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Direito Tributário para a RFB Resolução de Questões da ESAF Prof. George Firmino Aula 01 Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 107 AULA 01 – Limitações constitucionais do poder de tributar. Competência tributária. Sumário Página Apresentação das questões 02-21 Gabarito 21 Questões comentadas 22-107 Olá, amigo concurseiro! É bom tê-lo aqui na nossa segunda aula para darmos continuidade às questões. Nesta aula comentaremos questões sobre competência tributária e limitações constitucionais ao poder de tributar. Esses assuntos são muito cobrados em prova. Por isso, nunca é demais revisá-los sempre que puder. Como foi o seu desempenho nas questões da aula anterior? Não fique desanimado se errou algumas questões. É para isso mesmo que serve o curso de questões: para praticar. Nosso objetivo aqui é “afiar o machado”, ou seja, deixá-lo apto para enfrentar a ESAF. Leia os comentários com calma, procure identificar onde está errando, revise bem o ponto que tem mais dificuldade e assim você estará, até sem perceber, se tornando expert naquele assunto. Pronto para começar? Então, vamos ao que interessa!

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    AULA 01 Limitaes constitucionais do poder de tributar. Competncia tributria.

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    Apresentao das questes 02-21

    Gabarito 21

    Questes comentadas 22-107

    Ol, amigo concurseiro!

    bom t-lo aqui na nossa segunda aula para darmos

    continuidade s questes.

    Nesta aula comentaremos questes sobre competncia

    tributria e limitaes constitucionais ao poder de tributar. Esses

    assuntos so muito cobrados em prova. Por isso, nunca demais

    revis-los sempre que puder.

    Como foi o seu desempenho nas questes da aula anterior?

    No fique desanimado se errou algumas questes. para isso

    mesmo que serve o curso de questes: para praticar. Nosso objetivo

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    LISTA DE QUESTES

    Aula 01: Limitaes constitucionais do poder de tributar. Competncia Tributria.

    Questo 01 - (ESAF) AFRF(TI)/2005

    Competncia tributria o poder que a Constituio Federal atribui a determinado ente poltico para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hiptese de incidncia, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de clculo e a alquota. Sobre a competncia tributria, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra. ( ) O no-exerccio da competncia tributria por determinada pessoa poltica autoriza a Unio a exercitar tal competncia, com base no princpio da isonomia. ( ) A pessoa poltica que detm a competncia tributria para instituir o imposto tambm competente para aument-lo, diminu-lo ou mesmo conceder isenes, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F b) F, F, V c) F, V, V d) V, F, V e) V, V, V

    Questo 02 (ESAF) ATM RECIFE/2003

    Avalie as formulaes seguintes, observadas as disposies pertinentes ao tema competncia tributria", constantes do Cdigo Tributrio Nacional, e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. I. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. II. Os tributos cuja receita seja distribuda, no todo ou em parte, a outras pessoas jurdicas de direito pblico pertencem competncia legislativa daquela a que tenham sido atribudos. III. A atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurdica de direito pblico que a tenha conferido. IV. A atribuio das funes de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, compreende as garantias e os privilgios processuais que competem pessoa jurdica de direito pblico que a conferir. a) Apenas as formulaes I, II e III so corretas. b) Apenas as formulaes II, III e IV so corretas. c) Apenas as formulaes I, III e IV so corretas. d) Apenas as formulaes II e IV so corretas. e) Todas as formulaes so corretas.

    Questo 03 (ESAF) AFTE - PI/2001

    Assinale a opo correta. a) A competncia tributria consiste na faculdade de que dispem os entes polticos para instituir tributos em relao s pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributria ativa consiste na aptido atribuda a uma pessoa para figurar no plo ativo de uma relao jurdico-tributria. b) A competncia tributria a aptido para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributria ativa a aptido para institu-los, sempre por meio de lei. c) A competncia tributria e a capacidade tributria ativa so indelegveis, ainda que por meio de lei. d) A competncia tributria , em determinadas situaes, delegvel, por meio de lei, mas a capacidade tributria ativa indelegvel. e) A atribuio da capacidade tributria ativa a pessoa diferente daquela que dispe da competncia tributria s pode ser revogada de comum acordo entre ao titular da competncia tributria e a pessoa jurdica a quem foi delegada a capacidade tributria ativa.

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    Questo 04 (ESAF) AFTN 94.2 Acerca da competncia tributria, certo afirmar que: a) corresponde capacidade da pessoa poltica de afigurar na posio de sujeito passivo da obrigao tributria b) transfervel mediante lei delegada c) pode ser exercida no sentido de nomear, como sujeito ativo, pessoa jurdica de direito pblico diversa daquela titular da competncia, atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos auferidos d) o seu no-exerccio, em decorrncia do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, a defere a outra pessoa jurdica de direito pblico que tenha interesse imediato fundado na repartio constitucional de receitas do respectivo tributo e) no constitui delegao de competncia a atribuio a pessoas de direito privado da funo de arrecadar tributos Questo 05 (ESAF) Analista Contbil SEFAZ CE/2006 A competncia tributria, a teor do que dispe o Cdigo Tributrio Nacional, indelegvel. Isso significa que um ente tributante no pode instituir tributo que seja da competncia tributria de outro. No constitui, porm, violao a essa regra a) a possibilidade de a Unio cobrar tributo da competncia estadual, na hiptese de Estado que no tenha exercitado ainda essa competncia. b) a instituio de lei estadual sobre tributo da competncia de seus Municpios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo. c) a delegao, por um ente tributante, a outro, das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos. d) a instituio de imposto extraordinrio de guerra, por qualquer dos entes tributantes, na hiptese de a Unio no t-lo feito tempestivamente em estado de guerra iminente. e) a renncia em carter irretratvel feita por um ente tributante em favor de outro. Questo 06 (ESAF) AFTN/96 Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo e) no podem delegar capacidade tributria ativa Questo 07 (ESAF) PFN/2004 Considerados os temas competncia tributria e capacidade tributria ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A competncia tributria delegvel. ( ) A capacidade tributria ativa indelegvel. ( ) A Unio quem detm a competncia tributria no que toca s contribuies sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurdica de direito pblico a competncia tributria. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F.

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    Questo 08 (ESAF) AFTE - MS/2001 Em tema de competncia legislativa sobre matria de Direito Tributrio, correta a afirmao de que: a) Os Estados tm competncia para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributrio. b) Mesmo na ausncia de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributrio, vedado aos Estados exercer essa competncia legislativa. c) A eficcia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributrio fica mantida ante a supervenincia de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrrio. d) No mbito da competncia concorrente para legislar sobre Direito Tributrio os Estados s podem legislar sobre normas gerais. e) A legislao tributria dos Estados aplicada nos respectivos Municpios, em virtude de estes no terem competncia para legislar sobre Direito Tributrio. Questo 09 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 Compete Unio, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributrio. Com base nessa afirmativa, julgue os itens a seguir: I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos de natureza tributria, sendo, portanto, constitucional lei estadual com tal contedo; II. lei estadual pode estabelecer alquotas diferenciadas em razo do tipo do veculo, j que os estados-membros esto legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exerccio da competncia concorrente prevista no art. 24, 3, da Constituio; III. possvel ao estado conceder, mediante lei, iseno de tributo de sua competncia, visto que est atuando nos limites de sua autonomia. Esto corretos: a) apenas o item I. b) apenas os itens I e II. c) apenas os itens I e III. d) apenas os itens II e III. e) todos os itens esto corretos. Questo 10 (ESAF) AFTN/94 A Constituio da Repblica prev que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, 3). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Cdigo Tributrio Nacional, razovel dizer que a) o no-exerccio, pela Unio, da competncia para legislar sobre normas gerais de direito tributrio, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. b) o no-exerccio da competncia para instituir tributos a defere a pessoa jurdica de direito pblico diversa daquela a que tal competncia cabia originalmente. c) a competncia da Unio para legislar sobre normas de direito tributrio exclui a competncia suplementar dos Estados. d) em matria de direito tributrio a competncia da Unio, alm de legislar sobre seus prprios tributos e sobre normas gerais, poder faz-lo em relao competncia no exercida pelos Estados e Municpios e) faltando norma geral sobre o encargo ou a funo de arrecadar tributo municipal, o Estado poder supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado.

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    Questo 11 (ESAF) AFRF/2002 Assinale a assertiva incorreta. a) No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais. b) A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a competncia suplementar dos Estados. c) No existindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. d) A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio. e) A Constituio no prev as normas de direito tributrio como pertencendo ao mbito da legislao concorrente. Questo 12 (ESAF) - AFRF/2000

    O estabelecimento de normas gerais em matria de legislao tributria sobre obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios, dever fazer-se, segundo norma contida na Constituio, mediante a) lei ordinria federal b) lei ordinria de cada ente tributante c) lei complementar de cada ente tributante d) lei complementar federal e) lei ordinria, medida provisria ou lei delegada federal Questo 13 (ESAF) AFTN/98 Segundo a Constituio da Repblica, a competncia da Unio para legislar sobre direito tributrio a) privativa, isto , dessa competncia esto privados quaisquer outras pessoas polticas b) exclusiva quanto s normas gerais, no podendo os Estados ou os Municpios legislar suplementarmente c) inexistente, quanto s normas gerais, tendo em vista a autonomia constitucional dos Estados e Municpios d) concorrente com os Estados e os Municpios e) supletiva da legislao dos Estados e Municpios Questo 14 (ESAF) AFTN/94 Normas gerais de direito tributrio precisam ser reguladas por meio de a) lei complementar federal, que ainda no foi editada, razo por que ainda no existem normas gerais vlidas, estando a Unio, os Estados e demais entes tributantes dispensados de observ-las enquanto o Congresso Nacional no as edite b) lei complementar federal que, conquanto ainda no editada como tal, j existia sob a forma de lei ordinria (Cdigo Tributrio Nacional) e que, por fora de normas constitucionais posteriores, passou a ter a rigidez prpria de lei complementar c) lei ordinria federal que j existia (Cdigo Tributrio Nacional) e que deve ser obrigatoriamente observada pelas leis estaduais e municipais, porm no pelas leis ordinrias federais, j que, sendo da mesma hierarquia, estas podero alterar ou revogar aquele Cdigo d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matria de importncia eminente, que diz respeito organizao do Estado, somente por regra de tal hierarquia podem ser veiculadas e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definio dos tributos de sua competncia, obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios e adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo.

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    Questo 15 (ESAF) PFN/2007 O Cdigo Tributrio Nacional, embora tenha sido criado _____________, foi recebido pelas Constituies como _____________. Normas especiais sobre obrigao, lanamento e crdito tributrios cabem _____________ de cada ente tributante. _____________, decorrente de obras pblicas, poder ser instituda(o), conforme o caso, pela Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Examine as afirmaes e as lacunas supra. Aps, selecione, entre as expresses abaixo, as que preenchem corretamente as lacunas, na devida seqncia. a) como lei ordinria / cdigo / lei complementar / A contribuio de melhoria b) como cdigo / lei complementar / lei complementar / A taxa de obra c) como lei ordinria / lei complementar / legislao ordinria / A contribuio de melhoria d) como ato complementar / cdigo / legislao ordinria / O tributo vinculado e) como lei complementar / lei ordinria / legislao ordinria / A taxa de servio Questo 16 (ESAF) AFTN/98 Escolha, das afirmaes abaixo, qual est de acordo com a teoria da recepo das normas gerais contidas no Cdigo Tributrio Nacional - CTN. a) O CTN continua lei ordinria, mas com fora de lei complementar. b) O CTN continua com fora de lei ordinria. c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas revogvel por lei ordinria. d) Sua fora de lei complementar se adstringe aos conflitos de competncia tributria entre a Unio e os Estados. e) O CTN lei complementar em sentido formal, mas lei ordinria em sentido material. Questo 17 (ESAF) AFTN/98 A Emenda Constitucional n0 18, de 1965, aludia a leis complementares; porm somente a partir da Constituio de 1967 que passou a existir a lei complementar em sentido formal, votada com quorum privilegiado. vista disto, indique, em relao ao Cdigo Tributrio Nacional (CTN, Lei n0 5.172, de 1966), qual concluso e respectiva justificao so simultaneamente corretas. a) As matrias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituio hoje em vigor, continuam em plena vigncia, quando compatveis com as normas constitucionais atuais. b) As matrias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituio hoje em vigor, foram revogadas pelo novo regime, eis que tal Cdigo foi votado como lei ordinria. c) O CTN pode ser revogado por lei ordinria ou medida provisria, pois as leis ordinrias em geral, como a Lei n. 5.172, podem ser revogadas ou modificadas por outras leis de igual hierarquia. d) O CTN pode ser revogado por lei ordinria, mas no por medida provisria, porque a estas defeso tratar de tributos. e) As matrias contidas no CTN, reservadas a leis complementares pela Constituio hoje em vigor, continuam em plena vigncia, porque no revogadas ou modificadas por lei ordinria posterior. Questo 18 (ESAF) AFTN/94.2 O Cdigo Tributrio Nacional (Lei n 5.172, de 25 de outubro de 1966) considerado: a) uma lei complementar Constituio, por fora das normas constitucionais supervenientes, que reservaram a matria nela contida para lei dessa categoria b) uma lei ordinria que adquiriu fora de lei complementar desde a Constituio de 1967 c) uma lei ordinria que, por ter sido aprovada como tal, pode ser livremente alterada por outra d) um Cdigo que somente pode ser derrogado por outro Cdigo, pois o ato Complementar n 36, de 1966, lhe deu esse status e) uma lei federal que no respeitante a impostos estaduais, pode ser alterada por uma lei estadual, por fora do poder de legislar concorrentemente sobre essa matria, prevista na Constituio de 1988

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    Questo 19 (ESAF) TRF/2002.2 Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alneas do primeiro quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a opo correta. V. Imposto sobre transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos. W. Imposto sobre a propriedade de veculos automotores nos Territrios Federais. X. Imposto no previsto no art. 153 da Constituio Federal, criado por Lei Complementar. Y. Taxa em razo do exerccio do poder de polcia. Z. Imposto sobre transmisso inter vivos, por ato oneroso, de bens imveis. 1. Tributo da competncia privativa da Unio. 2. Tributo da competncia privativa dos Municpios. 3. Tributo da competncia comum. 4. Tributo da competncia residual da Unio. 5. Tributo da competncia privativa dos Estados e do Distrito Federal. a) V1 W3 X5 Y2 Z4 b) V5 W1 X4 Y3 Z2 c) V2 W4 X3 Y1 Z5 d) V3 W5 X2 Y4 Z1 e) V4 W2 X1 Y5 Z3 Questo 20 (ESAF) ATM - Fortaleza/2003 A respeito do tema competncia para instituir impostos, correto afirmar: a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituio Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veculos automotores e o imposto sobre transmisso inter vivos de bens imveis situados em seus territrios. b) o imposto sobre servios de transportes intermunicipais de competncia do Municpio em que se iniciarem as prestaes dos servios. c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustveis lquidos e gasosos so de competncia dos Municpios. d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municpios, sem prejuzo da competncia que a Constituio Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. e) por fora de emenda constitucional promulgada recentemente, a competncia para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da Unio para os Estados e o Distrito Federal. Questo 21 (ESAF) Procurador - DF/2007 Assinale a opo correta. O Distrito Federal, entidade integrante da Repblica Federativa do Brasil, pode instituir: a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre transmisso causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuio de melhoria e contribuies sociais de quaisquer espcies. b) impostos extraordinrios, taxas e emprstimos compulsrios. c) imposto sobre doao de quaisquer bens ou direitos; taxas pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis; contribuies de interesse de categorias econmicas. d) contribuio para o custeio de sistemas de previdncia e assistncia social de seus servidores; imposto sobre servios de qualquer natureza; taxas, em razo do exerccio do poder de polcia. e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; contribuio de melhoria; contribuies sociais e contribuio de interveno no domnio econmico.

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    Questo 22 (ESAF) Agente de Fazenda RJ/2010 De acordo com a Constituio Federal, compete aos municpios instituir tributos sobre: a) a propriedade de veculos automotores licenciados em seu territrio. b) a transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens imveis ou direitos a eles relativos, situados em seu territrio. c) operaes relativas a prestaes de servios de transporte intermunicipal. d) a transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio. e) a propriedade territorial rural. Questo 23 (ESAF) AFPS/2002 Em relao ao tema competncia tributria, correto afirmar que: a) a Constituio atribui Unio competncia residual para instituir impostos, contribuies para a seguridade social e taxas. b) a instituio de emprstimos compulsrios requer lei complementar da Unio, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competncia que a Constituio confere a cada um desses entes da Federao. c) para instituir impostos com fundamento na competncia residual, imprescindvel, alm da competncia tributria, veiculao da matria por lei complementar e observncia dos princpios constitucionais da no-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituio, no que se refere a fato gerador e base de clculo. d) somente a Unio tem competncia residual para instituir impostos. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municpios tm competncia para instituir impostos, taxas, contribuio de melhoria e contribuio de interveno no domnio econmico, que a Constituio lhes reserva. Questo 24 (ESAF) GESTOR MG/2005 A Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 CRFB/88 atribuiu competncia aos Estados para instituir: I. imposto sobre a transmisso de bens inter vivos. II. taxa, pelo exerccio do poder de polcia. III. imposto sobre a transmisso de bens causa mortis. IV. contribuio previdenciria. So corretos apenas os itens: a) II e III b) II, III e IV c) I, II e IV d) I e II e) I, II e III Questo 25 (ESAF) AFTM Natal/2001 Inclui-se na competncia tributria dos Municpios a instituio de a) Emprstimo compulsrio b) Imposto sobre a propriedade de veculos automotores c) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana d) Imposto sobre a propriedade territorial rural e) Imposto sobre servio de transporte intermunicipal e de comunicao

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    Questo 26 (ESAF) AFRF/2002.02 Compete ao Municpio o imposto sobre a) a transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens imveis ou direitos a eles relativos, situados em seu territrio. b) operaes relativas a prestaes de servios de transporte intramunicipal. c) a propriedade de veculos automotores licenciados em seu territrio. d) a transmisso inter vivos, relativamente a bens mveis, ttulos e crditos, se em seu territrio tiver domiclio o transmitente, ou ao Distrito Federal. e) a transmisso inter vivos por ato oneroso, de bens imveis, exceto a dos imveis por definio legal. Questo 27 (ESAF) AFRF/2002

    Observe os quadros abaixo e procure relacionar cada uma das alneas do primeiro quadro com as do segundo. Atente para a possibilidade de haver mais de uma vinculao possvel, isto , mais de uma alnea pode estar vinculada a um mesmo ente tributante ou vice-versa. ( 1 quadro ) Estas competncias... v) instituir taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio; w) dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre as pessoas polticas; x) estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios; y) legislar sobre impostos municipais; z) instituir contribuies de seguridade social, mas apenas para seus servidores, destinadas o custeio, em benefcio destes, de sistemas de previdncia e assistncia social. ( 2 quadro ) A Constituio atribuiu aos seguintes entes: 1 - Unio. 2 - aos Municpios e ao Distrito Federal ou, excepcionalmente, Unio. 3 - aos Municpios, aos Estados, ao Distrito Federal e Unio. 4 - ao Distrito Federal e aos Estados. 5 - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios. (so) errada(s) a(s) seguinte(s) vinculao(es): a) v1, v2 e v4 b) w1 c) x1 d) z5 e) y3 Questo 28 - (ESAF) AFRF/2002 Se no cabealho dos quadros da questo anterior estivesse o advrbio exclusivamente (Estas competncias a Constituio atribuiu exclusivamente aos seguintes entes), estaria certa a seguinte vinculao: a) v2 b) w3 c) x1 d) y5 e) z3

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    Questo 29 (ESAF) AFRF/2000

    Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a opo correspondente. ( ) Compete Unio legislar sobre o IPVA (o imposto sobre veculos automotores), reminiscncia de sua antiga competncia para legislar sobre a TRU (Taxa Rodoviria nica). ( ) Distrito Federal no tem competncia para instituir e legislar sobre qualquer imposto que incida sobre a doao de jias e pedras preciosas. ( ) Compete aos Estados legislar sobre o imposto sobre a doao de dinheiro. a) Os trs assertos acima so verdadeiros. b) Os trs assertos so falsos. c) Os dois primeiros assertos so falsos e o outro no. d) Os dois primeiros assertos so verdadeiros e o outro no. e) Os dois ltimos assertos so verdadeiros e o primeiro no. Questo 30 (ESAF) Procurador - Fortaleza/2002

    Em relao aos tributos municipais e competncia para institu-los, correto afirmar que nos termos da Constituio Federal: a) o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana poder ter alquotas diferentes em razo da localizao e do uso do imvel, vedada a progressividade em razo do valor do imvel. b) Cabe aos Municpios instituir impostos sobre servios de qualquer natureza, inclusive sobre servios de transporte intermunicipal, desde que definidos em lei complementar. c) vedado aos Municpios instituir taxas que recaiam sobre templos de qualquer culto. d) Aos Municpios conferida a competncia para instituir impostos sobre imveis urbanos de propriedade da Unio, dos Estados e do Distrito Federal, que se localizem em seus territrios. e) Compete aos Municpios instituir impostos sobre transmisso inter vivos , a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio. Questo 31 (ESAF) Auditor TCE ES/2001

    No que concerne aos impostos sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, assinale a opo que apresenta os seguimentos aos quais atribuda competncia quando essas operaes e prestaes se iniciam no exterior. a) Distrito Federal e Estados b) Municpios e Distrito Federal c) Unio e Distrito Federal d) Unio e Municpios e) Estados e Unio Questo 32 (ESAF) Procurador DF/2007

    O Distrito Federal, com o advento da Constituio Federal de 1988, assumiu titularidade de pessoa jurdica pblica com capacidade poltica e gozo de ampla autonomia e governabilidade. Deixou, portanto, de ser, apenas, sede administrativa da Unio. Em conseqncia dessa nova estrutura constitucional que lhe foi atribuda, assinale a opo correta. a) O Distrito Federal, por meio de sua Cmara Legislativa, tem competncia para editar lei sobre o pagamento de IPVA, quando ausente Lei Complementar da Unio estabelecendo normas gerais. b) O exerccio da competncia tributria do Distrito Federal pode ser limitado por Lei Complementar c) A Cmara Legislativa do Distrito Federal tem ampla competncia, em concreto, para instituir s os impostos que a Constituio autoriza os Estados a cobr-los. d) O Distrito Federal no tem competncia concorrente para instituir a cobrana de custas dos servios forenses prestados pelo Poder Judicirio local, mesmo quando a Unio permanea omissa em estabelecer, por Lei Complementar, normas gerais a respeito. e) A inrcia da Unio em regulamentar a matria tributria prevista no art. 24 da Constituio Federal, redao atual, impedir o Distrito Federal de, exercendo competncia concorrente, legislar, de modo especfico, sobre atualizao do valor do ICMS.

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    Questo 33 (ESAF) ATRF/2009 O art. 154, inciso I, da Constituio Federal, outorga Unio o que se costuma chamar de competncia tributria residual, permitindo que institua outros impostos que no os previstos no art. 153. Sobre estes impostos, incorreto afirmar que: a) Estados e Municpios no possuem competncia tributria residual. b) Tero de ser, necessariamente, no-cumulativos. c) No podero ter base de clculo ou fato gerador prprios dos impostos j discriminados na Constituio Federal. d) Caso sejam institudos por meio de medida provisria, esta dever ser convertida em lei at o ltimo dia til do exerccio financeiro anterior ao de incio de sua cobrana. e) Para a instituio de tais impostos, h que se respeitar o princpio da anterioridade. Questo 34 (ESAF) Analista - SUSEP/2010 A Constituio Federal, em seu art. 154, inciso I, prev a criao de impostos que no os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de competncia da Unio). Sobre esta competncia, usualmente denominada na doutrina competncia residual, incorreto afirmar-se que: a) o exerccio da competncia residual reservado ao legislador ordinrio, e no ao constituinte derivado. b) consoante entendimento firmado no mbito do Supremo Tribunal Federal, a no-cumulatividade e o no bis-in-idem no precisam ser observados quando da criao de um novo imposto por meio de emenda constitucional. c) a exigncia de lei complementar inafastvel e, diferentemente do que ocorre para os impostos discriminados, que tm apenas os seus fatos geradores, bases de clculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituio de novo imposto pela Unio, no exerccio de sua competncia residual, exige-se que tambm a alquota seja prevista em lei complementar. d) admite-se, excepcionalmente, a instituio de novos impostos, no exerccio da competncia residual, por meio de medida provisria. e) a criao de novo imposto, no exerccio da competncia residual, fica sujeita ao princpio da anterioridade. Questo 35 (ESAF) AFTE PA/2002 A Constituio Federal atribui a denominada competncia residual ou remanescente, quanto aos impostos ______1______, e, no que se refere s taxas e s contribuies de melhoria, _______2_______. a) 1 aos Estados-membros, 2 Unio b) 1 Unio, 2 aos Municpios c) 1 ao Distrito Federal, 2 aos Estados-membros d) 1 Unio, 2 aos Estados-membros e) 1 aos Estados-membros, 2 aos Municpios Questo 36 (ESAF) AFRF/20009 Diversos fatos podem resultar na desonerao tributria. Assinale, entre as que se seguem, a forma de desonerao tributria pela qual no nascem nem a obrigao tributria, nem o respectivo crdito por fora do no-exerccio da competncia a que tem direito o poder tributante. a) Imunidade. b) No-incidncia. c) Iseno. d) Alquota zero. e) Remisso.

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    Questo 37 (ESAF) SEFAZ - CE/2007

    A norma que impede que a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios tributem, reciprocamente, seus patrimnios, rendas ou servios, denomina-se a) imunidade. b) iseno. c) norma geral anti-elisiva. d) anistia. e) no-incidncia. Questo 38 (ESAF) AFTN/96

    Quanto s imunidades tributrias, procedente afirmar que: a) so reguladas exclusivamente mediante lei ordinria federal; b) no se aplicam s taxas e s contribuies sociais; c) podem ser institudas por intermdio de lei complementar; d) so extensivas aos partidos polticos, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados ou no a suas finalidades essenciais; e) so normas constitucionais que colaboram no desenho das competncias impositivas Questo 39 (ESAF) TRF/2006 adaptada

    Em relao s imunidades, avalie as afirmaes abaixo e, em seguida, marque a opo correta. I. A diferena bsica entre imunidade e iseno est em que a primeira atua no plano da definio da competncia, e a segunda no plano do exerccio da competncia. II. As imunidades podem ser definidas em funo de condies pessoais de quem venha a vincular-se s situaes materiais que ensejariam a tributao. III. As imunidades podem ser definidas em funo do objeto suscetvel de ser tributado. IV. A Constituio, ao definir a competncia, excepciona determinadas situaes que, no fosse a imunidade, estariam dentro do campo da competncia, mas por fora da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do poder de tributar. a) Todos os itens esto corretos. b) H apenas um item correto. c) H dois itens corretos. d) H trs itens corretos. e) Todos os itens esto errados. Questo 40 (ESAF) AFE - PA/2002

    correto afirmar que, por meio da ___________, opera-se a dispensa legal de pagamento do tributo devido, pressupondo crdito tributrio regularmente constitudo. a) iseno. b) prescrio. c) remisso. d) anistia. e) decadncia. Questo 41 (ESAF) AFRF/2002 lcito ao ente tributante a) instituir distino em razo de ocupao profissional ou funo exercida pelo contribuinte, desde que prevista em lei adequada denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos. b) cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da norma jurdica que os houver institudo ou aumentado, desde que expressa a lei que os tenha previsto. c) estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, mediante cobrana de pedgios,interestaduais ou intermunicipais, pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico. d) cobrar imposto no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. e) exigir ou aumentar tributo mediante decreto ou ato administrativo, desde que publicado antes do incio do exerccio em que ser cobrado.

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    Questo 42 (ESAF) AFTE - RN/2005

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Cabe Unio exigir o imposto sobre produtos industrializados antes de decorridos noventa dias da data de publicao da lei que o majorar? Empresa pblica federal goza de imunidade tributria no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados s suas atividades que no tenham fins lucrativos? Cabe aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer hiptese de imunidade tributria em relao a fato que esteja sujeito incidncia do imposto sobre propriedade de veculos automotores? As contribuies sociais para a seguridade social s podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data de publicao da lei que as houver institudo ou aumentado? a) No, sim, no, no b) No, no, no, sim c) Sim, sim, sim, no d) Sim, no, sim, sim e) Sim, sim, no, no Questo 43 (ESAF) AFRF/2003

    O Cdigo Tributrio Nacional admite que por ato de autoridade administrativa seja suspensa a aplicao da imunidade tributria instituio de assistncia social, sem fins lucrativos, que distribuir qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer ttulo?

    A Constituio Federal veda Unio conceder incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio do desenvolvimento scio-econmico entre as diferentes regies do Pas?

    Na iminncia ou no caso de guerra externa, vedado Unio instituir impostos extraordinrios no compreendidos em sua competncia tributria?

    a) Sim, no, sim b) Sim, sim, no c) Sim, no, no d) No, no, sim e) No, sim, no Questo 44 (ESAF) AFRF/2003

    Entidade fechada de previdncia privada, que s confere benefcios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuies pactuadas, goza de imunidade tributria?

    Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, filmes fotogrficos destinados composio de livros, jornais e peridicos esto abrangidos por imunidade tributria?

    A Constituio Federal veda a instituio de contribuio social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurdicas, que decorra de comercializao de livros, jornais, peridicos e papel destinado a sua impresso?

    a) No, sim, no. b) No, no, sim. c) No, no, no. d) Sim, sim, no. e) Sim, no, sim.

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    Questo 45 (ESAF) TRF/2002.2 Avalie a correo das afirmaes abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opo que contenha a seqncia correta. A Constituio Federal de 1988 veda ( ) o estabelecimento de limitaes ao trfego de pessoas, capitais ou bens por meio de impostos. ( ) a instituio de tributo sobre o patrimnio, a renda ou servios dos partidos polticos, das entidades sindicais e das instituies de educao e de assistncia social. ( ) a instituio de imposto que no seja uniforme em todo o territrio estadual ou municipal do ente poltico criador do imposto, admitida a concesso de incentivos fiscais para a correo dos desequilbrios regionais scio-econmicos. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) V, F, V Questo 46 Fiscal de Rendas - RJ/2010 Sobre as limitaes constitucionais ao poder de tributar, correto afirmar que: a) apenas mediante lei possvel instituir ou aumentar tributo. b) nos tributos de competncia da Unio, no se admitem discriminaes regionais ou locais com relao aos mesmos fatos geradores ou bases de clculo. c) as fundaes pblicas institudas pela Unio so imunes de impostos estaduais. d) a imunidade recproca de impostos entre os entes da federao brasileira abrange todas as rendas de todos eles, salvo se decorrentes de ganhos em aplicaes financeiras. e) inclusive conforme a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, a imunidade dos templos de qualquer culto tem interpretao ampla e finalstica. Questo 47 (ESAF) Procurador TCE-GO/2007

    Entre as afirmativas abaixo, relativas imunidade e isenes tributrias, assinale a correta. a) Os partidos polticos so entidades imunes, benefcio que no se estende s suas fundaes. b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos no extensiva aos aluguis de apartamento de sua propriedade revertidos s suas finalidades institucionais. c) A imunidade tributria incidente sobre livros s extensvel ao papel nele utilizado se a obra tiver fins didtico-educacionais. d) A iseno por prazo certo e em funo de determinadas condies atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido. e) A empresa pblica Caixa Econmica Federal, que exerce atividade econmica, abrangida pela imunidade tributria recproca, no se sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veculos automotores incidentes sobre seus carros. Questo 48 AFTE - RN/2005

    Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A imunidade tributria conferida pela Constituio Federal a instituies de assistncia social sem fins lucrativos somente alcana as entidades fechadas de previdncia social privada se no houver contribuio dos beneficirios. ( ) permitido Unio exigir imposto sobre a renda auferida por Municpios que provenha de aluguel de imveis a eles pertencentes. ( ) O imvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, V. d) F, F, V. e) F, V, F.

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    Questo 49 (ESAF) TRF/2002

    Assinale a opo correta. a) As empresas pblicas, as sociedades de economia mista e suas subsidirias gozaro dos privilgios tributrios estabelecidos em lei complementar. b) As empresas pblicas, as sociedades de economia mista e suas subsidirias gozaro dos privilgios fiscais estabelecidos em lei complementar. c) As empresas pblicas, as sociedades de economia mista e suas subsidirias gozaro dos privilgios tributrios estabelecidos em lei, desde que extensivos s do setor privado. d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam de imunidade quanto aos tributos dos outros entes polticos em decorrncia da imunidade recproca. e) O regime jurdico tributrio das empresas pblicas e das sociedades de economia mista que explorem atividade econmica de produo ou de comercializao de bens estabelecido em norma complementar da legislao tributria.

    Questo 50 (ESAF) ATM - Recife/2003

    vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios instituir impostos sobre patrimnio, renda ou servios das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, tal imunidade tributria subordinada observncia, pelas referidas instituies, do seguinte requisito, entre outros: a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manuteno dos seus objetivos institucionais. b) no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer ttulo. c) no caso de instituies de educao, oferecerem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes. d) no remunerarem seus empregados com salrios superiores aos pagos por empresas pblicas, em se tratando de cargos de iguais atribuies. e) no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a ttulo de lucro ou participao no seu resultado.

    Questo 51 (ESAF) AFTN/94

    As seguinte medidas: (I) a tributao da renda das obrigaes da dvida pblica dos Estados em nveis superiores aos que fixar para as suas obrigaes, (II) a instituio de isenes de tributos de competncia dos Estados; (III) a concesso de incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio do desenvolvimento scio-econmico entre as vrias regies do Pas, (IV) a criao, em Territrio Federal, de impostos da competncia estadual classificam-se, pela ordem, como: a) permitida, vedada, vedada e permitida Unio b) vedada, permitida, vedada e vedada Unio c) vedada, permitida, permitida e vedada Unio d) permitida, vedada, vedada e vedada Unio e) vedada, vedada, permitida e permitida Unio

    Questo 52 (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010

    Sobre a imunidade constitucional recproca, que veda a instituio e a cobrana de impostos pelos entes tributantes sobre o patrimnio, a renda ou os servios, uns dos outros, incorreto afirmar que: a) a imunidade tributria recproca alcana apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributria s operaes financeiras no impede a autoridade fiscal de examinar a correo do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder dever de constituir o crdito tributrio e de tomar as demais medidas legais cabveis. b) a imunidade tributria recproca extensiva s autarquias, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. c) a imunidade constitucional recproca alcana as empresas pblicas prestadoras de servio pblico, bem como as empresas pblicas que exercem atividade econmica em sentido estrito. d) a imunidade tributria recproca diz respeito aos impostos, no alcanando as contribuies. e) a imunidade tributria recproca aplica-se s operaes de importao de bens realizadas por municpios, quando o ente pblico for o importador do bem (identidade entre o contribuinte de direito e o contribuinte de fato).

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    Questo 53 - (ESAF) APO - MPOG/2008

    A competncia tributria, assim entendida como o poder que os entes polticos Unio, Estados- Membros, Distrito Federal e Municpios tm para instituir tributos, no ilimitada. Ao contrrio, encontra limites na Constituio Federal, entre os quais destacamos o princpio da legalidade tributria, segundo o qual nenhum tributo poder ser institudo ou majorado a no ser por lei. Porm, a prpria Constituio Federal excetua da obrigatoriedade de ser majorados por lei (podendo s-lo por ato do Poder Executivo) alguns tributos. So exemplos desses tributos: a) imposto sobre renda e proventos / imposto sobre importao de produtos estrangeiros / contribuio para o PIS/PASEP. b) imposto sobre produtos industrializados / CIDE combustvel / contribuio para o PIS/PASEP. c) imposto sobre importao de produtos estrangeiros / imposto sobre exportao de produtos nacionais ou nacionalizados / imposto sobre renda e proventos. d) CIDE combustvel / imposto sobre produtos industrializados / imposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguros. e) contribuio para o PIS/PASEP / imposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguros/ imposto sobre produtos industrializados. Questo 54 (ESAF) Analista Jurdico CE/2007

    O princpio constitucional da legalidade preceitua que a instituio ou a majorao de tributos dever ser estabelecida por lei. Com relao majorao de alquotas, porm, a prpria Constituio Federal prev que alguns tributos podero t-la por meio de decreto presidencial. Entre estes, no se inclui: a) Imposto de Importao. b) Imposto Territorial Rural. c) Imposto sobre Operaes Financeiras. d) Contribuio de Interveno no Domnio Econmico Sobre Combustveis. e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

    Questo 55 (ESAF) AFRF/2005

    Ainda que atendidas as condies e os limites estabelecidos em lei, vedado ao Poder Executivo alterar as alquotas do imposto sobre a) importao de produtos estrangeiros. b) exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. c) propriedade territorial rural. d) operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios. e) produtos industrializados.

    Questo 56 (ESAF) AFTE MG/2005

    Assinale a opo correta. O princpio segundo o qual vedado cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado (art. 150,III, a da CRFB/88) o da: a) anterioridade. b) irretroatividade. c) anualidade. d) imunidade recproca. e) legalidade.

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    Questo 57 (ESAF) Analista Contbil CE/2007

    O princpio constitucional da anterioridade, corolrio da segurana jurdica, estabelece que os entes tributantes Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios no podero exigir tributo no mesmo exerccio financeiro em que tenha sido publicada a lei que o tenha institudo ou aumentado. No tocante possibilidade de majorao de tributos no mesmo exerccio financeiro em que tenha sido publicada a lei que os tenha aumentado, porm, a prpria Constituio Federal estabeleceu algumas excees. Entre os itens a seguir, assinale aquele que no constitui exceo ao referido princpio. a) Imposto sobre produtos industrializados. b) Contribuio de interveno no domnio econmico, cobrada sobre combustveis. c) Imposto de exportao. d) Emprstimo compulsrio para despesas extraordinrias decorrentes de calamidade pblica. e) Emprstimo compulsrio para despesas de investimento pblico de carter urgente e relevante interesse nacional.

    Questo 58 (ESAF) APO - MPOG/2010

    De acordo com a Constituio Federal, no se pode cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado. Trata-se do princpio da anterioridade tributria. Entretanto, a prpria Constituio estabelece que ato do Poder Executivo pode elevar alquotas de determinados tributos, como, por exemplo: a) Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e contribuio social sobre o lucro lquido. b) Imposto sobre produtos industrializados, contribuio de interveno no domnio econmico sobre combustveis e imposto sobre importaes. c) Imposto sobre importaes, imposto sobre exportaes e imposto sobre a renda. d) Imposto sobre importaes, imposto sobre a renda e imposto sobre produtos industrializados. e) Contribuio de interveno no domnio econmico sobre combustveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportaes. Questo 59 (ESAF) PFN/2007

    Das formulaes abaixo, assinale a que no se inclui entre os contedos normativos que a Constituio considera, relaciona e tipifica, na Seo II, do Captulo I, do seu Ttulo VI, como Limitaes do Poder de Tributar. a) vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea. b) vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios instituir impostos sobre patrimnio, renda ou servios, uns dos outros. c) vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios instituir isenes de tributos da competncia da Unio, bem como da competncia de uns e outros. d) A lei determinar medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servios. e) vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino.

    Questo 60 (ESAF) AFM - Natal/2008

    O Governador do Estado de Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro de 2007, em ateno s Constituies Estadual e Federal, medida provisria visando majorao de imposto estadual. A norma entrou em vigor na data de sua publicao. O Poder Legislativo Estadual, porm, somente converteu a medida provisria em lei no dia 20 de fevereiro de 2008. Em face da situao hipottica e considerando os parmetros de vigncia e aplicao da legislao tributria, aponte em que data o aumento poder ser efetivamente cobrado. a) 1 de janeiro de 2008. b) 4 de fevereiro de 2008. c) 20 de maio de 2008. d) 1 de janeiro de 2009. e) 31 de maro de 2009.

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    Questo 61 (ESAF) AFRF/2009

    Entre as limitaes constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em relao ao fisco, incorreto afirmar que: a) os impostos sobre o patrimnio podem ser confiscatrios, quando considerados em sua perspectiva esttica. b) uma alquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo, no significa necessariamente confisco. c) o imposto de transmisso causa mortis, na sua perspectiva dinmica, pode ser confiscatrio. d) o princpio do no-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princpio da progressividade, j que exige equilbrio, moderao e medida na quantificao dos tributos. e) a identificao do efeito confiscatrio no deve ser feita em funo da totalidade da carga tributria, mas sim em cada tributo isoladamente.

    Questo 62 (ESAF) ATRFB/2009

    A Constituio Federal, entre outras limitaes ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer, veda o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente. Sobre a isonomia, correto afirmar que: a) diante da regra mencionada, o tratamento tributrio diferenciado dado s microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo, deve ser considerado inconstitucional. b) no se permite a distino, para fins tributrios, entre empresas comerciais e prestadoras de servios, bem como entre diferentes ramos da economia. c) para que um tratamento tributrio diferenciado (iseno, por exemplo) seja justificado, no necessrio haver correlao lgica entre este e o elemento de discriminao tributria. d) em razo do princpio constitucional da isonomia, no deve ser diferenciado, por meio de isenes ou incidncia tributria menos gravosa, o tratamento de situaes que no revelem capacidade contributiva ou que meream um tratamento fiscal ajustado sua menor expresso econmica. e) a iseno, como causa de excluso do crdito tributrio, , por sua prpria natureza, fator de desigualao e discriminao entre pessoas, coisas e situaes. Nem por isso, no entanto, as isenes so inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em mira o interesse ou a convenincia pblica na aplicao da regra da capacidade contributiva ou no incentivo de determinadas atividades de interesse do Estado.

    Questo 63 Fiscal de Rendas - RJ/2010

    O princpio da isonomia tributria, previsto no art. 150, inciso II, da Constituio, probe o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente. Entretanto, tal princpio exige a sua leitura em harmonia com os demais princpios constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto, que: a) em matria tributria, as distines podem se dar em funo da capacidade contributiva ou por razes extrafiscais que estejam aliceradas no interesse pblico. b) relativamente s microempresas e empresas de pequeno porte, a Constituio prev que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar, inclusive com regimes especiais ou simplificados. c) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e s entidades financeiras, no tocante contribuio previdenciria sobre a folha de salrios, no fere o princpio da isonomia tributria, ante a expressa previso constitucional. d) determinado segmento econmico prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor no permite tratamento tributrio diferenciado sem ofensa ao princpio da isonomia. e) a proibio de importao de veculos usados no configura afronta ao princpio da isonomia.

    Questo 64 (ESAF) AFTE PA/2002

    Publicada lei que institua ou majore contribuio social para a seguridade social, poder ser aplicada somente a) no exerccio financeiro seguinte. b) decorrido o prazo de trs meses. c) decorrido o prazo de noventa dias. d) decorrido o prazo de quarenta e cinco dias. e) decorrido o prazo de trinta dias.

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    Questo 65 (ESAF) AFTE MG/2005 Considerando os temas limitaes constitucionais ao poder de tributar, competncia tributria, princpios constitucionais tributrios e imunidades, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) Decreto que reduz o prazo de recolhimento de imposto inconstitucional, porque o prazo integra as exigncias do princpio da legalidade. ( ) A competncia tributria no exercida por um ente da Federao poder ser delegada a outro. ( ) O imposto sobre produtos industrializados IPI e o imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao ICMS esto sujeitos ao princpio da no-cumulatividade, em funo da essencialidade do produto. ( ) vedado aos Estados institurem contribuio de melhoria. a) V, F, F, F b) V, F, F, V c) F, V, F, F d) F, F, V, F e) F, F, F, F Questo 66 (ESAF) AFTE RN/2005 - adaptada Marque a resposta correta, considerando as formulaes abaixo. I. Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigao tributria no se sujeita ao princpio da anterioridade. II. inconstitucional a lei que estabelece alquotas progressivas para o imposto de transmisso inter vivos de bens imveis (ITBI) com base no valor venal do imvel. a) As duas assertivas so verdadeiras. b) As duas assertiva so falsas. c) Somente I verdadeira. d) Somente II verdadeira. Questo 67 (ESAF) AFTN/96 O princpio da legalidade no se aplica, em toda a sua extenso a) aos impostos de importao e exportao, imposto sobre produtos industrializados e imposto extraordinrio decorrente de guerra b) aos impostos de importao e exportao, ao imposto sobre produtos industrializados e ao imposto sobre operaes financeiras c) s taxas e contribuies de melhoria d) aos impostos de importao e exportao, imposto sobre produtos industrializados e imposto extraordinrio de guerra e) s taxas e contribuies sociais Questo 68 (ESAF) AFRF/2000 ( ) Ser admitido tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao equivalente, desde que a distino se d em razo de ocupao. ( ) Admite-se a exigncia de impostos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, desde que a lei preceda 90 dias em relao cobrana. ( ) vedado o estabelecimento de limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo Poder Pblico. a) V, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) F, F, F e) V, F, F

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    Questo 69 AFTN/98 Assinale a resposta que preencha corretamente as duas lacunas. A majorao __________ est sujeita ao princpio da anterioridade ___________. a) do imposto de transmisso de bens imveis da lei em relao cobrana, mas a lei pode ter sido publicada no mesmo exerccio em que a cobrana se realiza. b) do imposto de importao anual, s podendo ser exigida se a lei majoradora estiver em vigor antes do incio do exerccio da cobrana. c) do imposto de renda anual, sendo indispensvel que a lei majoradora esteja em vigor antes do incio da cobrana, no bastando ter sido publicada anteriormente a esse incio. d) do imposto de exportao anual em relao cobrana, devendo a lei ter sido publicada antes do exerccio em que a cobrana se realiza. e) da contribuio para a previdncia social de 90 dias da publicao da lei majoradora, no podendo ser exigida antes desse nonagintdio. Questo 70 (ESAF) AFTN/94.2

    As prescries que seguem referem-se respectivamente aos princpios da: I - defeso cobrar tributos em relao a fatos geradores ocorridos antes do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado. II - defeso cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. III - defeso Unio cobrar tributo que no seja homogneo em todo o territrio nacional. a) irretroatividade, anualidade e uniformidade geogrfica. b) anualidade, irretroatividade e igualdade. c) anterioridade, legalidade e territorialidade da tributao. d) irretroatividade, anterioridade e uniformidade geogrfica. e) legalidade, irretroatividade e da no-discriminao em razo da procedncia e do destino dos bens. Questo 71 (ESAF) AFTN/94

    Podem ter suas alquotas alteradas por ato administrativo, vigorando o aumento de imediato, sem obedecer ao princpio da anterioridade a) o imposto de importao, o de exportao, o IPI e o ICMS b) o imposto de renda, o imposto de importao, o de exportao, o IPI e o IOF c) o imposto de importao, o de exportao, o ICMS e o imposto extraordinrio de guerra d) os emprstimos compulsrios para investimentos relevantes, o imposto extraordinrio de guerra, o IPI e o ICMS e) o imposto sobre produtos industrializados, o imposto sobre operaes financeiras, o imposto de importao e o de exportao Questo 72 (ESAF) AFRF/2002.2

    O estabelecimento, em carter geral, da definio da base de clculo e do fato gerador dos impostos discriminados na Constituio h de ser feito por a) lei complementar federal, em todos os casos. b) exclusivamente por lei complementar federal, para a Unio, e por lei complementar estadual para os Estados e Municpios. c) apenas em lei ordinria federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em vista o princpio da autonomia dos Estados e Municpios. d) lei delegada, medida provisria ou lei ordinria federal em qualquer caso. e) lei delegada, medida provisria ou lei ordinria federal quanto aos tributos da Unio, por lei estadual ou convnios para os Estados, e por lei municipal, para os Municpios.

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    Questo 73 (ESAF) AFRF/2000

    O Cdigo Tributrio Nacional, editado como uma lei ordinria (Lei n. 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime inaugurado pela Constituio de 1988 como: a) lei ordinria, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisria, pois tm a mesma hierarquia. b) lei ordinria, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominao, que passou a ser Cdigo Tributrio Nacional. c) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais ento em vigor. d) lei complementar, por ser um Cdigo e, pelas normas constitucionais em vigor data de sua edio, os projetos de Cdigo tinham tramitao especial. e) lei complementar, porque essa Constituio exigiu tal espcie de lei para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em matria de legislao tributria. Questo 74 (ESAF) AFTE MS/2001

    Na defesa de seus interesses econmicos, os Estados podem: a) Estabelecer limitaes ao trfego de bens, por meio de tributos intermunicipais. b) Estabelecer diferena tributria entre bens, em razo de sua procedncia. c) Dar carter de seletividade, em funo da essencialidade das mercadorias, a imposto de sua competncia. d) Em caso de calamidade pblica, instituir imposto novo, temporrio, destinando cinqenta por cento (50%) da arrecadao aos Municpios. e) Conceder iseno geral dos impostos estaduais e municipais, mediante lei complementar. Questo 75 (ESAF) AUDITOR TCE - GO/2007 Sobre o Sistema Constitucional Tributrio, incorreto afirmar que a) competem Unio, em Territrio Federal, os impostos estaduais e, se o Territrio no for dividido em Municpios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. b) os Municpios e o Distrito Federal podero instituir contribuio, na forma das respectivas leis, para custeio do servio de iluminao pblica, sendo facultada a cobrana na fatura de consumo de energia eltrica. c) cabe lei complementar estabelecer normas gerais em matria tributria sobre o adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) a aplicao dos recursos provenientes de emprstimo compulsrio no ser vinculada despesa que fundamentou sua instituio. e) a Constituio Federal no permite a edio de lei complementar que defina tratamento diferenciado e favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte.

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    D B A E C B C A E A E D D* B C

    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    A A B B D D D D B C B E C C E

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    A A D D D B A E A A C B C A D

    46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

    E D C C B E C D B C B E B C D

    61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75

    E E D C E A B C E D E A E C D

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    QUESTES COMENTADAS

    Aula 01: Limitaes constitucionais do poder de tributar. Competncia Tributria.

    Questo 01 - (ESAF) AFRF(TI)/2005 Competncia tributria o poder que a Constituio Federal atribui a determinado ente poltico para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hiptese de incidncia, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de clculo e a alquota. Sobre a competncia tributria, avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra. ( ) O no-exerccio da competncia tributria por determinada pessoa poltica autoriza a Unio a exercitar tal competncia, com base no princpio da isonomia. ( ) A pessoa poltica que detm a competncia tributria para instituir o imposto tambm competente para aument-lo, diminu-lo ou mesmo conceder isenes, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F b) F, F, V c) F, V, V d) V, F, V e) V, V, V Comentrios

    A ESAF costuma cobrar o tema competncia tributria de forma

    bem direta, bastando o conhecimento dos arts. 6 a 8 do CTN. No

    entanto, geralmente mistura os conceitos de competncia tributria

    com capacidade tributria ativa. Torna-se imperativo, portanto,

    efetuarmos a distino entre estes institutos.

    Competncia tributria

    A competncia tributria consiste no poder conferido pela

    Constituio aos entes polticos (Unio, Estados, DF e Municpios) para

    institurem seus tributos.

    Conforme estudamos na aula anterior, o tributo uma

    prestao instituda em lei. Dessa forma, podemos inferir que a

    competncia tributria a prerrogativa prevista na Constituio

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    Federal que possibilita aos entes federados editarem leis instituindo

    seus tributos. Assim prev o art. 6 do CTN:

    Art. 6 A atribuio constitucional de competncia

    tributria compreende a competncia legislativa plena,

    ressalvadas as limitaes contidas na Constituio Federal, nas

    Constituies dos Estados e nas Leis Orgnicas do Distrito

    Federal e dos Municpios, e observado o disposto nesta Lei.

    Observe, de incio, que por se tratar de uma competncia

    legislativa compreende uma faculdade. O ente poltico no est

    obrigado a exercer a sua competncia tributria. Entretanto, s

    poder instituir tributos e, consequentemente, arrecadar para custear

    os gastos pblicos quando a exercer, mediante a edio de lei

    instituidora de tributo.

    Na hiptese de no-exerccio dessa competncia, no ocorre a

    transferncia para que outro ente possa utiliz-la. Assim, na omisso

    da pessoa poltica que detm a competncia no h que se falar em

    transferncia a ente diverso.

    Alm disso, o ente poltico competente para instituir

    determinado tributo no pode delegar este poder, conferido pela

    Constituio, para que outro o faa em seu lugar. Temos, assim, que

    a competncia tributria indelegvel.

    Logo, a competncia tributria indelegvel tanto por

    ao como por omisso.

    Essa a inteligncia do art. 8 do CTN:

    Art. 8 O no-exerccio da competncia tributria no a defere a

    pessoa jurdica de direito pblico diversa daquela a que a

    Constituio a tenha atribudo.

    J o art. 7, determina:

    Art. 7 A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio

    das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar

    leis, servios, atos ou decises administrativas em matria

    tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a

    outra, nos termos do 3 do artigo 18 da Constituio.

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    1 A atribuio compreende as garantias e os privilgios

    processuais que competem pessoa jurdica de direito pblico

    que a conferir.

    2 A atribuio pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato

    unilateral da pessoa jurdica de direito pblico que a tenha

    conferido.

    3 No constitui delegao de competncia o cometimento, a

    pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar

    tributos.

    Percebemos que, apesar da impossibilidade de delegao da

    competncia tributria, eis que esta definida na prpria

    Constituio, o CTN prev a possibilidade de delegao de algumas

    atividades da Administrao Tributria. Estas atividades compem a

    denominada capacidade tributria ativa.

    Capacidade tributria ativa

    No obstante a impossibilidade de delegao da competncia

    tributria, o Cdigo Tributrio Nacional permite a atribuio das

    funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,

    servios, atos ou decises administrativas em matria tributria.

    Assim, podemos dizer que a capacidade tributria ativa a atribuio

    de atuar no plo ativo da relao tributria, com poderes de cobrar e

    fiscalizar tributos, alm dos privilgios e garantias processuais

    inerentes pessoa poltica que detm a competncia tributria.

    Todavia, devemos observar que, por determinao do prprio

    CTN, a delegao da capacidade tributria ativa s pode ser efetuada

    a outra pessoa jurdica de Direito Pblico (autarquias e fundaes

    pblicas de Direito Pblico, por exemplo) e no a entidades de Direito

    Privado (como empresas pblicas ou sociedades de economia mista).

    Alm disso, tal delegao pode ser revogada a qualquer tempo, a

    critrio da pessoa poltica que detm a competncia. Nessa situao,

    passa a atuar novamente na cobrana, fiscalizao e execuo das

    suas prprias leis tributrias.

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    Passemos agora anlise das assertivas.

    I Verdadeira. Descrio do caput do art. 7 do CTN.

    II Falsa. Conforme exposto, na inrcia do ente competente para

    instituir determinado tributo no h transferncia para ente diverso. O

    enunciado contrrio ao art. 8 do CTN.

    III Verdadeira. A competncia tributria constitui uma competncia

    legislativa. Por conseguinte, permite tanto a instituio dos tributos

    como a majorao, reduo, concesso de iseno, etc., respeitando

    os limites constitucionais e legais. GABARITO: D.

    Questo 02 (ESAF) ATM Recife/2003 Avalie as formulaes seguintes, observadas as disposies pertinentes ao tema competncia tributria", constantes do Cdigo Tributrio Nacional, e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. I. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. II. Os tributos cuja receita seja distribuda, no todo ou em parte, a outras pessoas jurdicas de direito pblico pertencem competncia legislativa daquela a que tenham sido atribudos. III. A atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurdica de direito pblico que a tenha conferido. IV. A atribuio das funes de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, compreende as garantias e os privilgios processuais que competem pessoa jurdica de direito pblico que a conferir. a) Apenas as formulaes I, II e III so corretas. b) Apenas as formulaes II, III e IV so corretas. c) Apenas as formulaes I, III e IV so corretas. d) Apenas as formulaes II e IV so corretas. e) Todas as formulaes so corretas. Comentrios

    Item I O 3 do art. 7 do CTN estabelece que no constitui

    delegao de competncia o cometimento, a pessoas de direito

    privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. Nesta

    situao, no estamos diante da delegao da capacidade tributria

    ativa, mas de mera autorizao para que os bancos, casas lotricas e

    demais correspondentes bancrios possam receber os pagamentos

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    dos tributos. Corresponde, portanto, arrecadao pelas instituies

    que firmem convnio com o ente tributante. Item falso.

    Item II Item correto. Traz a literalidade do pargrafo nico do art.

    6 do CTN. Significa que, mesmo ocorrendo a destinao dos recursos

    arrecadados para outra entidade, a competncia tributria continua

    pertencendo pessoa poltica que recebeu esta prerrogativa

    constitucional. No se confunde, portanto, o destino dado

    arrecadao dos tributos com o poder de tributar.

    Item III Item verdadeiro. Como vimos na questo anterior, a

    assertiva corresponde literalidade do 2, do art. 7 do CTN. Nesse

    sentido, a capacidade tributria ativa pode ser delegada a outro ente

    de Direito Pblico, mas essa delegao pode ser revogada a qualquer

    tempo.

    Item IV Verdadeiro. Trata-se de transcrio do 1, do art. 7 do

    CTN, segundo o qual a atribuio compreende as garantias e os

    privilgios processuais que competem pessoa jurdica de Direito

    Pblico que a conferir. Gabarito: B.

    Questo 03 (ESAF) AFTE - PI/2001 Assinale a opo correta. a) A competncia tributria consiste na faculdade de que dispem os entes polticos para instituir tributos em relao s pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributria ativa consiste na aptido atribuda a uma pessoa para figurar no plo ativo de uma relao jurdico-tributria. b) A competncia tributria a aptido para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributria ativa a aptido para institu-los, sempre por meio de lei. c) A competncia tributria e a capacidade tributria ativa so indelegveis, ainda que por meio de lei. d) A competncia tributria , em determinadas situaes, delegvel, por meio de lei, mas a capacidade tributria ativa indelegvel. e) A atribuio da capacidade tributria ativa a pessoa diferente daquela que dispe da competncia tributria s pode ser revogada de comum acordo entre o titular da competncia tributria e a pessoa jurdica a quem foi delegada a capacidade tributria ativa.

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    Comentrios

    Conforme podemos observar, a ESAF tem o costume de

    misturar os conceitos de competncia tributria e capacidade

    tributria ativa, a fim de pegar os candidatos mais desatentos.

    Precisamos estar afiados nos arts. 6 a 8 do CTN.

    A alternativa A, gabarito da questo, define perfeitamente os

    conceitos. A competncia tributria a prerrogativa prevista na

    Constituio Federal que possibilita aos entes federados editarem leis

    instituindo seus tributos. J a capacidade tributria ativa a

    atribuio de atuar no plo ativo da relao tributria, com poderes

    de cobrar e fiscalizar tributos, alm dos privilgios e garantias

    processuais inerentes pessoa poltica que detm a competncia

    tributria. Vejamos os erros nas demais alternativas.

    Alternativa B Nessa alternativa foram trocados os conceitos.

    Alternativa C Nos termos do art. 7 do CTN, a competncia

    tributria indelegvel. Todavia, o mesmo artigo ressalva a

    possibilidade da delegao da capacidade tributria ativa.

    Alternativa D exatamente o oposto, como vimos na alternativa C.

    Alternativa E De acordo com o 2, do art. 7, do CTN, a atribuio

    pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa

    jurdica de direito pblico que a tenha conferido.

    Questo 04 (ESAF) AFTN 94.2 Acerca da competncia tributria, certo afirmar que: a) corresponde capacidade da pessoa poltica de afigurar na posio de sujeito passivo da obrigao tributria b) transfervel mediante lei delegada c) pode ser exercida no sentido de nomear, como sujeito ativo, pessoa jurdica de direito pblico diversa daquela titular da competncia, atribuindo-lhe a disponibilidade dos recursos auferidos d) o seu no-exerccio, em decorrncia do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, a defere a outra pessoa jurdica de direito pblico que tenha interesse imediato fundado na repartio constitucional de receitas do respectivo tributo e) no constitui delegao de competncia a atribuio a pessoas de direito privado da funo de arrecadar tributos

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    Comentrios

    A competncia tributria o poder conferido pela Constituio

    para que os entes federados possam instituir seus tributos. Trata-se

    de capacidade legislativa, eis que para a instituio de tributos faz-se

    necessria a edio de lei.

    Prev o CTN, em seu art. 7, que a competncia tributria

    indelegvel. A competncia conferida pela Constituio Federal ao

    ente tributante. No h possibilidade de delegao por qualquer

    instrumento normativo. Errada a alternativa B.

    Contudo, o mesmo artigo faz uma ressalva quanto

    possibilidade de delegao, a outra pessoa jurdica de Direito Pblico,

    das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou seja, a capacidade

    tributria ativa. No h que se confundir esta possibilidade com a

    delegao da competncia tributria. Incorreto o item C.

    O detentor da capacidade tributria ativa passa atuar no polo

    ativo da relao tributria, ou seja, na condio de credor, de

    cobrador da exigncia. No plo passivo encontra-se o contribuinte, na

    qualidade de devedor. Errada a alternativa A.

    Preceitua o art. 8 do CTN que o no-exerccio da competncia

    tributria no a defere a pessoa jurdica de direito pblico diversa

    daquela a que a Constituio a tenha atribudo. Falso o item D.

    Por fim, a alternativa E reproduz a literalidade do 3, do art.

    7, do CTN. Trata-se da previso para que o ente tributante constitua

    uma rede arrecadadora mediante convenio firmado com as

    instituies financeiras para que essas recebam os pagamentos e os

    repassem aos cofres pblicos. Item correto.

    Questo 05 (ESAF) Analista Contbil SEFAZ CE/2006 A competncia tributria, a teor do que dispe o Cdigo Tributrio Nacional, indelegvel. Isso significa que um ente tributante no pode instituir tributo que seja da competncia tributria de outro. No constitui, porm, violao a essa regra

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    a) a possibilidade de a Unio cobrar tributo da competncia estadual, na hiptese de Estado que no tenha exercitado ainda essa competncia. b) a instituio de lei estadual sobre tributo da competncia de seus Municpios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo. c) a delegao, por um ente tributante, a outro, das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos. d) a instituio de imposto extraordinrio de guerra, por qualquer dos entes tributantes, na hiptese de a Unio no t-lo feito tempestivamente em estado de guerra iminente. e) a renncia em carter irretratvel feita por um ente tributante em favor de outro. Comentrios

    Como vimos nas questes anteriores, a competncia tributria

    indelegvel. Ocorre que o CTN faz duas ressalvas, que no constituem

    delegao da competncia:

    1 A atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos a outra

    pessoa jurdica de Direito Pblico, que consiste na delegao da

    capacidade tributria ativa.

    2 O cometimento a pessoas de Direito Privado do encargo ou da

    funo de arrecadar tributos. Trata-se da mera atividade de

    recebimento dos pagamentos geralmente realizados por uma rede

    arrecadadora, constituda pelos bancos e correspondentes bancrios.

    Temos, assim, que no viola a regra da indelegabilidade da

    competncia tributaria a ao prevista na alternativa C.

    Questo 06 (ESAF) AFTN/96 Unio, Estados, Municpios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo e) no podem delegar capacidade tributria ativa Comentrios

    Determina o art. 7 do CTN que a competncia tributria

    indelegvel. No entanto, o mesmo artigo faz ressalva quanto

    possibilidade de atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar

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    tributos, trata-se da capacidade tributria ativa. Vamos representar

    de forma grfica para voc fixar bem o art. 7, muito cobrado em

    provas da ESAF.

    Pela anlise das alternativas, podemos eliminar aquelas em que

    se afirma ser possvel a delegao para instituio de tributos: A, C e

    D. Na alternativa E h incorreo, pois a capacidade tributria ativa

    pode ser delegada, nos termos do art. 7 do CTN, estando correta a

    assertiva B.

    Questo 07 (ESAF) PFN/2004 Considerados os temas competncia tributria e capacidade tributria ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A competncia tributria delegvel. ( ) A capacidade tributria ativa indelegvel. ( ) A Unio quem detm a competncia tributria no que toca s contribuies sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurdica de direito pblico a competncia tributria. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F.

    COMPETNCIA TRIBUTRIA

    Poder conferido pela CF para instituio de tributos Competncia Legislativa INDELEGVEL tanto por ao como por omisso Permite a transferncia, a pessoa jurdica de Direito pblico, do encargo de arrecadar tributos (mero recebimento dos pagamentos)

    CAPACIDADE TRIBUTRIA

    ATIVA

    Atribuio da funo de cobrar ou fiscalizar tributos Competncia Executiva DELEGVEL a outro ente de Direito Pblico A delegao pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral de quem detm a competncia Compreende as garantias e os privilgios processuais

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    Comentrios

    Conforme exposto nas questes anteriores, de acordo com o

    previsto no art. 7 do CTN, a competncia tributria indelegvel,

    ressalvada a possibilidade da delegao da capacidade tributria

    ativa, ou seja, a atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar

    tributos. Isso nos leva a marcar como falsos os dois primeiros itens.

    De acordo com o art. 195, a Seguridade Social ser financiada

    com vrias contribuies, todas de competncia da Unio. Est

    correto o terceiro item.

    Por fim, sabemos que a competncia tributria estabelecida na

    prpria Constituio e, nos termos do art. 7 do CTN, indelegvel.

    No h que se falar, portanto, em delegao mediante lei

    complementar. Falso o ltimo item. Gabarito: C.

    Questo 08 (ESAF) AFTE - MS/2001 Em tema de competncia legislativa sobre matria de Direito Tributrio, correta a afirmao de que: a) Os Estados tm competncia para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributrio. b) Mesmo na ausncia de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributrio, vedado aos Estados exercer essa competncia legislativa. c) A eficcia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributrio fica mantida ante a supervenincia de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrrio. d) No mbito da competncia concorrente para legislar sobre Direito Tributrio os Estados s podem legislar sobre normas gerais. e) A legislao tributria dos Estados aplicada nos respectivos Municpios, em virtude de estes no terem competncia para legislar sobre Direito Tributrio. Comentrios

    Outra atribuio constitucional que no se pode confundir com a

    competncia tributria a competncia para legislar sobre Direito

    Tributrio.

    A primeira, como vimos, corresponde ao poder para instituir

    tributos. J a competncia para legislar sobre Direito Tributrio,

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    constitui o poder de estabelecer normas gerais em matria tributria

    e est prevista no art. 24, I e 1 ao 4, da CF/88:

    Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal

    legislar concorrentemente sobre:

    I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e

    urbanstico;

    (...)

    1 - No mbito da legislao concorrente, a competncia da

    Unio limitar-se- a estabelecer normas gerais.

    2 - A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais

    no exclui a competncia suplementar dos Estados.

    3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados

    exercero a competncia legislativa plena, para atender a suas

    peculiaridades.

    4 - A supervenincia de lei federal sobre normas gerais

    suspende a eficcia da lei estadual, no que lhe for contrrio.

    Com base no art. 24 da Carta Magna, podemos resumir que a

    competncia para legislar sobre Direito Tributrio:

    1) concorrente entre Unio, Estados e DF.

    2) A competncia da Unio se restringe edio de normas gerais.

    3) Os Estados detm a competncia suplementar.

    4) Caso a Unio no edite lei de normas gerais, os Estados e o DF

    exercero a competncia plena.

    5) Editando a Unio lei de normas gerais, ocorre a suspenso da

    eficcia das leis estaduais no que lhe for contrrio.

    Analisemos cada uma das alternativas.

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    Alternativa A Correta. Nos termos do 2, do art. 24, da CF/88, a

    competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui a

    competncia suplementar dos Estados.

    Alternativa B Item incorreto. Na omisso da Unio em editar lei de

    normas gerais, os Estados e o DF exercem sua competncia

    legislativa plena. o que diz o 3, do art. 24.

    Alternativa C Se inicialmente a Unio for omissa em editar lei de

    normas gerais, os Estados e DF exercem sua capacidade legislativa

    plena, como vimos na alternativa anterior. Caso a Unio,

    posteriormente lei estadual, venha a editar lei de normas gerais, a

    eficcia da lei estadual ser suspensa no que for contrrio lei

    federal, de acordo com o 4, do art. 24. Item falso.

    Alternativa D Vimos acima que na inexistncia de normas gerais, os

    Estados e DF exercem sua capacidade legislativa plena. Item errado.

    Alternativa E A ESAF entende que os Municpios no detm a

    competncia concorrente, j que o art. 24 no os menciona,

    determinando que a competnc