Upload
tassio
View
14
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
filtragem de fluidos
Citation preview
Aula 4: ESCOAMENTO DE FLUIDOS ATRAVS
DE MEIOS POROSOS RGIDOS
OpU: Filtrao
Conceitos
Filtrao: o processo pelo qual uma mistura
slido-lquido passa atravs de um meio poroso de
forma que o lquido passe e o slido fique retido
em um meio filtrante poroso
Definies importantes
Porosidade : Indica o grau de compactao
do leito :
e logo :
Velocidade superficial: definida como a
razo entre a vazo volumtrica e rea transversal
do leito.
Velocidade real ou intersticial : definida como a
velocidade no interior do poro (interstcio).
Operao- Projeto
Para obter uma produo razovel, com um filtro
de dimenses moderadas, deve-se aumentar a
queda de presso, ou deve-se diminuir a
resistncia ao escoamento, para aumentar a vazo.
O equipamento industrial opera mediante a
diminuio da resistncia ao escoamento, fazendo
com que a rea filtrante seja to grande quanto
possvel.
Escolha do filtrante A escolha do equipamento filtrante depende em grande parte
da economia do processo, variando de acordo com o seguinte:
1. Viscosidade, densidade e reatividade qumica do fluido.
2. Dimenses das partculas slidas, distribuio
granulomtrica, forma da partcula, tendncia floculao e
deformidade.
3. Concentrao da suspenso de alimentao.
4. Quantidade de material que deve ser operado.
5. Valores absolutos e relativos dos produtos lquido e slido.
6. Grau de separao que se deseja efetuar.
7. Custos relativos da mo-de-obra, do capital e energia.
Classificao dos filtros
Para classificar os diversos modelos de filtros os
seguintes critrios so observados:
1. Fora motriz: ex.: Gravidade, presso, vcuo, vcuo-
presso ou fora centrfuga.
2. Material do meio filtrante: ex.: Areia, tecido, meio
poroso rgido, papel...
3. Funo: ex.: Clarificadores, filtros para torta.
4. Detalhes construtivos: ex.: Filtros de areia, placas e
quadro, lminas ou rotativos.
5. Regime de operao: ex.: Batelada ou contnuo.
Filtro prensa de placa e quadro o dispositivo de filtragem mais comum na indstria qumica.
Vantagens: - baixo custo.
Custo de manuteno pequeno.
Flexibilidade de operao.
Operam com presses at 68 atm.
Operaes cclicas: processos em batelada em que a produo
de porte modesto
O filtro prensa projetado para realizar diversas funes, cuja
sequncia controlada manualmente. Durante a filtrao o filtro
prensa permite:
1. A injeo da suspenso a filtrar at as superfcies filtrantes, por
intermdios de canais apropriados.
2. A passagem forada da suspenso atravs das
superfcies filtrantes.
3. Que o filtrado que passou pelas superfcies filtrantes
seja expelido atravs dos canais apropriados
4. Retm os slidos que estavam inicialmente na
suspenso.
O modelo mais comum consiste em placas e quadros que se
alternam numa armao e que so comprimidos fortemente, uns
contra os outros, por meio de uma placa prensa-parafuso ou de
uma prensa hidrulica.
Par de placa e quadro de um modelo simples, com um s furo, sem canal de lavagem, com a descarga fechada e a superfcie da placa entelada.
O meio filtrante suspenso sobre as placas cobrindo as duas faces.
O meio filtrante pode ser uma lona, ou um tecido sinttico, ou papel de filtro ou tela metlica.
medida que a filtrao avana, formam-se tortas, ou bolos,
sobre o meio filtrante, at que as tortas que se acumulam
sobre cada face dos quadros encontram-se no centro. Quando
isto ocorre, a vazo do filtrado, que diminui continuamente
medida que as tortas aumentam, cai bruscamente e se reduz a
um gotejamento. Em geral suspende-se a filtrao antes desta
ocorrncia.
Sequncia de lavagem do filtro-prensa:
Encaminha a gua de lavagem para os slidos filtrados, atravs
de canais apropriados.
Fora a gua de lavagem atravs dos slidos retidos no filtro;
Permite a expulso da gua de lavagem, e das impurezas,
atravs de um canal separado.
Filtro folha
Filtro folha Constitui de uma placa oca, suportada internamente e que fica
permanentemente coberta pelo meio filtrante.
A suspenso a ser filtrada enche o espao em torno da folha e
forado, mediante presso exercida sobre ela, ou pelo vcuo que se
faz dentro da folha, a escoar atravs do meio filtrante.
A torta de filtrao forma-se no exterior da folha e o filtrado passa
para dentro da folha e da para o sistema de descarga.
Quando se tem a torta de espessura desejada, abre-se o filtro, e as
folhas ou so removidas para limpeza ou so limpas na prpria
unidade, manual ou automaticamente, pela lavagem hidrulica dos
slidos.
Filtro de placa horizontal
especialmente conveniente para a clarificao final de solues que
contm quantidades diminutas de slidos em virtude da facilidade de
aplicao do adjuvante de filtrao;
Os adjuvantes, ou auxiliares, de filtrao so slidos incompressveis,
com a estrutura aberta, que podem ser depositados sobre os tecidos
de filtrao para servir de meio filtrante de alta eficincia.
A vlvula polidora aberta durante a etapa de pr-revestimento e
fechada at o final do ciclo. Ento, a vlvula de descarga fechada, a
polidora aberta e o lquido remanescente filtrado pela placa
polidora, mediante a injeo de ar ou gs sob presso pelo duto de
entrada.
Filtro de placa horizontal
Filtros contnuos
Elevadas capacidades
As suspenses so injetadas continuamente, e o bolo
e o filtrado so produzidos tambm continuamente;
Exemplos:
Filtro a vcuo e disco rotatrio
Filtro a vcuo com tambor rotatrio
Filtro a vcuo e disco rotatrio
O elemento filtrante , tambm, uma folha com a forma de um
setor circular, recoberta pelo meio filtrante. A folha gira num
plano vertical, em torno de um eixo horizontal. A suspenso a ser
filtrada enche a bacia do filtro, at quase a altura do eixo
horizontal. medida que a folha mergulha na suspenso, coleta a
torta na sua superfcie, enquanto que o filtrado sai por um sistema
central de descarga.
Na parte superior a torta seca por sopragem de ar e raspada
ou retirada a sopro antes dela mergulhar na suspenso.
Filtro a vcuo e disco rotatrio
Filtro vcuo com tambor rotatrio
O ciclo de filtrao muito semelhante ao do filtro a
vcuo horizontal.
O bolo de filtrao colhido no tanque de suspenso
devido a imerso da superfcie do tambor e a ao do
vcuo.
O bolo levado pelo movimento do tambor e
sucessivamente lavado e enxugado pela aplicao
contnua do vcuo no interior do tambor.
Regimes de filtrao
Filtrao a presso constante
Filtrao a vazo constante
Filtrao em regime misto
Caso 1: Filtrao a presso constante
Mantm-se uma queda de presso constante com a bomba que
fora o fluido, sendo que a vazo vai diminuindo medida que
cresce a espessura da torta, sendo utilizada para precipitados pouco
compressveis.
Caso 2: Filtrao a vazo constante
Quando se trata de um precipitado compressvel prefervel
comear a filtrar a uma presso pequena para no torn-lo pouco
permevel e ir aumentando medida que aumenta a espessura da
torta (portanto, a resistncia filtrao), mantendo-se constante a
vazo de filtrado.
Caso 3: Filtrao em regime misto
Pretende-se harmonizar as vantagens dos casos 1 e 2.
Na realidade, nem sempre se mantm rigorosamente as
condies de filtrao, o que dificulta as previses
tericas.
As condies de operao esto ligadas ao tipo e
funcionamento da bomba que fora a suspenso.
No projeto de filtros procura-se relacionar:
Propriedades da torta
Espessura da torta e rea de filtrao
Queda de presso na torta
Volume de filtrado recolhido na unidade
de tempo
Filtrao com tortas incompressveis (ou
presso constante)
Das dedues anteriores ;fazendo o devido tratamento
matemtico obtemos pra filtrao presso constante:
Filtrao vazo constante
Aplicaes
Exemplo 1 (4.52-Massarani)
Foram obtidos os seguintes resultados na filtrao de uma
suspenso aquosa de CaCO3 (50 g de slido/l de gua) em
filtro prensa piloto operando com um quadro (6x6x1) a
25oC e com uma queda de presso de 40 psi. Determinar a
resistividade mdia da torta < >, a resistividade do meio
filtrante RM e a relao entre os volumes de filtrado e da torta
para o quadro cheio. Sabe-se que a densidade do slido s =
2,7 g/cm3 e que a relao entre massa de torta molhada e
massa de torta seca 1,60. Dados de tempo de filtragem e
volume de filtrado
Resposta: < > = 7,15 x 109 cm/g, RM = 2,51 x
109cm-1, e = 0,618, VF/VT=20
Soluo: