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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Fabrício Costa Resende de Campos Coordenador do curso de Contabilidade Tributária no IBET Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC/SP Advogado tributarista

Aula dr. fabricio 16-10-14

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Fabrício Costa Resende de CamposCoordenador do curso de Contabilidade Tributária no IBET

Mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC/SP

Advogado tributarista

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Objetivos da Aula 7

Professor Fabrício C. R. Campos – E-mail: [email protected]

4 Subvenção e Assistência Governamentais – CPC 07 (R1)

3 Operações de Arrendamento Mercantil – CPC 06 (R1)

1 Revisão Aula 6

2 Redução ao Valor Recuperável de Ativos – CPC 01 (R1)

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Lucro Econômico

Lucro como acréscimo:

- John Hicks (1946): renda é o que uma pessoapode consumir durante uma semana (ou certoperíodo de tempo) e ainda esperar estar, no final dasemana (ou do referido período de tempo), namesma situação em que estava no começo.

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Demarcação conceitual da

Renda/Lucro

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Lucro Contábil:

- David Solomons (1966): a renda da Entidade é aquantidade de que seu patrimônio aumentoudurante um período, deduzidas as provisões dessevalor da capitalização de lucros pelos acionistas oupor quaisquer distribuições feitas pela empresaaos seus acionistas. Diferencia lucro contábil dolucro econômico pela realização da renda (regimede competência contábil).

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Demarcação conceitual da

Renda/Lucro

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Lucro Contábil:

- Hendriksen e Breda (1999):

Lucro da entidade = FCEj + ΔVTMj

onde: VTMj = Valor total de mercado da empresa no período j

FCEj = fluxo de caixa no período j

Lucro da entidade = FCEj + ΔVTJj

onde: VTJj = Valor total justo da empresa no período j

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Demarcação conceitual da

Renda/Lucro

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Lucro Fiscal:

Art. 43. O imposto, de competência da União, sobrea renda e proventos de qualquer natureza temcomo fato gerador a aquisição dadisponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto docapital, do trabalho ou da combinação deambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assimentendidos os acréscimos patrimoniais nãocompreendidos no inciso anterior.

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Demarcação conceitual da

Renda/Lucro

• Disponibilidade Econômica =

Disponibilidade Financeira

Depende de atos do interessado para ter

acesso aos recursos financeiros!

• Disponibilidade jurídica =

Pronunciamento CPC 30 (R1) Receitas

A receita é reconhecida quando for

provável que benefícios econômicos

futuros vão fluir para a entidade, e

quando estes benefícios possam ser

mensurados com segurança.

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Economia:

Reconhecimento constante das variações patrimoniais emcomparativos de mercado, incluindo-se o consumo.

Contabilidade:

Se aproxima à metodologia econômica, mas identifica,primordialmente, o acréscimo patrimonial na forma de receitas eganhos; custos, despesas e perdas valoráveis com afetaçãopatrimonial.

Direito Tributário:

Mescla o conceito contábil (acréscimo patrimonial) +parcialmente, a renda realizada monetariamente + situações deagilidade na fiscalização.

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Comparativos: Renda/Lucro para a

Economia, Contabilidade e o Direito

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RECEITA OPERACIONAL BRUTAVendas de ProdutosVendas de MercadoriasPrestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTADevoluções de VendasAbatimentos (descontos incondicionaisImpostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

Ajuste a valor presente

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDASCusto dos Produtos VendidosCusto das MercadoriasCusto dos Serviços Prestados

= LUCRO BRUTO

Lei 12.973/14 (alteração do Decreto-Lei

1.598/77):

“Art. 12. A receita bruta compreende:

I - o produto da venda de bens nas

operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços

em geral;

III - o resultado auferido nas operações

de conta alheia; e

IV - as receitas da atividade ou

objeto principal da pessoa jurídica

não compreendidas nos incisos I a

III.”

Demonstração do Resultado do

Exercício - DRE

Lei 12.973/14 (alteração do Decreto-

Lei 1.598/77):

“Art. 12. (...)

§ 1o A receita líquida será a receita

bruta diminuída de:

I - devoluções e vendas canceladas;

II - descontos concedidos

incondicionalmente;

III - tributos sobre ela incidentes; e

IV - valores decorrentes do ajuste a

valor presente, de que trata o inciso

VIII do caput do art. 183 da Lei no

6.404, de 15 de dezembro de 1976,

das operações vinculadas à receita

bruta.”

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(-) DESPESAS OPERACIONAISDespesas Com VendasDespesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDASDespesas Financeiras - Receitas FinanceirasVariações Monetárias e Cambiais Passivas - Variações Monetárias e Cambiais Ativas

(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS

Resultado da Equivalência Patrimonial

Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

Demonstração do Resultado do

Exercício - DRE

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(-) PROVISÃO PARA A CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ

(-) PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Debêntures, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Demonstração do Resultado do

Exercício - DRE

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LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IRPJ (DRE)

(+) ADIÇÕESCustos e despesas não dedutíveis (vide art. 13, Lei 9.249/95)Contribuição Social sobre o Lucro LíquidoLucros Disponibilizados do Exterior

Ajustes Decorr. Métodos – Preços de Transferência

Variações Cambiais Passivas (MP 2.158-35/01)

Perdas Método de Equivalência Patrimonial

Doações

Tributos com Exigibilidade Suspensa

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Lucro Real – Ajustes ao

Lucro Líquido

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(-) EXCLUSÕESReversão dos Saldos das Provisões Não DedutíveisVariações Cambiais Ativas (MP 2.158-35/01)

Ganhos Método de Equivalência Patrimonial

Subvenções para Investimento

= LUCRO REAL ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS

(-) Prejuízos Fiscais períodos de apuração anteriores

= LUCRO REAL

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Lucro Real – Ajustes ao

Lucro Líquido

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O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 01 –Redução ao Valor Recuperável de Ativos é definirprocedimentos visando a assegurar que os ativosnão estejam registrados contabilmente por um valorsuperior àquele passível de ser recuperado no tempopor uso nas operações da entidade ou em suaeventual venda.

A entidade deve avaliar, no mínimo, uma vez por anose há alguma indicação de que seus ativos ouconjunto de ativos perderam representatividadeeconômica.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Quais os indicativos para aplicar o teste derecuperabilidade?

Fontes Externas de informações:

a) O valor de mercado do ativo diminuiu sensivelmente;

b) Ocorreram, ou ocorrerão em futuro próximo, mudançastecnológicas, de mercado, econômico ou legal no qual o ativo éutilizado;

c) As taxas de juros de mercado aumentaram, e essesacréscimos provavelmente afetarão a taxa de descontoutilizada no cálculo do valor de um ativo em uso e diminuirãosignificativamente o seu valor recuperável;

d) O valor contábil do patrimônio líquido da entidade se tornoumaior do que o valor de suas ações no mercado.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Quais os indicativos para aplicar o teste derecuperabilidade?

Fontes Internas de informações:

a) Evidência de obsolescência ou de dano físico;

b) Ocorreram, ou ocorrerão em futuro próximo, mudançassignificativas com efeito adverso sobre a entidade (ex.: aadministração planeja descontinuar, reestruturar ou baixarantecipadamente)

c) Levantamentos ou relatórios internos que evidenciem, porexemplo, a existência de dispêndios extraordinários deconstrução, capitalização excessiva de encargos financeiros,etc.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Determinação do valor recuperável

O maior valor entre o preço líquido de venda do ativo eo seu valor em uso. Caso um desses valores exceda ovalor contábil do ativo, não haverá desvalorização nemnecessidade de estimar o outro valor.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

valor de negociação em

um mercado ativo, menos

as despesas necessárias

de venda

valor em uso de ativos:

estimado com base nos

fluxos de caixa futuros

derivados do uso

contínuo dos ativos,

utilizando-se uma taxa de

desconto para trazer

esses fluxos de caixa a

valor presente.

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O teste de impairment (teste de recuperabilidade),conforme o CPC 01 (R1), aplica-se ao ágio (goodwill)contabilizado por expectativa de rentabilidade futura!

Diferença entre o teste de recuperabilidade nosativos imobilizados e no goodwill: futuramente, casono teste de recuperabilidade anual seja possívelreduzir a perda registrada em impairment, épermitido o registro; a redução do ágio pelo teste deimpairment é definitivo!

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Exemplo prático (lançamentos contábeis):A CIA Cruzeiro Esporte Clube (o maior time do Brasil) possui determinado ativoimobilizado em seu balanço de 31-12-20x4 pelo valor contábil de R$ 150.000,00,sendo seu custo originário R$ 200.000,00 e um saldo de depreciação acumuladade R$ 50.000,00. Observou-se que em 20x4 o valor desse ativo diminuiuconsideravelmente.

1) O valor de venda no mercado é R$ 130.000,00, com custos para colocar oativo em condições de venda de R$ 13.500,00;

2) Valor em uso por meio de fluxos de caixa futuro descontados a uma taxa de15% a.a.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

Período Fluxos de Caixa Estimados Valor Presente dos Fluxos de Caixa

20x5 R$ 50.700 R$ 44.087

20x6 R$ 42.400 R$ 32.060

20x7 R$ 35.000 R$ 23.013

20x8 R$ 28.300 R$ 16.181

20x9 R$ 23.000 R$ 11.435

Total R$ 179.400 R$ 126.776

0 1 2 3 4 5 n...

PV FV1 FV2 FV3 FV4 FV5 FVn

Taxa de desconto: taxa

livre de risco (ex.: SELIC)

mais a taxa de risco que o

mercado atribui a esse

ativo

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Valor em uso: R$ 126.776

Valor Líquido de venda: R$ 116.500

Valor Contábil: R$ 150.000

Valor Recuperável: R$ 126.776

1) D – Perda por desvalorização (resultado) R$ 23.224

2) C – Perdas estimadas por valor não recuperável(redutora do ativo imobilizado) – R$ 23.224

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

ATIVO CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo

• Imobilizado

Depreciação Acum.

Perdas Estim. Valor não Recuperável

200.000

23.224

23.224

DRE

50.000

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Efeitos fiscais (Lei 12.973/14):

Teste de Recuperabilidade

Art. 32. O contribuinte poderá reconhecer na apuração do lucro

real somente os valores contabilizados como redução ao valor

recuperável de ativos que não tenham sido objeto de reversão,

quando ocorrer a alienação ou baixa do bem correspondente.

Parágrafo único. No caso de alienação ou baixa de um ativo que

compõe uma unidade geradora de caixa, o valor a ser reconhecido

na apuração do lucro real deve ser proporcional à relação entre o

valor contábil desse ativo e o total da unidade geradora de

caixa à data em que foi realizado o teste de recuperabilidade.

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

Lucro Líquido (prejuízo) -R$ 23.224,00

Adição R$ 23.224,00

Lucro Real R$ 0,00

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Venda do imobilizado: R$ 140.000

Valor Contábil: R$ 126.776

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

ATIVO CIRCULANTE

Banco

NÃO CIRCULANTE• Realizável à longo prazo

• Imobilizado

Depreciação Acum.

Perdas Estim. Valor não Recuperável

200.000

23.224

140.000

DRE

50.000

200.000

50.000

23.224

140.000

200.000

50.000

23.224

13.224

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Redução ao Valor Recuperável

de Ativos – CPC 01 (R1)

Lucro Líquido R$ 13.224,00

Exclusão (R$ 23.224,00)

Lucro Real (prejuízo fiscal) -R$ 10.000,00

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Um arrendamento mercantil é classificado comofinanceiro se ele transferir substancialmente todosos riscos e benefícios inerentes à propriedade.

Um arrendamento mercantil é classificado comooperacional se ele não transferir substancialmentetodos os riscos e benefícios inerentes àpropriedade.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Contabilização do arrendamento mercantilfinanceiro – Arrendatária

- Aquisição veículo. Contraprestação mensal = R$1.000,00

- Prazo arrendamento = 36 meses

- Valor residual a ser pago no 36º mês = R$ 120,00

- Valor justo do bem, se comprado a vista = R$30.000,00

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Contabilização do arrendamento mercantilfinanceiro – Arrendatária

- Aquisição veículo - contraprestação mensal = R$1.000,00

- Prazo arrendamento = 36 meses

- Valor residual a ser pago no 36º mês = R$ 120,00

- Valor justo do bem, se comprado a vista = R$30.000,00

- Encargos financeiros contratuais implícitos = R$6.120,00

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

ATIVO PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômica versus

Forma Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTEFinanciamento Arrend. Financ.

Encargos Financeiros

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Imobilizado

30.000

36.120

6.120

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Contabilização do arrendamento mercantilfinanceiro – Arrendatária

- O que é afetado ao resultado da EntidadeArrendatária? Apenas os Encargos financeirosimplícitos (R$ 6.120,00) tomadosproporcionalmente a cada parcela paga.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Contabilização do arrendamento mercantilfinanceiro – Arrendador

ATIVO PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômica versus

Forma Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTE

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTEBancos

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Receita Financeira a Realiz.

Imobilizado

30.000

30.000

30.000

36.120

6.120

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Contabilização do arrendamento mercantilfinanceiro – Arrendador

- O que é afetado ao resultado do Arrendador?Apenas os Encargos financeiros contratuais (R$6.120,00) tomados proporcionalmente a cadaparcela recebida.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Aspectos fiscais (Decreto-Lei 1.598/77 com alteraçõesda Lei 12.973/14):

Art 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de

transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição

ou importação.

§ 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá,

obrigatoriamente:

a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados

ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;

b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e

guarda das instalações de produção;

c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos

bens aplicados na produção;

d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;

e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

(...)

§ 3o O disposto nas alíneas “c”, “d” e “e” do § 1o não alcança os encargos de

depreciação, amortização e exaustão gerados por bem objeto de arrendamento

mercantil, na pessoa jurídica arrendatária.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Aspectos fiscais (Lei 9.249/95 com alterações da Lei12.973/14):

Art. 13. Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição

social sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções, independentemente

do disposto no art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964:

(...)VIII - de despesas de depreciação, amortização e exaustão geradas por bem objeto de

arrendamento mercantil pela arrendatária, na hipótese em que esta reconheça

contabilmente o encargo.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Aspectos fiscais (Lei 12.973/14):

Art. 46. Na hipótese de operações de arrendamento mercantil que não estejam sujeitas ao

tratamento tributário previsto pela Lei no 6.099, de 12 de setembro de 1974, as pessoas

jurídicas arrendadoras deverão reconhecer, para fins de apuração do lucro real, o resultado

relativo à operação de arrendamento mercantil proporcionalmente ao valor de cada

contraprestação durante o período de vigência do contrato.

§ 1o A pessoa jurídica deverá proceder, caso seja necessário, aos ajustes ao lucro líquido para

fins de apuração do lucro real, no livro de que trata o inciso I do caput do art. 8o do Decreto-Lei

no 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

§ 2o O disposto neste artigo aplica-se somente às operações de arrendamento mercantil

em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade do

ativo.

§ 3o Para efeitos do disposto neste artigo, entende-se por resultado a diferença entre o

valor do contrato de arrendamento e somatório dos custos diretos iniciais e o custo de

aquisição ou construção dos bens arrendados.

§ 4o Na hipótese de a pessoa jurídica de que trata o caput ser tributada pelo lucro presumido ou

arbitrado, o valor da contraprestação deverá ser computado na determinação da base de cálculo

do imposto sobre a renda.

Tratamento tributário da Lei 6.099/74 para as

arrendadoras - Resolução BACEN 2.309/1996:

Art. 1º As operações de arrendamento mercantil com o

tratamento tributário previsto na Lei nº. 6.099, de

12.09.74, alterada pela Lei nº. 7.132, de 26.10.83,

somente podem ser realizadas por pessoas jurídicas

que tenham como objeto principal de sua atividade a

prática de operações de arrendamento mercantil, pelos

bancos múltiplos com carteira de arrendamento

mercantil e pelas instituições financeiras que, nos

termos do art. 13 deste Regulamento, estejam

autorizadas a contratar operações de arrendamento

com o próprio vendedor do bem ou com pessoas

jurídicas a ele coligadas ou interdependentes.

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Operações de Arrendamento

Mercantil – CPC 06 (R1)

Aspectos fiscais (Lei 12.973/14):

Art. 47. Poderão ser computadas na determinação do lucro real da pessoa jurídica

arrendatária as contraprestações pagas ou creditadas por força de contrato de

arrendamento mercantil, referentes a bens móveis ou imóveis intrinsecamente

relacionados com a produção ou comercialização dos bens e serviços, inclusive as

despesas financeiras nelas consideradas.

Art. 48. São indedutíveis na determinação do lucro real as despesas financeiras incorridas

pela arrendatária em contratos de arrendamento mercantil.

Parágrafo único. O disposto no caput também se aplica aos valores decorrentes do ajuste a

valor presente, de que trata o inciso III do caput do art. 184 da Lei no 6.404, de 15 de

dezembro de 1976.

• CONCLUSÃO:

A Lei 12.973/14 aplica, para fins fiscais,

os efeitos anteriormente vigentes com

relação às despesas de arrendamento

mercantil, anteriormente previstos na

Lei 9.249/95

A que se refere esse dispositivo?

Aos encargos financeiros implícitos no contrato!

Os encargos financeiros embutidos nas contraprestações

são dedutíveis!

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Assistência governamental é a ação de um governodestinada a fornecer benefício econômico específico auma entidade ou a um grupo de entidades que atendama critérios estabelecidos. Não inclui os benefíciosproporcionados única e indiretamente por meio de açõesque afetam as condições comerciais gerais, tais como ofornecimento de infraestruturas em áreas emdesenvolvimento ou a imposição de restriçõescomerciais sobre concorrentes.

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Subvenção governamental é uma assistênciagovernamental geralmente na forma de contribuição denatureza pecuniária, mas não só restrita a ela,concedida a uma entidade normalmente em troca documprimento passado ou futuro de certas condiçõesrelacionadas às atividades operacionais da entidade.Não são subvenções governamentais aquelas que nãopodem ser razoavelmente quantificadas em dinheiro eas transações com o governo que não podem serdistinguidas das transações comerciais normais daentidade.

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Subvenção governamental, inclusive subvençãonão monetária a valor justo, não deve serreconhecida até que exista razoável segurança deque:

(a) a entidade cumprirá todas as condiçõesestabelecidas e relacionadas à subvenção; e

(b) a subvenção será recebida.

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Governamentais – CPC 07 (R1)

Os juros praticados pelo BNDES (muito abaixo dospraticados usualmente pelo mercado), podem serconsiderados subvenção governamental?

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Governamentais – CPC 07 (R1)

Exemplo:

A CIA Cruzeiro Esporte Clube (o maior time do Brasil), em 20x4 inaugura uma

nova fábrica em uma região considerada como área de desenvolvimento

econômico. Neste dia, o governo liberou uma subvenção de R$ 50 milhões para

auxiliar no desenvolvimento da fábrica. A subvenção é composta por 2 partes:

Parte 1 – R$ 30 milhões relacionados a construção de uma grande fábrica cujo

custo é R$ 180 milhões. O terreno onde se localiza fábrica é arrendado, então o

custo total da obra é depreciado durante a vida útil estimada de 50 anos da

fábrica.

Parte 2 – Os R$ 20 milhões restantes estão sujeito a manutenção de pelo menos

150 empregados trabalhando na fábrica por um período mínimo de 5 anos. Se o

número de empregados reduzir para menos de 150, 20% da subvenção deve ser

devolvida. Atualmente, a fábrica emprega 200 empregados e estima que o

número de funcionários deva crescer nos próximos 5 anos.

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Exemplo:

A CIA Cruzeiro Esporte Clube (o maior time do Brasil), em 20x4 inaugura uma

nova fábrica em uma região considerada como área de desenvolvimento

econômico. Neste dia, o governo liberou uma subvenção de R$ 50 milhões para

auxiliar no desenvolvimento da fábrica. A subvenção é composta por 2 partes:

Parte 1 – R$ 30 milhões relacionados a construção de uma grande fábrica cujo

custo é R$ 180 milhões. O terreno onde se localiza fábrica é arrendado, então o

custo total da obra é depreciado durante a vida útil estimada de 50 anos da

fábrica.

Parte 2 – Os R$ 20 milhões restantes estão sujeito a manutenção de pelo menos

150 empregados trabalhando na fábrica por um período mínimo de 5 anos. Se o

número de empregados reduzir para menos de 150, 20% da subvenção deve ser

devolvida. Atualmente, a fábrica emprega 200 empregados e estima que o

número de funcionários deva crescer nos próximos 5 anos.

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Governamentais – CPC 07 (R1)

A Parte 1 da subvenção está relacionadas ativos, sendo possível 2 métodos de

contabilização :

Método 1 – A subvenção é reconhecida como uma receita diferida no passivo,

sendo reconhecida no resultado durante a vida útil do ativo. Assim, deve ser

reconhecida uma receita de R$ 0,6 milhões (R$ 30 milhões/50 anos), e um

passivo de R$ 29,4 milhões;

Método 2 – A subvenção é reconhecida como redução no custo do ativo, assim a

fabrica deve ser reconhecida por R$ 150 milhões (R$ 180 milhões – R$ 30

milhões). Tal redução no custo da fábrica resultará numa redução na depreciação

para R$ 3 milhões, frente a uma depreciação de R$ 3,6 pelo método anterior.

Ambos os métodos tem o mesmo efeito líquido!

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Governamentais – CPC 07 (R1)

ATIVO PASSIVO

PL

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômicForma

Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTESubvenção Governamental

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTEBancos

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Imobilizado

Deprec. Fábrica

180.000.000

29.400.000

30.000.000

DRE600.000

3.600.000

3.600.000

3.000.000

Método 1

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

ATIVO PASSIVO

PL

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômicForma

Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTE

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTEBancos

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Imobilizado

Deprec. Fábrica

180.000.000

3.000.000

30.000.000

DRE3.000.000

30.000.000

150.000.000

Método 2

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Parte 2 da subvenção:

Pelo planejamento da Entidade, é improvável a possibilidade de reduzir o número

de funcionários a menos que 150. No período, deve ser reconhecida uma receita

de R$ 4 milhões (R$ 20 milhões/5 anos). O CPC 07 (R1) permite que essa receita

seja reconhecida na demonstração do resultado abrangente como “outras

receitas” ou uma redução na despesa relacionada. O saldo de R$ 16 milhões

ainda não reconhecido fica no passivo.

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

ATIVO PASSIVO

PL

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômicForma

Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTESubvenção Governamental

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTEBancos

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Imobilizado

180.000.000

16.000.000

20.000.000

DRE4.000.000

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Impactos fiscais:

(a) Subvenção para custeio: auxílio governamentalsem qualquer contrapartida obrigatória pelaEntidade; e

(b) Subvenção para investimentos: auxíliogovernamental com contrapartida obrigatória a sercumprida pela Entidade.

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Lei 12.973/14:

Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou

redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão

de empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo poder público não

serão computadas na determinação do lucro real, desde que seja

registrada em reserva de lucros a que se refere o art. 195-A da Lei

no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que somente poderá ser utilizada

para:

I - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido

totalmente absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da

Reserva Legal; ou

II - aumento do capital social.

§ 1o Na hipótese do inciso I do caput, a pessoa jurídica deverá

recompor a reserva à medida que forem apurados lucros nos períodos

subsequentes.

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Subvenção e Assistência

Governamentais – CPC 07 (R1)

Lei 12.973/14:

Art. 30. (...)

§ 2o As doações e subvenções de que trata o caput serão tributadas caso não seja observado o

disposto no § 1o ou seja dada destinação diversa da que está prevista no caput, inclusive nas

hipóteses de:

I - capitalização do valor e posterior restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante

redução do capital social (...);

II - restituição de capital aos sócios ou ao titular, mediante redução do capital social, nos 5

(cinco) anos anteriores à data da doação ou da subvenção, com posterior capitalização do

valor da doação ou da subvenção, hipótese em que a base para a incidência será o valor

restituído, limitada ao valor total das exclusões decorrentes de doações ou de subvenções

governamentais para investimentos; ou

III - integração à base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

§ 3o Se, no período de apuração, a pessoa jurídica apurar prejuízo contábil ou lucro líquido

contábil inferior à parcela decorrente de doações e de subvenções governamentais e, nesse caso,

não puder ser constituída como parcela de lucros nos termos do caput, esta deverá ocorrer à

medida que forem apurados lucros nos períodos subsequentes.

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ATIVO PASSIVO

PL

Bens ou Direitos

Aplicações de recursos

Representam benefícios

presentes ou futuros

Controle

Essência econômicForma

Jurídica

CIRCULANTE

NÃO CIRCULANTESubvenção Governamental

Capital próprio

ATIVO

CIRCULANTEBancos

NÃO CIRCULANTERealizável à longo prazo

Imobilizado

180.000.000

16.000.000

20.000.000

DRE4.000.000

Lucro Líquido: 4.000.000

Adições:

Exclusões: - 4.000.000

LR: 0

Lucro Real

4.000.000

Reservas de Inc. Fiscais

4.000.000

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