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[email protected] professorcarlosluzardo carlosluzardo 51 99955.7502 14 AULA Grupo de Redação • 2018 Tema 1 UPF 2016/2 Redação ENEM O Brasil, nos últimos meses, tem vivido intensas manifestações populares nas quais se busca algo que nem todos sabem ao certo o que é (políticas sociais, reforma política, etc). Através das mídias sociais, muitas pessoas têm participado intensamente desse momento histórico pelo qual passa o Brasil. Quando questionado acerca do papel das redes sociais no sentido de dar voz ao povo, Zygmunt Bauman, escritor e sociólogo polonês, responde dizendo: Nas redes, é tão fácil adi- cionar e eliminar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. As redes sociais não en- sinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha 1 . O escritor italiano Umberto Eco, após uma cerimônia na Universidade de Turim, em 2015, afirmou: As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel 2 . ( 1 Disponível em: http://pplware.sapo.pt/informacao/zygmunt-bauman-defende- que-as-redes-sociais-sao-uma-armadilha/Acesso em abr. 2016) ( 2 Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/02/5-frases-memoraveis- do-escritor-umberto-eco-sobre-redes-sociais-e-tecnologia.html.Acesso em abr. 2016) Considerando as últimas manifestações populares pelo país e os depoimentos de Zyg- munt Bauman e Umberto Eco, escreva um texto dissertativo argumentativo, respondendo à seguinte questão: Qual o papel das mídias sociais na formação da opinião pública? Para que existam hoje os direitos políticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus governantes e representantes, a socie- dade lutou muito. www.iarabernardi.gov.br. 01/03/02. A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco. (...) A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito a todos os seus membros. Marilena Chauí. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. A democracia é subversiva. É subversiva no sentido mais radical da palavra. Em relação à perspectiva po- lítica, a razão da preferência pela democracia reside no fato de ser ela o principal remédio contra o abuso do poder. Uma das formas (não a única) é o controle pelo voto popular que o método democrático permite pôr em prática. Vox populi vox dei. Norberto Bobbio. Qual socialismo? Discussão de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Texto adaptado. Se você tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas próximas eleições. Se você tem 16 ou 17 anos, pode votar ou não. O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde não são chamados. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que, enfim, exijam o impossível. Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir uma obrigação. Tem de votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas veias. Para impor aos vitoriosos suas exigências – antes e principalmente depois das eleições. André Forastieri. Muito além do voto. Época. 6 de maio de 2002. Texto adaptado. Considerando a foto e os textos apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O di- reito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita? Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua for- mação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões, e elabore propostas para defender seu ponto de vista.

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professorcarlosluzardo carlosluzardo

51 99955.750214AULA Grupo de Redação • 2018

Tema 1

UPF 2016/2

Redação ENEM

O Brasil, nos últimos meses, tem vivido intensas manifestações populares nas quais se busca algo que nem todos sabem ao certo o que é (políticas sociais, reforma política, etc). Através das mídias sociais, muitas pessoas têm participado intensamente desse momento histórico pelo qual passa o Brasil.

Quando questionado acerca do papel das redes sociais no sentido de dar voz ao povo, Zygmunt Bauman, escritor e sociólogo polonês, responde dizendo: Nas redes, é tão fácil adi-cionar e eliminar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. As redes sociais não en-sinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha1.

O escritor italiano Umberto Eco, após uma cerimônia na Universidade de Turim, em 2015, afi rmou: As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel2.

(1 Disponível em: http://pplware.sapo.pt/informacao/zygmunt-bauman-defende-que-as-redes-sociais-sao-uma-armadilha/Acesso em abr. 2016)

(2 Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/02/5-frases-memoraveis-do-escritor-umberto-eco-sobre-redes-sociais-e-tecnologia.html.Acesso em abr. 2016)

Considerando as últimas manifestações populares pelo país e os depoimentos de Zyg-munt Bauman e Umberto Eco, escreva um texto dissertativo argumentativo, respondendo à seguinte questão: Qual o papel das mídias sociais na formação da opinião pública?

Para que existam hoje os direitos políticos, o direito de votar e ser votado, de escolher seus governantes e representantes, a socie-dade lutou muito.www.iarabernardi.gov.br. 01/03/02.

A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e confl itos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco. (...)

A política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou reiterar ações que dizem respeito a todos os seus membros.

Marilena Chauí. Convite à fi losofi a. São Paulo: Ática, 1994.

A democracia é subversiva. É subversiva no sentido mais radical da palavra. Em relação à perspectiva po-lítica, a razão da preferência pela democracia reside no fato de ser ela o principal remédio contra o abuso do poder. Uma das formas (não a única) é o controle pelo voto popular que o método democrático permite pôr em prática. Vox populi vox dei.

Norberto Bobbio. Qual socialismo? Discussão de uma alternativa.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. Texto adaptado.

Se você tem mais de 18 anos, vai ter de votar nas próximas eleições. Se você tem 16 ou 17 anos, pode votar ou não. O mundo exige dos jovens que se arrisquem. Que alucinem. Que se metam onde não são chamados. Que sejam encrenqueiros e barulhentos. Que, enfi m, exijam o impossível.

Resta construir o mundo do amanhã. Parte desse trabalho é votar. Não só cumprir uma obrigação. Tem de votar com hormônios, com ambição, com sangue fervendo nas veias. Para impor aos vitoriosos suas exigências – antes e principalmente depois das eleições.

André Forastieri. Muito além do voto. Época. 6 de maio de 2002. Texto adaptado.

Considerando a foto e os textos apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O di-reito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?

Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as refl exões feitas ao longo de sua for-mação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões, e elabore propostas para defender seu ponto de vista.

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Eleições 2018: Os pré-candidatos à Presidência e quais dificuldades têm de superar até a campanha

Depois de meses de suspense e pressão, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa anunciou nesta terça-feira que não serácandidato à presidência em 2018. Filiado ao PSB, Barbosa alegou razão "estritamente pessoal" para se retirar dadisputa. Ele aparecia nas pesquisas eleitorais recentes com ao menos 11% das intenções de votos - preferência queagora será disputada pelos candidatos remanescentes. Oficialmente, são 17 até o momento, mas o cenário segue tãoaberto que não se pode antecipar quais deles de fato estarão nas urnas em outubro.No entanto, todos os que aparecem nas pesquisas de intenção de votos ou que já anunciaram a intenção de disputar opleito têm importantes obstáculos a superar até o início da campanha, marcada para começar em agosto.Pendências na Justiça, disputas partidárias internas, tempo escasso de propaganda no rádio e na televisão, alta rejeição oufalta de popularidade e impedimento para participar de debates são alguns dos desafios que os postulantes à Presidênciae seus respectivos partidos precisam driblar.As legendas trabalham com prazos cada vez mais curtos para atrair políticos, firmar alianças e lançar seus candidatos natentativa de aumentar suas chances eleitorais. Uma mudança na legislação em 2015 reduziu de um ano para seis meses oprazo para filiação partidária de quem quer disputar a eleição. Isso significa que quem pretende concorrer deve se filiar aum partido político até o dia 7 de abril. O registro das candidaturas, por sua vez, deve ser feito até 15 de agosto.Do total do tempo de propaganda, 90% são distribuídos proporcionalmente ao número de deputados federais eleitos porcada legenda em 2014 e o restante será distribuído igualitariamente. Para participar de debates na TV, por sua vez, ocandidato precisa estar filiado a um partido com mais de cinco congressistas. Por isso, muitas bancadas apostaram najanela de 30 dias aberta em março para a troca de legenda de políticos que queiram se candidatar sem o risco da perda do

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mandato em curso.A BBC Brasil listou obstáculos dos principais pré-candidatos e partidos que já anunciaram a intenção de lançar um nome àPresidência da República. Confira:Lula (PT)O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 72 anos, tem liderado os cenários para a eleição presidencial em 2018, mas podeser impedido de disputar a eleição, uma vez que a segunda instância da Justiça federal manteve por unanimidade acondenação dele por corrupção e lavagem de dinheiro. Assim, a candidatura do petista pode ser barrada pela Lei da FichaLimpa.Além de ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), que aumentou a sentença de 9 anos e seismeses para 12 anos e 1 mês, Lula teve a prisão decretada em abril porque o Supremo Tribunal Federal (STF) recusou, por 6votos a 5, o pedido de habeas corpus do petista para que ficasse em liberdade até que se esgotassem todos os recursos.Embora a situação do ex-presidente tenha se complicado muito após a derrota no STF, isso não significa que necessariamenteele cumprirá integralmente os 12 anos de pena na cadeia. Há três caminhos que podem resultar na soltura do petista: 1) suadefesa pode apresentar novos pedidos de habeas corpus; 2) o petista pode ter sua condenação anulada pelos tribunaissuperiores; 3) O STF pode rever seu posicionamento sobre a prisão após condenação em segunda instância para todos osréus do país, o que beneficiaria Lula.Assim, se tentar concorrer à Presidência, Lula pode usar a campanha como estratégia de defesa das acusações que pesamcontra ele. A defesa de Lula, que tenta reverter a condenação sob o argumento de que o ex-presidente é inocente e que nãohá provas contra ele, traça estratégias jurídicas para mantê-lo na disputa eleitoral por meio de diferentes recursos e pedidosde liminares.Até o momento, o ex-presidente possui apenas uma condenação, mas ele é réu em outras seis ações penais, sob acusação decrimes como corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça.

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Além das pendências judiciais, Lula também tem rejeição alta - segundo pesquisa Datafolha realizada entre 11 e 13 de abril,36% disseram não votar nele de jeito nenhum. Menor, entretanto, que a do presidente Michel Teme, 64%, e queo ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello, com 41% de rejeição frente ao eleitorado.Ainda assim, muitos integrantes da cúpula do PT veem em Lula a única opção para a disputa presidencial. Um plano B seria oex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que já declarou ser uma "grande deselegância comLula" se colocar como opção do partido para 2018. Outro nome cogitado pelo partido é o ex-ministro e ex-governador daBahia Jaques Wagner.O PT enfrenta dificuldades para se coligar e deve participar das eleições sem partidos aliados.Lula nasceu em Pernambuco, mas construiu sua carreira política em São Paulo, incialmente como sindicalista. Em 1986, foieleito deputado federal por São Paulo para participar da Assembleia Nacional Constituinte. Foi eleito presidente em 2003,depois de ter disputado as presidenciais outras três vezes. Comandou o Brasil por dois mandatos e elegeu a sucessora, DilmaRousseff, em 2010.Jair Bolsonaro (PSL)Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro, de 63 anos, trocou de partido paradisputar as presidenciais.Bolsonaro, que estava filiado ao PSC, chegou a assinar a ficha de filiação do PEN (Partido Ecológico Nacional), que espera ahomologação da Justiça Eleitoral para mudar o nome para Patriota - mudança feita a pedido do pré-candidato. Mas, emseguida, filiou-se ao PSL (Partido Social Liberal) para concorrer à Presidência da República.Como o PSL conta atualmente com uma bancada de 10 deputados, Bolsonaro vai poder participar de debates na televisão.Mas recursos de campanha ainda são vistos como um desafio para a candidatura de Bolsonaro. Os apoiadores do pré-candidato apostam na divulgação do número de uma conta para arrecadar doações na internet. O Tribunal Superior Eleitoralautorizou o uso de "vaquinha virtual" nessa eleição para arrecadar recursos de pessoas físicas - a doação de empresas

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permanece proibida.Bolsonaro enfrenta ainda o desafio de fazer campanha com pouco tempo de propaganda oficial no rádio e na televisão.O PSL, por exemplo, elegeu apenas dois deputados federais em 2014, número que é levado em conta na hora do cálculosobre o tempo de TV na eleição presidencial. Pelas regras atuais, é pouco provável que o partido tenha mais que 15segundos de cada bloco de 12 minutos e meio de propaganda (serão seis blocos por semana, durante 35 dias de campanha).Bolsonaro tentaria contornar essa limitação usando redes sociais e contando com a produção espontânea de conteúdo desimpatizantes. O pré-candidato também vai precisar ainda mostrar a uma parcela do eleitorado que não é agressivo nemradical e que domina diferentes temas.Militar da reserva e professor de educação física, Bolsonaro é deputado federal desde 1991 - tem sete mandatos por cincopartidos diferentes.Geraldo Alckmin (PSDB)O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 65 anos, assumiu em dezembro a presidência do PSDB para tentarapaziguar o partido, que se dividiu entre ficar ou sair da base do governo de Michel Temer.Alckmin foi confirmado como o único postulante do PSDB, depois que o ex-senador e atual prefeito de Manaus ArthurVirgílio desistiu de participar das prévias para definir quem será o candidato tucano nas urnas. No fim de fevereiro, Virgíliocriticou o correligionário paulista, a quem acusou de usar a máquina partidária para evitar a disputa, e anunciou que não vaifazer campanha para Alckmin.O ex-prefeito de São Paulo, João Doria, era outro tucano que almejava a candidatura presidencial, mas acabou deixando ocargo para disputar o governo paulista. Muitos tucanos acreditam que ele "queimou a largada" ao fazer um giro pelo Brasilna tentativa de aumentar sua popularidade - ele ainda é considerado desconhecido no país e não conseguiu alavancar seunome nas pesquisas.Além das muitas disputas internas, Alckmin assumiu um PSDB desgastado pelas denúncias de corrupção contra integrantesdo partido, em especial as que pesam contra o senador Aécio Neves, que disputou as eleições presidenciais em 2014.

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Alckmin também foi acusado de receber R$ 10 milhões em quantias não declaradas da Odebrecht, o que nega.O governador paulista, que deixará o cargo no Palácio dos Bandeirantes para fazer campanha, também não sabe se equando contará com o apoio do DEM, aliado fiel de eleições anteriores. Coligada, a chapa PSDB-DEM teria, por exemplo,mais tempo de propaganda, mas o DEM lançou candidato próprio.Alckmin já disputou as eleições presidenciais em 2006, quando perdeu para Lula no segundo turno.Formado em Medicina, começou a carreira política como vereador e, depois, foi prefeito de Pindamonhangaba (SP), suacidade natal. Em 1994, foi eleito vice-governador de São Paulo e acabou assumindo o governo com o agravamento doestado de saúde de Mário Covas em 2001. Perdeu a disputa pela prefeitura de São Paulo em 2008, mas voltou comogovernador em 2010 e foi reeleito em 2014.Marina Silva (Rede)Com duas eleições presidenciais no currículo, Marina Silva, de 60 anos, lançou oficialmente a candidatura em 2 de dezembrode 2017. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, contudo, deve ter somente 12 segundos de propaganda, edificilmente a Rede vai se coligar com outros partidos para aumentar o tempo na televisão e no rádio.Mas como a Rede perdeu dois deputados federais - Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) foram para o PSB -, opartido conta com uma bancada de apenas três congressistas e, assim, não teria a garantia de participação de Marina nosdebates. Caberia às emissoras a escolha de convidar ou não a candidata.Marina enfrenta uma rejeição de 22%, segundo o Datafolha de abril, mas a pré-candidata da Rede é a que mais agrega votosde Lula e nos cenários em que o petista fica de fora da disputa.Ela vai precisar também responder a críticas de ser omissa em momentos em que muitos aguardavam um posicionamentoou opiniões firmes sobre temas centrais ou disputas políticas e de ter declarado voto a Aécio Neves no segundo turno daseleições de 2014.Avessa a embates e a ataques, a própria candidata avalia que será uma campanha extremamente agressiva.

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Marina disputou as duas últimas eleições presidenciais, uma pelo PV e outra pelo PSB. Ela começou a carreira política no PT.Ciro Gomes (PDT)A candidatura presidencial do ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, de 60 anos, foi confirmada em março de2018 pelo PDT.A falta de aliados para fortalecer a candidatura numa coligação formal é um obstáculo a ser enfrentado. O PDT negociaalianças com o PSB e o PCdoB. "São conversas que ainda estão em construção", disse Carlos Lupi, presidente do PDT, à BBCBrasil.O estilo franco e impulsivo que há anos rende a Ciro a fama de "destemperado" pode ser um empecilho. "Todo mundo játeve uma palavra mal dita ou foi mal interpretado", pondera Lupi.Ciro enfrenta uma rejeição de cerca de 23% do eleitorado, que, segundo o Datafolha deabril, diz não votar nele de jeitonenhum, e não decolou. A depender do cenário ele tem de 6% a 10% das intenções de voto.Ciro Gomes já foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador do Ceará e ministro dos governosItamar Franco (Fazenda) e Lula (Integração Nacional).Ele já passou por sete partidos em 37 anos de vida pública. Ciro já concorreu à Presidência duas vezes, em 1998 e em 2002.Aldo Rebelo (Solidariedade)Aldo Rebelo, de 62 anos, já foi presidente da Câmara e ministro dos governos de Lula e Dilma Rousseff - ele comandou aSecretaria de Coordenação Política e os ministérios de Relações Institucionais, Defesa, Esporte e Ciência e Tecnologia.Para se candidatar, deixou o PCdoB, partido ao qual foi filiado por quase três décadas, para se juntar ao PSB.Mas Aldo se opôs à entrada de Joaquim Barbosa no partido - a filiação do ex-ministro do STF rachou a legenda.Acreditando estar sem espaço, Aldo se filiou ao Solidariedade que, em 16 de abril, lançou sua pré-candidatura à Presidência.Natural de Alagoas, Aldo Rebelo foi líder estudantil. Formado em Direito, começou a carreira política em São Paulo, onde seelegeu vereador pelo PCdoB, na década de 1980. Em 1990, foi eleito deputado federal e representou São Paulo na Câmarapor cinco mandatos consecutivos, sempre pelo PCdoB.

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Manuela D'Ávila (PCdoB)Ao anunciar a ex-deputada federal e atual deputada estadual no Rio Grande do Sul como pré-candidata, o PCdoBpraticamente acabou com a possibilidade de o partido ser vice numa eventual chapa encabeçada por Lula.Ao perderem o aliado, petistas classificaram a decisão do PCdoB como "erro histórico".Manuela, de 36 anos, terá cerca de 20 segundos do tempo de propaganda e poderá participar de debates. Apesar de tersido deputada federal por dois mandatos e líder do PCdoB da Câmara, Manuela não é um nome conhecido em todo o país.Conforme apontou o Datafolha de novembro, ela era conhecida por 24% do eleitorado.Entre os obstáculos, provavelmente, também estará a dificuldade de desassociar a imagem do partido à do PT - em especialporque o PCdoB foi contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e muitos de seus filiados defendem Lula dasacusações que pesam contra ele na Justiça.Manuela é jornalista de formação e foi a vereadora mais jovem da história de Porto Alegre, eleita aos 23 anos. Em 2006, foipara a Câmara dos Deputados, onde ficou por dois mandatos. Concorreu à prefeitura da capital gaúcha duas vezes, semsucesso. É deputada estadual desde 2014.Álvaro Dias (Podemos)O ex-tucano Álvaro Dias, de 73 anos, ganhou fama no Senado por ser um ferrenho crítico da gestão petista e integranteativo de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito).No ano passado, ele trocou o PV pelo Podemos - antigo PTN - com a expectativa de se lançar candidato, mas ainda enfrentao desafio de se tornar um nome mais conhecido nacionalmente, capaz de conseguir mais que os 4% de votos sinalizadospelas pesquisas.Segundo o Datafolha de novembro, o senador era conhecido por 44% dos entrevistados, mas apenas 9% disseram que oconhecem muito bem.Projeções iniciais indicam que ele teria 12 segundos no rádio e na televisão.Álvaro Dias cursou História e está no quarto mandato consecutivo de senador. Já foi vereador, deputado estadual,

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deputado federal e governador do Paraná. É de uma tradicional família de políticos do Estado.Rodrigo Maia (DEM)O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de 47 anos, foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1998,aproveitando da fama do pai, o deputado e ex-prefeito do Rio por três mandatos Cesar Maia. Em março deste ano, o DEMdecidiu lançar o nome de Rodrigo Maia à Presidência, rompendo uma aliança histórica com o PSDB.Desde 1989 o DEM não tinha um candidato próprio na disputa pela principal cadeira do Palácio do Planalto. Naquelaeleição, Aureliano Chaves representou o extinto PFL. Em 2007, a legenda mudou de nome - passou a se chamar Democratas- e escolheu Rodrigo Maia para presidir e renovar o partido.Ele se declara um liberal, mas tem bom trânsito com representantes da esquerda. Teria inclusive oferecido a vaga de vice-presidente numa eventual chapa encabeçada por ele ao ex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo, que já foi filiado ao PCdoBe hoje está no PSB.Com cinco mandatos consecutivos como deputado federal no currículo, Rodrigo Maia começou a cursar economia naFaculdade Cândido Mendes, no Rio, mas, segundo o site da Câmara dos Deputados, não concluiu o curso.Nos anos 1990, antes de começar na política como secretário de governo do então prefeito do Rio Luis Paulo Conde, eletrabalhou nos bancos BMG e Icatu.Michel Temer (MDB)Michel Temer assumiu a intenção de concorrer à presidência em março deste ano. Mas o caminho do emedebista até areeleição é cercado de dificuldades: além de lidar com baixas taxas de aprovação de seu governo (4%, segundo pesquisaIpsos de março), Temer enfrenta dificuldades para convencer caciques de partidos aliados do governo e do próprio MDBsobre a viabilidade de sua candidatura.Reeleito vice-presidente na chapa de Dilma em 2014, Temer articulou politicamente pelo impeachment da petista em 2016,e assumiu a presidência depois do afastamento de Rousseff, em maio daquele ano.Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Temer assumiu seu primeiro cargo em 1987, como deputado

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constituinte (ele tinha sido eleito suplente e assumiu graças à saída do titular). Depois disso, foi deputado federal por váriosmandatos (de 1994 a 2010), e chegou a presidir a Câmara dos Deputados em dois momentos (1997-2001 e 2009-2010). Em2011, Temer subiu a rampa do Planalto pela primeira vez como vice-presidente na chapa encabeçada por Dilma Rousseff(PT).João Amoêdo (Novo)O ex-banqueiro João Amoêdo, de 55 anos, se afastou da presidência do partido que ele próprio ajudou a criar em 2015 paraser lançado pré-candidato à Presidência. Pelas regras do Novo, candidatos não podem exercer funções partidárias nosúltimos 15 meses antes da eleição.Amoêdo não é um nome que desfruta de popularidade e tem viajado o país para fazer palestras na tentativa de se tornarmais conhecido.Novato em eleições gerais, o partido de Amoêdo conta com o apoio de profissionais liberais, de economistas que ocuparamcargos importantes no governo de FHC, como Gustavo Franco, e tem entre seus quadros o ex-treinador de vôlei Bernardinho.A legenda ainda tenta atrair tucanos descontentes que estão deixando o partido.A maioria deles, contudo, é neófita das urnas.Formado em Engenharia Civil e Administração, Amoêdo começou a carreira profissional trabalhando para bancos e chegou aser vice-presidente do Unibanco e membro do conselho de administração do Itaú-BBA. Atualmente é sócio do Instituto deEstudos de Política Econômica/Casa das Garças.Guilherme Boulos (PSOL)Em março, o PSOL anunciou o nome do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, de 36 anos,como candidato à Presidência. A chapa terá como candidata a vice-presidente a ativista indígena Sônia Guajajara, também doPSOL.Para o deputado-federal Chico Alencar (PSOL-RJ), é mais fácil o partido se coligar com movimentos da sociedade civilorganizada do que com partidos políticos. "Há um descrédito muito grande, as pessoas estão com nojo dos partidos", diz

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Alencar.Boulos venceu a disputa interna no PSOL, que tinha como pré-candidatos os economistas Plínio de Arruda Sampaio Jr e NildoOuriques e Hamilton Assis, militante do movimento negro.O PSOL avalia que o grande desafio será cumprir a cláusula de barreira que exige para 2018 1,5% dos votos em nove Estadospara que as legendas continuem recebendo fundo partidário e tendo acesso a inserções no rádio e na televisão.A legenda terá cerca de 13 segundos de propaganda eleitoral, mas vai conseguir participar dos debates por ter uma bancadacom seis deputados.Professor e escritor, Guilherme Boulos é formado em Filosofia pela USP, tem especialização em Psicologia Clínica pela PUC-SPe mestrado em Psiquiatria pela USP. É membro da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, movimento noqual milita há 16 anos, e da Frente Povo Sem Medo.Flávio Rocha (PRB)O empresário Flávio Rocha, de 60 anos, dono da rede de lojas de vestuário Riachuelo, anunciou em março que pretendedisputar a Presidência. Rocha, contudo, não é um neófito na política. Ele foi deputado constituinte pelo PFL. Depois dapromulgação da Constituição, em 1988, foi reeleito deputado federal pelo PRN e, em seguida, se filiou ao PL.Em 1994, ele tentou ser presidente do Brasil. Mas, depois que uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou umsuposto esquema fraudulento de doação para a campanha de Rocha, o PL o forçou a abandonar a disputa eleitoral. Rochasempre negou participação e diz que ninguém nunca provou que ele se beneficiaria do esquema.Rocha não voltou a disputar nenhum cargo público, mas teve o nome cogitado para representar o Rio Grande do Norte noSenado em duas ocasiões distintas.Em março, ele se filiou ao PRB, que tem fortes ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus, para disputar as eleiçõespresidenciais. Antes, lançou um movimento de empresários para defender propostas liberais na economia e conservadorasnos costumes.O empresário anunciou que vai deixar a vice-presidência e a diretoria de relações com investidores do Grupo Guararapes,

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dono da rede de lojas Riachuelo, para disputar a Presidência. Ainda é, contudo, considerado um nome desconhecido entre oseleitores.Paulo Rabello de Castro (PSC)Recém-filiado ao PSC, Paulo Rabello de Castro, de 69 anos, foi lançado candidato presidencial em novembro e deixou o cargode presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no mês passado para disputar a eleição.Ele ficou quase dez meses no BNDES, onde entrou para substituir a economista Maria Sílvia Bastos Marques.Nome desconhecido de grande parte do eleitorado, Rabello de Castro contabiliza apenas 1% nas pesquisas de intenção devoto. Além de incrementar a popularidade do candidato, o PSC pode precisar conter uma migração em massa de suabancada para outras legendas.Antes de assumir o BNDES, ele havia sido indicado por Michel Temer para presidir o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).Formado em Economia e em Direito, é fundador da primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito do país.HenriqueMeirelles (MDB)Para tentar se viabilizar como pré-candidato, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de 72 anos, anunciou que deixaria ocargo no início de abril e trocaria o PSD pelo MDB (ex-PMDB).Para se viabilizar como candidato, ele ainda busca o apoio declarado de Michel Temer, que ainda não descartou apossibilidade de ele próprio tentar se reeleger presidente. Meirelles também corteja partidos do centrão como PP e PR parauma possível candidatura.Mas a popularidade de Meirelles ainda é um obstáculo a ser superado. O ministro, apontou o Datafolha em novembro, eraconhecido por 48% do eleitorado, mas só 9% disseram conhecê-lo muito bem.A trajetória profissional de Meirelles está ligada à área financeira internacional. Antes de ser presidente do Banco Central,entre 2003 e 2011, no governo Lula, foi o principal executivo do BankBoston. Antes de assumir a Fazenda, Meirelles atuoupor quatro anos como presidente do conselho de administração da J&F Investimentos, holding criada pela família Batista e

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controladora da JBS.Fernando Collor de Mello (PTC)O ex-presidente do Brasil e atual senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTC), de 68 anos, anunciou em janeiro queé pré-candidato à Presidência da República. Os planos de Collor foram anunciados durante inauguração do diretórioregional do PTC em Arapiraca, cidade alagoana distante 130 km de Maceió."Tenho uma vantagem em relação a alguns candidatos porque já presidi o país. Meu partido todos conhecem, sabem omodo como eu penso e ajo para atingir os objetivos que a população deseja para a melhoria de sua qualidade de vida",disse em entrevista à rádio 96 FM, de Arapiraca (AL).O nome de Collor, contudo, já enfrenta rejeição alta.O Partido Trabalhista Cristão (PTC) é o antigo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), que elegeu Collor ao Planalto em1989. Ele já foi presidente do país entre 1990 e 1992, quando se tornou o primeiro presidente eleito pelo voto popular asofrer impeachment. Em seu lugar assumiu o então vice, Itamar Franco.Ele está no segundo mandato como senador.Vera Lúcia (PSTU)A sapateira Vera Lúcia, de 50 anos, foi lançada como cabeça da chapa presidencial do PSTU, que deverá ter como vice oprofessor Hertz Dias, da rede pública do Maranhão.Ela é ativista sindical em Sergipe e ex-militante petista. Vera Lúcia ajudou a fundar o PSTU com outros filiados do PT, depoisque foram expulsos em 1992.Estão cotados também para participar da disputa os nomes do senador Cristovam Buarque (PPS), que foi candidatopresidencial em 2006, do filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart (PPL). Há ainda nomes como o de LevyFidelix (PRTB) que foi candidato em 2010 e em 2014 e deve disputar o pleito novamente.

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Rejeição no Datafolha mostra quem mais pode crescer na corrida presidencialOs candidatos à Presidência que estão à frente na disputa eleitoral – o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Jair Bolsonaro(PSC) – também fazem parte do grupo dos que têm maior rejeição dos eleitores. Não votariam de jeito nenhum em Lula 40%,segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (31) pelo jornal Folha de S.Paulo. Bolsonaro é rejeitado por 29%. Jáalguns candidatos que tiveram porcentuais de intenção de voto mais baixa apresentam rejeição bem menor.Teoricamente, quanto mais elevada é a rejeição, mais difícil fica para um candidato ampliar o seu eleitorado. E os menosrejeitados apresentam maior potencial de crescimento.Os candidatos a presidente com menor rejeição, segundo o Datafolha, são o senador Alvaro Dias (Podemos), a deputadaManoela D´Ávila (PCdoB), o líder sem-teto Guilherme Boulos (sem partido) e o empresário João Amoêdo (Novo). Apenas 13%dos entrevistados pelo Datafolha disseram que não votariam neles de jeito nenhum.Parte da pequena rejeição pode ser explicada pelo desconhecimento. Boulos e Amoêdo, por exemplo, só recentemente têmaparecido nos meios de comunicação com mais frequência. Já Alvaro tem uma carreira política bem mais antiga. E Manoela,quando esteve no Congresso, foi uma deputada que se destacou.“Plano B” do PT também tem baixa rejeiçãoNo grupo de candidatos com baixa rejeição também estão o presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro (PSC, com 14% deeleitores que dizem que nunca votariam nele); e ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (sem partido, 14%); e o ex-governadorda Bahia Jaques Wagner (PT, 15%).A baixa rejeição e o consequente potencial de crescimento de Wagner colocam o ex-governador como uma alternativa para oPT substituir o ex-presidente Lula caso ele não possa efetivamente concorrer à Presidência devido à condenação dele pelo

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Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4). O baiano, contudo, teve apenas 2% das intenções de voto.O que mais diz a rejeição: quem é carta fora do baralho e quem está no jogoO Datafolha mostra que os possíveis candidatos à Presidência podem ser enquadrados em patamares bem distintos derejeição: a que impossibilita qualquer pretensão eleitoral; a rejeição altamente crítica; a rejeição alta; e a média – além dogrupo da baixa rejeição.Apenas o presidente Michel Temer (PMDB) está no patamar que inviabiliza uma candidatura: 60% dos eleitores dizem quenão votariam nele de jeito nenhum. Uma rejeição acima de 50% é sinônimo de derrota certa, pois para um candidato sereleito ele precisa ter metade mais um dos votos.No segundo nível, de rejeição altamente crítica (próxima dos 50%), está o senador Fernando Collor (PTC), com 44%. Lula(40%) fica no limite de um patamar crítico e de uma rejeição apenas elevada. O petista ainda tem 10% de gordura paraqueimar antes de ver sua candidatura inviabilizada do ponto de vista eleitoral.Na lista dos candidatos com rejeição alta, mas longe de ser crítica, podem ser incluídos Bolsonaro (29%), o governadorpaulista Geraldo Alckmin (PSDB, 26%) e o apresentador de televisão Luciano Huck (sem partido, 25%).Abaixo dos 25%, há um grupo de rejeição mediana: a ex-senadora Marina Silva (Rede, 23%); o ex-governador cearense CiroGomes (PDT, 21%); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM, 21%); o prefeito paulistano João Doria (PSDB, 19%); e oministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD, 19%).Metodologia da pesquisaA pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 29 e 30 de janeiro, após, portanto, o julgamento no TRF-4, que ocorreu no dia 24.O Datafolha ouviu 2.826 eleitores em 174 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou menos.E tem um nível de confiança de 95%, o que significa que, se for repetida 100 vezes, em 95 os resultados vão estar dentro damargem e erro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR 05351/2018. O levantamentofoi encomendado pelo jornal Folha de S.Paulo.

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18 abril 2018

Eleições 2018: Os pré-candidatos à Presidência e quaisdificuldades têm de superar até a campanhaFernanda OdillaDa BBC Brasil em Londres

Reportagem atualizada no dia 8 de maio de 2018

Depois de meses de suspense e pressão, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosaanunciou nesta terça-feira que não será candidato à presidência em 2018. Filiado aoPSB, Barbosa alegou razão "estritamente pessoal" para se retirar da disputa. Eleaparecia nas pesquisas eleitorais recentes com ao menos 11% das intenções de votos- preferência que agora será disputada pelos candidatos remanescentes. Oficialmente,são 17 até o momento, mas o cenário segue tão aberto que não se pode anteciparquais deles de fato estarão nas urnas em outubro.

No entanto, todos os que aparecem nas pesquisas de intenção de votos ou que jáanunciaram a intenção de disputar o pleito têm importantes obstáculos a superar até o inícioda campanha, marcada para começar em agosto.

GETTY IMAGES

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Pendências na Justiça, disputas partidárias internas, tempo escasso de propaganda no rádioe na televisão, alta rejeição ou falta de popularidade e impedimento para participar dedebates são alguns dos desafios que os postulantes à Presidência e seus respectivospartidos precisam driblar.

Joaquim Barbosa: o ex-faxineiro que virou presidente do STF e pode sacudir aseleições

Partidos brasileiros são mais do mesmo e poderiam ser reduzidos a 2, apontapesquisa de Oxford

As legendas trabalham com prazos cada vez mais curtos para atrair políticos, firmar aliançase lançar seus candidatos na tentativa de aumentar suas chances eleitorais. Uma mudança nalegislação em 2015 reduziu de um ano para seis meses o prazo para filiação partidária dequem quer disputar a eleição. Isso significa que quem pretende concorrer deve se filiar a umpartido político até o dia 7 de abril. O registro das candidaturas, por sua vez, deve ser feitoaté 15 de agosto.

Do total do tempo de propaganda, 90% são distribuídos proporcionalmente ao número dedeputados federais eleitos por cada legenda em 2014 e o restante será distribuídoigualitariamente. Para participar de debates na TV, por sua vez, o candidato precisa estarfiliado a um partido com mais de cinco congressistas. Por isso, muitas bancadas apostaramna janela de 30 dias aberta em março para a troca de legenda de políticos que queiram secandidatar sem o risco da perda do mandato em curso.

A BBC Brasil listou obstáculos dos principais pré-candidatos e partidos que já anunciaram aintenção de lançar um nome à Presidência da República. Confira:

Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 72 anos, tem liderado os cenários para aeleição presidencial em 2018, mas pode ser impedido de disputar a eleição, uma vez que asegunda instância da Justiça federal manteve por unanimidade a condenação dele porcorrupção e lavagem de dinheiro. Assim, a candidatura do petista pode ser barrada pela Leida Ficha Limpa.

Além de ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), queaumentou a sentença de 9 anos e seis meses para 12 anos e 1 mês, Lula teve a prisãodecretada em abril porque o Supremo Tribunal Federal (STF) recusou, por 6 votos a 5, opedido de habeas corpus do petista para que ficasse em liberdade até que se esgotassemtodos os recursos.

Embora a situação do ex-presidente tenha se complicado muito após a derrota no STF, issonão significa que necessariamente ele cumprirá integralmente os 12 anos de pena na cadeia.Há três caminhos que podem resultar na soltura do petista: 1) sua defesa pode apresentarnovos pedidos de habeas corpus; 2) o petista pode ter sua condenação anulada pelostribunais superiores; 3) O STF pode rever seu posicionamento sobre a prisão apóscondenação em segunda instância para todos os réus do país, o que beneficiaria Lula.

Assim, se tentar concorrer à Presidência, Lula pode usar a campanha como estratégia dedefesa das acusações que pesam contra ele. A defesa de Lula, que tenta reverter acondenação sob o argumento de que o ex-presidente é inocente e que não há provas contraele, traça estratégias jurídicas para mantê-lo na disputa eleitoral por meio de diferentesrecursos e pedidos de liminares.

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Até o momento, o ex-presidente possui apenas uma condenação, mas ele é réu em outrasseis ações penais, sob acusação de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro eobstrução de Justiça.

Além das pendências judiciais, Lula também tem rejeição alta - segundo pesquisa Datafolharealizada entre 11 e 13 de abril, 36% disseram não votar nele de jeito nenhum. Menor,entretanto, que a do presidente Michel Teme, 64%, e queo ex-presidente e senador FernandoCollor de Mello, com 41% de rejeição frente ao eleitorado.

Ainda assim, muitos integrantes da cúpula do PT veem em Lula a única opção para a disputapresidencial. Um plano B seria o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São PauloFernando Haddad, que já declarou ser uma "grande deselegância com Lula" se colocar comoopção do partido para 2018. Outro nome cogitado pelo partido é o ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner.

O PT enfrenta dificuldades para se coligar e deve participar das eleições sem partidosaliados.

Lula nasceu em Pernambuco, mas construiu sua carreira política em São Paulo, incialmentecomo sindicalista. Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo para participar daAssembleia Nacional Constituinte. Foi eleito presidente em 2003, depois de ter disputado aspresidenciais outras três vezes. Comandou o Brasil por dois mandatos e elegeu a sucessora,Dilma Rousseff, em 2010.

Jair Bolsonaro (PSL)

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro,de 63 anos, trocou de partido para disputar as presidenciais.

Bolsonaro, que estava filiado ao PSC, chegou a assinar a ficha de filiação do PEN (PartidoEcológico Nacional), que espera a homologação da Justiça Eleitoral para mudar o nome paraPatriota - mudança feita a pedido do pré-candidato. Mas, em seguida, filiou-se ao PSL(Partido Social Liberal) para concorrer à Presidência da República.

LULA MARQUES/AGÊNCIA PT

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Como o PSL conta atualmente com uma bancada de 10 deputados, Bolsonaro vai poderparticipar de debates na televisão. Mas recursos de campanha ainda são vistos como umdesafio para a candidatura de Bolsonaro. Os apoiadores do pré-candidato apostam nadivulgação do número de uma conta para arrecadar doações na internet. O Tribunal SuperiorEleitoral autorizou o uso de "vaquinha virtual" nessa eleição para arrecadar recursos depessoas físicas - a doação de empresas permanece proibida.

Bolsonaro enfrenta ainda o desafio de fazer campanha com pouco tempo de propagandaoficial no rádio e na televisão.

O PSL, por exemplo, elegeu apenas dois deputados federais em 2014, número que é levadoem conta na hora do cálculo sobre o tempo de TV na eleição presidencial. Pelas regrasatuais, é pouco provável que o partido tenha mais que 15 segundos de cada bloco de 12minutos e meio de propaganda (serão seis blocos por semana, durante 35 dias decampanha).

Bolsonaro tentaria contornar essa limitação usando redes sociais e contando com a produçãoespontânea de conteúdo de simpatizantes. O pré-candidato também vai precisar aindamostrar a uma parcela do eleitorado que não é agressivo nem radical e que dominadiferentes temas.

Militar da reserva e professor de educação física, Bolsonaro é deputado federal desde 1991 -tem sete mandatos por cinco partidos diferentes.

Geraldo Alckmin (PSDB)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 65 anos, assumiu em dezembro apresidência do PSDB para tentar apaziguar o partido, que se dividiu entre ficar ou sair dabase do governo de Michel Temer.

Alckmin foi confirmado como o único postulante do PSDB, depois que o ex-senador e atualprefeito de Manaus Arthur Virgílio desistiu de participar das prévias para definir quem será ocandidato tucano nas urnas. No fim de fevereiro, Virgílio criticou o correligionário paulista, aquem acusou de usar a máquina partidária para evitar a disputa, e anunciou que não vaifazer campanha para Alckmin.

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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O ex-prefeito de São Paulo, João Doria, era outro tucano que almejava a candidaturapresidencial, mas acabou deixando o cargo para disputar o governo paulista. Muitos tucanosacreditam que ele "queimou a largada" ao fazer um giro pelo Brasil na tentativa de aumentarsua popularidade - ele ainda é considerado desconhecido no país e não conseguiu alavancarseu nome nas pesquisas.

Além das muitas disputas internas, Alckmin assumiu um PSDB desgastado pelas denúnciasde corrupção contra integrantes do partido, em especial as que pesam contra o senadorAécio Neves, que disputou as eleições presidenciais em 2014. Alckmin também foi acusadode receber R$ 10 milhões em quantias não declaradas da Odebrecht, o que nega.

O governador paulista, que deixará o cargo no Palácio dos Bandeirantes para fazercampanha, também não sabe se e quando contará com o apoio do DEM, aliado fiel deeleições anteriores. Coligada, a chapa PSDB-DEM teria, por exemplo, mais tempo depropaganda, mas o DEM lançou candidato próprio.

Alckmin já disputou as eleições presidenciais em 2006, quando perdeu para Lula no segundoturno.

Formado em Medicina, começou a carreira política como vereador e, depois, foi prefeito dePindamonhangaba (SP), sua cidade natal. Em 1994, foi eleito vice-governador de São Pauloe acabou assumindo o governo com o agravamento do estado de saúde de Mário Covas em2001. Perdeu a disputa pela prefeitura de São Paulo em 2008, mas voltou como governadorem 2010 e foi reeleito em 2014.

Marina Silva (Rede)

Com duas eleições presidenciais no currículo, Marina Silva, de 60 anos, lançou oficialmentea candidatura em 2 de dezembro de 2017. A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente,contudo, deve ter somente 12 segundos de propaganda, e dificilmente a Rede vai se coligarcom outros partidos para aumentar o tempo na televisão e no rádio.

Mas como a Rede perdeu dois deputados federais - Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado(PR) foram para o PSB -, o partido conta com uma bancada de apenas três congressistas e,

ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

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assim, não teria a garantia de participação de Marina nos debates. Caberia às emissoras aescolha de convidar ou não a candidata.

Marina enfrenta uma rejeição de 22%, segundo o Datafolha de abril, mas a pré-candidata daRede é a que mais agrega votos de Lula e nos cenários em que o petista fica de fora dadisputa.

Ela vai precisar também responder a críticas de ser omissa em momentos em que muitosaguardavam um posicionamento ou opiniões firmes sobre temas centrais ou disputaspolíticas e de ter declarado voto a Aécio Neves no segundo turno das eleições de 2014.

Avessa a embates e a ataques, a própria candidata avalia que será uma campanhaextremamente agressiva.

Marina disputou as duas últimas eleições presidenciais, uma pelo PV e outra pelo PSB. Elacomeçou a carreira política no PT.

Ciro Gomes (PDT)

A candidatura presidencial do ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, de 60anos, foi confirmada em março de 2018 pelo PDT.

A falta de aliados para fortalecer a candidatura numa coligação formal é um obstáculo a serenfrentado. O PDT negocia alianças com o PSB e o PCdoB. "São conversas que ainda estãoem construção", disse Carlos Lupi, presidente do PDT, à BBC Brasil.

O estilo franco e impulsivo que há anos rende a Ciro a fama de "destemperado" pode ser umempecilho. "Todo mundo já teve uma palavra mal dita ou foi mal interpretado", pondera Lupi.

Ciro enfrenta uma rejeição de cerca de 23% do eleitorado, que, segundo o Datafolha deabril,diz não votar nele de jeito nenhum, e não decolou. A depender do cenário ele tem de 6% a10% das intenções de voto.

REDE SUSTENTABILIDADE

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Ciro Gomes já foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador doCeará e ministro dos governos Itamar Franco (Fazenda) e Lula (Integração Nacional).

Ele já passou por sete partidos em 37 anos de vida pública. Ciro já concorreu à Presidênciaduas vezes, em 1998 e em 2002.

Aldo Rebelo (Solidariedade)

Aldo Rebelo, de 62 anos, já foi presidente da Câmara e ministro dos governos de Lula eDilma Rousseff - ele comandou a Secretaria de Coordenação Política e os ministérios deRelações Institucionais, Defesa, Esporte e Ciência e Tecnologia.

Para se candidatar, deixou o PCdoB, partido ao qual foi filiado por quase três décadas, parase juntar ao PSB.

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Mas Aldo se opôs à entrada de Joaquim Barbosa no partido - a filiação do ex-ministro do STFrachou a legenda.

Acreditando estar sem espaço, Aldo se filiou ao Solidariedade que, em 16 de abril, lançousua pré-candidatura à Presidência.

Natural de Alagoas, Aldo Rebelo foi líder estudantil. Formado em Direito, começou a carreirapolítica em São Paulo, onde se elegeu vereador pelo PCdoB, na década de 1980. Em 1990,foi eleito deputado federal e representou São Paulo na Câmara por cinco mandatosconsecutivos, sempre pelo PCdoB.

Manuela D'Ávila (PCdoB)

Ao anunciar a ex-deputada federal e atual deputada estadual no Rio Grande do Sul comopré-candidata, o PCdoB praticamente acabou com a possibilidade de o partido ser vice numaeventual chapa encabeçada por Lula.

Ao perderem o aliado, petistas classificaram a decisão do PCdoB como "erro histórico".

Manuela, de 36 anos, terá cerca de 20 segundos do tempo de propaganda e poderáparticipar de debates. Apesar de ter sido deputada federal por dois mandatos e líder doPCdoB da Câmara, Manuela não é um nome conhecido em todo o país. Conforme apontou oDatafolha de novembro, ela era conhecida por 24% do eleitorado.

Entre os obstáculos, provavelmente, também estará a dificuldade de desassociar a imagemdo partido à do PT - em especial porque o PCdoB foi contra o impeachment da presidenteDilma Rousseff e muitos de seus filiados defendem Lula das acusações que pesam contraele na Justiça.

Manuela é jornalista de formação e foi a vereadora mais jovem da história de Porto Alegre,eleita aos 23 anos. Em 2006, foi para a Câmara dos Deputados, onde ficou por doismandatos. Concorreu à prefeitura da capital gaúcha duas vezes, sem sucesso. É deputadaestadual desde 2014.

MARCELO BERTANI/AGÊNCIA ALRS

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Álvaro Dias (Podemos)

O ex-tucano Álvaro Dias, de 73 anos, ganhou fama no Senado por ser um ferrenho crítico dagestão petista e integrante ativo de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito).

No ano passado, ele trocou o PV pelo Podemos - antigo PTN - com a expectativa de selançar candidato, mas ainda enfrenta o desafio de se tornar um nome mais conhecidonacionalmente, capaz de conseguir mais que os 4% de votos sinalizados pelas pesquisas.

Segundo o Datafolha de novembro, o senador era conhecido por 44% dos entrevistados,mas apenas 9% disseram que o conhecem muito bem.

Projeções iniciais indicam que ele teria 12 segundos no rádio e na televisão.

Álvaro Dias cursou História e está no quarto mandato consecutivo de senador. Já foivereador, deputado estadual, deputado federal e governador do Paraná. É de uma tradicionalfamília de políticos do Estado.

Rodrigo Maia (DEM)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de 47 anos, foi eleito deputadofederal pela primeira vez em 1998, aproveitando da fama do pai, o deputado e ex-prefeito doRio por três mandatos Cesar Maia. Em março deste ano, o DEM decidiu lançar o nome deRodrigo Maia à Presidência, rompendo uma aliança histórica com o PSDB.

Desde 1989 o DEM não tinha um candidato próprio na disputa pela principal cadeira doPalácio do Planalto. Naquela eleição, Aureliano Chaves representou o extinto PFL. Em 2007,a legenda mudou de nome - passou a se chamar Democratas - e escolheu Rodrigo Maiapara presidir e renovar o partido.

ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

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Ele se declara um liberal, mas tem bom trânsito com representantes da esquerda. Teriainclusive oferecido a vaga de vice-presidente numa eventual chapa encabeçada por ele aoex-ministro e ex-deputado Aldo Rebelo, que já foi filiado ao PCdoB e hoje está no PSB.

Com cinco mandatos consecutivos como deputado federal no currículo, Rodrigo Maiacomeçou a cursar economia na Faculdade Cândido Mendes, no Rio, mas, segundo o site daCâmara dos Deputados, não concluiu o curso.

Nos anos 1990, antes de começar na política como secretário de governo do então prefeitodo Rio Luis Paulo Conde, ele trabalhou nos bancos BMG e Icatu.

Michel Temer (MDB)

Michel Temer assumiu a intenção de concorrer à presidência em março deste ano. Mas ocaminho do emedebista até a reeleição é cercado de dificuldades: além de lidar com baixastaxas de aprovação de seu governo (4%, segundo pesquisa Ipsos de março), Temer enfrentadificuldades para convencer caciques de partidos aliados do governo e do próprio MDB sobrea viabilidade de sua candidatura.

Reeleito vice-presidente na chapa de Dilma em 2014, Temer articulou politicamente peloimpeachment da petista em 2016, e assumiu a presidência depois do afastamento deRousseff, em maio daquele ano.

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), Temer assumiu seu primeirocargo em 1987, como deputado constituinte (ele tinha sido eleito suplente e assumiu graçasà saída do titular). Depois disso, foi deputado federal por vários mandatos (de 1994 a 2010),e chegou a presidir a Câmara dos Deputados em dois momentos (1997-2001 e 2009-2010).Em 2011, Temer subiu a rampa do Planalto pela primeira vez como vice-presidente na chapaencabeçada por Dilma Rousseff (PT).

João Amoêdo (Novo)

O ex-banqueiro João Amoêdo, de 55 anos, se afastou da presidência do partido que elepróprio ajudou a criar em 2015 para ser lançado pré-candidato à Presidência. Pelas regrasdo Novo, candidatos não podem exercer funções partidárias nos últimos 15 meses antes daeleição.

Amoêdo não é um nome que desfruta de popularidade e tem viajado o país para fazerpalestras na tentativa de se tornar mais conhecido.

AFP

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Novato em eleições gerais, o partido de Amoêdo conta com o apoio de profissionais liberais,de economistas que ocuparam cargos importantes no governo de FHC, como GustavoFranco, e tem entre seus quadros o ex-treinador de vôlei Bernardinho. A legenda ainda tentaatrair tucanos descontentes que estão deixando o partido.

A maioria deles, contudo, é neófita das urnas.

Formado em Engenharia Civil e Administração, Amoêdo começou a carreira profissionaltrabalhando para bancos e chegou a ser vice-presidente do Unibanco e membro do conselhode administração do Itaú-BBA. Atualmente é sócio do Instituto de Estudos de PolíticaEconômica/Casa das Garças.

Guilherme Boulos (PSOL)

Em março, o PSOL anunciou o nome do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto,Guilherme Boulos, de 36 anos, como candidato à Presidência. A chapa terá como candidataa vice-presidente a ativista indígena Sônia Guajajara, também do PSOL.

Para o deputado-federal Chico Alencar (PSOL-RJ), é mais fácil o partido se coligar commovimentos da sociedade civil organizada do que com partidos políticos. "Há um descréditomuito grande, as pessoas estão com nojo dos partidos", diz Alencar.

PARTIDO NOVO/FACEBOOK

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Boulos venceu a disputa interna no PSOL, que tinha como pré-candidatos os economistasPlínio de Arruda Sampaio Jr e Nildo Ouriques e Hamilton Assis, militante do movimentonegro.

O PSOL avalia que o grande desafio será cumprir a cláusula de barreira que exige para 20181,5% dos votos em nove Estados para que as legendas continuem recebendo fundopartidário e tendo acesso a inserções no rádio e na televisão.

A legenda terá cerca de 13 segundos de propaganda eleitoral, mas vai conseguir participardos debates por ter uma bancada com seis deputados.

Professor e escritor, Guilherme Boulos é formado em Filosofia pela USP, tem especializaçãoem Psicologia Clínica pela PUC-SP e mestrado em Psiquiatria pela USP. É membro dacoordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, movimento no qual milita há 16anos, e da Frente Povo Sem Medo.

Flávio Rocha (PRB)

O empresário Flávio Rocha, de 60 anos, dono da rede de lojas de vestuário Riachuelo,anunciou em março que pretende disputar a Presidência. Rocha, contudo, não é um neófitona política. Ele foi deputado constituinte pelo PFL. Depois da promulgação da Constituição,em 1988, foi reeleito deputado federal pelo PRN e, em seguida, se filiou ao PL.

Em 1994, ele tentou ser presidente do Brasil. Mas, depois que uma reportagem do jornalFolha de S.Paulo revelou um suposto esquema fraudulento de doação para a campanha deRocha, o PL o forçou a abandonar a disputa eleitoral. Rocha sempre negou participação e dizque ninguém nunca provou que ele se beneficiaria do esquema.

DIVULGAÇÃO

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Rocha não voltou a disputar nenhum cargo público, mas teve o nome cogitado pararepresentar o Rio Grande do Norte no Senado em duas ocasiões distintas.

Em março, ele se filiou ao PRB, que tem fortes ligações com a Igreja Universal do Reino deDeus, para disputar as eleições presidenciais. Antes, lançou um movimento de empresáriospara defender propostas liberais na economia e conservadoras nos costumes.

O empresário anunciou que vai deixar a vice-presidência e a diretoria de relações cominvestidores do Grupo Guararapes, dono da rede de lojas Riachuelo, para disputar aPresidência. Ainda é, contudo, considerado um nome desconhecido entre os eleitores.

Paulo Rabello de Castro (PSC)

Recém-filiado ao PSC, Paulo Rabello de Castro, de 69 anos, foi lançado candidatopresidencial em novembro e deixou o cargo de presidente do Banco Nacional doDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no mês passado para disputar a eleição.

Ele ficou quase dez meses no BNDES, onde entrou para substituir a economista Maria SílviaBastos Marques.

AGÊNCIA PRB NACIONAL

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Nome desconhecido de grande parte do eleitorado, Rabello de Castro contabiliza apenas 1%nas pesquisas de intenção de voto. Além de incrementar a popularidade do candidato, o PSCpode precisar conter uma migração em massa de sua bancada para outras legendas.

Antes de assumir o BNDES, ele havia sido indicado por Michel Temer para presidir o InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Formado em Economia e em Direito, é fundador da primeira empresa brasileira declassificação de riscos de crédito do país.

Henrique Meirelles (MDB)

Para tentar se viabilizar como pré-candidato, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de72 anos, anunciou que deixaria o cargo no início de abril e trocaria o PSD pelo MDB (ex-PMDB).

Para se viabilizar como candidato, ele ainda busca o apoio declarado de Michel Temer, queainda não descartou a possibilidade de ele próprio tentar se reeleger presidente. Meirellestambém corteja partidos do centrão como PP e PR para uma possível candidatura.

Mas a popularidade de Meirelles ainda é um obstáculo a ser superado. O ministro, apontou oDatafolha em novembro, era conhecido por 48% do eleitorado, mas só 9% disseramconhecê-lo muito bem.

TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

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A trajetória profissional de Meirelles está ligada à área financeira internacional. Antes de serpresidente do Banco Central, entre 2003 e 2011, no governo Lula, foi o principal executivo doBankBoston. Antes de assumir a Fazenda, Meirelles atuou por quatro anos como presidentedo conselho de administração da J&F Investimentos, holding criada pela família Batista econtroladora da JBS.

Fernando Collor de Mello (PTC)

O ex-presidente do Brasil e atual senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTC), de68 anos, anunciou em janeiro que é pré-candidato à Presidência da República. Os planos deCollor foram anunciados durante inauguração do diretório regional do PTC em Arapiraca,cidade alagoana distante 130 km de Maceió.

"Tenho uma vantagem em relação a alguns candidatos porque já presidi o país. Meu partidotodos conhecem, sabem o modo como eu penso e ajo para atingir os objetivos que apopulação deseja para a melhoria de sua qualidade de vida", disse em entrevista à rádio 96FM, de Arapiraca (AL).

O nome de Collor, contudo, já enfrenta rejeição alta.

O Partido Trabalhista Cristão (PTC) é o antigo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), queelegeu Collor ao Planalto em 1989. Ele já foi presidente do país entre 1990 e 1992, quandose tornou o primeiro presidente eleito pelo voto popular a sofrer impeachment. Em seu lugarassumiu o então vice, Itamar Franco.

Ele está no segundo mandato como senador.

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

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Vera Lúcia (PSTU)

A sapateira Vera Lúcia, de 50 anos, foi lançada como cabeça da chapa presidencial doPSTU, que deverá ter como vice o professor Hertz Dias, da rede pública do Maranhão.

Ela é ativista sindical em Sergipe e ex-militante petista. Vera Lúcia ajudou a fundar o PSTUcom outros filiados do PT, depois que foram expulsos em 1992.

Estão cotados também para participar da disputa os nomes do senador Cristovam Buarque(PPS), que foi candidato presidencial em 2006, do filho do ex-presidente João Goulart, JoãoVicente Goulart (PPL). Há ainda nomes como o de Levy Fidelix (PRTB) que foi candidatoem 2010 e em 2014 e deve disputar o pleito novamente.

Reportagem publicada originalmente em dezembro de 2017 e atualizada em 8 de maio de2018.

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Rejeição no Datafolha mostra quem mais pode crescer nacorrida presidencial

por Fernando Martins [ 31/01/2018 ] [ 20:33 ] Atualizado em [ 31/01/2018 ] [ 20:45 ]

   

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Alvaro Dias e Manuela d'Ávila: ambos têm rejeição de apenas 13%. Fotos: Wenderson Araújo/Gazeta do Povo e reprodução do Facebook

 

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Os candidatos à Presidência que estão à frente na disputa eleitoral – oex-presidente Lula (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) – tambémfazem parte do grupo dos que têm maior rejeição dos eleitores. Nãovotariam de jeito nenhum em Lula 40%, segundo pesquisa Datafolhadivulgada nesta quarta-feira (31) pelo jornal Folha de S.Paulo.Bolsonaro é rejeitado por 29%. Já alguns candidatos que tiveramporcentuais de intenção de voto mais baixa apresentam rejeição bemmenor.

Teoricamente, quanto mais elevada é a rejeição, mais difícil fica paraum candidato ampliar o seu eleitorado. E os menos rejeitadosapresentam maior potencial de crescimento.

Os candidatos a presidente com menor rejeição, segundo o Datafolha,são o senador Alvaro Dias (Podemos), a deputada Manoela D´Ávila(PCdoB), o líder sem-teto Guilherme Boulos (sem partido) e oempresário João Amoêdo (Novo). Apenas 13% dos entrevistados peloDatafolha disseram que não votariam neles de jeito nenhum.

VEJA TAMBÉM: Qual é o porcentual de intenções de voto doscandidatos no Datafolha

Parte da pequena rejeição pode ser explicada pelo desconhecimento.Boulos e Amoêdo, por exemplo, só recentemente têm aparecido nosmeios de comunicação com mais frequência. Já Alvaro tem umacarreira política bem mais antiga. E Manoela, quando esteve noCongresso, foi uma deputada que se destacou.

“Plano B” do PT também tem baixa rejeição

No grupo de candidatos com baixa rejeição também estão opresidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro (PSC, com 14% deeleitores que dizem que nunca votariam nele); e ex-ministro do STF

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Lula está transformandoo PT numa seita religiosaem que ele é “deus”

Fernando Martins

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Joaquim Barbosa (sem partido, 14%); e o ex-governador da BahiaJaques Wagner (PT, 15%).

A baixa rejeição e o consequente potencial de crescimento de Wagnercolocam o ex-governador como uma alternativa para o PT substituir oex-presidente Lula caso ele não possa efetivamente concorrer àPresidência devido à condenação dele pelo Tribunal Regional Federalda 4.ª Região (TRF-4). O baiano, contudo, teve apenas 2% dasintenções de voto.

O que mais diz a rejeição: quem é carta fora do baralho e quem estáno jogo

O Datafolha mostra que os possíveis candidatos à Presidência podemser enquadrados em patamares bem distintos de rejeição: a queimpossibilita qualquer pretensão eleitoral; a rejeição altamentecrítica; a rejeição alta; e a média – além do grupo da baixa rejeição.

FIQUE POR DENTRO: Se Lula não concorrer, veja quais candidatosficam com os votos dele

Apenas o presidente Michel Temer (PMDB) está no patamar queinviabiliza uma candidatura: 60% dos eleitores dizem que nãovotariam nele de jeito nenhum. Uma rejeição acima de 50% ésinônimo de derrota certa, pois para um candidato ser eleito eleprecisa ter metade mais um dos votos.

No segundo nível, de rejeição altamente crítica (próxima dos 50%),está o senador Fernando Collor (PTC), com 44%. Lula (40%) fica nolimite de um patamar crítico e de uma rejeição apenas elevada. Opetista ainda tem 10% de gordura para queimar antes de ver suacandidatura inviabilizada do ponto de vista eleitoral.

Na lista dos candidatos com rejeição alta, mas longe de ser crítica,podem ser incluídos Bolsonaro (29%), o governador paulista GeraldoAlckmin (PSDB, 26%) e o apresentador de televisão Luciano Huck(sem partido, 25%).

Abaixo dos 25%, há um grupo de rejeição mediana: a ex-senadoraMarina Silva (Rede, 23%); o ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT,21%); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM, 21%); o prefeitopaulistano João Doria (PSDB, 19%); e o ministro da Fazenda, HenriqueMeirelles (PSD, 19%).

Metodologia da pesquisa

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 29 e 30 de janeiro, após,portanto, o julgamento no TRF-4, que ocorreu no dia 24. O Datafolhaouviu 2.826 eleitores em 174 municípios. A margem de erro é de doispontos porcentuais para mais ou menos. E tem um nível de confiançade 95%, o que significa que, se for repetida 100 vezes, em 95 osresultados vão estar dentro da margem e erro. A pesquisa foiregistrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR05351/2018. O levantamento foi encomendado pelo jornal Folha deS.Paulo.

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