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AULA Ciclo hidrológico superficie Disciplina INTERAÇÃO BIOSFERA-ATMOSFERA AGM 5724 Pós-Graduação Departamento de Ciências Atmosféricas / Iag / USP Responsável: Prof. Humberto Ribeiro da Rocha Ciclo hidrológico na superfície Balanço de água sobre microbacia. Umidade do solo Parâmetros físicos do solo, potencial de água no solo, curva de retenção. Métodos de medição Infiltração, escoamento superficial e sub-superficial. Fluxo da água no solo, equação de Richards Extração de água no sistema radicular. Evaporação do solo. Interceptação da precipitação Exemplos na biota global e brasileira

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AULA Ciclo hidrológico superficie

Disciplina INTERAÇÃO BIOSFERA-ATMOSFERA AGM 5724 Pós-Graduação Departamento de Ciências Atmosféricas / Iag / USP Responsável: Prof. Humberto Ribeiro da Rocha

Ciclo hidrológico na superfícieBalanço de água sobre microbacia.Umidade do soloParâmetros físicos do solo, potencial de água no solo, curva de retenção. Métodos de mediçãoInfiltração, escoamento superficial e sub-superficial. Fluxo da água no solo, equação de RichardsExtração de água no sistema radicular. Evaporação do solo. Interceptação da precipitaçãoExemplos na biota global e brasileira

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1. escala local (plot, parcela)

P = ET + ∆S zona radicular + Q Chuva Evapotranspiração umidade do solo escoamento hidrológico

(drenagem vertical, esc. Lateral supericial)

Ciclo hidrológico em escalas

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2. escala regional/microbacia

P = Q + ET + ∆Svad,sub + (Csup,sub,Ex)

Chuva Vazão Evapotranspiração Recarg rasa,prof Captação, Transposição

100% até ~ 35% > 60%

3. escala global

P = ET

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Brasil accounts 18% of global freshwater

but shows critical areas with water availability

Source: Waters National Agency, Conjuntura

Recursos Hídricos do Brasil

Historical 2014 drought in southeast Brazil

Fig. Rainfall and volume at Jaguari-Jacareí water reservoir

Razão da Evapotranspiração sobre Precipitação

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Umidade do solo

Física do solo Parâmetros físicos do soloPotencial de água no soloCurva de retenção

Ciclo hidrológico à superfícieNotas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp)

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• Composição do soloFração sólida (matéria orgânica + mineral da rocha de origem)Fração de ar Fração de água

Fração sólida mineral: classes granulométricas de areia, silte e argila cf tamanho partículas

• Textura do solo: classificação simples baseada nas frações granulométricas (triângulo de textura do solo)

Triangulo de Atterbeg Triângulo simplificado (Embrapa)

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Porosidade total e capacidade de água disponível estimada aproximadamente com perfil de umidade do solo Fonte: Bruno et al., Hydrological Processes (2006)

Porosidade total, densidade do solo e de partículas de três solos paulistas (adaptada

de Grohmann, 1960)

Profundidade

PorosidadeTotal

Densidade Solo

Densidade Partículas

cm % kg.dm-3

Latossolo roxo

0-2525-5050-80

565561

1,211,211,06

2,752,702,68

Latossolo vermelho-escuro

0-2525-5050-80

656667

0,950,930,94

2,702,782,88

Latossolo vermelho-amarelo

0-2525-5050-80

515048

1,301,331,35

2,532,602,56

Parâmetros físicos do soloDensidade das partículasDensidade global (aparente)Umidade volumétrica do soloPorosidadeGrau de saturação da umidade do soloQuantidade (ou armazenamento) de água no solo

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Porosidade do solo

Figura: simplificação do meio poroso do solo: grão do solo (hachurada)

espaço poroso preenchido por

água (cinza) e ar (branco).

Zona vadosa: não saturada de águaZona saturada: região do aquífero, com nível do aquífero (water table) na fronteira superior

Franja capilar: zona intermediária entre zona vadosa e saturada onde a água pode ascender por capilaridade

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Potencial de água no solo (energia p.u. massa J/kg)

1. Carga (pressão) hidráulica de lâmina d´agua Φp = gh2. Gravitacional Φg = gz3. Tensão superficial Φm (<0)4. Outros: osmótico Φo = MRT

Potencial total no solo não saturado Φ ≈ Φg + Φm

ou em (energia p.u. peso = metros) H = z + , <0

Φ3 < Φ2 < Φ1 )

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relações de potencial matricial (Ψ, em Pa) e conteúdo de umidade do solo (θ, em % de volume) em solos com diferentes texturas. (Adap Buckman & Brady, 1960; apud Oke, 1990). (Dir)

(Bouma, 1977)

Curva de retenção ou curva característica (de água no

solo)

Valores típicos entre areia até argila, do PMP, FC e AWC

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Curva característica de condutividade hidráulica

O fluxo de água em uma coluna de solo saturado sob uma carga hidráulica, a velocidade é q (m/s)

chamado eq. de Darcy onde

Q = vazão (m3/s)A,L = área seção transversal (m2) e comprimento do corpo (m), h= diferença de potencial hidráulico (m)K = condutividade hidráulica (m/s)

𝑞=𝑄𝐴=−𝐾 (ψ )

Δ h𝐿

Vilella e Matos 1975

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Modelo simples da curva característica de K

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porosidade em um solo argiloso, a) total no solo compactado e no não compactado, b) poros maiores do que 0,03 mm (Eriksson. 1975/1976)

Efeito de histerese para curva de retenção (Fonte: Lindsay Jr et al., 1988).

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Métodos de medição de umidade do solo

Ciclo hidrológico à superfícieNotas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp)

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1. gravimétrico

mwet , mdry = amostra de solo antes (wet) e depois (dry) secagem na estufa;

ρw = densidade da águaVb = volume do material obtido com anel amostradormdry : Obter medida com secagem na estufa a 1050 C por 24h;reestimar c/ secagem por ~ 6 h, repetir até não haver diferença significativa

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2. sonda de neutrons

Ciclo hidrológico à superfícieNotas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp)

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3. tensiômetros (cápsula porosa): potencial

Ciclo hidrológico à superfícieNotas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp)

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4. Refletômetro no domínio do tempo (TDR)

Refletômetro no domínio da frequência (FDR) instalado em um perfil de 10 m

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Soil moisture measurement with Frequency Domain Reflectometry (FDR)

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5. Sensor de raios cósmicos• Fluxo de raios cósmicos variam com latitude, longitude e ciclo de

manchas solares• Neutrons rápidos são absorvidos no solo, e os que escapam do

solo são contados – variam com o teor de água no solo• aproximadamente insensíveis às características químicas do solo.