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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E LIMINARES LIMINARES Juliana Furtado Costa Araujo Juliana Furtado Costa Araujo Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP Doutora em Direito Tributário pela PUC/SP Procuradora da Fazenda Nacional Procuradora da Fazenda Nacional

Aula 23 03-13 - mód. iii

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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E

LIMINARES LIMINARES

SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E CRÉDITO TRIBUTÁRIO, MS E

LIMINARES LIMINARES

Juliana Furtado Costa AraujoJuliana Furtado Costa Araujo

Doutora em Direito Tributário pela PUC/SPDoutora em Direito Tributário pela PUC/SP

Procuradora da Fazenda NacionalProcuradora da Fazenda Nacional

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Processo de positivação Processo de positivação Processo de positivação Processo de positivação

Competência constitucional Competência constitucional

Exercício da competência Exercício da competência

Produção da RMIT

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H = Cm + Ce + Ct

Cst = Cp (Sa + Sp) + Cq (Bc+Al)

DSNorma

Sa Sa SpSpRelação Jurídica ........

Relação Jurídica ........

$$direitodireito deverdever

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Processo de positivaçãoProcesso de positivação

Crédito tributário Crédito tributário

““Direito subjetivo de que é portador o Direito subjetivo de que é portador o sujeito ativo de uma obrigação tributaria sujeito ativo de uma obrigação tributaria

e que lhe permite exigir o objeto e que lhe permite exigir o objeto prestacional, representado por uma prestacional, representado por uma

importância em dinheiro” importância em dinheiro”

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Processo de positivaçãoProcesso de positivação

Linguagem competente para Linguagem competente para constituição da relação jurídica constituição da relação jurídica tributária (Obrigação – crédito x débito): tributária (Obrigação – crédito x débito):

Lançamento de ofícioLançamento de ofícioLançamento por homologaçãoLançamento por homologaçãoLançamento por declaração. Lançamento por declaração.

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Processo de positivaçãoProcesso de positivação

Constituição do CT pelo contribuinte Constituição do CT pelo contribuinte ou pela administração, com ou sem ou pela administração, com ou sem participação do contribuinte. participação do contribuinte.

Necessidade de notificação ao Necessidade de notificação ao sujeito passivo do lançamento e sujeito passivo do lançamento e notificação ao fisco da norma notificação ao fisco da norma produzida pelo sujeito passivo.produzida pelo sujeito passivo.

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Processo de positivaçãoProcesso de positivação

Inexistência de pagamento por parte Inexistência de pagamento por parte do sujeito passivo – continuação do do sujeito passivo – continuação do processo de positivação: processo de positivação:

Inscrição em dívida ativa e ajuizamento Inscrição em dívida ativa e ajuizamento da execução fiscal (ação exacional). da execução fiscal (ação exacional).

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Processo de positivaçãoProcesso de positivação

Exigibilidade: direito do credor de postular o Exigibilidade: direito do credor de postular o objeto da obrigação.objeto da obrigação.

Exigibilidade do crédito: maior será sua Exigibilidade do crédito: maior será sua exigibilidade quanto maior for a evolução do exigibilidade quanto maior for a evolução do processo de positivação no caminho de sua processo de positivação no caminho de sua extinção. extinção.

Quanto maior a possibilidade de exigência do Quanto maior a possibilidade de exigência do crédito pelo Poder Judiciário, maior a crédito pelo Poder Judiciário, maior a exigibilidade do crédito. exigibilidade do crédito.

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Suspensão da exigibilidadeSuspensão da exigibilidade

Norma que inibe o processo de Norma que inibe o processo de positivação. positivação.

Dois momentos:Dois momentos:

1.1. Impede o nascimento da própria Impede o nascimento da própria relação jurídica (inibe a incidência da relação jurídica (inibe a incidência da NGA) NGA)

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Suspensão da exigibilidadeSuspensão da exigibilidade

2. Impede a produção de efeitos da 2. Impede a produção de efeitos da relação jurídica já constituídarelação jurídica já constituída

Interrompe prazo prescricional. Interrompe prazo prescricional.

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Hipóteses de Suspensão da Hipóteses de Suspensão da exigibilidadeexigibilidade

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:                I - moratória;I - moratória;                II - o depósito do seu montante integral;II - o depósito do seu montante integral;                III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis

reguladoras do processo tributário administrativo;reguladoras do processo tributário administrativo;                IV - a concessão de medida liminar em mandado de IV - a concessão de medida liminar em mandado de

segurança.segurança.                V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada,

em outras espécies de ação judicial;          em outras espécies de ação judicial;           VI – o parcelamento. VI – o parcelamento. Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o

cumprimento das obrigações assessórios dependentes da cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.conseqüentes.

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Hipóteses de Suspensão da Hipóteses de Suspensão da exigibilidadeexigibilidade

• Seria o art. 151 do CTN taxativo?Seria o art. 151 do CTN taxativo?

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Hipóteses de Suspensão da Hipóteses de Suspensão da exigibilidadeexigibilidade

PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. ART. 151, V, DO CTN. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. ART. 151, V, DO CTN. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. SENTENÇA DE MÉRITO CONFIRMADA PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DO CRÉDITO. SENTENÇA DE MÉRITO CONFIRMADA PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PENDÊNCIA DE RECURSO AO QUAL NÃO FOI AGREGADO EFEITO SUSPENSIVO.PENDÊNCIA DE RECURSO AO QUAL NÃO FOI AGREGADO EFEITO SUSPENSIVO.I - Trata-se, originariamente, de Mandado de Segurança impetrado para garantir o I - Trata-se, originariamente, de Mandado de Segurança impetrado para garantir o

reconhecimento da suspensão de suposto crédito tributário, cuja exigibilidade foi afastada reconhecimento da suspensão de suposto crédito tributário, cuja exigibilidade foi afastada em outra ação de cunho declaratório em que a sentença favorável ao contribuinte restou em outra ação de cunho declaratório em que a sentença favorável ao contribuinte restou confirmada pelo Tribunal de Justiça Estadual, pendente de julgamento, consoante consta confirmada pelo Tribunal de Justiça Estadual, pendente de julgamento, consoante consta

dos autos, agravo de instrumento em trâmite perante o Colendo Supremo Tribunal Federal.dos autos, agravo de instrumento em trâmite perante o Colendo Supremo Tribunal Federal.II - Houve necessidade da ora Recorrida impetrar a ação mandamental porque a Fazenda II - Houve necessidade da ora Recorrida impetrar a ação mandamental porque a Fazenda

Pública Estadual optou pela constituição de crédito fiscal absolutamente inexigível em face Pública Estadual optou pela constituição de crédito fiscal absolutamente inexigível em face das circunstâncias retromencionadas.das circunstâncias retromencionadas.

III - Com efeito, consoante ressaltado no parecer lançado nos autos pelo Ministério Público III - Com efeito, consoante ressaltado no parecer lançado nos autos pelo Ministério Público Federal, se o art. 151, V, do CTN autoriza a suspensão da exigibilidade do crédito tributário Federal, se o art. 151, V, do CTN autoriza a suspensão da exigibilidade do crédito tributário

ante o deferimento de medida liminar ou concessão de tutela antecipada "em outras ante o deferimento de medida liminar ou concessão de tutela antecipada "em outras espécies de ação judicial.", e estas medidas revestem-se de absoluta precariedade, maior espécies de ação judicial.", e estas medidas revestem-se de absoluta precariedade, maior

razão ainda para se suspender a exigência do suposto crédito em face de sentença razão ainda para se suspender a exigência do suposto crédito em face de sentença definitiva confirmada pela Corte ad quem, que afastou a legalidade da imposição fiscal.definitiva confirmada pela Corte ad quem, que afastou a legalidade da imposição fiscal.

IV - Recurso Especial improvido.IV - Recurso Especial improvido.(REsp 730.655/RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em (REsp 730.655/RS, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em

07.02.2006, DJ 06.03.2006 p. 210)07.02.2006, DJ 06.03.2006 p. 210)

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Hipóteses de Suspensão da Hipóteses de Suspensão da exigibilidadeexigibilidade

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. FUNDO ESPECIAL. MANDADO DE SEGURANÇA. FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS. COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.DÉBITOS. COMPENSAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

4. Todavia, as hipóteses de suspensão da exigibilidade 4. Todavia, as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário estão elencadas, de forma do crédito tributário estão elencadas, de forma taxativa, no art. 151 do CTN, sendo defeso ao taxativa, no art. 151 do CTN, sendo defeso ao intérprete ampliar a sua previsibilidade.intérprete ampliar a sua previsibilidade.

5. Recurso especial não-provido.5. Recurso especial não-provido.(REsp 850.332/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, (REsp 850.332/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO,

PRIMEIRA TURMA, julgado em 21.11.2006, DJ PRIMEIRA TURMA, julgado em 21.11.2006, DJ 14.12.2006 p. 303)14.12.2006 p. 303)

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MoratóriaMoratória

Dilatação de prazo para o Dilatação de prazo para o adimplemento da obrigação tributária. adimplemento da obrigação tributária.

É um acordo entre fisco e contribuinte É um acordo entre fisco e contribuinte que depende de lei.que depende de lei.

Não é novação. Não é novação.

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MoratóriaMoratória

Espécies de moratória:Espécies de moratória:a.a.GeralGeralb.b.IndividualIndividualPode ser circunscrita a determinada Pode ser circunscrita a determinada

região do território nacional ou a um região do território nacional ou a um grupo determinado de pessoas. grupo determinado de pessoas.

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MoratóriaMoratória

Competência: art. 152 do CTNCompetência: art. 152 do CTN

Pessoa jurídica que tem a competência Pessoa jurídica que tem a competência para instituir o tributo. para instituir o tributo.

União Federal – moratória heterônoma. União Federal – moratória heterônoma.

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MoratóriaMoratória

Requisitos Requisitos Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize

sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:de outros requisitos:

                I - o prazo de duração do favor;I - o prazo de duração do favor;                II - as condições da concessão do favor em caráter individual;II - as condições da concessão do favor em caráter individual;                III - sendo caso:III - sendo caso:                a) os tributos a que se aplica;a) os tributos a que se aplica;                b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do

prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;concessão em caráter individual;

                c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.caso de concessão em caráter individual.

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MoratóriaMoratória

Art. 154 do CTN – Salvo disposição de lei em Art. 154 do CTN – Salvo disposição de lei em contrário, moratória restrita aos créditos já contrário, moratória restrita aos créditos já definitivamente constituídos ou cujo definitivamente constituídos ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.passivo.

Não há o benefício da moratória para quem Não há o benefício da moratória para quem age com dolo, fraude ou simulação age com dolo, fraude ou simulação (parágrafo único). (parágrafo único).

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MoratóriaMoratória

Descumprimento da moratória – art. 155 do Descumprimento da moratória – art. 155 do CTN. CTN.

Possibilidade de anulação da moratória Possibilidade de anulação da moratória conferida em caráter individual a qualquer conferida em caráter individual a qualquer tempo. tempo.

Não gera direito adquirido.Não gera direito adquirido. Com dolo – cobrança do crédito, juros e Com dolo – cobrança do crédito, juros e

imposição de penalidade, não correndo o imposição de penalidade, não correndo o prazo prescricional. prazo prescricional.

Sem dolo – cobrança do crédito, juros, sem Sem dolo – cobrança do crédito, juros, sem imposição de penalidade e corre o prazo imposição de penalidade e corre o prazo prescricional. prescricional.

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ParcelamentoParcelamento

Espécie de moratória.Espécie de moratória.Necessita de lei.Necessita de lei.Não exclui a incidência de juros e Não exclui a incidência de juros e

multa.multa.Aplicação subsidiária dos dispositivos Aplicação subsidiária dos dispositivos

relativos a moratória. relativos a moratória.

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PARCELAMENTOPARCELAMENTO

Parcelamento para empresa em Parcelamento para empresa em recuperação judicial: art. 155 – A , recuperação judicial: art. 155 – A , parágrafos 3° e 4º. parágrafos 3° e 4º.

Necessidade de lei específica ou, na Necessidade de lei específica ou, na sua ausência, uso da lei geral de sua ausência, uso da lei geral de parcelamentos do ente tributante, não parcelamentos do ente tributante, não podendo o prazo ser inferior ao podendo o prazo ser inferior ao estabelecido pela lei federal específicaestabelecido pela lei federal específica. .

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DepósitoDepósito

Na esfera administrativa ou judicial. Na esfera administrativa ou judicial. Preparatório ou incidental.Preparatório ou incidental.Sempre integral.(montante que o sujeito Sempre integral.(montante que o sujeito

ativo entende devido) ativo entende devido) Exclui a fluência de juros, multa e Exclui a fluência de juros, multa e

correção.correção.A critério da parte.A critério da parte.

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DepósitoDepósito

Rito da Lei 9703/98 - valor depositado Rito da Lei 9703/98 - valor depositado em conta única do tesouro.em conta única do tesouro.

Se julgada procedente a ação – Se julgada procedente a ação – devolução do valor, acrescido de taxa devolução do valor, acrescido de taxa selic. selic.

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DepósitoDepósito

• Depósito recursal ou arrolamento de Depósito recursal ou arrolamento de bens – imposição para recorrer.bens – imposição para recorrer.

• ADI 1976/DFADI 1976/DF

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DepósitoDepósito

Objetivos do depósito:Objetivos do depósito:a) impedir que o devedor fique em mora;a) impedir que o devedor fique em mora;b) impedir a propositura da execução b) impedir a propositura da execução

fiscal;fiscal;c) espécie de caução para deferimento de c) espécie de caução para deferimento de

liminar (divergência doutrinária) ( Lei liminar (divergência doutrinária) ( Lei 12.016/2009, art. 7) 12.016/2009, art. 7)

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DepósitoDepósito

Pode o depósito ser levantado a Pode o depósito ser levantado a qualquer tempo?qualquer tempo?

E no caso de ação julgada sem E no caso de ação julgada sem apreciação do mérito?apreciação do mérito?

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DepósitoDepósito

REsp 774.739/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA REsp 774.739/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15.04.2008, DJ 14.05.2008 p. 1TURMA, julgado em 15.04.2008, DJ 14.05.2008 p. 1

O depósito do montante integral (inciso II, do artigo 151, O depósito do montante integral (inciso II, do artigo 151, do CTN) é causa suspensiva da exigibilidade que ostenta do CTN) é causa suspensiva da exigibilidade que ostenta um plus: obsta o fluxo da correção monetária, constituindo um plus: obsta o fluxo da correção monetária, constituindo garantia da satisfação da pretensão executiva do sujeito garantia da satisfação da pretensão executiva do sujeito ativo, em favor de quem os valores depositados serão ativo, em favor de quem os valores depositados serão convertidos em renda com a obtenção de decisão convertidos em renda com a obtenção de decisão favorável definitiva legitimadora do crédito tributário favorável definitiva legitimadora do crédito tributário discutido (artigo 156, VI, do CTN). discutido (artigo 156, VI, do CTN). Em caso de vitória do Em caso de vitória do contribuinte, os valores depositados serão por ele contribuinte, os valores depositados serão por ele levantados após o trânsito em julgado da demanda. levantados após o trânsito em julgado da demanda.

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DepósitoDepósito

REsp 901.052/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, REsp 901.052/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13.02.2008, DJ PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13.02.2008, DJ 03.03.2008 p. 103.03.2008 p. 1

1. "Com o julgamento dos Embargos de Divergência no 1. "Com o julgamento dos Embargos de Divergência no Recurso Especial 479.725/BA (Relator Ministro José Recurso Especial 479.725/BA (Relator Ministro José Delgado), firmou-se, na Primeira Seção do Superior Delgado), firmou-se, na Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de que, Tribunal de Justiça, o entendimento de que, na hipótese na hipótese de extinção do mandado de segurança sem julgamento de extinção do mandado de segurança sem julgamento de mérito, em face da ilegitimidade passiva da autoridade de mérito, em face da ilegitimidade passiva da autoridade apontada como coatora, os depósitos efetuados pelo apontada como coatora, os depósitos efetuados pelo contribuinte para suspender a exigibilidade do crédito contribuinte para suspender a exigibilidade do crédito tributário devem ser convertidos em renda da Fazenda tributário devem ser convertidos em renda da Fazenda Pública"Pública" (AgRg no Ag 756.416/SP, Rel. Min. João Otávio (AgRg no Ag 756.416/SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJU de 10.08.06).de Noronha, DJU de 10.08.06).

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DepósitoDepósito

• 2. Em regra, no caso de extinção do feito sem resolução 2. Em regra, no caso de extinção do feito sem resolução do mérito, o depósito deve ser repassado aos cofres do mérito, o depósito deve ser repassado aos cofres públicos, ante o insucesso da pretensão, públicos, ante o insucesso da pretensão, a menos que se a menos que se cuide de tributo claramente indevido, como no caso de cuide de tributo claramente indevido, como no caso de declaração de inconstitucionalidade com efeito vinculante, declaração de inconstitucionalidade com efeito vinculante, ou ainda, por não ser a Fazenda Pública litigante o titular ou ainda, por não ser a Fazenda Pública litigante o titular do crédito.do crédito. No caso, cuida-se de mandado de segurança No caso, cuida-se de mandado de segurança impetrado contra a exigência da contribuição para o impetrado contra a exigência da contribuição para o Finsocial, após a instituição da contribuição social sobre o Finsocial, após a instituição da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas (CSLL), cuja lucro das pessoas jurídicas (CSLL), cuja inconstitucionalidade jamais foi reconhecida pelo STF.inconstitucionalidade jamais foi reconhecida pelo STF.

• 3. Recurso especial provido”.3. Recurso especial provido”.

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DEPÓSITODEPÓSITO

Em havendo depósito está o sujeito Em havendo depósito está o sujeito ativo impossibilitado de proceder ao ativo impossibilitado de proceder ao lançamento? lançamento?

O depósito constitui o crédito tributário O depósito constitui o crédito tributário no caso de lançamento por no caso de lançamento por homologação?homologação?

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DepósitoDepósito

““REsp 464.343/DF, SEGUNDA TURMA, DJ REsp 464.343/DF, SEGUNDA TURMA, DJ 30.03.200630.03.2006

- O depósito do montante integral suspende a - O depósito do montante integral suspende a exigibilidade do crédito tributário impugnado, exigibilidade do crédito tributário impugnado, nos termos do art. 151, II, do CTN, mas nos termos do art. 151, II, do CTN, mas não não impede que a Fazenda proceda ao impede que a Fazenda proceda ao lançamento e, muito menos, que se lançamento e, muito menos, que se abstenha de lavrar novas autuações sob o abstenha de lavrar novas autuações sob o mesmo fundamento, paralisando apenas a mesmo fundamento, paralisando apenas a execução do crédito controvertido.execução do crédito controvertido.

--

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Depósito Depósito

EREsp 898992/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA EREsp 898992/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08.08.2007, DJ 27.08.2007 p. 186SEÇÃO, julgado em 08.08.2007, DJ 27.08.2007 p. 186

1. Com o depósito do montante integral tem-se verdadeiro 1. Com o depósito do montante integral tem-se verdadeiro lançamento por homologação. O contribuinte calcula o valor do lançamento por homologação. O contribuinte calcula o valor do tributo e substitui o pagamento antecipado pelo depósito, por tributo e substitui o pagamento antecipado pelo depósito, por entender indevida a cobrança. Se a Fazenda aceita como entender indevida a cobrança. Se a Fazenda aceita como integral o depósito, para fins de suspensão da exigibilidade do integral o depósito, para fins de suspensão da exigibilidade do crédito, aquiesceu expressa ou tacitamente com o valor crédito, aquiesceu expressa ou tacitamente com o valor indicado pelo contribuinte, o que equivale à homologação fiscal indicado pelo contribuinte, o que equivale à homologação fiscal prevista no art. 150, § 4º, do CTN.prevista no art. 150, § 4º, do CTN.

2. Uma vez ocorrido o lançamento tácito, encontra-se constituído o 2. Uma vez ocorrido o lançamento tácito, encontra-se constituído o crédito tributário, razão pela qual não há mais falar no crédito tributário, razão pela qual não há mais falar no transcurso do prazo decadencial nem na necessidade de transcurso do prazo decadencial nem na necessidade de lançamento de ofício das importâncias depositadas.lançamento de ofício das importâncias depositadas.

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DepósitoDepósito

3. "No lançamento por homologação, o contribuinte, ocorrido o fato 3. "No lançamento por homologação, o contribuinte, ocorrido o fato gerador, deve calcular e recolher o montante devido, independente de gerador, deve calcular e recolher o montante devido, independente de provocação. Se, em vez de efetuar o recolhimento simplesmente, provocação. Se, em vez de efetuar o recolhimento simplesmente, resolve questionar judicialmente a obrigação tributária, efetuando o resolve questionar judicialmente a obrigação tributária, efetuando o depósito, este faz as vezes do recolhimento, sujeito, porém, à decisão depósito, este faz as vezes do recolhimento, sujeito, porém, à decisão final transitada em julgado. Não há que se dizer que o decurso do final transitada em julgado. Não há que se dizer que o decurso do prazo decadencial, durante a demanda, extinga o crédito tributário, prazo decadencial, durante a demanda, extinga o crédito tributário, implicando a perda superveniente do objeto da demanda e o direito ao implicando a perda superveniente do objeto da demanda e o direito ao levantamento do depósito. Tal conclusão seria equivocada, pois o levantamento do depósito. Tal conclusão seria equivocada, pois o depósito, que é predestinado legalmente à conversão em caso de depósito, que é predestinado legalmente à conversão em caso de improcedência da demanda, em se tratando de tributo sujeito a improcedência da demanda, em se tratando de tributo sujeito a lançamento por homologação, equipara-se ao pagamento no que diz lançamento por homologação, equipara-se ao pagamento no que diz respeito ao cumprimento das obrigações do contribuinte, sendo que o respeito ao cumprimento das obrigações do contribuinte, sendo que o decurso do tempo sem lançamento de ofício pela autoridade implica decurso do tempo sem lançamento de ofício pela autoridade implica lançamento tácito no montante exato do depósito" (Leandro Paulsen, lançamento tácito no montante exato do depósito" (Leandro Paulsen, "Direito Tributário", Livraria do Advogado, 7ª ed, p. 1227)."Direito Tributário", Livraria do Advogado, 7ª ed, p. 1227).

4. Embargos de divergência não providos”.4. Embargos de divergência não providos”.

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Depósito x FiançaDepósito x Fiança

• Fiança bancária suspende a Fiança bancária suspende a exigibilidade do crédito tributário?exigibilidade do crédito tributário?

REsp 873.067/SP, Rel. Ministro REsp 873.067/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07.11.2006, DJ TURMA, julgado em 07.11.2006, DJ 14.12.2006 p. 32314.12.2006 p. 323

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Depósito x Fiança Depósito x Fiança

““I - A suspensão da exigibilidade do crédito tributário I - A suspensão da exigibilidade do crédito tributário só pode ocorrer mediante o depósito, em dinheiro, só pode ocorrer mediante o depósito, em dinheiro, do montante integral devido, nos exatos termos do do montante integral devido, nos exatos termos do art. 151, II, do CTN.art. 151, II, do CTN.

II - Tendo o contribuinte se valido da fiança bancária II - Tendo o contribuinte se valido da fiança bancária e não de montante em dinheiro na integralidade do e não de montante em dinheiro na integralidade do débito, não se satisfazem as exigências impostas débito, não se satisfazem as exigências impostas pelo legislador. Precedentes: REsp nº 304.843/PR, pelo legislador. Precedentes: REsp nº 304.843/PR, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 11/06/2001 e Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 11/06/2001 e REsp nº 448.308/RJ, Rel. Min. FRANCISCO REsp nº 448.308/RJ, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJ de 01/07/2005”.FALCÃO, DJ de 01/07/2005”.

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Depósito x fiançaDepósito x fiança

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MEDIDA CAUTELAR PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. SUBSTITUIÇÃO DO DEPÓSITO INTEGRAL DO INOMINADA. SUBSTITUIÇÃO DO DEPÓSITO INTEGRAL DO MONTANTE DEVIDO POR FIANÇA BANCÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. MONTANTE DEVIDO POR FIANÇA BANCÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. INAPLICABILIDADE DO ART. 15, I, DA LEI N. 6.830/80. INCIDÊNCIA INAPLICABILIDADE DO ART. 15, I, DA LEI N. 6.830/80. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 112 DESTA CORTE.DA SÚMULA N. 112 DESTA CORTE.

3. Não há que se falar em substituição do depósito integral do montante 3. Não há que se falar em substituição do depósito integral do montante da exação devida por fiança bancária, visto que esta última não está da exação devida por fiança bancária, visto que esta última não está prevista nas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito prevista nas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário previstas no art. 151 do CTN, razão pela qual aplica-se ao tributário previstas no art. 151 do CTN, razão pela qual aplica-se ao caso o Enunciado Sumular n. 112 desta Corte: "O depósito somente caso o Enunciado Sumular n. 112 desta Corte: "O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro".dinheiro".

4. Agravo regimental não-provido.4. Agravo regimental não-provido.(AgRg no REsp 1046930/ES, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL (AgRg no REsp 1046930/ES, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL

MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/03/2009, DJe MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/03/2009, DJe 25/03/2009)25/03/2009)

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Caução x Art. 151Caução x Art. 151

• PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSOS ESPECIAIS. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSOS ESPECIAIS. OFERECIMENTO DE CAUÇÃO PARA OBTENÇÃO DE CERTIDÃO OFERECIMENTO DE CAUÇÃO PARA OBTENÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA. POSSIBILIDADE. POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA. POSSIBILIDADE. PRETENDIDA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO PRETENDIDA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO MEDIANTE OFERECIMENTO DE CAUÇÃO EM AÇÃO TRIBUTÁRIO MEDIANTE OFERECIMENTO DE CAUÇÃO EM AÇÃO CAUTELAR. IMPOSSIBILIDADE. CAUTELAR. IMPOSSIBILIDADE.

• 1. A Primeira Seção desta Corte, ao apreciar os EREsp 815.629/RS 1. A Primeira Seção desta Corte, ao apreciar os EREsp 815.629/RS (Rel. Min. José Delgado, Rel. p/ acórdão Min. Eliana Calmon, DJ de (Rel. Min. José Delgado, Rel. p/ acórdão Min. Eliana Calmon, DJ de 6.11.2006), firmou orientação no sentido de que "é possível ao 6.11.2006), firmou orientação no sentido de que "é possível ao contribuinte, após o vencimento da sua obrigação e antes da contribuinte, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, garantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter execução, garantir o juízo de forma antecipada, para o fim de obter certidão positiva com efeito de negativa (art. 206 CTN)".certidão positiva com efeito de negativa (art. 206 CTN)".

• 2. É juridicamente impossível o pedido de suspensão da exigibilidade 2. É juridicamente impossível o pedido de suspensão da exigibilidade do crédito tributário fora das hipóteses previstas no art. 151 do CTN, do crédito tributário fora das hipóteses previstas no art. 151 do CTN, mediante simples oferecimento de caução em ação cautelar.mediante simples oferecimento de caução em ação cautelar.

• (REsp 870.566/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA (REsp 870.566/RS, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2008, DJe 11/02/2009)TURMA, julgado em 18/12/2008, DJe 11/02/2009)

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 Reclamações e recursos Reclamações e recursos

administrativos administrativos

Impugnação do lançamento realizado.Impugnação do lançamento realizado. Impossibilidade de inscrição do crédito Impossibilidade de inscrição do crédito

tributário em dívida ativa e ajuizamento tributário em dívida ativa e ajuizamento da execução fiscal. da execução fiscal.

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Liminar em MSLiminar em MS

Objetivo:Objetivo: Impedir provisoriamente o ciclo de Impedir provisoriamente o ciclo de

positivação do direito tributário.positivação do direito tributário.Acautelar a ação mandamental.Acautelar a ação mandamental.

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Liminar em MSLiminar em MS

Requisitos para sua concessão:Requisitos para sua concessão:Periculum in moraPericulum in mora – evitar dano – evitar dano

irreparável dada a demora na prestação irreparável dada a demora na prestação jurisdicional. jurisdicional.

Fumus boni jurisFumus boni juris – jurisdicização da – jurisdicização da dúvida relativa a presunção de dúvida relativa a presunção de legalidade do ato coator. legalidade do ato coator.

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Liminar em MSLiminar em MS

Constituição do crédito dada a Constituição do crédito dada a presença de liminar:presença de liminar:

Divergência doutrinária Divergência doutrinária Lançamento é atividade vinculada e Lançamento é atividade vinculada e

obrigatória (art. 142, parágrafo único obrigatória (art. 142, parágrafo único do CTN). do CTN).

Impedida apenas a cobrança.Impedida apenas a cobrança.

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Liminar em MSLiminar em MS

Conseqüência: Conseqüência: Enquanto vigorar a liminar Enquanto vigorar a liminar pode pode

constituir o créditoconstituir o crédito e não pode exigi- e não pode exigi-lo, se já constituído. lo, se já constituído.

Salvo se a decisão ressalvar esta possibilidade

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Liminar em MSLiminar em MS

• Lei nº 9430/96Lei nº 9430/96• Art. 63. Não caberá lançamento de multa de Art. 63. Não caberá lançamento de multa de

ofício na constituição do crédito tributário ofício na constituição do crédito tributário destinada a prevenir a decadência, relativo a destinada a prevenir a decadência, relativo a tributos e contribuições de competência da tributos e contribuições de competência da União, cuja exigibilidade houver sido União, cuja exigibilidade houver sido suspensa na forma do suspensa na forma do inciso IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.          

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Liminar em MSLiminar em MS

TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. PRAZO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA. PRAZO QÜINQÜENAL. MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA QÜINQÜENAL. MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE.LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE.

3. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial 3. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do direito de lançar.para prevenir a decadência do direito de lançar.

4. Embargos de divergência providos.4. Embargos de divergência providos.(EREsp 572603/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA (EREsp 572603/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA

SEÇÃO, julgado em 08.06.2005, DJ 05.09.2005 p. 199)SEÇÃO, julgado em 08.06.2005, DJ 05.09.2005 p. 199)

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Liminar em MSLiminar em MS

Não é necessária garantia do juízo para Não é necessária garantia do juízo para fins de concessão de liminar. fins de concessão de liminar.

Entendimento de que seria possível em Entendimento de que seria possível em situações excepcionais, de grave lesão, situações excepcionais, de grave lesão, com impossibilidade de ressarcimento. com impossibilidade de ressarcimento.

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Liminar em MSLiminar em MS

Cassação da liminar Cassação da liminar Retorno ao Retorno ao status quostatus quo anterior ? anterior ? Há exigência de multa, juros e Há exigência de multa, juros e

correção? correção?

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Liminar ou tutela Liminar ou tutela

• Esfera federal – Lei nº 9430/96Esfera federal – Lei nº 9430/96• Art. 63 - ...Art. 63 - ...• § 2º A interposição da ação judicial § 2º A interposição da ação judicial

favorecida com a medida liminar favorecida com a medida liminar interrompe a incidência da multa de mora, interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida judicial, até desde a concessão da medida judicial, até 30 dias após a data da publicação da 30 dias após a data da publicação da decisão judicial que considerar devido o decisão judicial que considerar devido o tributo ou contribuição.tributo ou contribuição.

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Liminar ou tutela Liminar ou tutela

REsp 675.192/MG, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA REsp 675.192/MG, Rel. Ministra DENISE ARRUDA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17.05.2007, DJ 14.06.2007 p. 254. TURMA, julgado em 17.05.2007, DJ 14.06.2007 p. 254.

1. Constituindo o deferimento de pedido liminar decisão proferida 1. Constituindo o deferimento de pedido liminar decisão proferida em sede de cognição sumária, podendo ter natureza cautelar em sede de cognição sumária, podendo ter natureza cautelar ou antecipatória, a sua posterior cassação sujeita o requerente ou antecipatória, a sua posterior cassação sujeita o requerente à eficácia retroativa da decisão contrária. Assim, "denegado o à eficácia retroativa da decisão contrária. Assim, "denegado o mandado de segurança pela sentença, ou no julgamento do mandado de segurança pela sentença, ou no julgamento do agravo, dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, agravo, dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária" (Súmula 405/STF).retroagindo os efeitos da decisão contrária" (Súmula 405/STF).

2. Na hipótese, 2. Na hipótese, os recorridos devem arcar com as conseqüências os recorridos devem arcar com as conseqüências inerentes à cassação da liminar anteriormente deferida, em inerentes à cassação da liminar anteriormente deferida, em virtude da denegação da segurança, sujeitando-se aos virtude da denegação da segurança, sujeitando-se aos encargos relativos ao não-recolhimento, ou mesmo ao encargos relativos ao não-recolhimento, ou mesmo ao recolhimento em atraso da exação fiscal em comento.recolhimento em atraso da exação fiscal em comento.

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MSMS

Requisitos:Requisitos:Existência de ato ou ameaça de ato Existência de ato ou ameaça de ato

ilegalilegalPossibilidade de pré-constituição Possibilidade de pré-constituição

probatória. probatória.

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MSMS

Preventivo – anterior a constituição do Preventivo – anterior a constituição do crédito tributário (sentença declaratória-crédito tributário (sentença declaratória-mandamental)mandamental)

Obsta a constituição do lançamentoObsta a constituição do lançamentoRepressivo – após a constituição do Repressivo – após a constituição do

crédito tributário (sentença crédito tributário (sentença desconstitutiva-mandamental) desconstitutiva-mandamental)

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MSMS

Condições da ação: Condições da ação: Ato coator da autoridade pública já Ato coator da autoridade pública já

traduzido em linguagem ou não traduzido em linguagem ou não (viabilidade de ser produzido). (viabilidade de ser produzido).

Direito líquido e certo. Direito líquido e certo. MS preventivo: provar a condição de MS preventivo: provar a condição de

potencial contribuinte. potencial contribuinte.

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MSMS

Objetivo do MS:Objetivo do MS:Desconstituir a presunção de legalidade Desconstituir a presunção de legalidade

do ato da autoridade pública. do ato da autoridade pública.

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MS e outras ações antiexacionais MS e outras ações antiexacionais em matéria tributáriaem matéria tributária

Para cada fase do processo de Para cada fase do processo de positivação há uma ação cabível.positivação há uma ação cabível.

Antes da constituição do crédito Antes da constituição do crédito tributário – ações preventivastributário – ações preventivas

Posteriores a constituição do crédito Posteriores a constituição do crédito tributário – ações repressivas. tributário – ações repressivas.

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MS e outras ações antiexacionais MS e outras ações antiexacionais em matéria tributáriaem matéria tributária

Ações preventivas – MS preventivo e Ações preventivas – MS preventivo e ação declaratória.ação declaratória.

Ações repressivas – MS repressivo, Ações repressivas – MS repressivo, ação anulatória e embargos a ação anulatória e embargos a execução. execução.

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MS e outras ações antiexacionais MS e outras ações antiexacionais em matéria tributáriaem matéria tributária

MS preventivo X ação declaratóriaMS preventivo X ação declaratória

• MS não se limita a veicular regra de MS não se limita a veicular regra de proibição. proibição.

• Emite um comando à autoridade Emite um comando à autoridade coatora.coatora.

• Sentença com eficácia superior. Sentença com eficácia superior.

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MS e outras ações antiexacionais MS e outras ações antiexacionais em matéria tributáriaem matéria tributária

MS repressivo X ação anulatória MS repressivo X ação anulatória

• MS não se limita a veicular regra MS não se limita a veicular regra desconstitutiva do lançamento. desconstitutiva do lançamento.

• Emite um comando à autoridade Emite um comando à autoridade coatora.coatora.

• Sentença com eficácia superiorSentença com eficácia superior

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MS e outras ações MS e outras ações antiexacionais em matéria antiexacionais em matéria

tributáriatributária Quando escolher o MS?Quando escolher o MS? Presença de direito líquido e certoPresença de direito líquido e certoPresença de um ato coator.Presença de um ato coator.Existência de prazo de 120 dias no Existência de prazo de 120 dias no

caso do MS repressivo. caso do MS repressivo.

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MS e outras ações em matéria MS e outras ações em matéria tributáriatributária

Vantagens em escolher o MS:Vantagens em escolher o MS: Rito célereRito célereNão pagamento de verba honorária. Não pagamento de verba honorária.

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Obrigada!Obrigada!