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Aula 4 Consumação e Tentativa

Aula 4 - Consumação e Tentativa

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Aula 4

Consumao e TentativaEmentaPrincpios.Norma penal. Aplicao da Lei Penal no tempo e no espao. Nexo de causalidade.Consumao e tentativa.Culpabilidade.Teorias do crime.Erro.Excludentes de ilicitude.Imputabilidade.Concurso de pessoas.Das penas.: espcies, cominao, aplicao, suspenso condicional da pena, livramento condicional, efeitos da condenao, reabilitao. Das medidas de segurana. Da ao penal. Da extino da punibilidade. Criminologia - Evoluo histrica. Objeto, mtodo e funo da criminologia. Aspectos sociolgicos da criminologia. O criminoso sob o ponto de vista fsico, psicolgico e social, os seus tipos e teorias. O crime sob o ponto de vista de suas formas, fatores e tipos. A criminalidade, suas formas, fatores, tipos e teorias. Pesquisa criminolgica aplicada. Vitimologia. A criminologia na atualidade.

Iter criminis:

Fase interna = Cogitao Fase externa Atos preparatrios = conatus remotus em regra, so impunveis. Salvo se houver uma figura tpica especfica. Ex: art. 291 (petrechos para falsificao de moeda), art. 288 (quadrilha ou bando) Atos executrios = conatus proximos

Art. 14 - Diz-se o crime:I - consumado, quando nele se renem todos os elementos de sua definio legal;II - tentado, quando, iniciada a execuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente.Pena de tentativaPargrafo nico - Salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros.

Crime impossvelArt. 17 - No se pune a tentativa quando, por ineficcia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, impossvel consumar-se o crime.Consumao do delito = lgicaCrimes materiais, culposos e omissivos imprprios consumam-se com a produo do resultado naturalstico.Crimes de mera conduta, formais e omissivos prprios consumam-se com a simples prtica da conduta descrita no tipo penal.Crimes qualificados pelo resultado (preterdolosos) consumam-se com a produo do resultado agravador.Crime permanente a consumao se prolonga no tempo.Crimes habituais sua consumao fica vinculada a reiterao da conduta.Crimes complexos consumam-se com a presena de todos os requisitos legais.

Tentativa no tempo e no espao

Competncia determinada pelo lugar da consumao do delito ou do ltimo ato executrio.

A prescrio comea a ser contada a partir do dia em que o delito se consumou ou do ltimo ato executrio.Exaurimento do delito

Alguns doutrinadores entendem que o exaurimento est dentro do iter criminis. A doutrina majoritria entende que no est.

Ocorre quando se realizam acontecimentos tpicos posteriores consumao do delito. Ex: destruio/consumo/venda do produto do furto; obteno da vantagem indevida no crime de extorso ou corrupo.

Tentativa (conatus)

Natureza jurdica = norma de extenso. Forma de adequao tpica mediata ou indireta.Elementos do crime tentado:Dolo em relao ao crime consumado. No existe dolo especial de tentativa (por bvio).Incio da execuo do delito.No consumao por circunstancias alheias vontade do agente

Espcies de tentativa.

Tentativa perfeita ou acabada (crime falho) ocorre quando o sujeito esgota o processo executrio mas no consegue o resultado desejado.Tentativa imperfeita ou inacabada o sujeito no esgota a fase executria. Tentativa idnea aquela que efetivamente cria perigo para o bem jurdico protegido Tentativa inidnea (crime impossvel = art. 17) quando o meio utilizado absolutamente ineficaz ou quando no existe o bem jurdico.Tentativa branca ou incruenta quando idnea, mas no atinge o bem jurdico visadoTentativa vermelha ou cruenta quando idnea e atinge o bem jurdico visadoTentativa irreal ou supersticiosa acontece quando o agente acredita numa causalidade irrealizvel Isso acaba caracterizando o delito putativo. Ex: macumba, vudu. uma espcie de crime impossvel.Tentativa abandonada ocorre nas hipteses de desistncia voluntria ou arrependimento eficaz.

Crimes que no admitem a tentativa

Contravenes penais est na Lei. DL 3688, art. 4Crimes culposos OBS.: a culpa imprpria admite tentativa! Afinal, um crime doloso punido como culposo. => possvel tentativa de homicdio culposo se for caso de culpa imprpria.Crimes preterdolosos no possvel falar em tentativa no crime preterdoloso em relao ao resultado posterior, o qual atribudo ao agente a ttulo culposo. Porm, possvel a ocorrncia de crime preterdoloso tentado quando a conduta antecedente praticada dolosamente no se consumar, operando-se, todavia, o resultado subsequente. Ex: o sujeito tenta matar o feto que sobrevive, mas a me morre. => tentativa de aborto qualificada pelo resultado morte.Crimes omissivos prprios Crimes unissubsistentes ex: injria verbalCrime habitual ou consuma-se com a reiterao, ou no h crime.Crimes de empreendimento ou de atentado o prprio tipo penal j faz referncia tentativa. Ex.: art. 352 (tentativa de fuga do preso)

Desistncia voluntria e arrependimento eficaz (pontes de ouro)

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.Diferena da desistncia voluntria para a tentativa:Na tentativa quero prosseguir, mas no possoNa desistncia, posso prosseguir, mas no quero.

Voluntariedade espontaneidadeNa espontaneidade, a ideia parte do prprio agente.Na voluntariedade, a ideia pode partir do prprio agente ou de terceiro.Ex: estupro onde a vtima suplica ao estuprador e diz que portadora de AIDS. Se o estuprador desiste, h desistncia voluntria. A doena no impedia o ato.

Desistncia voluntria s compatvel com a tentativa imperfeita.

Arrependimento posterior (ponte de prata)

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.

Ano:2014 Banca:TRF - 2 Regiorgo:TRF - 2 REGIO Prova:Juiz Federal (adaptada)Assinale a alternativa correta:a) Na desistncia voluntria, o agente desiste de prosseguir nos atos de execuo. Neste caso, tem-se a chamada ponte de ouro, que estimula o agente a retroceder, e ele ser apenas punido pela tentativa.b) A inequvoca e categrica inaptido do meio empregado pelo agente para a obteno do resultado chama aplicao a forma tentada do delito.c) O arrependimento eficaz, com a reparao do dano ou restituio da coisa por ato voluntrio do agente, ocorrido at o recebimento da denncia, enseja a reduo da pena metade.d) admissvel tentativa nos crimes omissivos prprios.e) O arrependimento posterior implica causa de diminuio da pena do agente, e apenas aplicvel aos crimes praticados sem violncia ou grave ameaa pessoa.

Ano:2014 Banca:FCC rgo:TRT - 18 Regio (GO) Prova:Juiz do TrabalhoNo que diz respeito aos estgios de realizao do crime, correto afirmar quea) se atinge a consumao com o exaurimento do delito.b) h arrependimento eficaz quando o agente, por ato voluntrio, nos crimes sem violncia ou grave ameaa pessoa, repara o dano ou restitui a coisa at o recebimento da denncia ou da queixa.c) h desistncia voluntria quando o agente, embora j realizado todo o processo de execuo, impede que o resultado ocorra.d) na desistncia voluntria e no arrependimento eficaz o agente s responde pelos atos j praticados, se tpicos.e) a tentativa constitui circunstncia atenuante.

Ano:2014 Banca:VUNESP rgo:PC-SP Prova:Investigador de PolciaDurante as festividades de Natal de 2013, o motorista A dirigia o seu veculo pela Rodovia Presidente Dutra na velocidade de 90 km/h, num trecho em que a velocidade mxima permitida era de 110 km/h. Ao transitar por uma curva, veio a perder o controle de seu veculo, atropelando B e C que se encontravam num ponto de nibus no acesso cidade de Aruj. B faleceu no local e C foi socorrido em estado grave, permanecendo internado no hospital da cidade.Apenas com base nas informaes contidas no caso descrito, h possibilidade de A ser responsabilizado, penalmente,a) por crime culposo consumado.b) por crime doloso consumado e tentado.c) por um crime doloso consumado e por outro crime culposo tentadod) somente por crime tentado.e) por uma contraveno penal.Ano:2014 Banca:FCC rgo:TCE-PI Prova:Assessor JurdicoReconhecida a tentativa, a pena h de ser diminuda na proporo inversa doiter criminispercorrido pelo agente.A causalidade, nos crimes comissivos por omisso, no ftica, mas jurdica, consistente em no haver atuado o omitente, como devia e podia, para impedir o resultado.O crime culposo comissivo por omisso pressupe a violao por parte do omitente do dever de agir para impedir o resultado.O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, exclui a punibilidade e se confunde com o desconhecimento da lei.Est correto o que se afirma APENAS ema) I, II e III.b) I, II e IV.c) II, III e IV.d) III e IV.e) I e III.

Ano:2014 Banca:VUNESP rgo:PC-SP Prova:Tcnico de LaboratrioMdico devidamente contratado pela Administrao Pblica e que est lotado em hospital pblico exige de familiar de paciente do Sistema nico de Sade o pagamento de um valor indevido para a realizao de uma cirurgia imprescindvel. O familiar finge aquiescer com a exigncia, mas ao sair do hospital aciona a autoridade policial e no efetua qualquer pagamento. Nesse caso, considerando as previses do Cdigo Penal, houve crimea) tentado, pois no houve o pagamento, circunstncia alheia vontade do mdico.b) culposo, porque o agente deu causa ao resultado por imprudncia.c) impossvel, por ineficcia absoluta do meio, j que a polcia foi acionada.d) tentado, pela supervenincia de causa relativamente independente.e) consumado, pois o crime reuniu todos os elementos de sua definio legal.Ano:2014 Banca:IBFC rgo:TJ-PR Prova:Titular de Servios de Notas e de Registros

Assinale a alternativa correta:a) A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado aps a sua vigncia.b) Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.c) A pena cumprida no estrangeiro no atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas.d) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, no responde pelos atos j praticados.e) os crimes omissivos admitem tentativa.Ano:2014 Banca:IADES rgo:TRE-PA Prova:Analista Judicirio - rea JudiciriaDe acordo com o art. 14, inciso II do Cdigo Penal Brasileiro (CPB), um crime tentado quando o agente inicia a sua execuo e ele s no se realiza por circunstncias alheias vontade do agente. Considere, hipoteticamente, que Mvio, querendo matar seu desafeto Tcio, prostra-se nas imediaes da escola em que ele estuda, aguardando o fim do perodo de aulas. Ao v-lo, Mvio saca um revlver calibre 38 e efetua seis disparos na direo de Tcio, sem, contudo, atingi-lo.Com base na situao apresentada, correto afirmar quea) Mvio no praticou crime algum, pois no atingiu o algoz.b) conquanto no tenha acertado o desafeto, Mvio praticou o crime de homicdio tentado, e a referida tentativa denominada de branca ou cruenta.c) a tentativa de Mviopoder ser vista como inidnea, posto que a conduta dele efetivamente criou perigo para a vida de Tcio.d) o caso hipottico descreve o que a doutrina denomina de tentativa perfeita ou acabada, uma vez que Mvio esgotou o processo de execuo, descarregando o revlver no desafeto, mas no o atingiu por circunstncias alheias sua vontade. A essa tentativa perfeita ou acabada d-se o nome de crime falho.e) a tentativa de Mvio foi idnea, conquanto o meio utilizado na empreitada criminosa tenha sido absolutamente ineficaz, caracterizando hiptese de crime impossvel (CP, art. 17).

Ano:2014 Banca:FCC rgo:TRF - 3 REGIO Prova:Tcnico Judicirio - InformticaPaulo, sabendo que seu desafeto Pedro no sabia nadar e desejando mat-lo, jogou-o nas guas, durante a travessia de um brao de mar. Todavia, ficou com pena da vtima, mergulhou e a retirou, antes que se afogasse. Nesse caso, ocorreua) crime putativo.b) crime impossvel.c) desistncia voluntria.d) arrependimento eficaz.e) crime tentado.

Ano:2014 Banca:CESPE rgo:TCE-PB Prova:ProcuradorCom relao a aspectos diversos pertinentes ao crime, assinale a opo correta de acordo com o CP.a) Diz-se consumado o crime quando nele se renem, pelo menos, parte dos elementos de sua definio legal.b) A tentativa, salvo disposio legal em contrrio, punida com a pena correspondente prevista para o crime na modalidade continuada, diminuda de um tero at a metade.c) O agente que, embora tenha iniciado a execuo do crime, voluntariamente impea o resultado danoso responder somente pelos atos por ele j praticados.d) Pune-se a tentativa ainda que, por ineficcia do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, o resultado ilcito almejado nunca possa ser alcanado.e) Quando se trata de omisso penalmente relevante, o dever de agir incumbe somente a quem, com o seu comportamento anterior, tiver dado causa ao resultado delituoso.

Ano:2013Banca:CESPErgo:TJ-BAProva:Titular de Servios de Notas e de Registros Considerando a classificao dos delitos e as normas atinentes consumao, tentativa e ao arrependimento posterior, assinale a opo correta.a) admissvel a tentativa tanto nos crimes plurissubsistentes quanto nos crimes unissubsistentes.b)So crimes de atentado aqueles em que o tipo penal incriminador no prev a figura tentada em seu enunciado, razo pela qual, no processamento desses crimes, se faz uso da norma de extenso referente tentativa, disposta na parte geral do Cdigo Penal.c)Os crimes materiais admitem a figura da tentativa; entretanto, a tentativa incompatvel com os delitos formais, em que se dispensa o resultado naturalstico para a consumao do delito.d)No h crime quando a preparao do flagrante pela polcia torna impossvel sua consumao. Entretanto, quando h a expectativa, por parte da polcia, da prtica de delito, sem que o agente tenha sido provocado por autoridade policial a praticar o crime, no h que se falar em delito impossvel.e)Nos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa at a audincia de instruo e julgamento, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.

Prxima aula:

Reviso: CulpabilidadeResoluo de questes