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DOENÇA DO REFLUXO DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICOGASTROESOFÁGICO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
Afecção Afecção crônicacrônica decorrente do decorrente do refluxo de parte do conteúdo refluxo de parte do conteúdo gástrico para o esôfago, acarretando gástrico para o esôfago, acarretando um espectro variável de um espectro variável de sintomassintomas, , associado ou não a associado ou não a lesões teciduaislesões teciduais..
75% das doenças esofágicas75% das doenças esofágicas Pirose é encontrada em 20-40% da Pirose é encontrada em 20-40% da
populaçãopopulação
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Baixa pressão de Baixa pressão de repousorepouso do do EEIEEI
Aumento da Aumento da pressão intra-abdominalpressão intra-abdominal
Relaxamento completo Relaxamento completo transitóriotransitório do do EEIEEI
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Aumento da Aumento da pressão intra-abdominal pressão intra-abdominal
(PIA)(PIA)
Apenas o aumento da PIA não promove Apenas o aumento da PIA não promove refluxorefluxo
É necessário relaxamento completo do É necessário relaxamento completo do EEIEEI
The New England Journal of Medicine, 307; 1547; 1982
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Baixa pressão de Baixa pressão de repousorepouso do do EEIEEI
Mesmo uma pressão do EEI em torno Mesmo uma pressão do EEI em torno de 5 a 10 mmHgde 5 a 10 mmHg pode prevenir RGE por pode prevenir RGE por aumento da aumento da PIAPIA
Pacientes com baixa pressão de repouso Pacientes com baixa pressão de repouso tendem a ter doença mais gravetendem a ter doença mais grave
The New England Journal of Medicine, 307; 1547; 1982
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Relaxamento completo Relaxamento completo transitóriotransitório do do
EEIEEI
Principal responsável pelo refluxo tanto Principal responsável pelo refluxo tanto em pessoas com DRGE quanto em em pessoas com DRGE quanto em pessoas saudáveispessoas saudáveis
The New England Journal of Medicine, 307; 1547; 1982
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIAHérnia de HiatoHérnia de Hiato
Hérnia tipo I Hérnia tipo I (Deslizante)(Deslizante)
Pequenas hérnias Pequenas hérnias podem não se podem não se associar à DRGE associar à DRGE mas quanto maior mas quanto maior a hérnia, maior a a hérnia, maior a chance de DRGEchance de DRGE
Sabiston Textbook of Surgery, 17th ed., Copyright © 2004 Elsevier
CLÍNICACLÍNICA PirosePirose Regurgitação Sintomas Regurgitação Sintomas
EsofágicosEsofágicos DisfagiaDisfagia
EructaçõesEructações Plenitude gástricaPlenitude gástrica
CLÍNICACLÍNICA
Sintomas atípicosSintomas atípicos LARINGELARINGE: rouquidão, granuloma de : rouquidão, granuloma de
prega vocalprega vocal FARINGEFARINGE: faringite crônica: faringite crônica
ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICAÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: tosse : tosse crônica, broncoespasmo, pneumonite crônica, broncoespasmo, pneumonite aspirativaaspirativa
“Asma gástrica”
CLÍNICACLÍNICA
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL
DUPDUP Esofagite infecciosaEsofagite infecciosa Doença do trato biliarDoença do trato biliar Distúrbios motores do esôfagoDistúrbios motores do esôfago Doença coronarianaDoença coronariana
ENDOSCOPIA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTADIGESTIVA ALTA
Método de escolha no diagnóstico da ER; avalia a extensão e gravidade da doença, bem como suas complicações.
Sintomas de refluxo crônico (3-5 anos), > 40 anos, e sintomas de alarme (disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva ou emagrecimento).
A severidade dos sintomas correlaciona-se fracamente com o grau de injúria esofágica.
O papel da Endoscopia
• Diagnóstico – Único método confiável para diagnosticar o
Esôfago de Barrett.
ENDOSCOPIA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTADIGESTIVA ALTA
Quando a endoscopia é mandatória? Pacientes com sintomas de alarme
Disfagia Odinofagia
Hemorragia ou anemia Emagrecimento
Sintomas de longa duração (Barrett). Previamente à correção cirúrgica.
Previamente à dilatação. Pacientes que não melhoram com o tratamento.
Pacientes imunodeprimidos
ENDOSCOPIA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTADIGESTIVA ALTA
Classificação de Savary-MillerClassificação de Savary-Miller
Grau I: Grau I: Erosões ocupando uma única prega Erosões ocupando uma única prega longitudinallongitudinal
Grau II: Grau II: Erosões situadas em mais de uma prega Erosões situadas em mais de uma prega longitudinal sem ocupar toda a circunferêncialongitudinal sem ocupar toda a circunferência
Grau III: Grau III: Erosões ocupando toda a Erosões ocupando toda a circunferênciacircunferência
Grau IV: Grau IV: Complicações: Complicações: úlcera profundaúlcera profunda OU OU estenose pépticaestenose péptica
Grau V: Grau V: Esôfago de Barret Esôfago de Barret
GRAU I GRAU II
GRAU III GRAU IV
ENDOSCOPIA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTADIGESTIVA ALTA
Classificação de Los AngelesClassificação de Los Angeles
Grau A: Grau A: Erosões < 5mmErosões < 5mm
Grau B: Grau B: Erosões > 5mm sem acometer Erosões > 5mm sem acometer o topo das pregas mucosaso topo das pregas mucosas
Grau C: Grau C: Erosões ocupando o topo das Erosões ocupando o topo das pregas mas não circunferenciaispregas mas não circunferenciais
Grau D: Grau D: acometendo ¾ da acometendo ¾ da circunferênciacircunferência
pHmetria de 24hpHmetria de 24h
Padrão-ouroPadrão-ouro Deve ser feito antes da cirurgia para Deve ser feito antes da cirurgia para
confirmar DRGEconfirmar DRGE Sintomas típicos refratários à Sintomas típicos refratários à
terapiaterapia Sintomas atípicosSintomas atípicos DRGE em criançasDRGE em crianças Mais de 7% c/ pH<4Mais de 7% c/ pH<4
MANOMETRIAMANOMETRIA
Determinar se há necessidade de Determinar se há necessidade de fundoplicatura parcial em hipotonia do fundoplicatura parcial em hipotonia do esôfagoesôfago: estudos atuais contradizem : estudos atuais contradizem essa idéiaessa idéia
Localizar o EEILocalizar o EEI Atividade peristáltica: percentagem de Atividade peristáltica: percentagem de
deglutições transmitidas para cada deglutições transmitidas para cada canal canal (>80%)(>80%)
Amplitude da onda peristáltica Amplitude da onda peristáltica (>60%)(>60%)
MANOMETRIAMANOMETRIA
ESOFAGOGRAMAESOFAGOGRAMA
Determinar a anatomia externa do Determinar a anatomia externa do esôfago e estômago proximalesôfago e estômago proximal
Uma junção gastroesofágica Uma junção gastroesofágica mediastinal que não reduz para a mediastinal que não reduz para a cavidade abdominal durante o cavidade abdominal durante o estudo é o preditor de uma cirurgia estudo é o preditor de uma cirurgia difícil que pode requerer um difícil que pode requerer um encompridamento esofágicoencompridamento esofágico
Mucosa esofágica normal: pregas delgadas, paralelas e uniformes
Narrow-Band Imaging
A alta sensibilidade pode aumentar os Dx falsos-positivos.
NBI usa um comprimento de onda curto. A luz azul penetra superficialmente nos tecidos e é altamente absorvida pela hemoglobina, destacando o padrão da superfície mucosa e os detalhes da microvasculatura
BIÓPSIAS ENDOSCÓPICAS Apenas 60% dos pacientes com esofagite erosiva de
refluxo apresentam alterações histológicas. Podem ocorrer alterações histológicas no esôfago distal
sugestivas de refluxo na ausência de alteração endoscópica – hiperplasia na camada basal e papilomatose (sensibilidade de apenas 46%).
II Consenso Brasileiro de DRGE: biópsias de rotina não estão indicadas na fase aguda da esofagite erosiva na ausência de úlcera, estenose,suspeita de metaplasia colunar, neoplasia e suspeita de lesões específicas como a esofagite infecciosa.
OUTROSOUTROS
Teste de BernsteinTeste de Bernstein
Laringoscopia: Laringoscopia: inflamação da mucosa laringea inflamação da mucosa laringea estenose subglóticaestenose subglótica
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
Complicações relacionadas: estenose (8-20%), ulceração (5%), sangramento (2%), evolução para esôfago de Barrett (8-20%), adenocarcinoma.
Estenose Péptica:Estenose Péptica: Ocorre em 10% dos casos Disfagia Abaixo da estenose geralmente ocorre Barret Tratamento: Dilatação Endoscópica
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
Úlcera EsofágicaÚlcera Esofágica Atinge a Atinge a submucosasubmucosa ou ou muscularmuscular OdinofagiaOdinofagia HemorragiasHemorragias Úlcera de BarretÚlcera de Barret
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
Sintomas RespiratóriosSintomas Respiratórios Asma: Asma: reflexo vagal reflexo vagal ou ou
microaspiraçãomicroaspiração Laringite: Laringite: rouquidãorouquidão Traqueíte: Traqueíte: tosse secatosse seca
Preto: Edema bilateral das aritenóides. Branco: estrias de hiperemia nas cordas
vocais.
COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕES
Esôfago da BarretEsôfago da Barret Substituição do epitélio escamoso Substituição do epitélio escamoso
por epitélio colunar intestinalpor epitélio colunar intestinal 4-10% dos pacientes submetidos à 4-10% dos pacientes submetidos à
EDAEDA Pode diminuir os sintomasPode diminuir os sintomas
TRATAMENTO CLÍNICOTRATAMENTO CLÍNICO
Medidas geraisMedidas gerais Elevar a cabeceiraElevar a cabeceira Evitar café, chocolate, bebidas Evitar café, chocolate, bebidas
alcoólicas, etcalcoólicas, etc Deitar-se 2-3h após as refeiçõesDeitar-se 2-3h após as refeições Fracionar a dietaFracionar a dieta Evitar líquidos nas refeiçõesEvitar líquidos nas refeições Redução do pesoRedução do peso
TRATAMENTO CLÍNICOTRATAMENTO CLÍNICOTratatamento FarmacológicoTratatamento Farmacológico
IBPIBP em dose em dose dobradadobrada por por 6 a 12 6 a 12 semanassemanas
Omeprazol 20mg 2x/dia por 12 semanasOmeprazol 20mg 2x/dia por 12 semanas Na recidiva, dobrar a dose do IBP e Na recidiva, dobrar a dose do IBP e
manter omeprazol 20mg por dia manter omeprazol 20mg por dia indefinidamenteindefinidamente
Eficaz em Eficaz em 80%80% dos pacientes dos pacientes 80%80% dos pacientes recidivam dos pacientes recidivam
Não responsivos
10 e 40% dos pacientes com DRGE não respondem sintomaticamente, quer parcial ou integralmente, a uma bomba de prótons em dose padrão
A maioria dos pacientes que não são sensíveis a PPIs são de doença do refluxo não-erosiva (NERD) e grupos funcionais azia,
Impedância intraluminal multicanal pH (MII-pH) :permite a distinção entre ácidos, ácidos fracos, e refluxo fracamente alcalina
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICOTRATAMENTO
Clínico Endoscópico Cirúrgico Plicatura Endoscópica
» Endocinch Bard® » ESD – Wilson Cook® » Gastrofundoplicatura Transmural – NDO
Inducão de Fibrose do EIE » Radiofrequência Stretta®
Implante no EIE » Polímero (Ethilene vinyl alcohol) - Enteryx® » Hydrogel - Gatekeeper®
Plicatura endoscópica com Endocinch®
Abou-Rebyeh et al, 2005
Afrouxamento da sutura
Desgarro da sutura
PÓS-PLICATURA ENDOSCÓPICA
Stretta Procedure - Mecanismo de Ação -
Barreira Mecânica ao RefluxoBarreira Mecânica ao Refluxo
Fibrose e endurecimento da área Fibrose e endurecimento da área tratada com resistência à distensão tratada com resistência à distensão
gástrica pós-prandial.gástrica pós-prandial.
Redução no Tempo de RelaxamentoRedução no Tempo de Relaxamento Interrupção no efeito vagal aferente Interrupção no efeito vagal aferente no relaxamento transitório do EIEno relaxamento transitório do EIE
Desensibilização do Corpo do Desensibilização do Corpo do EsôfagoEsôfago ? ?
POLÍMERO ENTERYX™
EVOH Ethylene-vinyl alcohol – copolímero com implante permanente, Inerte e biocompatível DMSO Dimethyl sulfoxide – liquido lubrificante
Tantalum (Ta) Contraste radiopaco
ENTERYX™ - MECANISMO DE AÇÃO
•Intumescimento no local do implante com oclusão parcial na região da cárdia • • • • • • • •Diminuição da complacência com redução da abertura da cárdia
ENTERYXTM – TÉCNICA DE INJEÇÃO
• Múltiplas injeções na musculatura próximas a linha Z em volume de 0,5 a 1ml por punção, circunferencialmente
• Manter por 1minuto a agulha injetora após cada punção.
HCFMUSP – 2004
ENTERYX™ Estudo Clínico USO DE IBP PÓS-TRATAMENTO
Johnson, D. Worldwide Multicenter Cinical Study Results-2004; American College of Gastroenterology, USA.
87.6%80.6%
pacie
nte
s
73,8%
90%
GATEKEEPER™ Medtronic Europe, Tolochenaz,
Switzerland
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICOTRATAMENTO ENDOSCÓPICO ATUAL
Plicatura Endoscópica – Endocinch Bard® Cancelled, falta durabilidade – ESD – Wilson Cook® Cancelled, 2002 – Gastrofundoplicatura Transmural – NDO
Inducão de Fibrose do EIE – Radiofrequência Stretta®
Implante no EIE – Polímero (Ethilene vinyl alcohol) - Enteryx® Cancelled,
Set. 2005 – Hydrogel - Gatekeeper® Cancelled, Out, 2005
A PLICATURA ENDOCÓPICA PODE SUBSTITUIR O PROCEDIMENTO
CIRÚRGICO?
Princípios da cirurgia antirefluxo: • Restabelecer o segmento
abdominal do esôfago • Reparar o hiato diafragmático • Aumentar a pressão do EIE
após a plicatura - Valvuloplastia
NÃO
ENDOSCOPIC PERORAL NISSEN FUNDOPLICATION
Mason,RJ; DeMeester,TR et al.- DDW, 2001
TRANSGASTRIC GASTROPEXY AND HIATAL HERNIA REPAIR
FOR GERD UNDER EUS CONTROL
Fritscher-Ravens,A; Swain,P et al.- GE,2004
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICOQuando Indicar?Quando Indicar?
Pacientes jovens quem requerem tto Pacientes jovens quem requerem tto a longo prazo com IBPa longo prazo com IBP
RegurgitaçãoRegurgitação durante a terapia durante a terapia Sintomas respiratóriosSintomas respiratórios Dano nas pregas vocaisDano nas pregas vocais Esôfago de Esôfago de BarretBarret
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICO
Fundoplicatura de Nissen Fundoplicatura de Nissen Videolaparoscópica (360º)Videolaparoscópica (360º)
Posicionamento dos Trocartes
Mobilização do Fundo Gástrico
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICO
Fundoplicatura de Nissen Fundoplicatura de Nissen Videolaparoscópica (360º)Videolaparoscópica (360º)
Dissecção do pilar esquerdo
Dissecção do pilar direito e exposição
lateral do hiato
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICOFundoplicatura de Nissen Fundoplicatura de Nissen
Videolaparoscópica (360º)Videolaparoscópica (360º)
Sutura dos pilares posteriores
Confecção da válvula
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICOFundoplicaturas parciaisFundoplicaturas parciais
TRATAMENTO TRATAMENTO CIRÚRGICOCIRÚRGICO
Melhora sintomática em 90 a 94% Melhora sintomática em 90 a 94% dos pacientesdos pacientes
Falha: 5% (devem ser investigados e Falha: 5% (devem ser investigados e tratados com IBP)tratados com IBP)
Tratamento endoscópico da DRGE será uma das opções ?
Sim, se for...
•Efetivo e seguro como IBP na redução da pirose •Menos invasivo que fundoplicatura laparoscópica •Efetivo no controle do refluxo gastresofágico •Efetivo por tempo prolongado •Reversivel, não impedindo tratamento cirúrgico
Tratamento endoscópico da DRGE
•Tratamento pode ser promissor -> fase precoce de desenvolvimento.
•Resultado tardio das técnicas endoscópicas disponíveis não se aproxima das cirúrgicas.
•Os tratamentos atuais ainda devem ser a nível de protocolos
•Necessidade de novas técnicas e de estudos a longo prazo.
Conclusões
OBRIGADOOBRIGADO