se fala em HARMONIZAÇÃO, que significa fazer com que os países não criem regras opostas (divergentes) relativas ao comércio internacional, ou seja, suas legislações devem ser parecidas, mas não necessariamente iguais. Esse é o objetivo da UNCITRAL. Unificar seria fazer com que todos tivessem a mesma legislação, e isso é impossível.

Além de promover o entendimento das regras comerciais internacionais e dos benefícios trazidos para o comércio internacional, a

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UNCITRAL auxilia os países a desenvolverem a legislação interna necessária para implementar tais regras, assim como incentiva as associações comerciais a promover o uso de regras não-legislativas.

As práticas comerciais são regras não legislativas mundialmente difundidas em termos de comércio internacional. Se os países as utilizarem de forma padronizada, está tudo beleza. Esse é o espírito da UNCITRAL. Essas práticas comerciais muitas vezes funcionam até melhor do que ter uma legislação amarrada.

OCDE – ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (WWW.OECD.ORG)

Após a Segunda Guerra Mundial, houve o Plano Marshall, que consistia basicamente de auxílio econômico americano e canadense aos países europeus arrasados pelo conflito. Nesse contexto, foi criada a Organização para Cooperação Econômica Européia (OCEE), em 1947.

Com a Europa já reconstruída, a OCEE foi transformada na OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, em 1960, visando defender o capitalismo, por meio da difusão da democracia participativa e da economia de mercado.

Seus objetivos, à época da criação, eram: a prestação de auxílio aos governos, para que estes conseguissem gerar o crescimento econômico; geração de empregos; melhoria do padrão de vida, mantendo a estabilidade financeira, contribuindo com o desenvolvimento da economia mundial, sempre em defesa do liberalismo econômico e da democracia representativa.

Durante a Guerra Fria, a OCDE funcionava como uma espécie de extensão político-econômica da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Recentemente, com o fim da Guerra Fria, a OCDE tem voltado o foco de seus 30 membros para oferecer a outras economias de mercado emergentes, às ONGs e à sociedade civil as experiências acumuladas, com o fim de enquadrá-las nas diretrizes traçadas pela organização, uma vez que, no contexto do mundo globalizado, não há como se falar em

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desenvolvimento econômico global envolvendo apenas os 30 países membros. A idéia é envolver nas discussões os problemas enfrentados pelos países em desenvolvimento e os desafios da globalização.

A partir da década de 1990, a OCDE passou a apoiar e coordenar os trabalhos de transição do países ex-socialistas da Europa Oriental para economias de mercado, além de iniciar aproximações com nações emergentes e de importância no novo cenário econômico mundial, tais como Rússia, África do Sul, China e Brasil.

Os trabalhos da OCDE giram sempre em torno do comprometimento com governos democráticos e economias de mercado. Nos fóruns são comparadas as ações governamentais. As políticas internas utilizadas pelas nações são discutidas e avaliadas. Buscam-se soluções para os problemas comuns, de forma a identificar as experiências positivas, e coordenando a atuação interna de cada governo com a política externa.

O que se faz na OCDE? Os países se reúnem. Pra quê? Bom, em suas reuniões são produzidas decisões, recomendações e outros instrumentos não jurídicos que servem como diretrizes para que as políticas dos países os encaminhem para o progresso no contexto da globalização, sempre na base do diálogo e do consenso. Um desses instrumentos é a Lista de Princípios de Governabilidade Coorporativa da OCDE. Eventualmente, as discussões podem levar à formalização de acordos ou tratados internacionais.

A OCDE trabalha incessantemente para que os governos instituam sistemas tributários mais transparentes (certamente não é o caso do Brasil), além de atuar no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, no estabelecimento de padrões éticos e no encorajamento da participação do cidadão nas decisões políticas do país.

A OCDE promove interação econômica entre 100 países, além de organizações internacionais e a sociedade civil, sendo, portanto, seu alcance global. Seus trabalhos englobam temas relativos às áreas sócio-econômicas, tais como comércio, educação, desenvolvimento e

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tecnologia. Suas discussões sobre impostos e preços de transferência1 foram a base para diversos acordos comerciais bilaterais ao longo do mundo.

Como a OCDE consegue obter tanta informação? Há um Secretariado em Paris, que gerencia a troca de informação entre governos. Este órgão é responsável pela coleta de dados, monitoração das tendências e análise do desenvolvimento econômico. Suas pesquisas também alcançam evoluções sociais ou padrões de comércio, meio ambiente, agricultura, tecnologia, impostos etc. Trata-se de uma das maiores fontes mundiais de dados estatísticos econômicos e sociais dos países.

Conforme o site oficial da instituição (www.oecd.org), a missão da OCDE consiste em auxiliar os governos a gerar a prosperidade e combater a pobreza, por meio da:

a) viabilização do crescimento econômico;

b) estímulo ao empreendedorismo e à geração de empregos;

c) manutenção da estabilidade financeira;

d) auxílio do desenvolvimento econômico de outros países;

e) melhoria do padrão de vida;

f) aumento do volume do comércio mundial;

g) utilização da ciência e da tecnologia em benefício da população.

Em relação aos governos dos países, pode-se dizer que estes encontram na OCDE uma espécie de diretriz, de onde recebem a necessária ajuda para elaborar suas políticas nas áreas-chave da economia, pois é lá que são apresentadas, discutidas e revisadas as políticas que já foram aplicadas com sucesso (e também com fracasso) nos demais países.

O ideal da organização é muito bonito (algo parecido com as idéias de Adam Smith). O auxílio ao crescimento econômico, conforme os 1 Preços de Transferência são preços praticados nas transações internacionais entre pessoas vinculadas (ex: matriz americana e filial brasileira), que geram efeitos sobre a base de cálculo do IR e da CSSL da empresa situada no Brasil. Isso não estava no edital do concurso de 2006.

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princípios da OCDE, deve trazer a tiracolo o desenvolvimento social, a proteção ao meio ambiente, e a transparência das ações governamentais.

Dessa forma, podemos afirmar que a OCDE presta um importante papel na promoção de qualidade nos serviços públicos e regulação da atividade privada. Por trás disso tudo, nas entrelinhas, está escondida a privatização...

A OCDE, como instituição eminentemente capitalista que é, se preocupa com a influência dos governos nas empresas, ou seja, prega que deve haver o mínimo de interveniência governamental na atividade empresarial. Assim, procura discutir assuntos como privatização, empreendedorismo, redução de mercados, insolvência etc. Enfim, A OCDE considera que a situação das empresas instaladas no território nacional é um verdadeiro termômetro a respeito da situação econômica do país.

A OCDE pretende que o crescimento econômico seja compartilhado entre as nações, de forma que estas se auto-ajudem, sempre com base na livre iniciativa e na economia de mercado, como toda instituição eminentemente capitalista. Para isso, desenvolve trabalhos e discussões específicas sobre economias emergentes, desenvolvimento sustentável e fatores econômicos locais.

O termo “desenvolvimento sustentável” se refere basicamente à situação econômica de um país envolvendo produção, tecnologia, recursos humanos, geração de empregos, distribuição de renda, preservação do meio ambiente, combate à pobreza etc. Diz respeito ao impacto que a busca pelo crescimento econômico gera em termos sociais e ambientais. Trata-se do desvio do foco de "produção de riquezas" para "distribuição de riquezas", gerando empregos e bem estar para toda a população e preservando o meio ambiente.

Na área social, seus trabalhos visam a promoção de educação para todos, a geração de acesso aos sistemas de saúde, o combate à exclusão social e ao desemprego, de forma a estabelecer uma ponte entre ricos e pobres.

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Enfim, as missões e os objetivos são louváveis. A redução da pobreza e das disparidades sociais está um pouco difícil de se atingir. Podemos resumir em uma frase a OCDE: é ela quem promove as discussões sobre os rumos da economia mundial.

O Brasil não faz parte da OCDE, mas iniciou processo de aproximação com a organização nos anos recentes devido a interesses de ambas as partes. Em maio de 2007, abriram-se discussões para adesão de Chile, Estônia, Israel, Rússia e Eslovênia. Também se avalia a eventual adesão de Brasil, África do Sul, China, Índia e Indonésia.

OMA – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE ADUANAS (WWW.WCOOMD.ORG)

Vejamos agora a última das organizações previstas no edital, a OMA. A OMA é basicamente o fórum onde as aduanas dos países se reúnem para estabelecer normas, diretrizes e discutir assuntos aduaneiros. Mas o que são as aduanas? São instituições de governo responsáveis pelo controle do movimento físico de bens e de pessoas pelas fronteiras dos países. Sendo assim, acabam por prestar um auxílio para as atividades relativas ao comércio internacional, transportes e turismo sob uma base moral e com ações efetivas contra atividades ilegais.

Em 1947, no âmbito da OCEE (Organização para Cooperação Econômica Européia), foi estabelecido um grupo de estudo para estabelecer uma ou mais uniões aduaneiras baseadas nos princípios do GATT. Desse grupo de estudo surgiram dois comitês: um comitê econômico e um comitê aduaneiro. O comitê econômico deu origem à OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Do comitê aduaneiro, surgiu o CCA (Conselho de Cooperação Aduaneira), em funcionamento desde 1952, com o objetivo de valorizar a eficiência das administrações aduaneiras nacionais.

Desde então, sentiu-se necessidade de criação de um organismo internacional (e não simplesmente um Conselho), para tratar de assuntos aduaneiros. Assim, em 1994, na carona da criação da OMC, o CCA se transformou na OMA (Organização Mundial de Aduanas), para melhor representar a transição para uma organização

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intergovernamental verdadeiramente global. Hoje, os membros da OMA respondem por 98% do fluxo do comércio internacional.

A OMA é uma organização intergovernamental independente, sendo a única de alcance mundial competente em assuntos aduaneiros, passando a ser uma referência para as administrações aduaneiras nacionais. As aduanas nacionais devem seguir os preceitos de atuação estabelecidos pela OMA.

O princípio básico da OMA é pregar o estabelecimento de aduanas honestas e transparentes, em um ambiente de previsibilidade das suas atividades. Em outras palavras, isso quer dizer que os agentes atuantes no comércio exterior (importadores, exportadores, depositários, transportadores) não podem ficar à mercê do humor do fiscal aduaneiro. O fiscal tem que agir conforme regras claras que os agentes conheçam (ou deveriam conhecer).

A OMA atua de forma coordenada com outras organizações internacionais, como a OMC e a UNCTAD, visando o objetivo maior que é a redução de barreiras e o incremento do comércio internacional. A OMA realiza ainda parcerias com organismos internacionais privados, como a Câmara de Comércio Internacional (CCI2).

Vejam, se a aduana de um país for muito burocrática, aplicar regras obscuras e exigências descabidas, é claro que isso se torna um verdadeiro entrave às trocas comerciais desse país com os demais.

Segundo a OMA, as responsabilidades das aduanas são:

a) Coleta de tarifas aduaneiras;

b) Proteção da sociedade e do meio ambiente;

c) Coleta de informações estatísticas;

d) Aceitação de regras comerciais;

e) Facilitação do comércio;

2 A CCI é um organismo internacional de caráter privado, cujos membros são empresas ou associações de empresas, que ministra cursos, seminários e palestras, além de divulgar oportunidades aos atuantes no comércio internacional. Como forma de padronizar as condições de venda entre importadores e exportadores. A CCI instituiu os INCOTERMS (serão vistos em outra aula), para facilitar o reconhecimento das obrigações e dos riscos de cada uma das duas partes na negociação (importador e exportador).

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f) Proteção à herança cultural.

Para atingir sua missão, a OMA deverá:

a) Estabelecer e manter instrumentos para harmonização e unificação de sistemas aduaneiros eficazes e simplificados e de procedimentos governamentais relativos ao movimento de bens, de pessoas e de mercadorias pelas fronteiras;

b) Reforçar as ações dos membros no sentido de garantir a aplicação de suas legislações aduaneiras, objetivando maximizar a cooperação dos países entre si e com outras organizações internacionais com o objetivo de combater os ilícitos aduaneiros;

c) Auxiliar os membros em seus esforços de acompanhar os desafios do ambiente mundial globalizado e suas adaptações às mudanças necessárias, promovendo a comunicação e a cooperação entre os membros e com as organizações internacionais, por meio da integridade, do desenvolvimento dos recursos humanos, da transparência nas ações, do aprimoramento dos métodos de trabalho das administrações aduaneiras e do compartilhamento das experiências positivas.

...........

Sem dúvida, ao promover a honestidade, a transparência e a previsibilidade das Alfândegas, a OMA contribui diretamente para o desenvolvimento econômico e bem-estar dos seus membros.

Pode-se afirmar que a OMA tem alcançado sucesso considerável em suas atividades de harmonização dos procedimentos aduaneiros, mesmo com toda a dificuldade em lidar com sistemas ineficientes e/ou corruptos.

Como funciona esse trabalho? Ela provê assistência técnica extensiva aos membros, tendo desenvolvido o Programa de Modernização e Reforma das Aduanas, que auxilia as administrações dos membros na utilização mais eficiente dos recursos, estabelecendo procedimentos aduaneiros mais apropriados.

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Sem dúvida, um dos maiores feitos da instituição foi a introdução do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, ou Sistema Harmonizado (SH), adotado pelo GATT/OMC e hoje utilizado como padrão mundial para classificação de mercadorias, servindo como base para tarifas aduaneiras de países e blocos econômicos dos quatro cantos do planeta. O SH foi estudado profundamente em outra aula do curso.

A OMA administra os seguintes assuntos aduaneiros:

a) Sistema harmonizado;

b) Valoração aduaneira;

c) Regras de Origem;

d) Crimes de fronteira (contrabando);

e) Facilitação do comércio & procedimentos aduaneiros;

f) Modernização das aduanas e integridade;

g) Tecnologia da informação;

h) Assistência técnica & treinamento;

i) Parceria da OMA com os negócios.

Assim, além da Nomenclatura, com a administração do SH, a OMA disciplina matérias importantes como valoração aduaneira, regras de origem, crimes de fronteira (contrabando), facilitação do comércio e procedimentos aduaneiros. Reparem, os temas “valoração aduaneira” e “regras de origem” são ambos objeto de acordos específicos do GATT. Porém, os Comitês do GATT, nesses assuntos, atuam em conjunto com a OMA.

Em um ambiente internacional caracterizado pela instabilidade, onde está sempre presente ameaça terrorista, o OMA se ocupa de reforçar a proteção da sociedade e do território nacional, facilitando o comércio internacional.

Para tentar simplificar a função da OMA, imagine que os países estabeleceram uma série de acordos comerciais na OMC (redução de tarifas, medidas anti-dumping, salvaguardas, propriedade intelectual

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etc.). Quem vai implementar isso? Quem vai cobrar a alíquota anti-dumping? É você, fiscal (após passar no concurso, é claro!). E qual a sua forma de atuação? Muito burocrática? Que normas/procedimentos você deverá seguir para que seu trabalho fique ágil? As normas estabelecidas pela Receita Federal do Brasil (RFB). Para estabelecer essas normas, a RFB envia representantes às reuniões da OMA, em Bruxelas, para criar um procedimento aduaneiro racional e padronizado para todos os países-membros. Deu pra entender como funciona?

Muitos colegas nossos (auditores da RFB) participam dessas reuniões da OMA.

Vejamos. De que adianta um acordo geral entre os países (OMC) que visa reduzir alíquotas de tributos e outros entraves ao comércio internacional se o fiscal aduaneiro do Brasil (você amanhã) interpretar as regras de um jeito e as aplicar de forma diversa que o fiscal da aduana francesa? Já pensou que rolo? O sistema de classificação fiscal de mercadorias (administrado pela OMA) é um desses exemplos, fundamental para aplicar o correto tratamento tarifário aos produtos.

Para aqueles que não entenderam a relação entre a aduana e a proteção ao meio ambiente, vejamos: se tudo der certo, você vai ser aprovado no concurso de AFRFB/ATRFB e aí eu espero que você incorpore o verdadeiro espírito da aduana, que não é somente o de cobrar tributos. Vamos lá. Quem sabe, um dia, você estará trabalhando no desembaraço aduaneiro, verificando mercadorias importadas. Aí você pega, logo de cara, uma importação de veículos. Você vai aprender que, para desembaraçar os veículos (liberar sua entrada no país), você deve exigir um documento emitido pelo IBAMA atestando que o motor daquele veículo não polui o meio ambiente. Já pensou se você se esquece de exigir isso do importador? O tal veículo seria introduzido no país poluindo o puríssimo ar da atmosfera brasileira. Entendeu agora a função de proteção ao meio ambiente? E a herança histórica, cultural etc.? Preciso falar mais? Então imagine que um sujeito entra no Museu do Louvre, em Paris, rouba o quadro da Monalisa, e pretenda levá-lo à China para que lá sejam feitas milhares e milhares de cópias. Aí o cara passa pelo fiscal da aduana francesa, com o quadro debaixo do braço e diz: "ei, posso sair do país com esse quadro, né?". O que você acha que o fiscal fará?

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Isso não tem nada a ver com tributos! Mas é função aduaneira coibir esse tipo de prática. E a OMA está ligada nisso, na forma como atuamos.

Por fim, comparando a OMC com a OMA, os atos constitutivos da OMC criaram, conforme o nome diz, uma organização mundial DO COMÉRCIO, ou seja, relativa a assuntos comerciais. Suas decisões são dirigidas às autoridades políticas dos países (governos), que devem cumprir os acordos e cobrar o imposto no montante e do jeito que definido lá. Para não perder tempo discutindo procedimentos aduaneiros, que não tem nada a ver com a alíquota do imposto de importação, os países resolveram criar outra instituição, a OMA, dirigida às autoridades administrativas (a aduana, que no caso do Brasil está na estrutura da Receita Federal). Assim, a OMC cuida das relações comerciais entre países (tarifas, direitos antidumping, subsídios, etc.), enquanto que a OMA cuida de como o fiscal (você) deve trabalhar para que, ao promover a entrada de uma mercadoria, o importador pague o que tem que pagar de tributo, de antidumping, e atenda a todas as normas relativas ao tratamento administrativo. É isso.

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RESUMO

1) A UNCITRAL foi criada pela ONU para promover a progressiva harmonização e unificação das leis sobre comércio internacional.

2) A UNCITRAL é composta por 60 países-membros eleitos pela ONU, que representem as diversas regiões geográficas e sistemas econômicos do planeta.

3) As normas a serem padronizadas pela UNCITRAL são de Direito Comercial Internacional, e atingem diretamente aos agentes intervenientes do comércio internacional (importadores, exportadores, transportadores, seguradoras, depositários etc.). Trata-se de um organismo vinculado à ONU. Já a OMC é uma organização intergovernamental independente da ONU, e suas normas da OMC se aplicam aos governos.

4) A OCDE é uma instituição de cunho capitalista, onde os governos dos países traçam diretrizes econômicas para enfrentar o desafio da globalização e gerar oportunidades, com base em economias de mercado e democracia pluripartidária. Os assuntos envolvidos são das áreas econômica, social e de meio ambiente.

5) Na OCDE, os governos trocam experiências e coordenam políticas domésticas e internacionais. Nela os países obtêm auxílio para ações de combate á pobreza, por meio do crescimento econômico, estabilidade financeira, comércio, investimentos e inovação tecnológica.

6) A OCDE é uma das maiores fontes de informações estatísticas, econômicas e sociais sobre contas nacionais, indicadores econômicos, trabalho, comércio, migração, educação, indústrias, tributação, meio ambiente e outros aspectos.

7) A OMA é instituição de padronização de procedimentos aduaneiros, instrumento fundamental de boa governança e proteção da sociedade.

8) A OMA administra o SH e trata de outros assuntos como valoração aduaneira e regras de origem.

9) Dentre as ferramentas para atingir os objetivos da OMA, estão a harmonização e aplicação uniforme de sistemas aduaneiros

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simplificados, o combate ao descumprimento das normas aduaneiras e a promoção da comunicação entre os Membros e com outras organizações, visando o desenvolvimento dos recursos humanos, a transparência e disseminação de políticas positivas.

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EXERCÍCIOS

Assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas assertivas de 1 a 10.

1) A UNCITRAL visa basicamente a harmonização das legislações internas dos países com relação às normas que afetem o comércio internacional.

2) A UNCITRAL se ocupa de divulgar as oportunidades comerciais para os países em desenvolvimento, fazendo com que as nações industrializadas reduzam suas alíquotas do imposto de importação.

3) A OMA é um órgão na estrutura da OMC criado especificamente para administrar o sistema harmonizado (SH).

4) A instituição internacional com competência para negociar a eliminação dos entraves ao comércio internacional causados por procedimentos aduaneiros inadequados é a OMA.

5) A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma instituição voltada basicamente para proporcionar acesso dos bens exportados pelos países emergentes aos mercados dos países desenvolvidos, por meio da redução tarifária e não-tarifária.

6) A OMA é a organização internacional responsável pelas discussões em torno das reduções das tarifas de importação e das regras de aplicação dos direitos antidumping e compensatórios.

7) A OCDE é uma organização que procura discutir e estabelecer os rumos das políticas econômicas dos países com economias de mercado de forma coerente.

8) A OCDE foi criada na mesma época do CCA, no âmbito da Organização para Cooperação Econômica Européia, sendo que a primeira visava a implantação de um fórum econômico e a segunda objetivava padronizar procedimentos aduaneiros.

9) Podemos afirmar que a UNCITRAL se ocupa das relações comerciais entre países, enquanto que a OMC estabelece regras para atuação de particulares no comércio internacional, como importadores e exportadores.

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10) Das três organizações estudadas (UNCITRAL, OMA e OCDE) aquela que procura estabelecer um padrão para a regulamentação dos direitos relativos a transportes, seguros e créditos internacionais é a UNCITRAL.

11) Podemos afirmar que as atividades da UNCITRAL abrangem a harmonização de regras relativas às seguintes matérias, exceto:

a) transportes;

b) contratos de compra e venda;

c) propriedade intelectual;

d) classificação de mercadorias;

e) créditos comerciais.

12) A missão da OCDE consiste em auxiliar os governos a gerar a prosperidade e combater a pobreza. Dentre os mecanismos utilizados para se atingir tais objetivos, indique, dentre os citados abaixo, qual deles não está previsto na organização:

a) manutenção de altos índices de proteção às indústrias domésticas;

b) auxílio do desenvolvimento econômico de outros países;

c) estímulo ao empreendedorismo e à geração de empregos;

d) manutenção da estabilidade financeira;

e) utilização da ciência e da tecnologia em benefício da população.

COMENTÁRIOS:

1) Verdadeira: o objetivo é evitar que diferentes normas de direito comercial em cada país se tornem um entrave ao fluxo comercial.

2) Falsa: a redução de alíquotas é objetivo da OMC. Não tem nada a ver com a UNCITRAL.

3) Falsa: A OMA é uma organização intergovernamental independente, assim como a OMC.

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4) Verdadeira: A OMA cuida de procedimentos aduaneiros; a OMC, das relações comerciais.

5) Falsa: a organização que resolveu se preocupar com os países em desenvolvimento, que não estavam se dando bem no comércio internacional, foi a UNCTAD. A OMC, com origem no GATT, criou as regras gerais de convivência nas relações comerciais entre as nações. Exatamente por achar que não estavam se dando bem com essas regras, os países pobres reclamaram e acabou sendo criada a UNCTAD. A OCDE visa atender os interesses dos países ricos e do capitalismo.

6) Falsa: O fórum de discussões sobre assuntos tarifários, antidumping e subsídios é a OMC, e não a OMA.

7) Verdadeira: O OCDE é um fórum de discussão para estabelecer as diretrizes de um mundo capitalista e globalizado.

8) Verdadeira: Nada a acrescentar.

9) Falsa: está invertido. O correto é: “a OMC se ocupa das relações comerciais entre países, enquanto que a UNCITRAL estabelece regras para atuação de particulares no comércio internacional, como importadores e exportadores”.

10) Verdadeira: a UNCITRAL estabelece padrões legais para os países seguirem quando da elaboração e alteração da legislação nacional relativa a contratos, seguros, transportes e crédito relativamente ao comércio internacional.

11) Letra D. A harmonização do Sistema de Classificação de Mercadorias compete à OMA.

12) Letra A. A imposição de barreiras comerciais, simplesmente para proteger a indústria doméstica, é atitude contrária aos mandamentos do GATT. A OCDE, como forma de estimular o crescimento econômico, jamais poderia fomentar uma ação como esta, visto que tais organizações atuam (ou deveriam atuar) de forma coordenada.

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GABARITO

1 – V 9 – F 2 – F 10 – V 3 – F 11 – D 4 – V 12 - A 5 – F 6 – F 7 – V 8 – V