AULA - Avalia+º+úo Geri+ítrica Multidimensional

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As rugas deviam indicar apenas onde os sorrisos estiveram.Mark Twain02/05/2012 Prof. Esp. Sabrina Gonalves 1

Curso de Graduao em Enfermagem 6 Perodo Sade do Idoso Prof. Sabrina Gonalves

AVALIAO GERITRICA MULTIDIMENSIONAL

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Avaliao Geritrica MultidimensionalAvaliao Geritrica Ampla Avaliao Global da Pessoa Idosa Avaliao Multidimensional do Idoso

Um processo diagnstico multidimensional, frequentemente interdisciplinar, planejada para detectar problemas mdicos, psicossociais e funcionais da pessoa idosa, com o objetivo de desenvolver um plano de tratamento e acompanhamento a longo prazo.Papalo Netto (2007)Prof. Esp. Sabrina Gonalves3

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Incio na dcada de 1930 com a geriatra Marjory Warren.

Considerada me da geriatria, publicou os primeiros artigos sobre a necessidade e importncia de uma avaliao geritrica especializada.

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Pode ser realizada em qualquer ambiente: hospital, instituio de longa permanncia, pronto- socorro, ambulatrio ou UBS. Direciona a ateno para o idoso com problemas complexos, de forma mais ampla, dando nfase ao seu estado funcional e a sua qualidade de vida. Sempre resulta em um planejamento teraputico. Detecta deficincias e incapacidades por meio de instrumentos (escalas e testes).Prof. Esp. Sabrina Gonalves5

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Necessidades relatadas

Necessidades no-relatadas

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Dimenses a serem avaliadas na Avaliao Multidimensional do IdosoDimenses a serem avaliadas Identificao Queixa(s) Principal(is) Instrumentos de avaliao Anamnese Anamnese

Reviso dos sistemas fisiolgicos principaisAtividades da vida diria Bsicas e Instrumentais Cognio

Anamnese e exame fsicondice de Katz (AVD) Escala de Lawton e ndice de Pfeffer (AIVD)

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Mini-Exame do Estado Mental; Lista de 10 palavras; Teste do relgio; Reconhecimento de figuras 7 Prof. Esp. Sabrina Gonalves

Dimenses a serem avaliadas

Instrumentos de avaliao

HumorMobilidade

Escala geritrica de depressoTeste de POMA, Teste de Romberg

Comunicao Acuidade visual, auditiva e a vozSade bucal Avaliao nutricional Sono Medicamentos HP atual e pregressa Avaliao scio-familiar Avaliao ambiental02/05/2012

Snellen simplificado Teste do sussuroMini-Avaliao de sade bucal Mini-Avaliao nutricional Rastreios de distrbios do sono Listagem de medicamentos Anamnese familiar Anamnese familiar Avaliao de riscos ambientais

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A avaliao deve ser individualizada O protocolo de Avaliao Multidimensional do Idoso permite a melhor sistematizao da avaliao. Durante a consulta de enfermagem com o idoso e/ou sua famlia a metodologia aplicada extremamente flexvel e variada. No necessariamente precisa ser aplicado na primeira consultaProf. Esp. Sabrina Gonalves9

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IDENTIFICAO

ponto de partida para todo o processo de conhecimento do paciente e de sua famlia. Os dados colhidos indicam:

Idade: maiores de 80 anos so mais vulnerveis. Sexo: as mulheres apresentam maior risco de viuvez, solido, depresso, fragilidade e dependncia. Profisso: fornece informaes importantes do potencial cognitivo pr-morbido Estado civil: a famlia o maior sistema previdencirio. Escolaridade: fundamental na interpretao dos testes cognitivos. Cuidador: pode ser informal ou formal, familiar ou no, ou at mesmo outro idoso. Muitas vezes a histria do idoso ser fornecida por ele.Prof. Esp. Sabrina Gonalves10

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QUEIXA(S) PRINCIPAL(IS)Senescncia MAIOR DESAFIO X

Senilidade

Subvalorizao da queixa pelo profissional, famlia e prprio idoso, com uso da expresso: DA IDADE.

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REVISO DOS SISTEMAS FISIOLGICOSA reviso dos sistemas por meio da anamnese e do exame fsico deve ser ampla e cuidadosa. As peculiaridades do exame fsico no idoso sero discutidas em aulas posteriores. A histria da molstia atual e a pregressa, a histria medicamentosa, histria socioeconmica e familiar so colhidas da maneira clssica.Prof. Esp. Sabrina Gonalves12

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CAPACIDADE FUNCIONAL

Capacidade do idoso para executar atividades que lhe permitem cuidar de si prprio e viver independentemente em seu meio.

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Atividades Bsicas da Vida Diria AVD

Englobam tarefas que uma pessoa precisa para cuidar de si prpria:

alimentar-se, banhar-se, vestir-se, mobilizar-se, deambular, ir ao banheiro e controle sobre necessidades fisiolgicas.

ndice de Katz

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Atividades Instrumentais da Vida Diria AIVD

Compreendem a habilidade do administrar o ambiente onde vive:

idoso

para

Utilizar meios de transporte, manipular medicamentos, realizar compras e cuidar da prprias finanas, utilizar telefone, preparar as refeies, realizar tarefas domsticas.

Escala de LawtonProf. Esp. Sabrina Gonalves15

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Aps a avaliao das atividades bsicas da vida diria, os idosos so agrupados nas seguintes categorias: Independente Realiza todas as atividades bsicas de vida diria de forma independente. Semi-dependente Apresenta comprometimento de uma das funes (banhar-se e/ou vestir-se e/ou uso do banheiro). Dependente incompleto Apresenta comprometimento de uma das funes (transferncia e/ou continncia) e dependente para banhar-se, vestir-se e usar o banheiro. Dependente completo Apresenta comprometimento de todas as AVDs, inclusive alimentar-se

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AVALIAO DA SADE BUCAL

Justifica-se pelo fato que problemas nutricionais podem afet-la e a m condio dentria pode influenciar a escolha dos alimentos, alm da diminuio do fluxo salivar afetar funes bucais como mastigao, fonao e deglutio. Trazem impactos na auto-imagem e relaes sociais. Diante de qualquer normalidade encaminhar para avaliao do cirurgio-dentista.Prof. Esp. Sabrina Gonalves17

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ESTADO E RISCO NUTRICIONALO objetivo da miniavaliao nutricional estabelecer o risco individual de desnutrio de modo a se poder intervir precocemente quando necessrio.

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A OMS preconiza que para idosos de 60 a 69 anos os pontos de corte do IMC sejam os mesmos adotados para classificao de pesos dos adultos. Para idosos com idade superior a 70 anos, deve-se associar possveis variaes s demais condies de sade.

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IMC = Peso (kg) Altura 2 (m) Pontos de corte do IMC estabelecidos para Idosos IMC Menor ou igual a 22 Diagnstico Nutricional Baixo peso

Maior que 22 e menor que 27 Adequado ou eutrfico Maior ou igual a 27 sobrepesoFonte: Caderno de Ateno Bsica n 19 Ministrio da Sade /200602/05/2012

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Em idosos acamados, com severa curvatura espinhal ou incapaz de manter-se em p, utiliza-se a seguinte tcnica:

Idoso sentado, perna esquerda em posio de 90, medida do calcanhar at a rtula do joelho.Frmula [2,02 x AJ (Cm)] - [0,04 x idade (anos)] + 64,19 [1,83 x AJ (Cm)] - [0,24 x idade (anos)] + 84,88Fonte: CHUMLEA et al., 1985, apud COSTA

Sexo Masculino Feminino

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Em relao a alimentao da pessoa idoso importante est atento para alguns aspectos: Perda da autonomia para comprar os alimentos, inclusive financeira; Perda da capacidade/autonomia para preparar os alimentos e para alimentar-se; Perda de apetite e diminuio da sensao de sede e da percepo da temperatura dos alimentos; Perda parcial ou total da viso que dificulte a seleo, preparo e consumo dos alimentos; Perda ou reduo da capacidade olfativa, interferindo no seu apetite; Dificuldade de mastigao por leso oral, uso de prtese dentria ou problemas digestivos.Prof. Esp. Sabrina Gonalves22

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Se for detectado que estes aspectos esto influenciando sensivelmente o estado nutricional do idoso, deve ser feita uma avaliao mais aprofundada, incluindo outras medidas antropomtricas, avaliao diettica detalhada e avaliao de exames bioqumicos.

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FUNO COGNITIVA

As doenas que limitam a funo cognitiva dos idosos resultam em dependncia e perda da autonomia, com grande sobrecarga para familiares e cuidadores. Detectam alteraes precoces. Alguns so extremamente complexos e demorados, cabendo a profissionais habilitados aplic-los. Os testes mais simples e rpidos (5 a 10 minutos) podem ser aplicados por qualquer profissional.

Mini-exame do estado mental (MEEM) Teste do relgioProf. Esp. Sabrina Gonalves24

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Peculiaridades do Minimental

Deve ser aplicado aps ter sido estabelecido uma boa relao com o idoso. Avalia:

A memria, ateno e concentrao. Funes corticais como linguagem, gnosia, funo executiva e funo visuoespacial.

Em idosos institucionalizados encontramos a desorientao temporal.

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CONDIES EMOCIONAIS / PRESENA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS

Os idosos tm maior risco de apresentarem doenas mentais como depresso e demncia, sendo que a primeira se manifesta de maneira atpica o que dificulta seu reconhecimento.

Escala de Depresso Geritrica de Yesavage abreviada.

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DISPONIBILIDADE E ADEQUAO DE SUPORTE FAMILIAR E SOCIAL

A falta de suporte e da adequao do idoso vida familiar e social um dos fatores que contribuem negativamente para suas condies clnicas e seu estado funcional.

APGAR da famlia Genograma Ecomapa Avaliao da sobrecarga dos cuidadores de Zarit

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EQUILBRIO E MARCHA

Os idosos apresentam maior tendncia a instabilidade postural, alteraes da marcha e risco de quedas. importante perguntar sobre as necessidades de instrumentos auxiliares da marcha, como bengalas e andadores. realizada atravs da:

Escala de Avaliao do Equilbrio e da Marcha de Tinneti ou Teste de POMA Teste de RombergProf. Esp. Sabrina Gonalves28

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DEFICINCIAS SENSORIAIS

Os idosos com deficincia auditiva e/ou visual tm maior comprometimento de sua capacidade para as atividades da vida diria e maior risco para confuso e quedas.

Teste do sussurro Teste de Snellen

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Segurana ambiental Sist. Nervoso Central Sist. Msculoesqueltico

Sono Mobilidade

Sist. Endcrino Continncia esfincteriana LazerCognio

Suporte familiar Sist. gastrointestinal Humor

AVDs Bsicas e InstrumentaisComunicao Sist. Respiratrio Sade Bucal Sist. Cardiovascular

Sist. Geniturinrio

Nutrio Pele e anexos

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Suporte Social

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DIAGNSTICO E PLANO DE CUIDADOS

O diagnstico deve ser capaz de identificar todos os determinantes da sade do idoso. O plano de cuidados deve incluir todas as intervenes propostas.

Estratgias de promoo da sade e preveno de doenas (imunizao, atividades fsicas, preveno de quedas e fraturas). Aes curativas e paliativas atravs do diagnstico correto das doenas. Reabilitao.Prof. Esp. Sabrina Gonalves31

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O conforto e bem-estar do idoso devem ser prioridades!!!

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Referncias

Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Envelhecimento e sade da pessoa idosa. Braslia : Ministrio da Sade, 2006. FREITAS, Elizabete Viana de (et al). Tratado de geriatria e gerontologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006 MORAES, Edgar Nunes. Princpios bsicos de geriatria e gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2008 PAPALO NETO, Matheus. Tratado de Gerontologia. 2.ed., rev. e ampl. So Paulo: Atheneu, 2007Prof. Esp. Sabrina Gonalves33

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