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5/28/2018 Aula2Financeiro-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/aula-2-financeiro 1/23 Aula 2 Financeiro CEAP INTENSIVO PGM-NITEROI 2014 Professor ressalta não entrar em controvérsias doutrinas pois não devem cair na primeira fase. Focando em temas passiveis de serem cobradas em questões objetivas. AULA DEVE SER ACOMPANHADA DOS SLIDES. Slide 2 Começamos com o tem, muito atual que é do orçamento impositivo.  Tem uma proposta no congresso que prevê a instituição do orçamento impositivo. Fixaremos alguns conceitos. Basicamente a diferença entre orçamento AUTORIZATIVO e orçamento IMPOSITIVO é quanto a execução das despesas previstas no orçamento. Um das funções do orçamento é ter a previsão das despesas. Num cenário de orçamento autorizativo, que é o que temos atualmente, ela permite que o executivo possa deixar de executar algumas despesas previstas na lei orçamentária. Aquelas despesas que estão na lei orçamentária são meramente autorizadas elo poder legislativo e o executivo teria poder de deixar de executar, isto sem pedir autorização previa ao legislativo. Eduardo Mendonça diz que o orçamento autorizativo é o poder de não gastar, de não fazer nada em relação à algumas despesas previstas no orçamento. Essa é uma realidade que não se aplica a todas as despesas do orçamento, alais se aplica a minoria das despesas. Pois nosso sistema é formado por despesas obrigatórias, com vinculações constitucionais. Essa possibilidade de não executar despesas ela somente é aplicável as chamadas, pela doutrina, despesas discricionárias (despesas de investimento, obra publica). Pagamento de servidor, por exemplo é despesa obrigatória. Essa possibilidade de não executar se dá a um número limitado de despesas, mas que, no âmbito financeiro, acaba sendo valores expressivos. Essa discussão sobre orçamento impositivo ou autorizativo sós e dá quanto as despesas discricionárias. Hoje, o que prevalece é a realidade do orçamento autorizativo. A lei orçamentária apenas autoriza, indica possibilidade do executivo executar determinada despesa mas não o obriga a faze-lo. Ex. Art. 168 CF: repasses aos poderes, regra do duodécimo, é despesa obrigatória. Mas não confundir: o executivo não tema possibilidade de executar uma despesa que não esteja previsto em lei orçamentária. Para efetuar qualquer despesa pública o princípio da legalidade está em pleno vigor.

Aula 2 Financeiro

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Aula 2 Financeiro CEAP INTENSIVO PGM-NITEROI 2014Professor ressalta no entrar em controvrsias doutrinas pois no devem cair na primeira fase. Focando em temas passiveis de serem cobradas em questes objetivas. AULA DEVE SER ACOMPANHADA DOS SLIDES.

Slide 2Comeamos com o tem, muito atual que do oramento impositivo. Tem uma proposta no congresso que prev a instituio do oramento impositivo. Fixaremos alguns conceitos. Basicamente a diferena entre oramento AUTORIZATIVO e oramento IMPOSITIVO quanto a execuo das despesas previstas no oramento. Um das funes do oramento ter a previso das despesas. Num cenrio de oramento autorizativo, que o que temos atualmente, ela permite que o executivo possa deixar de executar algumas despesas previstas na lei oramentria. Aquelas despesas que esto na lei oramentria so meramente autorizadas elo poder legislativo e o executivo teria poder de deixar de executar, isto sem pedir autorizao previa ao legislativo. Eduardo Mendona diz que o oramento autorizativo o poder de no gastar, de no fazer nada em relao algumas despesas previstas no oramento. Essa uma realidade que no se aplica a todas as despesas do oramento, alais se aplica a minoria das despesas. Pois nosso sistema formado por despesas obrigatrias, com vinculaes constitucionais. Essa possibilidade de no executar despesas ela somente aplicvel as chamadas, pela doutrina, despesas discricionrias (despesas de investimento, obra publica). Pagamento de servidor, por exemplo despesa obrigatria. Essa possibilidade de no executar se d a um nmero limitado de despesas, mas que, no mbito financeiro, acaba sendo valores expressivos.Essa discusso sobre oramento impositivo ou autorizativo ss e d quanto as despesas discricionrias. Hoje, o que prevalece a realidade do oramento autorizativo. A lei oramentria apenas autoriza, indica possibilidade do executivo executar determinada despesa mas no o obriga a faze-lo. Ex. Art. 168 CF: repasses aos poderes, regra do duodcimo, despesa obrigatria.Mas no confundir: o executivo no tema possibilidade de executar uma despesa que no esteja previsto em lei oramentria. Para efetuar qualquer despesa pblica o princpio da legalidade est em pleno vigor. Porem estando autorizado a despesa oramentria, o executivo pode deixar de executar.O art. 8 da LRF o artigo que traz essa possibilidade. o chamado contingenciamento. Costuma ser o principal instrumento pelo qual o executivo exerce essa prerrogativa de deixar de executar despesa no oramento.O que se discute hoje a possibilidade de ter o oramento dispositivo, na qual as despesas chamadas discricionrias, o executivo ter o dever de executar, salvo se o executivo conseguir uma autorizao do legislativo para deixar de executar determinada despesa.Art. 8oAt trinta dias aps a publicao dos oramentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes oramentrias e observado o disposto na alneacdo inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecer a programao financeira e o cronograma de execuo mensal de desembolso.(Vide Decreto n 4.959, de 2004)(Vide Decreto n 5.356, de 2005)

Slide 4 traz um informativo sobre uma Adin na qual uma LDO do estado da Rondnia de um dispositivo adicionado por iniciativa parlamentar na qual tentava se garantir que a aplicao dos recursos das emendas parlamentares, ou seja, garantir que a execuo fosse obrigatria. FUX votou no sentido de considerar que o dispositivo violaria a separao de poderes, pois no garantiria a mesma prerrogativa para emendas oriundas do executivo. Daria uma prioridade as emendas vindas do legislativo. FUX defendeu que a previso oramentria no obriga o poder executivo de executar de qualquer maneira, haveria sim a possibilidade dele deixar de executar. E que no haveria prioridade entre as emendas provindas do legislativo e as provindas do executivo. O projeto de lei no congresso prev a obrigatoriedade de execuo das despesas de origem parlamentar. Hoje a proposta na cmara prev justamente a obrigatoriedade das emendas parlamentares, salvo se o executivo demonstrar uma inviabilidade tcnica, um oramento Semi-impositivo.

Slide 6 exerccio Muito comum o legislativo superestimar a receita. Ento o executivo deixa de executar argumentando a frustrao ema tingir a receita estimada.

Slide 7Critica principal ao oramento autorizativo: oramento o momento de deliberao entre legislativo e executivo. Como pode aps essa deliberao, dar um poder to grande ao executivo de deixar de executar o que foi deliberado. Seria uma violao da separao dos poderes.Por outro lado a criao do oramento impositivo recebe critica pois a separao de poderes em matria de oramentria, traduz que o executivo tem uma expertise tcnica que lhe garante uma melhor posio para decidir sobre a execuo ou no de uma despesa. A ideia tradicional diz que o papel do legislativo esse de autorizar a execuo de despesa, porem a execuo concreta da despesa publica, da despesa discricionria, na verdade uma atividade que estaria dentro do conceito do direito administrativo de Reserva de Administrao, ou seja, h determinados atos que so tpicos do poder executivo, s ele tema capacidade tcnica de decidir se h ou no capacidade de executar aquela despesa. O legislativo no esta a frente do tesouro para saber se aquela despesa pode ou no ser executada em frente a receita. Essa expertise do executivo at reforada pelo art. 12 da LRF:Art. 12.As previses de receita observaro as normas tcnicas e legais, consideraro os efeitos das alteraes na legislao, da variao do ndice de preos, do crescimento econmico ou de qualquer outro fator relevante e sero acompanhadas de demonstrativo de sua evoluo nos ltimos trs anos, da projeo para os dois seguintes quele a que se referirem, e da metodologia de clculo e premissas utilizadas.Ele diz que o legislativo no pode fazer uma estimativa de receita sem base tcnica ou legal. A estimativa de receita que vem do executivo tem base tcnica, que vem da expertise do executivo.Slide 8O professor Ricardo lobo Torres bastante contundente nessa ideia, embora fale pouco, ele bem claro de que no oramento separao de poderes bem rgida que a execuo oramentria matria tpica do executivo. O legislativo tema funo de autorizar a despesa e exercer o controle sobe a execuo das despesas (TC).

Slide 9A ltima verso da proposta do oramento impositivo visa tornar obrigatria a execuo somente as despesas provenientes de emendas parlamentares, e que metade dessas previses de despesas devem se referir a sade, salvo impossibilidade tcnica.A verdade que hoje no h dispositivo que obrigue ao executivo de explicar o porqu de no executar determinada despesa.Na proposta ainda diz que o repasse de verba provindo de emenda parlamentar, ainda que o Estado ou municpio ainda que ele esteja no cadastro de inadimplentes da Unio ele ir receber essas verbas.A proposta retira grandemente o poder de barganha do executivo.

Slide 10 exerccio Hoje est errada, mas estaria certa se a emenda constitucional for aprovada. Hoje se quer pr as emendas parlamentares como obrigatrias.

Slide 12 Receita PublicaConceito do aliomar baleeiro.Receita publica a entrada que, integrando-se no patrimnio pblico sem quaisquer reservas, condies ou correspondncia no passivo vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.Conceito importante pois traz a distino entre ingresso pblico e receita pblica. Ambos estariam dentro do conceito maior de entrada, porem ingressa seria transitrio, ele entra e sai. J a receita entra e fica, adere ao patrimnio publico (impostos). Exemplo de ingresso so as finanas, as caues, as operaes de credito, recursos que no entram em definitivo ele te correspondncia no passivo, o poder publico deve repor em algum momento aquele recurso.

Slide 14 exerccioO conceito doutrinrio sempre cobrado em provas objetivas, porem na legislao esse conceito doutrinrio no muito bem observado.

Slide 15Lei 4320/64 traz receita pblica como sendo recursos financeiros oriundos da constituio de dividas, e a lrf diz receitas de operaes de crdito. Operao de credito e constituio de dvida no receita pois ambas so entradas que em algum momento devero ser restitudos. Professor nunca viu cobrarem essa distino. Quando se pergunta sobre receita publica se cobra diferena entre ingresso e receita, o que a operao de credito...Slide 16

Receita corrente: Tem a nota da habitualidade. Seriam os tributosReceita de Capital: marcados pela nota da eventualidade, no so obtidos de modo peridico como os tributos, exemplo a operao e credito que no so feitas todos os dias pelo ente.Slide 17Essa distino tratada na Lei 4320. Para provas objetivas melhor ficar com o conceito.

Slide18 exerccio

Slide 19Distino entre receita pblica originaria e derivada.Originria: Proveniente do patrimnio do Estado, que no h manifestao da soberania estatal.Receita Pblica derivada: estes j a manifestao da soberania estatal. Aqui se enquadram os tributos e as multas.

Slide20 exerccio.

Slide 21 Classificao do Lobo Torres.Receitas originarias:- preo publico: estado explorando seu patrimnio como particular. Exemplo quando o particular paga uma quantia pela utilizao do bem pblico.- compensao financeira: art. 20, os royalties. Recurso que estado obtm tambm pela explorao de seu patrimnio.- ingressos comerciais: dividendos de empresas estatais. Tpica explorao de patrimnio. no h exerccio da soberania estatal.

Slide 22Renuncia de Receita: ganhou importncia na CF/88:Seo IIDOS ORAMENTOS

Art. 165. (...)

6 - O projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia.

o artigo que exige que o projeto de lei oramentria tenha demonstrativo acerca dos efeitos sobre a receita dos benefcios em geral que vo diminuir ou compactar a receita pblica. Evidencia o principio da transparncia oramentria. A renuncia de receita deve ser bem explicitada na lei oramentria para possibilitar um juzo acerca daquela renuncia fiscal.Esse tema foi regulado pelo LRF. Trazendo condies para a implementao.CAPTULO IDISPOSIES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, com amparo no Captulo II do Ttulo VI da Constituio. 1o A responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obedincia a limites e condies no que tange a renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio em Restos a Pagar.Pois a LRF muito preocupada com as condies para a renuncia de receita, pois ela se objetiva o equilbrio oramentrio, se houver uma reduo exacerbada da receita pblica cria uma maior possibilidade de haver um dficit oramentrio.

Slide 24 exerccio

Slide 25. O artigo 14 aquele que mais detalha o tema, tendo que para se conceder a renncia de receita deve se atender o disposto na LDO e algum dos dois incisos.Art. 14. A concesso ou ampliao de incentivo ou benefcio de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever estar acompanhada de estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva iniciar sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das seguintes condies: (Vide Medida Provisria n 2.159, de 2001) (Vide Lei n 10.276, de 2001)

I - demonstrao pelo proponente de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da lei oramentria, na forma do art. 12, e de que no afetar as metas de resultados fiscais previstas no anexo prprio da lei de diretrizes oramentrias;

II - estar acompanhada de medidas de compensao, no perodo mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevao de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou contribuio.

Uma polemica sobre o assunto, que provavelmente no deve ser cobrado em prova objetiva, diz respeito a projeto de lei para criar uma outra possibilidade de justificativa para renncia de receita. Pois no est expresso renncia de receita voc compensar renncia de receita com a expectativa de aumento de arrecadao tributria. Isso deu problema pro governo federal nessa poltica de desonerao de impostos (ex. ipi), houve questionamento do TC se essas renncias de receita no teriam cumprido o art. 14. Ento o governo federal enviou projeto de lei complementar com previso de renncia de receita baseada em expectativa de aumento de receita, algo que no est claro no artigo, sem mexer em alquota ou base de clculo. No deve ser perguntado por ainda ser mero projeto de lei.

Slide 26 Crdito PblicoConceito do Diogo de Figueiredo, trazendo a ideia do credito pblico, basicamente a regra constitucional que o credito pblico no pode ser instrumento de financiamento de despesas correntes ou de custeio. muito difcil que o governo obtenha supervit primrio consiga realizar grandes investimentos. Pois as despesas pblicas so crescentes, a receita pblica tem seu limite na arrecadao tributria, ento geralmente o oramento quando no deficitrio, ele fica ali no zero. Se o governo fosse esperar ter um supervit para investir em grandes obras ele no conseguiria, pois geralmente despesa e receita coincidem. Ento Estado pega recursos, geralmente na iniciativa privada, para fazer grandes investimentos e pagar o investimento em 20, 30 anos. Essa a ideia do credito pblico. E por que no combina usar o credito pblicos/emprstimos com despesa de custeio e sim com despesa de investimento. Pois se voc usar esse credito em algo que no vai gerar benefcio para as geraes futuras, voc apenas est beneficiando a gerao atual e voc est jogando a conta para as futuras geraes. Ex. Voc no vai pegar emprstimo para pagar sua energia eltrica, voc paga a sua despesa corrente com sua receita corrente (seu salrio), mas tem logica voc pegar emprstimo para comprar um apartamento.Ento usando o credito pblico para despesas de investimento voc tambm beneficiara as geraes futuras que tambm iro pagar parte do investimento feito. Ento a lgica do Diogo que o limite do endividamento tem que ser um pouco essa lgica de voe no quebrar, o que o Ricardo lobo tores chama, de equidade de geraes, no faz sentido voc no onerar as geraes futuras com algo que s vai beneficiar a gerao atual.H dispositivo constitucionais que consagram essa ideia.Art. 167. So vedados:III - a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;Despesa de capital so despesas novas para o poder pblico, se ope as despesas de custeio, que so para a manuteno da mquina estatal. Aqui se traz que deve haver equilbrio entre receita de operao de credito e despesa de capital, indiretamente dizendo eu receita de operao de credito no pode financiar despesa de custeio. Essa regra conhecida como rega de ouro.A Cf traz ressalva, a LRF no a traz, mais rgida.

Regra de ouro: art. 12, par. 2 LRF c/c art. 167, III CFLRF Art. 12 2o O montante previsto para as receitas de operaes de crdito no poder ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei oramentria. (LRF)CF 88 Art. 167. So vedados:III - a realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; (CF 88)ADI 2238 STF conferiu interpretao conforme CF ao art. 12, 2 da LRF, para que a ressalva da CF 88 fosse observada.Outra regra constitucional que traz essa ideia:

Art. 167. So vedados:X - a transferncia voluntria de recursos e a CONCESSO DE EMPRSTIMOS (credito pblico), inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal (despesa corrente) ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

Slide 30 exerccio: CF no traz exceo a essa regra. Despesa pessoal deve ser financiada por receita corrente e no com receita de emprstimos.Slide 31 traz a competncia do Senado quanto ao tema de crdito PblicoArt. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:V - autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios;VI - fixar, por proposta do Presidente da Repblica, limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;IX - estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;O senado autoriza operaes externas de credito caso a caso. Analisando individualmente.Esse artigo de suma importncia para Estados e municpios pois quando eles vo contrair operaes externas eles pegam garantia com a Unio. Segundo a Resoluo do Senado 43/2001, para ele conseguir autorizao alm de cumprir os requisitos constitucionais, os requisitos da LRF (art. 32, slide 37, no rol exaustivo, vide inciso III), tambm limites e condies fixados pelo Senado Federal (Art. 32, III LRF).Fixar os seguintes conceitos: Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, so adotadas as seguintes definies:I - dvida pblica consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses;II - dvida pblica mobiliria: dvida pblica representada por ttulos emitidos pela Unio, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municpios;Pela LRF esses conceitos se ope, tratado de modo diferentes.Lembrando que a falta de pagamento da dvida fundada funda a interveno federal e a interveno estadual. E no a dvida mobiliria.

Slide 38 Conceito de operao de crdito. Importante pois se feito o ajuste contratual se ele se enquadra no conceito de operao de credito. Uma vez que se considere que aquele contrato operao de credito, atrai para aquele contrato toda a regulamentao constitucional, da LRF e do Senado para operao de crdito. Sempre que apresentado um contrato que o ente quer celebrar, se ele se enquadra no conceito.Operao de credito, por exemplo, necessita de autorizao legal para sua celebrao. Se o contrato a ser celebrado no estiver no conceito no necessita da reserva legal. O ministrio da Fazenda que vai avaliar se o ente atendeu as condies para se fazer a operao de credito, verificando inclusive se houve a autorizao legal.Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, so adotadas as seguintes definies:III - OPERAO DE CRDITO: compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

Lembrando que esse conceito de operao de credito se ope ao conceito de transferncia voluntria. So os dois principais instrumentos pelos quais Estados e municpios recebem recursos federais. Mas so instrumentos diferentes. Transferncia voluntaria se assemelha muito mais como doao, com comprometimento de aplicao a poltica pblica convencionada.LRFArt. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por TRANSFERNCIA VOLUNTRIA a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico de Sade.Este conceito de operao de crdito to importante para a advocacia pblica que foi criminalizado no cdigo penal eventual deslinde na contratao de operao de crdito.Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operao de crdito, interno ou externo, SEM PRVIA AUTORIZAO LEGISLATIVA:Pena - recluso, de 1 (um) a 2 (dois) anos.Pargrafo nico. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operao de crdito, interno ou externo:I - com inobservncia de limite, condio ou montante estabelecido em lei ou em resoluo do Senado Federal;II - quando o montante da dvida consolidada ultrapassa o limite mximo autorizado por lei.H uma responsabilidade do agente poltico ao classificar o contrato como operao de credito.Slide 42 vedado operao de credito entre ente da federao e outro ente. Art. 35 LRF. O pargrafo 1 traz a ressalva de realizao de operao de credito entre instituio financeira estatal e ente. O que se veda a operao de crditos diretamente entre entes.Art. 35. vedada a realizao de operao de crdito entre um ente da Federao, diretamente ou por intermdio de fundo, autarquia, fundao ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administrao indireta, ainda que sob a forma de novao, refinanciamento ou postergao de dvida contrada anteriormente. 1o Excetuam-se da vedao a que se refere o caput as operaes entre instituio financeira estatal e outro ente da Federao, inclusive suas entidades da administrao indireta, que no se destinem a:I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;II - refinanciar dvidas no contradas junto prpria instituio concedente.

Entretanto vedado operao de credito entre a instituio financeira estatal e o ente que a controle. Evitando, por exemplo que bancos estaduais faa, operao de credito com os tesouros estaduais. Art. 36 LRF. Era algo comum, e criava vrios problemas de solidez das prprias instituies financeiras estaduais, pois elas eram utilizadas politicamente pelos governos estaduais para financiar seus dficits. Quando veio a LRF a grande parte dos bancos estaduais j se encontravam privatizados.Art. 36. proibida a operao de crdito entre uma instituio financeira estatal e o ente da Federao que a controle, na qualidade de beneficirio do emprstimo.Pargrafo nico. O disposto no caput no probe instituio financeira controlada de adquirir, no mercado, ttulos da dvida pblica para atender investimento de seus clientes, ou ttulos da dvida de emisso da Unio para aplicao de recursos prprios.

Slide 45 Uma operao de credito muito antiga no Brasil a operao de credito por antecipao de Receita oramentria (ARO). Essa antecipao, que tem previso na constituio, quando anuncia o princpio da exclusividade oramentria ou pureza, que traz que no deve-se conter dispositivo estranho na lei oramentria excetuando autorizao para abertura de credito suplementares e contratao de operao de credito, ainda que por antecipao de receita.

CF 88 Art. 165... 8 - A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei.

Tal previso foi regulamentado pela LRFArt. 38. A operao de crdito por antecipao de receita destina-se a atender insuficincia de caixa durante o exerccio financeiro e cumprir as exigncias mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:I - realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio;II - dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez de dezembro de cada ano;III - no ser autorizada se forem cobrados outros encargos que no a taxa de juros da operao, obrigatoriamente prefixada ou indexada taxa bsica financeira, ou que vier a esta substituir;

A antecipao de receita uma modalidade de operao de crdito. J tinha previso na lei 4320/64. LEF veio e regulou essa possibilidade. Vem a atender as situaes momentneas de insuficincia de caixa. Comea o exerccio financeiro, e o poder pblico se v na necessidade de antecipar receitas oramentarias, receitas que ele s vislumbraria conseguir depois, ento o poder pblico faz uma operao de credito antecipando a receita e pagando aps em parcela. Se assemelha quando a pessoa fsica antecipa valor de restituio d receita no banco e pega uma taxa de juros por isso.Somente pode se realizar a partir do dcimo dia do incio do exerccio financeiro e dever ser liquidada, com juros e outros encargos, at o dia 10 de dezembro de cada ano. Ela funciona durante um exerccio financeiro, uma diferena em relao a outras operaes de crdito.No poder ser realizada enquanto persistir operao anterior da mesma natureza no integralmente resgatada, ou seja, liquidada. E no poder ser feito durante o ltimo ano do mandato do chefe do executivo. (Art. 38 LRF)Art. 38..............IV - estar proibida:a) enquanto existir operao anterior da mesma natureza no integralmente resgatada;b) no ltimo ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito MunicipalSlide 48 exerccioSlide 49 DESPESA PUBLICAConceito do Aliomar Baleeiro.Aplicao de certa quantia, em dinheiro, por parte da autoridade ou agente pblico competente, dentro de uma autorizao legislativa, para execuo de fim a cargo do governo. (Uma introduo cincia das finanas, Forense, 2010, p. 83)Princpio da legalidade e despesa pblica no h despesa pblica sem prvia autorizao legislativa. A principal forma via oramentoSe houver necessidade de alterar a lei oramentria, as despesas tema possibilidade de autorizao legislativa para os crditos adicionais, alterando as despesas previstas na lei oramentria. A Cf possibilitou a previso de despesas ou no oramento ou nas leis de crditos adicionais.Art. 11 - A receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. 1 - So Receitas Correntes as receitas tributria, de contribuies, patrimonial, agropecuria, industrial, de servios e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificveis em DESPESAS CORRENTES. 2 - So Receitas de Capital as provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas; da converso, em espcie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, destinados a atender despesas classificveis em DESPESAS DE CAPITAL e, ainda, o supervit do Oramento Corrente.

O art. 11 faz uma correlao entre as receitas correntes e as despesas correntes. E as receitas de capital ligado as despesas de capital.Slide 52 conceito do Diogo de FigueiredoAs despesas pblicas podem ser classificadas segundo vrios critrios, mas o legalmente adotado distingue as despesas correntes, necessrias s operaes normais e regulares do Estado, e as despesas de capital, que se caracterizam por serem economicamente reprodutivas em acrscimo ao patrimnio pblico. (Grifo)Curso de direito administrativo, Forense, p. 113.

Slide 53 exerccioA atuao de uma pessoa jurdica de direito pblico, que visa obteno de recursos necessrios satisfao das necessidades coletivas, e as despesas correntes de carter obrigatrio e realizao continuada definem ou caracterizam, respectivamente:A) a funo poltica do oramento e as despesas de custeio; (GABARITO)

Slide 54LRFArt. 15. Sero consideradas no autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimnio pblico a gerao de despesa ou assuno de obrigao que no atendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Slide 55 exerccio. O art. 15 traz a ideia de nulidade (no autorizadas). E a afirmativa errada fala em anulao de atos. Errada.

Art. 16. A criao, expanso ou aperfeioamento de ao governamental que acarrete aumento da despesa ser acompanhado de:I - estimativa do impacto oramentrio-financeiro no exerccio em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;II - declarao do ordenador da despesa de que o aumento tem adequao oramentria e financeira com a lei oramentria anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias.De incio as pessoas no se atentaram para o termo criao, expanso ou aperfeioamento. Pois se a despesa j est contida no oramento, teria que o ordenador pblico atender sempre a burocracia da LRF> Hoje a doutrina, e precedentes do TCU, falam que o procedimento dos art. 16 e 17 no seriam aplicvel para as despesas rotineiras da administrao que j tenham previso oramentria prvia. Somente se aplicaria quando voc cria, expansiona ou aperfeioa uma ao governamental, algo que venha acrescer algo que j tinha previso oramentria. Fora disto, voc no precisa cumprir todos esses requisitos. Fazendo interpretao do termo no art. 16 LRF. Na prtica o administrador pblico se receia em no seguir o art. 16 e 17 da LRF, temendo o art. 15. Em regra sempre tentam seguir o art. 16 e 17, embora doutrina traga essa ressalva.Por conta disso h situaes em que a despesa foi realizada e no foi cumprida as formalidades do art. 16 e 17 LRF, embora voc comprove que materialmente estejam previstas os requisitos do art. 16 e 17 LRF, um vcio mais de formalidade. Se penaliza o servidor?1C Literalidade do art. 15 LRF, tendo que apurar responsabilidade do servidor que no se ateve as formalidades previstas.2C Interpretao Teleolgica. a que prevalece. Ainda que no tenha sido cumprido as formalidades do art. 16 e 17. Se as condies estavam previstas na despesa, mas apenas no foram exteriorizadas no papel, no faria sentido punir o administrador por no cumprir um requisito formal.

Slide 60Em prova objetiva, o que mais cai so as fases da despesa pblica.Empenho.Lei 4.320/64Art. 58. O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de condio.Art. 60. vedada a realizao de despesa sem prvio empenho. 1 Em casos especiais previstos na legislao especfica ser dispensada a emisso da nota de empenho

Porem cabe ressaltar que antes do empenho, teramos a previso oramentria ou fixao de despesa como se coloca. Sendo o empenho a segunda fase. O reconhecimento pelo Estado da reserva daquele valor para ser feito o pagamento. No sendo este o efetivo pagamento.O implemento de condio seria a faz de liquidao de despesa. Fase que fica entre o empenho e o efetivo pagamento ao credor.

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Slide 62 Liquidao da DespesaAps teramos essa fase de liquidao de despesa, verificando se o credor tem ou no direito de receber o pagamento que foi reservado no ato de empenho.Por isso o emprenho pode ser pendente de condio, que seria a verificao, por exemplo, no caso de credor ter prestado alguma obra ou servio, se realmente aquilo foi prestado pelo credor. Isso se verifica na fase de liquidao. Vendo se a pessoa tem ou no direito de receber o valor reservado na fase de empenho.Art. 63. A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. 1 Essa verificao tem por fim apurar:I - a origem e o objeto do que se deve pagar;II - a importncia exata a pagar;III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao.

Slide 63 exerccio.Na pratica, empresa vai e emite nota fiscal para o estado, que faz o empenho, mas Estado vai verificar se aquele servio foi ou no prestado para o Estado. Uma vez liquidado a despesa, que ela realmente tem direito a receber aquele valor, teremos a Ordem de pagamento, na qual se realiza o pagamento efetivo do valor.

Lei 4.320/64Art. 64. A ordem de pagamento o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

Slide 65 exerccioLetra a equivocada pois cabe sim cancelamento do empenho, quando ao se proceder a liquidao se comprovar que a pessoa no faz jus a aquele valor.Letra b, segundo a lei nem todo o emprenho precedido de nota de empenho.

Slide 66 Restos a Pagar Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas no pagas at o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das no processadas.Dec. Federal 93.872/86

Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e no pagas at 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das no processadas. 1 Entendem-se por processadas e no processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e as no liquidadas, na forma prevista neste decreto.

Slide 68 Esquema do Restos a PagarRestos a pagar processados: - Houve empenho e liquidao; - falta o pagamentoResto a pagar no processados: - houve apenas o empenho

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Slide 70O que se v de polemicas sobre resto a pagar se d com os no processados, principalmente no mbito federal, pois voc depende de decretos que venham a prorrogar a validade desses restos a pagar. Muitas vezes o pleito dos municpios e Estados so praquelas situaes nas quais existem despesas que foram realizadas nos exerccios anteriores, se realiza o empenho, mas nos e faz a liquidao. E h regras de direito financeiro que trazem prazos de validade daquela despesa de resto a pagar, geralmente at 31/dezembro do exerccio seguinte. Na pratica h uma presso dos estados e municpios onde aquelas despesas foram realizadas e governo federal prorroga por 2, 3 anos.LRFArt. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigao de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

Quando foi criada a LRF tentou-se acabar com os restos a pagar. Mas como na prtica da administrao a fase de liquidao difcil porem necessria, na prtica fica difcil achar que toda a despesa seria cumprida no exerccio financeiro. Ento procurou-se estabelecer limites aos restos a pagar. Esse artigo visa impedir que antecessor deixe pro sucessor uma herana maldita. No se probe a possibilidade do atual administrador deixar responsabilidades pro seu sucessor, porem se estabeleceu limites, como demonstrar a existncia de caixa pra se deixar esses valores. Ento erado dizer que LRF vedou deixar restos a pagar nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, apenas deixou uma condio. Havendo disponibilidade de caixa possvel deixar restos a pagar pro sucessor.

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Slide 73 Suprimentos de fundos ou adiantamentoTodo ente poltico tem esse regime de adiantamento / suprimento de fundo, para, justamente, despesa de pequena monta (viagens, relacionada com inteligncia do ente). A sistemtica do empenho no se faz adequada, ento o que se faz: voc at faz um empenho de determinado numerrio e entrega pra determinado servidor e aps ele presta contas do que executou. No governo federal isso se faz atravs do chamado carto de credito coorporativo. A pessoa efetua as despesas e a posteriori ele comprova a regularidade daquelas despesas.

Slide 75 Despesas Pblicas com PessoalNA reforma administrativa trouxe as medidas cabveis para o ente diminuir a despesa com pessoal, medidas para que o ente possa se adequar aos limites previstos na Lei complementar. Hoje essa lei a LRF, mas antes mesmo da LRF j existiam leis complementares trazendo limites com despesa de pessoa (tema muito importante).CF Art. 169............... 2 Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptao aos parmetros ali previstos, sero imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios que no observarem os referidos limites. 3 Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adotaro as seguintes providncias: I - reduo em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comisso e funes de confiana; II - exonerao dos servidores no estveis

Os limites hoje previstos na LRF so:Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituio, a despesa total com pessoal, em cada perodo de apurao e em cada ente da Federao, no poder exceder os percentuais da receita corrente lquida, a seguir discriminados:I - Unio: 50% (cinqenta por cento);II - Estados: 60% (sessenta por cento);III - Municpios: 60% (sessenta por cento).Esses sos limites por ente polticos. E temos os limites setoriais:Art. 20 LRFUnio Federala) Legislativo, includo o Tribunal de Contas da Unio - 2,5%b) Judicirio - 6%c) Executivo - 40,9%d) Ministrio Pblico da Unio - 0,6%II - NA ESFERA ESTADUAL:a) Legislativo, includo o Tribunal de Contas do Estado - 3%b) Judicirio - 6%c) Executivo - 49%d) Ministrio Pblico dos Estados - 2%III - NA ESFERA MUNICIPAL:a) Legislativo, includo o Tribunal de Contas do Municpio, quando houver - 6%b) Executivo - 54%

Slide 81 Houve polemica, pois a CF falava em limites por ente polticos, porem a LRF foi alm ao prever limites setoriais. Estados e municpios alegaram inconstitucionalidade por violao a autonomia federativa dos entes. STF na Adin 2238 considerou a LRF constitucional em distribuir entre os poderes essa limitao.

Slide 82 LRF traz o chamado limite prudencialArt. 22. A verificao do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 ser realizada ao final de cada quadrimestre.Pargrafo nico. Se a despesa total com pessoal EXCEDER A 95% (noventa e cinco por cento) do limite, so vedados ao Poder ou rgo referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:I - concesso de vantagem, aumento, reajuste ou adequao de remunerao a qualquer ttulo, salvo os derivados de sentena judicial ou de determinao legal ou contratual, ressalvada a reviso prevista no inciso X do art. 37 da Constituio;II - criao de cargo, emprego ou funo; (...)

Slide83LRF acabou falando mais do que a constituio ao trazer como medida de reequilbrio de despesa de pessoal em reduo de vencimento de servidor, STF julgou inconstitucionais, pargrafos do art. 23. At porque a CF expressa ao falar em irredutibilidade de vencimentos para os servidores.Slide 84 LRF trouxe punies se o ente no atender os limites, tanto globais, quanto setoriais, coma despesa com pessoal.Art. 23................. 3o No alcanada a reduo no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder:I - receber transferncias voluntrias;II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;III - contratar operaes de crdito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dvida mobiliria e as que visem reduo das despesas com pessoal.

Slide 85 exerccioSlide 86 precedente do STF. Problema quanto ao ente no qual o poder executivo cumpre o seu limite, porem o judicirio, legislativo ou MP no cumpre seus limites. Esto violando a LRF. STF decidiu que, j que h autonomia financeira entre os poderes, e o executivo no tem como deixar de repassar verba por violao de lrf (lembrando que o STF considerou inconstitucional artigo que permitia ao executivo limitar repasse do duodcimo aos poderes autnomos). Ento STF, j que ele garantiu autonomia financeira a esses podres, no tem como punir o executivo por violao da LRF por conta de violao por parte de outro poder. Violao de limite setorial, demonstrando que executivo est cumprindo seu limite, ele no pode ser punido.

Slide 88Ricardo Lobo TorresSubsdio funo especfica de interveno do Estado no domnio econmico (influncia na formao de preos e incentivo produo de determinados bens)Lei 4.320/64 incluiu o conceito de subsdio no conceito mais abrangente de subveno (art. 18)Subveno seria as doaes do Estado para entidades de assistencial social, atividades tpicas do Estado.Esses seriam os conceitos doutrinrios.Porem a lei 4320/64 pois subsidio dentro de um conceito de subveno. Sendo o subsidio uma subveno econmicaI - subvenes sociais, as que se destinem a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;II - subvenes econmicas, as que se destinem a empresas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial, agrcola ou pastoril.A CF vedou subveno para entidades, na rea de sade, com fins lucrativos, porem ela no vedou subveno a entidades privadas, s no ter fim lucrativo.Art. 199. A assistncia sade livre iniciativa privada. 2 - vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos.

LRF CAPTULO VIDA DESTINAO DE RECURSOS PBLICOS PARA O SETOR PRIVADOArt. 26. A destinao de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas fsicas ou dficits de pessoas jurdicas dever ser autorizada por lei especfica, atender s condies estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias e estar prevista no oramento ou em seus crditos adicionais. 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administrao indireta, inclusive fundaes pblicas e empresas estatais, exceto, no exerccio de suas atribuies precpuas, as instituies financeiras e o Banco Central do Brasil. 2o Compreende-se includa a concesso de emprstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogaes e a composio de dvidas, a concesso de subvenes e a participao em constituio ou aumento de capital.A LRF tem como funo trazer condies para que o governo de essas subvenes as entidades.