Aula 8 a Civilização Do Nilo

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    Antiguidade Oriental Prof. Jorge Miklos

    Primeiro Semestre De 2014

    Licenciatura Plena em Histria

    A civilizao do Nilo

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    " O Egito uma ddiva do Nilo (Herdoto)

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    Texto I

    "O Historiador grego Herdoto (484-420 a.C.) viajou muito e deixou vivas descries com reflexes sobre os povos e as terras que conheceu. Deve-se a ele a seguinte afirmao: "o Egito, para onde se dirigem os navios os gregos, uma ddiva do rio Nilo ". A partir dessa frase comum atribuir a riqueza e a prosperidade da civilizao egpcia a presena do Rio Nilo. "

    (PETIT, Paul. Histria Antiga. 4a.ed, So Paulo, DIFEL, 1979)

    Texto II

    " claro que para os povos da Antigidade a dependncia do fator geogrfico maior mas, ao lado das condies naturais (rio Nilo) que possibilitaram a existncia de um osis em pleno deserto no podemos esquecer que o trabalho dos camponeses, e uma complexa organizao social foram os ingredientes responsveis pelo desenvolvimento dessa brilhante civilizao. Isso porque os canais de irrigao, os diques, as pirmides e os templos no foram obras do rio mas sim dos camponeses."

    Pinsk, Jaime. As Primeiras Civilizaes. 15 ed. So Paulo. Atual. 1994

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    No incio de sua histria, os egpcios viviam em comunidades autnomas, sem um poder centralizado: eram os nomos, governadas pelos nomarcas.

    O desenvolvimento da agricultura e o aproveitamento das guas do rio Nilo exigiam a unio de esforos para a construo de obras hidrulicas.

    Para isso, a centralizao do poder foi imprescindvel.

    Por volta de 3500 a.C. nasceram dois reinos no Egito: o do Alto Egito, ao sul do rio Nilo, e o do Baixo Egito, ao norte.

    Antigo Imprio

    (3200 a.C. - 2300 a.C.)

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    ANTIGO IMPRIO

    Fase de estabilidade poltica e prosperidade econmica graas intensa explorao da populao camponesa;

    Construo das grandes pirmides de Giz - Quops, Qufren e Miquerinos;

    A crise do Antigo Imprio deve ser atribuda ao fortalecimento dos nomarcas que questionavam a grande centralizao poltica, gerando revoltas sociais que culminaram com a fragmentao poltica do Egito.

    Mdio Imprio

    ( 2000 a.C. - 1580 a.C.)

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    MDIO IMPRIO

    Com o enfraquecimento do poder dos nomarcas, o fara conseguiu recuperar sua autoridade.

    Tebas substitui Mnfis como capital;

    foi um perodo de dinamismo e a prosperidade econmica, bem como de grande e rica produo cultural.

    A crise econmica, porm, abateu-se sobre a regio, promovendo revoltas de nobres e camponeses que, mais uma vez, enfraqueceram o poder do fara, facilitando, a partir de 1800 a.C., o incio de uma onda de invases estrangeiras: os hebreus, primeiro e, a seguir, os hicsos.

    Estes ltimos conheciam bem tcnicas guerreiras e dominaram o Egito por quase dois sculos.

    Novo Imprio (1580 a.C. - 525 a.C.)

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    Para expulsar os invasores, os egpcios uniram-se sob a liderana do fara Amsis I, vencendo e expulsando os hicsos de seu territrio.

    Inicia-se, assim, uma nova etapa da histria egpcia, durante a qual os hebreus foram submetidos escravido no Egito.

    Trata-se de um perodo marcado por forte militarismo e pelo expansionismo territorial, destacando-se a atuao dos faras Tutms III e Ramss II.

    Foi a poca de apogeu da civilizao egpcia.

    Ainda, nesse perodo, o fara Amenfis IV tentou, para reduzir o poderio dos sacerdotes, implantar o monotesmo no Egito, em substituio ao politesmo, buscando, assim, reforar sua autoridade, ao tentar impor, sem sucesso, o culto exclusivo a Amon (deus-sol) que representava.

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    O Novo Imprio foi uma fase de intensa produo cultural, destacando-se, entre outras coisas, a construo dos imponentes templos de Karnac e Luxor.

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    FARAS

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    Os faras eram os reis do Egito Antigo.

    Possuam poderes absolutos na sociedade, decidindo sobre a vida poltica, religiosa, econmica e militar.

    Como a transmisso de poder no Egito era hereditria, o fara no era escolhido atravs de voto, mas sim por ter sido filho de outro fara. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder.

    Na civilizao egpcia, os faras eram considerados deuses vivos.

    Os egpcios acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osris, portanto agiam como intermedirios entre os deuses e a populao egpcia.

    Tutms I conquistou boa parte da Nbia e ampliou, atravs de guerras, territrios at a regio do rio Eufrates.

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    Tutms III consolidou o poder egpcio no continente africano aps derrotar o reino de Mitani.

    Ramss II buscou estabelecer relaes pacficas com os hititas, conseguindo fazer o reino egpcio obter grande desenvolvimento e prosperidade.

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    Tutankamon o fara menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando morreu, provavelmente assassinado. A pirmide deste fara foi

    encontrada por arquelogos em 1922.

    Mitologia egpcia e religio

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    Ankh, (Pronuncia-se Anak) conhecida tambm como cruz ansata, era na escrita hieroglfica egpcia o smbolo da vida.

    Conhecido tambm com o smbolo da vida eterna.

    Os egpcios a usavam para indicar a vida aps a morte.

    A forma do ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituda por uma ala ovalada.

    Em algumas representaes primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

    A CRUZ ANSADA

    um smbolo antiqssimo, talvez a origem de todas as outras cruzes.

    Corresponde ao smbolo RA, da Vida, ou "Ankh".

    a CHAVE DO NILO, dom dos magos egpcios para a humanidade.

    Pode ser usada por todos inclusive pelas crianas.

    Relacionado a todas as manifestaes de vida, ele traz prosperidade e tambm a lucidez necessria para tomar decises acertadas diante dos desafios do dia a dia.

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    O OLHO DE HRUS

    Criado para homenagear HRUS, o deus que segundo a mitologia egpcia, governava todos os movimentos do Sol e todos os seres humanos. O olho de Hrus alm de proporcionar sade fsica, Tambm favorece a busca da iluminao e do desenvolvimento espiritual.

    O ESCARAVELHO Um besouro muito

    comum no Egito, estava associado a Kefer, divindade responsvel pela transformao da matria em vida. Ele renova as energias, protege contra todos os males e proporciona vida longa e feliz a quem o usa.

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    O AMANHECER

    Consagrado ao Deus R, representa o ponto onde o Sol nasce no horizonte e simboliza o princpio da criao. Indicado para auxiliar em momentos de crise, que envolvem profundas mudanas na vida, principalmente aquelas que envolvem reavaliao do passado.

    A SERPENTE Talism muito

    poderoso, presente em quase todas as culturas, a serpente representa a manifestao da energia criadora e a ligao entre o cu e o mundo das trevas. Traz sabedoria, desenvolve a intuio e favorece a sade.

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    O CORAO

    Os egpcios acreditavam que o corao era a morada da alma e, para evitar que ela escapasse ou fosse maltratada, colocavam sobre o peito um objeto com esse formato. Como talism, o corao traz proteo em todos os assuntos ligados vida afetiva.

    KA, A ALMA

    Os egpcios davam o nome de Ka ao principio da vida e da energia, que representavam com um par de braos sem cabea. Apesar de estranha, essa imagem traz muita fora e vitalidade, alm de favorecer bastante o relacionamento afetivo.

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    CABEA DE COBRA

    outro smbolo poderoso. Esse talism simboliza a salvao e a proteo, inspirado em sis, uma deusa relacionada com ritos em homenagem Lua e s vezes representada como uma serpente. Seu uso continuo ajuda a evitar desgraas e protege contra todo tipo de ataques e agresses.

    No Egito Antigo, as pessoas seguiam uma religio politesta, ou seja, acreditavam em vrios deuses.

    Estas divindades possuam algumas cararactersticas (poderes) acima da capacidade humana.

    Poderiam, por exemplo, estar presente em vrios locais ao mesmo tempo, assumir vrias formas (at mesmo de animais) e interferir diretamente nos fenmenos da natureza.

    As cidades do Egito Antigo possuam um deus protetor, que recebia oferendas e pedidos da populao local.

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    Osris era um deus da mitologia egpcia, associado vegetao e a vida no Alm. Marido de sis e pai de Hrus , era ele quem julgava

    os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia pesagem do corao ou psicostasia.

    sis foi uma deusa da mitologia egpcia, cuja adorao se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da me e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia.

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    Hrus segunda pessoa da "Trindade" egpcia, composta por Osris, o pai, Hrus, o filho e sis, a me.

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    Alguns autores sugerem que a histria de Jesus pode ter sido baseada em vrias outras histrias de deuses mais antigos, principalmente, Hrus. Em sua mos Hrus carrega as chaves da vida da morte e da fertilidade.

    Geb: terra

    Geb o deus egpcio da terra, e tambm considerado deus da

    morte, pois acreditava-se que ele aprisionava espritos maus, para que no pudessem ir para o cu.

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    , Anbis era o deus dos mortos, da mumificao e do submundo. Guardio dos tmulos e juiz dos mortos, ele era representado com o corpo de homem e a cabea de um chacal, sendo considerado ainda a primeira mmia do Egito Antigo. A origem de seu nome parece ser uma derivao de inep, que significa purificar, ou apodrecer. De fato, na lngua egpcia antiga, seu nome era Anpu ou inpu, e Anbis nada mais que a verso do nome convertida para a lngua grega.

    Seth (ou Set) o deus egpcio da violncia e da desordem, da traio, do cime, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnao do esprito do mal e irmo de Osris, o deus que trouxe a civilizao para o Egito.

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    Maet justia e equilbrio

    A SOCIEDADE

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    Fara Era o governante do Egito. Possua poderes totais sobre a sociedade egpcia, alm de

    ser reconhecido como um deus. O poder dos faras era transmitido hereditariamente, portanto no havia nenhum processo de escolha ou votao para coloc-lo no poder.

    O fara e sua famlia eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A famlia real vivia de forma luxuosa em grandes palcios.

    Ainda em vida, ordenava a construo da pirmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros aps a morte.

    Sacerdotes Na escala de poder estavam abaixo somente do fara. Eram responsveis pelos rituais, festas e atividades religiosas no

    Antigo Egito. Conheciam muito bem as caractersticas e funes dos deuses egpcios. Comandavam os templos e os rituais aps a

    morte do fara. Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirmides, aps a morte.

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    Chefes Militares Os chefes militares eram os responsveis pela segurana do

    territrio egpcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exrcito de forma

    eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a prpria vida.

    Escribas Eram os responsveis pela escrita egpcia (hieroglfica e demtica). Registravam os acontecimentos e, principalmente, a vida do fara. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas tambm controlavam e registravam os impostos cobrados pelo fara.

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    Povo Egpcio Mais da metade da sociedade egpcia era formada por comerciantes, artesos, lavradores e

    pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manuteno da vida. Podiam ser convocados pelo fara para trabalharem, sem receber salrios, em obras pblicas (diques,

    represas, palcios, templos).

    Escravos Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e no recebiam salrio. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivncia. Eram constantemente castigados como forma de punio. Eram desprezados pela sociedade e no possuam direitos.

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    A VIDA COTIDIANA

    Alimentao A alimentao dos mais

    pobres (camponeses, escravos) era composta basicamente por po e gua. Raramente comiam carne e frutas. J os mais ricos (faras, sacerdotes, chefes militares, ricos comerciantes) possuam uma alimentao bem variada. Alm de po, consumiam muita carne animal (boi, porco e peixe), queijos, frutas e legumes. O cardpio era composto tambm por vinho e uma espcie de cerveja.

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    Habitao

    Diverso

    A natao, lutas e jogos de tabuleiros eram as formas de lazer mais comuns no Egito Antigo. Os mais ricos divertiam-se tambm com competies no rio Nilo, usando embarcaes. As crianas gostavam de brincar com bonecos feitos de madeira e bolas. Brincadeiras coletivas, baseadas em danas e jogos de equipe tambm eram comuns entre os pequenos egpcios.

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    Roupas

    Como o clima no Egito Antigo quente e seco, as roupas eram leves e finas. Homens camponeses e artesos vestiam apenas pedaos de tecido amarrados na cintura. As mulheres vestiam vestidos simples ou tnicas. Os mais ricos, principalmente nobres, usavam roupas com muitos enfeites. As mulheres abusavam das jias e vestidos com bordados com contas. Era comum entre os homens nobres o uso de uma espcie de saiote com pregas.

    Transportes

    Os egpcios usavam muito o rio Nilo como via de transporte de mercadorias e pessoas. Para tanto, embarcaes de todos os tamanhos eram utilizadas. As embarcaes grandes eram feitas de madeira, enquanto as pequenas eram de fibras de papiro. Cavalos, camelos e bois tambm eram usados como meios de transportes.

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    MUMIFICAO

    De acordo com a religio egpcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida aps a morte.

    Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma.

    Preocupados com esta questo, os egpcios desenvolveram um complexo sistema de mumificao.

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    O processo de mumificao O processo era realizado por especialistas em mumificao e

    seguia as seguintes etapas:

    1 O cadver era aberto na regio do abdmen e retirava-se as vceras (fgado, corao, rins, intestinos, estmago, etc. O corao e outros rgos eram colocados em recipientes a parte. O crebro tambm era extrado. Para tanto, aplicava-se uma espcie de cido pelas narinas, esperando o crebro derreter. Aps o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifcios os pedaos de crebro com uma esptula de metal.

    2 O corpo era colocado em um recipiente com natro (espcie de sal) para desidratar e tambm matar bactrias.

    3 Aps desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se tambm alguns perfumes e outras substncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.

    4 O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.

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    Aps a mmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcfago, que seria levado pirmide para ser protegido e conservado. O processo era to eficiente que, muitas mmias, ficaram bem preservadas at os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptlogos. Com o avano dos testes qumicos, hoje possvel identificar a causa da morte de faras, doenas contradas e, em muitos casos, at o que eles comiam.

    Graas ao processo de mumificao, os egpcios avanaram muito em algumas reas cientficas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substncias para conservar os corpos, descobriram a ao de vrios elementos qumicos.

    Curiosidades: Para transformar um

    corpo em mmia era muito caro naquela poca.

    Apenas os faras e sacerdotes eram mumificados.

    Alguns animais como, por exemplo, ces e gatos tambm foram mumificados no Egito Antigo.

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    A ARTE EGPCIA

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    As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa.

    A maioria das esttuas, pinturas, monumentos e obras arquitetnicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

    Pintura Egpcia

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    Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egpcios no trabalhavam com a tcnica da

    perspectiva (imagens tridimensionais)

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    Escultura Egpcia

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    Arquitetura Egpcia

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    LUXOR

    Karnak

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    Luxor

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    ESCRITA

    Em linhas gerais, os egpcios desenvolveram trs sistemas de escritas diferentes entre si.

    hieroglfica, que era estritamente utilizada para a impresso de mensagens em tmulos e templos.

    hiertica, uma simplificao da hieroglfica

    demtica, utilizada para escritos de menor importncia.

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    Livro dos Mortos (cujo nome original, em egpcio antigo, era Livro de Sair Para a Luz a designao dada a uma coletnea de feitios, frmulas mgicas, oraes, hinos e litanias do Antigo Egito, escritos em rolos de papiro e colocados nos tmulos junto das mmias.

    O objetivo destes textos era ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Alm.

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    A idia central do Livro dos Mortos o respeito verdade e justia, mostrando o elevado ideal da sociedade egpcia.

    Era crena geral que diante da deusa Maat de nada valeriam as riquezas, nem a posio social do falecido, mas que apenas os atos seriam levados em conta.

    Foi justamente no Egito que esse enfoque de que a sorte dos mortos dependia do valor da conduta moral enquanto vivo ocorreu pela primeira vez na histria da humanidade. Mil anos mais tarde, diz Kurt Lange essa idia altamente moral no se espalhara ainda por nenhum dos povos civilizados que conhecemos.

    Em Babilnia, como entre os hebreus, os bons e os maus eram vtimas no alm, e sem discernimento, das mesmas vicissitudes.

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    Entre outros achados se destacava a Pedra de Roseta, uma lpide de basalto negro onde foram encontradas inscries em grego, hieroglfico e demtico.

    Somente em 1821, graas aos esforos do jovem pesquisador Jean Franois Champollion, a palavra Ptolomeu foi por ele traduzida desse documento escrito.

    A partir daquela pequena descoberta, foi possvel realizar a leitura de uma variedade de outros documentos que explicam importantes traos desta civilizao.

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    Bertold Brecht

    Perguntas de um Operrio Letrado

    Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, Mas foram os reis que transportaram as pedras? Babilnia, tantas vezes destruda, Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas Da Lima Dourada moravam seus obreiros? No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde Foram os seus pedreiros? A grande Roma Est cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem Triunfaram os Csares? A to cantada Bizncio S tinha palcios Para os seus habitantes? At a legendria Atlntida

    Na noite em que o mar a engoliu

    Viu afogados gritar por seus escravos.

    O jovem Alexandre conquistou as ndias

    Sozinho? Csar venceu os gauleses.

    Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu servio?

    Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha

    Chorou. E ningum mais? Frederico II ganhou a guerra dos

    sete anos Quem mais a ganhou?

    Em cada pgina uma vitria. Quem cozinhava os festins?

    Em cada dcada um grande homem.

    Quem pagava as despesas?

    Tantas histrias Quantas perguntas

    Bertold Brecht

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    Referncias

    BURNS, Edward Mcnall. Histria da Civilizao Ocidental: Do homem das cavernas at a bomba atmica. vol. 1. So Paulo:

    Editora Globo, s/d.

    CAMPBELL, Joseph. As Mscaras de Deus: Mitologia Oriental. So Paulo: Ed. Palas Athena, 2000.

    FISCHER, Steven Roger. Uma breve histria da linguagem: introduo origem das lnguas. So Paulo: Novo Sculo

    Editora, 2009.

    _____.Histria da Escrita. So Paulo: Editora da Unesp,

    2009.

    GOMBRICH, Ernest H. Histria da Arte. So Paulo: LTC, 2000.

    PINSKY, Jaime. As primeiras civilizaes. So Paulo: Atual,

    1994.