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FEA-RP Profª. Sonia Valle Walter Borges de Oliveira 1 Aula 2 – Teoria Geral da Administração Profª. Drª. Sonia V. W. Borges de Oliveira 2 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira Conteúdo Introdução Formação da moderna sociedade de organizações industriais Ciência moderna e Administração como ciência Escolas do pensamento administrativo Taylor e a Administração Científica Fayol e a Teoria Clássica Mayo e a Escola de Relações Humanas Abordagem Sistêmica Abordagem Contingencial 3 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira Introdução “Aprender Administração constitui uma viagem pessoal que levará, toda sua carreira, toda a sua vida.” (BATEMAN; SNELL, 1998) 4 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira Introdução Na sociedade moderna todos estão cercados de Organizações Receita Federal Escola Clube Estado Secretaria Segurança Prefeitura Depto de Trânsito Cia Telefônica Saneamento Básico Sindicato 5 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira Administração - Resumo RECURSOS Pessoas Informação Espaço Tempo Dinheiro Instalações OBJETIVOS Resultados esperados do sistema DECISÕES Planejamento Organização Execução e direção Controle Formação da moderna sociedade de organizações industriais

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Aula 2 – Teoria Geral da Administração

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Conteúdo

• Introdução• Formação da moderna sociedade de organizações

industriais• Ciência moderna e Administração como ciência• Escolas do pensamento administrativo

– Taylor e a Administração Científica

– Fayol e a Teoria Clássica

– Mayo e a Escola de Relações Humanas– Abordagem Sistêmica

– Abordagem Contingencial

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Introdução

• “Aprender Administração constitui uma viagem pessoal que levará, toda sua carreira, toda a sua vida.” (BATEMAN; SNELL, 1998)

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Introdução

• Na sociedade moderna todos estão cercados de Organizações

Receita Federal

Escola

ClubeEstado

Secretaria Segurança

Prefeitura

Depto de Trânsito

Cia Telefônica

Saneamento Básico

Sindicato

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Administração - ResumoRECURSOS

Pessoas

Informação

Espaço

Tempo

Dinheiro

Instalações

OBJETIVOSResultados esperados do

sistema

DECISÕESPlanejamento

Organização

Execução e direção

Controle

Formação da moderna sociedade de organizações

industriais

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Antecedentes Históricos

• A administração e as organizações tiveram influências diversas, como:– Filósofos e cientistas– Organizações militares– Igreja Católica– Arsenal de Veneza– Revolução Industrial– Fundição Soho– New Lanark

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Revolução Industrial

• Produto de dois importantes eventos do século XVIII: – surgimento das fábricas;– invenção das máquinas a vapor.

• Comerciantes: reuniram trabalhadores em galpõespara poder controlá-los

• Invenção das máquinas: aumento da produtividade• Migração das zonas rurais para os centros

industriais: – crescimento das cidades;– necessidade de infra-estrutura.

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A Administração Hoje

• Diversas teorias: cada uma tem sua contribuição• Não há modelo ideal para nenhuma

organização: TUDO DEPENDE!!!• Importante:

– Conhecer bem o contexto– Ter MUITAS informações sobre TUDO– Fazer um bom planejamento– Ter critérios para tomar decisões– Saber medir os resultados

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Administração: Ciência ou Arte?

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Experiência

ADMINISTRAÇÃO COMO ARTE

Critério/

Insight

Percepção / Feeling

Jogo de

cintura

Administração como Arte

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ConhecimentosConhecimentos

ADMINISTRAADMINISTRAÇÇÃO ÃO COMO CIÊNCIACOMO CIÊNCIA

TTéécnicascnicasTeoriasTeorias

Administração como Ciência

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Escolas do Pensamento Administrativo

Taylor e a Administração Científica

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Frederick Taylor (1856-1915)

• Desenvolveu princípios e técnicas de eficiência para minimizar esses problemas

• Aplicou métodos e técnicas da engenharia industrial

• Preocupações básicas de Taylor:– eliminar o desperdício;– elevar os níveis de produtividade.

• Conceito de Homo Economicus

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Organização Racional do Trabalho

• Estudo dos tempos e movimentos

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Organização Racional do Trabalho (ORT)

1. Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos

2. Estudo da fadiga humana3. Divisão do trabalho e especialização do operário4. Desenho de cargos e tarefas5. Incentivos salariais e prêmios de produção6. Conceito de Homo Economicus

7. Condições de trabalho

8. Padronização

9. Supervisão funcional

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Princípios de Taylor

• Princípio do Planejamento: planejar o método de trabalho

• Princípio de Preparo: trabalhadores selecionados e treinados, trabalhando em local adequado

• Princípio do Controle: verificar se tudo está sendo feito como planejado

• Princípio da Execução: disciplina e responsabilidade sobre as tarefas

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Henry Ford

• Henry Ford (1863-1947)• Criou a linha de montagem móvel• Produção em massa• Especialização do trabalhador• Padronização das peças• Dia de trabalho de 8 h• Duplicou o valor do salário

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Considerações sobre a Administração Científica

• Melhorou a produtividade e eficiência das fábricas

• Introduziu a análise científica no ambiente de trabalho

• Gratificação diferenciada: recompensas = desempenho

• Colaboração entre a administração e os trabalhadores

• Visão incompleta do homem• Mecanicismo

Fayol e a Teoria ClássicaParis em 1900

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Teoria Clássica

• Maior expoente: engenheiro de minas Henri Fayol (1841-1925)

• Ampliação do campo de estudo da administração:– ênfase na estrutura;– visão no todo organizacional;– atenção para a complexidade do trabalho do

gestor.

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Henri Fayol

• Fayol contribuiu para a teoria das

organizações com:

– Estruturas e Funções das Empresas

– Funções básicas da Administração

– 14 Princípios Gerais de Administração

– 16 Deveres dos gerentes

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Henri Fayol

• Estruturas e Funções da Empresa– Definiu 6 funções básicas da empresa:

Função

Técnica

Função

Comercial

Função

Financeira

Função de

Segurança

Função de

Contabilidade

Empresa

Função de

Administração

Fonte: Maximiano (2000)

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Henri Fayol

• As funções básicas da administração:– Planejar: visualizar o futuro e traçar o programa

de ação– Organizar: estabelecer uma estrutura humana e

material para a realizar o empreendimento – Comandar: dirigir e orientar o pessoal– Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos atos e

todos os esforços coletivos– Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo

com as regras estabelecidas e as ordens dadas

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Criticas à Teoria Clássica

• Não considerava o conteúdo psicológico e social

• Ausência de método rigorosamente científico• Extremo racionalismo na concepção da

administração• Mecanicismo• Abordagem de sistema fechado• Porém, ainda tem sua utilidade no mundo de

hoje

BurocraciaHeidelberg, Alemanha

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Burocracia

• Principal precursor: Max Weber (1864-1920)• Forma de administração sujeita ao exagero

de regulamentos e controles• A razão está acima da emoção• Visão racionalista do ser humano• Divisão do trabalho e hierarquia• Facilita a atividade de supervisão do

trabalhador

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Max Weber

• Definiu 3 bases da autoridade:1. CARISMÁTICA: “devoção” dos

seguidores pelo líder2. TRADICIONAL: passam de geração a

geração3. RACIONAL OU BUROCRÁTICA:

autoridade formal

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Burocracia Ideal de Weber

1. Divisão do trabalho: tarefas simples e rotineiras

2. Hierarquia da autoridade: o de cima controla o de baixo

3. Seleção formal: por qualificação técnica4. Regras e regulamentos formais: assegurar

uniformidade5. Impessoalidade: evitar envolvimento e

preferências pessoais 6. Orientação de carreira: profissionalismo do

cargo

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Mayo e a Teoria das Relações Humanas

Western Electric

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Conceitos Iniciais

• Reação às teorias de Taylor e Fayol• Ênfase nas pessoas

• Desenvolveu-se a partir do início da década de 30

• Entender como os processos psicológicos e sociais interagem com o trabalho e influenciam o desempenho

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Idéias Centrais

• A Teoria das Relações Humanas se deve aos seguintes fatos:

1. Necessidade de humanizar e democratizara administração

2. Desenvolvimento das ciências humanas e sua aplicação na organização industrial

3. Idéias advindas da filosofia e da psicologia4. Conclusões da Experiência de Hawthorne:

Elton Mayo (1927 e 1933)

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Experimento de Hawthorne(1927 a 1933)

• Realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisas na fábrica da Western EletricCompany, no bairro de Hawthorne, perto de Chicago

• Coordenação de Elton Mayo• Objetivo inicial: pesquisar a correlação

entre a iluminação e eficiência dos operários, medida por meio da produção

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Resumo das Conclusões de Mayo

• Tratamento dispensado ao funcionário: influencia fortemente seu desempenho

• Lealdade ao grupo: pode ser mais forte que à administração

• Esforço coletivo: trabalho em equipe, auto-governo e cooperação

• Autoridade: cooperação e coordenação, no lugar da coerção

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Decorrências da Teoria das Relações Humanas

• Nova linguagem na administração:– motivação; – liderança;– comunicação;– organização

informal;– dinâmica de grupo

etc.

• São contestados os conceitos clássicos de:– autoridade;– hierarquia;– racionalização do

trabalho;– princípios gerais da

administração;– departamentalização

etc.

Homo Economicus para Homem Social

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Teorias sobre Motivação

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Conceitos Iniciais

• A partir da década de 50 nos EUA• Valorização do comportamento do indivíduo

• Estudo do comportamento organizacional• Origens: ciências comportamentais e

psicologia organizacional• Tema fundamental: motivação humana

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Ciclo Motivacional

EquilíbrioEstímulo ouincentivo

Necessidade

TensãoComportamento ou ação

Satisfação

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Ciclo Motivacional

EquilíbrioEstímulo ouincentivo

Necessidade

TensãoComportamento ou ação

Frustração

Compensação

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Principais Teorias da Motivação Humana

• Teoria da Hierarquia das Necessidades –

Maslow

• Teoria ERC – Alderfer

• Teoria dos Dois Fatores – Herzberg

• Teoria da Realização – McClelland

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Hierarquia das Necessidades de Maslow

Necessidades fisiolNecessidades fisiolóógicasgicas

ProteProteçção e seguranão e seguranççaa

SociaisSociais (Amor)(Amor)

AutoAuto--estimaestima eereconhecimentoreconhecimento

AutoAuto--realizarealizaççãoão

Baixo Nível

Alto Nível

Trabalho criativo e desafiante, Diversidade e autonomia, Participação nas decisões

Responsabilidade por resultados, Orgulho e reconhecimento, Promoções

Amizade dos colegas, Interação com clientes, Chefe amigável

Condições seguras de trabalho, Remuneração e benefícios, Estabilidade no emprego

Intervalos de descanso, Con-forto físico, Horário de trabalho razoável

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Teoria ERG (ERC) – Alderfer

• Variação da teoria da Hierarquia de Maslow

• Somente três níveis de necessidades de motivação dos funcionários:– necessidade de existência (E): combinação

dos fatores fisiológicos e de segurança – necessidade de relacionamento (R): envolve

ser compreendido e aceito por pessoas– necessidade de crescimento (G): envolve o

desejo de auto-estima e de auto-realização44

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Comparando Maslow com ERG

Necessidades fisiolNecessidades fisiolóógicasgicas

ProteProteçção e seguranão e seguranççaa

SociaisSociais (Amor)(Amor)

AutoAuto--estimaestima eereconhecimentoreconhecimento

AutoAuto--realizarealizaççãoão CCrescimento

RRelacionamento

EExistência

ERGMaslow

Teoria dos Dois Fatores – Herzberg

Fatores de Fatores de HigieneHigiene

Estado neutro de motivação, satisfação e desempenho:

• políticas da empresa e administração;

• relacionamento com supervisores e pares;

• condições do ambiente e de trabalho;

•vida pessoal, status e segurança;

• relacionamento com subordinados;

• principal: salário.

Fatores Fatores MotivadoresMotivadores

• Geram satisfação no indivíduo

• Afetam a satisfação no trabalho

• Incitam indivíduos a desempenho superior

• Alto estado de motivação:

• realização;

• reconhecimento;

• responsabilidade;

• promoção, progresso;

• crescimento.

0Insatisfação Satisfação 46

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Teoria da Realização – McClelland

• Conhecida como Teoria das Necessidades Adquiridas:– certas necessidades são aprendidas e

socialmente adquiridas.

• McClelland classificou essas necessidades em 3 categorias:– Necessidades de realização– Necessidades de afiliação– Necessidades de poder

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Resumo das Hipóteses sobre Motivação Humana

Motivação: não tem causa única.Diversos motivos

Homem complexo

Motivação: realização interior.Satisfação íntima

Homem auto-realizador

Motivação: é o grupo.Reconhecimento e aceitação pelo grupo

Homem social

Motivação: perspectiva do ganho.Bens materiais

Homem econômico-racional

Teorias sobre Liderança

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Conceitos Iniciais

• Experiência de Hawthorne:– constatação da existência de líderes

informais;– controle sobre o comportamento do grupo;– trabalhadores: grupo social coeso e

integrado.

• Liderança: necessária e fundamental nas empresas

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Teorias sobre Liderança

• Há 3 grupos de teorias sobre liderança:

– Teorias de traços de personalidade

– Teorias sobre estilos de liderança

– Teorias Situacionais de Liderança

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Estilos de Liderança de RensisLikert

Sistema 1:Autoritário coercitivo

Sistema 4:

Participativo

Sistema 3:

Consultivo

Sistema 2:Autoritário benevolente

Maior probabilidade de haver alta

produtividade, boas relações no

trabalho e elevada rentabilidade

Maior probabilidade de ineficiência, de manter relações

ruins no trabalho e de se deparar com repetidas crises

financeiras

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Teorias sobre Liderança

AutocrAutocrááticotico ConsultivoConsultivo ParticipativoParticipativo

Liderança centralizada no chefe

Liderança centralizada nos subordinados

CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO

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Reflexão sobre o Enfoque Comportamental

• Muita ênfase nas pessoas• Abordagem mais descritiva e menos

prescritiva• Crítica ao modelo “autoridade x

obediência”• “Colaboração-consenso”: democrático e

humano• Novos conceitos sobre o homem e suas

motivações

Teoria de Sistemas

Fractais

Sistema SolarLudwig von Bertalanffy

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Conceitos Iniciais

• Complexidade:– grande número de problemas;– grande número de variáveis;– qual é a melhor solução?

• Soluções complexas para problemas complexos: – uso do Enfoque Sistêmico

• Soluções que consideram as diversas implicações simultaneamente

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Teoria de Sistemas

• Teoria Geral de Sistemas (TGS):– surgiu com os trabalhos do biólogo

alemão Ludwig von Bertalanffy (1901-1972)

• Abordagem sistêmica na TGA ocorreu somente a partir da década de 60

• Visão Holística: – visão do todo, totalidade.

• Conceito de Sinergia: – o todo é maior que a simples soma das partes.

• Conceito de Eqüifinalidade: – existem muitos caminhos que conduzem ao mesmo resultado.

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Teoria de Sistemas

• A necessidade de uma Visão Global da Organização:– é preciso ter em conta a totalidade dos

elementos de uma organização; – é preciso ter em conta o ambiente no qual a

organização está inserida; – é preciso que a informação circule num

sistema.

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Classificação quanto à interação

• Sistemas fechados– Sem intercâmbio com o ambiente externo

– Não existem sistemas totalmente fechados

– Saídas invariáveis

• Sistemas abertos (dinâmicos)– Têm intercâmbio com o ambiente externo– São influenciados e influenciam o ambiente pelas

entradas e saídas

– Adaptam-se para sobreviver

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Contribuições da Teoria de Sistemas

• A organização na Abordagem Sistêmica:– é um conjunto de partes inter-relacionadas e

interdependentes;– deve ser organizada de maneira a produzir

um todo unificado;– é um sistema aberto: influencia e é

influenciada pelo ambiente externo;– busca eficiência e eficácia.

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Eficiência X Eficácia

• Eficiência - fazer certo• Eficácia - fazer a coisa certa

• Eficiência - relacionada à capacidade operacional de realização das atividades previstas (Processos internos)

• Eficácia - relacionada aos resultados obtidos com o conjunto de atividades realizadas (Processos externos)

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Teoria de Sistemas

A organização como um sistema aberto

AMBIENTE

Estágio de Produto

Estágio de Insumo

• Matérias-primas• Capital e recursos• Recursos humanos

A organização obtéminsumos do seu

ambiente

Estágio de Conversão

• Maquinários• Computadores• Hab.humanas

A organizaçãotransforma insumos e adiciona valor a eles

• Bens• Serviços

A organizaçãolibera produtos para

o seu ambiente

Retroalimentação

A venda de produtos/serviços permite a obtenção de insumos

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Ambiente Organizacional

• Para conhecer uma organização: épreciso conhecer o contexto em que ela atua

• Ambiente: – tudo aquilo que envolve uma organização;– provoca mudanças nas organizações;– varia sempre, oferecendo oportunidades e

impondo ameaças às organizações.

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Ambiente Organizacional

• Ambiente Interno: – o que ocorre dentro da empresa e só diz

respeito a ela

• Ambiente Externo:– todos os fatores relevantes além dos limites

da empresa– Subdivide-se em:

• Ambiente Setorial

• Macroambiente

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Estrutura do Ambiente Organizacional

Macroambiente

Político-legal

Tecnologia

Internacional

Economia

Demografia Social e Natural

Ambiente Setorial

Organização

Distribuidores

Concorrentes Sindicatos

Fornecedores

Clientes

Ambiente Interno

Teoria da Contingência

B.F. Skinner

Henry Mintzberg

Tom Peters

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Administração por Contingências

• Um dos pioneiros foi B.F. Skinner em 1953: “Science and Human Behavior”

• Outros autores: Dill, Burns & Stalker, Chandler, Mintzberg e Tom Peters

• É a abordagem mais recente da TGA • O que os gestores fazem depende do

conjunto de circunstâncias que caracterizam cada situação

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Administração por Contingências

• Usa a experiência e a evidência: nem sempre a razão

• Não há nada absoluto nas organizações: tudo é relativo

• Características ambientais: ocasionam as características organizacionais

• Não há uma única melhor maneira de administrar: tudo “depende”

Teoria da Administração por Processos

DemmingJuran

Ishikawa

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Conceitos

• Início em 1924• Principais autores: Walter Shewart, W.E.

Deming, Joseph Juran, Kaoru Ishikawa• Foco principal: qualidade total• Desenho dos processos da organização• Busca pela eficácia organizacional• Departamentalização por processos

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Ciclo PDCA

• Melhoria contínua: Ciclo PDCA

• Plan (planejar)

• Do (executar)

• Check (verificar)

• Act (agir)

D

P

A

C

Walter Shewart, em 1930

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5 S’s

• Kaoru Ishikawa: 1950• A denominação "5S" é devido às cinco

palavras iniciadas pela letra "S", quando pronunciadas em japonês:– SEIRI: organização;– SEITON: arrumação;– SEISO: limpeza;– SEIKETSU: padronização;– SHITSUKE: disciplina.

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Diagrama de Ishikawa

• Espinha de peixe, ou causa-efeito ou dos 6 M’s

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Just-in-time e Kaizen

• Just-in-time ( JIT ): – redução de estoques;– ter a peça certa, no momento certo e na

quantidade certa.

• Kaizen (Melhoramento contínuo):– envolve todos, em qualquer ambiente;– focada na eliminação de perdas;– contínuo monitoramento dos processos:

utilização do ciclo PDCA.

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Kanban

• Kanban (Cartão): – é um registro visível ou placa

visível usada como meio decomunicação;

– informa ao processo-fornecedor exatamente o quê, quanto e quando produzir;

– finalidade: repor estoques com base na demanda.

Poka-

yoke

clássico: medidor

de crianças

em parques

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Qualidade Total

• O que é GQT? Interligação de áreas distintas como por exemplo: – Planejamento estratégico;– Marketing;

– Logística;– Recursos humanos;– Programas como o 5 S.

• Objetivo principal: eliminar falhas e satisfazertotalmente seus clientes

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Sistema Toyota

• 1910: primeira viagem de Sakichi Toyoda aos Estados Unidos

• A indústria japonesa da época:– ineficiente;– produtos de baixa qualidade;– altos índices de refugo / retrabalho e baixa

produtividade;– não podia trabalhar com elevados estoques de

matéria-prima e de produtos em processamento:• porque não havia condições financeiras para isto.

• 1937: fundada a Toyota Motor Co.

Administração Estratégica

Peter Drucker

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Conceitos Iniciais

• Principais autores e datas:– Peter Drucker: A prática da Administração

(1955)– Alfred Chandler: Estratégia e Estrutura (1962)– H.Igor Ansoff: Estratégia Empresarial (1965)– Raymond Miles e Charles Snow: Estratégia

Organizacional (1978)– Michael Porter: Estratégia Competitiva (1980)– Samuel Certo e Paul Peter: Administração

Estratégica (1989)80

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Importância

• Estratégia: palavra herdada dos gregos –designava a “arte dos generais”

• Assumir o controle sobre o destino• Enxergar oportunidades• Definir novos rumos para a organização• Introduzir a disciplina de pensar a longo prazo• Mobilizar recursos para um objetivo comum• Promover mudanças

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Situação Estratégica AtualSituação Estratégica Atual

Situação Estratégica DesejadaSituação Estratégica Desejada

PassadoPassado PresentePresente FuturoFuturo

Administração Estratégica

Novos modelos de organizações e de administração

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Novos modelos de organizações e de administração

• Globalização:– Aumento da integração econômica, social, cultural, política– Diminuição de barreiras– Acesso a tecnologias– Aumento da comunicação– Uso de mão-de-obra mais barata (países em desenvolvimento)

• Qualidade de vida: saúde, possibilidade de escolhas• Inovação: fator imprescindível• Nível tecnológico: diferencial de mercado• Competitividade:

– Concorrência acirrada– Margem cada vez menor

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Efeitos nas Organizações Contemporâneas

• Valorização dos novos elementos apresentados• Capital humano: pode valer mais que uma

tecnologia inédita• Valorização da comunicação• Pensamento sistêmico: integração para a

sinergia• Parcerias: para a sobrevivência• Certificações: provar a conformidade• Mudança como eixo de pensamento• Ética

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85

Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 85Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Administração Participativa

• Nasceu na Grécia, há mais de 2000 anos com a democracia

• É considerada como prática avançadanas empresas de hoje

• Valoriza a participação das pessoas nas decisões

• Aproveita o potencial dos colaboradores• Melhora o clima organizacional e o

desempenho das organizações86

Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 86Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Compartilhar decisões

Clientes

OrganizaçãoParticipativa

Outros

Funcio-nários

Fornece-dores

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 87Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Benchmarking

• Bench-mark: marca (o) de referência• Comparar e imitar as organizações que

façam algo bem-feito• Busca das melhores práticas da

administração: vantagem competitiva• A imitação das técnicas de administração:

tão antiga quanto as organizações

88

Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 88Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Benchmarking: metodologia

• Planejamento: definição das melhores práticas a serem copiadas

• Análise: coleta, estudo e interpretação dos dados do benchmarking

• Integração: definição das modificações• Ação: implementação• Maturidade: aprimoramento

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 89Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Reengenharia

• Michael Hammer (1990): “Reengenharia do trabalho: não automatize, destrua”

• Reformular a maneira de conduzir os negócios

• Deve-se reprojetar os processos e não somente automatizar da forma como estão projetados

• Reinventar a empresa: desafiar suas doutrinas, práticas e atividades

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 90Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Reengenharia: etapas

• Etapa 1: Identificar necessidades do cliente e objetivos do processo a ser “reengenheirado”

• Etapa 2: Mapear e medir o processo atual• Etapa 3: Analisar e modificar o processo

existente• Etapa 4: Fazer o benchmarking para

identificar alternativas• Etapa 5: Redesenhar o processo• Etapa 6: Implementar o novo processo e

monitorar os resultados

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 91Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Organizações Virtuais

• Derivam do grande avanço da tecnologia de informação

• Possibilidade de transmitir e receber informações entre locais distantes em tempo real

• Corporação virtual: soma de capacidades e conhecimentos

• Administração virtual: comunicação virtual entre a empresa e seus funcionários, clientes, fornecedores, filiais etc.

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 92Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Qualidade de Vida

• Mais ampla que as teorias tradicionais de motivação

• Visão holística do ser humano: bem-estarbiológico, psicológico e social

• Visão ética da condição humana: minimização de riscos ocupacionais (OHSAS 18000)

• Satisfação dos funcionários: quanto maior, mais alta é a qualidade de vida no trabalho

• Práticas da empresa: considerar o empregado como ser humano, não apenas como executor de tarefas

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 93Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Inteligência Emocional

• Há pessoas com QI (quociente de inteligência) elevado porém com dificuldades em lidar com os outros ou consigo próprias

• QI e inteligência emocional: entidades independentes (Daniel Goleman)

• Pessoas muito inteligentes, às vezes, fracassam no mundo dos negócios

• Sucesso ou fracasso dependem tanto ou mais da inteligência emocional do que da inteligência clássica do QI

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 94Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Inteligência Emocional: ingredientes

• Auto-conhecimento: compreensão de si próprio

• Autocontrole: manejo das emoções, com base no auto-conhecimento

• Auto-motivação: impulso interior para a realização

• Empatia: capacidade de entender as necessidades e interesses de outras pessoas

• Habilidades inter-pessoais: arte de relacionar-se positivamente com os outros

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 95Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Administração Empreendedora

• Entrepreneur - termo do economista francês Jean-Baptiste Say, por volta de 1800: – indivíduo que transfere recursos econômicos de um

setor de produtividade mais baixa para um de maior rendimento.

• Drucker: o empreendedor busca a mudança, convivendo com os riscos e incertezas das decisões

• Espírito empreendedor: exploração de oportunidades com disposição para enfrentar crises

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Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 96Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira

Empreendedor: dez mandamentosGifford Pinchot III

• Vá trabalhar disposto a ser demitido• Evite ordens que interrompam seu sonho• Execute qualquer tarefa para seu projeto funcionar• Encontre pessoas para ajudá-lo• Escolha as pessoas pela intuição e trabalhe somente

com as melhores• Trabalhe clandestinamente: evite a publicidade• É mais fácil pedir perdão que permissão• Seja leal às suas metas e realista para atingi-las• Honre seus patrocinadores• Sempre compartilhe suas recompensas

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Sustentabilidade

• Desenvolvimento sustentável• Ecoeficiência

• Responsabilidade Social• Governança Corporativa• Balanced Scorecard

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Conclusões

• Uso das teorias: de acordo com necessidades e oportunidades

• Teorias: blocos de construção, não respostas fixas (Gareth Morgan)

Administrador: conhecer para escolher e aplicar

Obrigada pela atenção e

Boa Sorte a Todos!!

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Bibliografia• BATEMAN, T. S., SNELL S. A. Administração: construindo

vantagem competitiva. São Paulo: Atlas: 1998. 539 p.• CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 6. ed. Rio de

Janeiro: Campus, 1999.• FAYOL, H. Administração industrial e geral: Previsão,

Organização, Comando, Coordenação e Controle. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 144 p.

• FERREIRA, A.A.; REIS, A.C.F.; PEREIRA, M.I. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 2002.

• GOLEMAN, D. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

• MAXIMINIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração: da Escola Científica à competitividade na economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.

• TAYLOR, F.W. Princípios de administração científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990. 112 p.