Aula de Banho No Leito Fund II

Embed Size (px)

Citation preview

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM E ADMINISTRAO DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II PROFESSORA: Enf RENATA DA COSTA SANTOS

Necessidade de Higiene e Conforto Higiene corporal no leitoClique para editar o estilo do subttulo mestre

OBJETIVOS:

Saber realizar um histrico abrangente das necessidades de higiene totais do cliente. as condies que colocam os clientes em risco de comprometimento da integridade cutnea e mucosa oral. as diferentes condutas utilizadas na manuteno do conforto do cliente durante o cuidado com a higiene. com sucesso os procedimentos de

Discutir

Discutir

Realizar

HIGIENE: (conhecimento cientfico)

O cuidado higinico adequado exige compreenso sobre anatomia e fisiologia da pele, cavidade oral, olhos, ouvidos e nariz. Enquanto se realiza a higiene o enfermeiro deve ser capaz de aplicar este conhecimento no reconhecimento de anormalidades e na realizao da ao apropriada que evite a leso adicional. As clulas da pele e mucosa trocam oxignio, nutrientes e lquidos com os vasos sanguneos subjacentes. As clulas precisam de nutrio, hidratao e circulao adequadas para resistir leso e doena. As boas tcnicas de higiene promovem a estrutura e funo normais dos tecidos

BASE DE CONHECIMENTO DE ENFERMAGEMO enfermeiro deve visualizar as necessidades de cuidado de sade dos clientes de uma perspectiva holstica. No caso da higiene, importante considerar o conhecimento disponvel em relao aos diversos fatores socioculturais, econmicos e de desenvolvimento que influenciam a higiene do cliente.

Prticas Socias Preferncias Pessoais Imagem Corporal Estado socioeconmico

Crenas de Sade e Motivao Variveis Culturais Condio Fsica

Condio FsicaO enfermeiro deve avaliar o paciente beira-leito antes de iniciar a processo de higiene. Certificando-se das condies fsicas do paciente, avaliando a tolerncia atividade do mesmo, nvel de desconforto, nvel de conscincia, estado hemodinmico e padro respiratrio. Clientes com determinados tipos de limitao fsica ou incapacidade carecem, com frequncia, de energia fsica e suporte para realizao do cuidado de higiene. Por isso importante avaliar as condies do cliente, se possvel ou no realizar o banho naquele momento.

PROCESSO DE ENFERMAGEMHistrico:Observar a condio fsica do cliente e a integridade do tegumento, cavidade oral e rgos dos sentidos. Explorar fatores do desenvolvimento que influenciem as necessidades de higiene do cliente. Observar a capacidade de autocuidado e as prticas de higiene do cliente. Determinar as preferncias culturais do cliente.

PROCESSO DE ENFERMAGEMExame fsico:

Pele - colorao, textura, turgor, temperatura e hidratao. Ps e unhas reas entre os dedos, regies plantares, e calcanhares- inflamao, ressecamento ou rachaduras. Cavidade oral- Colorao, hidratao, textura e leses. Cabelos- Leses no couro cabeludo, pediculose, caspa, queda de cabelo. Nariz, olhos e ouvidos- Infeco e irritao (olhos), edema, leses, secrees e deformidade

Higiene corporal no leito

O banho no leito, segundo OGASAWARA (1989), muito mais que um procedimento bsico de enfermagem, uma necessidade humana essencial para pessoas que precisam de repouso absoluto, ou cuja mobilidade/locomoo estejam afetadas. SOUZA (1978) afirma que a limpeza da pele durante uma doena mais importante do que no estado normal. A pessoa confinada ao leito est privada do exerccio fsico, que serve para estimular a circulao. Portanto, o banho com a frico cutnea estimula a circulao, substituindo o exerccio, um dos fatores essenciais na manuteno da sade, alm de conservar o paciente sempre limpo e confortvel. HORTA (1995) e ARAJO (1980) enfatizam que o banho, alm de oferecer enfermagem uma de suas maiores oportunidades para conhecer seu paciente, identificar seu estado emocional e suas necessidades, possibilita tambm verificar as condies da pele, as reas que esto sofrendo presso, alm de ouvir queixas de dores e desconforto. Os autores reforam tambm que a higienizao da pele de grande valia para o organismo como um todo.

MATERIAL

Biombo Bacia Jarro com gua morna Sabonete (lquido) Pano ou luva de banho Itens de toalete (desodorante, talco, colnia, pente ou escova de cabelo) Toalha de banho e de rosto Material de higiene oral Roupa de cama Roupa hospitalar do paciente Luvas descartveis Comadre Hamper

nMaterial para curativo: nPacote de curativo (pinas) n1 tesoura nPacotes de gazes; n Micropore; nFrasco com anti-septico (o mais

utilizado atualmente o lcool a 70%curativo cirrgico);nSoro fisiolgico 0,9%; nCuba rim; nForro de papel, pano ou impermevel

para proteger roupa de cama;n Coberturas , loes e pomadas n Seringas, ataduras (quando

necessrio)n1 par de luvas descartveis e 1 par de

O banho do paciente

Avaliar a hemodinmica , a tolerncia do cliente para atividade, o nvel de desconforto, a capacidade cognitiva e a funo musculoesqueltica. Rever as prescries quanto s precaues especficas relativas ao movimento ou posicionamento do cliente. Explicar o procedimento. Fechar portas e janelas e colocar biombo. Sobre a mesa de cabeceira: jarro, bacia, pano de banho, sabonete, pente, desodorante e material para higiene oral. Sobre o espaldar da cadeira: roupa de cama e do paciente dobradas. Hamper aos ps da cama. Oferecer comadre ou papagaio/patinho. Lavar as mos. Abaixar a grade lateral mais prxima a voc e auxiliar o cliente a assumir posio confortvel, mantendo o alinhamento corporal.

Higiene Oral:Material:

Escova de dente com cerdas macias de lngua com gaze de dente dental

Abaixador Pasta Fio

Higiene Oral

Lavar as Mos e calar luvas. Inspecionar a integridade dos lbios, dentes, mucosa oral, gengiva, palato e lngua. Avaliar a capacidade do cliente de segurar e manipular a escova de dente. Explicar o procedimento ao cliente. Elevar a cama quando possvel at a posio adequada. Elevar a cabeceira do leito ( quando permitido). Colocar tolha sobre o trax do cliente Segurar a escova com pasta de dente sobre a cuba e derramar pequena quantidade de gua sobre a pasta. O cliente, se tiver condies, pode proceder a escovao sozinho. Obs: cuidado com as prteses dentrias e limpeza da lngua! Oferecer gua para o cliente bochechar e cuspir na cuba rim.

Higiene do cabelo e couro cabeludo:Material:

Toalha de banho Toalha de rosto Shampoo condicionador e

Jarra de gua morna Cuba plstica prpria para a lavagem dos cabelos (se houver) Bacia de banho Oleado Pente de cabelo

Higiene do cabelo e couro cabeludo

Antes de comear, saber se no h contra-indicaes para este procediemento. Determinar condies clnicas, como traumatismos de cabea e pescoo, leses raquiomedulares e artrite. Calar luvas. Inspecionar o cabelo e couro cabeludo, antes de iniciar o procedimento.(caspas, sangue seco, pediculose requerem xampu especiais ou tratamento). Colocar oleado sobre ombros, pescoo e cabea. Colocar um rolo de toalha sob o pescoo do cliente e uma toalha de banho sobre os ombros. Ter cuidado com os olhos do cliente. Derramar lentamente gua sobre os cabelos, aplicar shampoo. Levantar um pouco a cabea para lavar a parte posterior. Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos. Enxaguar ,secar e pentear os cabelos do cliente.

ROSTO:

Lavar os olhos do cliente com gua morna. Usar panos de banho limpos. Realizar movimentos de dentro para fora (canto interno para o externo). Embeber pano de banho ou gaze e colocar sobre a plpebra por dois a trs minutos antes de tentar remoo de crostas e secrees. Secar o olho por completo, porm de forma suave. Perguntar se o cliente prefere usar sabo no rosto. Lavar, enxaguar e secar bem a fronte, bochechas, nariz, pescoo e ouvidos. (Neste momento barbear clientes do sexo masculino se necessrio)

MEMBROS SUPERIORES:

Lavar membros superiores com gua e sabo, usando movimentos longos e firmes, das reas distais para as proximais (dedos para axilas). Enxaguar e secar por completo. Aplicar desodorante. Dobrar a toalha, coloca-la sobre o leito, apoiar a bacia sobre ela e fazer a imerso da mo do cliente na gua. Permitir que a mo fique embebida por trs a cinco minutos, antes de lavar a mo e as unhas. Remover bacia e secar bem a mo. (Neste momento avaliar

TRAX:

Banhar o trax usando movimentos longos e firmes. Tomar cuidado para lavar as dobras cutneas sob as mamas da cliente do sexo feminino. Pode ser necessrio levantar a mama. Manter o trax coberto entre os perodos de lavagem e enxague. Secar bem. Auxiliar o cliente a assumir a posio de decbito lateral (quando aplicvel). Lavar, enxaguar e secar as costas desde o pescoo at as ndegas e nus. Fazer uma massagem nas costas. (Relaxamento)

ABDOME:

Banhar o abdome, dando especial ateno para banhar a cicatriz umbilical e as dobras abdominais. Manter o abdome coberto entre os perodos de lavagem e enxague. Secar bem.

MEMBROS INFERIORES:Cobrir trax e abdome. Expor a perna mais prxima e certificar-se de que o perneo est coberto. Flexionar a perna do cliente posicionando o seu brao sob a perna elevando-a e colocando os ps dentro da bacia que dever j estar posicionada prximo aos ps do cliente. Permitir que o p fique embebido, enquanto lava a perna com movimentos longos e firmes da parte distal para proximal, exceto quando contra-indicado. OBS: Quando o cliente for incapaz de manter a perna elevada, no fazer a imerso dos ps, apenas lavar com a compressa. Limpar o p, inclusive entre os dedos. Limpar e cortar unhas quando necessrio. Secar bem. Se a pele estiver seca, aplicar loo hidratante ou AGE. NO MASSAGEAR REAS AVERMELHADAS NA PELE DO CLIENTE. Levantar grade lateral e mover-se para o outro lado do leito para proceder de igual forma no lado oposto.

CUIDADO PERINEAL:Material: nBacia de banhonSabonete lquido nCompressas nComadre e oleado nToalha nPapel higinico ou nAinda em decbito lateral: nIdentificar

leno umidecido nFralda nLuvas descartveis de procedimento nBolas de algodo

clientes de risco desenvolver infeco (ex. Presena de sonda). nAvaliar a genitlia para sinais de inflamao, ruptura cutnea ou infeco. nExplicar o procedimento e a finalidade do mesmo. nSe houver fezes, remover envolvendo na fralda, papel higinico ou lenos descartveis. Limpar ndegas e nus, lavando de cima para baixo (da frente para a parte de trs). Enxaguar e secar bem. Colocar fralda quando necessrio. Obs: Atentar para necessidade de tonsura dos plos!!

CUIDADO PERINEAL FEMININO:

Lavar os grandes lbios. Usar mo no-dominate, para afastar suavemente os lbios da coxa; Com a mo dominate, lavar cuidadosamente as dobras cutneas. Limpar na direo do perneo para o reto ( de frente para trs). Repetir no lado oposto, usando uma parte diferente da compressa. Lavar e secar bem. Separar os grandes lbios com a mo no-dominante, para expr o meato uretral e o orifcio vaginal. Com a mo dominate, lavar para baixo desde a rea pubiana, no sentido do reto em um movimento suave, usando uma parte diferente da compressa para cada movimento. Se a cliente estiver sobre uma comadre, derramar gua morna sobre a rea perineal.

Aps higiene perineal, trocar de luvas. Aplicar loo, creme anti-assadura, talco ou leo corporal adicional, quando desejado. Vestir o cliente. Arrumar o leito do cliente. Remover as roupas de cama sujas e colocar no hamper. Limpar e substituir o material de banho. Guardar o restante do material. Deixar o quarto o mais limpo e confortvel possvel. Lavar as mos.

Um simples banho pode ser a melhor soluo

ARRUMAO DO LEITO OCUPADO

Avaliar se o cliente apresenta drenagem excessiva sobre as roupas de cama. Explicar o procedimento ao cliente. Durante o banho, afrouxar o lenol . Remover colcha e cobertor, colocando no hamper caso no sejam reutilizados. No permitir contato com o uniforme. No sacudir ou ventilar a roupa de cama. Colocar o cliente em decbito lateral.

ARRUMAO DO LEITO OCUPADO

Limpar a umidade sobre o colcho com algodo e alcol a 70% Dobrar em leque o leol, o traado e o oleado e coloc-los na metade exposta do leito, posicionando as bordas da roupa limpa embaixo da lateral do cliente. Prender a parte solta da roupa de cama sob o colcho(nas extremidades). Lateralizar o cliente para o lado oposto, sobre as roupas de cama dobradas. Remover ento as roupas sujas, limpar a umidade do colcho com alcol 70% e abrir suavemente a roupa de cama limpa, dobrada em leque e prender ao colcho as extremidades do lenol. Ajudar o cliente a voltar para decbito dorsal. Reposicionar travesseiro. Colocar um lenol e um cobertor sobre o paciente.

Lembrando que : ao avaliar o cliente,sempre observar se realmente h necessidade de banho no leito, sempre dando preferncia estmulao do autocuidado ( banho de asperso)

PROCESSO DE ENFERMAGEMDIAGNSTICO DE ENFERMAGEM:Identificar os diagnsticos de enfermagem segundo o NANDA (North American Nursing Diagnosis Association). Ex: Dficit de autocuidado: banho/ higiene. Identificar os fatores relacionados. EX: Dficit de autocuidado: banho/ higiene RELACIONADO fraqueza do membro superior. Traar as caracteristicas definidoras: Ex:Dficit de autocuidado: banho/ higiene relacionado fraqueza do membro superior, CARACTERIZADO por incapacidade de lavar o corpo ou partes do corpo.

PROCESSO DE ENFERMAGEMPRESCRIO:A identificao dos fatores relacionados orienta o enfermeiro na seleo das prescries de enfermagem. O enfermeiro deve desenvolver um plano de cuidado individualizado para cada um dos diagnsticos de enfermagem do clinte. Em parceria, ele e o cliente devem identificar as metas e os resultados esperados. EX: Planejamento - Objetivo: O cliente ser capaz de realizar o prprio banho sem assistncia dentro de um ms. Prescries:

Planejar o banho para o momento em que o cliente possua mais energia. Instruir acompanhante a estimular a independncia do cliente e

PROCESSO DE ENFERMAGEMIMPLEMENTAO:Colocar o plano de cuidados em funcionamento. Uma parte importante da implementao consiste em assistir e preparar os clientes, de modo que sejam capazes de realizar a sua prpria higiene (auto-cuidado)

PROCESSO DE ENFERMAGEMEVOLUO:Registro de todas as informaes relativas ao paciente em questo.Alm de ser o registro da histria do paciente, a evoluo de enfermagem tambm um instrumento legal de proteo para os profissionais e para o paciente, de acordo com as instrues normativas do Conselho Regional de Enfermagem (COREN). Segundo Brunner e Suddarth (2002), todo paciente internado em um hospital recebe um pronturio. Parte dele o relatrio de enfermagem, no qual devem ser registradas todas as ocorrncias do paciente, como medicaes,cuidados e observaes quanto a seus estados fisiolgicos (eliminaes, sono, alimentao), ou seja, a evoluo do paciente.

A Enfermagem uma arte; e para realiz-la como arte, requer uma devoo to exclusiva, um preparo to rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que tratar da tela morta ou do frio mrmore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do esprito de Deus? uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes! Florence Nightingale

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prtica. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2001. Diagnsticos de Enfermagem da NANDA: definies e classificao 20072008 / North American Nursing Diagnostic Association ; Trad. Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed, 2008 396p. ; 20 cm. BRUNNER ; SUDDARTH. Tratado de enfermagem mdico cirrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

OGASAWARA, Mizue. Banho no leito: uma contribuio ao enfermeiro baseada na percepo do paciente/cliente.Rio de Janeiro, 1989. Dissertao (Mestrado em Enfermagem) Escola de Enfermagem Anna Nery/ UFRJ.

ARAJO, Maria Jos Bezerra de. Tcnicas fundamentais de enfermagem.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1980, p.188. HORTA, Vanda de Aguiar. Processo de enfermagem. So Paulo: E.P.U., EDUSP, 1979.