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8/19/2019 Aula - PrincíPios TributáRios (Roteiro)
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DIREITO TRIBUTÁRIO – PROF. ANDRÉ ELALI
"Princípios" da Tributação
"Os princípios jurídicos visam a um Estado ideal das coisas" (Humberto Ávila)"Os princípios são normas que concretizam valores" (Ricardo Lobo Torres)
"Os princípios são normas de maior densidade de hierarquia" (Ronald Dworkin)
VALORES REAPROXIMAÇÃO DO DIREITO À ÉTICA
MÉTODO X RETÓRICA
REGRAS HIPÓTESE x CONSEQÜÊNCIA – APLICAÇÃO OBJETIVA XANTINOMIA
PRINCÍPIOS CONCRETIZAÇÃO DE VALORES – ABSTRAÇÃO EGENERALIDADE (NÃO HÁ ANTINOMIA)
POSTULADOS NORMAS DE MÉTODO DE APLICAÇÃO DO DIREITO(HUMBERTO ÁVILA)
CLASSIFICAÇÕES DA DOUTRINA
1. RICARDO LOBO TORRES (legitimação, justiça e segurança)
2. KLAUS TIPKE / LANG
Uniformidadea) Igualdadeb) Capacidade contributiva (Renda, Patrimônio e Consumo)c) Bem comum (Princípio da necessidade – mínimo existencial)d) Simplificação
Legalidadea)
Segurança jurídicab) Justiça
Justiçaa) Estado Social – Tributação justa
Dignidade da pessoa humanaa) Imunidade x mínimo existencialb) Sigilo tributárioc) Proibição de excesso (não-confisco) x proporcionalidade e garantia de propriedade
Proteção da família
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3. ALBANO SANTOS
Justiçaa) Generalidadeb) Igualdade
c)
Proporcionalidaded) Redistribuição
Racionalidade econômicaa) Anti-dirigismob) Intervenção mínimac) Neutralidaded) Suficiênciae) Adaptabilidadef) Flexibilidadeg) Fomento de desenvolvimento
Eficiência administrativaa) Congruência e sistematizaçãob) Transparênciac) Praticabilidaded) Continuidadee) Economicidade e comodidade.
4. REGINA HELENA COSTA
Princípios gerais: Segurança jurídica; Isonomia; Legalidade; Princípio republicano;Princípio federativo; Moralidade; Supremacia do interesse público; Função social dapropriedade;
Princípios específicos da tributação: Legalidade; Anterioridade; Irretroatividade;Praticabilidade; Generalidade; Capacidade contributiva; Vedação do confisco; Não-limitação do tráfego de pessoas e bens; Uniformidade; Não-discriminação em razão daorigem.
MODELO DE ESTADO FISCAL X ORDEM ECONÔMICA
TRIBUTAÇÃO E ORDEM ECONÔMICA
1. Conceito de Ordem Econômica
2. Princípios da Ordem Econômica na Constituição Brasileira.(Constituição Econômica)
2.1. Soberania Econômica;2.2. Liberdade de Iniciativa;2.3. Liberdade de Concorrência;2.4. Propriedade e Função Econômica e Social;2.5. Valorização do Trabalho Humano;2.6. Promoção do Pleno Emprego;2.7. Proteção do Consumidor;
2.8. Proteção do Ambiente;2.9. Tratamento favorecido das pequenas empresas;
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2.10. Redução de Desigualdades Sociais, Regionais e Setoriais.
3. Tributação e Ordem Econômica! Normas Tributárias Indutoras! Regime Jurídico e Limites
(Princípios, Regras e Postulados da CF)(Lei de Responsabilidade Fiscal)(Divisão de Competências)(Custo-Benefício)
4. Incentivos Fiscais
5. Desincentivos Fiscais
6. Subsídios/Subvenções/Auxílios de Estado
7.
Modelos de Incentivos no Brasil
IRPJ – Indústrias, Hotéis etc.ICMS – Regimes EspeciaisISS – Regimes EspeciaisImunidades às ExportaçõesAlíquotas 0 de IPI, de PIS e de COFINSReduções de IOF
8. Modelos de Desincentivos no Brasil
IPI dos produtos supérfluos (cigarro, bebidas)ICMS seletivo/progressivo de produtos supérfluosIPVA mais alto para veículos poluidores
9. Embate entre “Desincentivos” e “Sanção por Ato Ilícito”
Conceito de Tributo no CTNÉ possível o “imposto sufocante”?Capacidade Contributiva x Vedação do Efeito de Confisco
CONCEITOS, ALTERNATIVAS E APLICAÇÃO:
Isonomia, não-discriminação, neutralidade e uniformidade
MÉTODO PARA APLICAÇÃO DA IGUALDADE --> CRIAR CRITÉRIOSADEQUADOS DE DISCRIMINAÇÃO
IGUAL EM QUÊ --> IGUAL PARA QUÊ (PROPORCIONALIDADE)
HUMBERTO ÁVILA (TESE, USP) + RICARDO VAREJÃO (UFPE)
“Apesar de ser o mais básico e importante dos princípios jurídicos, o da igualdade éfreqüentemente utilizado como uma expressão vazia, um mero recurso de retórica,
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justificador de quaisquer medidas legais, inclusive fiscais, ou mesmo para fundamentarquestionáveis decisões judiciais.” (Roberto Ferraz)
! Scatola vuota – caixa vazia, sem conteúdo! Legislar ==> discriminar por essência.A lei, em verdade, é por natureza discriminatória, porquanto seleciona parâmetros gerais
para diferenciar as situações reguladas.
! Eqüivoco da doutrina em remeter o conceito usual a Aristóteles – tratar igualmenteos iguais e desigualmente os desiguais. Na obra “Ética a Nicômaco”, o filósofo nadatrouxe sobre essa noção de igualdade. O que ele menciona é um conceito de justiçadistributiva.! Norberto Bobbio – origem da confusão, que mencionou em seu trabalho“Igualdade e Liberdade” eventual referência de Aristóteles.
! Nenhum conteúdo jurídico na afirmação ! igualdade entre iguais e desigualdadeentre iguais. Afinal, como diferenciar de forma lógica e não arbitrária?
! Questionamentos no direito que dificultam a aplicação prática do princípio – Nodireito tributário, entretanto, se poderia resolver essa questão concretizando o critério dacapacidade contributiva - renda, patrimônio, manifestação de riqueza no consumo etc).
! Problemas de aplicação no direito tributário pela não-concretização da capacidadecontributiva – exemplos de distorções ! isenção de imposto de renda para certascategorias profissionais (magistrados); isenção/redução de IPI/IPVA para táxis (e porquê não os entregadores de remédios, serviços hospitalares etc.?); afastamento doSIMPLES de algumas atividades; regime diferenciado de ISS para profissõesregulamentadas; isenção de IOF sobre certas operações de câmbio; isenção de IR sobreinvestimentos internacionais em alguns fundos de investimento; aumento dePIS/COFINS para empresas que não têm lucro, e neutralidade para as lucrativas (Lei9.718/98)...
! Problema metodológico no Brasil ! abstração do conceito ! necessidade deenfrentamento do caso concreto – Konrad Hesse ! “Compreender, e, com isto,concretizar, somente é possível com relação a um problema concreto.” A mente do
jurista brasileiro está voltada, em regra, para a abstração, como se fosse possível aexistência de igualdade no sentido ideal, sem conteúdo técnico
Princípio da uniformidade geográfica da tributação (CF/88, art. 151, I): é vedado à
União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou queimplique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou aMunicípio, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscaisdestinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre asdiferentes regiões do país.
" Princípio da uniformidade geográfica da tributação e incentivos fiscais. " Princípio da uniformidade geográfica da tributação e igualdade tributária. Princípio da uniformidade da tributação da renda (CF/88, art. 151, II): é vedado à Uniãotributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos,
em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
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# Princípio da não discriminação baseado em procedência ou destino (CF/88, art.152): é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferençatributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência oudestino.
Legalidade (Segurança)
! Noção geral da legalidade – em geral, é mencionada como princípio geral doordenamento jurídico. Do mesmo modo, é considerada princípio lógico da tributação,seja pela vinculação à noção de ser a lei uma forma de efetivar a justiça democrática(como ideal filosófico), seja pelo efeito de promover certeza da relação jurídica.
! Evolução histórica
Idade Média – impostos medievais – excepcionalidade Deliberação da tributação pelasCortes Evolução da tributação em face da regularidade de receitas Lei – modo de
instituição dos tributos – controle do arbítrio – limite do poder estatal
! Aspectos da legalidade tributárias
Lei – Segurança Jurídica ! Estado de Direito CERTEZA – PREVISIBILIDADE –IGUALDADE NA LEI
Lei – Justiça – Democracia JUSTIÇA FISCAL NA LEI – PRESUNÇÃO DA LEICOMO FORMA DE LEGITIMAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
! Lei Tributária – Estado de Direito brasileiro – modo de controle do poder totalitário
do Estado – impossibilidade de debate político da tributação – forma de limitação daatuação estatal – discurso formalista
Década de 60 ! invalidade das portarias diante dos decretos Década de 70 ! ilegalidade dos decretos diante das leis Década de 80 ! inconstitucionalidade das leis
pela Constituição Década de 90! cláusulas pétreas – inconstitucionalidade das normasconstitucionais Momentoatual!esgotamentodosaspectosformaisehierárquicos– inserção,nonovo modelo, de valores, objetivos estatais, demandas sociais = crise dalegalidade – a lei passou a ser produzida não mais como limite da tributação, mas comoverdadeiro sistema de dominação, de exploração – lei bem formulada = lei legal =modelo formal não consegue suprimir ! deterioração dos direitos do cidadão – abuso
do poder do Estado
! Teoria dos Princípios de Humberto Ávila – Legalidade-Regra; Legalidade-Princípio; Legalidade-Postulado (norma metódica).
! Paulo de Barros Carvalho ! Legalidade ! limite objetivo. ! Doutrinaselecionada
! JOSÉ CASALTA NABAIS! Legalidade da tributação = limite formal do poder
“Com efeito, entendida a lei como uma expressão da razão ou da justiça e havendo,
por uma correspondência necessária entre a forma de lei e o seu conteúdo racional ou justo, a impostos à lei tinha por efeito automático remeter estes para um critério de
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justiça.” Direito Fiscal , p. 133.
Legalidade fiscal! autoimposição! autotributação
! autoconsentimento dos tributos Origem na Idade Média – destaque para a Magna
Carta Libertatum inglesa!
no taxation without representation Desdobramentos: i) princípio da reserva de lei formal – expedição de ato normativo
pelo Legislativo; ii) princípio da reserva material da lei – decorrência da dogmáticagermânica da tipicidade – T atbestandsmässigkeit ! Tipicidade fechada – todos os
parâmetros da regra tributária devem estar delimitados na lei – crise da tipicidadefechada para a utilização de conceitos indeterminados – abertura para a aplicação dodireito – o tipo descreve um parâmetro e o aplicador perfectibiliza o modo de incidência. Tipicidade aberta (ou semi- aberta) = modo de concretização da igualdade eforma de controle da evasão fiscal.
!
MARCO AURÉLIO GRECO Legalidade tributária – método, originariamente, destinado a garantir a liberdade docidadão, limitando o poder do Estado! LEGALIDADE-LIBERDADE
DITADURA ! discurso formal – única forma de controlar o Estado – hierarquia dosatos normativos – discurso político – crimes de Estado
Crise do modelo formalista! LEGALIDADE-LIBERDADE passa a LEGALIDADE-
DOMINAÇÃO – a lei agora é feita de modo técnico – necessidade de abertura dosconceitos egitimação – necessidade de a lei instrumentalizar a vontade da sociedadecivil.
! FERNANDO ZILVETI
Evolução do direito tributário – globalização, mudança de atuação do Estado – crise doormal – Teoria do tipo ! Tipicidade = realização da legalidade, tanto na hermenêuticaaplicação e na própria elaboração das normas.
TIPICIDADE – Typizität – qualidade do tipo jurídico TIPIFICAÇÃO – Typisierung – processo de formação normativa do tipo
A teoria da tipicidade (aberta ou semi-aberta) permite a evolução da jurisprudência, nãoaplicador aos comandos do legislador, principalmente pela crise do modelo formalistado direito.
TIPIFICAÇÃO! busca da igualdade da tributação – a aplicação permite o tratamentoigual entre os equiparáveis – forma de concretização da não-discriminação.
“Não há, porém, fixação definitiva por meio de conceitos fechados, mas, sim, tipos quemantêm núcleo rígido e halo incerto, indeterminado ou ainda por determinar. Atipificação tem uma dupla face: primeiramente, o legislador escolhe entre as hipótesesde aplicação somente uma ou algumas, que se consideram típicas (trilhas entre
residência e domicílio; limites de isenção para dependentes e limites de isenção previstos na legislação do imposto de renda). Por outro lado, esquematiza algumas
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questões jurídicas (alíquotas de tributação, pauta fiscal, tributação presumida, isenções,tabelas de aposentadoria). Considere-se a tipificação no aspecto legislativo como umprincípio de eleição entre as hipóteses de aplicação e categorias jurídicas. Oprincípio, juridicizado, comporta interpretação teleológica e confere ao sistematributário praticidade e justiça.” Tipo e Linguagem: A Gênese da Igualdade na
Tributação, pp. 32-33.
TIPO x CONCEITO! Na origem da teoria alemã, o tipo corresponde a uma categoria jurídica (aberta, portanto). Na tradução para o direito luso-espanhol, equivocadamente,o termo ingressou como CONCEITO JURÍDICO.
ORIGEM DA DOUTRINA – Ernst Beling – 1906 EXEMPLOS DE EQÜIVOCOS –Alberto Xavier, Roque Carrazza, Sacha Calmon, Paulo de Barros Carvalho
A aplicação e a concretização da norma não são estanques, taxativas ! TIPO –>DESCRIÇÃO – NÃO CONCEITUAÇÃO.
! RICARDO LOBO TORRES
Tipo x Conceito Teorias sobre o Tipo
! Karl Larenz ! distinção entre tipo aberto e fechado. Mudança de opinião na 3a.edição de sua obra.
! Arthur Kaufmann ! o tipo não pode ser definido, mas descrito segundosemelhanças concretas, admitindo-se certo grau de abstração. O tipo se situa entre ogeral e o especial – é conceito comparável, universal.
! Klaus Tipke! Tipo é aberto (offen) e não pode ser definido estritamente. Exemplos:empresário, autonomia, administração patrimonial.
! Paul Kirchhof! A atividade tributária depende da decisão sobre a realidade.
! Doutrina penal ! tipo fechado x tipo aberto ! o tipo penal é aberto (STF – HC70.389, 94, Rel. Min. Celso de Mello – Integração do tipo penal pelo Magistrado).
! Alberto Xavier ! tipicidade fechada – contém todos os elementos para a valoraçãodos fatos e produção dos efeitos – confusão com o tipo em Larenz por influência deCastanheira Neves (Portugal).
! Misabel Derzi ! Tipo fechado é uma contradição e uma impropriedade – apesardisso, sua conclusão é pela possibilidade dos conceitos fechados – contradição.
Tipificação e igualdade – proporcionalidade Outra coisa: Determinação do fato gerador – a lei forma deve prever todos os elementos – arcabouço legal para o tributo, ainda quemínimo Confusão com tipicidade – possibilidade de discricionariedade administrativa! integração e correção no direito tributário – o lançamento não se efetiva sem aescolha de métodos de investigação, a ponderação de interesses – ampliação doaplicador no processo de concretização
! JURISPRUDÊNCIA
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SAT! faixas de alíquotas pelo potencial de risco do trabalhador - STF – RE 343.446-SC, 2003, Rel. Min. Carlos Velloso. TAXA AMBIENTAL DO IBAMA! tipificaçãode poluidor – manifestação em 2000 da inconstitucionalidade com base na tipicidadecerrada – Min. Ilmar Galvão – nova lei – TCFA – Nova decisão do Pleno do STFconsiderando a lei constitucional – RE 416.601, 2005, Rel. Min. Carlos Velloso.
FATURAMENTO NÃO É CONCEITO, É TIPO – STF – Min. Eros Grau – “osconceitos jurídicos tipológicos ( fattispecie), também ditos indeterminados, em verdadenão são conceitos, mas noções.” (STF – RE 346084/MG, 2005)
! OUTROS CASOS CONCRETOS
LEGALIDADE E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS (DIMOB, DECRED)LEGALIDADE E INCENTIVOS FISCAIS LEGALIDADE E IMPOSTO SOBREA RENDA (DESPESA) LEGALIDADE E PAUTA FISCAL DE ICMS
LEGALIDADE E LISTA DE SERVIÇOS DE ISS (CONGÊNERES) ! lista
taxativa???
Anterioridade (Segurança)
Previsão constitucional: art. 150, III, b (anterioridade do exercício financeiro) e c (anterioridade nonagesimal ou noventena).# Anterioridade do exercício financeiro: é vedado aos entes tributantes cobrartributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiuou aumentou. Lembrar que o exercício financeiro coincide com o ano civil, tendoduração de 12 meses (de 1º de janeiro a 31 de dezembro).#
Anterioridade do exercício financeiro e medidas provisórias que instituem ouaumentam impostos (CF/88, art. 62, § 2º).# Exceções constitucionais à regra da anterioridade do exercício financeiro(CF/88, art. 150, § 1º):" II, IE, IPI e IOF;" Impostos extraordinários de guerra;" Empréstimos compulsórios, nos casos de calamidade pública, guerra externa ousua iminência;" Contribuições para o financiamento da seguridade social;" ICMS-monofásico sobre combustíveis (apenas quanto à redução erestabelecimento das alíquotas);"
CIDE-combustíveis (apenas quanto à redução e restabelecimento das alíquotas).# Exceções ao princípio da anterioridade do exercício financeiro segundo a
jurisprudência do STF:" Atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo;" Fixação do prazo para recolhimento do tributo (mesmo que antecipando-o);" Redução ou extinção de desconto legalmente previsto (o caso do IPVA pagoantecipadamente ou em dia).# Anterioridade e revogação de isenções.# A questão do Imposto de Renda. Ainda a Súmula 584/STF.# Anterioridade nonagesimal ou noventena: é vedado aos entes tributantes cobrar
tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
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instituiu ou aumentou. A regra foi acrescida na Constituição por intermédio da EC nº.42/2003.# Anterioridade nonagesimal e medidas provisórias.# Exceções constitucionais à regra da anterioridade nonagesimal (CF/88, art. 150,§ 1º):
"
II, IE, IOF e Imposto de Renda;" Impostos extraordinários de guerra;" Empréstimos compulsórios, nos casos de calamidade pública, guerra externa ousua iminência;" Base de cálculo do IPTU e do IPVA.
Irretroatividade (Segurança)
Previsão constitucional: art. 150, III, a (é vedado aos entes tributantes cobrar tributosem relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houverinstituído ou aumentado) - Irretroatividade tributária no CTN: art. 105. A questão dos“fatos geradores pendentes”. Irretroatividade e Imposto de Renda. STF Súmula nº. 584:“Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano base aplica-se a leivigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração”. O STJ
possui precedentes no sentido da inaplicabilidade da Súmula nº. 584 do STF (REsp nº.179.966/RS). “Exceções” ao princípio da irretroatividade tributária: CTN, art. 106 (leitributária interpretativa e lei tributária mais benéfica); CTN, art. 144, § 1º (leiformal/procedimental em matéria de lançamento tributário) e § 2º (exceção ao caput doart. 144 do CTN, a ser estudado posteriormente).
Capacidade contributiva x vedação do efeito de confisco
! Indicadores do grau de capacidade contributiva! Rendimento / Consumo / Patrimônio
Não-confisco
“A capacidade contributiva termina, de todo o modo, onde começa o confisco, que levaà destruição da capacidade contributiva (Klaus Tipke)”
! Conceito: “Toda carga tributária que ultrapasse o princípio da razoabilidade emcomparação com o patrimônio financeiro e econômico do contribuinte e que o impeça
de desenvolver as condições de sua cidadania, em qualquer dos níveis permitidos, pessoal ou profissional, tem característica de confisco.” José Augusto Delgado.
! Previsão ConstitucionalArt. 150., IV; Art. 5o., XXII, XIII.
! Aplicação do Não-confiscoAplica-se tanto quanto à obrigação tributária principal como à acessória. A Multatambém não pode ter caráter confiscatório. (Julgados dos principais tribunais do paísimpõem a redução de multas tributárias para que se adequem ao patrimônio docontribuinte, para que não haja expropriação. Veja-se em expresso: RE 91707/MG – ST
F; ADI 551 – STF).
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Liberdade de tráfego
Previsão constitucional: art. 150, V (é vedado aos entes tributantes estabelecerlimitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ouintermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público). # Exceções constitucionais:" ICMS interestadual;" Pedágio (pedágio-tributo e pedágio-tarifa).
Vedação de Sanções Políticas
* IMUNIDADES SÃO PRINCÍPIOS OU LIMITES OBJETIVOS?# Sobre a diferença entre imunidades e isenções.# As imunidades como limitações constitucionais ao poder de tributar. Análise doart. 150, VI, da CF/88 (aplicável somente aos impostos). As imunidades previstas noart. 150, VI, não são as únicas existentes no texto constitucional.# Imunidade tributária recíproca (CF/88, art. 150, VI, a): é vedado aos entestributantes instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros.Corolário da autonomia dos entes federados. " A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às fundações
públicas, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados às suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes (CF/88, art. 150, § 2º). " CF/88, art. 150, § 3º: “As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior nãose aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração deatividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ouem que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário [...]”.Entendimento do STF quanto à aplicabilidade da imunidade tributária recíprocanos casos de empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras deserviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado (RE 407.099/RS eAC 1.5502/RO)." C/88, art. 150, § 3º, parte final: “As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafoanterior não [...] exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.”# Imunidade das entidades religiosas (CF/88, art. 150, VI, b): é vedado aosentes tributantes instituir impostos sobre templos de qualquer culto. Corolário do
princípio da liberdade de culto." CF/88, art. 150, § 4º: “As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c",compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com asfinalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.” Entendimento do STF nosentido de mitigar a vedação (RE 325.822/SP).# Imunidade dos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidadeseducacionais e assistenciais sem fins lucrativos (CF/88, art. 150, VI, c): é vedado aosentes tributantes instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
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instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos osrequisitos da lei." Norma de eficácia limitada, dependente de lei complementar para o seudisciplinamento (CF/88, art. 146, II). Atualmente, quem faz o papel de leicomplementar disciplinadora é o CTN, no seu art. 14 (LER).
"
CF/88, art. 150, § 4º: “As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c",compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com asfinalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.” Entendimento do STF nosentido de mitigar a vedação. STF Súmula nº. 724: “Ainda quando alugado aterceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidadesreferidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis sejaaplicado nas atividades essenciais de tais entidades”." Instituições de assistência social e as entidades fechadas de previdênciasocial privada (“fundos de pensão”): entendimento do STF, Súmula nº. 730: “Aimunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos
pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de
previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.# Imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a suaimpressão (CF/88, art. 150, VI, d ): é vedado aos entes tributantes instituir impostossobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Aplicaçãoextensiva do dispositivo, abrangendo qualquer obra ou publicação, independentementedo seu valor cultural." A questão da extensão da imunidade aos livros, jornais e periódicos em meioeletrônico (p.ex.: CD ou DVD). Tendência do STF em não aplicar a imunidade em taiscasos.# Outras imunidades tributárias previstas na Constituição de 1988:" Taxas: art. 5º: XXXIV, a (direito de petição) e b (obtenção de certidões emrepartições públicas); LXXIV (assistência jurídica para hipossuficientes); LXXVI(registro civil de nascimento e certidão de óbito para os reconhecidamente pobres);LXXVII (ações de habeas corpus e habeas data e, na forma da lei, os atos necessáriosao exercício da cidadania;" Exportações: art. 149, § 2º, I (vedada a incidência de contribuições sociais e deintervenção no domínio econômico sobre receitas decorrentes de exportação); art. 153,§ 3º, III (não incidência de IPI sobre produtos industrializados destinados ao exterior);art. 155, § 2º, X, a (não incidência de ICMS sobre operações que destinem mercadorias
para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior); art. 156, § 3º,II (não incidência de ISS sobre a exportação de serviços para o exterior);"
Demais imunidades: art. 153, § 4º, II (não incidência de ITR sobre pequenasglebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outroimóvel); art. 184, § 5º (imunidade de impostos sobre operações de transferência deimóveis desapropriados para fins de reforma agrária); art. 195, II (imunidade dacontribuição social dos trabalhadores sobre aposentadoria e pensão concedidas peloregime geral de previdência social – RGPS).