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CURSO ONLINE – 5000 ENUNCIADOS DA ESAF COMENTADOS – DIREITO TRIBUTÁRIO PROFESSOR EDVALDO NILO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 4 Legislação Tributária. Constituição Emendas à Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas. Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. Resoluções. Decretos Legislativos. Convênios. Normas Complementares - (aula atualizada até 16/11). Antes de iniciar a aula, vamos a um bem breve resumo sobre aula de hoje: (I) A “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. (II) São fontes primárias do direito tributário todas as normas que têm o seu fundamento de validade retirado diretamente ou imediatamente da CF/88, a saber: (i) lei constitucional; (ii) leis complementares; (iii) leis ordinárias; (iv) leis delegadas; (v) medidas provisórias; (vi) tratados e convenções internacionais ratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional; (vii) resoluções do Senado Federal; (viii) convênios do ICMS (CONFAZ). (III) São fontes secundárias do direito tributário todas as normas que têm o seu fundamento de validade retirado indiretamente ou mediatamente da CF/88, e diretamente das fontes primárias, a saber: (i) decretos regulamentares e (ii) normas complementares disciplinadas no art. 100 do CTN. (IV) O fato gerador in concreto é a fonte real do direito tributário. (V) As fontes formais são as normas jurídicas que compõem o ramo do direito tributário, também divididas em principais e acessórias ou complementares. (VI) As fontes formais principais são as normas legais tributárias (+) mais o decreto regulamentar, ou seja, Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, tratados e convenções internacionais ratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional, resoluções do Senado Federal, convênios do ICMS (CONFAZ) e decretos regulamentares. (VII) As fontes formais acessórias são as normas complementares estabelecidas no art. 100 do CTN, a saber: (i) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (ii) as

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Aula 4 – Legislação Tributária. Constituição Emendas à Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas. Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. Resoluções. Decretos Legislativos. Convênios. Normas Complementares - (aula atualizada até 16/11).

Antes de iniciar a aula, vamos a um bem breve resumo sobre aula de hoje:

(I) A “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

(II) São fontes primárias do direito tributário todas as normas que têm o seu fundamento de validade retirado diretamente ou imediatamente da CF/88, a saber: (i) lei constitucional; (ii) leis complementares; (iii) leis ordinárias; (iv) leis delegadas; (v) medidas provisórias; (vi) tratados e convenções internacionais ratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional; (vii) resoluções do Senado Federal; (viii) convênios do ICMS (CONFAZ).

(III) São fontes secundárias do direito tributário todas as normas que têm o seu fundamento de validade retirado indiretamente ou mediatamente da CF/88, e diretamente das fontes primárias, a saber: (i) decretos regulamentares e (ii) normas complementares disciplinadas no art. 100 do CTN.

(IV) O fato gerador in concreto é a fonte real do direito tributário.

(V) As fontes formais são as normas jurídicas que compõem o ramo do direito tributário, também divididas em principais e acessórias ou complementares.

(VI) As fontes formais principais são as normas legais tributárias (+) mais o decreto regulamentar, ou seja, Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, tratados e convenções internacionais ratificados por decretos legislativos do Congresso Nacional, resoluções do Senado Federal, convênios do ICMS (CONFAZ) e decretos regulamentares.

(VII) As fontes formais acessórias são as normas complementares estabelecidas no art. 100 do CTN, a saber: (i) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (ii) as

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decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (iii) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; (iv) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que não se confundem como os convênios do ICMS regulados pelo CONFAZ.

(VIII) As fontes não-formais são a doutrina e a jurisprudência.

(IX) Os temas de direito tributário em que o texto constitucional expressamente afirma que devem ser estabelecidos por meio de lei complementar são os seguintes:

FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR TRIBUTÁRIA (i) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 146, I); (ii) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 146, II); (iii) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: (a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; (b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; (c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. (d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239 (art. 146, III); (iv) tratar da definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (a) será opcional para o contribuinte; (b) poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (c) o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (d) a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes (art. 146, parágrafo único); (v) poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o

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objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei ordinária, estabelecer normas de igual objetivo (Art. 146-A); (vi) poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o princípio da anterioridade (Art. 148); (vii) a União poderá instituir impostos e contribuições residuais, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição (Art. 154, I c/c art. 195, §4°); (viii) No ITCMD, o Estado ou o Distrito Federal terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: (a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; (b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior (art. 155, §1°, III). (ix) Em relação ao ICMS, cabe à lei complementar: (a) definir seus contribuintes; (b) dispor sobre substituição tributária; (c) disciplinar o regime de compensação do imposto; (d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; (e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a” (atualmente com a EC 42/03 todas as operações que destinem mercadorias para o exterior e serviços prestados a destinatários no exterior são imunes ao ICMS); (f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; (g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados; (h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b (i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço (art. 155, XII); (x) Compete aos Municípios instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN ou simplesmente ISS), não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar (Art. 156, III); (xi) Em relação ao ISS, cabe à lei complementar: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III - regular a forma e as

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condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados (art. 156, §3°). (xii) É vedada a concessão de remissão ou anistia para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar das contribuições sociais: (a) do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre (a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício (contribuição patronal); e (b) do trabalhador e dos demais segurados da previdência social (art. 195, §11°).

(X) Só se exige lei complementar para as matérias cuja disciplina a CF/88 expressamente faz tal exigência. Nesse rumo, existe invalidade da legislação ordinária, quando dispõe sobre temas que o texto constitucional reservou explicitamente à lei complementar.

(XI) Não existe hierarquia entre lei complementar e as outrasespécies de leis ordinárias presentes no processo legislativo, mas quando o tema é constitucionalmente predeterminado e exige quorum de maioria absoluta (mais da metade dos membros da casa legislativa) se entende que só a lei complementar pode disciplinar a matéria.

(XII) Se o tema disciplinado por lei complementar não seja daquele para que o texto constitucional expressamente exija lei complementar, verificamos que a norma aprovada é considerada como lei materialmente ordinária. Isto é, a norma formalmente aprovada como lei complementar pode ser revogada por lei ordinária, uma vez que não é materialmente complementar. Por exemplo, a LC 70/91 é uma lei materialmente ordinária, uma vez que os dispositivos referentes a COFINS não tratam de matéria reservada por texto expresso da CF/88 à lei complementar.

(XIII) A lei ordinária tem o papel primordial de instituir tributos, salvo nos casos de lei complementar, que são o imposto sobre grandes fortunas (IGF), empréstimos compulsórios, impostos residuais da União e contribuições sociais novas ou residuais. Assim, na interpretação do art. 97 do CTN conforme o texto constitucional, apenas lei pode estabelecer: (i) a instituição de tributos, ou a sua extinção; (ii) a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto no texto constitucional; (iii) a definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo; (iv) a fixação da base de cálculo do tributo e de sua alíquota, ressalvado o disposto no texto constitucional; (v) a

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cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; (vi) as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades, ressalvado o disposto no texto constitucional.

(XIV) Em relação às normas gerais de direito tributário, devemos dizer que o texto constitucional há de ser interpretado como meramente exemplificativo e não taxativa ou numerus clausus (sistema fechado e exaustivo). Deste modo, é permitido ao legislador estabelecer outras normas gerais em matéria de legislação tributária, além das previstas na Carta Magna, que são as seguintes: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas: este dispositivo não cria imunidadetributária paras as cooperativas; d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

(XV) A Lei 5.172 de 1966, votada como lei ordinária, com base no art. 5°, XV, alínea b, da Constituição de 1946, que, posteriormente, passou a chamar-se Código Tributário Nacional (CTN), com fundamento no art. 7°, do Ato Complementar n° 36 de 1967, foi recepcionada com status de lei complementar, pelo art. 18, § 1°, daConstituição de 1967/69, sendo válida juridicamente como lei complementar no que não se contrapor ao texto constitucional de 1988.

(XVI) No que diz respeito a observância das normas gerais de direito tributário, o STF entende que as contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas deverão observar à lei complementar que dispõe sobre normas gerais de direito tributário (Código Tributário Nacional), mas isto não quer dizer que deverão ser instituídas por lei complementar, isto é, a lei ordinária pode criar tais espécies tributárias.

(XVII) A medida provisória e a lei delegada podem tratar de direito tributário, segundo o entendimento doutrinário predominante, salvo nos casos que a CF/88 exige lei complementar de direito

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tributário, em razão das proibições estabelecidas nos arts. 60, §1°, III, e 68, §1°, da CF/88.

(XVIII) No que diz respeito à medida provisória, este é ato normativo editado apenas pelo Chefe do Poder Executivo, em hipóteses de urgência e relevância, com força de lei ordinária. No direito tributário, devemos ter o conhecimento do art. 62, §2°, da CF/88, dispondo que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada, exceto nos casos imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e o imposto extraordinário de guerra disposto no inciso II do art. 154 da CF/88. Ressalvas as exceções do §1° do art. 150, da CF/88, a medida provisória (MP) também deve atender a anterioridade nonagesimal ou noventena, contada da publicação da medida provisória se esta for convertida em lei sem alterações substanciais realizadas pelo Poder Legislativo. Ao contrário, se a medida provisória for significativamente modificada, a noventena é contada da data da conversão da MP em lei.

(XIX) A lei delega, é ato normativo emanado do Poder Executivo, em face de uma delegação explícita do Poder Legislativo, com força de lei ordinária.

(XX) Os tratados ou convenções internacionais são atos normativos de competência privativa do Presidente da República, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII). Assim, segundo o art. 49, I, da CF/88, é da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

(XXI) No que se refere à integração do tratado internacional no ordenamento jurídico interno, no caso do Brasil, necessário se faz que haja decreto legislativo emanado do Congresso Nacional para que adquira força de lei. Nos termos do art. 98, do CTN, os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. A interpretação literal desta norma é que a legislação tributária interna brasileira não pode modificar ou

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revogar norma tributária estabelecida em tratado internacional, em que o Brasil é parte.

(XXII) Conforme compreensão do STF, em regra, os tratados de direito internacional introduzidos no direito interno situam-se nos mesmos planos de validade, eficácia e autoridade em que se posicionam as leis ordinárias, havendo entre estas e aqueles mera relação de paridade normativa (ADI-MC 1480/DF, RHC 79785/RJ, CR-AgR 8279/AT, Ext 662/PU), salvo quando tratar de tema envolvendo direitos humanos. A esse propósito, destaca-se o disposto no Informativo 470 do STF: “Reiterou-se, ainda, o que afirmado no mencionado RE 466343/SP no sentido de que os tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil possuem status normativo supralegal, o que torna inaplicável a legislação infraconstitucional com eles conflitantes, seja ela anterior ou posterior ao ato de ratificação e que, desde a ratificação, pelo Brasil, sem qualquer reserva, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há mais base legal para a prisão civil do depositário infiel”.

(XXIII) A jurisprudência do STJ distingue os tratados normativos (tratados-leis) em que se aplica integralmente o art. 98 do CTN e os tratados contratuais (tratados-contratos ou tratados-convencionais) em que não se aplica o art. 98 do CTN. Conforme o art. 98 do CTN,os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam alegislação tributária interna, e serão observados pela que lhessobrevenha. Contudo, segundo entendimento do STJ, este dispositivo se aplica aos tratados-leis, mas não aos tratados-contratuais.

(XXIV) “Os tratados e as convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais” (§3°, do art. 5°, da CF/88).

(XXV) O Senado Federal é uma Casa Legislativa que representa os Estados e o Distrito Federal. Então, as resoluções senatoriais tratam de impostos estaduais e distritais (na esfera de competência estadual), ou seja, imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD), imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA).

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(XXVI) Os temas em que o texto constitucional estabelece como de competência de Resolução do Senado Federal são: (i) O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §1°, IV); (ii) No ICMS, resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço (1/3) dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação (art. 155, §2°, IV); (iii) No ICMS, é facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; (b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, V); (iv) O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §6°, I).

RESOLUÇÕES DO SENADO FEDERAL (i) O ITCMD terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §1°, IV); (ii) No ICMS, resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço (1/3) dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação (art. 155, §2°, IV); (iii) No ICMS, é facultado ao Senado Federal: (a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; (b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros (art. 155, §2°, V); (iv) O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal (art. 155, §6°, I).

(XXVII) Cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados em relação ao ICMS (CF, art. 155, §2°, XII, “g”). A referida lei complementar é a de n° 24/75, ainda vigente no País, dispondo logo no seu art. 1° que as isenções do ICMS serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. O estabelecido neste art. 1°

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também se aplica: (i) à redução da base de cálculo; (ii) à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiros; (iii) à concessão de créditos presumidos; (iv) à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do respectivo ônus; (v) às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nesta data.

(XXVIII) No direito tributário, os decretos têm o seu conteúdo e alcance restringido aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei (CTN, art. 99). Segundo a jurisprudência do STF, ressaltamos que a definição de vencimento das obrigações tributárias (data para pagamento) e a instituição de obrigações tributárias acessórias não estão no campo reservado à lei, podendo ser alvo de Decreto do Poder Executivo.

(XXIX) São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: (i) os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas. Por exemplo, instruções normativas (IN), ordens de serviço, circulares, pareceres normativos, portarias ministeriais, resoluções do Ministro da Fazenda, dentre outros; (ii) as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa. Por exemplo, as decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais– CARF, que é ligado ao Ministério da Fazenda; (iii) as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas (costume); (iv) os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Aqui se trata dos convênios de colaboração ou de cooperação firmados para o aprimoramento da arrecadação e fiscalização tributária.

(XXX) A observância das normas complementares não exclui a cobrança dos tributos, mas somente a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

Agora, vamos paras as questões de hoje:

1. (ESAF/Advogado/IRB/2006) A Emenda Constitucional n. 42/2003 promoveu algumas alterações no Sistema Tributário Nacional, objetivando dar tratamento diferenciado às pequenas e médias empresas. Considerando esse dado, avalie o acerto das

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afirmações abaixo; em seguida, marque a opção correta. I. lei complementar poderá instituir regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. II. uma vez instituído o regime único a que se refere o item I acima, poderá o contribuinte optar ou não por ele. III. ainda sobre o regime mencionado no item I, se vier a ser adotado, nele não poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado. IV. os entes federados poderão, no regime único, adotar cadastro único de contribuintes. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas um item correto. c) Há apenas dois itens corretos. d) Há apenas três itens corretos. e) Todos os itens estão errados.

O item I está correto, pois a lei complementar poderá instituir regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme o parágrafo único do art. 146 da CF/88.

O item II está correto, pois, uma vez instituído o regime único de arrecadação dos impostos e contribuições dos entes federativos, poderá o contribuinte optar ou não por ele, conforme o parágrafo único, inc. I, do art. 146 da CF/88.

O item III está incorreto, eis que se regime único de arrecadação dos impostos e contribuições dos entes federativos vier a ser adotado, nele poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado, segundo o parágrafo único, inc. II, do art. 146 da CF/88.

O item IV está correto, eis que os entes federados poderão, no regime único, adotar cadastro nacional único de contribuintes, de acordo com o parágrafo único, inc. IV, do art. 146 da CF/88.

Portanto, a resposta é a letra “d”: há apenas três itens corretos.

2. (ESAF/AFE/2006/CE) A lei complementar, de modo geral, em matéria tributária, é utilizada para,

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entre outras matérias, estabelecer as normas gerais. Já em relação ao ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ela possui atribuições específicas. Sobre estas, julgue os itens abaixo; em seguida, assinale a opção correta. Cabe à lei complementar, em tema de ICMS: I. definir as suas alíquotas em operações interestaduais com gás natural, seus derivados, lubrificantes e combustíveis. II. definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais incidirá uma única vez. III. disciplinar o regime de compensação do imposto. IV. prever casos de manutenção de crédito relativamente à exportação de serviços e mercadorias. a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I, III e IV. c) Estão corretos apenas os itens III e IV. d) Estão corretos apenas os itens I e II. e) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.

De acordo com as alíneas “h”, “c” e “f”, do inc. XII, do §2°, do art. 155, da CF/88, respectivamente, cabe à lei complementar, em tema de ICMS: (i) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais incidirá uma única vez; (ii) disciplinar o regime de compensação do imposto; (iii) prever casos de manutenção de crédito relativamente à exportação de serviços e mercadorias.

Portanto, a letra correta é a “e”: estão corretos apenas os itens II, III e IV.

3. (ESAF/Advogado/IRB/2004) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. • A Constituição Federal permite que lei complementar estabeleça critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência? • É admissível que lei complementar regule as limitações que a Constituição Federal impõe ao poder de tributar? • Compete ao Distrito Federal instituir imposto sobre propriedade predial e territorial urbana? a) Não, sim, sim. b) Não, sim, não.

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c) Não, não, sim. d) Sim, não, sim. e) Sim, sim, sim.

A Constituição Federal permite que lei complementar estabeleça critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência? Sim, conforme o art. 146-A da CF/88.

É admissível que lei complementar regule as limitações que a Constituição Federal impõe ao poder de tributar? Sim, conforme o inc. II, do art. 146 da CF/88.

Compete ao Distrito Federal instituir imposto sobre propriedade predial e territorial urbana? Sim, conforme o art. 147 da CF/88.

Portanto, a resposta certa é “e”.

4. (ESAF/PGDF/2007.1) Assinale a opção correta. As leis complementares prestam-se basicamente a três (3) tipos de atuação em matéria tributária. Em conseqüência, elas dispõem sobre: a) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. b) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados; normas gerais de direito tributário. c) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributário. d) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. e) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de

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tributar da União e dos Estados, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal.

Conforme os incs. I, II e III, do art. 146, da CF/88, a resposta certa é a letra “a”.

5. (TRF/2003/ESAF) Assinale a opção correta. a) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Congresso Nacional e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. b) O sistema tributário federal é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Congresso Nacional e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. c) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. d) O sistema tributário federal é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, pela legislação tributária federal, estadual, e pelas leis municipais. e) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, em resoluções do Senado, nas Constituições, em leis estaduais e em resoluções do CONFAZ e em leis municipais.

A resposta desta questão é o art. 2° do CTN, adaptado a realidade atual, a saber: “O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais”.

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Portanto, a resposta é “c”.

6. (AFTN/94/ESAF) Normas gerais de direito tributário precisam ser reguladas por meio de a) lei complementar federal, que ainda não foi editada, razão por que ainda não existem normas gerais válidas, estando a União, os Estados e demais entes tributantes dispensados de observá-las enquanto o Congresso Nacional não as edite. b) lei complementar federal que, conquanto ainda não editada como tal, já existia sob a forma de lei ordinária (Código Tributário Nacional) e que, por força de normas constitucionais posteriores, passou a ter a rigidez própria de lei complementar. c) lei ordinária federal que já existia (Código Tributário Nacional) e que deve ser obrigatoriamente observada pelas leis estaduais e municipais, porém não pelas leis ordinárias federais, já que, sendo da mesma hierarquia, estas poderão alterar ou revogar aquele Código. d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matéria de importância eminente, que diz respeito à organização do Estado, somente por regra de tal hierarquia podem ser veiculadas. e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definição dos tributos de sua competência, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.

A resposta é a letra “b”, uma vez que atualmente o CTN/66 ainda faz o papel de estabelecer normas gerais de direito tributário, de acordo com o art. 146, III, da CF/88.

7. (AFTN/98/ESAF) A Emenda Constitucional n.º 18, de 1965, aludia a leis complementares; porém somente a partir da Constituição de 1967 é que passou a existir a lei complementar em sentido formal, votada com quorum privilegiado. À vista disto, indique, em relação ao Código Tributário Nacional (CTN, Lei n.º 5.172, de 1966), qual conclusão e respectiva justificação são simultaneamente corretas. a) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, foram

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revogadas pelo novo regime, eis que tal Código foi votado como lei ordinária. b) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, continuam em plena vigência, quando compatíveis com as normas constitucionais atuais. c) O CTN pode ser revogado por lei ordinária ou medida provisória, pois as leis ordinárias em geral, como a Lei n.º 5.172, podem ser revogadas ou modificadas por outras leis de igual hierarquia. d) O CTN pode ser revogado por lei ordinária, mas não por medida provisória, porque a estas é defeso tratar de tributos. e) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, continuam em plena vigência, porque não revogadas ou modificadas por lei ordinária posterior.

A resposta é a letra “b”novamente, uma vez que as normas contidas no CTN continuam com plena vigência, quando compatíveis com a CF/88, o que não é o caso de diversos artigos do CTN, tais como os arts. 52 a 62, 68 a 75, 83 a 95, dentre outros que já foram ou serão comentados durante o nosso curso.

8. (AFRF/2002.2/ESAF) O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos impostos discriminados na Constituição há de ser feito por a) lei complementar federal, em todos os casos. b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar estadual para os Estados e Municípios. c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios. d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso. e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os Municípios.

A questão fala em norma geral de direito tributário, pois enuncia “em caráter geral”.

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Então, a resposta certa é “a”, de acordo com o art. 146, III, “a”, eis que cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes.

9. (AFRF/2005/ESAF) Leis complementares, ou leis complementares à Constituição, são espécies normativas que têm a função de complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, normalmente devido à sua complexidade. As leis complementares, por força do art. 69 da Constituição, serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Considerando apenas o texto expresso da Constituição, pode-se concluir que as leis complementares em matéria tributária não tratam: a) da instituição de impostos residuais. b) da definição dos produtos industrializados sobre os quais o imposto incidirá uma única vez. c) da instituição de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. d) do estabelecimento de critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. e) da regulação da forma e das condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, relativamente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A resposta é letra “b”, pois, na verdade, cabe à lei complementar definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais oICMS incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, de acordo com a alínea “h”, do inc. XII, do §2°, do art. 155, da CF/88.

10. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o disposto no art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário.

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( ) Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. ( ) Lei ordinária pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis. a) V, F, F, F. b) F, V, F, V. c) V, F, F, V. d) F, F, F, V. e) V, F, V, F.

O item I é verdadeiro, pois, de acordo com o art. 146, III, “b”, da CF/88, e também a interpretação do STF, somente lei complementar federal pode criar formas de extinção do crédito tributário.

O item II é falso, porque lei ordinária não pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes, mas somente a norma constitucional.

O item III é falso, porque lei ordinária não pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário, mas sim lei complementar federal, conforme o art. 146, III, “b”, da CF/88.

O item IV é falso, eis que apenas lei complementar federal pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis, de acordo com o art. 146, III, “b”, da CF/88 e também a interpretação do STF.

Portanto, a resposta é a letra “a”.

11. (AFTN/94/ESAF) Os impostos criados no uso da competência residual, somente podem ser instituídos a) pelos Estados não divididos em Municípios. b) no Territórios federais, e pela União. c) mediante lei complementar federal, estadual ou municipal. d) se houver inovação na definição do fato gerador e da base de cálculo, e desde que se possa abater numa operação o valor do mesmo imposto pago nas operações anteriores.

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e) em lei complementar federal, e desde que se trate dos chamados “impostos em cascata”, isto é, em que seja possível o cúmulo de bases de cálculo.

A resposta desta questão está no art. 154, I, da CF/88, afirmando que a União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos no art. 153 (II, IE, IPI, IR, ITR, IOF e IGF), desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.

Portanto, a resposta é a letra “d”.

12. (AFRF/2000/ESAF) O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição, mediante a) lei ordinária federal. b) lei ordinária de cada ente tributante. c) lei complementar de cada ente tributante. d) lei complementar federal. e) lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal.

De acordo com o art. 146, III, “b”, da CF/88, o estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se mediante lei complementar federal.

Portanto, a resposta é a letra “d”.

13. (FTE/PA/2002/ESAF) Prestam-se a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos: a) normas complementares b) decretos c) tratados internacionais d) leis ordinárias e) leis complementares.

A resposta é letra “e”, eis que as leis complementares fazem o papel de adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos, tais como imposto sobre

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grandes fortunas (IGF), empréstimos compulsórios, impostos residuais da União e contribuições sociais novas ou residuais.

14. (FTE/PA/2002/ESAF) No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de: a) taxas. b) contribuições de melhoria. c) empréstimos compulsórios. d) contribuições sociais. e) pedágios.

A resposta é a letra “c”, eis que a CF/88 proíbe a lei delegada de tratar de temas referentes a lei complementar (art. 68, §1°).

15. (ESAF/PFN/2007.2) O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado _____________, foi recebido pelas Constituições como _____________. Normas especiais sobre obrigação, lançamento e crédito tributários cabem à _____________ de cada ente tributante. _____________, decorrente de obras públicas, poderá ser instituída(o), conforme o caso, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Examine as afirmações e as lacunas supra. Após, selecione, entre as expressões abaixo, as que preenchem corretamente as lacunas, na devida sequência. a) como lei ordinária/lei complementar; legislação ordinária; A contribuição de melhoria. b) como código/lei complementar; lei complementar; A taxa de obra c) como lei ordinária/código; lei complementar; A contribuição de melhoria. d) como ato complementar/código; legislação ordinária; O tributo vinculado. e) como lei complementar/lei ordinária; legislação ordinária; A taxa de serviço.

O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado por leiordinária, foi recebido pelas Constituições como lei complementar.

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Normas especiais sobre obrigação, lançamento e crédito tributários cabem à legislação ordinária de cada ente tributante.

A contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser instituída, conforme o caso, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, conforme art. 145, III, da CF/88.

Portanto, a resposta é a letra “a”.

16. (AFTN/98/ESAF/Adaptada) Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas gerais contidas no Código Tributário Nacional - CTN. a) O CTN continua com força de lei ordinária. b) O CTN continua lei ordinária, mas com força de lei complementar. c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas é revogável, em qualquer matéria, por lei ordinária. d) Sua força de lei complementar se adstringe aos conflitos de competência tributária entre a União e os Estados. e) O CTN é lei complementar em sentido formal, mas lei ordinária em sentido material.

A resposta mais adequada é a “b”, eis que o CTN é lei ordinária, com força de lei complementar, só podendo ser modificado ou alterado por lei complementar ou emenda à Constituição.

17. (TRF/2003/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo e atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta. A concessão de subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido, anistia ou remissão relativos a impostos, taxas ou contribuições ( ) depende de lei complementar específica, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição; ( ) depende de lei federal, estadual ou municipal, não constituindo limitação constitucional do poder de tributar; ( ) depende de lei federal, estadual ou municipal específica, sendo uma limitação do poder de tributar. a) V, V, F.

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b) V, F, F. c) F, F, F. d) F, F, V. e) F, V, V.

A resposta desta questão está no art. 150, §6°, da CF/88, eis que qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto nos convênios interestaduais do CONFAZ.

E a citada reserva de lei específica para os benefícios fiscais concedidos pelas pessoas políticas de direito público é uma limitação constitucional ao poder de tributar, eis que está localizada entre os arts. 150 a 152 da CF/88, que é a seção das limitações do poder de tributar.

Portanto, a resposta é a letra “d”.

18. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituição de 1988 como: a) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a mesma hierarquia. b) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, que passou a ser Código Tributário Nacional. c) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor. d) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais em vigor à data de sua edição, os projetos de Código tinham tramitação especial. e) lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária.

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O CTN, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela CF/88 como lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária.

Portanto, a resposta é a letra “e”.

19. (TTN/94/ESAF) Na forma da Constituição, a isenção do imposto sobre a propriedade territorial urbana pode ser concedida somente a) por lei federal. b) por lei específica estadual. c) por lei específica municipal. d) por lei federal, estadual ou municipal. e) por lei complementar federal, ou lei municipal.

A resposta é letra “c”, conforme interpretação do art. 150, §6°, da CF/88, uma vez que o IPTU é um imposto municipal.

20. (AFTN/94/ESAF) Pela nova disciplina da concessão dos chamados “favores tributários”, estabelecida no art. 150. § 6º da Constituição pela Emenda Constitucional n.º 3, de 1993, a) nenhuma isenção do imposto de importação pode ser concedida sem tratado ou convenção internacional que assegure reciprocidade aos produtos brasileiros. b) a compensação do crédito tributário somente pode ser disciplinada por lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente esta matéria. c) não pode ser concedida a remissão de um imposto em lei que trate de outros aspectos deste imposto. d) não pode ser concedida redução de base de cálculo de imposto sobre produtos industrializados por lei que trate exclusivamente deste imposto, porém não cuide de outros favores fiscais. e) uma anistia de imposto de renda somente pode ser concedida em lei que trate exclusivamente de anistia ou exclusivamente de imposto de renda.

A resposta é letra “e”, conforme interpretação do art. 150, §6°, da CF/88, eis que este dispositivo exige lei específica do ente federativo competente para tratar do respectivo tributo.

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Portanto, o fundamento para a resposta é o art. 150, §6°, da CF/88, a saber: “Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g (convênios interestaduais sobre ICMS)”.

A lei ordinária deve ser específica.

Isto é, a lei apenas pode tratar deste tema (isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições).

Ou a isenção ou outros "favores fiscais" é disposta em uma lei sobre determinado tributo (por exemplo, uma lei que regule apenas o imposto de renda ou o imposto de importação).

Deste modo, a letra "a" é falsa, pois, no caso, não é necessário tratado ou convenção internacional.

A letra "b" é falsa, pois a Constituição não fala em compensação tributária.

A letra "c" é falsa, uma vez que a lei sobre determinado imposto pode regular a remissão.

A letra "d" é falsa, pelo mesmo motivo da letra "c", pois a lei apenas sobre o IPI pode regular a redução de base de cálculo e os outros "favores fiscais" (isenção, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão).

21. (ESAF/ATRFB/2010) Sobre o ISS – Imposto sobre Serviços de qualquer natureza, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção que seja adequada às suas respostas: I. o artigo da Constituição Federal que prevê a cobrança do ISS remete à lei complementar a definição dos serviços de qualquer natureza sujeitos à tributação; II. a lei complementar que definir os serviços sujeitos à tributação pelo ISS está adstrita à base econômica “serviços de qualquer natureza”;

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III. a lei complementar que definir os serviços sujeitos à tributação pelo ISS não pode definir como serviços sujeitos à incidência do ISS aquelas espécies atribuídas constitucionalmente à competência tributária dos estados; IV. em face da lei complementar, cabe ao Município, ou ao Distrito Federal, mediante lei própria, instituir o ISS. Normalmente, as leis municipais copiam a lista de serviços passíveis de tributação constante da lei complementar, exercendo, pois, plenamente, a sua competência tributária. a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV. d) Todos os itens estão corretos. e) Estão corretos apenas os itens I e III.

ITEM I. O texto constitucional dispõe que compete aos Municípios instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISS) definidos em lei complementar e não compreendidos no ICMS (art. 156, III). Logo, correta.

ITEM II. Segundo a norma constitucional a base de incidência do ISS são os “serviços de qualquer natureza” estabelecidos em lei complementar (art. 156, III). Logo, correta.

ITEM III. O texto constitucional dispõe que os serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar, não podem abranger a competência tributária estadual citando expressamente o ICMS (art. 156, III). Portanto, correta.

ITEM IV. O ISS de competência dos Municípios e do Distrito Federal tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa a LC 116/03, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. Ou seja, a lista anexa a LC 116/03 estabelece as hipóteses de prestação de serviço que podem ser tributadas pelo ISS, sendo uma lista taxativa, segundo a jurisprudência do STF e STJ. Desta forma, é verdade que as leis ordinárias municipais e a distrital instituem o ISS e, normalmente, copiam a lista anexa a LC 116/03. Logo, correta.

Portanto, a alternativa que deve ser marcada é a letra “d”.

22. (ESAF/PFN/2007.1) 1) O STJ, em matéria de direito internacional tributário, tem entendido que os tratados-leis,

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diferentemente dos tratados-contratos, não podem ser alterados pela legislação interna. 2) Cabe à lei complementar dispor sobre a vedação a que se estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais. 3) A União não pode criar situação de isenção ao ICMS, por via indireta, ou seja, por meio de tratado ou convenção internacional que garanta ao produto estrangeiro a mesma tributação do similar nacional. a) As três afirmações são verdadeiras. b) Só é verdadeira a primeira asserção. c) Só é falsa a terceira afirmação. d) Só são verdadeiras as duas últimas. e) São todas falsas.

O item I é verdadeiro, pois o STJ, em matéria de direito internacional tributário, tem entendido que os tratados-leis, diferentemente dos tratados-contratos, não podem ser alterados pela legislação interna, conforme jurisprudência citada em aula.

O item II é verdadeiro, eis que cabe à lei complementar dispor sobre a vedação a que se estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais, de acordo com o art. 146, II, da CF/88.

O item III é falso, pois a União pode criar situação de isenção ao ICMS, por via indireta, ou seja, por meio de tratado ou convenção internacional que garanta ao produto estrangeiro a mesma tributação do similar nacional, conforme jurisprudência citada em aula.

Portanto, a resposta é letra “c”.

23. (ATE/MS/2001/ESAF) Os tratados e as convenções internacionais que disponham sobre matéria tributária a) submetem-se à legislação tributária interna. b) revogam ou modificam a legislação tributária interna, mas não serão observados pela que lhes sobrevenha. c) não têm eficácia se contrários à legislação tributária interna. d) terão suas cláusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se à legislação interna. e) modificam ou revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

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Conforme a interpretação literal do art. 98 do CTN, a resposta é a letra “e”.

24. (AFTN/94/ESAF) Para aprovar um tratado, convenção ou ato internacional destinado a evitar a dupla tributação em matéria de imposto sobre rendimentos, o instrumento necessário, segundo decorre dos termos da Constituição da República, da praxe e das normas de direito interno é a) o decreto legislativo. b) a emenda constitucional. c) a lei delegada. d) a lei ordinária. e) a assinatura da minuta pelos representantes plenipotenciários.

A resposta correta é letra “a”, de acordo com o art. 49, I, da CF.

25. (AFRF/2002.1/ESAF) O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por a) lei ordinária. b) lei complementar. c) lei delegada. d) decreto legislativo. e) resolução do Senado Federal.

Os tratados internacionais são atos normativos de competência privativa do Presidente da República, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII).

Nesse rumo, segundo o art. 49, I, da CF/88, é da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Deste modo, no que se refere à integração do tratado internacional no ordenamento jurídico interno brasileiro, faz-se necessário que haja aprovação por decreto legislativo emanado do Congresso Nacional para que adquira força de lei. Após a

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aprovação do tratado internacional pelo decreto legislativo do Congresso Nacional (veículo introdutor de normas tributárias internacionais), há a promulgação por meio de decreto do Presidente da República, promovendo, então, a executoriedade da norma internacional no âmbito do direito positivo interno.

Portanto, a resposta correta é a letra “d” (CF, art. 49, I).

26. (ESAF/Auditor/TCE/GO/2007) e também (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) Segundo definição contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir a) que, a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. b) que as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. c) que medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. d) que as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. e) que as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria provisória, em nenhuma situação.

Esta questão foi repetida nas duas provas citadas.

A resposta é a “d”, pois as medidas provisórias podem cuidar de matéria tributária, conforme interpretação do §2°, do art. 62, da CF/88.

27. (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) As leis complementares são diplomas legais que têm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, em

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geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matéria tributária, podemos afirmar que serão utilizadas para I. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. II. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Estão corretos apenas os itens a) I, III e V. b) I, III, IV e V. c) II, III, IV e V. d) I, II, III e V. e) I, IV e V.

O primeiro item é correto, em razão do art. 146-A da CF/88.

O segundo item é incorreto, pois a instituição (criação) da contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis pode ser feita por lei ordinária, porque a CF/88, neste caso, não exige lei complementar.

O terceiro item é correto, em razão do art. 146, I, da CF/88.

O quarto item é correto, em razão do art. 146, III, “d”, da CF/88.

O quinto item é correto, em razão do art. 146, II, da CF/88.

Portanto, a resposta certa é a “b”.

28. (PFN/98/ESAF) Alíquota da contribuição sobre lucro líquido, majorado por medida provisória convertida em lei posteriormente, pode ser aplicada a) após decorridos noventa dias da publicação da lei. b) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da lei.

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c) após decorridos noventa dias da publicação da medida provisória. d) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da medida provisória. e) após decorridos noventa dias da sanção da lei.

A resposta correta é a “c”, conforme entendimento jurisprudencial, eis a majoração da alíquota da contribuição sobre lucro líquido (CSLL) deve obedecer a noventena (art. 195, §6°, da CF) e a questão não fala em alterações substanciais no momento da conversão da medida provisória em lei.

29. (AFRF/2003/ESAF) Responda com base na Constituição Federal. (i) Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1º de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2003? (ii) É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade territorial rural? (iii) No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação? a) Não, não, não. b) Não, sim, não. c) Não, não, sim. d) Sim, não, sim. e) Sim, sim, não.

A Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1º de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2003? Não, pois era necessária a sua conversão em lei até 31 de dezembro de 2002, em face do §2°, do art. 62, da CF/88.

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É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade territorial rural? Não, pois medida provisória não pode estabelecer matéria reservada à lei complementar (CF, art. 62, §1°, III).

No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação? Não, cabe a resolução de competência do Senado Federal este papel (CF, art. 155, §2°, IV).

Portanto, a resposta certa é a “a”.

30. (AFRF/2002.1/ESAF) Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória a) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. b) matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. c) majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada. d) aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. e) matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

A resposta está no art. 62, da CF, que trata da medida provisória (MP), a saber:

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 32, de 2001)

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§ 1º É vedada (proibida) a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, (IE, II, IPI, IOF) e 154, II (IEG-imposto extraordinário de guerra), só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

A letra "a" é falsa, pois a MP não pode tartar de matéria reservada a lei complementar (limitações constitucionais ao poder de tributar).

A letra "b" é falsa, uma vez que é proibido a regulação por MP de matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

A letra "c" é falsa, pois MP que implique instituição ou majoração de imposto sobre renda (IR) só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

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A letra "d" é falsa, uma vez que é vedada a reedição de MP, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

A letra "e" é verdadeira, pois a MP pode tratar de matéria tributária, exceto em temas que não podem ser regulados por lei ordinária.

Por exemplo, o art. 146, I e II, que dispõe que cabe à lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; e regular as limitações constitucionais ao poder de tributar.

Portanto, de acordo com o art. 62, da CF/88, a resposta é a letra “e”.

31. (Analista Contábil-Financeiro/2006/CE) A Constituição Federal de 1988 incumbiu determinada espécie normativa de dispor especificamente sobre matérias de interesse dos Estados-Membros e do Distrito Federal, tais como a fixação de alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações internas, e também de fixar alíquotas máximas do ITCMD. A espécie normativa que cuida dessas matérias é: a) decreto presidencial. b) decreto legislativo. c) medida provisória. d) lei complementar. e) resolução do Senado Federal.

A resposta correta é a letra “e”, de acordo com art. 155, §2°, V e art. 155, §1°, IV, todos da CF/88.

32. (AFTN/94/ESAF/Adaptada) (i) O estabelecimento de alíquotas máximas do ICMS nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse dos Estados; (ii) o estabelecimento de alíquotas do ICMS aplicáveis no caso da prestação de serviços interestaduais de transporte; (iii) a fixação da alíquota máximas do ISS na prestação de serviços de transporte de âmbito exclusivamente municipal; (iv) o estabelecimento das alíquotas mínimas, no caso de operações internas de ICMS; (v) a fixação de alíquotas, no caso de ISS; cabem, respectivamente,

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a) à lei complementar; ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei complementar. b) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei complementar. c) à lei complementar; à lei complementar; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei municipal. d) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; ao Senado Federal; à lei municipal. e) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei complementar; à lei municipal.

(i) O estabelecimento de alíquotas máximas do ICMS nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse dos Estados; (ii) o estabelecimento de alíquotas do ICMS aplicáveis no caso da prestação de serviços interestaduais de transporte; (iii) a fixação da alíquota máximas do ISS na prestação de serviços de transporte de âmbito exclusivamente municipal; (iv) o estabelecimento das alíquotas mínimas, no caso de operações internas de ICMS; (v) a fixação de alíquotas, no caso de ISS; cabem, respectivamente, ao Senado Federal (art. 155, §2°, V); ao SenadoFederal (art. 155, §2°, IV); à lei complementar (art. 156, §3°, I ;ao Senado Federal (art. 155, §2°, V); à lei municipal (art. 156, III).

Portanto a resposta certa é a “d”.

33. (PFN/98/ESAF) Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por ___________. O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como ___________. As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante ___________. As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por ___________. Veja, entre as cinco alíneas abaixo, com qual de suas expressões se preenche corretamente cada uma das lacunas acima.

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v) resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. w) lei ordinária. x) lei complementar. y) resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros. A resposta certa corresponde à seguinte seqüência: a) y, x, x, v b) v, w, x, y c) y, w, x, v d) v, w, w, y e) v, x, w, y

Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros, conforme o art. 155, §2°, V, da CF/88.

O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como leiordinária.

As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante lei complementar (art. 146, III, da CF/88).

As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, conforme o art. 155, §2°, IV, da CF/88.

Portanto, a resposta certa é a “b”.

34. (AFTN/98/ESAF) (i) Devido ao princípio da soberania nacional previsto já no primeiro artigo da Constituição, um tratado internacional não pode interferir em matéria tributária. (ii) As Resoluções do Senado Federal não interferem na legislação relativa a tributos propriamente federais.

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(iii) Consoante o Código Tributário Nacional, analogia seria (ou é) técnica de integração e não de interpretação da legislação tributária. a) As três assertivas são verdadeiras. b) É verdadeira a primeira assertiva, mas é falsa sua explicação; são falsas as demais. c) Todas as três assertivas são falsas. d) É falsa a primeira assertiva; são verdadeiras as duas últimas. e) É verdadeira a primeira assertiva, falsa a segunda e verdadeira a terceira.

O primeiro item é incorreto, pois o tratado internacional pode interferir em matéria tributária.

O segundo item é correto, pois as Resoluções do Senado Federal não interferem na legislação relativa a tributos propriamente federais, mas somente dos tributos estaduais e distritais (na esfera de competência estadual).

O terceiro item é correto, pois, consoante o art. 108 do CTN, analogia seria (ou é) técnica de integração e não de interpretação da legislação tributária.

Portanto, a resposta certa é a “d”.

35. (TFE/AM/2007/NCE/UFRJ) O imposto que terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal e poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização é o: a) IPVA; b) ICMS; c) ITCM; d) IPTU; e) ITIV.

A resposta é a letra “a”, de acordo com o art. 155, §6°, I e II, da CF/88.

36. (ESAF/PGDF/2004) Marque a opção que apresenta resposta correta, considerando as assertivas abaixo.

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I. O pedido de parcelamento do débito não configura denúncia espontânea para efeito de exclusão da multa moratória. II. A vedação de incidência de correção monetária de créditos escriturais do ICMS não constitui violação dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da isonomia. III. Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas mínimas e máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. IV. Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas máximas do imposto sobre propriedade de veículos automotores. a) somente I, II e III são verdadeiras. b) somente II e III são verdadeiras. c) somente I e II são verdadeiras. d) somente I, III e IV são verdadeiras. e) somente III e IV são verdadeiras.

O primeiro item é correto, eis que o pedido de parcelamento do débito não configura denúncia espontânea para efeito de exclusão da multa moratória (art. 138 do CTN), sendo necessário o pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

O segundo item é correto, eis que a vedação de incidência de correção monetária de créditos escriturais do ICMS não constitui violação dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da isonomia, conforme jurisprudência do STF que vou explicar na aula 6.

O terceiro item é incorreto, pois compete ao Senado Federal fixar as alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD), segundo o art. 155, §1°, IV, da CF/88.

O quarto item é incorreto, uma vez que compete ao Senado Federal fixar as alíquotas mínimas do imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA), segundo o art. 155, §6°, I, da CF/88.

Portanto, a resposta certa é a “c”.

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37. (ESAF/PGDF/2004) Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que apresenta resposta correta. a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados. c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não for contribuinte do imposto. d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial.

A resposta é a letra “d”, conforme art. 155, §2°, V, “a”, da CF/88.

38. (ESAF/PGDF/2007.2) Considerando os princípios informativos e as regras constitucionais aplicadas ao Sistema Tributário Nacional, assinale a opção correta. a) Lei Complementar Nacional não pode regular o modo e a forma dos Estados-membros e o Distrito Federal, sempre após deliberação conjunta (Convênio), expedirem, por ato próprio, concessão e/ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais. b) A atualização do crédito tributário decorrente de ICMS, para preservação de seu valor, é matéria reservada à Lei Complementar Nacional, em razão de a Constituição determinar que somente ela pode estabelecer normas gerais sobre crédito tributário. c) Lei Complementar Nacional não poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e

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contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) A União só poderá instituir empréstimo compulsório, com vinculação obrigatória da aplicação dos recursos arrecadados à despesa que fundamentou sua instituição, por Lei Complementar. e) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, como instrumento de atuação da União nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação e não poderão ter alíquotas específicas, tendo por base a unidade de medida adotada.

A letra “a” é falsa, pois, segundo o art. 155, §2°, XII, “g”, da CF/88, cabe à Lei Complementar Nacional (n° 24/75) regular o modo e a forma dos Estados-membros e o Distrito Federal, sempre após deliberação conjunta (Convênio), expedirem, por ato próprio, concessão e/ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais.

A letra “b” é falsa, uma vez que a atualização do crédito tributário decorrente de ICMS, para preservação de seu valor, não é matéria reservada à Lei Complementar Nacional, pois, segundo o §2°, do art. 98, do CTN, tal atualização monetária pode ser feita até por Decreto.

A letra “c” é falsa, eis que Lei Complementar Nacional poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (CF, art. 146, III, “d”, parágrafo único).

A letra “d” é verdadeira, uma vez que a União só poderá instituir empréstimo compulsório, com vinculação obrigatória da aplicação dos recursos arrecadados à despesa que fundamentou sua instituição, por Lei Complementar (CF, art. 148).

A letra “e” é falsa, porque as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, como instrumento de atuação da União nas respectivas áreas, não poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação e poderão ter alíquotas específicas, tendo por base a unidade de medida adotada (CF, art. 149, §2°, I e III, “b”).

39. (ESAF/PGDF/2007.1) O art. 151, III, da CF estipula que é vedado à União instituir isenções de

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tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Com base na interpretação e aplicação do mencionado dispositivo, assinale, entre as opções abaixo enumeradas, a que está correta. a) A legislação federal, quando não inclui o IPI na base de cálculo do ICMS não está isentando o contribuinte do pagamento desse tributo. b) Isenção concedida mediante convênio celebrado por Estados-membros, por receber apoio da legislação federal, incide em violação à regra constitucional que veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados e do Distrito Federal. c) A isenção heterônoma é, em regra, admitida pelo art. 151, III, da Constituição Federal. d) O constituinte derivado pode outorgar competência à União para instituir isenção de imposto estadual, sem ferir a regra do art. 151, III, da CF. e) Os Estados-membros, mediante convênio, podem autorizar a União a conceder isenção de ICMS para a circulação de mercadorias em determinadas regiões do País, por período certo.

A letra “a” é verdadeira, pois a legislação federal, quando não inclui o IPI na base de cálculo do ICMS não está isentando o contribuinte do pagamento desse tributo, pois o art. 155, §2°, XI, da CF/88, já estabelece que o ICMS “não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos” (imunidade tributária).

A letra “b” é falsa, eis que isenção concedida mediante convênio celebrado por Estados-membros, mesmo recebendo apoio (=fundamentada) da legislação federal, não incide em violação à regra constitucional que veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados e do Distrito Federal, eis que também tem disciplina constitucional (CF, art. 150, §6° c/c art. 155, §2°, XII, “g”).

A letra “c” é falsa, eis que a isenção heterônoma é, em regra, inadmitida pelo art. 151, III, da CF/88.

A letra “d” é falsa, uma vez que se o constituinte derivado outorgar competência à União para instituir isenção de imposto estadual fere exatamente a regra do art. 151, III, da CF.

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Mas isto não quer dizer que tal Emenda Constitucional é inconstitucional e fere a cláusula pétrea do princípio federativo (CF, art. 60, §4°, I), pois é o STF que dirá no caso concreto se entende desta forma.

A letra “e” é falsa, porque, segundo o regramento vigente na LC 24/75, não há qualquer regra que possibilite os Estados-membros, mediante convênio, autorizar a União a conceder isenção de ICMS para a circulação de mercadorias em determinadas regiões do País, por período certo.

40. (ESAF/AFRF/2005/adaptada) Leia cada um dos enunciados abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. () Os convênios reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa, por assimilação deles aos tratados internacionais que, pela Constituição, necessitam da aprovação prévia do Congresso Nacional. ( ) Os atos administrativos normativos entram em vigor, em regra, na data da sua publicação. a) F F. b) VV. c) V F. d) F V.

O primeiro item é falso, pois os convênios não reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa. Por exemplo, no caso do ICMS, os convênios são celebrados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).

O segundo item é verdadeiro, eis que, em regra, os atos administrativos normativos entram em vigor na data da sua publicação, em razão do art. 103, I, do CTN.

Portanto, a resposta é “d”.

41. (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) O princípio constitucional da legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns tributos

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poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes, não se inclui: a) Imposto de Importação. b) Imposto Territorial Rural. c) Imposto sobre Operações Financeiras. d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis. e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

A resposta é a letra “b”, de acordo com o §1°, do art. 153 da CF/88.

42. (Auditor/Fortaleza/98/ESAF) Em matéria de impostos não é preciso lei para estabelecer a) as hipóteses de compensação e transação. b) a cominação de penalidades. c) as obrigações tributárias acessórias. d) a dispensa de penalidades. e) a fixação da base de cálculo.

De acordo com jurisprudência do STF e arts. 97 e 113, §2°, do CTN, a resposta é “c”.

43. (AFTN/98/ESAF) Segundo se depreende do Código Tributário Nacional, um ato infralegal (um decreto, por exemplo) pode estabelecer a(s) a) extinção de um tributo. b) hipóteses de anistia. c) definição do fato gerador da obrigação tributária acessória, nos limites da lei. d) redução do Imposto Territorial Rural. e) fixação da alíquota do Imposto de Renda.

De acordo com jurisprudência do STF, arts. 97 e 113, §2°, do CTN e §1°, do art. 153 da CF/88, a resposta também é “c”.

44. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por normas com eles incompatíveis? (ii) À luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como “legislação tributária”?

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(iii) Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituição? a) Sim, Sim, Sim. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim. d) Não, Não, Não. e) Não, Sim, Não.

A resposta é sim, pois, segundo o art. 98 do CTN, os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por normas com eles incompatíveis.

A resposta é sim, pois, à luz do art. 96 do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como “legislação tributária”.

A resposta é não, pois, somente a lei pode instituir (criar) impostos autorizados pela Constituição.

Portanto, a resposta é “b”.

45. (ESAF/PGDF/2004) Avalie as indagações a seguir, e em seguida assinale a opção de resposta correta: • As normas complementares compreendidas na expressão “legislação tributária”, de que trata o Código Tributário Nacional, que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes estão, do ponto de vista da hierarquia, em plano superior às leis, aos tratados e às convenções internacionais? • O Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição em contrário, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicação? • Em obséquio ao princípio da irretroatividade da lei, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou? • As contribuições sociais para a seguridade social somente poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado? a) Sim, sim, não, não. b) Sim, não, não, sim.

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c) Não, não, sim, sim. d) Sim, não, sim, não. e) Não, sim, não, sim.

A resposta é não, porque as normas complementares compreendidas na expressão “legislação tributária”, de que trata o CTN, que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes estão, do ponto de vista da hierarquia, em plano inferior às leis, aos tratados e às convenções internacionais.

A resposta é sim, pois o art. 103, I, do CTN, estabelece que, salvo disposição em contrário, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicação.

A resposta é não, porque em obséquio ao princípio da anterioridade anual da lei, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

A resposta é sim, por, segundo disposição expressa do §6°, do art. 195, da CF/88, as contribuições sociais para a seguridade social somente poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado.

Portanto, a resposta é letra “e”.

46. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a Legislação Tributária, assinale a opção correta. a) Pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”. b) O prazo de recolhimento de determinado tributo não pode ser minorado por regulamento específico, haja vista a exigência constitucional de lei em sentido estrito. c) Segundo a Constituição Federal, há exigência de lei complementar para a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico. d) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais.

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e) As decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

Letra (A). A “legislação tributária” compreende as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes (art. 96, CTN). E são normas complementares os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (“ordem de serviço expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte”). Logo, correta.

Letra (B). Segundo jurisprudência consagrada no STF, o prazo de recolhimento de determinado tributo pode ser minorado ou alterado por regulamento específico, sem desobedecer ao princípio da legalidade. Logo, incorreta.

Letra (C). Segundo a Constituição Federal e interpretação do STF, há exigência de lei ordinária para a instituição de CIDE. Logo, incorreta.

Letra (D). Segundo o §3°, do art. 5°, da CF, os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Logo, incorreta.

Letra (E). As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa, integram a legislação tributária (art. 100, II, CTN). Isto é, a lei deve necessariamente atribuir eficácia normativa as decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, para que estas passem a integrar a legislação tributária. Ou seja, não é a regra como diz o enunciado da questão. Logo, incorreta.

47. (ISS/RJ/2010) Sobre a lei complementar nacional de normas gerais de direito tributário, a que se refere o art. 146 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é incorreto afirmar que: a) cabe a ela dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, inclusive entre municípios. b) cabe a ela regular as hipóteses de imunidade.

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c) cabe a ela definir, em relação ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, a respectiva base de cálculo. d) cabe a ela definir, em relação às taxas em razão do exercício do poder de polícia, os respectivos contribuintes. e) cabe a ela estabelecer normas gerais em matéria de obrigação, lançamento e crédito tributários.

Letra (A). Cabe a lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, inclusive entre municípios, conforme o art. 146, I, da CF. Logo, correta.

Letra (B). Cabe a lei complementar regular as hipóteses de imunidade (limitação ao poder de tributar), conforme o art. 146, II, da CF. Logo, correta.

Letra (C). Cabe a lei complementar, em relação ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e os demais impostos discriminados na Constituição, a respectiva base de cálculo, de acordo com o art. 146, III, “a”, da CF. Logo, correta.

Letra (D). Cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (art. 146, III, “a”, da CF). Ou seja, a Constituição apenas se refere aos impostos e não as taxas. Logo, incorreta.

Letra (E). Cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de obrigação, lançamento e crédito tributários, de acordo com o art. 146, III, “b”, da CF. Logo, correta.

48. (ISS/RJ/2010) No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar que: a) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da Constituição Federal. b) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas. c) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. d) não podem dispor sobre isenções internas.

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e) somente podem alterar a legislação interna federal.

Letra (A). Os tratados internacionais em matéria tributária não se sobrepõem a Constituição Federal. Logo, incorreta.

Letra (B). Não é necessária a ratificação pelas Casas Legislativas estaduais e municipais. Os tratados internacionais são atos normativos de competência privativa do Presidente da República, sujeitos a referendo do Congresso Nacional (CF, art. 84, VIII). Assim, segundo o art. 49, I, da CF/88, é da competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Deste modo, no que se refere à integração do tratado internacional no ordenamento jurídico interno brasileiro, faz-se necessário que haja aprovação por decreto legislativo emanado do Congresso Nacional para que adquira força de lei. Após a aprovação do tratado internacional pelo decreto legislativo do Congresso Nacional (veículo introdutor de normas tributárias internacionais), há a promulgação por meio de decreto do Presidente da República, promovendo, então, a executoriedade da norma internacional no âmbito do direito positivo interno. Logo, incorreta.

Letra (C). Nos termos do art. 98, do CTN, os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Por sua vez, devem ser ratificados por meio de decreto legislativo, de acordo com o art. 49, I, da CF. Logo, correta.

Letra (D). Conforme interpretação do STF, a União, atuando como sujeito de direito na ordem internacional, por meio de tratados ou convenções internacionais, pode conceder de isenções de tributos estaduais ou municipais. Por exemplo, é constitucional a isenção de ICMS relativa a mercadoria importada de país signatário do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT, quando isento o similar nacional. Ou seja, na hipótese, não se aplica a regra do art. 151, III, da CF/88, que se limita a “impedir que a União institua, no âmbito de sua competência interna federal, isenções de tributos estaduais, distritais ou municipais, não se aplicando, portanto, às hipóteses em que a União atua como sujeito de direito na ordem internacional” (informativo 476 do STF). Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o art. 98, do CTN, os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação

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tributária interna. Isto é, pode ocorrer a alteração da legislação estadual, distrital ou municipal, inclusive na matéria referente a isenção. Logo, incorreta.

49. (ISS/RJ/2010) Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto: a) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. b) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. e) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.

Letra (A). Cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre a definição de tributos e de suas espécies (art. 146, III, “a”, da CF). Ou seja, é matéria privativa de lei complementar a definição de tributos e de suas espécies e não a instituição (criação), que, em regra, cabe a lei ordinária. Logo, incorreta.

Letra (B). É matéria privativa de lei complementar o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, conforme o art. 146, III, “c”, da CF. Logo, correta.

Letra (C). É matéria privativa de lei complementar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, de acordo com o art. 146, I, da CF. Logo, correta.

Letra (D). É matéria privativa de lei complementar a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, conforme o art. 146, III, “d”, da CF. Logo, correta.

Letra (E). Cabe a lei complementar a instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não

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tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição, conforme o art. 154, I, “b”, da CF. Logo, correta.

50. (ESAF/PFN/1998) A União prescinde de lei complementar para: a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. b) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. c) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. d) em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. e) estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência.

Cabe a União por meio de lei complementar: (i) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (ii) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; (iii) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes (art. 146, I a III, “a”, CF). Logo, não devem ser marcadas as letras “a”, “b”, “c”, “d”.

Por outro lado, a União prescinde (não necessita) de lei complementar para estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência. Esta matéria pode ser disposta por legislação tributária, conforme interpretação do STF e STJ. Logo, deve ser marcada a letra “e”.

QUESTÕES DE SALA DE AULA

1. (ESAF/Advogado/IRB/2006) A Emenda Constitucional n. 42/2003 promoveu algumas alterações no Sistema Tributário Nacional, objetivando dar tratamento diferenciado às pequenas e médias empresas. Considerando esse dado, avalie o acerto das afirmações abaixo; em seguida, marque a opção correta. I. lei complementar poderá instituir regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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II. uma vez instituído o regime único a que se refere o item I acima, poderá o contribuinte optar ou não por ele. III. ainda sobre o regime mencionado no item I, se vier a ser adotado, nele não poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado. IV. os entes federados poderão, no regime único, adotar cadastro único de contribuintes. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas um item correto. c) Há apenas dois itens corretos. d) Há apenas três itens corretos. e) Todos os itens estão errados.

2. (ESAF/AFE/2006/CE) A lei complementar, de modo geral, em matéria tributária, é utilizada para, entre outras matérias, estabelecer as normas gerais. Já em relação ao ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ela possui atribuições específicas. Sobre estas, julgue os itens abaixo; em seguida, assinale a opção correta. Cabe à lei complementar, em tema de ICMS: I. definir as suas alíquotas em operações interestaduais com gás natural, seus derivados, lubrificantes e combustíveis. II. definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais incidirá uma única vez. III. disciplinar o regime de compensação do imposto. IV. prever casos de manutenção de crédito relativamente à exportação de serviços e mercadorias. a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I, III e IV. c) Estão corretos apenas os itens III e IV. d) Estão corretos apenas os itens I e II. e) Estão corretos apenas os itens II, III e IV.

3. (ESAF/Advogado/IRB/2004) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. • A Constituição Federal permite que lei complementar estabeleça critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência? • É admissível que lei complementar regule as limitações que a Constituição Federal impõe ao poder de tributar? • Compete ao Distrito Federal instituir imposto sobre propriedade predial e territorial urbana? a) Não, sim, sim.

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b) Não, sim, não. c) Não, não, sim. d) Sim, não, sim. e) Sim, sim, sim.

4. (ESAF/PGDF/2007.1) Assinale a opção correta. As leis complementares prestam-se basicamente a três (3) tipos de atuação em matéria tributária. Em conseqüência, elas dispõem sobre: a) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. b) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre os Estados e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados; normas gerais de direito tributário. c) conflitos de competência, em matéria tributária, só entre a União e os Estados e o Distrito Federal; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados; normas gerais de direito tributário. d) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; normas gerais de legislação tributária. e) conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; limitações constitucionais ao poder de tributar da União e dos Estados, desdobrando as exigências do princípio da legalidade, regulando as imunidades tributárias etc; normas gerais de direito tributário material e formal.

5. (TRF/2003/ESAF) Assinale a opção correta. a) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Congresso Nacional e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. b) O sistema tributário federal é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Congresso Nacional e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais. c) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

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d) O sistema tributário federal é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Senado e, nos limites das respectivas competências, pela legislação tributária federal, estadual, e pelas leis municipais. e) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, em resoluções do Senado, nas Constituições, em leis estaduais e em resoluções do CONFAZ e em leis municipais.

6. (AFTN/94/ESAF) Normas gerais de direito tributário precisam ser reguladas por meio de a) lei complementar federal, que ainda não foi editada, razão por que ainda não existem normas gerais válidas, estando a União, os Estados e demais entes tributantes dispensados de observá-las enquanto o Congresso Nacional não as edite. b) lei complementar federal que, conquanto ainda não editada como tal, já existia sob a forma de lei ordinária (Código Tributário Nacional) e que, por força de normas constitucionais posteriores, passou a ter a rigidez própria de lei complementar. c) lei ordinária federal que já existia (Código Tributário Nacional) e que deve ser obrigatoriamente observada pelas leis estaduais e municipais, porém não pelas leis ordinárias federais, já que, sendo da mesma hierarquia, estas poderão alterar ou revogar aquele Código. d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matéria de importância eminente, que diz respeito à organização do Estado, somente por regra de tal hierarquia podem ser veiculadas. e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definição dos tributos de sua competência, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo.

7. (AFTN/98/ESAF) A Emenda Constitucional n.º 18, de 1965, aludia a leis complementares; porém somente a partir da Constituição de 1967 é que passou a existir a lei complementar em sentido formal, votada com quorum privilegiado. À vista disto, indique, em relação ao Código Tributário Nacional (CTN, Lei n.º 5.172, de 1966), qual conclusão e respectiva justificação são simultaneamente corretas. a) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, foram revogadas pelo novo regime, eis que tal Código foi votado como lei ordinária.

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b) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, continuam em plena vigência, quando compatíveis com as normas constitucionais atuais. c) O CTN pode ser revogado por lei ordinária ou medida provisória, pois as leis ordinárias em geral, como a Lei n.º 5.172, podem ser revogadas ou modificadas por outras leis de igual hierarquia. d) O CTN pode ser revogado por lei ordinária, mas não por medida provisória, porque a estas é defeso tratar de tributos. e) As matérias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituição hoje em vigor, continuam em plena vigência, porque não revogadas ou modificadas por lei ordinária posterior.

8. (AFRF/2002.2/ESAF) O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos impostos discriminados na Constituição há de ser feito por a) lei complementar federal, em todos os casos. b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar estadual para os Estados e Municípios. c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios. d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso. e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os Municípios.

9. (AFRF/2005/ESAF) Leis complementares, ou leis complementares à Constituição, são espécies normativas que têm a função de complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, normalmente devido à sua complexidade. As leis complementares, por força do art. 69 da Constituição, serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional. Considerando apenas o texto expresso da Constituição, pode-se concluir que as leis complementares em matéria tributária não tratam: a) da instituição de impostos residuais. b) da definição dos produtos industrializados sobre os quais o imposto incidirá uma única vez. c) da instituição de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. d) do estabelecimento de critérios especiais de tributação com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência.

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e) da regulação da forma e das condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados, relativamente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

10. (AFRE/MG/2005/ESAF) Considerando o disposto no art. 146 da CRFB/88, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. ( ) Lei ordinária pode criar modalidade de lançamento do crédito tributário. ( ) Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis. a) V, F, F, F. b) F, V, F, V. c) V, F, F, V. d) F, F, F, V. e) V, F, V, F.

11. (AFTN/94/ESAF) Os impostos criados no uso da competência residual, somente podem ser instituídos a) pelos Estados não divididos em Municípios. b) no Territórios federais, e pela União. c) mediante lei complementar federal, estadual ou municipal. d) se houver inovação na definição do fato gerador e da base de cálculo, e desde que se possa abater numa operação o valor do mesmo imposto pago nas operações anteriores. e) em lei complementar federal, e desde que se trate dos chamados “impostos em cascata”, isto é, em que seja possível o cúmulo de bases de cálculo.

12. (AFRF/2000/ESAF) O estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma contida na Constituição, mediante a) lei ordinária federal. b) lei ordinária de cada ente tributante. c) lei complementar de cada ente tributante. d) lei complementar federal. e) lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal.

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13. (FTE/PA/2002/ESAF) Prestam-se a adensar a disciplina constitucional conferida ao sistema tributário e a criar certos tributos: a) normas complementares b) decretos c) tratados internacionais d) leis ordinárias e) leis complementares.

14. (FTE/PA/2002/ESAF) No Brasil, persiste controvérsia doutrinária sobre se, por meio de leis delegadas, podem ser instituídos tributos. A Constituição Federal, todavia, veda expressamente a utilização de tais normas jurídicas para a criação de: a) taxas. b) contribuições de melhoria. c) empréstimos compulsórios. d) contribuições sociais. e) pedágios.

15. (ESAF/PFN/2007.2) O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado _____________, foi recebido pelas Constituições como _____________. Normas especiais sobre obrigação, lançamento e crédito tributários cabem à _____________ de cada ente tributante. _____________, decorrente de obras públicas, poderá ser instituída(o), conforme o caso, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Examine as afirmações e as lacunas supra. Após, selecione, entre as expressões abaixo, as que preenchem corretamente as lacunas, na devida sequência. a) como lei ordinária/lei complementar; legislação ordinária; A contribuição de melhoria. b) como código/lei complementar; lei complementar; A taxa de obra c) como lei ordinária/código; lei complementar; A contribuição de melhoria. d) como ato complementar/código; legislação ordinária; O tributo vinculado. e) como lei complementar/lei ordinária; legislação ordinária; A taxa de serviço.

16. (AFTN/98/ESAF/Adaptada) Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas gerais contidas no Código Tributário Nacional - CTN. a) O CTN continua com força de lei ordinária.

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b) O CTN continua lei ordinária, mas com força de lei complementar. c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas é revogável, em qualquer matéria, por lei ordinária. d) Sua força de lei complementar se adstringe aos conflitos de competência tributária entre a União e os Estados. e) O CTN é lei complementar em sentido formal, mas lei ordinária em sentido material.

17. (TRF/2003/ESAF) Avalie a correção das afirmações abaixo e atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta. A concessão de subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido, anistia ou remissão relativos a impostos, taxas ou contribuições ( ) depende de lei complementar específica, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição; ( ) depende de lei federal, estadual ou municipal, não constituindo limitação constitucional do poder de tributar; ( ) depende de lei federal, estadual ou municipal específica, sendo uma limitação do poder de tributar. a) V, V, F. b) V, F, F. c) F, F, F. d) F, F, V. e) F, V, V.

18. (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional, editado como uma lei ordinária (Lei n.º 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituição de 1988 como: a) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a mesma hierarquia. b) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, que passou a ser Código Tributário Nacional. c) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em vigor. d) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais em vigor à data de sua edição, os projetos de Código tinham tramitação especial. e) lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matéria de legislação tributária.

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19. (TTN/94/ESAF) Na forma da Constituição, a isenção do imposto sobre a propriedade territorial urbana pode ser concedida somente a) por lei federal. b) por lei específica estadual. c) por lei específica municipal. d) por lei federal, estadual ou municipal. e) por lei complementar federal, ou lei municipal.

20. (AFTN/94/ESAF) Pela nova disciplina da concessão dos chamados “favores tributários”, estabelecida no art. 150. § 6º da Constituição pela Emenda Constitucional n.º 3, de 1993, a) nenhuma isenção do imposto de importação pode ser concedida sem tratado ou convenção internacional que assegure reciprocidade aos produtos brasileiros. b) a compensação do crédito tributário somente pode ser disciplinada por lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente esta matéria. c) não pode ser concedida a remissão de um imposto em lei que trate de outros aspectos deste imposto. d) não pode ser concedida redução de base de cálculo de imposto sobre produtos industrializados por lei que trate exclusivamente deste imposto, porém não cuide de outros favores fiscais. e) uma anistia de imposto de renda somente pode ser concedida em lei que trate exclusivamente de anistia ou exclusivamente de imposto de renda.

21. (ESAF/ATRFB/2010) Sobre o ISS – Imposto sobre Serviços de qualquer natureza, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Depois, escolha a opção que seja adequada às suas respostas: I. o artigo da Constituição Federal que prevê a cobrança do ISS remete à lei complementar a definição dos serviços de qualquer natureza sujeitos à tributação; II. a lei complementar que definir os serviços sujeitos à tributação pelo ISS está adstrita à base econômica “serviços de qualquer natureza”; III. a lei complementar que definir os serviços sujeitos à tributação pelo ISS não pode definir como serviços sujeitos à incidência do ISS aquelas espécies atribuídas constitucionalmente à competência tributária dos estados; IV. em face da lei complementar, cabe ao Município, ou ao Distrito Federal, mediante lei própria, instituir o ISS. Normalmente, as leis municipais copiam a lista de serviços passíveis de tributação

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constante da lei complementar, exercendo, pois, plenamente, a sua competência tributária. a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I, II e IV. c) Estão corretos apenas os itens I, III e IV. d) Todos os itens estão corretos. e) Estão corretos apenas os itens I e III.

22. (ESAF/PFN/2007.1) 1) O STJ, em matéria de direito internacional tributário, tem entendido que os tratados-leis, diferentemente dos tratados-contratos, não podem ser alterados pela legislação interna. 2) Cabe à lei complementar dispor sobre a vedação a que se estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais. 3) A União não pode criar situação de isenção ao ICMS, por via indireta, ou seja, por meio de tratado ou convenção internacional que garanta ao produto estrangeiro a mesma tributação do similar nacional. a) As três afirmações são verdadeiras. b) Só é verdadeira a primeira asserção. c) Só é falsa a terceira afirmação. d) Só são verdadeiras as duas últimas. e) São todas falsas.

23. (ATE/MS/2001/ESAF) Os tratados e as convenções internacionais que disponham sobre matéria tributária a) submetem-se à legislação tributária interna. b) revogam ou modificam a legislação tributária interna, mas não serão observados pela que lhes sobrevenha. c) não têm eficácia se contrários à legislação tributária interna. d) terão suas cláusulas modificadas para serem aplicadas no Brasil, adaptando-se à legislação interna. e) modificam ou revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.

24. (AFTN/94/ESAF) Para aprovar um tratado, convenção ou ato internacional destinado a evitar a dupla tributação em matéria de imposto sobre rendimentos, o instrumento necessário, segundo decorre dos termos da Constituição da República, da praxe e das normas de direito interno é a) o decreto legislativo. b) a emenda constitucional. c) a lei delegada.

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d) a lei ordinária. e) a assinatura da minuta pelos representantes plenipotenciários.

25. (AFRF/2002.1/ESAF) O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por a) lei ordinária. b) lei complementar. c) lei delegada. d) decreto legislativo. e) resolução do Senado Federal.

26. (ESAF/Auditor/TCE/GO/2007) e também (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) Segundo definição contida no art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é uma prestação pecuniária que, entre outras características, é instituída em lei. A partir daí, e considerando os dispositivos constitucionais sobre as espécies normativas, podemos concluir a) que, a fim de que se compatibilizem com as limitações constitucionais ao poder de tributar, as medidas provisórias somente poderão cuidar de normas gerais em matéria tributária, mas não da instituição de tributos. b) que as medidas provisórias, por veicularem necessariamente matéria relevante e urgente, são incompatíveis com o princípio constitucional da anterioridade, razão pela qual não podem cuidar de matéria tributária. c) que medidas provisórias são aptas a instituir, mas não a aumentar tributos. d) que as medidas provisórias podem, em determinadas situações, versar sobre matéria tributária. e) que as medidas provisórias, assim como as leis delegadas, não podem cuidar de matéria provisória, em nenhuma situação.

27. (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) As leis complementares são diplomas legais que têm por objetivo complementar dispositivos constitucionais que tratam genericamente de determinadas matérias, em geral devido a sua complexidade. Sobre elas, em matéria tributária, podemos afirmar que serão utilizadas para I. estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência.

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II. instituir determinados tributos, como os empréstimos compulsórios, a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre os combustíveis e os impostos residuais. III. estabelecer regras para a resolução de conflitos de competência entre os entes federativos. IV. definir tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte. V. regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. Estão corretos apenas os itens a) I, III e V. b) I, III, IV e V. c) II, III, IV e V. d) I, II, III e V. e) I, IV e V.

28. (PFN/98/ESAF) Alíquota da contribuição sobre lucro líquido, majorado por medida provisória convertida em lei posteriormente, pode ser aplicada a) após decorridos noventa dias da publicação da lei. b) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da lei. c) após decorridos noventa dias da publicação da medida provisória. d) a partir de 10 de janeiro do ano subseqüente ao da publicação da medida provisória. e) após decorridos noventa dias da sanção da lei.

29. (AFRF/2003/ESAF) Responda com base na Constituição Federal. (i) Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1º de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2003? (ii) É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade territorial rural? (iii) No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação? a) Não, não, não. b) Não, sim, não.

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c) Não, não, sim. d) Sim, não, sim. e) Sim, sim, não.

30. (AFRF/2002.1/ESAF) Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória a) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. b) matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. c) majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada. d) aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. e) matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo.

31. (Analista Contábil-Financeiro/2006/CE) A Constituição Federal de 1988 incumbiu determinada espécie normativa de dispor especificamente sobre matérias de interesse dos Estados-Membros e do Distrito Federal, tais como a fixação de alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações internas, e também de fixar alíquotas máximas do ITCMD. A espécie normativa que cuida dessas matérias é: a) decreto presidencial. b) decreto legislativo. c) medida provisória. d) lei complementar. e) resolução do Senado Federal.

32. (AFTN/94/ESAF/Adaptada) (i) O estabelecimento de alíquotas máximas do ICMS nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse dos Estados; (ii) o estabelecimento de alíquotas do ICMS aplicáveis no caso da prestação de serviços interestaduais de transporte; (iii) a fixação da alíquota máximas do ISS na prestação de serviços de transporte de âmbito exclusivamente municipal; (iv) o estabelecimento das alíquotas mínimas, no caso de operações internas de ICMS; (v) a fixação de alíquotas, no caso de ISS; cabem, respectivamente, a) à lei complementar; ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei complementar.

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b) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei complementar. c) à lei complementar; à lei complementar; à lei municipal; ao Senado Federal; à lei municipal. d) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; ao Senado Federal; à lei municipal. e) ao Senado Federal; ao Senado Federal; à lei complementar; à lei complementar; à lei municipal.

33. (PFN/98/ESAF) Alíquotas mínimas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nas operações internas, podem ser estabelecidas por ___________. O Código Tributário Nacional (CTN) foi votado como ___________. As normas gerais de direito tributário contidas no CTN podem ser alteradas ou revogadas mediante ___________. As alíquotas do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação, são estabelecidas por ___________. Veja, entre as cinco alíneas abaixo, com qual de suas expressões se preenche corretamente cada uma das lacunas acima. v) resolução do Senado Federal de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. w) lei ordinária. x) lei complementar. y) resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros. A resposta certa corresponde à seguinte seqüência: a) y, x, x, v b) v, w, x, y c) y, w, x, v d) v, w, w, y e) v, x, w, y

34. (AFTN/98/ESAF) (i) Devido ao princípio da soberania nacional previsto já no primeiro artigo da Constituição, um tratado internacional não pode interferir em matéria tributária. (ii) As Resoluções do Senado Federal não interferem na legislação relativa a tributos propriamente federais. (iii) Consoante o Código Tributário Nacional, analogia seria (ou é) técnica de integração e não de interpretação da legislação tributária. a) As três assertivas são verdadeiras.

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b) É verdadeira a primeira assertiva, mas é falsa sua explicação; são falsas as demais. c) Todas as três assertivas são falsas. d) É falsa a primeira assertiva; são verdadeiras as duas últimas. e) É verdadeira a primeira assertiva, falsa a segunda e verdadeira a terceira.

35. (TFE/AM/2007/NCE/UFRJ) O imposto que terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal e poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização é o: a) IPVA; b) ICMS; c) ITCM; d) IPTU; e) ITIV.

36. (ESAF/PGDF/2004) Marque a opção que apresenta resposta correta, considerando as assertivas abaixo. I. O pedido de parcelamento do débito não configura denúncia espontânea para efeito de exclusão da multa moratória. II. A vedação de incidência de correção monetária de créditos escriturais do ICMS não constitui violação dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da isonomia. III. Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas mínimas e máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. IV. Compete ao Senado Federal fixar as alíquotas máximas do imposto sobre propriedade de veículos automotores. a) somente I, II e III são verdadeiras. b) somente II e III são verdadeiras. c) somente I e II são verdadeiras. d) somente I, III e IV são verdadeiras. e) somente III e IV são verdadeiras.

37. (ESAF/PGDF/2004) Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que apresenta resposta correta. a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação.

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b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados. c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não for contribuinte do imposto. d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial.

38. (ESAF/PGDF/2007.2) Considerando os princípios informativos e as regras constitucionais aplicadas ao Sistema Tributário Nacional, assinale a opção correta. a) Lei Complementar Nacional não pode regular o modo e a forma dos Estados-membros e o Distrito Federal, sempre após deliberação conjunta (Convênio), expedirem, por ato próprio, concessão e/ou revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais. b) A atualização do crédito tributário decorrente de ICMS, para preservação de seu valor, é matéria reservada à Lei Complementar Nacional, em razão de a Constituição determinar que somente ela pode estabelecer normas gerais sobre crédito tributário. c) Lei Complementar Nacional não poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) A União só poderá instituir empréstimo compulsório, com vinculação obrigatória da aplicação dos recursos arrecadados à despesa que fundamentou sua instituição, por Lei Complementar. e) As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico, como instrumento de atuação da União nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de exportação e não poderão ter alíquotas específicas, tendo por base a unidade de medida adotada.

39. (ESAF/PGDF/2007.1) O art. 151, III, da CF estipula que é vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Com base na interpretação e aplicação do mencionado dispositivo, assinale, entre as opções abaixo enumeradas, a que está correta. a) A legislação federal, quando não inclui o IPI na base de cálculo do ICMS não está isentando o contribuinte do pagamento desse tributo.

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b) Isenção concedida mediante convênio celebrado por Estados-membros, por receber apoio da legislação federal, incide em violação à regra constitucional que veda à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados e do Distrito Federal. c) A isenção heterônoma é, em regra, admitida pelo art. 151, III, da Constituição Federal. d) O constituinte derivado pode outorgar competência à União para instituir isenção de imposto estadual, sem ferir a regra do art. 151, III, da CF. e) Os Estados-membros, mediante convênio, podem autorizar a União a conceder isenção de ICMS para a circulação de mercadorias em determinadas regiões do País, por período certo.

40. (ESAF/AFRF/2005/adaptada) Leia cada um dos enunciados abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. () Os convênios reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa, por assimilação deles aos tratados internacionais que, pela Constituição, necessitam da aprovação prévia do Congresso Nacional. ( ) Os atos administrativos normativos entram em vigor, em regra, na data da sua publicação. a) F F. b) VV. c) V F. d) F V.

41. (ESAF/Analista Jurídico/2006/CE) O princípio constitucional da legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes, não se inclui: a) Imposto de Importação. b) Imposto Territorial Rural. c) Imposto sobre Operações Financeiras. d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis. e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

42. (Auditor/Fortaleza/98/ESAF) Em matéria de impostos não é preciso lei para estabelecer a) as hipóteses de compensação e transação. b) a cominação de penalidades. c) as obrigações tributárias acessórias.

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d) a dispensa de penalidades. e) a fixação da base de cálculo.

43. (AFTN/98/ESAF) Segundo se depreende do Código Tributário Nacional, um ato infralegal (um decreto, por exemplo) pode estabelecer a(s) a) extinção de um tributo. b) hipóteses de anistia. c) definição do fato gerador da obrigação tributária acessória, nos limites da lei. d) redução do Imposto Territorial Rural. e) fixação da alíquota do Imposto de Renda.

44. (AFRF/2002.1/ESAF) (i) Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), os tratados internacionais precisam ser observados pelo legislador, que, assim, não poderá alterá-los por normas com eles incompatíveis? (ii) À luz do CTN, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas podem ser considerados como “legislação tributária”? (iii) Decretos podem instituir impostos autorizados pela Constituição? a) Sim, Sim, Sim. b) Sim, Sim, Não. c) Sim, Não, Sim. d) Não, Não, Não. e) Não, Sim, Não.

45. (ESAF/PGDF/2004) Avalie as indagações a seguir, e em seguida assinale a opção de resposta correta: • As normas complementares compreendidas na expressão “legislação tributária”, de que trata o Código Tributário Nacional, que versem sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes estão, do ponto de vista da hierarquia, em plano superior às leis, aos tratados e às convenções internacionais? • O Código Tributário Nacional estabelece que, salvo disposição em contrário, os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicação? • Em obséquio ao princípio da irretroatividade da lei, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou? • As contribuições sociais para a seguridade social somente poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado? a) Sim, sim, não, não.

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b) Sim, não, não, sim. c) Não, não, sim, sim. d) Sim, não, sim, não. e) Não, sim, não, sim.

46. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a Legislação Tributária, assinale a opção correta. a) Pode-se afirmar que ordem de serviço, expedida por Delegado da Receita Federal do Brasil, contendo normas relativas ao atendimento do contribuinte, integra a “legislação tributária”. b) O prazo de recolhimento de determinado tributo não pode ser minorado por regulamento específico, haja vista a exigência constitucional de lei em sentido estrito. c) Segundo a Constituição Federal, há exigência de lei complementar para a instituição de contribuição de intervenção no domínio econômico. d) Com o advento da Emenda Constitucional n. 45/2004, os tratados e convenções internacionais, que visam ao estabelecimento de regras para coibir a evasão fiscal, ao serem aprovados pelo Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas constitucionais. e) As decisões proferidas pelas Delegacias da Receita Federal de Julgamento, em regra, integram a legislação tributária.

47. (ISS/RJ/2010) Sobre a lei complementar nacional de normas gerais de direito tributário, a que se refere o art. 146 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é incorreto afirmar que: a) cabe a ela dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, inclusive entre municípios. b) cabe a ela regular as hipóteses de imunidade. c) cabe a ela definir, em relação ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, a respectiva base de cálculo. d) cabe a ela definir, em relação às taxas em razão do exercício do poder de polícia, os respectivos contribuintes. e) cabe a ela estabelecer normas gerais em matéria de obrigação, lançamento e crédito tributários.

48. (ISS/RJ/2010) No tocante aos tratados internacionais em matéria tributária, pode-se afirmar que: a) uma vez internalizados, se sobrepõem às normas internas, inclusive da Constituição Federal. b) para terem aplicabilidade no âmbito federativo federal, estadual e municipal, necessitam de ratificação pelas respectivas Casas Legislativas.

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c) podem operar modificações na legislação tributária interna, desde que ratificados por meio de decreto legislativo. d) não podem dispor sobre isenções internas. e) somente podem alterar a legislação interna federal.

49. (ISS/RJ/2010) Em matéria tributária, são privativas de lei complementar, exceto: a) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. b) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. e) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição.

50. (ESAF/PFN/1998) A União prescinde de lei complementar para: a) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. b) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. c) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária. d) em relação aos impostos discriminados na Constituição Federal, definir respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. e) estabelecer quando ocorrerá o vencimento dos impostos e taxas de sua competência.

GABARITO

1. D 2. E 3. E 4. A 5. C 6. B 7. B 8. A 9. B 10. A

11. D 12. D 13. E 14. C 15. A 16. B 17. D 18. E 19. C 20. E

21. D 22. C 23. E 24. A 25. D 26. D 27. B 28. C 29. A 30. E

31. E 32. D 33. B 34. D 35. A 36. C 37. D 38. D 39. A 40. D

41. B 42. C 43. C 44. B 45. E 46. A 47. D 48. C 49. A 50. E