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Aula de doenças comuns em recém nascidos.
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Doenças comuns no RNDoenças comuns no RN
Faculdade Estácio de SáEnfermagem – Ensino Clínico III
Professora: Ana Corina Pacheco de Miranda
Distúrbios GastrointestinaisDistúrbios Gastrointestinais
Refluxo GastroesofágicoEnterocolite NecrotizanteAtresia Esofágica e Fístula
TraqueoesofágicaGastrosquise e OnfaloceleAnomalias AnorretaisOstomias
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Trata-se de uma disfunção do esôfago distal que causa um retorno frequente do conteúdo estomacal ao esôfago
Capacidade de deglutição: 20s gestação
Maturação esofágica completa: 39s gestação
Esfíncter gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo GastroesofágicoEtiologia:Imaturidade do esfíncter
gastroesofágicoDistensão gástricaRetardo no esvaziamento gástricoAlimento com alta osmolaridadeUso prolongado de sonda gástricaPrematuridadeComprometimento neurológico
Refluxo GastroesofágicoRefluxo GastroesofágicoQuadro clínico: Irritação e choro contínuo (1ª hora pós dieta) Vômitos frequentes Perda de peso, atraso no crescimento Esofagite Pneumonia aspirativa Padrão de sono insuficiente Movimentos de mastigação após dieta Apnéia e bradicardia após dieta Hematêmese (esofagite)
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Diagnóstico:
Quadro clínicoRaio X contrastadoEstudo do pH
Refluxo GastroesofágicoRefluxo GastroesofágicoPrognóstico
51% dos pacientes melhoram com tratamento conservador até 10 meses
81% dos pacientes melhoram com tratamento conservador até 18 meses
17% dos pacientes evoluem para intervenção cirúrgica
Refluxo GastroesofágicoRefluxo Gastroesofágico
Tratamento:Posicionamento:
prona e cabeceira 45º 2 horas pós dieta. NÃO SENTAR A CRIANÇA!!!
Dieta: 1. Maior frequência,
menor volume2. Dieta espessada3. SNE
Refluxo GastroesofágicoRefluxo GastroesofágicoTratamentoFarmacológico:
1. Procinéticos2. Antiácidos3. Antieméticos
Cirúrgico: apenas em casos persistentes ou com complicações respiratórias severas. É realizada a correção do esfíncter gastroesofágico através da funduplicatura.
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite Necrotizante
Trata-se de necrose da mucosa e submucosa do intestino delgado ou cólon graças a isquemia.
Importante causa de morbimortalidade em neonatologia, especialmente em prematuros
Principal complicação: perfuração intestinal
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizanteEtiologia:
Episódios de isquemia intestinal Alimentação enteral Hipovolemia Hipotermia Sepse Policitemia Cateteres umbilicais arteriais Uso de indometacina
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizanteQuadro Clínico Gastrointestinal:
Distensão abdominalAbdome dolorosoAbdome isquêmico (cor azulada)Alças visíveis ou palpáveis Intolerância alimentar com vômitos biliososEstase gástrica > 30% do volume da dietaSangue nas fezes (melena ou enterorragia)
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizanteQuadro Clínico Geral:
Apnéia, instabilidade térmica, letargia, irritabilidade (infecção)
Maior demanda de oxigênioTrombocitopenia e CIVD
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite Necrotizante
Diagnóstico
Quadro clínicoRaio X: distensão
de alças, pneumatose e pneumoperitônio
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite Necrotizante
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizantePneumatose
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite Necrotizante
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizanteTratamento conservador: sem
perfuração intestinal1. Jejum de 14 dias2. NPT3. ATB4. Sonda gástrica aberta para drenagem5. Perímetro abdominal diário6. Raio X seriado7. Controle laboratorial: hemograma,
plaquetas, gasometria, eletrólitos, hemocultura, coagulograma
Enterocolite NecrotizanteEnterocolite NecrotizanteTratamento cirúrgico: ressecção
da porção necrótica e colostomia
Indicações:1. Massa abdominal palpável2. Pneumoperitônio3. Perfuração intestinal4. Paracentese infectada
Atresia e FístulaAtresia e FístulaSão anomalias frequentes e
usualmente associadas a outras malformações congênitas
Classificação:1.Atresia com fístula traqueoesofágica
distal2.Atresia sem fístula3.Atresia com fístula proximal 4.Atresia com fístula dupla5.Fístula traqueoesofágica sem atresia
Atresia e FístulaAtresia e Fístula
Atresia e FístulaAtresia e FístulaQuadro clínico:
Atresia com fístula distal: salivação excessiva, tosse, cianose, distensão abdominal (ar que passa da traquéia para o esôfago) e regurgitação de ácido gástrico para o esôfago
Atresia sem fístula: salivação excessiva, ausência da bolha gástrica ao Raio X
Atresia e FístulaAtresia e FístulaQuadro clínico:
Atresia com fístula proximal: tosse e engasgo. Pneumonias frequentes.
Atresia com fístula dupla: tosse, engasgo e cianose durante a alimentação
Fístula sem atresia: estresse respiratório durante a alimentação e refluxo
Atresia e FístulaAtresia e FístulaDiagnóstico: Quadro clínico Poliidrâmnio Salivação excessiva Sonda gástrica que não progride Pneumonia e atelectasia Tosse e engasgo com a alimentação Cianose intermitente Distensão abdominal ao chorar Raio X e US
Atresia e FístulaAtresia e Fístula
A: Atresia com fístulaB: Atresia sem fístulaC: Fístula sem atresia
Atresia e FístulaAtresia e FístulaTratamento:
Cirurgia corretiva o mais rápido possível desde que peso > 2kg e paciente hemodinamicamente estável
Correção em estágios para os outros casos: gastrostomia e correção progressiva do defeito
Atresia e FístulaAtresia e Fístula
Intervenções de enfermagem:
Pré-operatório
Pós-operatório
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e Onfalocele
Gastrosquise: Defeito congênito da parede abdominal de tamanho variável. Vísceras abdominais exteriorizadas sem nenhum revestimento. Processo inflamatório pode estar associado.
Alta mortalidade (13 a 28%), normalmente graças a infecção e hipotermia
GastrosquiseGastrosquise
GastrosquiseGastrosquise
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e OnfaloceleOnfalocele: defeito congênito da
parede abdominal anterior que não possui revestimento músculo-aponeurótico e cutâneo. Também tem tamanho variável e as vísceras se herniam através do cordão umbilical. As vísceras tem um revestimento avascular transparente e a massa formada por elas pode variar de 4 a 12cm.
Alta mortalidade (30%)
OnfaloceleOnfalocele
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e Onfalocele
Etiologia: falência do fechamento da parede abdominal e retorno incompleto do conteúdo abdominal para dentro da cavidade no período de desenvolvimento fetal. Esse processo ocorre sem causa definida.
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e Onfalocele
Tratamento Gastrosquise
Cirúrgico de urgênciaFechamento imediato nas menores e
instalação de bolsa de silicone para progressão do conteúdo diariamente nas maiores (manutenção da esterilidade e temperatura das vísceras)
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e OnfaloceleTratamento Onfalocele:
Conservador: utilização de creme à base de nitrato de prata para formação de tecido granuloso sobre a onfalocele (6 a 8 semanas). Maior risco de infecção e ainda há necessidade de correção cirúrgica posterior.
Cirúrgico: mobilização da pele do abdome e tórax para cobrir a onfalocele. Pode-se utilizar enxertos, se necessário, ou a bolsa de silicone para redução progressiva da massa para a cavidade abdominal.
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e Onfalocele
Gastrosquise e OnfaloceleGastrosquise e Onfalocele
Intervenções de enfermagem:
Sala de parto
Pré-operatório
Pós-operatório
Anomalias anorretaisAnomalias anorretaisSão as mais variadas possíveis, mas
incomuns
Normalmente estão associadas a outras malformações congênitas
As mais comuns são:Ânus imperfuradoPresença de fístula retocutânea,
perineal ou retouretral
Anomalias anorretaisAnomalias anorretaisQuadro clínico:
1.Reto sem orifício: obstrução intestinal
2.Sexo masculino: reto em fundo cego ou fístula com as vias urinárias. Eliminação de mecônio via uretra
3.Sexo feminino: aberturas retais no períneo, vulva ou vagina. Eliminação de mecônio nessas regiões
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
Diagnóstico:
Primeiro exame do RNRaio XUS abdominal (determina o nível
da fístula)
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
Tratamento:
Cirurgia corretiva imediata nas formas obstrutivas
Necessidade de colostomia nas anomalias altas e intermediárias
Reversão da colostomia por volta de 12 meses
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
OstomiasOstomiasColostomia ou Ileostomia: abertura
temporária ou permanente do cólon ou íleo através da parede abdominal
Característica do estoma: arredondado, avermelhado, úmido, macio, pode ser proeminente e é insensível à dor
As fezes constantemente irritam a pele do RN
OstomiasOstomiasIntervenções de enfermagem
Limpar o estoma com compressa e SF/água morna
Banho de imersão com ou sem a bolsa Proteção do estoma com pomada protetora Fixar a bolsa com o adesivo cortado exatamente
do tamanho do estoma e anexar a bolsa Esvaziar a bolsa a cada evacuação, lavando-a
com água Trocar a bolsa sempre que necessário Observar e anotar o aspecto das fezes Observar sinais de agravamento
OstomiasOstomias
Gastrostomia: instalação de uma sonda na curvatura maior do estômago, através de uma abertura abdominal. A sonda deve ter balonete e ainda ser fixada à pele.
São várias as indicações, mas a incapacidade de sugar ou deglutir é a mais importante delas
OstomiasOstomiasIntervenções de enfermagem:
Sonda aberta no mínimo 24 horas após a cirurgia
O início da alimentação depende de peristalse ativa e deve ser lento (2º ou 3º DPO)
Manter o periestoma limpo e seco Durante a alimentação: Verificar resíduo
gástrico. DLD e cabeceira elevada durante a gavagem. Lavar a sonda após a dieta. Oferecer sucção não-nutritiva se for o caso (estimula a sucção). Comunicar quaisquer vazamentos, formação de granulomas, mau-cheiro, sangramentos.
IcteríciaIcterícia
Trata-se da evidência de bilirrubina nos tecidos do organismo, caracterizada ao exame físico por coloração amarelada da pele, mucosas e escleras , pela presença de urina escura (colúrica) ou de fezes esbranquiçadas (acolia fecal).
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Isoimunização materno-Isoimunização materno-fetalfetal
◦ Doença hemolítica perinatal ou eritroblastose fetal
◦ Fator desencadeante imunoincompatibilidade sanguínea materno fetal formação de Ac pelo sistema imune materno em resposta à exposição a hemácias fetais
◦ Cerca de 98% dos casos de isoimunização são decorrentes da incompatibilidade ao fator Rh (antígeno D)
FisiopatologiaFisiopatologia
Hemácias na espécie humana são revestidas por mais de 30 antígenos
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Fator ou complexo Rh tipos Cc,Dd,Ee
Mais importante: Antígeno Du
Du + Du -
Indivíduo
Rh + Rh -
FisiopatologiaFisiopatologia
Incompatibilidade Rh ou isoimunização Rh
ocorre quando as hemácias Rh (D) positivo (hemácias que possuem o antígeno D em sua superfície), entram na circulação sanguinea da mulher Rh (D) negativo (hemácias que não possuem o antígeno D), estimulando seu sistema imune a produzir anticorpos contra tal antígeno anti-Rh. (anti-D)
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Fisiopatologia Fisiopatologia Inicialmente são produzidos anticorpos do tipo
IgM, que não atravessam a placenta (resposta primária). Em seguida, há produção de anticorpos IgG (resposta secundária), que atravessam a placenta.
Portanto, mulher Rh(D) –, que tem contato com sangue Rh(Du) + produzirá anticorpos anti Rh (IgG anti Du) e, em presença do feto Rh(Du) +, promoverá a passagem transplacentária da IgG hemólise do sangue fetal.
A hemólise extensa resulta na liberação de grandes quantidades de bilirrubina a qual o fígado não pode excretar, gerando hiperbilirrubinemia e anemia hemolítica.
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Causas Causas
Transfusão sangüínea incompatível: mãe recebeu transfusão de sangue Rh (+).
Causas obstétricas: Hemorragia materno-fetal: aborto, hemorragias da 2º metade da gestação, gestação ectópica, procedimentos invasivos como: amniocentese e cordocentese e parto.
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DiagnósticoDiagnóstico
1. Pré-Gestacional: detectar a mulher com risco de
desenvolver isoimunização materno-fetal. Saber:
grupo sangüíneo, fatores Rh (D) e Du e, no caso
destes serem negativos, pesquisar a presença do
anticorpo anti-D por meio do teste de Coombs
indireto (verificar se surgiram anticorpos
anti-Rh/anti-D no sangue materno).
Coombs indireto (-): gestante não imunizada
Coombs indireto (+): gestante já imunizada
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É FUNDAMENTAL QUE O DIAGNÓSTICO SE ANTECIPE A DHP
DiagnósticoDiagnóstico2. Pré-Natal: A preocupação está na
instalação da DHRN.
Gestantes Rh (D) e Du (-) com Coombs
Indireto (-) repetí-lo mensalmente, após
16 semanas de gestação, para detectar a
formação de anticorpos maternos anti-D
dirigidos às hemácias do feto. Se Coombs
indireto + verificar a intensidade da
hemólise provocada no feto.
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DiagnósticoDiagnóstico
3. Pós-Natal: Procura proteger as gestações
futuras com a pesquisa de anticorpos anti-
D no sangue materno pelo Coombs
Indireto e no sangue do RN, a pesquisa do GS,
fatores Rh (D) e Du e o teste de Coombs
direto para verificar a presença de anticorpos
maternos no sangue do RN.
Se o RN for Rh (+) e seu Coombs Direto for
(-) a mãe deverá receber a imunoglobulina
protetora.
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Tratamento Tratamento
RhoGam: imunoglobulina humana contém
anticorpos Rh e impede a mulher Rh– de
produzir repostas de anticorpo ativo e formar
anti-Rh para os eritrócitos fetais Rh-positivo
Rn: correção da anemia e prevenção da
encefalopatia bilirrubínica ( fototerapia e
exsanguíneo-transfusão)
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Prevenção da Prevenção da sensibilizaçãosensibilizaçãoa) Evitar amniocentese nas gestantes Rh (-) não sensibilizadas.
b) Administrar imunoglobina humana anti-D (RhoGam) dentro das primeiras 72 horas em pacientes Rh (-) não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) que preencham as seguintes condições: com partos de recém-nascido Rh (+) e Coombs direto negativo; pós-abortamento ou gravidez ectópica ; pós-amniocentes ou cordocentese ou biópsia de vilosidade corial; depois de sangramento durante a gestação.
c) Administrar imunoglobina humana anti-D (durante gestação de mulheres Rh (-) e com Coombs indireto negativo com marido Rh (+) entre 28ª e 34ª semanas.
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Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal
A icterícia resulta do depósito de bilirrubina na pele e nas mucosas.
É o mais comum problema do período neonatal
A icterícia é a maior causa mundial de
reinternação hospitalar no período neonatal
Complicação mais temida: impregnação da bilirrubina no SNC (Kernícterus).
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Icterícia NeonatalIcterícia Neonatal Fonte da bilirrubina: a bilirrubina é o produto final
da degradação do radical heme cuja maior fonte é a hemoglobina circulante
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1 g Hb - 35 mg bilirrubina
Produção: 8-10 mg/kg/d de bilirrubina (2,5 vezes produção do adulto
1 g mecônio - 1 mg bilirrubina
Intestino: 100-200g de mecônio
Metabolismo da bilirrubinaMetabolismo da bilirrubina
Hgb é oxidada em biliverdina que é reduzida em BI não conjugada (é lipossolúvel e não pode ser excretada na bile ou através dos rins).BI combina-se com a albumina e é transportada para o fígado onde é convertida em bilirrubina conjugada (direta).BD na árvore biliar entra no TGI e então é eliminada pelas fezes. A BD normalmente não é reabsorvida pelo intestino, a menos que seja convertida em BI circulação êntero-hepática.
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A bilirrubina é normalmente encontrada no LA com 12 sem de IG e em geral desaparece com 37 semanas ↑ bili no LA = DHN
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Icterícia fisiológicaIcterícia fisiológica
Deve-se a imaturidade do metabolismo neonatal. Causa mais comum de ictericia neonatalAparecimento tardio, após 24h de vida Predomínio absoluto dos níveis de bilirrubina indireta Aumento da concentração sérica de bilirrubina total menor que 5 mg/dL ao diaPico do nível sérico de bilirrubina entre 3 e 5 dias de vida, com um total de bilirrubina sérica não superior à 15 mg/dL Resolução do quadro no final de 1 semana no RNT.
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Importante Importante
A evolução da icterícia fisiológica é alterada por fatores de sobrecarga para hiperbilirrubinemia:
aumento da circulação entero-hepática (jejum, obstrução intestinal, rolha meconial), bossa serosanguinea, cefalohematoma, equimoses e outros;maior volume de hemácias circulantes;
Dependendo dos níveis de bilirrubina sérica alcançada e da idade da criança, o tratamento deve
ser avaliado
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Zonas dérmicas de progressão craniocaudal da icterícia – Método de Kramer
Icterícia precoceIcterícia precoceCaracterísticas que excluem a
possibilidade de icterícia fisiológica:
1. Surge nas primeiras 24 horas de vida 2. Qualquer elevação da bilirrubina sérica que
exija fototerapia 3. Acúmulo de BI maior que 5 mg/dia4. Sinais de doenças subjacente: vômito,
letargia, dificuldades para amamentar, perda de peso, apnéia...
5. Icterícia persistindo após 8 dias em um RNT ou após 14 dias em RNPT
6. No RNT , hiperbilirrubinemia com valores acima de 12 mg/dl (ou zona 3 de Kramer)
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Diagnóstico Diagnóstico Método clínico (inspeção visual) mais utilizado
para abordagem inicial da hiperbilirrubinemia. Fatores que interferem na avaliação clínica:
pigmentação da pele, estado de pletora ou palidez, tipo de iluminação do ambiente e a experiência do examinador.
A icterícia progride no sentido céfalo-caudal. A avaliação clínica pode ser complementada pelo
método de Kramer. Dosagem sérica dos níveis de bilirrubina,
classificação sanguínea e teste de Coombs exames indispensáveis para decisão da conduta terapêutica: observação, fototerapia ou exsanguineotransfusão.
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Abordagem da hiperbilirrubinemia em RN termos saudáveis
Tratamento Tratamento
FOTOTERAPIA
É a terapia mais utilizada, mundialmente para a prevenção e o tratamento da hiperbilirrubinemia neonatal.
Mecanismo de ação: utilização de energia luminosa na transformação da bilirrubina em produtos mais hidrossolúveis, excretados pelo rim ou fígado, sem necessidade de conjugação prévia.
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Fatores que influenciam a Fatores que influenciam a fototerapiafototerapia
1) Concentração inicial da bilirrubina antes do tratamento: quanto mais alta > queda;
2) Superfície corporal exposta à luz: quanto maior a área irradiada, maior a eficácia da fototerapia: evitar uso de fraldas, toucas, sapatinhos; usar focos adicionais (foto dupla ou tripla). O RN deve ser colocado despido, com os olhos protegidos.
3) Distância entre a fonte luminosa e o paciente: a irradiância emitida pela fonte de luz é inversamente proporcional à distância entre a luz e o RN: quanto menor for a distância, maior a radiância e a eficácia da fototerapia.
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Fatores que influenciam a Fatores que influenciam a fototerapiafototerapia4) Adequado funcionamento das lâmpadas5) Tipo de luz utilizada: lâmpadas fluorescentes
(brancas) ou lâmpadas azuis (halógenas).
Efeitos colaterais da FT: perda hídrica insensível
aumentada, diarréia, lesão na retina (os olhos devem ser
cobertos com protetores), bronzeamento da pele (eritema
e fluxo sanguíneo aumentado);
Após a suspensão da fototerapia reavaliar a icterícia
através do exame clínico ou, se necessário,
laboratorialmente.
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Tipos de fototerapiaTipos de fototerapia
Fototerapia convencional: equipada com 7 ou 8 lâmpadas fluorescentes brancas tipo daylight, de 20 watts.posicionar o aparelho a 30 cm do paciente paralelamente à parede superior da incubadora.substituir duas lâmpadas fluorescentes brancas por azuis.eficácia pequena.
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Tipos de fototerapiaTipos de fototerapia
Fototerapia com lâmpada halógena ou
bilispot: possui um spot com 1 lâmpada halógena de 75 Wposicionar perpendicularmente à parede superior da incubadora e à distância de 50 cm entre o refletor e o colchoneteluz em forma de foco de diâmetro aproximado de 20 cm.
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Intervenções de Intervenções de enfermagemenfermagem Despir o RN e proteger olhos com material
opaco, devido à possibilidade de lesão de retina. Retirar as vendas durante a amamentação.
Ligar o aparelho medindo a irradiância com o radiômetro, ou manter registro de horas de uso;
Monitorar a temperatura do RN, o número de evacuações, estado de hidratação (mucosas úmidas), presença de diurese, atividade e sucção ao peito;
Mudança de decúbito rigorosa A fototerapia pode ser descontinuada durante a
amamentação e visitas de parentes (casos leves a moderados)
Estimular aleitamento materno promovendo motilidade gastrointestinal e hidratação.
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Exsanguíneotransfusão Exsanguíneotransfusão
Utilizada apenas em casos gravesRemove de maneira rápida a bilirrubina
sérica, corrige a anemia e diminui a intensidade da reação antígeno-anticorpo nos casos de hemólise.
Este procedimento é acompanhado de muitas complicações, metabólicas, hemodinâmicas, infecciosas, vasculares e hematológicas.
Deve ser indicada com critérios de evolução clínica e laboratorial juntamente com fototerapia, além do controle do quadro clínico associado e executado por pessoal habilitado.
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