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Semˆantica e Gr am´ at ic a Gerativa Aula 10 Marcelo Ferreira [email protected] Universidade de S˜ ao Paulo USP, 31 de Outubro de 2012 Marcelo Ferreira Universidade de ao Paulo Seantic a For mal

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Semantica e Gramatica GerativaAula 10

Marcelo [email protected]

Universidade de Sao Paulo

USP, 31 de Outubro de 2012

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Uma Intuicao Tradicional

  Substantivo e a palavra com que designamos ou nomeamos osseres em geral. (Cunha, C.  Gramatica da Lıngua Portuguesa

1972)

  Verbo e uma palavra de forma variavel que exprime o que sepassa, isto e, um acontecimento representado no tempo.(idem)

Em termos semanticos (ainda informais):

  Substantivos denotam seres/indivıduos.  Verbos denotam acontecimentos/eventos.

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Semantica baseada em Indivıduos

Nas analises semanticas tradicionais de cunho logico, essa distincaonao aparece. A denotacao de substantivos, adjetivos e verbos saoconstruıdas a partir de indivıduos apenas.

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Semantica baseada em Indivıduos

Nas analises semanticas tradicionais de cunho logico, essa distincaonao aparece. A denotacao de substantivos, adjetivos e verbos saoconstruıdas a partir de indivıduos apenas.

Substantivos Proprios denotam indivıduos (tipo  e ):

Pedro  = p (o indivıduo Pedro)Maria  = m (o indivıduo Maria)

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Semantica baseada em Indivıduos

Nas analises semanticas tradicionais de cunho logico, essa distincaonao aparece. A denotacao de substantivos, adjetivos e verbos saoconstruıdas a partir de indivıduos apenas.

Substantivos comuns, adjetivos e verbos intransitivos denotam

(funcoes caracterısticas de) conjuntos de indivıduos (tipo  e , t ).

medico  =  λx .  medico(x )suico  =  λx .  suico(x )dancou  =  λx .  dancou(x )

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Semantica baseada em Indivıduos

Nas analises semanticas tradicionais de cunho logico, essa distincaonao aparece. A denotacao de substantivos, adjetivos e verbos saoconstruıdas a partir de indivıduos apenas.

Substantivos e adjetivos relacionais e verbos transitivos denotam

(funcoes caracterısticas de) relacoes entre indivıduos (tipoe , e , t ).

pai  =  λy .λx .  pai(x , y )orgulhoso  =  λy .λx .  orgulhoso(x , y )

beijou  =  λy .λx .  beijou(x , y )

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou Maria

bla bla bla

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou   Maria

m

Maria  = m Lexico

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou   Maria

λy .λx .  beijou(x , y )   m

beijou  =  λy .λx .  beijou(x , y ) Lexico

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou Maria   λx .  beijou(x , m)

λy .λx .  beijou(x , y ) m

beijou Maria  =  beijou(Maria)

Aplicacao Funcional

Seja  α  um no ramificado, cujos constituintes imediatos sao  β  e  γ .Se β   e uma funcao e  γ   pertence ao domınio de  β , entaoα  =  β (γ ).

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou Maria   j   λx .  beijou(x , m)

λy .λx .  beijou(x , y ) m

Joao  = j Lexico

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Saturacao como Aplicacao Funcional

S

Joaobeijou Maria

beijou( j , m)

 j   λx .  beijou(x , m)

λy .λx .  beijou(x , y ) m

Joao beijou Maria  =  beijou Maria(Joao)

Aplicacao Funcional

Seja  α  um no ramificado, cujos constituintes imediatos sao  β  e  γ .Se β   e uma funcao e  γ   pertence ao domınio de  β , entaoα  =  β (γ ).

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico suico

bla bla bla

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico   suico

λx .  suico(x )

suico  =  λx .  suico(x ) Lexico

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico   suico

λx .  medico(x )   λx .  suico(x )

medico  =  λx .  medico(x ) Lexico

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico suico   λx .  medico(x ) & suico(x)

λx .  medico(x )   λx .  suico(x )

medico suico  =  λx e .  medico(x ) &  suico(x )

Conjuncao Funcional

Seja  α  um no ramificado, cujos constituintes imediatos sao  β  e  γ ,tal que  β   e  γ   pertencam a  D e ,t . Neste caso,α  =  λx e .  β (x ) &  γ (x )

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico suico   j   λx .  medico(x ) & suico(x)

λx .  medico(x )   λx .  suico(x )

Joao  = j Lexico

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Modificacao como Conjuncao Funcional

S

Joaomedico suico

medico( j ) & suico( j )

 j   λx .  medico(x ) & suico(x)

λx .  medico(x )   λx .  suico(x )

Joao e um medico suico  =  medico suico(Joao)

Aplicacao Funcional

Seja  α  um no ramificado, cujos constituintes imediatos sao  β  e  γ .Se β   e uma funcao e  γ   pertence ao domınio de  β , entaoα  =  β (γ ).

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Um desafio: modificacao adverbial

(1) Maria dancou [graciosamente]

(2) Pedro cortou o bolo [rapidamente] [com uma faca] [nacozinha] [a meia-noite]

 O que as expressoes adverbiais acima denotam?

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Um desafio: modificacao adverbial

(3) Maria dancou graciosamente

  graciosamente  = ???

 Note que  graciosamente  parece qualificar a danca e naoMaria. Imagine que enquanto dancava, Maria tambemcantava, so que desafinadamente. Neste caso terıamos queMaria dancou graciosamente, mas Maria nao cantou

graciosamente.

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Um desafio: modificacao adverbial

(4) Pedro cortou o bolo [com a faca] [na cozinha] [ameia-noite].

 Note que essas expressoes adverbiais nao se parecem comargumentos: sao opcionais e aparecem em numero variavel.

(5) a. Pedro cortou o bolo.b. Pedro cortou o bolo com a facac. Pedro cortou o bolo na cozinhad. Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha ...

(6) a. *Pedro cortoub. *Pedro cortou o bolo o pao

 Tratar tais expressoes como argumentos implicaria numtratamento polissemico para os verbos.

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Modificacao Adverbial: acarretamentos

(1) Pedro cortou o bolo(2) Pedro cortou o bolo com a faca

(3) Pedro cortou o bolo na cozinha

(4) Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha

 (2) acarreta (1); (3) acarreta (1); (4) acarreta (1), (2) e (3)

  Note ainda que (2) e (3) juntas nao acarretam (4): Pedropode ter cortado o bolo com a faca em uma ocasiao (imagine

que ele estivesse na sala) e depois cortado o bolo novamente,desta vez na cozinha, mas com uma espatula.

  Seria interessante se a semantica pudesse lancar luz sobre essepadrao geral de acarretamento.

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Maria dancou graciosamente

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Maria dancou graciosamentedancou(e , m)

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito emadicao a seus argumentos tradicionais

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Maria dancou graciosamentedancou(e , m) & gracioso(e )

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito emadicao a seus argumentos tradicionais

  Certas expressoes adverbiais modificam esse argumentoeventivo

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Maria dancou graciosamente∃e  : dancou(e , m) & gracioso(e )

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito emadicao a seus argumentos tradicionais

  Certas expressoes adverbiais modificam esse argumentoeventivo

  O argumento eventivo e ligado por um operador existencial

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.cortou(e , p , b )

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito emadicao a seus argumentos tradicionais

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.cortou(e , p , b ) & com(e , f   ) & em(e , c )

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito em

adicao a seus argumentos tradicionais

  Certas expressoes adverbiais modificam esse argumentoeventivo

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A Teoria Davidsoniana (Davidson 1967)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.∃e  : cortou(e , p , b ) & com(e , f   ) & em(e , c )

 Verbos de acao tem um argumento eventivo implıcito em

adicao a seus argumentos tradicionais

  Certas expressoes adverbiais modificam esse argumentoeventivo

  O argumento eventivo e ligado por um operador existencial

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A Teoria Davidsoniana: acarretamentos

Pedro cortou o bolo com a faca   Pedro cortou o boloPedro cortou o bolo na cozinha    Pedro cortou o bolo

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha    Pedro cortou o bolo

Pedro cortou o bolo com a faca e Pedro cortou o bolo na cozinha

   Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha   Esse padrao de acarretamento pode ser explicado com o

auxılio de regras de inferencia da Logica de Predicados:

∃e  : P (e ) &  Q (e )  ∃e  : P (e )∃e  : P (e ) &  Q (e )  ∃e  : Q (e )∃e  : P (e ) &  ∃e  : Q (e )   ∃e  : P (e ) &  Q (e )

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamente

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamente

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamentedancou(e )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e o unico argumento desses verbos

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamentedancou(e ) & Agente(e , m)

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e o unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamentedancou(e ) & Agente(e , m) & gracioso(e )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e o unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

 certas expressoes adverbiais modificam o argumento eventivo

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Maria dancou graciosamente∃e  : dancou(e ) & Agente(e , m) & gracioso(e )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e o unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

 certas expressoes adverbiais modificam o argumento eventivo

  o argumento eventivo e ligado por um operador existencial

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.cortou(e )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e unico argumento desses verbos

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.cortou(e ) & Ag(e , p ) & Tema(e , b )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.cortou(e ) & Ag(e , p ) & Tema(e , b ) & Inst(e , f   ) & Loc(e , c )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

 certas expressoes adverbiais modificam o argumento eventivo

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro cortou o bolo com a faca na cozinha.∃e  : cortou(e ) & Ag(e , p ) & Tema(e , b ) & Inst(e , f   ) & Loc(e , c )

 todos os verbos - acionais e estativos - tem um argumentoeventivo implıcito (dancar, beijar, amar, saber, etc...)

  o argumento eventivo e unico argumento desses verbos

  os argumentos tradicionais sao vinculados ao argumentoeventivo atraves de papeis tematicos.

 certas expressoes adverbiais modificam o argumento eventivo

  o argumento eventivo e ligado por um operador existencial

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Breve nota sobre papeis tematicos

  Papeis tematicos caracterizam em linhas gerais o papeldesempenhado pelos participantes de um evento. Assim, porexemplo,  Agente   e aquele que inicia volicionalmente umaacao,  Tema  e aquilo ou aquele que e afetado diretamente por

uma acao,  experienciador   e aquele que experiencia algumevento ou que esta em um determinado estado mental, etc. . .

  Para uma discussao (que nao faremos nesse curso) sobre anatureza dos papeis tematicos e o quao especıficos/gerais eles

devem ser, consultar, entre outros, Parsons (1990) e Dowty(1991) e as referencias la encontradas.

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A Teoria Neo-davidsoniana (Parsons 1990)

Pedro ama Maria

∃s  : ama(s ) & Experienciador(s , p ) & Tema(s , m)

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Quantificacao

Nenhuma menina dancou.∃e  : dancou(e ) &  ¬∃x  : menina(x ) & Agente(e , x )

  Representacao incorreta. Verdadeira mesmo se algumasmeninas dancaram. O quantificador negativo precisa ter

escopo sobre o quantificador eventivo.

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Quantificacao

Nenhuma menina dancou.∃e  : dancou(e ) &  ¬∃x  : menina(x ) & Agente(e , x )

  Representacao incorreta. Verdadeira mesmo se algumasmeninas dancaram. O quantificador negativo precisa ter

escopo sobre o quantificador eventivo.

Nenhuma menina dancou.¬∃x  : menina(x ) &  ∃e   : dancou(e ) & Agente(e , x )

  Representacao correta. Falsa se alguma menina tiver dancado.

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Semantica Formal

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Negacao

Maria nao dancou.∃e  :   ¬[dancou(e ) & Agente(e , m)]

∃e  : dancou(e ) & ¬[Agente(e , m)]

∃e  :   ¬[dancou(e )] & Agente(e , m)

  Representacoes incorretas. Podem ser verdadeiras mesmo seMaria tiver dancado.

Maria nao dancou.¬[∃e  : dancou(e ) & Agente(e , x )]

  Representacao correta. Falsa se Maria tiver dancado.

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Semantica Formal

I l C l

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Implementacao Composicional

Sintaxe

S

Maria dancougraciosamente

Lexico

Maria  = mgraciosamente  =  λe .  gracioso(e )dancou =  λx .λe .dancou(e ) & Ag(e , x )

Regras Composicionais

Aplicacao Funcional;

Conjuncao Funcional

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Semantica Formal

M i d i

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Maria dancou graciosamente

Maria  = maria LexicoMaria  = maria Lexico

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Semantica Formal

M i d i

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Maria dancou graciosamente

λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x )

Maria  = maria Lexicodancou  =  λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x ) Lexico

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Semantica Formal

M i d i t

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Maria dancou graciosamente

maria   λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x )

Maria  = maria LexicoMaria  = maria Lexico

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Semantica Formal

M i d i t

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Maria dancou graciosamente

λe .  dancou(e ) & Ag(e , m)

maria   λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x )

Maria  = maria LexicoMaria dancou  =  dancou(Maria) Ap. Funcional

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Semantica Formal

Maria danco graciosamente

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Maria dancou graciosamente

λe .  dancou(e ) & Ag(e , m)

maria   λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x )

λe .  gracioso(e )

Maria  = maria Lexicograciosamente  =  λe .  gracioso(e ) Lexico

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Semantica Formal

Maria dancou graciosamente

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Maria dancou graciosamente

λe .  dancou(e ) & Agente(e , m) & gracioso(e )

λe .  dancou(e ) & Ag(e , m)

maria   λx .λe .  dancou(e ) & Ag(e , x )

λe .  gracioso(e )

Maria  = maria LexicoS  =  λe .  Maria dancou(e ) & graciosamente(e ) Conj. Func.

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Implementacao Composicional

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Implementacao Composicional

Sintaxe

S

Pedrocortou o bolo

com a faca

Lexico

Pedro  = po bolo  = ba faca  = f 

com  =  λx .λe .  Inst(e , x )cortou  =  λy .λx .λe .cortou(e ) &cortou  = Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

Regras Composicionais

Aplicacao Funcional;Conjuncao Funcional

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

Maria  = maria LexicoMaria  = maria Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )Maria  = maria Lexicocortou  =  λy .λx .λe .  cortou(e ) & Ag(e , x ) &  Tema(e , y ) Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

Maria  = maria Lexicoo bolo  = b Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

Maria  = maria Lexicocortou o bolo  =  cortou(o bolo) Apl. Funcional

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

Maria  = maria LexicoPedro  = pedro Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

λe .  cortou(e ) & Ag(e , p )&  Tema(e , b )

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

Maria  = maria LexicoPedro cortou o bolo  =  cortou o bolo(Pedro) Apl. Funcional

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Pedro cortou o bolo com a faca

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Pedro cortou o bolo com a faca

λe .  cortou(e ) & Ag(e , p )&  Tema(e , b )

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

λx .λe .  Inst(e , x )

Maria  = maria Lexicocom  =  λx .λe .  Inst(e , x ) Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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λe .  cortou(e ) & Ag(e , p )&  Tema(e , b )

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

λx .λe .  Inst(e , x )   f 

Maria  = maria Lexicoa faca  = f Lexico

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Pedro cortou o bolo com a faca

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λe .  cortou(e ) & Ag(e , p )&  Tema(e , b )

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

λe .  Inst(e , f   )

λx .λe .  Inst(e , x ) f 

Maria  = maria Lexicocom a faca  =  com(a faca) Apl. Funcional

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Semantica Formal

Pedro cortou o bolo com a faca

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λe .  cortou(e ) & Ag(e , p ) &  Tema(e , b ) & Inst(e , f   )

λe .  cortou(e ) & Ag(e , p )&  Tema(e , b )

pedro   λx .λe .  cortou(e ) &Ag(e , x ) &  Tema(e , b )

λy .λx .λe .  cortou(e ) &

Ag(e , x ) &  Tema(e , y )

b

λe .  Inst(e , f   )

λx .λe .  Inst(e , x ) f 

Maria  = maria LexicoS =  λe . Pedro cortou o bolo(e ) & com a faca(e ) Conj. Funcional

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Semantica Formal

Verbos de Percepcao (Higginbotham 1983)

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p¸ ( gg )

Pedro viu a bomba explodir∃e  : viu(e ) & Exp(e , p ) &  ∃e  :explodir(e ) & Tema(e , b ) & Tema(e , e )

[Note que a forma logica acima nao implica em Pedro ter visto abomba, o que parece correto.]

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Passivas

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Maria foi beijada∃e  : beijou(e ) &  ∃x  : Ag(e , x ) & Tema(e , m)

Maria foi beijada por Pedro∃e  : beijou(e ) &  ∃x  : Ag(e , x ) & Tema(e , m) & Ag(e , p )

[Seria interessante se conseguıssemos chegar a essas formas logicascom uma unica entrada para  beijar  e para a voz passiva.]

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Passivas (cf. Landman 2000:65)

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Maria foi beijada

foi beijada = [   pass  beijou ]

Mariapass   beijou

pass  =  λR .λy .λe .  ∃x   : R (y )(x )(e )

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Passivas

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λe .  ∃x  : beijou(e ) & Ag(e , x ) & Tema(e , m)

maria

Maria

λy .λe .  ∃x  : beijou(e ) &

Ag(e , x ) & Tema(e , y )

λR .λy .λe .  ∃x   : R (y )(x )(e )

pass

λy .λx .λe .  beijou(e ) &Ag(e , x ) & Tema(e , y )

beijou

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Semantica Formal

O agente da Passiva

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Maria foi beijada por Pedro.

Mariapass   beijou

por Pedro

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O Agente da Passiva

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λe .  [∃x  : beijou(e ) & Ag(e , x ) & Tema(e , m)] & Ag(e , p )

λe .  ∃x  : beijou(e ) &Ag(e , x ) & Tema(e , m)

maria

Maria

λy .λe .  ∃x  : beijou(e ) &Ag(e , x ) & Tema(e , y )

λR .λy .λe .∃x   : R (y )(x )(e )

pass

λy .λx .λe .  beijou(e ) &Ag(e , x ) & Tema(e , y )

beijou

λe .  Ag(e , p )

λx .λe .  Ag(e , x )

por

pedro

Pedro

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O Agente da Passiva

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Maria foi beijada por Pedro=  ∃e  : [∃x  : beijou(e ) & Ag(e , x ) & Tema(e , m)] & Ag(e , p )

=  ∃e  : beijou(e ) & Ag(e , p ) & Tema(e , m)=  Pedro beijou Maria

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Eventos e Tempo

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  Ate aqui investigamos alguns aspectos da composicao internade predicados de eventos. A seguir, falaremos sobre o

fechamento existencial da variavel de eventos e da relacaoentre eventos e tempo.

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O Fechamento existencial da variavel de eventos

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  Alem de indivıduos (tipo  e ) e eventos (tipo  s ), nossa

ontologia incluira tambem intervalos de tempo (tipo   i )  Sintaticamente, vamos assumir o seguinte esqueleto frasal

mınimo:

[TPt   Ti   [AspPi ,t 

  Asps ,it    [vPs ,t   . . . ] ] ]

  VPs denotam propriedades de eventos. Nucleos aspectuaisrelacionam eventos e intervalos de tempo (o tempo dereferenca reichenbachiano). Tempo introduz esse intervalo detempo, ancorando-o no momento de fala.

  A ideia e que os nucleos aspectuais - perfectivo, imperfectivoe perfeito - fecham existencialmente a variavel de eventointroduzida em v/VP. (cf. Klein 1994; Kratzer 1998)

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O Perfectivo

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Maria comeu o bolo[TP   pret  [AspP   perfectivo  [v/VP  maria comer o bolo ] ] ]

vP  =  λe .  comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b )

Perfectivo  =  λP .λt .  ∃e  : P (e ) &  τ (e ) ⊂  t 

AspP  =  λt .  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) &  τ (e ) ⊂ t 

pret  = Ipret   (um intervalo anterior ao momento de fala)

TP  =  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) &  τ (e ) ⊂ Ipret

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O Imperfectivo

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Maria comia o boloMaria estava comendo o bolo[TP   pret  [AspP   imp [v/VP  maria comer o bolo ] ] ]

v/VP  =  λe .  comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b )

Imp  =  λP .λt .  ∃e  : P (e ) &  t  ⊂ τ (e )

AspP  =  λt .  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) &  t  ⊂ τ (e )

pret  = Ipret   (um intervalo anterior ao momento de fala)

TP  =  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) & Ipret ⊂ τ (e )

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Breve nota sobre o imperfectivoM i i b l

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Maria comia o boloMaria estava comendo o bolo[TP   pret  [AspP   imp [v/VP  maria comer o bolo ] ] ]

∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) & Ipret ⊂ τ (e )

 Note que a formula acima implica na existencia de um eventocompleto da maria comer o bolo, o que nao parece correto(cf. Maria estava comendo o bolo quando teve um infarte emorreu).   E preciso modalizar a semantica do nucleoimperfectivo para evitar essa consequencia. Ver Portner

(1998) para uma analise deste tipo baseada em eventos, bemcomo uma serie de referencias a respeito. Ver Parsons 1990para um tratamento diferente.

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O Perfeito

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(As 5h,) Maria (ja) tinha comido o bolo[TP   pret  [AspP   perfeito  [v/VP  maria comer o bolo ] ] ]

v/VP  =  λe .  comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b )

Perfeito  =  λP .λt .  ∃e  : P (e ) &  τ (e ) < t 

AspP  =  λt .  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) &  τ (e ) < t 

sc pret  = Ipret/5h (um intervalo anterior ao momento de fala)

TP  =  ∃e  : comer(e ) & Ag(e , m) & Tema(e , b ) &  τ (e ) < Ipret

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