Upload
debora-torres
View
21
Download
7
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Se trata do Urbanismo progressista e seus conceitos e principais colaboradores
Citation preview
Arquitetos do Urbanismo Progressista e Culturalista
Pontifícia Universidade Católica de Goiás Curso de Arquitetura e Urbanismo Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III – TH3 Profa. Ana Paula de Oliveira Zimmermann
O Urbanismo
Urbanismo Progressista Urbanismo Culturalista
• Entre os Urbanistas Progressistas temos: Tony Garnier, Walter Gropius e Charles-Edouard Jeanneret (Le Corbusier) – estes urbanistas buscavam adaptar a cidade às necessidades modernas, englobando a indústria e o novo modo de vida.
• No Urbanismo Culturalista temos: Camillo Sitte, Ebenezer Howard, Raymond Unwin. – Buscavam uma nova forma de vida, resgatando valores e costumes passados.
Walter Gropius (1883-1969)
• Arquiteto e Urbanista, Professor, fundador da Bauhaus, diretor da Escola de Arquitetura de Harvard
• Discípulo de Peter Behrens, Um dos criadores da arquitetura Racionalista.
Construída em 1911 Fábrica Fagus Esqueleto em aço, frentes de vidro e formas geométricas
• Fachada de vidro foi liberta da estrutura.
• Fechamento independente, apenas para definir espaço interno e externo.
• Volumes definidos formando planos de visão justapostos
Walter Gropius
• Urbanismo: cidades operárias
• Padronização, pré-fabricação, criação de um espaço moderno
• Dammerstock - 1927
• Siemenstadt - 1928
• Construção deriva da essência do edifício e da função que ele deve cumprir;
• Homogeneidade das edificações tipo – deveria haver um standart para cada função (modelo);
• Repetição de elementos traz unidade, economia, sobriedade e tem uma influência estabilizadora na sociedade;
• A cidade deveria ser como um organismo planejado;
• Via vantagem nas edificação baixas (casas térreas) e nos edifícios de 8 a 12 andares;
• Densidade controlada pela verticalização para diminuir as distâncias urbanas.
• Os modelos das cidades racionalistas eram altamente segregacionistas, sendo posteriormente criticados por sua atitude pouco democrática. Consideravam as áreas verdes sob a ótica higienista e enfatizavam o zoneamento.
Baseavam-se em quatro posturas fundamentais:
a) Descongestionar o centro das cidades para fazer face às exigências da circulação e da produtividade;
b) Aumentar a densidade do centro das cidades para realizar o contato exigido pelos negócios;
c) Aumentar os meios de circulação, ou seja, modificar completamente a concepção atual da rua que se encontra sem efeito diante do novo fenômeno dos meios modernos de transporte (metrôs ou automóveis, trens, aviões, etc.);
d) Aumentar as superfícies verdes, a única maneira de assegurar a higiene suficiente e a calma útil ao trabalho atento exigido pelo novo sistema de negócios.
Siemenstadt
Le Corbusier (1887-1965) • Arquiteto franco-suíço responsável por alguns planos
fundamentais do urbanismo racionalista, insuperáveis tanto em termos ideológicos como formais (traçados geométricos e princípios funcionalistas).
• “Arquitetura e urbanismo são indissociaveis; uma arquitetura nova que ponha em prática as novas técnicas de construção e a nova visão do espaço só tem sentido quando integrada a uma cidade moderna.” (Choay)
• Em 1922, apresentou o modelo utópico para “Une Ville Contemporaine”;
• Centro urbano para 3.000.000 habitantes dividido em três setores distintos, que seriam delimitados por cinturões verdes e interligado por uma eficiente rede de transportes.
• A proposta é caracterizada pela simetria do conjunto, a ortogonalidade das vias e a sistematização viária, além da criação de “prédios-villas”.
• Segue os temas da organização urbana racionalista:
• Classificação das funções urbanas
• Multiplicação dos espaços verdes
• Criação de protótipos funcionais
• Racionalização do habitat coletivo
• Projetou duas cidades reais:
• 1925 – Pessac
• Após 1940 – Chandigard, capital do Punjab
• Criou planos-base: ideias generalistas, adaptáveis a diversos sítios e que não chegaram a ser executadas (Argel, Barcelona, Buenos Aires, São Paulo, Paris...)
• À crise de espaço nas cidades industriais ele propõe a seguinte solução: “...fundações localizadas, supressão dos muros de arrimo, possibilidade de dispor de toda a fachada para a iluminação, solo livre entre as estreitas estacas, telhados que constituem um solo novo para o uso dos habitantes.”
• Vê a casa como máquina de morar – necessidades gerais (iguais para todos) atendidas de uma forma racional, com o máximo de eficiência.
• Vias de circulação devem ser o mais retilíneas possível. A linha reta é limpa, saudável, corajosa. Nela se adaptam as novas instalações (esgoto, água, calçadas, luz elétrica)
• Hierarquia de vias
• Ruas devem ser reduzidas em número. A circulação preferencial do homem é a pé, no caminho verde, espontâneo.
• Sistemas de circulação/transporte integrados, com grandes estações de interligação
• Princípios fundamentais da cidade moderna:
• Descongestionamento do centro da cidade
• Aumento da densidade
• Aumento dos meios de circulação
• Aumento das superfícies verdes
Características Culturalismo • A cidade era circunscrita dentro de limites precisos
contrastando com a natureza ao redor;
• Dimensões modestas, baseadas na Idade Média;
• Ausência de geometria - irregularidade e assimetria do traçado urbano;
• Arte e higiene de igual importância;
• Nada de protótipos - cada lote, cada construção tem suas dimensões particulares.
Camillo Sitte (1843-1903)
• Nasceu em Viena;
• Foi um arquiteto e historiador da arte Austríaco, Diretor da Escola Imperial e Real de Artes Industriais de Viena;
• Seus conhecimentos inspiraram-lhe uma teoria e um modelo da cidade ideal que ele desenvolveu na obra Der Städtebau nacj seinen kunstlerischen Gründsätzen (A construção das cidades segundo seus princípios artísticos), de 1889.
• “toda arte verdadeira devia ter em sua base no impulso nacional do povo”;
• Criticou o projeto nascente do planejamento urbano moderno Haussmanniano, e propôs a releitura das cidades medievais e italianas e de suas praças como forma de retomar o planejamento artístico das cidades;
• Preocupava com a estética da cidades defendendo o urbanismo como arte, e com a preservação de monumentos históricos;
• Apontou a escassez de motivos e a monotonia dos complexos urbanos modernos;
• Foi considerado um retrógrado pelas gerações que se seguiram.
• Considerado o primeiro pensador que olha para a cidade do passado sob o ponto de vista estético, porque tinha fascínio pela cidade medieval, por como as pessoas se relacionavam, os bairros (a relação cidade x pessoas).
• Busca recuperar o sistema de planejamento urbano orgânico, em oposição a elementos da cidade industrial.
• Estudou a função e distribuição das praças públicas, a fim de que voltassem a ser um Centro Cívico urbano.
• Define o tipo urbano ideal:
• Ruas tortuosas e estreitas
• Manter irregularidades do local
• Casas de diferentes alturas
• Praças enclausuradas.
Patrick Geddes
• Biólogo, evolução
• Estuda e cidade e o urbanismo segundo o conceito da antropópolis.
• Antropo = homem polis = cidade cidade do homem
Posição do trabalhador:
Ordem Paleotécnica – O trabalhador não tem tido uma casa adequada, nem decente.
Ordem Neotécnica – Ele construirá sua vivenda e se porá a planejar a cidade, … semelhante ou superior às glórias passadas.
• Define a polística como ciência da cidade, ramo da sociologia que estuda a distribuição, suas origens e evolução.
• Recomenda, de forma prévia a qualquer projeto urbano, uma pesquisa polística completa.
• Equipe de planejamento urbano deve ser multidisciplinar (arquitetos, sociologos, economistas, geógrafos, etc)
• A pesquisa polística deve fazer um levantamento da situação e dos projetos passados e presentes para então buscar propostas e estudos para o futuro da urbe.
Referências • CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Ed. Perspectiva. São Paulo.
1992
• BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. Ed. Perspectiva. São Paulo.
• GIEDION, Sigfried. Espaço, Tempo e Arquitetura. Martins Fontes. São Paulo; 2004.
Próximas aulas
• Reforma de Paris – Hausmann
• Reforma de Barcelona – Cerdá
• 7/4 – 2ª avaliação N1