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Ciência, Tecnologia e SociedadeAula 9
Arranjos cooperativos para C,T&I.
Adalberto Mantovani Martiniano de AzevedoSanto André, 13/11/2012
Conteúdo da aula
1. Correção das provas: critérios
2. O que são arranjos cooperativos? Por que conhecê-los?
3. Políticas de C,T&I para a cooperação
4. Políticas de C,T&I para a cooperação: Brasil
5. Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos (redes técnico-econômicas, sistemas de inovação, clusters, hélices triplas e ecossistemas organizacionais)
Provas
Correção: critérios Atender ao que foi pedido da forma que foi pedido
Clareza e coerência no texto
Apontar diferenças, não caracterizar separadamente.
Cuidado com idéias erradas: ser cauteloso com a argumentação, senão prejudica o trabalho
Cuidado com afirmações categóricas
Cuidado com frases longas demais: respire
Responder logo no começo (ir direto ao assunto)
Provas
Correção: critérios Conceitos: correspondência com notas de 0 a 10
“F” de 0 a 3,9“D” de 4,0 a 4,9; “C” de 5,0 a 6,9; “B” de 7,0 a 8,9; “A” de 9,0 a 10,0
Notas ficarão registradas, para cálculo da média final
Média: Provas (40%)+ Trabalhos (40%) + participação em aula (20%)/3
Trabalhos: entrega e/ou apresentações na última aula
O que são arranjos cooperativos? Por que conhecê-los?
Arranjos multiorganizacionais: mais ou menos espontâneos, Inter-relacionados (cooperação/competição entre organizações), circuladores de ativos tangíveis e intangíveis (trocas), co-evolutivos, Dependentes/influentes no ambiente.
Conceitos SimilaresRedes
Sistemas deInovação Ambientes/Clusters de Inovação
etc
Design de ações em políticas de
C,T&I
O que são arranjos cooperativos? Por que conhecê-los?
Inovação: produtos ou processos introduzidos em mercados, cuja difusão depende de uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais, conectadas e convergentes.
C
T
F
C
O
…
InovaçãoMelhorias
Incertezas e riscos: técnicos, comerciais, maturidade tecnológica,
mercado
Competição, novas demandas (dimensões econômica, social, ambiental)
HeterogeneidadeConflitos Top Down
Bottom up
O que são arranjos cooperativos? Por que conhecê-los?
Alianças tecnológicas: 60’s:não mais que 10; 70’s: 160; 1995: +- 700
Complexidade tecnológicaCustos
Novos entrantesVelocidade inovação
Possibilidades das TICs
Compartilhar/adquirir competênciase ativos complementares
Diluição de custosCapacitação relacional
Ferramenta de gestão de arranjos interorganizacionais (descrição, diagnóstico, prescrição):
Políticas de C,T&I
Políticas de C,T&I para a cooperação
Pós II GM: redes apoiadas no Estado, financiador de pesquisa básica (Proj Manhattan, Prog Espacial)
Orientados por missões nacionais/militares
Spin offs: intra-setoriais (nuclear/aviação/espacial militar para o civil) intersetoriais (espacial para telecom, nuclear para medicina, militar para eletrônica)
Modelo ofertista-linear
Políticas de C,T&I para a cooperação
http://spinoff.nasa.gov/
Políticas de C,T&I para a cooperação
Mudanças 1970/80ss: áreas (energia) e padrão de financiamento- questionamento sobre os retornos sociais
Setor público: 67% do financiamento de P&D nos EUA 1965, 2000: 27%,
Programas de apoio à competitividade do setor privado: Estado como indutor da ação de outros agentes
Políticas de C,T&I para a cooperação
Mudanças institucionais: necessidade de novos arranjos
Bayh-Dole Act (USA, 1980): universidades/institutos de pesquisa com direitos sobre patentes apoiadas pelo governo
National Cooperative Research Act (USA, 1984) autorizou a pesquisa cooperativa entre empresas sem que ela fosse enquadrada pela Lei Antitruste, abrindo a possibilidade das empresas empreenderem alianças estratégicas para P&D
Reformulação do modeloofertista-linear
Políticas de C,T&I para a cooperação
Mudanças institucionais
Novas modalidades de programas tecnológicos
Small Business Innovation Research Program (SBIR, 1982)
Advanced Technologies Program (ATP, 1991)
Resposta a mudanças produtivas e econômicas: necessidade de competir e aumento da incerteza tecnológica
Políticas de C,T&I para a cooperação
Políticas de C,T&I para a cooperação: Brasil
BRASIL
Final da década de 90
Fundo Setorial do Petróleo e Gás (1997)
Mais doze Fundos Setoriais entre 2000 e 2001
Lei de Inovação (2004)
Lei do Bem (2005)
Editais cooperativos
Políticas de C,T&I para a cooperação: BrasilLei de Inovação (2004)
Compartilhamento de infra-estrutura (setores público/privados)
Contratos de transferência de tecnologia e parcerias público-privadas
Titularidade da PI dos resultados atingidos para pesquisadores, mecanismos para negociar a propriedade compartilhada
Obrigatoriedade de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) em Instituições públicas de pesquisa
Compras governamentais: prioridade a empresas inovadoras
Políticas de C,T&I para a cooperação: Brasil
Lei do Bem (2005)- deduções de Imposto de Renda e Contribuiçãosobre o Lucro Líquido (CSLL) de gastos em atividades de P&D;
Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de máquinas e equipamentos para P&D;
Redução do Imposto de Renda sobre remessa ao exterior resultantes de contratos de transferência de tecnologia;
Isenção do Imposto de Renda nas remessas para o exterior destinadas ao registro/manutenção de marcas, patentes e cultivares.
Políticas de C,T&I para a cooperação: Brasil
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Redes técnico-econômicas
Redes de indústrias, administração de negócios, políticas públicas...
The Sociology of an Actor Network: the Case of the Electric Vehicle (Callon, 1986)
Pólo científico, pólo tecnológico, pólo de mercado
Intermediários: documentos científicos e tecnológicos (artigos, patentes), competências e capacitações (cursos, mobilidade profissional), recursos financeiros (financiamentos, mercados), artefatos (equipamentos científicos e tecnológicos)
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitosRedes técnico-econômicas
Rede convergente: consenso sobre as ações a serem realizadas (por exemplo, quais tecnologias adotar): sistemas bem estabelecidos (tecnologias com trajetórias bem estabelecidas)
Rede divergente: sem consenso, diferentes opções de ação e difícil alinhamento entre os atores- novas tecnologias sobre as quais existem grandes incertezas sobre a trajetória a ser seguida, processo mais intenso de negociação entre os atores através da troca de intermediários
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitosRedes técnico-econômicas
Quem promove a convergência?
Coordenação: recruta atores e articula as relações (editais),
organiza informações (prospecção)
atua no ambiente
cria mecanismos de aprendizado (como cursos)
atua junto a instituições de apoio (por exemplo, órgãos de certificação/acreditação como IPT e Inmetro).
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Sistemas de Inovação
Atores, políticas e interações
Organizações: objetivos explícitos (empresas, instituições de ensino e pesquisa, agências públicas de fomento).
Instituições: rotinas e regras que regulam interações (propriedade intelectual, códigos de ética, leis comerciais, contratos de transferência de tecnologia, práticas das universidades, etc.)
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Sistemas setoriais de inovação: contextos operacionais particulares
Componentes com funções que viabilizam o bom funcionamento do sistema: geração de conhecimento, difusão, mobilização de recursos humanos e financeiros, conhecimento de mercado, legitimação de novas tecnologias, entre outras
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Exemplo de um sistema setorial: setor de saúde
Fonte: Catari Vilela Chaves e Eduardo da Motta e Albuquerque. Desconexão no sistema de inovação no setor saúde: uma avaliação preliminar do caso brasileiro a partir de estatísticas de patentes e artigos. Economia Aplicada, vol.10 no.4 Ribeirão Preto Oct./Dec. 2006
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Clusters de inovação
Fator importante: localização espacial
Papel dos governos locais: por exemplo, o consórcio intermunicipal do Grande ABC
Outras divisões: Bacias hidrográficas
Biomas
Arranjos interorganizacionais para a inovação: conceitos
Hélices triplas
Universidades, empresas e governo
Combinação dessa instituições forma novos“organismos”
Papéis dos atores se misturam e formam um novo “híbrido coletivo”
Ecossistemas organizacionais
Analogia com ecossistemas biológicos: “organismos” interdependentes, com diferentes interesses (heterogêneos)
Cooperação
Predação
“Nós” (hubs): conectam atores
Pedras angulares (keystones)
Dominadores
Iansiti, M. & Levien, R. The keystone advantage: what the new dynamics of business ecosystems mean for strategy, innovation and sustainability
Ecossistemas organizacionais
“Emprestam-se” da biologia terminologias e idéias- Porém, os ecossistemas organizacionais desenvolvem:
2. Relações “inter-espécies” e seletivas
Negócio Fechado!
1. Inovação
3. Planejamento
Ecossistemas organizacionais
Gestão de ecossistemas: gerir elementos coletivos (além dos recursos internos das organizações)
Foco só em recursos internos: equívoco
• Atores têm diversos objetivos,valores, cognições, (...)
• Limites do ecossistema mudam constantemente
Kay etal (1999). An ecosystem approach for sustainability: addressing the challenge of complexity
Sistemas auto-organizativos complexos
Reconfigurações constantes: incerteza
Aprendizado adaptativo
Atratores: promotores de mudanças/manutenção de estado
Ecossistemas organizacionais
Ex. Dominadores X Keystones (estrat. licenciamento)
Agentes de Políticas de C,T&I: Keystones atuantes sobre atores e hubs: mercado, científico/tecnológico,regulatórios,suporte (TIBs), (…)
Ecossistemas organizacionais
Como definir as “fronteiras” de um ecossistema?
Ligações entre seus integrantes: tipo (compra e venda, transferência de conhecimento, (...) “força” das ligações (dependência entre os integrantes)
Difícil delimitação
Divisão em “domínios” de atividade: financiamento, regulação, públicas, privadas, etc.
“Saúde” de um ecossistema: produtividade, inovatividade, robustez a pressões externas, diversidade (nichos)
Ecossistemas organizacionais
Componentes da estratégia “Keystone”: Criar valor através de ...Criação de ativos compartilháveis
Criação de nós fundamentais
Criação de padrões e canais uniformes de informação
Criação e compartilhamento de instrumentos para a inovação
Criação e manutenção de padrões de desempenho
Redução da incerteza: comunicação
Redução da complexidade/redundâncias: plataformas atrativas (compartilhar componentes, conhecimento, RH)
Ecossistemas organizacionaisIansiti, M. and Levien, R. The Keystone Advantage: What the New Dynamics of Business Ecosystems mean for strategy, Innovation and Sustainability
Ecossistemas organizacionais
Objetivos Descritivos: 1. Que atores são relevante para o ecossistema?2. Quais as características do ambiente? 3. Quais as funções? 4. Como se relacionam (fluxos)? 5. Onde estão os buracos estruturais? 6. Onde estão as redundâncias?
Objetivos Prescritivos: 1.Como otimizar? 2.Como tapar buracos estruturais? 3. Que atratores criar para induzir a ação dos atores?
Roteiro para gestão de ecossistemas organizacionais
Fonte: Kay et al (1999)