124
UC: Biologia Molecular - 2º sem 2014 Coordenadores: Prof. Julio Cezar Franco de Oliveira: Ciências Biológicas Integral termo [email protected] Profa. Ileana Rubio : Farmácia e Bioquímica Integral termo Profa. Lúcia Armelin Correa: Farmácia e Bioquímica Noturno termo Facebook: Monitoria Biomol Monitores: Mariana, Carolina, Filipe Pelo Facebook cadastrem-se no grupo dos monitores

Aula_1_bio_mol

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Historia Biologia molecular

Citation preview

  • UC: Biologia Molecular - 2 sem 2014

    Coordenadores:

    Prof. Julio Cezar Franco de Oliveira: Cincias Biolgicas Integral 4 termo [email protected]

    Profa. Ileana Rubio : Farmcia e Bioqumica Integral 4 termo

    Profa. Lcia Armelin Correa: Farmcia e Bioqumica Noturno 6 termo

    Facebook: Monitoria Biomol

    Monitores: Mariana, Carolina, Filipe

    Pelo Facebook cadastrem-se no grupo dos monitores

  • Cronograma

    BioMol Biologia - sextas 14-18hs Florestan

    Data Bio TEMAS DE AULAS

    15/ago Julio Abertura da UC_TCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 1

    22/ago Julio TCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 2

    29/ago Marcelo

    TCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 3

    12/set Julio TCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 4

    19/set Julio PRTICA: EXTRAO DE DNA / DIGESTO DE DNA

    26/set Julio PRTICA: PCR / ELETROFORESE

    03/out Julio PROVA 1

    10/out Julio REGULAO DA EXPRESSO GNICA

    17/out Julio CONSTRUO DE BIBLIOTECAS

    24/out Lcia

    O CNCER UMA DOENA GENTICA

    31/out Julio INFORMAO GENMICA

    07/nov Julio ORGANISMOS MODIFICADOS GENETICAMENTE

    14/nov Julio SEMINRIOS

    21/nov Julio Prova 2

    28/nov Julio Prova Sub

    05/12/2014 Julio EXAME

  • Avaliao

    2 Provas tericas (P1 e P2)

    Seminrios (S)

    P1+P2+S / 3 = Mdia

    Mdia:

    >= 6,0 aprovao direta

    3,0 a 5,9 Exame

    0 a 2,9 reprovao automtica

    Prova Substitutiva (fechada)

    Exame

  • Frequncia

    A frequncia importante? SIM ela FUNDAMENTAL !!!

    Mnimo de 75% de frequncia, ou seja:

    At 4 faltas Aprovado na frequncia

    5 faltas Reprovao AUTOMTICA na UC !

    A frequncia responsabilidade Do Aluno !

  • Seminrios

    Que rea da Biologia interessa mais ao grupo ?

    Sugesto aos grupos: Escolham Temas que despertem no grupo INTERESSE !

    O que te motivou a escolher o curso de Cincias Biolgicas ?

    Qual a vantagem (e a perda) em ser aprovado nesta UC

    sem levar em considerao as questes acima ?

    Que atuao Profissional como BILOGO voc poderia almejar ?

  • -Metilao do DNA

    -TRANSGNICOS

    -Engenharia gentica aplicada nanobiotecnologia: caracterizao

    sntese e aplicaes da Spider Silk, Introduo biomecnica molecular

    -Modificao do morango para uma melhor adaptao aos impactos

    diversos das mudanas climticas.

    -Determinao da presena de AKT no ncleo de clulas de melanoma e

    sua interao com substratos envolvidos na regulao da sobrevivncia

    celular.

    -Investigao Forense

    -Utilizao da PCR-TR no diagnstico de meningite

    -Biologia Forense

    -Sequenciamento genmico para conservao da biodiversidade

    Temas de seminrios de outras turmas

  • No basta escrever........

    ... preciso que o Professor

    consiga ler!!!!!!

  • Bibliografia 1- Biologia Molecular da Clula - Alberts cols (2009)

    2- Gentica - Um Enfoque Conceitual , Pierce, Benjamin A.

    3- Biologia Molecular do Gene - 5 Ed. 2006 , Watson, James D.; Baker, Tania A.; Bell, Stephen P.

    4- Introduo Gentica - 8 Edio 2006 , Gelbart, William M.; Lewontin, Richard C.; Anthony J. F. Griffiths.

    5- Genes VII - Tratado de Gentica Molecular, Benjamin Lewin

    6- Gene VIII, Benzamin Lewin (2004) (disiponvel na internet) A Cincia do DNA, Micklos, David A, & Freyer, Greg A.

    7- DNA Recombinante - Genes e Genomas, James D. Watson; Richard M. Myers; Amy A. Caudy; Jan A. Witkowski

    8- Molecular biology of the cell Alberts (2003) (disiponvel na internet)

  • Livros disponveis na biblioteca

    Consultem e estudem pelos livros !!!

  • R$29,61 : submarino, americanas

    Sugesto de leitura

    FUNPEC-Editora

  • Biologia Molecular - Definio

    O objetivo da Biologia Molecular encontrar, na estrutura de

    macromolculas, interpretaes

    para os fundamentos da vida

    Jacques Monod 1910 - 1976

    pela descoberta do controle gentico da sntese das enzimas

    Nobel de Fisiologia ou Medicina - 1965

  • Cincia Multi-disciplinar

    Gentica Bioqumica

    Microbiologia Bioinformatica

    Ecologia

    Paleontologia

    Biologia Molecular

  • Que molcula contm e transmite as caractersticas hereditrias nos seres vivos?

  • Frederick Griffith (1879 - 1941)

    1928: Estudando uma vacina contra a pneumonia na pandemia de gripe

    espanhola aps a 1 Guerra Mundial

    Streptococcus pneumoniae

    Cepa lisa virulenta (S)

    Cepa rugosa no-virulenta (R)

    Griffith, F., The significance of pneumococcal types (1928) J. Hyg. 27, 113-159.

  • O princpio transformante O experimento de Griffiht havia mostrado que cepas

    bacterianas no-patognicas podem se tornar infecciosas

    quando misturadas com uma cepa virulenta inativada por calor

    (Princpio Transformante)

    Oswald Avery 1877 - 1955

    Colin McLeod 1909 - 1972

    Maclyn McCarty 1911 - 2005

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

    1944: Identificaram o principio transformante

  • O princpio transformante

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

  • O princpio transformante

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

  • O princpio transformante

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

  • O princpio transformante

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

  • O princpio transformante

    Studies on the chemical nature of the substance inducing transformation of pneumococcal types, (1944) J. Exp. Med. 79:137-158.

  • Martha Chase (1930 - 2003) Alfred Hershey (1908 - 1997)

    1952: Durante a infeco viral, apenas o material gentico

    viral transferido para a clula

    hospedeira e promove a

    produo de novas partculas

    virais

    Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, (1952) J. Gen. Physiol.36: 39-56.

  • Experimento de Hershey e Chase

    Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, (1952) J. Gen. Physiol.36: 39-56.

    35S Protenas

    O Experimento do Liquidificador

  • Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, (1952) J. Gen. Physiol.36: 39-56.

    35S Protenas 32P DNA

    Experimento de Hershey e Chase O Experimento do Liquidificador

  • Martha Chase (1930 - 2003) Alfred Hershey (1908 - 1997)

    Usando marcadores radioativos, mostraram que o DNA de um vrus, e no suas protenas, que programam

    as clulas infectadas para fazer cpias do vrus

    Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, (1952) J. Gen. Physiol.36: 39-56.

  • Martha Chase (1930 - 2003) Alfred Hershey (1908 - 1997)

    1952: Experimento do Liquidificador

    Independent functions of viral protein and nucleic acid in growth of bacteriophage, (1952) J. Gen. Physiol.36: 39-56.

    pela descoberta do mecanismo de replicao e da estrutura gentica dos vrus

    Nobel de Fisiologia ou Medicina - 1969

  • Erwin Chargaff (1905 - 2002)

    1948: A razo molar A-T e G-C sempre a mesma em diferentes

    organismos estudados

    Organismo A T G C A/T G/C

    Mycobacterium

    tuberculosis 15.1 14.6 34.9 35.4 1.03 0.99

    Ourio-do-mar 32.8 32.1 17.7 18.4 1.02 0.96

    Levedura 31.3 32.9 18.7 17.1 0.95 1.09

    Rato 28.6 28.4 21.4 21.5 1.00 1.00

    Homem (fgado) 30.3 30.3 19.5 19.9 1.00 0.98

    Valores em porcentagem (%)

    Desoxypentosenuclease in Yeast and Specific Nature of Its Cellular Regulation, (1948) Science, 108(2814):628-629.

  • Maurice Wilkins (1916 - 2007) Rosalind Franklin (1920 1958)

    1952: Wilkins e Franklin obtm excelente imagem da molcula de DNA (difrao de raio-X)

    Revelando uma repetio regular de blocos moleculares correspondendo aos nucleotdeos e estrutura compatvel com

    uma alfa-hlice (Repeties de 34 ngstroms e Largura de 20 ngstroms )

    Wilkins, M.H.F., Stokes, A.R., and Wilson, H.R. (1953) Molecular Structure of Deoxypentose Nucleic Acids. Nature 171:738-740.

    Franklin, R. and Gosling, R.G. (1953) Molecular Configuration in Sodium Thymonucleate. Nature 171:740-741.

  • Francis Crick (1916 - 2007) James Watson (1928)

    1953: Propuseram um modelo para a estrutura do DNA

    Watson and Crick, Molecular structure of nucleic acids, (1953) Nature 171::737-738.

  • Watson, J.D. and Crick, F.H.C. (1953) Molecular structure of nucleic acids. Nature 171::737-738.

    25-04-1953

  • Contriburam para o modelo..... Erwin Chargaff

    Quantificou as bases nitrogenadas (adenina, timina, citosina e guanina) em diferentes organismos e demonstrou existir uma

    razo constante entre A-T e C-G (Evidncia para pareamento entre as bases nas duas fitas de DNA)

    Linus Pauling Descreveu a estrutura de alfa-hlice para protenas

    (Mostrou que estrutura de alfa-hlice era possvel)

    Rosalind Franklin e Maurice Wilkins Realizaram estudos de difrao de raios-X com DNA

    (Seus dados foram fundamentais proposio da estrutura da

    dupla-hlice)

  • por suas descobertas a respeito da estrutura molecular dos cidos nuclicos e sua significncia para a transferncia da informao nos seres vivos

    Nobel de Fisiologia ou Medicina - 1962

    Wilkins Crick Watson Steinbeck Perutz Kendrew

  • Ligao Fosfodiester: 3-hidroxila da desoxirribose (nt 1) + grupo fosfato (nt 2)

    Esqueleto

    Acar-Fosfato

    O Modelo de Watson e Crick A estrutura molecular do DNA

  • O Modelo de Watson e Crick A estrutura molecular do DNA

    Dupla-fita complementar A T

    C G

  • O Modelo de Watson e Crick A estrutura molecular do DNA

    As fitas so anti-paralelas

  • Tcnicas de Biologia Molecular 1

    PURIFICAO DE DNA/RNA

    ENZIMAS DE RESTRIO E MODIFICAO

    DNA LIGASE

    ELETROFORESE

  • Mutaes, nmero de

    cpias do gene: DNA

    Pergunta do projeto/seminrio:

    o que vou estudar?

    Dogma Central da Biologia

    Expresso gnica: RNAm Protena Localizao celular: protena

    Atividade biolgica: protena

  • Cultura de clulas (bacteriana- clulas humanas- levedura etc).

    Amostra tecidos fresco e congelado

    Amostra de tecidos em blocos de parafina

    Sangue perifrico

    Material a ter DNA/RNA/Protenas extrados

  • Programa

    PURIFICAO DE DNA e RNA

    ENZIMAS DE RESTRIO E MODIFICAO

    DNA LIGASE

    ELETROFORESE

  • Relevncia

    Geralmente, a extrao de DNA o primeiro passo de uma anlise molecular:

    Testes forenses

    Identificao de organismos

    Diagnstico de doenas

    (identificao de mutaes)

    Isolar genes = clonagem

    Sequenciamento

    Extrao de RNA:

    - Determinar expresso gnica (RNAm)

    - Isolar genes = clonagem

    - Regulao da expresso gnica (microRNAs)

  • Consideraes Iniciais

    Natureza/Origem do cido nuclico

    DNA ou RNA

    Procarioto ou eucarioto

    Nuclear ou de organela

    Genmico ou plasmidial

    Quantidade (ilimitada/limitada)

    Pureza/qualidade (baixa, alta)

  • DNA

    Cromatina

    RNAm

    RNAr

    RNAt

    DNA

    O DNA e RNAs esto localizados no interior das clulas

    Envolto por todas as estruturas celulares

    necessrio isol-lo do contedo celular

    DNA

    cromossmico

    RNAr

    RNAm

    RNAt

    Membrana plasmtica

    Parede celular

    Cpsula

    Citoplasma

    Procarionte Eucarionte

    DNA

    Plasmidial

  • Estratgias de extrao de DNA

    1- Desintegrao dos tecidos e/ou lisar as clulas

    2- Extrao e Solubilizao do DNA

    3- Processo de purificao

    Extrao com solventes orgnicos

    (fenol/clorofrmio); ou

    Processos cromatogrficos Troca inica

    Filtrao em gel

    Afinidade

    Precipitao

  • 1-Desintegrao dos tecidos Aumento da superfcie de contato

    Usar foras mecnicas para romper a integridade do tecido e expor as clulas

    Quanto menor o tamanho dos fragmentos do tecido, maior ser a

    superfcie de contato

    e a exposio ao

    tampo de extrao

    Logo, mais eficiente ser a extrao

  • 2- Extrao e solubilizao do DNA

    Tampo de Extrao

    Tem a funo de solubilizar os cidos nuclicos

    Pode auxiliar na lise das clulas, ncleos e organelas

    Pode ocorrer simultaneamente ou no desintegrao (adio de Tampo de Extrao antes ou aps a desintegrao)

  • Tampo de Extrao

    Principais constituintes

    Substncias tamponantes (pH=8)

    Detergentes

    Inibidores de nucleases (quelantes

    de ctions - inibe as DNAses)

    Proteases

    2- Extrao e solubilizao do DNA

  • Tampo de Extrao

    Detergentes

    Dissolvem os lipdios das membranas (celular e nuclear)

    Dissociam as protenas dos cidos nuclicos

    Inibem ao das nucleases (desnaturao)

    Triton X-100 ou Nonidet P-40

    n = 9 - 10

    CH -C-CH -C3 2

    CH3|

    CH3

    |

    CH3

    |

    | |

    CH3|

    O(CH -CH 0) H2 2 n

    brometo de N-cetil-N,N,N-trimetilamnio

    (cetil = hexadecil) CTAB

    CH - (CH ) - 3 2 15 N - CH3

    CH3

    |

    CH3|+

    -Br

    deoxicolato de sdio

    CH3

    CH3

    HO

    HO

    O- Na+

    O

    -

    =

    dodecil sulfato de sdio

    lauril sulfato de sdio

    SDS

    Na+CH -(CH )3 2 11-O-S-O-

    O

    =

    O

    =

    lauril

    CH - (CH ) - 3 2 10 C - N - CH - C2

    CH3

    |

    O

    |O- Na+

    =

    O

    =

    lauroil sarcosinato de sdio

    sarcosil

    lauroil sarcosina

    aninico No inico Regio hidrofbica

    2- Extrao e solubilizao do DNA

  • Tampo de Extrao

    Proteases

    Clivam as protenas que se ligam ao DNA e enzimas que degradam DNA e outras protenas, inativam nucleases.

    (Pronase E ou Protenase K)

    Inibidores de nucleases

    DNases A grande maioria depende de Mg2+ como cofator

    EDTA quelante Mg2+ e inibe ao das DNases

    RNases Muito estveis

    Resistem a desnaturao trmica

    No requerem cofatores

    Inibidores extremamente potentes DEPC (cancergeno)

    Resultado: uma sopa formada pelos restos celulares,

    cidos nuclicos e

    contedo

    citoplasmtico

    2- Extrao

  • 3- Purificao do DNA Solvel (DNA) vs. Insolvel

    O extrato fracionado em material solvel (DNA) e material

    insolvel (restos celulares)

    Centrifugao

    Filtrao

  • 3- Purificao de DNA DNA vs. outros solutos

    Solventes orgnicos

    Fenol (pH8,0) / Clorofrmio

    Desnatura e extrai as protenas

    DNA na fase aquosa

    Protenas na fase orgnica

    Dificuldades

    Demorado

    Trabalhoso

    Txico

    Perde material

  • 3- Purificao de DNA Precipitao

    Adio de sal (NaCl, NaOAc, NH4OAc, KOAc)

    Os ctions monovalentes se ligam aos grupamentos fosfato do DNA, neutralizando suas cargas eltricas

    Minimiza a repulso eletrosttica entre as molculas de DNA, permitindo que elas se agreguem e precipitem

    Adio de lcool (etanol, isopropanol)

    O lcool promove a retirada das molculas de gua que revestem os cidos nuclicos, provocando a compactao das molculas (grau de compactao: 9X)

    Maior compactao, maior agregao

    Incubao a -20C

    Diminui agitao das molculas

    Facilita agregao

    Centrifugao (30 min, 10.000 rpm, 4C) DNA pellet

  • 3- Purificao de DNA Colunas de Troca Inica (tipo aninica - matriz com carga +)

    Slica ou DEAE

    DNA se liga a slica

    Lavagens sucessivas removem as impurezas

    DNA eludo da coluna

    Comparao

    Mais rpido

    DNA mais puro

    Mais caro

  • Eluio

    O DNA (pellet ou coluna) deve ser dissolvido/eludo em uma soluo de baixa fora inica (gua,TE)

    Esta soluo pode conter RNase para destruir o RNA presente

    3- Purificao de DNA

  • Extrao de RNA

    Controle da contaminao com Rnases

    Exgena Manipulao: uso de luvas

    Solues: tratamento com dietil-pirocarbonato (DEPC)

    Vidraria: queimar por 3 horas a 250C

    Plsticos: descartveis e livres de RNase

    Endgena Adio de Inibidores de Rnases

    H2O DEPC

  • Extrao de RNA Lise Celular: com Trizol: fenol e sais de guainidina:

    iniben RNAases.

    Tecidos: mecnica

    Sangue: agitao

    Separao de fases: RNA em fase aquosa, DNA na interfase, protenas na fase orgnica

    Precipitao do RNA: com isopropanol

    (lcool)

  • Quantificaco e pureza dos acidos nuclicos

    Leitura da absorbncia a 260nm (A260)

    DO260 = 1 50ng/uL DNAds

    40ng/uL RNA

    Desvantagens: no diferencia DNA de RNA

    Interferncia com compostos contaminantes da extraco

  • Quantificaco e pureza dos acidos nuclicos

    DNA relao 260/280

    A260 /A280 = 1,75 1,8 DNA de boa qualidade

    A260 /A280

  • Hora do Recreio

  • Programa

    PURIFICAO DE DNA

    ENZIMAS DE RESTRIO E MODIFICAO

    DNA LIGASE

    ELETROFORESE

    SOUTHERN BLOT

  • Enzima de Restrio-tesouras moleculares

    1968: Arber descreve a presena das enzimas de restrio em extratos de E. coli

    1970: Smith descreve a primeira enzimas de restrio que corta o DNA em um stio especfico

    1971: Nathans obtm o primeiro mapa de restrio

    Smith, H. O. and K. W. Wilcox, A restriction enzyme from Haemophilus influenzae: Purification and general properties (1970) J. Mol. Biol. 51: 379-391.

    Werner Arber 1929

    Daniel Nathans 1928 - 1999

    Hamilton O. Smith 1931

    pela descoberta das enzimas de

    restrio e suas

    aplicaes nos

    problemas de

    gentica

    molecular

    Nobel de Fisiologia ou

    Medicina - 1978

  • A Guerra Natural

    Bactrias vs. Fagos (bacterifagos)

    Durante a infeco viral, para se defender, as bactrias precisam destruir o DNA invasor dos fagos sem afetar o seu prprio DNA

  • A Guerra Natural

    As bactrias desenvolveram um sistema de defesa contra DNAs invasores

    Duas poderosas Armas As Enzimas de Restrio

    As Enzimas de Modificao

  • Enzimas de Restrio

    Enzimas que se ligam ao DNA e o cortam em stios especficos (stios de restrio)

    Tambm chamadas de endonucleases porque cortam o DNA internamente

  • Enzimas de Restrio Cada espcie de bactria tem a sua enzima de

    restrio que reconhece um stio especfico

    Mais de 3.000 enzimas de restrio j foram identificadas

    EcoRI enzima da Escherichia coli corta em 5--- G-A-A-T-T-C ---3 3--- C-T-T-A-A-G ---5

    BglII enzima da Bacillus globiggi corta em 5--- A-G-A-T-C-T ---3 3--- T-C-T-A-G-A ---5

    HindIII enzima da Haemophilus influenzae corta em 5--- A-A-G-A-T-T ---3 3--- T-T-C-G-A-A ---5

    Exemplo: EcoRI

    Gnero: Escherichia

    Espcie: coli

    Cepa: R

  • Enzimas de Modificao

    Para garantir que apenas o DNA viral (invasor) ser

    degradado, a bactria

    modifica o seu prprio

    DNA nos stios que

    seriam atacados pela

    enzima de restrio

    Sistema de Metilao (A ou C)

  • Enzimas de Modificao

  • Enzimas de Modificao A bactria destri o DNA no-modificado com as enzimas de.

    Restrio,

    enquanto o seu prprio DNA esta protegido por ao de enzimas de modificao

  • Stios de Restrio

    Tamanho: 4 a 8 pares de base

    4

    5

    6

    7

    8

    Recombinant DNA, Watson e col.

  • Stios de Restrio

    Freqncia em que ocorrem:

    onde n o nmero de pares de base no stio de restrio

    4-base cutter: 44 = 256 bp

    6-base cutter: 46 = 4,096 bp

    8-base cutter: 48 = 65,536 bp

    4n

  • Stios de Restrio

    So repeties invertidas (Palndromes- Maioria) (comerciais)

    socorram me em marrocos subi no onibus

    5----- G - A - A - T - T - C ----3

    3----- C - T T - A - A - G ----5

  • Stios de Restrio

    Por que um palndrome ?

    As enzimas de restrio

    so dmeros formados por

    2 subunidades idnticas

    O eixo de simetria da

    enzima o mesmo da

    seqncia do DNA

  • Stios de Restrio

  • Stios de Restrio

    As enzimas de restrio cortam cada fita do DNA na mesma posio do palndrome

  • Stios de Restrio Os cortes das enzimas de restrio podem produzir

    Extremidades abruptas (bunt-ends)

    Extremidades coesivas (stick-ends)

  • Stios de Restrio As extremidades coesivas podem ser

    5- protuberantes (5- overhangs) P- 3- protuberantes (3- overhangs) -OH

    5- protuberante 3- protuberante

  • BamHI

    5.ACTGTACGGATCCGCTA.3 3.TGACATGCCTAGGCGAT.5

    BamHI

  • BamHI

    5.ACTGTACGGATCCGCTA.3 3.TGACATGCCTAGGCGAT.5

    BamHI

  • BamHI

    5.ACTGTACG GATCCGCTA.3 3.TGACATGCCTAG GCGAT.5

  • BamHI

    extremidades coesivas (extremidades 5 protuberantes)

  • Extremidades Compatveis

    5.ACTGTACG GATCCGCTA.3 3.TGACATGCCTAG GCGAT.5

    BamHI

    5.TGCTAGCG GATCCAATC.3 3.ACGATCGCCTAG GTTAG.5

    BamHI

    5.ACTGTACGGATCCAATC.3 3.TGACATGCCTAGGTTAG.5

    BamHI

  • Extremidades Compatveis

    5.ACTGTACG GATCCGCTA.3 3.TGACATGCCTAG GCGAT.5

    BamHI

    5.TGCTAGCA GATCTAATC.3 3.ACGATCGTCTAG ATTAG.5

    BglII

    5.ACTGTACGGATCTAATC.3 3.TGACATGCCTAGATTAG.5

    BamHI

    BglII x

  • EcoRV

    5.ACTGTACGATATCGCTA.3 3.TGACATGCTATAGCGAT.5

    Extremidades Abruptas

  • 5.ACTGTACGAT ATCGCTA.3 3.TGACATGCTA TAGCGAT.5

    EcoRV

    Extremidades Abruptas

  • 5.ACTGTACGAT ATCGCTA.3 3.TGACATGCTA TAGCGAT.5

    extremidades abruptas (Podem se ligar com outras molculas

    de DNA com extremidades abruptas)

    EcoRV

    Extremidades Abruptas

  • Extremidades Abruptas

    5.ACTGTACGAT ATCGCTA.3 3.TGACATGCTA TAGCGAT.5

    EcoRV

    5.TGCTAGCCCC GGGAATC.3 3.ACGATCGGGG CCCTTAG.5

    SmaI

    5.ACTGTACGATGGGAATC.3 3.TGACATGCTACCCTTAG.5

    EcoRV

    SmaI x

  • 1- DNA

    2-Tampo ou Buffer especfico da enzima

    3- Enzima de restrio

    1ul DNA (1ug)

    2ul Tampo2 (10X)

    1uL EcoRI (1U/uL)

    16ul H2O

    20uL

    Incubar 2hs 37oC

    Reao com enzima de Restrio

    Concentrao final na reao

    Tampo= 1X

    Enzima= mximo 10%

  • Programa

    PURIFICAO DE DNA

    ENZIMAS DE RESTRIO E MODIFICAO

    DNA LIGASE

    ELETROFORESE

    SOUTHERN BLOT

  • DNA Ligase (enzima de modificao)

    Quando molculas de DNA com extremidades coesivas se unem, apenas pontes de hidrognio

    so formadas entre os nucleotdeos

    complementares

    Estas pontes de hidrognio no so estveis o suficiente para serem permanentes

    A DNA Ligase une as extremidades das molculas de DNA e restabelece a ligao fosfodiester

  • O Modelo de Watson e Crick A estrutura molecular do DNA

    As fitas so anti-paralelas (alfa hlice) A T

    C G

  • DNA Ligase, cola molecular

  • DNA Ligase

    Pareamento das bases complementares

  • DNA Ligase

    Ligao fosofdiester refeita

  • DNA Ligase: qual reao mais fcil de acontecer?

    5.ACTGTACGAT GGGGCTA.3 3.TGACATGCTA CCCCGAT.5

    +

    extremidades cegas (blunt)

    extremidades coesivas

  • Exonuclease X Endonucleases

    Enzimas de restrio: endonucleases

    Que so exonucleases?

    - Enzimas que digerem o DNA , fita simples ou dupla, desde a extremidade

    Lambda Exonuclease : atividade 5'3' exonuclease de fita dupla: cataliza a remoo de mononucleotideos 5 mononucleotides da fita dupla de DNA

    Exonuclease 1: atividade 3' 5 exonuclease de fita simples

    Ex. DNA polimerase I

  • Mapa de restrio Representao esquemtica de uma molecula de DNA (circular o linear) indicando os

    stios de corte das enzimas de restrio

  • Mapa de restrio

    Como analisar os fragmentos gerados aps digesto de DNA com enzimas de restrio?

  • Programa

    PURIFICAO DE DNA

    ENZIMAS DE RESTRIO E MODIFICAO

    DNA LIGASE

    ELETROFORESE

    SOUTHERN BLOT

  • Eletroforese

    uma importante ferramenta da Biologia Molecular

    Pode ser usada para:

    identificar molculas especficas de DNA obtidas aps digesto com enzimas de restrio

    Comparar genomas

    Cincia forense

  • Eletroforese

    Pode ser til para a avaliao da integridade de uma amostra de DNA

    DNA genmico de alta qualidade

    >95% alto peso molecular

    Banda intacta prxima ao topo do gel

    Pouca evidncia de fragmentos pequenos (smear)

    Avaliar se a reao funcionou

  • Eletroforese Pode ser til para a avaliao da

    integridade de uma amostra de RNA

  • Eletroforese em gel de agarose

    Definio

    Um mtodo usado para separar macromolculas como cidos nuclicos (DNA e RNA) e protenas

    Mtodo baseado na migrao destas molculas atravs de um suporte sob influncia de um campo eltrico

    a velocidade de migrao depende do tamanho, da forma e da carga eltrica total da molcula

    +

    -

  • Eletroforese

    A corrente eltrica ao passar atravs do suporte cria um campo

    eltrico

    O DNA tem carga negativa (fosfatos) e por isso repelido do

    polo negativo (anodo) e atrado

    pelo polo positivo (catodo)

    A corrente eltrica aplicada fora os fragmentos de cidos

    nuclicos a se mover atravs do

    suporte

    Biologia Molecular, Turner e col.

  • Eletroforese

    Aparato

    Cuba de eletroforese

    Fonte

    Rack do gel (barquinha)

    Pentes

    Rack Pentes

    Fonte

    Cuba

  • Eletroforese

    Suporte

    Gel para separao dos cidos nuclicos

    Agarose ou Acrilamida

    Funcionam como esponjas (polmero), retardando a passagem

    das molculas conforme

    seus tamanhos

  • Agarose

    Polissacardeo linear extrado de algas

    Repeties de Agarobiose

    D-galactose

    3,6-anhydro L-galactose

    Substncia gelatinosa, slida a temperatura ambiente

    Precisa ser aquecida para gelificar

    Temp. fuso: 66C

    Temp. gelificao: 30C

    D-galactose 3,6-anhydro L-galactose

  • Agarose

    Agarose solidificada porosa, permitindo a

    migrao dos cidos

    nuclicos

    Scanning Electron Micrograph of Agarose Gel (11 m)

  • Poli-Acrilamida Poli-Acrilamida

    Acrilamida (linear)

    Bis-acrilamida (cross-linker)

    Possui poros menores que a agarose

    Ideal par separao de fragmentos pequenos

    de DNA e protenas

  • Eletroforese

    Horizontal Vertical

    Power Supply

    Gel running

    Gel

    running

  • Eletroforese

    Tampo de Corrida

    Fornece a fora inica para passagem da corrente eltrica

    Composio

    Agente Tamponante (Tris-HCl)

    Sal (Borato, Acetato, Glicina)

    Quelante (EDTA)

    Tampo TAE (Tris - Acetato - EDTA)

    Tampo TBE (Tris - Borato - EDTA)

    Tampo SB (Sdio - Borato)

  • Velocidade de migrao

    A migrao dos cidos nuclicos depende apenas do seu tamanho

    Molculas menores migram mais rpido que as molculas grandes

    Vai depender tambm

    Intensidade do campo eltrico (voltagem)

    da fora inica do tampo de corrida

    da concentrao do gel

    (-)

    (+)

  • Fazendo um gel de agarose

    O gel de agarose preparado combinando-se agarose (p) e tampo

    O tampo o mesmo que ser utilizado na eletroforese (tampo de corrida)

    Normalmente se usa concentraes de 1 a 3%

    p.e. gel 1% (1g de agarose + 100mL de tampo)

    Agarose

    Tampo

  • Fazendo um gel de agarose

    Agarose insolvel a temperatura ambiente

    Precisa ser aquecida (>70C) para ser dissolvida (2min. microndas)

  • Fazendo um gel de agarose

    Esfriar o gel (~45C)

    Derram-lo no rack (barquinha)

    Evitar a formao de bolhas

    Colocar os pentes

    Os pentes devem ficar submersos no gel

    Os pentes vo formar os poos onde o DNA ser aplicado

  • Fazendo um gel de agarose

    Quando fria, a agarose polimeriza (gelificao)

    30-40 minutos

    Os pentes devem ser retirados

  • Fazendo um gel de agarose

    Transferir o gel para a cuba de eletroforese

    Cobrir o gel com o Tampo de Corrida

  • Preparando as amostras antes de aplicar no gel

    Tampo de Amostra

    Glicerol (aumenta a densidade)

    permite que o DNA permanea no poo

    Corante (Azul de bromofenol ou Xileno Cianol)

    Permite a visualizao das amostras

    Permite avaliar o tempo de corrida

  • Carregando o gel

    As amostras so aplicadas em cada um dos poos do gel que est na cuba com tampo de corrida

  • Correndo a eletroforese

    Ao aplicar um campo eltrico, as amostras iro

    migrar em direo ao plo

    positivo

  • Correndo a eletroforese

    O corante migra junto com as amostras, permitindo a visualizao da corrida

    (-)

    (+)

    DNA (-)

  • Corando o DNA no gel

    Brometo de Etdio

    Corante fluorescente visualizado quando excitado

    por luz UV

    Intercalante de DNA

    Permite visualizao do DNA

    Pode ser adicionado ao gel (antes da gelificao) ou o gel pode

    ser corado aps a corrida

    Mutagnico

  • Alternativas para o Brometo de Etdio

    SYBR Gold

    SYBR Safe

    Gel Ready

    Wards - QUIKView DNA Stain

    Carolina BLU Stain

    Vantagens

    Baratos

    Menos txicos

    Desvantagens

    Menos sensveis

    Necessita maior quantidade de DNA no gel

    Maior tempo de colorao / descolorao

    QuikVIEW stain SYBR Gold

  • Corando o DNA no gel

    Submergir o gel na soluo de colorao

    Aguardar alguns minutos (20-30)

    Remover o excesso de corante com gua

  • Visualizando DNA no gel

    Transiluminador de Ultra Violeta (UV)

  • Tamanho dos fragmentos de DNA

    (-)

    (+)

    bromophenol blue

    DNA

    migration

  • Tamanho dos fragmentos de DNA

    Padro de peso molecular (DNA Ladder )

    Fragmentos de DNA com tamanhos conhecidos

    Permite a determinao do tamanho dos fragmentos

    de DNA submetidos a

    eletroforese

    100

    200

    300

    1.650

    1.000

    500

    850

    650

    400

    12.000 bp

    5.000

    2.000

    (-)

    (+)

    bromophenol blue

    DNA

    migration

    3.000

    4.000