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    CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

    ATENDENTE DE REINTEGRAO

    PROF. EDSON MARQUES

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    CURSO DE TEORIA E EXERCCIOSATENDENTE DE REINTEGRAO SECRIANA/DF

    AULA 01 Administrao PblicaProf. Edson Marques

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    Ol! Como vai?

    Eu sou o Prof. Edson Marques1

    , vou ministrar o curso deDireito Administrativo, teoria e exerccios, para oconcurso da SECRETARIA DE ESTADO DEPOLTICAS PARA CRIANAS, ADOLESCENTES EJUVENTUDE (SECRIANA/DF), voltado para o cargode ATENDENTE DE REINTEGRAO.

    Essa sem dvida uma tima oportunidade. Eu sempre

    acredito que nessas pocas surgem excelentesconcursos para os antenados. Este um exemplo.

    Bem, nosso curso, ser dividido da seguinte forma:

    Aula 01: 1. Administrao Pblica. 6. rgos.

    Aula 02: 2. Poder Hierrquico. 3. Polcia e Poder de

    Polcia.

    Aula 03: 4. Ato Administrativo.

    Aula 04: LC n. 840/2011 (1 parte). 5. Servidor Pblico.

    6. Agentes Pblicos.

    Aula 05: LC n. 840/2011 (2 parte)

    Ento, vamos que vamos. Grande abrao, bons estudos e

    bem-vindo a esta jornada vitoriosa.

    Bsb, 28/09/2015

    Edson Marques

    1 Ocupo o Defensor Pblico Federal, com atuao junto ao STJ. Ministro aulas em cursos preparatrios para

    concursos, graduao e ps-graduao em Braslia nas cadeiras de Direito Administrativo e Direito

    Constitucional. Em relao a minha experincia em concursos pblicos, que considero razovel, passa pelos

    cargos de Advogado da Unio, Analista Judicirio no STJ e STF, Tcnico Judicirio no STJ, Tcnico de

    Finanas e Controle no Min. Fazenda. Obtive, ainda, aprovao em diversos outros certames, tal como

    Procurador da Fazenda Nacional, Delegado de Polcia Federal, Advogado Junior da CEF, Tcnico Judicirio

    TST, Analista Judicirio Execuo de Mandados do TRF 1 Regio e do TJDFT, dentre outros.

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    S U M R I O

    1.Organizao Administrativa ....................................................................... 4

    Desconcentrao e Descentralizao poltica ................................................ 4

    Desconcentrao e Descentralizao Administrativa ................................... 10

    2.Administrao Pblica Direta ................................................................... 14

    rgos Pblicos ............................................................................................ 16

    2.1.1 Classificaes dos rgos .................................................................... 22

    3.Administrao Pblica Indireta ................................................................ 23

    Autarquias ................................................................................................... 24

    Fundaes Pblicas ..................................................................................... 31

    Empresas Estatais ........................................................................................ 33

    4.

    Administrao: Sentidos........................................................................... 38

    5.QUESTES COMENTADAS ......................................................................... 40

    6.QUESTES SELECIONADAS ...................................................................... 57

    7.GABARITO ................................................................................................ 64

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    Antes de adentramos ao ponto central desta aula,devemos partir da noo de Estado, para ento compreendermos osinstitutos que merecem nossa ateno.

    Pois bem. sabido que o Estado, instituio poltica, foi

    criado para cuidar dos interesses coletivos. Por isso, devemosconsider-lo como sendo o 1 setor, visto ser uma das primeirasinstituies criadas pelo homem.

    No Estado, 1 setor, como regra, tem-se a submisso aoregime de direito pblico (regime especial), a prevalncia do interessepblico (supremacia do interesse pblico sobre o privado), bem comoa indisponibilidade desse interesse. Por tudo isso, dizemos que se trata

    de setor pblico, de modo que as pessoas que so criadas neste setorso pessoas jurdicas de direito pblico.

    Com efeito, o Estado (1 setor) compreendido comoum ente poltico. Isto , trata-se de uma pessoa jurdica,politicamente organizada, de modo a contemplar trs elementosessenciais, sendo povo, territrio e soberania ou governo. Hquem ainda inclua a finalidade.

    Essa definio parte dos estudos formulados porMontesquieu, para quem o Estado, organizao poltica, concebidopara bem promover os interesses coletivos (finalidade) e, portanto, serdemocrtico.

    E, para isso, deve o Estado contemplar a existncia daseparao de poderes, ou seja, no pode haver a concentrao defunes (Poder) ou atividades em um nico rgo ou pessoa,

    sob pena desse Estado se tornar absolutista.

    1. Organizao Administrativa

    1.1 Desconcentrao e Descentralizao poltica

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    Por isso, formulou Montesquieu a chamada separao de

    poderes estatais, que fora adotada por nossa Constituio (tripartiode poderes), ao prev a existncia de funes distintas a ser conferidaa rgos distintos do Estado, ou seja, ao Executivo, Legislativo eJudicirio.

    Esse processo, de separar poderes, criando rgosdistintos para realizar cada uma de suas funes polticas denominado de desconcentrao poltica.

    Perceba que a funo executiva tambm

    denominada administrativa e, por isso, muitas vezes se confunde oPoder Executivo com a Administrao Pblica. Todavia essasimplificao no correta na medida em que a Administrao Pblicase encontra inserida nos trs poderes, conforme se constata do art.37, caput, da Constituio Federal:

    Art. 37. A administrao pblica direta e

    indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpiosobedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e

    eficincia e, tambm, ao seguinte:

    Explico Isso.

    que, muito embora haja essa diviso de funes(legislativa, executiva e judiciria), sendo cada funo exercida deforma primordial ou principal por um rgo independente (alm de

    LEMBRE-SE: O Estado uma organizao poltica,

    dotada de personalidade jurdica de direito

    pblico, que, modernamente, congrega trs

    funes ou poderes (Legislativo, Judicirio e

    Executivo).

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    seus rgos auxiliares), ou seja, como funo tpica, possvelverificar que h funes atpicas ou anmalas, que tambm sero

    exercidas concomitantemente por tais rgos de Poder.

    Observe que cada funo exercida por rgosespeciais definidos como Poder Executivo, Poder Judicirio ePoder Legislativo, significando dizer que um no est subordinadoaos outros (independentes), tendo suas limitaes e prerrogativasconferidas constitucionalmente, mas, por outro lado, um controle ooutro (harmnicos = check and balance sistema de freios e

    contrapesos).

    Ento, vale ressaltar que cada Poder (rgo queexerce a funo poltica do Estado) alm de sua funo tpica(finalstica), exerce outras funes, de forma atpica ouanmala.

    Por exemplo, ao Poder Executivo cabe o exerccio da

    funo tpica administrativa, que de gerir a mquina estatal, realizaros servios pblicos e concretizar as polticas pblicas, dentre outrasatividades. No entanto, tambm cabe, de forma atpica, o exerccio dasfunes legislativas (tal como a edio de Medidas Provisrias, leisdelegadas etc) e de julgar2 (conduo de processos administrativosetc).

    Por outro lado, aos demais Poderes, isto , ao Legislativoe ao Judicirio caber o exerccio de forma atpica ou anmala das

    funes que seriam funes tpicas de outro poder.

    Assim, alm de legislar e fiscalizar os gastos pblicos, aoLegislativo cabe realizar a organizao e funcionamento de suasatividades (funo administrativa), bem como julgar os parlamentarespor falta de decoro ou, no mbito do Senado, por exemplo, julgar o

    2 Parte da doutrina no admite o exerccio da funo jurisdicional por parte do Executivo, sob o fundamento

    de que suas decises, em processos administrativos, no teriam a fora de coisa julgada, ou seja, no seriadefinitiva, ante a possibilidade de reviso pelo Judicirio.

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    Presidente por crime de responsabilidade (funo judiciria).

    De igual forma, ao Poder Judicirio, alm de dizer odireito no caso concreto, promovendo a pacificao social, resolvendoos conflitos de interesse (funo judiciria), tambm ter que gerirseus servios, seus servidores, realizar concursos, licitaes etc(funo administrativa) e elaborar seu regimento interno e expedirresolues administrativas (funo legislativa).

    Por isso, ante essa complexidade de atuaes e as

    inmeras atividades que devem desempenhar o Estado, alm de suasfunes primordiais (poderes), necessria uma organizada estruturaadministrativa a fim de promover seus objetivos.

    Nesse sentido, e como j ressaltamos, foi estabelecidaessa diviso de funes entre os trs rgos ou poderes(desconcentrao poltica).

    Porm, no nosso caso, possvel percebermos que essesrgos esto na estrutura de um Ente Poltico que, conforme aConstituio Federal, chama-se Repblica Federativa do Brasil.

    Observe ento que nosso Estado (Repblica Federativado Brasil), antes constitudo como um Imprio deixou de ser umEstado Central, ou seja, aquele que no tem diviso polticainterna de competncias, para ser uma Federao.

    Significa dizer, portanto, que promoveu uma distribuiode competncias entre outros Entes Polticos internos. (Forma deEstado: Federativa)

    Cuidado.

    Voc deve perceber que temos dois momentos distintos.Um quando se repartiu o Poder, criando funes distintas e conferindo-

    as a rgos distintos. Outro, quando o Estado, antes central, reparte-

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    se em unidades polticas internas com competncias prprias.

    Podemos fazer o seguinte esquema:

    Sem diviso (absoluto) Concentrado

    Poder

    Dividido (separao) Desconcentrado

    Estado

    Sem diviso (Unitrio) Centralizado

    Territrio

    Dividido (federao) Descentralizado

    Com efeito, essa distribuio de competncias entreunidades polticas distintas do Ente Central (R. F. Brasil), ou seja, acriao da Federao decorre da necessidade de aproximar a realizaodas atividades Estatais ao povo.

    Isso porque o Estado centralizado, na dimenso donosso, torna-se mais lento, com dificuldades de atender aos reclamospopulares e a necessidade de se promover determinados serviospblicos.

    Por isso, empreendeu-se uma repartio (territorial)de atribuies competncias polticas -, criando-se outros

    entes polticos, o que se denomina de descentralizao poltica.

    Importante compreender que essa descentralizao realizada por fora da Constituio, conforme a criao dos EntesFederados, nos moldes do art. 18 da CF/88, sendo: a Unio, osEstados-membros, o Distrito Federal e os Municpios. Vejamos:

    Art. 18. A organizao poltico-administrativa da

    Repblica Federativa do Brasil compreende a

    Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios, todos autnomos, nos termos desta

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    Constituio.

    Ento, vamos relembrar:

    O Estado (Repblica Federativa do Brasil) exercetrs funes primordiais por rgos criados para isso(desconcentrao poltica). Funes que integraro ascompetncias distribudas aos entes polticos internos queforam criados para exercer tais competncias que decorrem doEnte central (descentralizao poltica).

    Logo se percebe que o exerccio da funoadministrativa concebido para ser realizado pelo Estado ouseus entes polticos internos. Desse modo, quando o Estado ou osentes polticos internos esto exercendo a funo administrao serochamados de Administrao Pblica.

    Ocorre que o Estado Central (Repblica Federativa do

    Brasil) passa a atuar no campo externo (internacional), deixando queno campo interno atuem seus entes polticos (Estado descentralizado).Assim, quando os entes polticos atuam internamente o prprioEstado quem estar realizando diretamente a funo administrativa.

    Nesse sentido que o Decreto-Lei n 200/67, em quepese no se atentar para o exerccio de funes atpicas pelos demaispoderes e tratando apenas do plano federal, estabeleceu o conceito deAdministrao Pblica Direta, vejamos:

    Art. 4 A Administrao Federal compreende:

    I - A Administrao Direta, que se constitui dos

    servios integrados na estrutura administrativa da

    Presidncia da Repblica e dos Ministrios.

    Portanto, a Administrao Pblica Diretacompreende os prprios Entes Polticos, ou seja, Unio, Estados-

    membros, Distrito Federal e Municpios, todos com

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    personalidade jurdica de direito pblico semelhana do EstadoCentral (Repblica Federativa do Brasil) no exerccio da funo

    administrativa.

    Pois bem. Podemos concluir o seguinte:

    O Estado inicialmente concentrado e centralizadoreparte internamente suas funes polticas entre rgos de poderdenominados Executivo, Legislativo e Judicirio (desconcentraopoltica), depois se reparte em diversos entes polticos a fim de dividir,

    distribuir a titularidade de certas competncias e o exerccio de suasatribuies, criando a Unio, os Estados-membros, o Distrito Federal eos Municpios (descentralizao poltica).

    certo que, olhando isoladamente cada ente poltico,temos uma representao menor do prprio Estado. Assim, cada ente

    no exerccio da funo administrativa, ou seja, atuando comoAdministrao Pblica, o faz de igual modo ao Estado central.

    Por isso, na configurao inicial do modelo federativo,devemos entender tambm que cada ente poltico que compe oEstado exerce de forma centralizada a funo administrativa,de maneira que a Administrao Pblica Direta tambm sedenomina de centralizada (administrativamente).

    Significa dizer que a cada ente poltico fora distribudauma gama de competncias administrativas pelo Ente Central(Repblica Federativa do Brasil), a exemplo dos arts. 22 a 24 da CF/88,e que estes mesmos entes polticos, diretamente, devero exerc-las.Ento, vistos isoladamente so entes centralizados (s que aqui setrata de uma centralizao administrativa).

    Ademais, tambm devemos nos ater que, nesse

    momento, tnhamos apenas a repartio de funes poltica (poderes).

    1.2 Desconcentrao e Descentralizao Administrativa

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    Assim, o ente poltico, criado pelo Ente central, criado para exercerparte da funo administrativa como um todo, ou seja, sem qualquer

    organizao ou distribuio interna (concentrao administrativa).

    Ocorre que, como sabemos, so amplas as atividadesadministrativas a serem exercidas. Dessa forma, tais entes polticos afim de agirem organizadamente e obterem uma atuao satisfatria,

    verificam a necessidade de separao, distribuio, dessas atividades.

    Observe que os entes polticos so pessoas jurdicas de

    direito pblico e, por isso, devem organizar-se como seres vivos, demodo a realizar suas funes por meio de estrutura organizacionaisinternas, a fim de que possam distribuir suas funes, competncias,ou atividades administrativas no seu interior.

    Para tanto, criaro reparties, departamentos, setores,quer dizer rgos, os quais recebero atribuies inerentes prpriapessoa, de modo que cada um tenha funes especficas e, assim,

    possa a engrenagem funcionar de forma coordenada a fim de realizarsua finalidade.

    Essa necessidade de organizao interna da atividadeadministrativa, a fim de melhor desempenh-la, distribuindo-a atravsda criao de rgos em uma mesma estrutura interna denomina-sedesconcentrao administrativa.

    Portanto, a desconcentrao administrativa a

    distribuio interna de competncias, com a criao de rgosdentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade),para desempenh-las.

    Assim, a Administrao Pblica Direta ou centralizadacria rgos, ou seja, ncleos de atuao interna em que sodistribudas as diversas competncias.

    Ento, opera-se a desconcentrao administrativa

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    quando h a repartio interna da funo administrativa num mesmoente (pessoa jurdica) ou numa mesma entidade.

    Veja o que dispe o art. 1, pargrafo nico, inciso I, daLei n 9.784/99:

    I - rgo - a unidade de atuao integrante da

    estrutura da Administrao direta e da

    estrutura da Administrao indireta;

    importante lembrar que o rgo, departamento,setor, uma parte do ente que o criou, de maneira que no temvida prpria, ou seja, no se trata de uma pessoa jurdica, nodetm, portanto, personalidade jurdica.

    sabido, no entanto, que somente tal repartio internano consegue atingir todos os interesses e servios que o Estado deverealizar de forma rpida e com a especialidade que s vezes o caso

    requer. Isso porque, mesmo organizado internamente, continuamos ater uma nica pessoa a realizar o complexo de atividadesadministrativas.

    Por isso, tendo como parmetro aquilo que havia sidoempreendido pela prpria Constituio em dado momento(descentralizao poltica) e considerando, pois, a necessidade demelhor realizar as funes administrativas, concebe-se novadescentralizao, agora no mais sob a vertente poltica

    (constitucional), mas sob a tica administrativa.

    Sabendo, pois, que a descentralizao poltica deusurgimento aos entes polticos (Unio, Estados, DF e Municpios), adescentralizao administrativa dar surgimento a entidadesadministrativas.

    preciso ficar atento, no entanto, pois h mais de uma

    forma de descentralizao administrativa, sendo uma delas a que d

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    ensejo criao de entidades administrativas.

    Portanto, a descentralizao administrativa adistribuio de competncias entre pessoas jurdicas distintas(entidades administrativas), dando ensejo criao daAdministrao Pblica Indireta.

    Contudo, h outras formas de descentralizaoadministrativa, ou seja, de distribuio de competncias materiais

    entre pessoas jurdicas distintas, de modo que podemos organiz-lasob trs modalidades distintas, sendo:

    Descentralizao territorial ou geogrfica; Descentralizao tcnica, funcional ou por servio; Descentralizao por colaborao.

    A descentralizao geogrfica ou territorial aquela em que h a criao de um ente dentro de certa localidade

    territorial, geograficamente delimitado, com personalidade jurdica dedireito pblico para exerccio, de forma geral, de todas ou de umagrande parcela de atividades administrativas (capacidadeadministrativa genrica).

    Essa forma de descentralizao configura, basicamente,um Territrio Federal, com capacidade de autoadministrao e svezes at legislativa, conforme se depreende do art. 33, 3, CF/88 ao

    estabelecer que nosTerritrios com mais de cem mil habitantes, alm

    Lembre-se:

    O (Oncentrao)

    DESC

    E (Entralizao)

    istri ui o p rg os

    distribuio

    p/entidades

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    do Governador nomeado na forma desta Constituio, haver rgos

    judicirios de primeira e segunda instncia, membros do Ministrio

    Pblico e defensores pblicos federais; a lei dispor sobre as eleies

    para a Cmara Territorial e sua competncia deliberativa.

    A descentralizao por servios, funcional outcnica se d por meio da criao de uma pessoa jurdica pelo entepoltico, para a qual este outorga, isto , transfere, por lei, certaatividade administrativa especfica. (exemplo: criao de entidades daadministrao indireta)

    A descentralizao por colaborao ocorre com adelegao da execuo de certa atividade administrativa (serviopblico) para particular, que a executar por sua conta e risco,mediante remunerao, por meio de contrato ou ato administrativo.(Exemplo: concessionrias e permissionrias de servio pblico)

    Assim, no mbito da descentralizao administrativa

    teremos dois institutos importantes, a outorga (descentralizaolegal) e a delegao (descentralizao negocial ou contratual).

    Na outorga, cria-se uma pessoa jurdica lhe transfere,por lei, o exerccio de determinada atividade administrativa, de modoque se torne especialista nesse ramo.

    Na delegao, transfere-se, por ato ou contratoadministrativo, a outra pessoa a execuo de determinado servio

    pblico para que o execute por sua conta e risco, mas visando atenderao interesse pblico.

    Com efeito, foi o Decreto-Lei n 200/67, em que peseno se atentar para o exerccio de funes atpicas pelos demaispoderes e tratando apenas do plano federal, que estabeleceu o

    conceito de Administrao Pblica Direta. Vejamos:

    2. Administrao Pblica Direta

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    Art. 4 A Administrao Federal compreende:

    I - A Administrao Direta, que se constitui dos

    servios integrados na estrutura administrativa da

    Presidncia da Repblica e dos Ministrios.

    Portanto, a Administrao Pblica Diretacompreende os prprios Entes Polticos, ou seja, Unio,Estados-membros, Distrito Federal e Municpios, todos compersonalidade jurdica de direito pblico no exerccio da funo

    administrativa.

    At a tudo bem. Nada de novo! No entanto, para melhororganizao das atividades que deve desempenhar, a AdministraoPblica direta procede a distribuio interna dessas atividades, fazendouma departamentalizao, uma setorizao, ou seja, opera-se adesconcentrao administrativa.

    Portanto, a desconcentrao administrativa adistribuio de atividades (funes, competncias) em umaestrutura interna. Trata-se, pois, de diviso, distribuio de funesno mbito interno de uma mesma pessoa jurdica, especialmente coma criao de rgos.

    Assim, temos o surgimento dos rgosadministrativos, cuja principal caracterstica talvez seja ausncia depersonalidade prpria, j que o rgo parte integrante da pessoa

    jurdica a qual integra. Bem, mais isso veremos mais frente.

    De outro lado, com o mesmo intuito de organizar-se emelhor desempenho de suas funes, o ente federativo no exerccio dafuno administrativa tambm procede a distribuio de suas funesexternamente.

    Significa dizer que o ente poltico transfere uma ou

    algumas de suas atividades (funes ou competncias) para outra

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    pessoa, para que a execute, para que a realize.

    Portanto, a descentralizao administrativa adistribuio externa de atividades de uma pessoa para outra,especialmente com a criao de entidades administrativas.

    Esse mecanismo, distribuio externa de funes(descentralizao administrativa) que deu ensejo ao surgimento doque se denomina Administrao Pblica indireta.

    Assim, Administrao Pblica Indireta o conjuntode pessoas jurdicas distintas do Estado, e criadas por ele, pararealizar atividades que lhe so atribudas como prprias.

    Art. 4 A Administrao Federal compreende:

    II - A Administrao Indireta, que compreende as

    seguintes categorias de entidades, dotadas de

    personalidade jurdica prpria:

    Bem, agora importante aprofundarmos no estudo dadesconcentrao administrativa, quer dizer: dos rgos pblicos. E,depois, vamos para a descentralizao, para vermos o alcance daexpresso Administrao Pblica indireta.

    De acordo com o art. 1, 2, inc. I, da Lei n 9.784/99,rgo pblico a unidade de atuao integrante da estrutura

    da Administrao direta e da estrutura da Administraoindireta.

    Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como umaunidade que congrega atribuies exercidas pelos agentes pblicos que

    o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado.

    Na clssica lio de Hely Lopes Meirelles, rgos pblicos

    2.1 rgos Pblicos

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    so centro de competncias institudos para o desempenho de funes

    estatais, atravs de seus agentes, cuja atuao imputada pessoa

    jurdica a que pertencem.

    Com efeito, em que pese os rgos pblicos terem sidocriados originariamente no mbito da Administrao Pblica direta(desconcentrao administrativa), tal fenmeno amplamenteaplicvel tambm na Administrao indireta. Significa dizer que adesconcentrao administrativa pode ocorrer na Administraodireta ou na indireta, conforme se extrai do conceito legal.

    Cabe dizer que o rgo no se confunde com a pessoajurdica (ente ou entidade). Na verdade, parte integrante da estruturade uma pessoa jurdica. Por isso, a caracterstica bsica que diferenciaum rgo de uma entidade que os rgos no possuempersonalidade jurdica e integram a estrutura interna de um ente ouentidade.

    Contudo, alguns rgos podem ter representaoprpria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ouseja, podem ir a juzo em defesa da garantia do exerccio de suasatribuies, conforme entendimento doutrinrio e consagrado nombito da jurisprudncia:

    EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSOEXTRAORDINRIO. CMARA LEGISLATIVA DODISTRITO FEDERAL. LEGITIMIDADE PARA

    RECORRER. CAPACIDADE PARA SER PARTE E ESTAREM JUZO. ADI 1557. LEGITIMIDADE PARA A CAUSACONCRETAMENTE APRECIADA. AUSNCIA.PRECEDENTES. A corte pacificou entendimentode que certos rgos materialmentedespersonalizados, de estatura constitucional,possuem personalidade judiciria (capacidadepara ser parte) ou mesmo, como no caso,

    capacidade processual (para estar em juzo).

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    ADI 1557, rel. min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ18.06.2004. Essa capacidade, que decorre do prprio

    sistema de freios e contrapesos, no exime o julgadorde verificar a legitimidade ad causam do rgodespersonalizado, isto , sua legitimidade para acausa concretamente apreciada. Consoante ajurisprudncia sedimentada nesta Corte, tallegitimidade existe quando o rgo despersonalizado,por no dispor de meios extrajudiciais eficazes paragarantir seus direitos-funo contra outra instncia de

    Poder do Estado, necessita da tutela jurisdicional.Hiptese no configurada no caso. Agravo regimentala que se nega provimento.(RE 595176 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIMBARBOSA, Segunda Turma, julgado em 31/08/2010)

    AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA

    N 9, DE 12.12.96. LEI ORGNICA DO DISTRITO

    FEDERAL. CRIAO DE PROCURADORIA GERAL PARACONSULTORIA, ASSESSORAMENTO JURDICO E

    REPRESENTAO JUDICIAL DA CMARA LEGISLATIVA.

    PROCURADORIA GERAL DO DISTRITO FEDERAL.

    ALEGAO DE VCIO DE INICIATIVA E DE OFENSA AO

    ART. 132 DA CF. 1. Reconhecimento da legitimidade

    ativa da Associao autora devido ao tratamento

    constitucional especfico conferido s atividades

    desempenhadas pelos Procuradores de Estado e do

    Distrito Federal. Precedentes: ADI 159, Rel. Min. Octavio

    Gallotti e ADI 809, Rel. Min. Marco Aurlio. 2. A

    estruturao da Procuradoria do Poder Legislativo

    didstrital est, inegavelmente, na esfera de competncia

    privativa da Cmara Legislativa do DF. Inconsistncia da

    alegao de vcio formal por usurpao de iniciativa do

    Governador. 3. A Procuradoria Geral do Distrito Federal

    a responsvel pelo desempenho da atividade jurdica

    consultiva e contenciosa exercida na defesa dos

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    interesses da pessoa jurdica de direito pblico Distrito

    Federal. 4. No obstante, a jurisprudncia desta

    Corte reconhece a ocorrncia de situaes em que

    o Poder Legislativo necessite praticar em juzo, em

    nome prprio, uma srie de atos processuais na

    defesa de sua autonomia e independncia frente

    aos demais Poderes, nada impedindo que assim o

    faa por meio de um setor pertencente a sua

    estrutura administrativa, tambm responsvel

    pela consultoria e assessoramento jurdico de seus

    demais rgos. Precedentes: ADI 175, DJ 08.10.93 eADI 825, DJ 01.02.93. Ao direita de

    inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente.

    (ADI 1557, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal

    Pleno, julgado em 31/03/2004, DJ 18-06-2004 PP-

    00043 EMENT VOL-02156-01 PP-00033 RTJ VOL 00192-

    02 PP-00473)

    PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO

    DEFESAJUDICIAL DE RGO SEM PERSONALIDADEJURDICA PERSONALIDADE JUDICIRIA DACMARA DE VEREADORES.1. A regra geral a de que s os entes personalizados,com capacidade jurdica, tm capacidade de estar emjuzo, na defesa dos seus direitos.2. Criao doutrinria acolhida pela

    jurisprudncia no sentido de admitir que

    rgos sem personalidade jurdica possam emjuzo defender interesses e direitos prprios,excepcionalmente, para manuteno,preservao, autonomia e independncia dasatividades do rgo em face de outro Poder.3.Hiptese em que a Cmara de Vereadores pretendeno recolher contribuio previdenciria dos salriospagos aos Vereadores, por entender inconstitucional

    a cobrana.

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    4.Impertinncia da situao excepcional, porque noconfigurada a hiptese de defesa de interesses e

    prerrogativas funcionais.5.

    Recurso especial improvido.(REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON,SEGUNDA TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ30/05/2006 p. 136)

    Assim, em que pese os rgos no terem personalidadejurdica, alguns (rgos independentes e autnomos) so dotados de

    capacidade processual (capacidade judiciria ou personalidadejudiciria) a fim de irem a juzo na defesa de suas prerrogativasinstitucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa defiscalizar as contas pblica, por exemplo.

    Nesse sentido, conforme entendimento do STF, algunsrgos tm a capacidade ou personalidade judiciria paraimpetrarem mandado de segurana para a defesa do exerccio

    de suas competncias e do gozo de suas prerrogativas.

    Outrossim, preciso tambm acentuar que o rgotambm no se confunde, em regra, com a pessoa fsica (com oagente pblico). Todavia, para o exerccio das competncias que lheso distribudas imprescindvel o elemento humano a fim de exercera vontade da administrao.

    Por isso, vale a pena tecermos uma anlise acerca da

    relao entre o agente pblico e o rgo, ou seja, a relao quese concretiza em razo do exerccio de atividades pelos agentespblicos em decorrncia das atribuies destinadas a determinadosrgos.

    Nesse sentido, trs sos as teorias que tentam explicartal relao, sendo:

    a) Teoria do mandato: Para esta teoria o agente

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    pblico seria um mandatrio da pessoa jurdica. Significa dizer quereceberia um mandato ou procurao para atuar em nome da

    administrao.

    Da se percebe certa fragilidade na medida em que nose pode afirmar quem outorgou o mandato ao primeiro agente pblico,que outorgara mandato aos demais e da por diante. Isto , quempassaria procurao para que o agente pudesse atuar em nome doEstado? A essa pergunta, obviamente no se encontrou respostaadequada.

    Por isso, tal teoria, no direito brasileiro, foi refutada, eisque no se aplica modernamente no mbito da Administrao Pblica.

    b) teoria da representao: para esta o agentepblico era legalmente representante do Estado, ou seja, o Estado teriacomo seu representante legal o agente pblico.

    Tambm criticvel, pois equipara o agente ao tutor oucurador, considerando o Estado como incapaz. Assim, se o Estado considerado incapaz, como ele prprio poderia estabelecer talrepresentao? Por isso, tambm essa teoria no se sustentou.

    c) teoria do rgo: a aplicada no mbito daAdministrao Pblica brasileira, devendo ser aquela observada nasrespostas dos certames.

    Explica a relao no sentido de que a pessoa jurdicamanifesta a sua vontade por meio dos rgos, de tal modo que,quando os agentes que os compem, ao exercerem suasatribuies, como se o prprio Estado o fizesse, traduzindo-se numa ideia de imputao.

    Significa que o agente atua de acordo com ascompetncias do rgo, realizando a vontade do ente ou

    entidade que este integra.

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    Assim, o Estado atua por meio de seus rgos e, dentro

    destes, haver agentes que realizaro as atribuies destinadas estrutura organizacional.

    Como visto, essa a teoria que explica a relao entre oEstado, o rgo e o exerccio das atividades administrativas pelosagentes, por isso tambm denominada teoria da imputao[princpio da imputao volitiva].

    Sabendo, ento, que o rgo parte integrante daestrutura de um ente ou entidade, possvel identificarmos diversostipos, espcies, de rgos pblicos, de maneira que podemos classific-los utilizados vrios mecanismos.

    Assim, dentre os principais podemos citar quanto a

    posio estatal, quanto a estrutura, e quanto a atuao funcional. Isso,no entanto, sem querer esgotar o ponto, pois h, como disse, diversasclassificaes.

    Quanto posio estatal temos os rgosindependentes, os autnomos, os superiores e os subalternos.

    Os independentes so rgos cuja criao tem origemna prpria Constituio e representam um dos Poderes estatais, noesto sujeitos a qualquer subordinao hierrquica ou funcionalpor outro rgo, apenas Constituio e s Leis. (Ex: Chefia doExecutivo, Tribunais, Congresso Nacional etc)

    Os autnomos so rgos que gozam de autonomiaadministrativa, financeira e tcnica, localizados na cpula daAdministrao, abaixo e subordinados diretamente aos rgosindependentes, participando das decises governamentais no mbito

    de suas competncias. (Ex: Ministrios, Secretarias de Estado).

    2.1.1 Classificaes dos rgos

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    Os superiores so os rgos que detm o poder de

    direo, comando e controle das atividades administrativas desua competncia, porm esto sempre subordinados a controlehierarquia de uma autoridade superior, no gozando, portanto, deautonomia. (Ex: Departamentos, Gabinetes, Coordenadorias, Divisesetc)

    Os subalternos so os rgos que esto subordinadosa outros rgos de hierarquia maior, com funo eminentemente

    de execuo das decises tomadas administrativamente. (Ex:Seo de pessoal, expediente, material, transporte, apoio tcnico etc).

    Quanto estrutura, ou seja, constituio interna dessergo, temos os simples e os compostos.

    So simples os rgos constitudos por um s centrode comando, sem subdivises internas. E, compostos, os que

    possuem, em sua estrutura interna, outros rgos que lhe estosubordinados hierarquicamente.

    Quanto atuao funcional temos os rgossingulares e os colegiados. Singulares so rgos que atuam,exercem seu poder decisrio, por meio de um nico agente.(Diretoria Geral etc). E, os Colegiados, aqueles cuja atuao e decisopassa, em regra, pela manifestao conjunta e majoritria deseus membros (Comisses Disciplinares, Comisso de Licitao etc).

    A Administrao Pblica indireta uma forma dedescentralizao administrativa em que o Estado, AdministraoPblica Direta, transfere competncias administrativas para outrapessoa jurdica criada por ele.

    Essa transferncia denominada outorga e somente se

    3. Administrao Pblica Indireta

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    d por meio de lei. Ento, a outorga a transferncia dedeterminada competncia da administrao direta para a

    indireta.

    Com efeito, temos no mbito da Administrao Pblicaindireta as seguintes entidades administrativas:

    Autarquias, Fundaes Pblicas, Empresas Pblicas

    Sociedades de Economia Mista.

    As autarquias so pessoas jurdicas de direitopblico, criadas por lei, com autonomia administrativa,oramentria e tcnica (capacidade de autoadministrao), ecapital exclusivamente pblico, para o desempenho de

    atividades tpicas do Estado.

    Nesse sentido, o Decreto-Lei n 200/67 define autarquia,nos termos do art. 5, inc. I, da seguinte forma:

    Art. 5 Para os fins desta lei, considera-se:I Autarquia o servio autnomo, criado por lei,com personalidade jurdica, patrimnio e receitaprprios, para executar atividades tpicas daAdministrao Pblica, que requeiram, para seumelhor funcionamento, gesto administrativa efinanceira descentralizada.

    Numa viso bem simplista, podemos dizer que asautarquias representam uma parcela do Estado no exerccio indiretode sua funo administrativa (gesto administrativa descentralizada),por meio de um rgo a que se atribuiu vida prpria.

    3.1 Autarquias

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    Diante disso, possvel identificar as seguintescaractersticas:

    A criao sempre por lei;

    So dotadas de personalidade jurdica de direito pblico;

    Gozam de autonomia administrativa, oramentria e

    tcnica;

    So criadas para especializao dos fins ou atividades;

    Sujeitam-se ao controle de tutela. Significa que no esto

    subordinadas ao ente que as criou, mas apenas vinculada aos

    fins para os quais foi criada (superviso ministerial).

    Por gozarem de personalidade jurdica de direito pblico,vale destacar que as autarquias so sempre criadas por lei. Ouseja, somente Lei (em sentido estrito) pode criar uma Autarquia. E alei que definir sua estrutura, sua atividade, ou seja, seus contornos.

    Significa dizer que, a partir do incio da vigncia da lei

    criadora, tem a entidade seu surgimento (seu nascimento), semqualquer necessidade de averbao de seus atos institucionaisem rgos destinados a tanto, pois seu delineamento est todocontido na norma criadora.

    Ento, por observncia do princpio da simetria(paralelismo das formas), a extino tambm dever ser procedida pormeio de lei. Isto , se somente por lei especfica possvel criao, ento, somente por lei poder ocorrer extino de

    uma Autarquia.

    importante destacar que, doutrinariamente, secostuma dividir as autarquias em institucionais e territoriais.

    As autarquias territoriais surgem pordesmembramento geogrfico do Estado, criando-se um ente ao qualse outorga prerrogativas de forma geral funes administrativas e at

    mesmo de ordem poltica, a exemplo dos territrios que so

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    autarquias territoriais de natureza poltica integrantes da Unio.

    As autarquias institucionais so pessoasadministrativas criadas por lei, com objetivo especfico, sem qualquerespcie de delegao poltica, pois recebem, por outorga, a titularidadede uma atividade tpica do Estado. Exemplo: Instituto Nacional doSeguro Social INSS.

    Por outro lado, classificam-se, ainda, as autarquiasquanto ao objeto, quando temos as autarquias em regime comum

    e as em regime especial.

    As autarquias em regime comum no tm maiorespecificidade, ou seja, estariam submetidas ao denominado regimecomum das autarquias, gozando de autonomia administrativa efinanceira, prerrogativas destinadas Fazenda Pblica em geral. Ex.Instituto Nacional do Seguro Social INSS, Instituto Brasileiro do MeioAmbiente IBAMA, Instituto de Colonizao e Reforma Agrria

    INCRA, dentre outros.

    As autarquias em regime especial so autarquiasdotadas de maiores prerrogativas, tal qual maior autonomiaadministrativa, poder normativo tcnico e, ainda, algumasgozando de mandato fixo para os seus dirigentes. Ex:Universidades (Lei n 5.540/68), BACEN e as denominadas agnciasreguladoras (ex.: ANATEL, ANA, ANEEL, ANP, ANVISA, etc).

    Podemos utilizar, ainda, classificao considerando aestrutura, quando temos as autarquias corporativas e asfundacionais.

    As autarquias corporativas so aquelas que tm aprerrogativa de fiscalizar e controlar o exerccio de certasprofisses. Ex.: CRECI, CRM, CREA, CRC, ou seja, os conselhosprofissionais.

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    Nesse aspecto, cabe destacar que o Supremo TribunalFederal tem entendimento de que a OAB (Ordem dos Advogados do

    Brasil) no integra a Administrao Pblica, realizando, pois,servio pblico de forma independente, e, por isso, no sesubmete ao regime jurdico-administrativo (no sendo obrigada arealizar concurso para ingresso de pessoal), tampouco a controleEstatal de suas finalidades ou mesmo do Tribunal de Contas da Uniono tocante aos seus recursos e gastos.

    Portanto, verificamos que muito embora os conselhos

    de profisses sejam autarquias corporativas, e, por isso, sesubmetem a controle do Tribunal de Contas da Unio, alm de terem odever de licitar e realizar concursos pblicos, a OAB estaria excludadessas sujeies na medida em que no integra aAdministrao Pblica, conforme entendimento do STF.

    As autarquias fundacionais so autarquias criadas emrazo de um destacamento de patrimnio estatal, com o escopo de

    atuarem desempenhando atividades ligadas ao desenvolvimentosocial, tal como sade, educao ou em proteo aos direitos einteresses de minorias. Ex. Fundao Universidade de Braslia (FUB),Fundao Nacional do ndio (FUNAI) etc.

    O Prof. Carvalho Filho traz interessante classificao,quanto nvel federativo e quanto ao objetivo, alm de referentesao regime jurdico (especial ou comum).

    Quanto ao nvel federativo, as autarquias podem serfederais (integrantes da Unio), estaduais, distritais e municipais.

    Quanto ao objeto podem classificar-se em culturais (soaquelas dirigidas educao e sade), corporativas (ou profissionais,so os conselhos) e previdencirias (voltadas previdncia socialoficial), e ainda assistenciais (voltadas atividade de auxlio, ajuda,assistncia), administrativas (categoria residual que desempenham

    servios pblicos e outras atividades), de controle (as agncias

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    reguladoras) e associativas (associao publica).

    Portanto, a autarquia forma de atuao especializadada Administrao no exerccio de certa atividade administrativa, demodo que no poder atuar fora de tais fins, sob pena de violao dafinalidade para a qual fora constituda.

    Quanto s agncias reguladoras vale lembrar que emdecorrncia da chamada reforma administrativa empreendidapelo Governo Federal nos anos 90, surgiram no Estado brasileiro as

    denominadas Agncias, inspiradas no modelo Norte-Americano eFrancs, procurando estabelecer autarquias submetidas a regimeespecial.

    o que alguns doutrinadores tm chamado deagencificao, no sentido da proliferao das agncias.

    No entanto, conforme crtica do Prof. Celso Bandeira, a

    nica particularidade marcante do tal regime especial anomeao pelo Presidente da Repblica, sob aprovao doSenado, dos dirigentes da autarquia, com garantia, em proldestes, de mandato a prazo certoe, enfim, da adoo do nome deagncia.

    A denominao agncia, no sentido de se estabeleceruma atividade reguladora como sendo inovadora no ordenamentoadministrativo nacional, nada traz de novo, a no ser o prprio nome,

    visto que a existncia de autarquias com referida funo j h muitoexistia na seara nacional, podendo citar, por exemplo, o Banco Central,a CVM (Conselho de Valores Monetrios), a SUSEP (Superintendnciade Seguros Privados).

    Assim, nada h de inovador na atribuio depoderes reguladores s denominadas autarquias em regimeespecial (agncias).

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    De tudo, no entanto, precisamos verificar que h duashipteses de agncias: as reguladoras e as executivas.

    As agncias reguladoras (autarquias em regimeespecial) surgiram em decorrncia do plano nacional dedesestatizao (Lei n 9.491/97), cujo escopo era por fim aomonoplio estatal de alguns servios definidos em certos setores e,principalmente, visando o princpio da especialidade, com papel dedisciplinar e fiscalizar atividades tpicas do Estado, cuja execuo foraoutorgada a particulares.

    Como disse, essas agncias caracterizam-se por trselementos: maior independncia, investidura especial (dependede nomeao pelo Presidente aprovao prvia do SenadoFederal) e mandato, com prazo fixo, conforme lei que cria apessoa jurdica.

    Quanto ao regime especial, o prof. Carvalho Filho d

    especial destaque s prerrogativas para que se caracterize umaautarquia em regime especial, citando quatro fatores, sendo:

    1) poder normativo tcnico (chamada deslegalizao, ou seja,

    poder de editar normas tcnicas complementares das normas

    gerais);

    2) autonomia decisria (poder de decidir os conflitos

    administrativos que envolvem sua rea de atuao);

    3) independncia administrativa (seus dirigentes tm

    investidura por prazo certo);

    4) autonomia econmico-financeira (tm recursos prprios e

    dotao oramentria especfica).

    Pode-se dizer, portanto, que as agncias reguladoras so

    responsveis pela regulamentao, controle e fiscalizao de servios

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    pblicos, atividades e bens transferidos ao setor privado e, em suma,englobam as seguintes atividades:

    a)servios pblicos propriamente ditos, tal como ANEEL(Lei n 9.427/96), ANATEL (Lei n 9.472/97), ANTT e ANTAQ (Lei n10.233/2001);

    b) atividade de fomento e fiscalizao de atividadeprivada (Ancine MP 2.281-1/01 Lei n 10.454/02);

    c) regulao e fiscalizao de atividades econmicas(ANP, Lei n 9.478/97);

    d) atividades sociais exercidas pelo Estado, masfacultadas tambm ao particular (ANVISA, Lei n 9.782/99; ANS, Lein 9.961/00); e,

    e)agncia reguladora de uso de bens pblicos, tal como

    a ANA, criada pela Lei n 9.984/00.

    De todo modo, devemos observar uma srie de traosespecficos e caractersticos dessas entidades quanto a pessoal, regimejurdico, licitaes, dentre outros. Vejamos:

    a)

    Regime de pessoal: A Lei n 9.986/00 estabelecia apossibilidade de contratao por meio do regime celetista. Porm, oSTF entendeu que no se compatibilizava o regime de emprego comas atribuies desempenhas pelas agncias reguladoras, firmando,com isso, a necessidade de observar o regime estatutrio.

    Dessa forma, fora revogado o regime anterior pela Lein 10.871/04, a qual estabeleceu o regime estatutrio,prejudicando o julgamento final da ADI 2.130, que havia suspendido aaplicao de regime privado aos agentes. Autorizou-se, contudo, acontratao de pessoal tcnico de carter temporrio pelo prazo

    mximo de 36 meses.

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    b) Licitao: devem observar as normas da Lei n

    8.666/93 e Lei n 10.520/02. Podendo optar por modalidadesespecificas como o prego e a consulta, conforme consta da Lei n9.986/00.

    As agncias executivas, por outro lado, soautarquias ou fundaes que por iniciativa da Administrao Direta(Presidente da Repblica), recebem o status de Agncia Executiva, emrazo da celebrao de um contrato de gesto, que objetiva uma

    maior eficincia e reduo de custos (Decretos Federais n 2.487 e2.488, ambos de 1998).

    Para receber tal qualificao preciso ter planoestratgico de reestruturao e desenvolvimento institucional em

    andamento e celebrar contrato de gesto com o Ministrio supervisor.

    So, portanto, autarquias ou fundaes qualificadas

    para melhor desempenho de suas atividades que firmamcontrato de gesto para maior autonomia administrativa eoramentria, no estando, portanto, hierarquicamentesubordinadas.

    O Decreto-Lei n 200/67, conforme art. 5, inc. IV,define fundaes, como entidade dotada de personalidade jurdica dedireito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorizao

    legislativa, para o desenvolvimento de atividades que no exijam

    execuo por rgos ou entidades de direito pblico, com autonomia

    administrativa, patrimnio prprio gerido pelos respectivos rgos de

    direo, e funcionamento custeado por recursos da Unio e de outras

    fontes.(Includo pela Lei n 7.596, de 1987)

    Nesse sentido, a Constituio Federal em seu artigo 37,

    inc. XIX, dispe que somente por lei especfica poder ser criada

    3.2 Fundaes Pblicas

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
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    autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade deeconomia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo

    caso, definir as reas de sua atuao.

    Significa dizer que a criao de fundaes pblicasdepende sempre de lei especfica, ou seja, a lei autorizando acriao, cabendo a lei complementar definir a rea de atuao.

    Ressalte-se, ademais, que a criao se d por meio dedecreto executivo que aprova o Estatuto, o qual dever ser

    registrado em cartrio de registro de pessoas jurdicas.

    De outro lado, devemos entender que as FundaesPblicas podem ter a natureza de pessoa jurdica de direitopblico, caracterizando uma espcie de autarquia, denominadaautarquia fundacional ou fundao governamental.

    Com efeito, disso podemos extrair que, as fundaes

    pblicas de direito pblico esto submetidas a regime jurdico de direitopblico, o que caracteriza que seus bens so pblicos, o regimeadotado para seu pessoal o estatutrio, pagando suas dvidas porprecatrios e, no caso das fundaes pblicas de direito pblico federalesto sob a jurisdio da justia federal.

    De outro lado, as fundaes pblicas de direito privado,se submete, em regra, ao regime jurdico de direito privado, seus bensso considerados privados, seus agentes, como regra, se submetem

    ao regime celetista.

    No entanto, nem tudo se reduz ao regime privado, quepor ser entidade pblica est submetida a algumas restries oriundasdo princpio da indisponibilidade do interesse pblico, ou seja, oriundasdo regime jurdico-administrativo, tal como obrigatoriedade de licitar,realizar concurso pblico, dentre tantas outras implicaes do regimepblico.

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    As empresas estatais tm com espcies as empresaspblicas e sociedades de economia mista e suas subsidirias.

    A empresa pblica, conforme Decreto-Lei n 200/67, pessoa jurdica de direito privado composta por capitalexclusivamente pblico, criada para a prestao de serviospblicos ou explorao de atividades econmicas sob qualquermodalidade empresarial.

    Nesse sentido, vale citar, alm do referido art. 37, inc.XIX, o art. 173, 1, inc. II, da Constituio, que assim dispe:

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a

    explorao direta de atividade econmica pelo Estado s

    ser permitida quando necessria aos imperativos da

    segurana nacional ou a relevante interesse coletivo,

    conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa

    pblica, da sociedade de economia mista e de suas

    subsidirias que explorem atividade econmica de

    produo ou comercializao de bens ou de prestao

    de servios, dispondo sobre: (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    I sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e

    pela sociedade; (Includo pela Emenda Constitucional n 19,

    de 1998)

    IIa sujeio ao regime jurdico prprio das empresas

    privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis,

    comerciais, trabalhistas e tributrios;(Includo pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    De outro lado, a sociedade de economia mista pessoa jurdica de direito privado, criada para prestao de

    servio pblico ou explorao de atividade econmica, com

    3.3 Empresas Estatais

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173%C3%82%C2%A71
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    capital misto e na forma de S/A.

    Assim, vamos verificar que as estatais tmcaractersticas que as assemelham, mas tm outras que as distinguem.

    Nesse sentido, observe que, quanto criao, sempredepende de lei, s que a lei (especfica) autoriza a instituio(art. 37, XIX, da CF), que depender de registro de seus atosconstitutivos (decreto de aprovao do contrato social) no rgocompetente [junta comercial].

    Quanto extino, em observncia ao princpio doparalelismo das formas ou da simetria haveria a necessidadetambm de lei autorizar, dando-se a devida baixa no cartrio.

    No entanto, paira na doutrina controvrsia acerca dapossibilidade de empresa pblica ou sociedade de economia mista falir.A Lei n 6.404/76 (LSA) estabelecia que a Sociedade de Economia

    Mista no poderia falir, esse era o entendimento sustentado por parteda doutrina, outros sustentavam que poderia ante a norma do art. 173,1, CF/88.

    Contudo, a Lei n 11.101/2005 (nova Lei deFalncias e Recuperao Judicial), em seu artigo 2, exclui,explicitamente, a sociedade de economia mista e a empresapblica de sua incidncia, de modo que no podem falir ou sesubmeterem ao procedimento de recuperao judicial

    extrajudicial.

    Outrossim, cumpre dizer que as estatais estosubmetidas s disposies da Lei 8.666/93. Pode, contudo, quandoexploradoras da atividade econmica, ter regime especial por meio deestatuto prprio conforme o art. 173, 1, III, CF.

    Ressalto, no entanto, que o STF entendeu, em

    julgamento ainda pendente de finalizao, que a estatal exploradora

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    de atividade econmica em regime concorrencial pode adotarprocedimento simplificado de licitao aprovado por decreto presencial

    (caso Petrobras). Vejamos:

    INFORMATIVO N 426:

    TTULO: Efeito Suspensivo em

    RE: Petrobrs e Licitao Simplificada

    PROCESSO:AC 1193

    ARTIGO

    A Turma, resolvendo questo de ordem, deferiu medida

    cautelar para emprestar efeito suspensivo a recursoextraordinrio interposto pela Petrleo Brasileiro S/A

    Petrobrs contra acrdo do STJ que, tambm em medida

    cautelar, restabelecera a eficcia de tutela antecipada que

    suspendera as suas licitaes, as quais utilizavam

    procedimento licitatrio simplificado, previsto na Lei 9.478/97

    e regulamentado pelo Decreto 2.745/98. Consideraram-se

    presentes os requisitos necessrios pleiteada concesso.

    Quanto plausibilidade jurdica do pedido, asseverou-se quea submisso da Petrobrs a regime diferenciado

    de licitao estaria, primeira vista, justificado, tendo

    em conta que, com o advento da EC 9/95, que

    flexibilizara a execuo do monoplio da atividade do

    petrleo, a ora requerente passara a competir

    livremente com empresas privadas, no sujeitas Lei

    8.666/93. Nesse sentido, ressaltaram-se as conseqncias

    de ordem econmica e poltica que adviriam com o

    cumprimento da deciso impugnada, caso a Petrobrs tivesse

    que aguardar o julgamento definitivo do recurso

    extraordinrio, j admitido, mas ainda no distribudo no STF,

    a caracterizar perigo de dano irreparvel. Entendeu-se, no

    ponto, que a suspenso das licitaes realizadas com base no

    Regulamento do Procedimento Licitatrio Simplificado

    (Decreto 2.745/98 e Lei 9.478/97) poderia tornar invivel

    a atividade da Petrobrs e comprometer o processo de

    explorao e distribuio do petrleo em todo pas, com

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento
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    reflexos imediatos para a indstria, comrcio e, enfim, para

    toda a populao. AC 1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar

    Mendes, 9.5.2006. (AC-1193)

    Ademais, no tocante ao regime tributrio, tendo emvista a disposio contida no art. 173, 1, inc. II, CF/88, emregra, as estatais no tm privilgios tributrios, que no sejamextensveis iniciativa privada.

    Ou seja, somente gozaram de privilgios tributrios se

    forem extensveis s entidades do setor privado no ramo em queconcorrem.

    De todo modo, o Supremo Tribunal Federal vementendendo que se prestam servios pblicos, especialmenteem regime de exclusividade, gozam de prerrogativas de direitopblico, tal como imunidade tributria em relao aos seus bens,rendas e servios e pagamento de seus dbitos por precatrios (Caso

    ECT). Vejamos:

    INFORMATIVO N 546

    TTULO: ECT: IPVA e Imunidade Tributria

    PROCESSO:ACO 765

    ARTIGO

    Na linha da orientao firmada no julgamento da ACO 959/RN

    (DJE de 16.5.2008), no sentido de que a norma do art. 150,

    VI, a, da CF alcana as empresas pblicas prestadoras

    de servio pblico, o Tribunal, por maioria, julgou

    procedente pedido formulado em ao cvel originria

    proposta pela Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    ECT contra o Estado do Rio de Janeiro, para afastar a

    cobrana do IPVA, bem como as sanes decorrentes da

    inadimplncia do tributo. Vencidos os Ministros Marco

    Aurlio, relator, e Ricardo Lewandowski, que julgavam o pleito

    improcedente, por reputarem inaplicvel, autora,

    a imunidade recproca, haja vista ser ela empresa pblica com

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento
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    natureza de direito privado que explora atividade econmica.

    Vencido, parcialmente, o Min. Joaquim Barbosa, que julgava o

    pedido procedente em parte. Em seguida, o Tribunal, tambm

    por votao majoritria, resolveu questo de ordem, suscitada

    pelo Min. Menezes Direito, para autorizar os Ministros a

    decidirem, monocrtica e definitivamente, nos termos da

    deciso desta ao cvel originria, recursos e outras causas

    que versem sobre o mesmo tema. Vencido, no ponto, o Min.

    Marco Aurlio. ACO 765/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurlio, red.

    p/ o acrdo Min. Menezes Direito, 13.5.2009. (ACO-765)

    No tocante a responsabilidade civil, as estatais podemtanto explorar a atividade econmica como prestar servio pblico.Assim, quando prestadoras de servios pblicos submetem-se aoregime de responsabilidade objetiva (art. 37, 6, CF/88),respondendo o Estado subsidiariamente pelos prejuzos causados.

    No entanto, quando exploradoras de atividade

    econmica, o regime ser o privado, portanto, em regra, aresponsabilidade subjetiva, ou seja, depende da comprovao dedolo ou culpa.

    No tocante ao seu pessoal, por estarem submetidas aoregime de direito privado, ocupam emprego pblico, seguindo oregime da CLT. Todavia, so considerados agentes pblicos(servidores pblicos lato sensu), em razo de algumas regras:concurso pblico, teto remuneratrio, acumulao, remdios

    constitucionais, fins penais, improbidade administrativa, dentre outrosaspectos.

    de se ressalvar, no entanto, o entendimento do TST deque poder dispensar o empregado de forma imotivada, salvo quandofor estatal prestadora de servios pblicos, porque a a dispensa deverser motivada e amparada de processo administrativo no qual seassegure o contraditrio e a ampla defesa.

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    E, por fim, em relao aos bens, considera-se bensprivados, ou seja, so passveis de penhora, exceto se a empresa for

    prestadora de servios pblicos e o bem estiver diretamente ligado aeles, de modo que por fora do princpio da continuidade o bem nopoder sofrer constrio.

    Essas caractersticas assemelham as empresas pblicase as sociedades de economia mista, no entanto, se distanciam notocante a sua constituio, isso porque as empresas pblicas soformadas por capital exclusivamente pblico, enquanto as de

    economia mista no, so formadas por capital pblico e privado.

    As empresas pblicas podem assumir qualquerforma societria/empresarial, ou seja, podem ser S/A, Limitada,Comandita. No entanto, as de economia mista s podem assumira forma de S/A.

    Ademais, no caso federal, as empresas pblicas tm

    suas demandas julgadas na Justia Federal (art. 109, inc. I, da CF/88),enquanto que as sociedades de economia mista tero suas causasdecididas na Justia Estadual.

    Organograma:

    Por fim, cumpre dizer que a organizao administrativa

    Administrao

    Pblica

    Direta Indireta

    Unio Estados DF Municpios AutarquiasFundaes

    Pblicas

    Empresas

    Pblicas

    Sociedades de

    Economia Mista

    4. Administrao: Sentidos

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    que percebemos nos d a noo e sentido formal da AdministraoPblica. Contudo, o sentido da administrao pblica tambm pode ser

    concebido por aquilo que ela faz, desempenha, ou seja, pelasatividades, chamado de sentido material.

    Desse modo, pelo sentido formal, orgnico ou subjetivotemos os entes, entidades, rgos e agentes (servidores) pblicos queintegram a estrutura da Administrao Pblica, grafando-se aexpresso com as iniciais em maisculo.

    Pelo sentido material, funcional ou objetivo, temos asfunes desempenhadas pelo Estado no exerccio da funoadministrativa (Servios Pblicos, Poder de Polcia, Fomento eInterveno), de modo que se grafa o termo administrao pblica emminsculo.

    Dito isso, vamos s questes.

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    Gabarito: E.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada por no se tratar de uma pessoajurdica.

    A alternativa b est errada em razo da secretaria, no caso, ser umrgo da administrao direta.

    A alternativa c est errada, poisa secretaria um rgo autnomo,ou seja, logo abaixo da Governadoria (Governo) que o rgo

    independente ao qual se subordina a secretaria.

    A alternativa d est errada. Os servidores da secretaria soestatutrios. Acontece, no entanto, que essa alternativa poderia serobjeto de recurso, pois entre a edio da EC 19/98 e o julgamento daADI (MC) 2135-4, ou seja, de 1998 a 2007, foi permitido que aadministrao direta contratasse sob o regime celetista, sendo possvela existncia de servidores (empregados) sob o regime celetista.

    A alternativa e est correta. Observe que foi criada uma Secretaria

    5. QUESTES COMENTADAS

    1. (ATENDENTE DE REINTEGRAO SOCIAL SEJUS/DF FUNIVERSA/2010) Para melhor atender s finalidades sociaisda administrao pblica de certo estado brasileiro, ogovernador resolveu criar a Secretaria Especial de Justia eCidadania. Com isso, aumentaria a segurana da populao,pois haveria aumento na destinao de recursos e naquantidade de pessoas em exerccio da atividade. Acerca dessa

    situao hipottica, correto afirmar que(A)) foi criada uma pessoa jurdica de Direito Pblico.(B)

    a secretaria compor a administrao indireta do estado.(C)

    a secretaria ser um rgo independente.(D)os servidores da secretaria sero celetistas.(E)o governador se utilizou da desconcentrao administrativa

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    Especial. Da podemos inferir, da regra, que se trata de um rgointegrante da estrutura do Estado (Secretaria). Por isso, tal secretaria

    foi concebida pelo instituto da desconcentrao administrativa, fazendoparte da Administrao direta.

    Gabarito: C.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. A descentralizao por colaboraoimplica a transferncia de atribuies a particular, que venha colaborar

    com o Estado, a exemplo da concesso e permisso.

    A alternativa b est errada. A descentralizao que pode ocorrerpor meio da transferncia de atividades para a rbita privada mediantecontratos de concesso.

    A alternativa c est correta. De fato, a diviso de atribuies entrergos de uma mesma entidade configura desconcentrao.

    A alternativa d est errada. A criao de uma autarquia pblica

    2. (FUNIVERSA/2015 PAPILOSCOPISTA PC/GO) No que serefere diferena entre a descentralizao e adesconcentrao, assinale a alternativa correta.a) A descentralizao por colaborao implica a transfernciaatribuies a rgo nsito a uma entidade pblica.b) A desconcentrao pode ocorrer por meio da transfernciaatividades para a rbita privada mediante contratos de concesso.

    de

    de

    c) A diviso de atribuies entre rgos de uma mesma entidadeconfigura desconcentrao.d) A criao de uma autarquia pblica estadual para prestar serviopblico hiptese de desconcentrao por delegao.e) A descentralizao por outorga implica a transferncia de serviospblicos por meio de concesso ou permisso a pessoas jurdicas de

    direito privado.

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    estadual para prestar servio pblico hiptese de descentralizaopor outorga.

    A alternativa e est errada. A descentralizao por delegao queimplica a transferncia de servios pblicos por meio de concesso oupermisso a pessoas jurdicas de direito privado.

    Gabarito: B.

    Comentrio:

    As entidades descentralizadas possuem como caractersticas terempersonalidade jurdica prpria (so pessoas jurdicas) (b). Possui,ainda, patrimnio distinto daquele do ente instituidor (a), capacidadede autoadministrao (d), e se submetem s regras constitucionais quevedam a acumulao de cargos, empregos e funes (e).

    Portanto, a alternativa b est errada na medida em que no estosubordinadas a qualquer outra pessoa/ente, ou seja, esto vinculadas,mas no subordinadas entidade poltica que a instituiu.

    3. (ANALISTA SEPLAG/DF FUNIVERSA/2009) Assinale aalternativa que no constitui caracterstica das entidades

    descentralizadas.a)Patrimnio distinto daquele do ente instituidor.b)Vinculao subordinativa entidade poltica que a instituiu.c)Personalidade jurdica prpria.d)Capacidade de autoadministrao.e)Submisso regra constitucional que veda acumulao de cargos,empregos e funes pblicas.

    4. (FUNIVERSA/2015 DELEGADO PC/DF) Em relao organizao administrativa, correto afirmar quea) a aplicao do regime jurdico prprio das empresas privadas s

    estatais (sociedade de economia mista e empresas pblicas) queexploram atividade econmica no afasta a observncia dos princpios

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    Gabarito: A.

    Comentrio:

    A alternativa a est correta. De fato, embora as empresas estatais

    (sociedade de economia mista e empresas pblicas) que exploramatividade econmica estejam sujeitas ao regime jurdico prprio dasempresas privadas, isso no afasta a observncia dos princpios da

    administrao pblica, conforme determina o art. 37 da CF/88.

    A alternativa b est errada. A remunerao dos dirigentes das

    empresas pblicas e das sociedades de economia mista ser em fixadaem ato prprio (estatuto, regulamento, conveno ou acordo coletivo,por exemplo).

    A alternativa c est errada. A criao, por lei, de uma autarquia

    exemplo de descentralizao do servio pblico.

    A alternativa d est errada. As empresas estatais que exploram

    atividade econmica esto sujeitas ao prazo prescricional previsto nalegislao civil (Cdigo Civil).

    A alternativa e est errada. Os correios prestam servios pblicos e,por isso, no inconstitucional norma que o isente do pagamento de

    impostos, sobretudo que os servios postais so exclusivos.

    da administrao pblica.b) a remunerao dos dirigentes das empresas pblicas e das

    sociedades de economia mista ser fixada em lei.c)a criao, por lei, de uma autarquia exemplo de desconcentraodo servio pblico.d)se aplica s empresas estatais que exploram atividade econmica oprazo prescricional previsto no Decreto n. 20.910/1932.e) inconstitucional norma que isente os Correios, empresa pblicafederal, do pagamento de impostos, pois, como ele explora atividadeeconmica, deve ter as mesmas regras impostas aos concorrentes.

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    Gabarito: E.

    Comentrio:

    A alternativaaest errada. A autarquia criada por lei, de modo que

    no h nenhuma discricionariedade do Chefe do Poder Executivo noato, mas, pelo contrrio, est vinculado.

    A alternativa b est errada. As autarquias integram a administraoindireta.

    A alternativacest errada. So as fundaes pblicas que devem tersua rea de atuao definida em lei complementar.

    A alternativa d est errada. A autarquia constitui forma dedescentralizao administrativa.

    Enfim, a alternativa e est correta. De fato, as agncias reguladorasso autarquias de regime especial.

    5. (ADVOGADO ADASA FUNIVERSA/2009) A autarquia uma das entidades que compe a Administrao Pblica. Arespeito do tema, assinale a alternativa correta.a)A criao de autarquia pode ser feita por ato discricionrio do chefedo Poder Executivo.b) As autarquias, por serem dotadas de personalidade jurdica dedireito pblico, compem a administrao direta.c) A autarquia deve ter sua rea de atuao definida em leicomplementar.d)A autarquia constitui forma de desconcentrao administrativa.e)As agncias reguladoras so autarquias de regime especial.

    6. (DELEGADO DE POLCIA PC/DF FUNIVERSA/2009)Assinale a alternativa correta.

    a) A Polcia Civil do Distrito Federal (PCDF) constitucionalmente

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    Gabarito: C.

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. V-se que a polcia civil um rgo,portanto, no dotada de personalidade jurdica, de modo que no

    uma autarquia.

    A alternativa b est errada. Na doutrina clssica, os delegados depolcia no so considerados agentes polticos.

    A alternativacest correta. isso mesmo. A governadoria do DistritoFederal um rgo do DF que integra a administrao direta desteente federativo.

    A alternativa d est errada. A Secretaria de Estado de SeguranaPblica do DF um rgo, portanto, no entidade e no dotada depersonalidade jurdica.

    A alternativa e est errada. Sendo a Fundao de Amparo aoTrabalhador Preso do Distrito Federal uma fundao pblica elaintegrar a Administrao indireta do DF.

    subordinada ao governador do Distrito Federal (DF) e, portanto, eladeve ser considerada uma autarquia distrital.

    b)Os delegados de polcia so considerados agentes polticos, porquea Polcia Civil do DF integra o governo do Distrito Federal.c)

    A Governadoria do Distrito Federal um rgo do DF que integra aadministrao direta deste ente federativo.d)A Secretaria de Estado de Segurana Pblica do DF uma entidadedotada de personalidade jurdica.e)Do fato de a Fundao de Amparo ao Trabalhador Preso do DistritoFederal ser uma fundao pblica vinculada Secretaria de Estado deJustia, Direitos Humanos e Cidadania do DF, pode-se inferir que essa

    fundao uma entidade integrante da administrao direta do DF.

    7. (REGULADOR DE SERVIOS PBLICOS ADASA

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    Gabarito: C.

    Comentrio:

    A alternativaaest errada. O IBRAM uma autarquia. O Instituto doMeio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Distrito Federal BrasliaAmbiental (IBRAM) foi criado por meio da Lei n 3.984.

    A alternativa b est errada. O IBram no est subordinado e simvinculado Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio

    Ambiente, pois possui autonomia administrativa, financeira epatrimonial.

    A alternativa c est correta. De fato, conforme art. 2, 2, da leicriadora, o IBRAM integrar o Sistema Nacional de Meio Ambiente(SISNAMA), nos termos do art. 6 da Lei Federal n 6.938/81, e oSistema de Gerenciamento de Recursos Hdricos, institudo pela LeiFederal n 9.433/97.

    A alternativa d est errada. O IBram tanto pode celebrar contratos,como celebrar convnios, por ser pessoa jurdica, dotada de autonomiaadministrativa.

    A alternativa e est errada. Em sendo uma pessoa jurdica, o IBrampode receber doaes ou legados.

    FUNIVERSA/2009) No que tange ao Instituto BrasliaAmbiental, assinale a alternativa correta.

    a) uma Fundao Pblica de Direito Pblico.b) Est subordinada Secretaria de Estado de DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente.c)Integra o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA).d)Pode celebrar contratos, mas no pode celebrar convnios.e)No pode receber doaes ou legados.

    8. (FUNIVERSA/2015 ASSISTENTE DE GESTO UEG) Acercada organizao da administrao pblica, assinale a alternativa

    correta.

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    Gabarito: D. (*)

    Comentrio:

    A alternativa a est errada. As autarquias so exemplos deadministrao descentralizada.

    A alternativa b est errada. Um Ministrio, rgo da administraodireta, exemplo de desconcentrao.

    A alternativa c est errada. A relao jurdica existente entre umaentidade autrquica e o poder central de vinculao e no desubordinao.

    A alternativa d est errada. As empresas pblicas, prestadoras de

    servios pblicos, integram a administrao indireta, sendo que seusfuncionrios se submetem regra de concurso pblico, e so regidos

    a)

    As autarquias so exemplos de administrao centralizada, poisdetm personalidade jurdica de direito pblico e so criadas por lei

    com autonomia administrativa e financeira.b) Quando o poder pblico central, como, por exemplo, a Unio, criaum ministrio, rgo sem personalidade jurdica, para desempenharcerta atividade especfica de sua competncia, tem-se um exemplo dedescentralizao administrativa.c) A relao jurdica existente entre uma entidade autrquica e o podercentral de subordinao, razo pela qual os atos administrativospraticados pela autarquia esto submetidos ao controle hierrquico do

    poder central.d) As empresas pblicas, prestadoras de servios pblicos, integram aadministrao indireta, sendo que seus funcionrios se submetem regra de concurso pblico, mas so regidos pela Consolidao das LeisTrabalhistas (CLT).e) As empresas pblicas, quando exploram atividade econmica semprestar servios pblicos, esto submetidas, em qualquer caso, regraconstitucional da responsabilidade civil objetiva, assim como os entesfederados, suas autarquias e fundaes.

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    pela Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT).

    A alternativa e est errada. As empresas pblicas se submetem responsabilidade objetiva quando prestadoras de servios pblicos.

    A banca apontou a alternativadcomo correta. Todavia, no est. Osempregados das empresas pblicas, mesmo que prestadoras deservios pblicos, esto submetidos ao regime celetista, ou seja, CLT.

    RE - 716378

    ARTIGOO Plenrio iniciou julgamento de recurso extraordinrio em que se discute a extenso a empregados de fundao

    pblica de direito privado, da estabilidade prevista no art. 19 do ADCT (Osservidores pblicos civis da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, da administrao direta, autrquica e das fundaes pblicas, em

    exerccio na data da promulgao da Constituio, h pelo menos cinco anos continuados, e que no tenham sido

    admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituio, so considerados estveis no servio pblico).No caso, o

    recorrido ingressara na fundao em 1981 e se aposentara espontaneamente em 1995, sem quebra de continuidade

    do vnculo jurdico, j que continuara trabalhando at 2005, quando fora demitido sem justa causa. Em virtude disso,

    pleiteara a reintegrao, negada pelo juzo e tambm pelo tribunal regional sob o fundamento de que a aposentadoria

    espontnea extinguiria o contrato de trabalho. Na sequncia, o TST provera recurso de revista para reconhecer a no

    extino do referido contrato, alm da estabilidade prevista no art. 19 do ADCT. O Ministro Dias Toffoli (relator) deu

    provimento ao recurso extraordinrio para reconhecer a legalidade da demisso sem justa causa e afastar a deciso

    que determinara a reintegrao do recorrido. Rememorou a jurisprudncia do STF no sentido de que a aposentadoria

    espontnea somente daria causa extino do contrato de trabalho se ocorresse o encerramento da relao

    empregatcia. Constatou que o acrdo recorrido estaria, nesse ponto, de acordo com a orientao jurisprudencial

    da Corte. Observou que os objetivos institucionais da entidadeexplorao de atividades de rdio e televiso com

    objetivos educacionais e culturaisrevelaria que ela no exerceria atividade estatal tpica. Notou que, tanto no atual

    regime constitucional como no anterior, a explorao dos servios de telecomunicao pelo Estado poderia se dar

    diretamente ou por meio de concesso pblica. Frisou que, apesar da alta relevncia social da fundao, no se

    poderia caracteriz-la como servio pblico prprio por no implicar exerccio de poder de polcia, tendente

    limitao das liberdades dos cidados. Por conseguinte, seria plenamente vivel a instituio de fundao de

    natureza privada para a explorao de parte desse complexo comunicacional, na rea de rdio e televiso.

    Sublinhou que a referida fundao se sujeitaria ao regime de direito privado, cuja conformao se

    assemelharia mais das empresas pblicas e das sociedades de economia mista, do que das autarquias.

    Ressaltou que no teria sido por outra razo que a lei autorizara a sua instituio e definira o regime de

    pessoal como celetista. RE 716378/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 1.10.2014. (RE-716378)

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=716378&classe=RE&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamentohttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=716378&classe=RE&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento
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    Gabarito: A.

    Comentrio:

    A alternativaaest correta. As empresas pblicas so institudas peloPoder Pblico, mediante autorizao de lei especfica, sob qualquerforma jurdica e com capital exclusivamente pblico.

    A alternativa b est errada. As sociedades de economia mista NOso criadas por lei especfica.

    A alternativa c est errada. As empresas pblicas so pessoasjurdicas de direito PRIVADO, integrantes da Administrao Indireta.

    A alternativa d est errada. As sociedades de economia mista queexplorem atividade econmica esto sujeitas, em regra, s normas dedireito privado, mas aplica-se, ainda que parcialmente, regras dedireito pblico, tal como obrigatoriedade de realizar concurso pblicoetc.

    A alternativa e est errada. No entendimento do Supremo Tribunal

    9. (ADVOGADO ADASA FUNIVERSA/2009) Assinale aalternativa correta no tocante s empresas pblicas e s

    sociedades de economia mista.a)As empresas pblicas so institudas pelo Poder Pblico, medianteautorizao de lei especfica, sob qualquer forma jurdica e com capitalexclusivamente pblico.b)As sociedades de economia mista so criadas por lei especfica, soba forma de sociedade annima, com participao obrigatria de capitalprivado e pblico.c) As empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito pblico,integrantes da Administrao Indireta.d)As sociedades de economia mista que explorem atividade econmicaesto sujeitas somente s normas de direito privado.e) No entendimento do Supremo Tribunal Federal, as empresaspblicas prestadoras de servio