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Regulação e Concorrência 1 Anúncio 3ª Jornada de Estudos da Regulação: Incentivos ao Investimento e Governança Regulatoria Local: Auditorio do IPEA. 19 e 20 de abril.

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AULA ESTÁCIO

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  • Anncio3 Jornada de Estudos da Regulao: Incentivos ao Investimento e Governana Regulatoria

    Local: Auditorio do IPEA.

    19 e 20 de abril.

    Regulao e Concorrncia

  • N1. Teoria Econmica de RegulaoGrupos de interesse usam poder coercitivo do Estado para maximizar suas rendas ;

    .ConsumidoresSindicalistasProdutoresConcorrentes PotenciaisPoliticosEleitoresRegulaoPoliticos querem favorecer eleitores via preo baixo e grupos de interesse via lucroalto.Preo regulado, PR, tal que:

    PC < PR < PMImplicaes: Se mercado competitivo: empresas buscam regulaoque leve a aumento de preos;Se monopolistico: consumidores buscam regulao que reduza preos.

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  • N2. Esquemas de incentivo: A empresa regulada produz para o EstadoO regulador reembolsa ou no parcela das despesas da empresa regulada;

    Regra de reembolso:

    b parcela dos custos a ser paga pela empresa regulada.

    b mede o poder do esquema de incentivos.

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  • Regulao e Concorrncia

  • Aula 2Bibliografia:

    Viscusi et al., 1995, Cap 11 (e 12);

    Laffont e Tirole, 1993, Introduo.

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  • Parte V: Monopolio NaturalVimos varias explicaes justificando regulao;

    A maioria das teorias de regulao so baseadas na analise normativa;

    Foco do curso: eficincia econmica;

    Regulao como resposta a falhas de mercado, no caso, existncia de monopolio natural.

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  • Teoria do Monopolio NaturalUsualmente associado a industrias com retornos de escala crescentes;

    Exemplo: tecnologia tal que custos mdios de longo prazo (CMeLP) so decrescentes:

    A simples expanso da capacidade leva a empresa a reduzir seu custo:

    Eventualmente, apenas uma empresa vai atuar no mercado.

    Eficincia Produtiva leva a monopolio.

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  • Uma vez monopolista, a empresa tem incentivo a reduzir produo e cobrar preo de monopolio: Ineficincia alocativa.

    Dilema: Como a sociedade pode se beneficiar da forma menos custosa (monopolio natural) sem sofrer apreamento de monopolio??

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  • Monopolio natural pode ser temporario ou permanenteMudanas nas condies de mercado podem transformar monopolios naturais em potencialmente competitivos. 2 tipos de mudanas:

    Mudanas na demanda: se tecnologia tal que custos unitarios reduzem at certo nivel, expanso da demanda pode ser acomodada por outra firma com tecnologia semelhante;

    Mudanas tecnologicas: inovaes podem levar a reduo dos custos unitarios de produtos substitutos. Exemplo: telefonia local. Telefone fixo vs telefone celular.

    Problema: regulao de monopolios temporarios tende a no desaparecer com o fim do monopolio.

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  • Definio de Monopolio NaturalMonopolio Monoprodutor (caso raro):

    Uma industria um Monopolio Natural se sua tecnologia tal que sua funo de custos subaditiva, ie :

    Custos so minimizados quando uma unica empresa atua no mercado.

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  • Definio de monopolio natural usualmente ligada a retornos crescentes de escala, mas:

    Economias de escalaMonopolio Natural ou F de custos subaditiva

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  • q < q* Economias de escala Economias de escalaMonopolio Natural ou F de custos subaditivaq*CMeq$

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  • q < 3 Produo com economias de escala por uma unica empresa 3 < q < q* Produo com deseconomias de escala por uma unica empresa

    q < q* Funo du custo subaditiva Monopolio Natural se q < q*Economias de escalaMonopolio Natural ou F de custos subaditiva3CMe1 $33610204q*CMe2 CMe1+CMe2 22

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  • Monopolio Multiprodutor:

    Uma industria monopolio natural (multiprodutor) se, independente da combinao de produtos, mais barato que uma unica empresa os produza.

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  • Exemplo (VVH, pg 356):

    Ganhos de escala para qualquer nivel de produo, mas deseconomias de escopo.Logo, eficincia produtiva pede 2 empresas especializadas.Economias de escalaMonopolio Natural ou F de custos subaditiva

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  • Solues para o apreamento de monopolioNo fazer nada;

    Preo igual a custo marginal;

    Preo no linear;

    Preo de pico (peak-load);

    Preo Ramsey-Boiteux;

    Estatizao do Monopolio: empresa publica.

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  • 1. No fazer nadaSe monopolio temporario;

    Se ha substitutos proximos: TV a cabo, Satelite etc.

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  • 2. Apreamento custo marginalMonopolio Natural, onde p tal que:

    tal apreamento otimo de pareto.Otimo de pareto: alocao que maximiza bem estar da sociedade. Mudanas nessa alocao geram redistribuio da renda da sociedade. Logo, melhoram bem estar de um grupo em detrimento de outro.CMep(Cme)CMgQ

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  • Nota: Apreamento baseado no custos marginais ou custos mdios?Critica 1: custos sociais

    Se p = CMg, o Estado cobre custo fixo:Recursos do Estado so levantados:atravs de impostos que distorcem consumo;atravs de um sistema muitas vezes ineficiente de cobraa de taxas.

    Custos sociedade que deveriam ser levados em conta: Inserir o custo sombra dos fundos publicos, . Se o Estado cobre custos fixos (CF), o custo da sociedade : (1+ ) CF

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  • Critica 2: Valor social da produo

    A escolha do Estado em cobrir custos fixos implica:O governo julga que a compania deve ser ativa;Consumidores no devem pagar integralmente pelo custo da produo, apenas CMg.

    A compania somente deve ser ativa se o beneficio liquido do consumo maior que seu custo de produo: p = CMg no informativo sobre as preferncias dos consumidores.Governo deve fazer experimentos para identificar importncia econmica da atividade

    Critica valida para industrias cuja existncia esta em questo.

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  • Critica 3: Incentivos

    P=CMg + Transferncias para custos fixosIncentivos ruins para reduo de custos;

    P=CMePerda de bem estar pois ha consumidores (quando p = CMg) que deixam de consumir. No pareto otimo.

    Incentivos para reduo de custos se demanda elastica;Implica que consumidores diretos e no a sociedade arcam com os custos de produo: maior controle sobre a performance da empresa.

    Consumidores so melhores watchdogs que a sociedade.

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  • 3. Preo no-linear Tarifa duas partes: p = a + bqParte fixa (independente do consumo) + Parte variavel (preo por unidade).

    Eficincia alocativa:Suponha perda de bem estar de p=CMe seja K; Uma soluo propor: a = K/N, N numero de consumidores;b = CMg. Preo Mdio Unitario = a/q + CMg;Preo no linear melhor em termos de otimo de pareto que preo linear: parte fixa pode ser pequena o suficiente para que nenhum consumidor saia do mercado.

    Se consumidores so heterogneos, alguns podem deixar de consumir.

    Ineficincia alocativa.

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  • Menu de tarifas no lineares:No caso de a=K/N gde o suficiente, muitos consumidores com avaliao baixa do servio podem sair do mercado;

    Alguns monopolios lanam tarifas no lineares visando a auto-seleo de grupos heterogneos de consumidores.

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  • Exemplo:Tarifa mensal de 50 reais;+ 0,10 para impulso at 100;+ 0,05 para impulso entre 100 e 200;+ 0,00 para impulso acima de 200;Preo marginal decrescente: reflete economias de escala;Auto-seleo (Screening): consumidores heterogneos com respeito sua avaliao do servio podem se auto-selecionar.

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  • Tarifao corresponde a uma tarifa de duas partes: 50 + 0,10 q; 100 + 0,05 q; 200 + 0 q;

    Essas tarifas maximizam o lucro do monopolista, reduzindo o surplus do consumidor.

    Criticas: discriminao de preos pode ser proibida pelo regulador.

    Regulao com outros objetivos que eficincia alocativa.

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  • 2. Apreamento peak-load Picos de demanda devem ser acomodados pela capacidade produtiva.

    Preos variam de acordo com variao dos custos;No curto prazo, expanso da oferta proibitiva, logo preo de refletir custo de investimento em capacidade.

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  • Seja: Custo operacional = cQt;Custo de investimento = c0K;Logo:CMg de curto prazo = cQt se Qt < K ou se Qt > K ;CMg de longo prazo = (c0+c)Q;

    Restrio oramentaria:

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  • 4 situaes distintas segundo a demada:Demanda inelastica a preo: Preo = CMg

    + Restrio oramentaria satisfeita se K = QPico.

    Demanda elastica:Preo = RMg

    + Restrio oramentaria

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  • Demanda interdependente: consumidor capaz de transferir consumo entre periodos;Demanda em periodos fora do pico determinada por demanda durante periodo de pico.Ajuste de preos dado simultaneamente com demais periodos.

    Demanda estocastica:Preo deve se ajustar aos custos marginais de cada estado da natureza;spot markets buscam implementar tal apreamento, mas ha custos altos de transao:.Preos tendem a ser rigidos, independente de choques sob a demanda ou oferta.

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  • 3. Preo Ramsey-BoiteuxPreo linear.Regulao baseada no custo dos servios (transferncias proibdas).Monopolio multiprodutor de k produtos:

    Boiteux (1956): Regulao maximiza bem estar social sujeita a restrio oramentaria.

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  • Apreamento Ramsey-Boiteux: o Problema do Regulador

    A formula de Ramsey diz que mark-up inversamente proporcional a elasticidade-preo; o preo sombra da restrio oramentaria.

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  • Implicaes:Para cobrir custos, empresa regulada fixa preo acima de CMg;Mark-up maior quanto menor a elasticidade-preo.

    Custos fixos (comuns) so recuperados via mark-ups diferenciados pela elasticidade de cada grupo de consumidores.

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  • Preo Ramsey-Boiteux: exemplo (VVH, pg 365/367)

    Se p = CMg, p = 20 e q1=q2=80.Devido a custo fixo comum igual a 1800: pi > Cmg = 20

    Uma soluo seria : p= pi para i=1,2.pi = 36.1 para i=1,2 cobre custos totais.Demandas finais so: q1=63.9, q2=47.7.

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  • Perdas de bem estar: 130 + 260 = 390.Perda(p1) = (80 - 63.9)*(36.1 20)/2 = 130Perda(p2) = (80 - 47.7)*(36.1 20)/2 = 260

    Preos de Ramsey so a soluo do sistema:

    p1 = 30 , p2 = 40 (cobrem custos totais).Demandas finais so: q1=q2=60.

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  • Perdas de bem estar com apreamento Ramsey: 200 + 100 = 300 < 390 .Perda(p1) = (80-60)*(30 20)/2 = 260Perda(p2) = (80-60)*(40 20)/2 = 130

    Apreamento Ramsey gera MENOR perda de bem estar para a sociedade que outras formas de apreamento (linear) numa situao de monopolio natural.

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  • Preo Ramsey-Boiteux: CriticasPreocupaes com redistribuio de renda:

    Aqueles com demanda mais inelastica (exemplo: servio regulado essencial) so os que pagam maior mark-up/maior parcela dos custos fixos.

    Se entrada livre, algumas empresas podem entrar no segmento mais lucrativo do mercado; Apreamento Ramsey-Boiteux pode no ser sustentavel.

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  • Mais Criticas:Preo Ramsey-Boiteux no pareto otimo;

    Qual a relevncia da Restrio Oramentaria?Regulador pode no ser benevolente: restries a transferncias resolveria o problema;Regulador sujeito a grupos de interesse: proibir transferncias pode ser uma soluo para evitar desvios de conduta.

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  • Regulador no conhece caracteristicas de custo e demanda para determinar preos por produto, mas pode fixar um price cap e deixar o monopolista escolher os preos.

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