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    Resoluo de Questes da ESAF

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    AULA 05 Obrigao tributria. Fato gerador da obrigao tributria. Domiclio tributrio.

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    Apresentao das questes 02-13

    Gabarito 13

    Questes comentadas 14-68

    Ol, prezado aluno!

    Estamos aqui na nossa Aula 05 para resolver questes sobre

    obrigao tributria e domiclio tributrio.

    Sem mais delongas, vamos ao que interessa!!!

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    LISTA DE QUESTES

    Aula 05: Obrigao tributria. Fato gerador da obrigao tributria. Domiclio tributrio.

    Questo 01 (ESAF) AFTE PA/2002 De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, a obrigao que surge com a ocorrncia do fato gerador e tem por objeto o pagamento de penalidade pecuniria denominada: a) indireta b) secundria c) punitiva d) acessria e) principal Questo 02- (FCC) Procurador do Estado - SE/2005 A obrigao tributria principal, segundo dispe o Cdigo Tributrio Nacional, a) um vinculo jurdico que nasce com a ocorrncia do fato gerador e somente tem por objeto o pagamento, pelo contribuinte, de uma prestao, o tributo, ao Estado. b) compreende, alm do tributo, a penalidade pecuniria. c) um vnculo jurdico que nasce com o lanamento vlido. d) pode ser afetada por circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade. e) um vnculo jurdico que nasce com o lanamento homologado pelo Estado. Questo 03 - (ESAF) AFTN/98 A obrigao que tem por objeto o pagamento de multa chamada de obrigao _______________ . _______________ dessa obrigao a situao definida em lei como necessria e suficiente ocorrncia desta. A validade jurdica dos atos efetivamente praticados no interessa na interpretao de norma definidora _______________ . Escolha a opo que contenha as palavras que, correta e respectivamente, preencham o sentido dos perodos acima. a) principal / O fato gerador / do fato gerador b) impositiva / O efeito / do lanamento c) penal / O lanamento / da cobrana d) sancionatria / O fato gerador / da condio suspensiva e) punitiva / A fonte / da outorga de iseno Questo 04 (ESAF) TRF/2005 Sobre a obrigao tributria acessria, incorreto afirmar-se que a) tem por objeto prestaes positivas previstas na legislao tributria. b) tal como a obrigao principal, supe, para o seu surgimento, a ocorrncia de fato gerador. c) objetiva dar meios fiscalizao tributria para a investigao e o controle do recolhimento de tributos. d) sua inobservncia converte-se em obrigao principal, relativamente a penalidade pecuniria. e) realizar matrcula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declaraes ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos.

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    Questo 05 (FCC) Inspetor Fiscal SP/98 Em nosso sistema tributrio, qualifica-se como acessria a obrigao de: a) pagar os juros de mora b) pagar multa de mora c) pagar penalidades pecunirias aplicadas ao contribuinte d) emitir notas fiscais e) pagar quaisquer acrscimos aos tributos devidos Questo 06 - (ESAF) AFRF/2009 Sobre a obrigao tributria principal e acessria e sobre o fato gerador do tributo, assinale a opo correta. a) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, a obrigao de pagar multas e juros tributrios constitui-se como obrigao acessria. b) A obrigao acessria, quando no observada, converte-se em obrigao principal somente em relao penalidade pecuniria. c) A existncia de uma obrigao tributria acessria pressupe a existncia de uma obrigao tributria principal. d) A instituio de obrigao acessria, com a finalidade de dar cumprimento obrigao principal, deve ateno ao princpio da estrita legalidade. e) No Sistema Tributrio Nacional, admite-se que a obrigao de fazer, em situaes especficas, seja considerada obrigao tributria principal. Questo 07 (ESAF) AFRF/2002 Avalie as afirmaes abaixo e marque a opo que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1. Multa decorrente de obrigao acessria constitui obrigao principal. 2. Se a lei impe a determinados sujeitos que no faam alguma coisa, est a impor-lhes uma obrigao tributria acessria. 3. Quando um sujeito passivo no est sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informaes ao fisco sobre matria de interesse da fiscalizao, esta sua obrigao tributria principal. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V Questo 08 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2009 A relao jurdica tributria refere-se no s obrigao tributria stricto sensu, como ao plexo de deveres instrumentais, (positivos ou negativos) que gravitam em torno do tributo, colimando facilitar a aplicao exata da norma jurdica que o previu. (...) Todos estes deveres, repita-se, no possuem, em si mesmos, cunho patrimonial. (Roque Antnio CARRAZZA. Curso de direito constitucional tributrio. 23. ed. So Paulo: Malheiros, 2007, p. 331-332 ). O texto refere-se obrigao tributria a) acessria, que s existe quando presente a obrigao tributria principal, stricto sensu. b) principal, que se expressa por meio de pagamento de tributo atrelado emisso de NF, manuteno de escriturao contbil, preenchimento de guias de recolhimento de tributos, por exemplo, com natureza jurdica de obrigao de dar. c) acessria, que, diferentemente da obrigao tributria principal, no se submete ao princpio da legalidade estrita, podendo ser veiculada originariamente por decreto, portaria ou instruo normativa sem prvia previso legal. d) acessria, que, por sua vez, pode ser convertida em obrigao tributria principal, quando passvel de expresso em moeda, com natureza jurdica de obrigao de dar, quando se referir a pagamento, ou de obrigao de fazer ou no fazer. e) acessria, que pode existir sem que exista obrigao tributria principal, em virtude de iseno ou imunidade, por exemplo, e que deve vir sempre prevista em lei, com natureza jurdica de obrigao de fazer ou no fazer.

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    Questo 09 (ESAF) AFTN/98 A multa por descumprimento de obrigao acessria relativa ao imposto de renda a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigao tributria principal o descumprimento de obrigao acessria. b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza especfica dada pelo respectivo fato gerador. c) no tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigao tributria acessria. d) no tem natureza tributria porque a penalidade por descumprimento de obrigao acessria de carter administrativo. e) no tem a natureza de tributo por constituir sano de ato ilcito. Questo 10 (FCC) Procurador Santos/2005 Considerando as espcies de obrigaes tributrias, correto afirmar que a) a obrigao acessria consiste em levar dinheiro aos cofres pblicos como pagamento de tributos e contribuies. b) o descumprimento de obrigao acessria converte-se em obrigao principal, relativamente penalidade pecuniria. c) a obrigao principal corresponde ao cumprimento de obrigao positiva ou negativa de carter no pecunirio. d) ambas as obrigaes, principal e acessria, so decorrentes de atos administrativos emanados da autoridade tributria. e) a existncia de um ato, um sujeito ativo e outro passivo so suficientes para constituir a obrigao principal ou acessria. Questo 11 (FCC) Pref. Recife PE - Procurador Judicial/2008 Os deveres de pagar multa por infrao legislao tributria e de fazer declarao de ajuste anual do imposto de renda classificam-se como obrigao a) principal e acessria, respectivamente. b) acessria e principal, respectivamente. c) acessrias, ambas. d) principais, ambas, mas s a segunda instrumental. e) instrumentais, ambas. Questo 12 - (ESAF) AFTE - RN/2005 adaptada Marque a resposta correta, considerando as formulaes abaixo. I A definio legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurdica dos atos praticados. II - A obrigao tributria acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade no pecuniria. III - O Cdigo Tributrio Nacional no permite a tributao de rendas provenientes de atividades ilcitas. IV - De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, cabe exclusivamente autoridade judicial competente desconsiderar, em deciso fundamentada, os atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria. a) Somente I verdadeira. b) Somente I e II so verdadeiras. c) Somente I, II e III so verdadeiras. d) Somente II, III e IV so verdadeiras. e) Somente III e IV so verdadeiras.

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    Questo 13 (FCC) Agente Tcnico Legislativo SP/2010 A situao definida em lei como necessria e suficiente ocorrncia da obrigao tributria principal denominada a) fato imponvel. b) hiptese de incidncia. c) lanamento. d) crdito tributrio. e) fato gerador in concreto. Questo 14 - (ESAF) Gestor - MG/2005 Assinale a opo correta. a) A obrigao tributria nasce com o lanamento. b) A aplicao de multa pelo atraso no pagamento do tributo a nica forma de obrigao tributria acessria que a lei pode prever. c) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, a renda obtida com a prtica do crime de contrabando no pode ser tributada. d) O fato gerador a situao definida em lei como necessria e suficiente para que se considere surgida a obrigao tributria. e) A hiptese de incidncia o fato da vida que gera, diante do que dispe a lei tributria, o dever de pagar o tributo. Questo 15 - (ESAF) AFRF/2005 Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opo que contenha a exata seqncia. ( ) A situao definida em lei, desde que necessria para o nascimento da obrigao tributria principal o seu fato gerador. ( ) Qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel, impe a prtica de um ato que no tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, obrigao tributria acessria. ( ) Atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, desde que legtimos perante a legislao civil, no podem ser desconsiderados pela autoridade tributria. a) V V V b) F V V c) F F F d) F F V e) V F V Questo 16 - (ESAF) IRB/2006 Assinale a alternativa correta. a) A validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo um dos elementos que devem ser considerados na interpretao da definio legal do fato gerador. b) a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos do Cdigo Tributrio Nacional. c) A definio legal do fato gerador no pode ser verificada se for abstrada a validade jurdica dos atos praticados. d) uma vez verificado o nascimento da obrigao tributria, com a realizao do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelvel ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessria a prtica de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipteses. e) O Cdigo Tributrio Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria, desconsidere atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria.

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    Questo 17 - (ESAF) AFTE - MG/2005 - adaptada Considerando o tema obrigao tributria, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A obrigao acessria nasce em razo da ocorrncia de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providncia a ser tomada pela autoridade fiscal. () A definio legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurdica dos atos praticados. ( ) O legislador no poder autorizar a desconsiderao dos atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de eclipsar a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, desde que observados pelo sujeito passivo as normas prprias do direito privado. a) V, V, F b) F, V, F c) F, V, V d) V, F, V e) V, V, V Questo 18 (FCC) Auditor Fiscal Tributrio Municipal SP/2007 INCORRETO afirmar que a obrigao tributria acessria a) decorre da legislao tributria. b) converte-se em obrigao principal, relativamente ao tributo devido, ao deixar de ser observada. c) tem por objeto prestaes positivas ou negativas nela previstas. d) instituda no interesse da fiscalizao. e) instituda no interesse da arrecadao. Questo 19 (FCC) Procurador do Estado SE/2005 A obrigao tributria principal e acessria, sendo que a) pelo simples fato da sua inobservncia, a obrigao acessria converte-se em obrigao principal relativamente a penalidade pecuniria. b) a obrigao principal sempre dever ser cumprida (obrigatria), enquanto a obrigao acessria no precisa necessariamente ser cumprida pelo seu carter puramente facultativo (acessrio). c) a obrigao principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria o que no significa que o crdito dela (obrigao) decorrente tambm ser extinto. d) a obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador e este somente definido em norma infralegal. e) o crdito tributrio no decorre da obrigao principal porque no possui a mesma natureza desta. Questo 20 (FCC) Procurador de Contas TCE CE/2006 Sobre obrigao tributria, correto afirmar que a) a emisso de nota fiscal para controle do ICMS a ser recolhido objeto de obrigao acessria. b) o pagamento de multa pela no declarao do imposto de renda objeto de obrigao acessria. c) o pagamento de imposto de renda objeto de obrigao tributria acessria. d) o preenchimento de guia de recolhimento de tributo objeto de obrigao principal. e) a declarao de isento do imposto de renda objeto de obrigao principal.

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    Questo 21 (ESAF) AFTN/98 I - A obrigao tributria que tenha por objeto uma sano de natureza pecuniria, por descumprimento de uma obrigao tributria acessria tambm ela acessria? II - O decurso do prazo fixado em lei para as pessoas jurdicas apresentarem declarao de rendimentos constitui fato gerador de uma obrigao principal? III - Tendo havido a aquisio de um bem no exterior, trazido para o Pas, mas que, por no produzir o efeito desejado, acabou sendo devolvido, o imposto de importao pago deve ser devolvido, por insubsistncia de seu fato gerador? a) sim, no e sim b) sim, sim e sim c) no, no e sim d) no, no e no e) no, sim e sim Questo 22 - (ESAF) APO - MPOG/2010 A lei que veicula a norma tributria impositiva dever conter os aspectos indispensveis para que se possa determinar o surgimento e o contedo da obrigao tributria. Sobre esta, analise os itens a seguir, classificando-os como falsos ou verdadeiros. Depois escolha a opo que seja adequada s suas respostas. I. O aspecto material da norma tributria diz respeito situao geradora da obrigao tributria; II. O aspecto espacial da norma tributria corresponde ao territrio da pessoa poltica tributante; III. O aspecto temporal da norma tributria diz respeito ao momento em que se deve considerar ocorrida a situao geradora da obrigao tributria; IV. O aspecto pessoal da norma tributria diz respeito pessoa em favor de quem a obrigao tributria deva ser cumprida; e V. O aspecto quantitativo da norma tributria se refere ao montante devido na obrigao tributria. a) Todos os itens esto corretos. b) Esto corretos apenas os itens I, II e IV. c) Esto corretos apenas os itens I, II, IV e V. d) Esto corretos apenas os itens II, IV e V. e) Esto corretos apenas os itens III, IV e V. Questo 23 (ESAF) Agente de Fazenda SEFAZ RJ/2010 Em relao ao fato gerador da obrigao tributria, incorreto afirmar que: a) fato gerador instantneo aquele que se realiza em um nico ato ou contrato ou operao realizada que, uma vez realizada no mundo real, implica a realizao de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situaes materiais se repetirem no tempo. b) no fato gerador continuado, sua realizao se d de forma duradoura, podendo manter-se estvel ao longo do tempo; nele, a matria tributvel tende a permanecer, existindo hoje e amanh. c) fato gerador peridico aquele cuja realizao se pe ao longo de um espao de tempo; no ocorre hoje ou amanh, mas sim durante um longo perodo de tempo, ao trmino do qual se valorizam diversos fatos isolados que, somados, aperfeioam o fato gerador do tributo. d) fato gerador qualquer manifestao positiva e concreta da capacidade econmica das pessoas, observada pelo legislador tributrio, que a ele atribui qualidade bastante para provocar o nascimento da obrigao tributria principal, quando se verificar, na prtica, a sua ocorrncia. e) no plano de uma classificao dos fatos jurdicos, o fato gerador, aps a incidncia, pode ser classificado como sendo um negcio jurdico.

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    Questo 24 - (ESAF) ATA - MF/2009 A obrigao tributria principal: a) extingue-se, com o pedido de parcelamento acompanhado do recolhimento da primeira prestao. b) decorre da legislao tributria e tem por objeto prestaes positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. c) pelo simples fato de seu no adimplemento suscita imediata inscrio em dvida ativa, independentemente de abertura de prazo para impugnao do lanamento, por parte do interessado. d) surge com a ocorrncia do fato gerador e tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniria. e) suspende-se, com o devido lanamento, nas trs modalidades previstas pelo Cdigo Tributrio Nacional. Questo 25 - (ESAF) TTN/94 Sendo o fato gerador de um tributo, em certo caso, um negcio jurdico condicional, tem-se como ocorrido o fato gerador a) desde o momento do implemento da condio, se esta for suspensiva. b) desde o momento da prtica do ato ou da celebrao do negcio, se a condio for suspensiva. c) desde o momento da implementao da condio, se esta for resolutria. d) desde o momento da implementao da celebrao do negcio, seja a condio resolutria ou suspensiva. e) na data da publicao do negcio jurdico condicional. Questo 26 (ESAF) AFTN/94 Para efeito de determinar o momento da ocorrncia do fato gerador, os negcios jurdicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados, sendo resolutria a condio a) no ano seguinte ao da celebrao da avena b) desde o momento do seu implemento c) no exaurimento do negcio d) durante o prazo de contratao e) desde a celebrao do negcio Questo 27 (ESAF) ATM Recife/2003 Com base em disposies expressas do Cdigo Tributrio Nacional, avalie as formulaes seguintes, relativas aos temas obrigao tributria e fato gerador, e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta: I. Fato gerador da obrigao tributria principal a situao definida em lei, que impe a prtica ou a absteno de ato no caracterizador de obrigao tributria acessria. II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretao da definio legal do fato gerador. III. Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios. IV. A autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria. a) Apenas a formulao IV correta. b) Apenas as formulaes II e IV so corretas. c) Apenas as formulaes III e IV so corretas. d) Apenas as formulaes I, II e III so corretas. e) Apenas as formulaes II e III so corretas.

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    Questo 28 (ESAF) Procurador Fortaleza/2003 Em relao ao fato gerador de obrigaes tributrias, principal e acessria, incorreto afirmar que: a) constitui fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel, impe a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao principal. b) salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos, tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos de direito aplicvel. c) salvo disposio de lei em contrrio, considera- se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos, tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que se produzam os efeitos que normalmente lhe so prprios. d) na interpretao da definio legal do fato gerador, devem ser considerados os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. e) fato gerador da obrigao principal a situao definida em lei como necessria e suficiente sua ocorrncia. Questo 29 - (ESAF) AFRF/2003 Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opo correta. ( ) Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios. ( ) A autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria. ( ) Quando o fato gerador da obrigao tributria um negcio jurdico sob condio suspensiva, considera-se nascida a obrigao desde o momento em que se verificar a condio. a) F, V, V. b) F, F, V. c) F, F, F. d) V, V, F. e) V, F, F. Questo 30 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2009 A respeito das regras definidoras sobre o fato gerador, segundo o Cdigo Tributrio Nacional, correto afirmar: a) A autoridade administrativa no poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria enquanto no houver deciso judicial transitada em julgado. b) Tratando-se de situao jurdica, considera-se ocorrido o fato gerador, e existentes os seus efeitos desde o momento em que se confirmem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios. c) O Cdigo Tributrio Nacional estabelece as regras que definem o momento que se deve considerar ocorrido o fato gerador do tributo, no podendo o legislador ordinrio, em qualquer circunstncia, dispor de modo diferente. d) O Cdigo Tributrio Nacional no estabelece quaisquer regras que definam o momento que deve considerar ocorrido o fato gerador, deixando para o legislador ordinrio a definio de tais regras. e) Tratando-se de situao de fato, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos desde o momento que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios.

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    Questo 31 - (ESAF) AFTN/94 O art. 3 do Cdigo Tributrio Nacional define tributo como uma prestao que no constitua sano de ato ilcito. De tal assertiva podemos inferir que a) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da explorao do lenocnio no so tributveis, sujeitando-se, contudo, a pesadas multas em decorrncia da prtica de atividade ilcita. b) os rendimentos advindos da explorao de lenocnio so tributveis, porquanto no se confunde a atividade ilcita do contribuinte com o fato tributrio de auferir renda. c) os rendimentos advindos do jogo do bicho e da explorao do lenocnio no so tributveis, em conformidade do que reza o princpio do non olet. d) as atividades ilcitas no devem ser tributadas, pois de outro modo o Estado estar locupletando-se com aes que ele mesmo probe e, assim, ferindo o princpio da estrita legalidade. e) atividades ilcitas como a explorao do lenocnio e do jogo do bicho podem ser tributadas, posto que a sano de ato ilcito converte-se, pelo simples fato de sua inobservncia, em obrigao tributria principal. Questo 32 - (ESAF) AFTN/96 Analisar as seguintes proposies: I - O fato gerador de uma multa tributria pode ser um fato lcito. II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da explorao do lenocnio no so tributveis, pois trata-se de prtica de atividade ilcita. III - Rendimentos decorrentes de ato ilcito no so tributveis, conforme reza o princpio do non olet. a) os trs enunciados so falsos. b) os trs enunciados so verdadeiros. c) o I e II so verdadeiros e o II falso. d) to-s o III verdadeiro. e) o I e o III so falsos e o II verdadeiro. Questo 33 - (ESAF) ATA - MF/2009 No que se refere ao fato gerador, dispe o Cdigo Tributrio Nacional que a) o fato gerador da obrigao principal situao definida na Constituio como indicativa da possibilidade de imposio de obrigao de pagar, por parte de ente pblico que detenha competncia para faz-lo. b) a autoridade administrativa poder considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios. c) o fato gerador da obrigao acessria situao definida em lei complementar, que impe prtica ou absteno de ato, ainda que originariamente este se configure como obrigao principal. d) a autoridade administrativa dever considerar como ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situao de fato, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos da legislao de regncia. e) a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria.

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    Questo 34 (ESAF) PFN/2006 - adaptada Considerando o tema obrigao tributria e as disposies do CTN, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A definio legal do fato gerador no pode ser verificada se for abstrada a validade jurdica dos atos praticados. ( ) A obrigao principal nasce em razo da ocorrncia de um fato gerador e independe de providncia da autoridade fiscal para ser exigida. a) V, V b) V, F c) F, V d) F, F Questo 35 - (ESAF) AFRF/2009 Sobre a disciplina conferida ao domiclio tributrio, pelo Cdigo Tributrio Nacional, assinale a opo correta. a) O domiclio do contribuinte ou responsvel, em regra, ser estabelecido por eleio. b) O domiclio da pessoa jurdica de direito privado ser o lugar em que estiver localizada sua sede. c) O domiclio da pessoa jurdica de direito pblico ser o lugar em que estiver localizada sua sede. d) O lugar eleito pelo contribuinte como domiclio tributrio no poder ser recusado pela autoridade tributria, sob a alegao de prejuzo atividade fiscalizatria. e) Caso a autoridade fiscal no consiga notificar a pessoa jurdica de direito privado em sua sede, poder faz-lo em qualquer de suas unidades. Questo 36 (ESAF) AFRF/2000 Quando no couber a aplicao das outras regras fixadas pelo Cdigo Tributrio Nacional para a determinao do domiclio da pessoa natural, ele ordena se considere como domiclio tributrio a) a residncia habitual. b) sendo incerta ou desconhecida a residncia, o centro habitual de sua atividade comercial ou econmica. c) o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao. d) o domiclio anterior conhecido da autoridade fiscal. e) o lugar que tenha eleito mediante preenchimento dos formulrios para esse fim postos disposio pela autoridade. Questo 37 - (ESAF) TRF/2005 Em relao ao domiclio tributrio, correto afirmar-se que a) este pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigao tributria, no tendo a autoridade administrativa o poder de recus-lo. b) relativamente s pessoas jurdicas de direito pblico, ser considerado como seu domiclio tributrio aquele situado no Municpio de maior relevncia econmica da entidade tributante. c) quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger. d) definido pelo lugar dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que tenham dado origem obrigao tributria, na impossibilidade de aplicao dos critrios de identificao indicados pelo Cdigo Tributrio Nacional. e) no caso de pessoa jurdica de direito privado que possua mais de um estabelecimento, seu domiclio ser aquele cuja escriturao contbil demonstre maior faturamento.

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    Questo 38 - (ESAF) AFTE - PI/2001 A liberdade de o sujeito passivo da obrigao tributria escolher o seu domiclio tributrio : a) relativa. b) incondicional. c) inexistente. d) irrecusvel. e) absoluta. Questo 39 - (ESAF) ATM - Fortaleza/2003 Assinale a alternativa correta. a) vedado autoridade administrativa recusar o domiclio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleio dificultar a arrecadao ou a fiscalizao do tributo. b) O CTN diz o que se considera domiclio tributrio, podendo a autoridade administrativa recusar o domiclio tributrio escolhido pelo contribuinte quando dificulte ou impossibilite a arrecadao ou fiscalizao. c) a obrigao tributria nasce com a publicao da lei instituidora do tributo. d) Inscrever-se no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ) antes de iniciar a atividade econmica uma obrigao principal. e) A obrigao principal refere-se ao pagamento do tributo, mas no de uma penalidade pecuniria. Questo 40 (ESAF) ATA - MF/2009 No que se refere falta de eleio do domiclio tributrio, pelo contribuinte ou responsvel, dispe o Cdigo Tributrio Nacional, exceto: a) quanto s pessoas naturais, o domiclio a sua residncia habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. b) quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, o domiclio o lugar de sua sede, ou, em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao, o de cada estabelecimento. c) a autoridade administrativa pode recusar o domiclio tributrio eleito, por razes de convenincia e de eficincia, ainda que o domiclio indicado no impossibilite ou dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do tributo. d) pode-se, em algumas situaes, considerar-se como domiclio tributrio do contribuinte ou responsvel o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que derem origem obrigao. e) quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, o domiclio tributrio qualquer de suas reparties no territrio da entidade tributante. Questo 41 (ESAF) AFTN/96

    Assinale a opo incorreta: a) Domiclio tributrio a residncia habitual da pessoa natural e, no caso de desconhecimento desta, o centro habitual de sua atividade. b) Para pessoa jurdica com diversos estabelecimentos, domiclio tributrio e o local de sua sede. c) Pode a pessoa jurdica se reputada como domiciliada no lugar em que se derem os atos ou fatos que engendram a obrigao. d) A autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito, independentemente de qualquer motivao ou fundamentao quando este impossibilite ou dificulte a arrecadao ou fiscalizao do tributo. e) regra geral da eleio do domiclio que o sujeito passivo pode fazer qualquer tempo, decidindo espontaneamente, sobre o local de sua preferncia.

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    Questo 42 (ESAF) AFTN/94.2 O contribuinte do imposto de renda, em princpio, pode eleger, como seu domiclio, local diverso do de sua residncia? O local onde se encontra a banca de um camel pode, segundo as regras do Cdigo Tributrio Nacional, ser considerado domiclio dele? Quando a residncia do contribuinte for local que dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do tributo, a autoridade administrativa pode recus-la? a) sim, sim, sim b) sim, sim, no c) no, sim, sim d) sim, no, sim e) no, no, no Questo 43 (CESPE) Fiscal de Tributos Rio Branco/2007 Considere que Tenrio tenha sido compelido a efetuar o pagamento de multa por no ter entregado a declarao de imposto de renda no tempo devido. Nesse caso, Tenrio no pode ser considerado sujeito passivo de obrigao tributria, pois penalidade pecuniria no tributo. Questo 44 (CESPE) Fiscal de Tributos Estaduais AL/2002 A obrigao tributria principal nasce com o lanamento, tem por objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniria e extingue-se com o crdito dela decorrente. Questo 45 (CESPE) Fiscal de Tributos Estaduais AL/2002 O no-cumprimento de uma obrigao acessria implica a incidncia de multa, modificando a natureza da obrigao.

    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    E B A A D B B E E B A A B D C

    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    E B B A A D A E D A E A D A E

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    B A E D A C D A B C D B E E C

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    QUESTES COMENTADAS

    Aula 05: Obrigao tributria. Fato gerador da obrigao tributria. Domiclio tributrio.

    Questo 01 (ESAF) AFTE PA/2002 De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, a obrigao que surge com a ocorrncia do fato gerador e tem por objeto o pagamento de penalidade pecuniria denominada: a) indireta b) secundria c) punitiva d) acessria e) principal

    Comentrios

    O art. 113 do Cdigo Tributrio Nacional classifica a obrigao

    tributria em principal e acessria. Em seu 1, define o que vem a

    ser considerada obrigao principal, nos seguintes termos:

    Art. 113. A obrigao tributria principal ou acessria.

    1 A obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador,

    tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e

    extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente.

    Temos, portanto, que a obrigao tributria principal consiste na

    obrigao de pagar, seja o tributo ou a penalidade pecuniria. Se o

    objeto o pagamento, estamos diante de obrigao principal.

    Gabarito: E.

    Questo 02- (FCC) Procurador do Estado - SE/2005 A obrigao tributria principal, segundo dispe o Cdigo Tributrio Nacional, a) um vinculo jurdico que nasce com a ocorrncia do fato gerador e somente tem por objeto o pagamento, pelo contribuinte, de uma prestao, o tributo, ao Estado. b) compreende, alm do tributo, a penalidade pecuniria. c) um vnculo jurdico que nasce com o lanamento vlido. d) pode ser afetada por circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade. e) um vnculo jurdico que nasce com o lanamento homologado pelo Estado.

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    Comentrios

    Como vimos na questo anterior, assim define o CTN:

    Art. 113. A obrigao tributria principal ou acessria.

    1 A obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador,

    tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e

    extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente.

    Inicialmente, observamos que a obrigao tributria principal

    surge com a ocorrncia do fato gerador. Nesse sentido, ocorrendo o

    fato gerador, nasce a obrigao tributria. Veremos na prxima aula

    que o lanamento constitui o crdito tributrio, tornando-o exigvel.

    Entretanto, a obrigao j se faz presente desde a ocorrncia do fato

    gerador.

    Outro aspecto importante que podemos verificar no 1 o

    objeto da obrigao principal: o pagamento de tributo ou penalidade

    pecuniria (multa). Ora, vimos na nossa primeira aula que tributo e

    multa no se confundem. Como o art. 113 pode os classificar como

    obrigao tributria principal?

    Ocorre que o elemento diferenciador do tributo e da multa a

    sano por ato ilcito, nos termos do art. 3 do CTN. A multa

    exatamente aquilo o que o tributo est proibido de ser: sano por

    ato ilcito. No entanto, os dois institutos se assemelham em outro

    aspecto previsto no mesmo art. 3 do CTN: prestao pecuniria.

    Resumindo: tributo se diferencia da multa no que diz respeito

    sano por ato ilcito, enquanto o tributo no pode apresentar a

    caracterstica, a multa existe justamente por apresent-la. No que diz

    respeito ao aspecto pecunirio, tributo e multa constituem obrigao

    tributria principal, eis que esta corresponde a pagamento.

    Assim, podemos resumir no seguinte esquema:

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    Alternativa A A alternativa est errada porque, conforme exposto

    acima, a obrigao principal tem como objeto o pagamento de tributo

    ou de penalidade pecuniria, e no apenas tributo.

    Alternativa B Correta, de acordo com o que acabamos de comentar.

    Alternativa C Alternativa errada. A obrigao tributria nasce com a

    ocorrncia do fato gerador, nos termos do 1, do art. 113, do CTN. O

    lanamento constitui o crdito tributrio, vale dizer, o torna exigvel.

    Alternativa D Alternativa errada. Estabelece o art. 140 do CTN que

    as circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou

    seus efeitos, ou as garantias ou os privilgios a ele atribudos, ou que

    excluem sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe

    deu origem. Isso significa que, embora o crdito institudo com o

    lanamento venha a sofrer alteraes, a obrigao tributria continua

    decorrente do fato gerador, ou seja, o crdito tributrio que decorre

    da obrigao tributria e no o contrrio. Assim define o art. 139 do

    CTN:

    Art. 139. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a

    mesma natureza desta.

    Assim, temos que as possveis alteraes ocorridas no crdito

    tributrio (alterao do lanamento, por exemplo), no afetam a

    obrigao que surgiu em decorrncia do fato gerador.

    TRIBUTO

    MULTA

    NO SANO POR ATO ILCITO

    OBRIGAO TRIBUTRIA PRINCIPAL

    SANO POR ATO ILCITO

    ELEMENTO DIFERENCIADOR (art. 3 do CTN)

    SEMELHANA (art. 113, 1 do CTN)

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    Alternativa E Como vimos, a obrigao principal nasce com a

    ocorrncia do fato gerador e no com o lanamento.

    Gabarito: B.

    Questo 03 - (ESAF) AFTN/98 A obrigao que tem por objeto o pagamento de multa chamada de obrigao _______________ . _______________ dessa obrigao a situao definida em lei como necessria e suficiente ocorrncia desta. A validade jurdica dos atos efetivamente praticados no interessa na interpretao de norma definidora _______________ . Escolha a opo que contenha as palavras que, correta e respectivamente, preencham o sentido dos perodos acima. a) principal / O fato gerador / do fato gerador b) impositiva / O efeito / do lanamento c) penal / O lanamento / da cobrana d) sancionatria / O fato gerador / da condio suspensiva e) punitiva / A fonte / da outorga de iseno

    Comentrios

    Nos termos do art. 113, 1 do CTN, a obrigao tributria

    principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade

    pecuniria (multa).

    Mais adiante, em seu art. 114, o CTN define que o fato gerador

    da obrigao principal a situao definida em lei como necessria e

    suficiente sua ocorrncia.

    Veremos mais frente que, de acordo com o art. 118 do CTN, a

    definio legal do fato gerador interpretada abstraindo-se da

    validade jurdica dos atos efetivamente praticados.

    Dessa forma, da conjugao dos trs artigos mencionados,

    temos que a questo deve ser respondida da seguinte forma:

    A obrigao que tem por objeto o pagamento de multa

    chamada de obrigao principal. O fato gerador dessa obrigao a

    situao definida em lei como necessria e suficiente ocorrncia

    desta. A validade jurdica dos atos efetivamente praticados no

    interessa na interpretao de norma definidora do fato gerador.

    Gabarito: A.

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    Questo 04 (ESAF) TRF/2005 Sobre a obrigao tributria acessria, incorreto afirmar-se que a) tem por objeto prestaes positivas previstas na legislao tributria. b) tal como a obrigao principal, supe, para o seu surgimento, a ocorrncia de fato gerador. c) objetiva dar meios fiscalizao tributria para a investigao e o controle do recolhimento de tributos. d) sua inobservncia converte-se em obrigao principal, relativamente a penalidade pecuniria. e) realizar matrcula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declaraes ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos.

    Comentrios

    Alternativa A A ESAF considerou incorreta a assertiva e a divulgou

    como gabarito da questo. Discordo da posio adotada pela banca. A

    obrigao acessria tem por objeto as prestaes, positivas ou

    negativas, nos termos do art. 113, 2, do CTN. Logo, no h erro em

    afirmar que a obrigao acessria tem por objeto prestaes

    positivas. O fato de estar incompleta, ou seja, no transcrever

    literalmente o disposto no CTN, no a deixa incorreta.

    Trata-se de uma questo de raciocino lgico: se h uma

    sentena alternativa (do tipo ou), basta que uma das proposies

    seja verdadeira para que toda a sentena seja verdadeira. De

    qualquer forma, manteve a ESAF o gabarito preliminar, considerando

    errada esta assertiva.

    Alternativa B Alternativa correta. Em seu art. 114, o CTN define que

    o fato gerador da obrigao principal a situao definida em lei

    como necessria e suficiente sua ocorrncia. J o art. 115 define

    que o fato gerador da obrigao acessria qualquer situao que, na

    forma da legislao aplicvel, impe a prtica ou a absteno de ato

    que no configure obrigao principal. Logo, tanto a obrigao

    principal como a acessria surgem em decorrncia do fato gerador.

    Alternativa C - Dispe o CTN, no 2, do art. 113, que a obrigao

    acessria decorre da legislao tributria e tem por objeto as

    prestaes, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da

    arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. Dessa forma, tem-se que

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    a obrigao acessria objetiva dar meios fiscalizao tributria para

    a investigao e o controle do recolhimento de tributos. Alternativa

    correta.

    Alternativa D - No 3, do art. 113, o CTN dispe que a obrigao

    acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em

    obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Significa

    que, uma vez compelido a cumprir uma obrigao acessria, se o

    contribuinte no o fizer, estar sujeito multa, que representa uma

    obrigao principal. Assim, o descumprimento de obrigao acessria

    acarreta uma obrigao principal, no que diz respeito penalidade

    pecuniria. Alternativa correta.

    Alternativa E - O cumprimento das obrigaes tributrias no se

    limitam ao pagamento dos tributos ou penalidades (obrigao

    principal). A fim de permitir a efetiva fiscalizao e arrecadao dos

    tributos, a Administrao Tributria estabelece prestaes, positivas

    ou negativas (fazer ou deixar de fazer algo) dos contribuintes. Temos

    como exemplo a entrega de uma declarao, a emisso de notas

    fiscais, etc.

    Gabarito oficial: A.

    Questo 05 (FCC) Inspetor Fiscal SP/98 Em nosso sistema tributrio, qualifica-se como acessria a obrigao de: a) pagar os juros de mora b) pagar multa de mora c) pagar penalidades pecunirias aplicadas ao contribuinte d) emitir notas fiscais e) pagar quaisquer acrscimos aos tributos devidos Comentrios

    Podemos perceber, de incio, que quatro alternativas trazem o

    termo pagar. Como estudamos nas questes anteriores, pagar algo,

    seja tributo ou multa, corresponde obrigao principal.

    Conforme comentamos na alternativa E da questo anterior, o

    cumprimento das obrigaes tributrias no se limitam ao pagamento

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    dos tributos ou penalidades (obrigao principal). A fim de permitir a

    efetiva fiscalizao e arrecadao dos tributos, a Administrao

    Tributria estabelece prestaes, positivas ou negativas (fazer ou

    deixar de fazer algo) dos contribuintes. Temos como exemplo a

    entrega de uma declarao, a emisso de notas fiscais, etc.

    Gabarito: D.

    Questo 06 - (ESAF) AFRF/2009 Sobre a obrigao tributria principal e acessria e sobre o fato gerador do tributo, assinale a opo correta. a) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, a obrigao de pagar multas e juros tributrios constitui-se como obrigao acessria. b) A obrigao acessria, quando no observada, converte-se em obrigao principal somente em relao penalidade pecuniria. c) A existncia de uma obrigao tributria acessria pressupe a existncia de uma obrigao tributria principal. d) A instituio de obrigao acessria, com a finalidade de dar cumprimento obrigao principal, deve ateno ao princpio da estrita legalidade. e) No Sistema Tributrio Nacional, admite-se que a obrigao de fazer, em situaes especficas, seja considerada obrigao tributria principal.

    Comentrios

    Alternativa A A obrigao de pagar objeto da obrigao tributria

    principal e no acessria. Trata-se de prestao pecuniria, que

    caracteriza a natureza da obrigao principal, de acordo com o 1,

    do art. 113, do CTN. Alternativa errada.

    Alternativa B Alternativa correta. No 3, do art. 113, o CTN define

    que a obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia,

    converte-se em obrigao principal relativamente penalidade

    pecuniria.

    Alternativa C As obrigaes principais e acessrias so

    independentes, ou seja, no tem sua obrigatoriedade relacionada.

    Podem ocorrer situaes em que h o dever de pagar o tributo

    (obrigao principal) e no existir exigncia de nenhuma obrigao

    acessria. Por outro lado, h situaes em que no h o dever de

    pagar tributo, mas a legislao determina o cumprimento de

    obrigao acessria. Por exemplo: a legislao do ICMS obriga os

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    contribuintes a emitirem nota fiscal das vendas de mercadorias. No

    caso de venda de livros, apesar de constituir produto imune aos

    impostos, haveria obrigatoriedade de emisso da respectiva nota

    fiscal. A operao de venda do livro no gerou obrigao de pagar

    (obrigao principal), mas obrigou o contribuinte a cumprir uma

    obrigao acessria. Assim entende o STJ:

    Os deveres instrumentais (obrigaes acessrias) so autnomos em relao

    regra matriz de incidncia tributria, aos quais devem se submeter, at mesmo, as

    pessoas fsicas ou jurdicas que gozem de imunidade ou outro benefcio fiscal, ex vi

    dos artigos 175, pargrafo nico, e 194, pargrafo nico, do CTN. (STJ, 1 T., REsp

    866.851/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, ago/08). Alternativa errada.

    Alternativa D Alternativa errada. Dispe o CTN, no 2, do art. 113,

    que a obrigao acessria decorre da legislao tributria. Em seu art.

    96, o prprio Cdigo estabelece que a expresso "legislao

    tributria" compreende as leis, os tratados e as convenes

    internacionais, os decretos e as normas complementares que versem,

    no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a eles

    pertinentes. Logo, da conjugao desses dispositivos, depreende-se

    que a instituio de obrigao acessria no possvel apenas

    mediante lei em sentido estrito, mas em qualquer ato normativo que

    constitua a legislao tributria. Na esteira desse entendimento,

    decidiu o STJ:

    4. A anlise conjunta dos arts. 96 e 100, I, do Codex Tributrio, permite

    depreender-se que a expresso "legislao tributria" encarta as normas

    complementares no sentido de que outras normas jurdicas tambm podem versar

    sobre tributos e relaes jurdicas a esses pertinentes. Assim, consoante

    mencionado art. 100, I, do CTN, integram a classe das normas complementares os

    atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas - espcies jurdicas de

    carter secundrio - cujo objetivo precpuo a explicitao e complementao da

    norma legal de carter primrio, estando sua validade e eficcia estritamente

    vinculadas aos limites por ela impostos. 5. cedio que, nos termos do art. 113,

    2, do CTN, em torno das relaes jurdico-tributrias relacionadas ao tributo em si,

    exsurgem outras, de contedo extra-patrimonial, consubstanciadas em um dever de

    fazer, no-fazer ou tolerar. So os denominados deveres instrumentais ou

    obrigaes acessrias, inerentes regulamentao das questes operacionais

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    relativas tributao, razo pela qual sua regulao foi legada "legislao

    tributria" em sentido lato, podendo ser disciplinados por meio de decretos e de

    normas complementares, sempre vinculados lei da qual dependem. 6. In casu, a

    norma da Portaria 90/92, em seu mencionado art. 23, ao determinar a consolidao

    dos resultados mensais para obteno dos benefcios da Lei 8.383/91, no seu art.

    39, 2, regra especial em relao ao art. 94 do mesmo diploma legal, no

    atentando contra a legalidade mas, antes, coadunando-se com os artigos 96 e 100,

    do CTN. 7. Deveras, o E. STJ, quer em relao ao SAT, IOF, CSSL etc, tem

    prestigiado as portarias e sua legalidade como integrantes do gnero legislao

    tributria, j que so atos normativos que se limitam a explicitar o contedo da lei

    ordinria. (STJ, 1 T., REsp 724.779/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, set/06).

    Alternativa E No h qualquer fundamento na assertiva. O CTN

    adota como critrio diferenciador das obrigaes principais e

    acessrias o aspecto pecunirio. Considera-se obrigao principal

    aquela que tem por objeto o pagamento. J a obrigao acessria,

    corresponde ao dever de fazer ou no fazer algo. Alternativa errada.

    Gabarito: B.

    Questo 07 (ESAF) AFRF/2002 Avalie as afirmaes abaixo e marque a opo que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1. Multa decorrente de obrigao acessria constitui obrigao principal. 2. Se a lei impe a determinados sujeitos que no faam alguma coisa, est a impor-lhes uma obrigao tributria acessria. 3. Quando um sujeito passivo no est sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informaes ao fisco sobre matria de interesse da fiscalizao, esta sua obrigao tributria principal. a) V, V, V b) V, V, F c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V

    Comentrios

    Item 1 A obrigao acessria, pelo simples fato da sua

    inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente

    penalidade pecuniria. Isso significa que o descumprimento de

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    obrigao acessria faz nascer a obrigao principal referente

    multa. Correta a assertiva.

    Item 2 A obrigao acessria tem por caracterstica no representar

    prestao pecuniria, mas dever de fazer ou deixar de fazer algo.

    Nessa linha, o art. 115 do CTN define que o fato gerador da obrigao

    acessria qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel,

    impe a prtica ou a absteno de ato que no configure obrigao

    principal. Logo, o item est correto, eis que traduz a idia exposta no

    art. 115 do CTN.

    Item 3 Item falso. A obrigao tributria principal tem por objeto o

    pagamento de tributo ou penalidade pecuniria. No 2, do art. 113,

    o CTN define que a obrigao acessria decorrente da legislao

    tributria e tem por objeto as prestaes, positivas ou negativas, nela

    previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos.

    Dessa forma, observamos que a assertiva versa sobre a obrigao

    acessria e no sobre a principal.

    Gabarito: B.

    Questo 08 (FCC) Agente Fiscal de Rendas SEFAZ SP/2009 A relao jurdica tributria refere-se no s obrigao tributria stricto sensu, como ao plexo de deveres instrumentais, (positivos ou negativos) que gravitam em torno do tributo, colimando facilitar a aplicao exata da norma jurdica que o previu. (...) Todos estes deveres, repita-se, no possuem, em si mesmos, cunho patrimonial. (Roque Antnio CARRAZZA. Curso de direito constitucional tributrio. 23. ed. So Paulo: Malheiros, 2007, p. 331-332 ). O texto refere-se obrigao tributria a) acessria, que s existe quando presente a obrigao tributria principal, stricto sensu. b) principal, que se expressa por meio de pagamento de tributo atrelado emisso de NF, manuteno de escriturao contbil, preenchimento de guias de recolhimento de tributos, por exemplo, com natureza jurdica de obrigao de dar. c) acessria, que, diferentemente da obrigao tributria principal, no se submete ao princpio da legalidade estrita, podendo ser veiculada originariamente por decreto, portaria ou instruo normativa sem prvia previso legal. d) acessria, que, por sua vez, pode ser convertida em obrigao tributria principal, quando passvel de expresso em moeda, com natureza jurdica de obrigao de dar, quando se referir a pagamento, ou de obrigao de fazer ou no fazer.

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    e) acessria, que pode existir sem que exista obrigao tributria principal, em virtude de iseno ou imunidade, por exemplo, e que deve vir sempre prevista em lei, com natureza jurdica de obrigao de fazer ou no fazer.

    Comentrios

    Olha que questo interessante da FCC! Veja, caro aluno, que a

    Fundao Carlos Chagas est querendo deixar para trs aquela fama

    de copiar + colar. Est adotando at entendimentos doutrinrios nas

    suas questes.

    Na redao do enunciado percebemos que se trata de obrigao

    acessria, j que esta no representa prestao pecuniria, logo, nas

    palavras do citado autor, no possuem cunho patrimonial.

    No entanto quatro alternativas trazem como resposta a

    obrigao acessria. Descartada a alternativa B, analisemos as

    demais:

    Alternativa A As obrigaes principais e acessrias so

    independentes, ou seja, no tem sua obrigatoriedade relacionada.

    Errada.

    Alternativa C No obstante o CTN estabelecer a regra de que a

    obrigao acessria decorre da legislao tributria (inclusive as

    normas complementares), parcela da doutrina e dos Tribunais

    Federais tem entendido que a disciplina requer a edio de lei (ou ato

    normativo com fora de lei). Assim defende Roque Antnio Carrazza,

    autor citado pela banca:

    ... s a lei pode criar obrigaes acessrias (deveres instrumentais tributrios)

    regular a forma e a poca de pagamento do tributo, dispor sobre os documentos

    cuja emisso cabe aos contribuintes, definir a competncia administrativa dos

    rgos e reparties fiscais, descrever infraes tributrias, cominando-lhes as

    respectivas sanes, e assim avante. (...) ... as obrigaes acessrias no dizem

    de perto com o quantum dos tributos, mas apenas possibilitam seus adequados

    lanamentos e arrecadao. Nesse sentido, encontram-se submetidos ao princpio

    da legalidade genricos (no ao da estrita legalidade) ... Uma coisa, porm, certa:

    o princpio da legalidade impede que as obrigaes acessrias, tanto quanto os

    tributos brotem do exerccio da faculdade regulamentar. (...) Tais deveres s podem

    ser criados por meio de lei (lato sensu) e visa, em ltima anlise, a possibilitar a

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    correta arrecadao dos tributos. (...) Neste contexto, entendemos por lei lato

    sensu a lei ordinria, a lei delegada, a medida provisria, o decreto legislativo, que

    ratifica tratado internacional tributrio e o decreto legislativo que ratifica convnio

    em matria de ICMS. (CARRAZZA, Roque Antnio. Imposto sobre a Renda. 3 Ed. Malheiros, 2009, p. 167/168, 175 e nota 32 ao rodap da p. 175).

    Alternativa D Alternativa errada. A obrigao acessria no constitui

    ao de dar, mas de fazer ou deixar de fazer algo. No pode assim,

    ter seu valor expresso em moeda. O que ocorre que, na

    inobservncia do seu cumprimento, surge a obrigao principal

    relativa prestao pecuniria (multa).

    Alternativa E Alternativa correta. Resposta da questo. As

    obrigaes principais e acessrias so independentes, ou seja, no

    tem sua obrigatoriedade relacionada. Podem ocorrer situaes em que

    h o dever de pagar o tributo (obrigao principal) e no existir

    obrigatoriedade de nenhuma obrigao acessria. Por outro lado, h

    situaes em que no h o dever de pagar tributo, mas a legislao

    determina o cumprimento de obrigao acessria. Por exemplo: a

    legislao do ICMS obriga os contribuintes a emitirem nota fiscal das

    vendas de mercadorias. No caso de venda de livros, apesar de

    constituir produto imune aos impostos, haveria obrigatoriedade de

    emisso da respectiva nota fiscal. A operao de venda do livro no

    gerou obrigao de pagar (obrigao principal), mas obrigou o

    contribuinte a cumprir uma obrigao acessria. Assim entende o STJ:

    Os deveres instrumentais (obrigaes acessrias) so autnomos em relao

    regra matriz de incidncia tributria, aos quais devem se submeter, at mesmo, as

    pessoas fsicas ou jurdicas que gozem de imunidade ou outro benefcio fiscal, ex vi

    dos artigos 175, pargrafo nico, e 194, pargrafo nico, do CTN. (STJ, 1 T., REsp 866.851/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, ago/08).

    Gabarito: E.

    Questo 09 (ESAF) AFTN/98 A multa por descumprimento de obrigao acessria relativa ao imposto de renda a) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigao tributria principal o descumprimento de obrigao acessria.

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    b) tem a natureza de imposto, porque sua natureza especfica dada pelo respectivo fato gerador. c) no tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigao tributria acessria. d) no tem natureza tributria porque a penalidade por descumprimento de obrigao acessria de carter administrativo. e) no tem a natureza de tributo por constituir sano de ato ilcito.

    Comentrios

    Vamos fixar, definitivamente, a relao entre tributo e multa.

    Tributo e multa no se confundem. So institutos distintos.

    Tributo no pode ser sano por ato ilcito, ao passo que a

    multa surge exatamente em decorrncia do ato ilcito.

    Ocorre que tributo e multa se assemelham no aspecto

    pecunirio, j que ambos os institutos representam prestao

    pecuniria.

    Sendo assim, o 1, do art. 113, do CTN, classifica as duas

    prestaes como obrigao tributria principal, j que o objeto desta

    o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria.

    A fim de consolidar estas definies, permita-me trazer

    novamente o esquema apresentado na questo 02:

    Questo 10 (FCC) Procurador Santos/2005 Considerando as espcies de obrigaes tributrias, correto afirmar que a) a obrigao acessria consiste em levar dinheiro aos cofres pblicos como pagamento de tributos e contribuies.

    TRIBUTO

    MULTA

    NO SANO POR ATO ILCITO

    OBRIGAO TRIBUTRIA PRINCIPAL

    SANO POR ATO ILCITO

    ELEMENTO DIFERENCIADOR (art. 3 do CTN)

    SEMELHANA (art. 113, 1 do CTN)

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    b) o descumprimento de obrigao acessria converte-se em obrigao principal, relativamente penalidade pecuniria. c) a obrigao principal corresponde ao cumprimento de obrigao positiva ou negativa de carter no pecunirio. d) ambas as obrigaes, principal e acessria, so decorrentes de atos administrativos emanados da autoridade tributria. e) a existncia de um ato, um sujeito ativo e outro passivo so suficientes para constituir a obrigao principal ou acessria. Comentrios Alternativa A - Levar dinheiro aos cofres pblicos como pagamento de

    tributos e contribuies significa arrecadar e a arrecadao s ocorre

    mediante pagamento dos contribuintes. Dessa forma, s possvel

    abastecer os cofres pblicos atravs da obrigao tributria principal,

    no mediante a acessria. Alternativa errada.

    Alternativa B Correto. O art. 113, 3, do CTN, estabelece que a

    obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-

    se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria.

    Alternativa C Alternativa errada. Este o conceito de obrigao

    tributria acessria, previsto no 2, do art. 113, do CTN.

    Alternativa D Alternativa falsa. Porm, cabe uma importante

    observao: nem a obrigao principal nem a acessria decorrem de

    atos da autoridade tributria. Em outras palavras, a obrigao

    tributria decorre do fato gerador, seja ela principal ou acessria. O

    que ocorre que, a obrigao principal, apesar de existir desde a

    ocorrncia do fato gerador, s pode ser exigida aps o lanamento,

    ato privativo da autoridade tributria.

    ATENO: no confundir a exigibilidade do crdito tributrio com a

    existncia da obrigao. A primeira decorre do lanamento, a segunda

    do fato gerador da obrigao.

    Assim, temos que a obrigao nasce com o fato gerador, mas s

    passa a ser exigvel com o lanamento.

    Alternativa E Reza o art. art. 114. do CTN que o fato gerador da

    obrigao principal a situao definida em lei como necessria e

    suficiente sua ocorrncia. Sendo assim, necessria a ocorrncia do

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    fato gerador. Vale observar, ainda, que no basta ocorrer o fato,

    necessrio que ele esteja previsto em lei. Alternativa errada.

    Gabarito: B.

    Questo 11 (FCC) Pref- Recife PE - Procurador Judicial/2008 Os deveres de pagar multa por infrao legislao tributria e de fazer declarao de ajuste anual do imposto de renda classificam-se como obrigao a) principal e acessria, respectivamente. b) acessria e principal, respectivamente. c) acessrias, ambas. d) principais, ambas, mas s a segunda instrumental. e) instrumentais, ambas.

    Comentrios

    O dever de pagar, seja tributo ou multa, corresponde

    obrigao principal.

    Fazer declarao de ajuste anual do imposto de renda consiste

    numa prestao positiva, que visa obteno de informaes que

    possibilitam o maior controle da Fazenda Pblica. Trata-se, portanto,

    de obrigao acessria.

    Gabarito: A.

    Questo 12 - (ESAF) AFTE - RN/2005 adaptada Marque a resposta correta, considerando as formulaes abaixo. I A definio legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurdica dos atos praticados. II - A obrigao tributria acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade no pecuniria. III - O Cdigo Tributrio Nacional no permite a tributao de rendas provenientes de atividades ilcitas. IV - De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, cabe exclusivamente autoridade judicial competente desconsiderar, em deciso fundamentada, os atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria. a) Somente I verdadeira. b) Somente I e II so verdadeiras. c) Somente I, II e III so verdadeiras. d) Somente II, III e IV so verdadeiras. e) Somente III e IV so verdadeiras.

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    Comentrios

    Item I Prev o art. 118 do CTN que a definio legal do fato gerador

    interpretada abstraindo-se da validade jurdica dos atos

    efetivamente praticados. Estudaremos os efeitos dessa previso mais

    adiante. Item correto.

    Item II - A obrigao tributria acessria, pelo simples fato da sua

    inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente

    penalidade pecuniria. Penalidade que no seja pecuniria no

    representa obrigao principal. Item falso.

    Item III Item falso. Contraria o que acabamos de comentar no item

    I. possvel a tributao mesmo que o rendimento tenha origem em

    atividade ilcita, como o trfico de drogas, por exemplo. Vimos este

    aspecto na nossa primeira aula e detalharemos mais adiante. Trata-se

    do princpio do non olet ou pecunia non olet.

    Item IV H previso legal no pargrafo nico do art. 116 do CTN de

    que a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou

    negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a

    ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos

    constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a

    serem estabelecidos em lei ordinria. Logo, no compete

    exclusivamente autoridade judicial. Item falso.

    Gabarito: A.

    Questo 13 (FCC) Agente Tcnico Legislativo SP/2010 A situao definida em lei como necessria e suficiente ocorrncia da obrigao tributria principal denominada a) fato imponvel. b) hiptese de incidncia. c) lanamento. d) crdito tributrio. e) fato gerador in concreto.

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    Comentrios

    Reza o art. 114. do CTN que o fato gerador da obrigao

    principal a situao definida em lei como necessria e suficiente

    sua ocorrncia.

    Faz-se necessrio efetuar a distino entre aspectos

    importantes acerca do fato gerador.

    A expresso fato gerador apresenta dois sentidos diferentes:

    abstrato e concreto.

    Fato gerador em sentido abstrato a hiptese prevista na lei como

    pressuposto para o surgimento da obrigao. Trata-se de uma

    previso legal que pode ou no ocorrer no mundo real. Assim, por

    exemplo, enquanto no ocorrer, concretamente, a circulao de

    mercadorias (fato gerador do ICMS) a situao prevista na lei no

    passar de uma hiptese. Por isso, utiliza-se a expresso hiptese de

    incidncia para designar o fato gerador enquanto tipo definido em lei.

    Fato gerador em sentido concreto representa o acontecimento, no

    mundo real, daquela hiptese prevista em lei. Utilizando o exemplo

    anterior, quando determinado comerciante promove a sada de

    mercadorias do seu estabelecimento, ocorre o fato gerador do ICMS.

    No estaremos mais diante de uma hiptese, mas de um fato

    concreto. Com a ocorrncia deste fato em concreto, surge a obrigao

    tributria.

    FATO GERADOR

    EM SENTIDO ABSTRATO

    SITUAO PREVISTA EM LEI.

    HIPTESE DE INCIDNCIA

    EM SENTIDO CONCRETO

    OCORRNCIA NO MUNDO REAL DA SITUAO PREVISTA EM

    LEI.

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    Analisando a questo, conclumos que a situao definida em lei

    como necessria e suficiente ocorrncia da obrigao tributria

    principal denominada fato gerador. Enquanto mera previso legal,

    sem ocorrncia no mundo real, estaremos diante do fato gerador em

    sentido abstrato, ou seja, a hiptese de incidncia.

    Geralmente, em questo de concurso, comum utilizar a expresso

    fato gerador, de forma geral, para se referir s suas duas acepes:

    em sentido abstrato (hiptese de incidncia) e em sentido concreto

    (fato imponvel). Contudo, como vimos nesta questo, a ESAF

    tambm costuma exigir do candidato esta diferenciao entre os dois

    aspectos. preciso estar atento a essas definies.

    Gabarito: B.

    Questo 14 - (ESAF) Gestor - MG/2005 Assinale a opo correta. a) A obrigao tributria nasce com o lanamento. b) A aplicao de multa pelo atraso no pagamento do tributo a nica forma de obrigao tributria acessria que a lei pode prever. c) Segundo o Cdigo Tributrio Nacional, a renda obtida com a prtica do crime de contrabando no pode ser tributada. d) O fato gerador a situao definida em lei como necessria e suficiente para que se considere surgida a obrigao tributria. e) A hiptese de incidncia o fato da vida que gera, diante do que dispe a lei tributria, o dever de pagar o tributo.

    Comentrios

    Alternativa A De acordo com o CTN, a obrigao tributria nasce

    com a ocorrncia do fato gerador (art. 113, 1). O lanamento

    apenas confere exigibilidade obrigao. Alternativa errada.

    Alternativa B Em primeiro lugar, a aplicao de multa no constitui

    obrigao acessria, mas principal, eis que se trata de pagamento.

    Alm disso, caso a questo tivesse mencionado corretamente a

    obrigao principal, a multa por atraso no tributo no seria a nica

    forma de punio, muito menos a nica possibilidade de obrigao

    principal, eis que o prprio tributo representa sua maior parcela.

    Alternativa errada.

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    Alternativa C - Prev o art. 118 do CTN que a definio legal do fato

    gerador interpretada abstraindo-se da validade jurdica dos atos

    efetivamente praticados. Assim, possvel a tributao mesmo que o

    rendimento tenha origem em atividade ilcita, como o contrabando.

    Alternativa errada.

    Alternativa D Correta. Esta a previso do art. 114 do CTN,

    segundo o qual fato gerador da obrigao principal a situao

    definida em lei como necessria e suficiente sua ocorrncia.

    Alternativa E Conforme estudamos na questo anterior, hiptese de

    incidncia representa o fato gerador enquanto existente apenas no

    aspecto abstrato, vale dizer, enquanto no ocorrido no mundo real, ou

    como a questo abordou, no fato da vida. A ocorrncia do fato

    gerador no mundo real (fato da vida) representa o fato gerador em

    sentido concreto. Alternativa errada.

    Gabarito: D.

    Questo 15 - (ESAF) AFRF/2005 Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opo que contenha a exata seqncia. ( ) A situao definida em lei, desde que necessria para o nascimento da obrigao tributria principal o seu fato gerador. ( ) Qualquer situao que, na forma da legislao aplicvel, impe a prtica de um ato que no tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, obrigao tributria acessria. ( ) Atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, desde que legtimos perante a legislao civil, no podem ser desconsiderados pela autoridade tributria. a) V V V b) F V V c) F F F d) F F V e) V F V

    Comentrios

    Item I Item errado. Estabelece o art. 114. do CTN que o fato

    gerador da obrigao principal a situao definida em lei como

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    necessria e suficiente sua ocorrncia. Trata-se de um determinao

    do Cdigo para os dois aspectos: necessria e suficiente. No basta

    ser necessria. Vejamos um exemplo: a prestao de servio de

    comunicao situao necessria para o nascimento da obrigao

    tributria a ttulo de ICMS. No entanto, no condio suficiente, j

    que se a prestao for gratuita, no h fato gerador do imposto. Seria

    necessria e suficiente se, e somente se, a prestao fosse onerosa.

    Item II Pegadinha da ESAF. necessrio estar muito atento na hora

    da prova. Tranqulidade e leitura atenta so de extrema importncia

    para um bom desempenho. A situao que, na forma da legislao

    aplicvel, impe a prtica de um ato que no tenha por objeto o

    pagamento de tributo ou multa, no obrigao tributria acessria,

    mas o fato gerador da obrigao acessria. Item falso.

    Item III Falso. H previso legal no pargrafo nico do art. 116 do

    CTN de que a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou

    negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a

    ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos

    constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a

    serem estabelecidos em lei ordinria.

    Gabarito: C.

    Questo 16 - (ESAF) IRB/2006 Assinale a alternativa correta. a) A validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo um dos elementos que devem ser considerados na interpretao da definio legal do fato gerador. b) a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos do Cdigo Tributrio Nacional. c) A definio legal do fato gerador no pode ser verificada se for abstrada a validade jurdica dos atos praticados. d) uma vez verificado o nascimento da obrigao tributria, com a realizao do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelvel ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessria a prtica de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipteses. e) O Cdigo Tributrio Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria, desconsidere atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do

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    fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria.

    Comentrios

    Alternativa A A assertiva ofende o art. 118 do CTN, segundo o qual

    a definio legal do fato gerador interpretada abstraindo-se da

    validade jurdica dos atos efetivamente praticados. Alternativa errada.

    Alternativa B - O pargrafo nico do art. 116 do CTN estabelece que a

    autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios

    jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do

    fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

    obrigao tributria, observados os procedimentos a serem

    estabelecidos em lei ordinria, e no no prprio CTN. Errada.

    Alternativa C Errada. A alternativa traz enunciado semelhante ao da

    alternativa A. Valem os mesmos comentrios.

    Alternativa D Alternativa errada. Com a ocorrncia do fato gerador

    nasce a obrigao tributria. Entretanto, ela s se torna exigvel aps

    o lanamento, ato formal da autoridade tributria.

    Alternativa E Alternativa correta, de acordo com os comentrios que

    tecemos na alternativa B.

    Gabarito: E.

    Questo 17 - (ESAF) AFTE - MG/2005 - adaptada Considerando o tema obrigao tributria, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opo correspondente. ( ) A obrigao acessria nasce em razo da ocorrncia de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providncia a ser tomada pela autoridade fiscal. () A definio legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurdica dos atos praticados. ( ) O legislador no poder autorizar a desconsiderao dos atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de eclipsar a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, desde que observados pelo sujeito passivo as normas prprias do direito privado. a) V, V, F b) F, V, F c) F, V, V d) V, F, V e) V, V, V

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    Comentrios

    Item I Falso. Nos termos do art. 115 do CTN, a obrigao acessria

    surge com a ocorrncia do fato gerador. Entretanto, no h

    necessidade de providncia a ser tomada pela autoridade

    administrativa, eis que, diferentemente da obrigao principal, que

    requer o lanamento para se tornar exigvel, a obrigao acessria,

    por no representar pagamento, decorre da legislao tributria, nos

    moldes do art. 113, 2.

    A ESAF cobrou esta mesma assertiva no concurso para Tcnico

    da Receita Federal em 2000:

    A obrigao acessria nasce em razo da ocorrncia de um fato

    gerador e independe de providncia da autoridade fiscal para ser

    exigida.

    Essa assertiva foi considerada errada no gabarito preliminar.

    Aps os recursos, a ESAF alterou o gabarito, visto que no h erro na

    afirmao. Como vimos, apenas a obrigao principal requer ato da

    autoridade para que possa ser exigida, o que ocorre mediante o

    lanamento.

    Item II A assertiva est correta. O art. 118 do CTN prev que a

    definio legal do fato gerador interpretada abstraindo-se da

    validade jurdica dos atos efetivamente praticados.

    Item III Falso. O pargrafo nico do art. 116 do CTN estabelece que

    a autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios

    jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do

    fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da

    obrigao tributria, observados os procedimentos a serem

    estabelecidos em lei ordinria.

    Gabarito: B.

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    Questo 18 (FCC) Auditor Fiscal Tributrio Municipal SP/2007 INCORRETO afirmar que a obrigao tributria acessria a) decorre da legislao tributria. b) converte-se em obrigao principal, relativamente ao tributo devido, ao deixar de ser observada. c) tem por objeto prestaes positivas ou negativas nela previstas. d) instituda no interesse da fiscalizao. e) instituda no interesse da arrecadao.

    Comentrios

    Assim dispe o artigo 113 do CTN:

    Art. 113. A obrigao tributria principal ou acessria.

    (...)

    2 A obrigao acessria decorrente da legislao tributria e tem

    por objeto as prestaes, positivas ou negativas, nela previstas no

    interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos.

    3 A obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia,

    converte-se em obrigao principal relativamente penalidade

    pecuniria.

    Alternativa A Correta. 2, do art. 113.

    Alternativa B Alternativa errada. A obrigao acessria, quando

    deixa de ser observada, converte-se em obrigao principal,

    relativamente penalidade pecuniria (multa), e no ao tributo.

    Assim define o 3, do art. 113.

    Alternativa C - Correta. 2, do art. 113.

    Alternativa D - Correta. 2, do art. 113.

    Alternativa E - Correta. 2, do art. 113.

    Gabarito: B.

    Questo 19 (FCC) Procurador do Estado SE/2005 A obrigao tributria principal e acessria, sendo que a) pelo simples fato da sua inobservncia, a obrigao acessria converte-se em obrigao principal relativamente a penalidade pecuniria. b) a obrigao principal sempre dever ser cumprida (obrigatria), enquanto a obrigao acessria no precisa necessariamente ser cumprida pelo seu carter puramente facultativo (acessrio). c) a obrigao principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria o que no significa que o crdito dela (obrigao) decorrente tambm ser extinto.

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    d) a obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador e este somente definido em norma infralegal. e) o crdito tributrio no decorre da obrigao principal porque no possui a mesma natureza desta.

    Comentrios

    Alternativa A Correta. Esta a previso expressa no 3, do art.

    113, do CTN. Significa que, uma vez descumprida a obrigao

    acessria, nasce obrigao principal referente penalidade

    pecuniria.

    Alternativa B Alternativa errada. O prprio nome j diz:

    OBRIGAO. No h obrigao que no deva ser cumprida... O termo

    acessrio no guarda relao com facultativo. Acessrio significa que

    no constitui pagamento, mas meio capaz de auxiliar na fiscalizao e

    arrecadao dos tributos.

    Alternativa C Errada. O 1 do art. 113 do CTN estabelece que a

    obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador, tem por

    objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se

    juntamente com o crdito dela decorrente.

    Alternativa D Alternativa errada. Prev o art. 114 do CTN que fato

    gerador da obrigao principal a situao definida em lei como

    necessria e suficiente sua ocorrncia. Trata-se de lei em sentido

    estrito (ato normativo com fora de lei, capaz de inovar no

    ordenamento jurdico).

    Alternativa E Errada. Define o art. 139 do CTN que o crdito

    tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza

    desta.

    Gabarito: A.

    Questo 20 (FCC) Procurador de Contas TCE CE/2006 Sobre obrigao tributria, correto afirmar que a) a emisso de nota fiscal para controle do ICMS a ser recolhido objeto de obrigao acessria. b) o pagamento de multa pela no declarao do imposto de renda objeto de obrigao acessria. c) o pagamento de imposto de renda objeto de obrigao tributria acessria.

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    d) o preenchimento de guia de recolhimento de tributo objeto de obrigao principal. e) a declarao de isento do imposto de renda objeto de obrigao principal.

    Comentrios

    Pagamento sempre obrigao principal, seja referente a

    tributo ou a multa. Assim, temos que as obrigaes das alternativas B

    e C so principais, o que revela o erro das duas assertivas.

    A obrigao acessria constitui prestaes positivas ou

    negativas, no interesse da arrecadao e da fiscalizao. Nesse

    sentido, as declaraes apresentadas pelos contribuintes representam

    obrigaes acessrias. Incorretas, portanto, as alternativas D e E.

    Resta como correta a alternativa A, pois a emisso de nota fiscal

    objeto de obrigao acessria.

    Questo 21 (ESAF) AFTN/98 I - A obrigao tributria que tenha por objeto uma sano de natureza pecuniria, por descumprimento de uma obrigao tributria acessria tambm ela acessria? II - O decurso do prazo fixado em lei para as pessoas jurdicas apresentarem declarao de rendimentos constitui fato gerador de uma obrigao principal? III - Tendo havido a aquisio de um bem no exterior, trazido para o Pas, mas que, por no produzir o efeito desejado, acabou sendo devolvido, o imposto de importao pago deve ser devolvido, por insubsistncia de seu fato gerador? a) sim, no e sim b) sim, sim e sim c) no, no e sim d) no, no e no e) no, sim e sim

    Comentrios

    Item I Estabelece o art. 113, 3, do CTN que a obrigao

    acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em

    obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Logo, a

    obrigao que decorre do descumprimento de obrigao acessria

    corresponde a obrigao principal.

    Item II Mais uma pegadinha da ESAF. Chamo a ateno para os

    detalhes. O fato gerador a inobservncia da obrigao acessria, ou

    seja, a infrao. O decurso do prazo no infrao. Observe que o

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    prazo vai passar mesmo o contribuinte tendo cumprido a obrigao

    tributria acessria. Vejamos com um exemplo:

    Imagine que legislao estabelea at o dia 30/04/2012 o prazo para

    entregar a Declarao do IRPF. Suponha que determinado

    contribuinte apresentou no prazo e outro no. Ora, o decurso do