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9 AULA ENEM | 2019 51 99955.7502 [email protected] EscoladaLinguaPortuguesa carlosluzardo ENEM PPL 2015 A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos cons- truídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O histórico desafio de se valorizar o professor”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto III Texto IV O estatuto social e econômico é a chave para o estudo dos professores e da sua profis- são. Num olhar rápido temos a impressão que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de grande degradação, sentimento que é confirmado por certos discursos das organizações sindicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada vez que a análise é mais fina, os resultados são menos concludentes e a profissão docente continua a revelar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades. (NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, A. (Ed.). Profissão professor. Porto: Porto Editora, 1995. Adaptado). (Disponível em: http://www.sinprodf.org.br - Acesso em: 26 jun. 2015). Texto I A escolha profissional passava necessariamente por essa ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequado para exercer uma profissão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou por mulheres. A figura da mulher que lecionava era bem aceita e apontada às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o professor. A famí- lia tinha a figura da professora e do professor em grande consideração e estes detinham um prestígio social que estava em claro desacordo com a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo. (ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: A paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998. Adaptado). Texto II (Disponível em: http://www.sinpro- -rs.org.br - Acesso em: 26 jun. 2015. Adaptado).

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9AULA ENEM | 2019

51 [email protected]

EscoladaLinguaPortuguesa carlosluzardo

ENEM PPL 2015A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos cons-

truídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O histórico desafi o de se valorizar o professor”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto III

Texto IV

O estatuto social e econômico é a chave para o estudo dos professores e da sua profi s-são. Num olhar rápido temos a impressão que a imagem social e a condição econômica dos professores se encontram num estado de grande degradação, sentimento que é confi rmado por certos discursos das organizações sindicais e mesmo das autoridades estatais. Mas, cada vez que a análise é mais fi na, os resultados são menos concludentes e a profi ssão docente continua a revelar facetas atrativas. É evidente que há uma perda de prestígio, associada à alteração do papel tradicional dos professores no meio local: os professores do ensino primário já não são, ao lado dos párocos, os únicos agentes culturais nas aldeias e vilas da província; os professores do ensino secundário já não pertencem à elite social das cidades.

(NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, A. (Ed.). Profi ssão professor. Porto: Porto Editora, 1995. Adaptado).

(Disponível em: http://www.sinprodf.org.br - Acesso em: 26 jun. 2015).

Texto I

A escolha profi ssional passava necessariamente por essa ideia de frequentar um curso de qualidade, que dava uma excelente cultura geral e preparo adequado para exercer uma profi ssão que era reputada como digna e prestigiada, fosse ela exercida por homens ou por mulheres. A fi gura da mulher que lecionava era bem aceita e apontada às moças como exemplo de honestidade e ideal a ser seguido. O mesmo acontecia com o professor. A famí-lia tinha a fi gura da professora e do professor em grande consideração e estes detinham um prestígio social que estava em claro desacordo com a remuneração salarial percebida. Eles desfrutavam um prestígio advindo do saber, e não do poder aquisitivo.

(ALMEIDA, J. S. D. Mulher e educação: A paixão pelo possível. São Paulo: Unesp, 1998. Adaptado).

Texto II

(Disponível em: http://www.sinpro--rs.org.br - Acesso em: 26 jun. 2015. Adaptado).

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Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

Nesta seleção estão em destaque os 10 países com os maiores salários de professores no mundo, onde épossível seguir para obter a carreira docente ao próximo nível.

O Ensino é considerado uma das carreiras mais cobiçadas em várias partes do mundo. E, estes países foram rápidos emreconhecer a importância de bons educadores para o objetivo final da construção de um sistema educacional forte. Elesoferecem os salários mais lucrativos para reter os melhores talentos nesse meio. Como a educação está entre as carreirasmais conceituadas, ele possui o maior índice de satisfação de trabalho em vários países. Junto com horas de trabalhorazoáveis e abundância de feriados pelo ano, há também a vantagem adicional de trabalhar com crianças que é muitasvezes, uma experiência gratificante.Assim, há a chance de contribuir positivamente para a fonte de talento futura do país. A seleção atual foi baseada nosrelatórios do Bloomberg nos países com os salários mais altos de professores, no entanto, a pesquisa só considera osprofessores experientes. Os valores salariais abaixo, refletem os salários médios que se pode esperar para ganhar após umaexperiência de 15 dos anos no campo.Contudo, para quem está iniciando na carreira, estes países oferecem as melhores oportunidades para ganhargenerosamente e prosperar. Aos professores e educadores, tudo o que é necessário é alguma experiência em ensino e umainclinação para educar para ganhar algo de uma pequena fortuna nos países seguintes.

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Professor no Brasil ganha menos e trabalha mais que os de outros paísesMuitas vezes os professores trabalham dobrado para complementar a renda. Em mais de dez estados não ganham nem o piso salarial.

Saiu uma pesquisa internacional mostrando que o professor no Brasil ganha muito menos e trabalha mais do que emoutros países. O resultado disso são professores desmotivados, o que reflete nos alunos que acabam abandonando aescola cedo demais.Quem fica na profissão, muitas vezes é levado a trabalhar dobrado para complementar a renda. Os dados foramdivulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.É uma responsabilidade e tanto. Ensinar, educar crianças e jovens, preparar o futuro. A profissão de professor deveria servalorizada. Isso todo mundo diz, mas a realidade não é bem essa.No Brasil, os professores além de enfrentar salas de aulas cheias e falta de condições adequadas de trabalho, ganham mal.Menos da metade da média salarial paga aos professores de 46 países. Foi o que mostrou um estudo divulgado pelaOCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.Para fazer uma comparação entre os salários dos professores da rede pública de outros países, os valores foramconvertidos para o dólar. A média entre os professores da educação básica, no Brasil, é de US$ 12.337 por ano. Nos outrospaíses, US$ 28.700.O piso salarial nacional do professor está em R$ 2.135, mas de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadoresem Educação, mais de dez estados brasileiros não pagam nem o piso.

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Barbara Giordani dá aula de Biologia em Brasília, onde os salários dos professores são maiores que a média nacional.Ela ganha quase R$ 5 mil por 40 horas de trabalho, mas não se sente valorizada. Primeiro porque o custo de vida emBrasília é um dos mais altos do país e também porque diz que muitas outras categorias de servidores são mais bempagas.“Infelizmente eu lamento, mas a Secretaria de Educação vai acabar me perdendo mais cedo ou mais tarde, porque eupretendo fazer doutorado e me especializar mais. Agora, e se você não tem o reconhecimento, com certeza você vaiprocurar outros concursos a procura de um salário melhor”, afirmou a professora.Eles ganham menos, mas estão entre os que mais trabalham. Nos países pesquisados, o professor passa, em média, 40semanas em sala de aula por ano. Isso inclui o tempo que eles levam para preparar as aulas e corrigir as provas. NoBrasil, são duas semanas a mais de trabalho.O especialista em educação Cleyton Gontijo, da Universidade de Brasilia, diz que a desvalorização do professor é umproblema histórico no país e que isso, além de afastar muitos professores da profissão, também exige que algunstenham mais de um emprego, com prejuízo para eles e para os alunos.“Esse professor sai de uma escola, onde ele trabalha pela manhã, corre para uma outra escola para trabalhar à tarde e,às vezes, corre para uma outra escola para trabalhar à noite. A qualidade do trabalho desse professor, sem dúvidaalguma, não vai ser boa porque, do ponto de vista físico, mesmo intelectual e mental, ele já está esgotado”, declarou.Outro problema revelado pela pesquisa é o afastamento dos jovens da escola. No Brasil, 75% dos que têm entre 20 e24 anos, não estão na escola. Nos outros países, esse índice é menor. Pouco mais da metade não frequentam escola oufaculdade.“O trabalho e a universidade é impossível, ainda mais para quem trabalha no varejo, sábado, de segunda a segunda”,afirmou Rafael Rocha, de 20 anos.O Ministério da Educação informou que a reforma do ensino médio é prioridade e que houve um crescimento dosalário dos professores nos últimos anos, mas que os reajustes dependem dos estados e municípios.

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Como valorizar a carreira de professor no Brasil?

Em meio a protestos por melhorias na educação, à greve de professores no Estadodo Rio de Janeiro e à pouca procura pela carreira no magistério, o que é preciso paravalorizar a carreira de professor no Brasil?Pesquisa divulgada no início do mês pela fundação educacional Varkey Gems colocouo Brasil em penúltimo lugar entre 21 países em um ranking de valorização deprofessores, com base na remuneração de docentes, respeito por parte dos alunosem sala de aula e o interesse pela profissão.Neste último quesito, uma outra pesquisa, das fundações Victor Civita e Carlos

Chagas, deu também indícios desanimadores: apenas 2% dos estudantes de ensino médio pesquisados tinham como primeira opção no vestibular carreiras em pedagogia ou licenciatura."Há o problema da atratividade da carreira e da formação dos professores – e ambos estão interligados", opina à BBC Brasil Paula Louzano, pesquisadora da Faculdade de Educação da USP e doutora em educação em Harvard."Ao contrário de países (com ensino considerado de alta qualidade) como Cingapura, Finlândia e Canadá, no Brasil o trabalho é visto como algo que qualquer um pode fazer. A maioria não escolhe ser professor, é escolhido (por falta de outras oportunidades)."A mudança dessa mentalidade é "fundamental", diz Louzano. "A docência é uma das profissões mais complexas de se fazer bem-feito, de ensinar 40 alunos de uma mesma sala com demandas e históricos diferentes."O tema ganha força nesta terça-feira, dia do professor, em que estão planejados protestos pela educação em diversas cidades brasileiras e em que a presidente Dilma Rousseff escreveu em seu perfil no Twitter que "educação de qualidade

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exige professores mais bem formados e melhor remunerados".Também nesta terça-feira, professores fluminenses decidiram em uma assembleia continuar uma greve iniciada há 2meses.SaláriosO debate sobre a atratividade da profissão também passa por salários. Um levantamento da ONG Todos Pela Educação combase em dados do Pnad (pesquisa nacional de amostra de domicílios do IBGE) mostra que os professores de educaçãobásica brasileiros ganham apenas um terço do que a média de profissionais formados em ciências exatas.

Isso ajudaria a explicar a dificuldade de muitas escolas em conseguir bons professores defísica e matemática, já que profissionais com esse tipo de formação conseguemremuneração muito superior em outras áreas.Ao mesmo tempo, o levantamento da ONG aponta que o salário dos professores temcrescido gradativamente entre 2002 e 2011 (o Pnad de 2012 ainda não foi computado),ganhando competitividade perante os rendimentos de outros profissionais com ensinosuperior completo."A diferença salarial está caindo, mas as condições de trabalho não dizem respeito apenasao salário", explica Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica da Todos Pela Educação.Beatriz Lugão, diretora do Sindicato Estadual dos Professores do Rio, cita entre as queixasda categoria "a falta de autonomia pedagógica (o fato de os professores se sentiremlimitados quanto à elaboração das aulas, por exemplo), turmas superlotadas,sucateamento de escolas e filtro ideológico na indicação política (do corpo de diretores)".Simultaneamente, um dos avanços em políticas públicas, diz Paula Louzano, é a adoção

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de um piso salarial nacional aos professores, ainda que não tenha sido estabelecido em âmbito federal um limite máximo dehoras de trabalho."Isso faz com que alguns professores trabalhem 71 horas semanais, em duas ou três escolas diferentes. A qualidade dessetrabalho vai ser afetada.“

Gestão escolarPara Naercio Menezes, coordenador de pesquisas do centro de políticas públicas do Insper, o professor está lentamenterecompondo seu poder de compra perante outras carreiras, mas ele argumenta que não há uma correlação clara entresalários de mestres e o desempenho dos estudantes em avaliações como a Prova Brasil. E diz que o número de faltas dessesprofessores é um dos fatores que prejudicam os alunos."O mais importante é a gestão (escolar)", defende. "Se a escola não introduz a meritocracia e o bônus pelo desempenho(dos professores), há uma acomodação geral no sistema."A ideia não é consenso entre especialistas. Louzano argumenta que a escola pública, em geral, não oferece apoio suficienteao docente para impor cobranças por meritocracia."É preciso pensar numa política que combine apoio (ao professor) e incentivos (ao seu desempenho)", opina.Mas a gestão escolar volta a aparecer como um fator importante em uma recente pesquisa da Fundação Lemann e do ItaúBBA, que mapeou iniciativas bem-sucedidas em escolas em regiões carentes do país.Entre essas iniciativas estão estratégias para valorizar o docente – mesmo na ausência de um plano de carreira – ecapacitação especial para os professores em pontos específicos do conteúdo escolar que eles tenham tido dificuldade emensinar aos alunos.

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FormaçãoA capacitação e formação dos mestres é citada também por Paula Louzano como um dospontos cruciais para a valorização do docente e a melhoria do ensino básico no país.Ela cita duas preocupações específicas: primeiro, a não-valorização de suas habilidades("infelizmente consideramos aceitável que, se falta um professor de física, qualquer umpossa dar aula no lugar dele") e, em segundo lugar, a proliferação de cursos privados dequalidade duvidosa - muitos à distância e com carga horária insuficiente – na formaçãode docentes.

"Há no mercado cada vez mais cursos baratos, de final de semana, e sem tutores qualificados, que certificam (pessoas aserem professores)", argumenta. "Por que não consideramos isso aceitável em engenharia ou medicina, mas sim naformação de nossos professores?

“ Questionado pela BBC Brasil, o Ministério da Educação enumerou projetos diversos voltados à valorização de docentes,como o Plano Nacional de Formação de Professores (com cursos de licenciatura e formação pedagógica), o Pibid (programade concessão de bolsas a alunos de licenciatura) e a Universidade Aberta do Brasil, que tem cursos de aperfeiçoamento aprofessores em áreas como matemática, gestão escolar e educação integral, entre outros.

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23/09/2018 Bom Dia Brasil - Professor no Brasil ganha menos e trabalha mais que os de outros países

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/09/professor-no-brasil-ganha-menos-e-trabalha-mais-que-os-de-outros-paises.html 1/10

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Edição do dia 16/09/2016

16/09/2016 08h47 - Atualizado em 16/09/2016 11h35

Professor no Brasil ganha menos e trabalha mais que os de outrospaísesMuitas vezes os professores trabalham dobrado para complementar a renda. Em mais dedez estados não ganham nem o piso salarial.

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23/09/2018 Bom Dia Brasil - Professor no Brasil ganha menos e trabalha mais que os de outros países

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/09/professor-no-brasil-ganha-menos-e-trabalha-mais-que-os-de-outros-paises.html 5/10

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Saiu uma pesquisa internacional mostrando que o professor no Brasil ganha muito menos e trabalha mais do que em outros países. O resultadodisso são professores desmotivados, o que reflete nos alunos que acabam abandonando a escola cedo demais.

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23/09/2018 Bom Dia Brasil - Professor no Brasil ganha menos e trabalha mais que os de outros países

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/09/professor-no-brasil-ganha-menos-e-trabalha-mais-que-os-de-outros-paises.html 6/10

Quem fica na profissão, muitas vezes é levado a trabalhar dobrado para complementar a renda. Os dados foram divulgados pela Organizaçãopara Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

É uma responsabilidade e tanto. Ensinar, educar crianças e jovens, preparar o futuro. A profissão de professor deveria ser valorizada. Isso todomundo diz, mas a realidade não é bem essa.

No Brasil, os professores além de enfrentar salas de aulas cheias e falta de condições adequadas de trabalho, ganham mal. Menos da metade damédia salarial paga aos professores de 46 países. Foi o que mostrou um estudo divulgado pela OCDE, a Organização para a Cooperação eDesenvolvimento Econômico.

Para fazer uma comparação entre os salários dos professores da rede pública de outros países, os valores foram convertidos para o dólar. A médiaentre os professores da educação básica, no Brasil, é de US$ 12.337 por ano. Nos outros países, US$ 28.700.

O piso salarial nacional do professor está em R$ 2.135, mas de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, mais dedez estados brasileiros não pagam nem o piso.

Barbara Giordani dá aula de Biologia em Brasília, onde os salários dos professores são maiores que a média nacional. Ela ganha quase R$ 5 milpor 40 horas de trabalho, mas não se sente valorizada. Primeiro porque o custo de vida em Brasília é um dos mais altos do país e também porquediz que muitas outras categorias de servidores são mais bem pagas.

“Infelizmente eu lamento, mas a Secretaria de Educação vai acabar me perdendo mais cedo ou mais tarde, porque eu pretendo fazer doutorado eme especializar mais. Agora, e se você não tem o reconhecimento, com certeza você vai procurar outros concursos a procura de um saláriomelhor”, afirmou a professora.

Eles ganham menos, mas estão entre os que mais trabalham. Nos países pesquisados, o professor passa, em média, 40 semanas em sala de aulapor ano. Isso inclui o tempo que eles levam para preparar as aulas e corrigir as provas. No Brasil, são duas semanas a mais de trabalho.

O especialista em educação Cleyton Gontijo, da Universidade de Brasilia, diz que a desvalorização do professor é um problema histórico no paíse que isso, além de afastar muitos professores da profissão, também exige que alguns tenham mais de um emprego, com prejuízo para eles e paraos alunos.

“Esse professor sai de uma escola, onde ele trabalha pela manhã, corre para uma outra escola para trabalhar à tarde e, às vezes, corre para umaoutra escola para trabalhar à noite. A qualidade do trabalho desse professor, sem dúvida alguma, não vai ser boa porque, do ponto de vista físico,mesmo intelectual e mental, ele já está esgotado”, declarou.

Outro problema revelado pela pesquisa é o afastamento dos jovens da escola. No Brasil, 75% dos que têm entre 20 e 24 anos, não estão naescola. Nos outros países, esse índice é menor. Pouco mais da metade não frequentam escola ou faculdade.

“O trabalho e a universidade é impossível, ainda mais para quem trabalha no varejo, sábado, de segunda a segunda”, afirmou Rafael Rocha, de20 anos.

O Ministério da Educação informou que a reforma do ensino médio é prioridade e que houve um crescimento do salário dos professores nosúltimos anos, mas que os reajustes dependem dos estados e municípios.

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Mendonça Filho,OCDE

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23/09/2018 Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

https://top10mais.org/top-10-paises-com-os-maiores-salarios-de-professores-no-mundo/ 1/5

10°Coréia do Sul – Salário Médio US$ 48.181

Os relatórios mostraram que a Coréia do Sul é um dos países onde os professores são os mais valorizados. No entanto, obter um trabalho deprofessor pode ser mais difícil, já que os elevados padrões são requeridos ao recrutar para cargos de ensino. Para os candidatos certos, no entanto, os padrões salariais são também exemplares, e a Coréia do Sul é décima posição nesta seleção, dos 10países com os maiores salários de professores no mundo.

9°Austrália – Salário Médio US$ 48.937

Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo Adriano S. Lucas

Nesta seleção estão em destaque os 10 países com os maiores salários de professores no

mundo, onde é possível seguir para obter a carreira docente ao próximo nível.

O Ensino é considerado uma das carreiras mais cobiçadas em várias partes do mundo. E,

estes países foram rápidos em reconhecer a importância de bons educadores para o objetivo

final da construção de um sistema educacional forte. Eles oferecem os salários mais

lucrativos para reter os melhores talentos nesse meio.

Como a educação está entre as carreiras mais conceituadas, ele possui o maior índice de

satisfação de trabalho em vários países. Junto com horas de trabalho razoáveis e abundância

de feriados pelo ano, há também a vantagem adicional de trabalhar com crianças que é muitas vezes, uma experiência gratificante.

Assim, há a chance de contribuir positivamente para a fonte de talento futura do país. A seleção atual foi baseada nos relatórios do Bloomberg

nos países com os salários mais altos de professores, no entanto, a pesquisa só considera os professores experientes. Os valores salariais

abaixo, refletem os salários médios que se pode esperar para ganhar após uma experiência de 15 dos anos no campo.

Contudo, para quem está iniciando na carreira, estes países oferecem as melhores oportunidades para ganhar generosamente e prosperar. Aos

professores e educadores, tudo o que é necessário é alguma experiência em ensino e uma inclinação para educar para ganhar algo de uma

pequena fortuna nos países seguintes.

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23/09/2018 Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

https://top10mais.org/top-10-paises-com-os-maiores-salarios-de-professores-no-mundo/ 2/5

O salário inicial na Austrália para um professor primário pode ser tão alto quanto US$ 34.600, enquanto que os professores na escala superior,de nível 2.3, podem ganhar tanto quanto US$ 57.000 por seus serviços.

8°Bélgica – Salário Médio US$ 49.185

A Bélgica tem uma força de professores muito bem pagos, e se destaca com salário médio de US$ 49.185. Os salários iniciais começam de US$31.000 e sobem com a experiência. A qualidade da educação da Bélgica é bastante alta, comparada com outros países.

7°Dinamarca – Salário Médio US$ 53.000

A Dinamarca tem uma taxa de alfabetização estelar de 99%, que também reflete sua ênfase na educação e ensino. Há escolas especializadaspara treinamento dos professores. O país segue um formato de educação menos patrocinado de custo de ensino.

6°Irlanda – Salário Médio US$ 54.954

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23/09/2018 Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

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A Irlanda também desfruta de taxa de alfabetização de 99%, mais um grande desempenho em termos de qualidade de educação. Os saláriosiniciais para professor são em torno de US$ 33.000. Vários conselhos estaduais garantem a manutenção dos níveis de ensino.

5°Canadá – Salário Médio US$ 56.422

O país tem um bom nível de educação e salários iniciais tão altos quanto US$ 35.500 que garante o país na quinta posição da seleção, dos 10países com os maiores salários de professores no mundo, com salário médio impressionante de US$ 56.422.

4°Holanda – Salário Médio US$ 59.894

Apesar das oportunidades em educação serem amplamente presentes, os professores estrangeiros, com certificados de ensino, estes têm quecumprir as normas do Ministério da Educação holandês. Os padrões de educação são altamente acima da média.

3°Alemanha – Salário Médio US$ 64.289

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23/09/2018 Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

https://top10mais.org/top-10-paises-com-os-maiores-salarios-de-professores-no-mundo/ 4/5

Os salários iniciais para professores na Alemanha podem ser em torno de US$ 47.000. Habitação e auxílio de habitação são fornecidos a muitosempregados. Tudo somado, o salário do professor no país pode garantir uma vida confortável, e a Alemanha se destaca com média salarial deUS$ 64.289.

2°Suíça – Salário Médio US$ 68.849

O salário médio do professor na Suíça é bastante superior do ao salário médio do país que vem a ser aproximadamente US$ 50.000. O sistemaeducacional é diverso e progressivo. Mas vale lembrar que Suíça é um dos países mais ricos per capita do mundo, ou seja, não são só osprofessores que possuem um alto salário. E o custo de vida é significamente maior.

1°Luxemburgo – Salário Médio US$ 97.808

Não é em vão que Luxemburgo possui uma das maiores médias salariais do mundo e um dos maiores salários mínimos do mundo. Um professor com 15 anos de experiência pode ganhar uma quantidade de salário surpreendente no país. Enquanto os salários iniciais sejamem torno de US$ 64.000. Que em si, é significantemente maior do que qualquer salario de professor experiente ao redor do planeta, sendo Luxemburgo posição lídernesta seleção, dos 10 países com os maiores salários de professores no mundo.

Page 26: AULA ENEM | 2019 9 carlosluzardo1965@hotmail"Se a escola não introduz a meritocracia e o bônus pelo desempenho (dos professores), há uma acomodação geral no sistema." A ideia

23/09/2018 Top 10 países com os maiores salários de professores no mundo

https://top10mais.org/top-10-paises-com-os-maiores-salarios-de-professores-no-mundo/ 5/5

Tópicos desta lista:

10. Coréia do Sul – Salário Médio US$ 48.181

9. Austrália – Salário Médio US$ 48.937

8. Bélgica – Salário Médio US$ 49.185

7. Dinamarca – Salário Médio US$ 53.000

6. Irlanda – Salário Médio US$ 54.954

5. Canadá – Salário Médio US$ 56.422

4. Holanda – Salário Médio US$ 59.894

3. Alemanha – Salário Médio US$ 64.289

2. Suíça – Salário Médio US$ 68.849

1. Luxemburgo – Salário Médio US$ 97.808