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CIÊNCIAS AGRÁRIAS Autor e trabalho presentes neste documento: 1. Alessandra Brolo Bovenschulte - Fibrossarcoma queloidal, bem diferenciado em um canino 2. Alessandra Brolo Bovenschulte - Adenocarcinoma gástrico em um canino 3. Aline Casassola - Desempenho biológico de Helicoverpa armigera em órgãos de soja 4. Aline Marafon - Determinação do pH temperatura, umidade, atividade de água e gás amônia em camas de frangos de corte tratadas com cal e lona na superfície 5. Aline Tischer - Seletividade de culturas de inverno através do uso de diferentes manejos herbicidas pós-emergentes 6. Álvaro Albino da Silva Bageston - A Importância Da Conaq Para As Comunidades Quilombolas 7. Amanda Lara De Oliveira - Carcinoma De Células Escamosas Periocular Em Gato 8. Amanda Lara De Oliveira - Leiomiossarcoma Gástrico Em Um Cão 9. Ana Carolina Mattana Silva - Efeito Do Teor De Desoxinivalenol Na Quantidade E Na Qualidade Das Proteínas Do Trigo. 10. Ana Carolina Puhl- Hipotireoidismo em Canino - Relato de Caso 11. Ana Laura Antunes da Costa - Desenvolvimento Do Pessegueiro Barbosa Sobre Diferentes Porta-Enxertos 12. Ana Paula Dal Piaz - Seminoma Difuso Em Canino 13. Arthur Nery da Silva - Investigação Global De Marcadores Do Tipo Snp Associados Com Hérnia Escrotal Em Suínos. 14. Arthur Nery da Silva - Linfoma Epiteliotrópico Variante Reticulose Pagetóide Em Um Canino. 15. Bruna Bergamaschi - Politrauma em um felino atropelado: Relato de caso 16. Bruna Bergamaschi - Criptococose em um felino: Relato de caso 17. Bruna de Camargo da Silva - Manejo Clínico Cirúrgico De Neoplasma Pulmonar Primário Em Um Canino 18. Bruna Favretto de Souza - Efeito da idade em Parâmetros Sanguíneos de Bovinos de Corte Criados na Serra Catarinense 19. Bruna Favretto de Souza - Desenvolvimento de um Protocolo de Super Ovulação para Bovinos da Raça Wagyu 20. Bruna Piton - Sensibilidade de Phakopsora pachyrhizi a fungicidas 21. Bruno de Oliveira Jacques - Acessibilidade e preços de produtos orgânicos da Feira Ecológica da UPF 22. Bruno Maron Lewe - Influência da temperatura na eficiência reprodutiva de bovinos de leite 23. Bruno Maron Lewe - Uso De Identificadores De Cio Estrotect - Em Bovinos Leiteiros 24. Bruno Rettore - Ocorre eluviação de argila em solos sob plantio direto 25. Carla Lais Schnell - Escore de condição corporal, hematócrito e proteínas plasmáticas totais de vacas de corte gestantes e não gestantes 26. Carla Marina Borges Paiz - Influência De Diferentes Concentrações De Inóculo De Meloidogyne Javanica Na Reação Da Soja 27. Carlos Miguel De Bastiani - Diferentes métodos de controle de cascudinho (Alphitobious diaperinus) em cama de aviário 28. Caroline Canova Cortese - Avaliação Do Hematócrito E Proteínas Plasmáticas Total Em Um Rebanho Bovino Sul-Riograndense E Correlação Com O Fator Etário. 29. Caroline Maldaner Follmer - Fertilidade de solo e germinação de buva 30. Cleisla Molin - Interceptação de radiação solar, área foliar e composição do rendimento de grãos de soja sob variações de condições de cultivo. 31. Daniela Simon - Contagem De Coliformes Fecais Em Cama De Aviário Tratadas Com Gás Amônia 32. Débora Zini Baldasso - Desenvolvimento De Um Controle Molecular Interno Para Validar A Técnica De Tipificação De Haemophilus Parasuis 33. Eduardo Rebelato Sakis - Tumor Ósseo Multilobular Em Canino 34. Eduardo Rebelato Sakis - Utilização Da Coloração De Azul De Toluidina Como Técnica Histoquímica Para O Diagnóstico De Hemoparasitas Em Bovino. 35. Enzo Mistura - Atividade Antimicrobiana In Vitro Dos Extratos De Punica Granatum E De Physalis Peruviana Frente À Salmonella Heidelberg E Staphylococcus Aureus 36. Fabíola Trento - Ação De Sanitizantes Sobre Salmonella Spp. Isoladas Em Abatedouro De Suínos. 37. Fernanda Luiza Facioli - A Reação Em Cadeia Da Polimerase Como Método Alternativo Para Diagnóstico De Histoplasmose Canina 38. Fernanda Luiza Facioli - Epidemiologia De Patógenos Reprodutivos Em Rebanhos Produtores De Ovinos No Sul Do Brasil: Resultados Preliminares 39. Fernando Golin Zanela - Caracterização Físico-Químicas De Grãos De Milho 40. Francine Falcão De Macedo Nava - Fungos Endofíticos De Aroeira Inibem Crescimento Micelial De Fitopatógenos 41. Gabriela Hommerding Loss - Anestesia inalatória em Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus) submetido à cistotomia - Relato de caso

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Page 1: Autor e trabalho presentes neste documento

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Autor e trabalho presentes neste documento:

1. Alessandra Brolo Bovenschulte - Fibrossarcoma queloidal, bem diferenciado em um canino

2. Alessandra Brolo Bovenschulte - Adenocarcinoma gástrico em um canino

3. Aline Casassola - Desempenho biológico de Helicoverpa armigera em órgãos de soja

4. Aline Marafon - Determinação do pH temperatura, umidade, atividade de água e gás amônia em camas de frangos de corte tratadas

com cal e lona na superfície

5. Aline Tischer - Seletividade de culturas de inverno através do uso de diferentes manejos herbicidas pós-emergentes

6. Álvaro Albino da Silva Bageston - A Importância Da Conaq Para As Comunidades Quilombolas

7. Amanda Lara De Oliveira - Carcinoma De Células Escamosas Periocular Em Gato

8. Amanda Lara De Oliveira - Leiomiossarcoma Gástrico Em Um Cão

9. Ana Carolina Mattana Silva - Efeito Do Teor De Desoxinivalenol Na Quantidade E Na Qualidade Das Proteínas Do Trigo.

10. Ana Carolina Puhl- Hipotireoidismo em Canino - Relato de Caso

11. Ana Laura Antunes da Costa - Desenvolvimento Do Pessegueiro Barbosa Sobre Diferentes Porta-Enxertos

12. Ana Paula Dal Piaz - Seminoma Difuso Em Canino

13. Arthur Nery da Silva - Investigação Global De Marcadores Do Tipo Snp Associados Com Hérnia Escrotal Em Suínos.

14. Arthur Nery da Silva - Linfoma Epiteliotrópico Variante Reticulose Pagetóide Em Um Canino.

15. Bruna Bergamaschi - Politrauma em um felino atropelado: Relato de caso

16. Bruna Bergamaschi - Criptococose em um felino: Relato de caso

17. Bruna de Camargo da Silva - Manejo Clínico Cirúrgico De Neoplasma Pulmonar Primário Em Um Canino

18. Bruna Favretto de Souza - Efeito da idade em Parâmetros Sanguíneos de Bovinos de Corte Criados na Serra Catarinense

19. Bruna Favretto de Souza - Desenvolvimento de um Protocolo de Super Ovulação para Bovinos da Raça Wagyu

20. Bruna Piton - Sensibilidade de Phakopsora pachyrhizi a fungicidas

21. Bruno de Oliveira Jacques - Acessibilidade e preços de produtos orgânicos da Feira Ecológica da UPF

22. Bruno Maron Lewe - Influência da temperatura na eficiência reprodutiva de bovinos de leite

23. Bruno Maron Lewe - Uso De Identificadores De Cio Estrotect - Em Bovinos Leiteiros

24. Bruno Rettore - Ocorre eluviação de argila em solos sob plantio direto

25. Carla Lais Schnell - Escore de condição corporal, hematócrito e proteínas plasmáticas totais de vacas de corte gestantes e não gestantes

26. Carla Marina Borges Paiz - Influência De Diferentes Concentrações De Inóculo De Meloidogyne Javanica Na Reação Da Soja

27. Carlos Miguel De Bastiani - Diferentes métodos de controle de cascudinho (Alphitobious diaperinus) em cama de aviário

28. Caroline Canova Cortese - Avaliação Do Hematócrito E Proteínas Plasmáticas Total Em Um Rebanho Bovino Sul-Riograndense E

Correlação Com O Fator Etário.

29. Caroline Maldaner Follmer - Fertilidade de solo e germinação de buva

30. Cleisla Molin - Interceptação de radiação solar, área foliar e composição do rendimento de grãos de soja sob variações de condições

de cultivo.

31. Daniela Simon - Contagem De Coliformes Fecais Em Cama De Aviário Tratadas Com Gás Amônia

32. Débora Zini Baldasso - Desenvolvimento De Um Controle Molecular Interno Para Validar A Técnica De Tipificação De Haemophilus

Parasuis

33. Eduardo Rebelato Sakis - Tumor Ósseo Multilobular Em Canino

34. Eduardo Rebelato Sakis - Utilização Da Coloração De Azul De Toluidina Como Técnica Histoquímica Para O Diagnóstico De

Hemoparasitas Em Bovino.

35. Enzo Mistura - Atividade Antimicrobiana In Vitro Dos Extratos De Punica Granatum E De Physalis Peruviana Frente À Salmonella

Heidelberg E Staphylococcus Aureus

36. Fabíola Trento - Ação De Sanitizantes Sobre Salmonella Spp. Isoladas Em Abatedouro De Suínos.

37. Fernanda Luiza Facioli - A Reação Em Cadeia Da Polimerase Como Método Alternativo Para Diagnóstico De Histoplasmose Canina

38. Fernanda Luiza Facioli - Epidemiologia De Patógenos Reprodutivos Em Rebanhos Produtores De Ovinos No Sul Do Brasil: Resultados

Preliminares

39. Fernando Golin Zanela - Caracterização Físico-Químicas De Grãos De Milho

40. Francine Falcão De Macedo Nava - Fungos Endofíticos De Aroeira Inibem Crescimento Micelial De Fitopatógenos

41. Gabriela Hommerding Loss - Anestesia inalatória em Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus) submetido à cistotomia - Relato de caso

Page 2: Autor e trabalho presentes neste documento

42. Gabriela Hommerding Loss - Anestesia inalatória em Pavão Branco (Pavo cristatus) submetido á artrodese temporária - Relato de caso

43. Helena Trindade da Silva - Ascensão capilar de água em colunas de areia

44. Ilana Kives - Transposição E Tenodese Do Tendão Do Músculo Bíceps Braquial Para Correção De Luxação Medial Do Ombro Em Um

Canino

45. Ingridi De Freitas Tonin - Aspergilose Pulmonar Em Bovino

46. Isabelle Ghiggi Sgorla - Avaliação Do Tempo De Dissolução De Conservantes Utilizados Em Amostras Para Análise Microbiológica De

Leite Cru

47. Isabelle Ghiggi Sgorla - Investigação De Ativos Presentes Em Conservantes De Leite Cru Refrigerado

48. Isadora Fappi Scherer - Manutenção In Vivo Do Ciclo Do Parasita Angiostrongylus Costaricensis

49. Jeferson Orsolin - Relação entre os teores de fósforo extraídos com os métodos Mehlich-1 e Mehlich-3 de um latossolo cultivado com

aveia-branca

50. Jenifer Alana Machado - Produção De Gás Amônia Em Camas Reaproveitadas De Frangos De Corte Utilizando A Lona Na Sua Superfície.

51. Jéssica Cristine Da Costa - Adenocarcinoma Uterino Metatastico Em Coelho Da Raça American Fuzzy Lop (Oryctolagus Cuniculus).

52. João Eduardo Carniel De Paula - Desempenho Morfoagronômico E Qualitativo De Alface Inoculada Com Micorrizas

53. João Pedro Pittas Welter - Perfil Dos Consumidores Da Feira Ecológica Da Upf

54. Joelmir Forti Rabaiolli - Uso Da Inseminação Artificial Em Tempo Fixo (Iatf) Para Reduzir O Intervalo Entre Partos Em Um Rebanho

Leiteiro

55. Joelmir Forti Rabaiolli - Ocorrência De Tuberculose E Brucelose Em Rebanhos Bovinos Dos Municípios De Casca E São Domingos Do Sul

No Estado Do Rio Grande Do Sul.

56. Jonatas Tognon - Posicionamento De Fungicida Multissítio (Mancozeb) Associados A Fungicidas Sítio-Específico Para Controle De

Ferrugem-Asiática Da Soja

57. Jordana Toqueto - Manejo Clínico Cirúrgico De Ruptura De Inglúvio Em Pato-Doméstico (Anas Platyrhynchos Domesticus).

58. Jordana Toqueto - Artrodese Temporária Como Correção De Má Conformação Articular Em Pavão-Branco (Pavo Cristatus).

59. Kassiano Pedralli - Condutividade Hidráulica Do Solo Saturado E Suas Relações Com Propriedades Físicas De Solos Sob Plantio Direto

60. Katherlly Vieira De Carvalho - Transplante De Células-Tronco Derivadas De Tecido Adiposo Em Trauma Medular Canino

61. Kátia Bitencourt Sartor - Comparação Entre Extrato De Erva-Mate Clarificado Por Membranas E Chá Mate Comercial

62. Kátia Bitencourt Sartor - Extração De Compostos Fenólicos Da Jabuticaba (Myrciaria Cauliflora)

63. Larissa Barden Meira - Qualidade De Mudas De Alface Produzidas Em Substrato

64. Léa Engelman - Granuloma Eosinofílico Em Uma Égua Da Raça Quarto De Milha - Relato De Caso

65. Leticia Eduarda Bender - Quantificação De Compostos Fenólicos E Capacidade Antioxidante Do Chimarrão Ao Longo De Uma Mateada

66. Letícia Mariane Deloss Güllich - Propriedades Tecnológicas De Milho Seco Em Altas Temperaturas

67. Luana Marina Scheer Erpen - Infecção Pelo Virus Da Leucose Enzoótica Bovina Em Bovinos E Humanos: Novos Paradigmas Para Um

Velho Problema

68. Lucas De Figueiredo Soveral - Caracterização Da Atividade Hemolítica Do Soro De Jundiás (Rhamdia Quelen).

69. Lúcia Gabriela Cavalet - Influência Nas Condições De Armazenamento Nas Propriedades Físicas Do Grão De Trigo.

70. Marcelo Felipe De Lima - Suspeita De Psitacose Em Um Papagaio-Charão (Amazona Pretrei)

71. Márcio Cristiano Varela Anacleto - Intoxicação Por Vitis Sp. (Uva) Em Caninos

72. Marina Gatto - Lipidose Hepática Secundária Ao Estresse Em Felino Da Raça Siamês

73. Marina Gatto - Catarata Madura E Implantação Da Lente Intraocular Cirurgia De Facoemulsificação Em Um Canino

74. Melania Bortolini - Manejo Clínico Em Canino Com Hiperadrenocorticismo Atípico

75. Morgana Cândida Falabretti - Propriedades De Pasta Da Farinha De Malte De Trigo De Grão Inteiro

76. Morgana De Oliveira - Piroplasmose Aguda Em Um Equino E Suas Complicações Associadas

77. Nicolas Rech Favero - Adição De Fungicidas Multissítio Aos Fungicidas Sítio-Específico Visando Controle De Ferrugem-Asiática Da Soja

78. Nicole De Paula Bilibio - Linfoma Mediastinal Em Um Felino

79. Rafael Levandowski - Detecção De Genes Associados À Virulência De Salmonella Heidelberg Isoladas De Produto Avícola

80. Rafaela Devos - Avaliação Do Polimento De Trigo Na Redução Dos Níveis De Deoxinivalenol

81. Rafaela Devos - Extração E Caracterização De Amidos De Milho

82. Raíssa Vieira Da Silva - Avaliação Sensorial De Massa Tipo Talharim Adicionada De Spirulina Platensis Encapsulada

83. Rayssa Emiliavaca De Moraes - Sinais Clínicos E Achados Necroscópicos Com Suspeita De Herpesvirose Em Maitaca-Verde (Pionus

Maximiliani)

84. Renan Lazzaretti - Ocorrência De Brucelose E Tuberculose Bovina De Uma Propriedade Leiteira

85. Rovian Miotto - Avaliação De Uma Vacina Inativada Para Proteção De Jundiás Contra Septicemia Hemorrágica

86. Sabrina De Almeida - Cesareana Em Suíno - Relato De Caso

87. Sheila Donato- Quimioterapia Metronõmica Como Opção No Tratamento De Um Canino Com Melanoma Oral - Relato De Caso

88. Suelen Cristine Zanco - Conservação De Amostras De Leite Cru Utilizando Diferentes Concentrações De Azida Sódica E Cloranfenicol.

89. Thomas dos Santos Trentin - Estações Do Ano Indicam Melhor Produção E Qualidade Em Cultivares De Dias Neutros De Morangueiro

90. Tiago Kumm Geller - Produção de material genético e explantes de milho para uso na engenharia genética e avanço de gerações de

eventos transgênicos em ambiente protegido

91. Tiago Kumm Geller - Produção de plantas transgênicas de tabaco expressando substâncias inseticidas com potencial de controle de

Helicoverpa armigera

92. Vanessa Marostega - Centese cervical para obtenção de líquido cefalorraquidiano em equinos na posição quadrupedal

93. Vanessa Marostega - A extensão rural no auxílio do controle e erradicação do Mormo equino no Rio Grande do Sul

94. Vanessa Pereira Esteres - Influência Do Conteúdo De Arabinoxilanos No Diâmetro De Biscoitos Elaborados Com Farinhas De Trigo De

Grão Inteiro De Diferentes Tamanhos De Partícula E Cultivares

95. Volmar Pivotto Bussolotto - Osteossíntese De Fêmur Em Canino Utilizando Placa De Compressão Dinâmica

Page 3: Autor e trabalho presentes neste documento

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( ) Resumo (x) Relato de Caso

Fibrossarcoma queloidal, bem diferenciado em um canino AUTOR PRINCIPAL: Alessandra Brolo Bovenschulte CO-AUTORES: Helenize Molozzi, Everton Camargo, Ana Paula Dal Piaz, Natalie Renata Zorzi, Carla Lais Schnell, Bruna Favretto de Souza, Luiza Fritsch, Fernanda Lara Ribeiro ORIENTADOR: Heloisa Helena de Alcantara Barcellos UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO Os fibrossarcomas são caracterizados como neoplasias malignas de fibroblastos, produtores de tecido conjuntivo colágeno. Segundo Moulton (1990), o mesmo pode ter inúmeras localizações, entretanto, é particularmente encontrado no tecido subcutâneo. É representado por cerca de 15 a 17% de todos os tumores cutâneos em felinos, já em caninos, a representação é de 1,5%. É uma neoplasia encontrada na maioria das vezes em animais adultos ou idosos, mas ocasionalmente pode ser encontrada em animais jovens e até menores de 6 meses de idade. Não há predisposição por raça ou sexo (MOULTON, 1990). O tratamento primário indicado consiste na exérese da massa tumoral com ampla margem de segurança (ETTINGER, 1992). Na maioria das vezes a massa está localizada em um local de difícil acesso, no qual não consegue-se remover, então recomenda-se a radioterapia e a quimioterapia (McENTEE; PAGE, 2001; RIBEIRO et al. 2011). DESENVOLVIMENTO: Foi atendido no Instituto Médico Veterinário Saúde Animal, um canino, macho, raça Boxer, 9 anos, pesando aproximadamente 34kg. O tutor relatou que o paciente apresentava um aumento de volume na falange distal, entre o 3º e 4º dígito no membro anterior esquerdo, de crescimento rápido, com tempo de evolução de aproximadamente 1 mês. Na avaliação clínica, todos os parâmetros estavam dentro da normalidade, ao palpar o aumento de volume, constatou-se que era firme e aderido. Suspeitou-se então que poderia ser um quadro inflamatório ou uma neoplasia. Após

Page 4: Autor e trabalho presentes neste documento

avaliação clínica foi coletado sangue para avaliação hematológica e perfil bioquímico e realizado citologia por agulha fina. O paciente foi mandado para casa e instituído o tratamento com prednisona 20mg, na dose de 0,5 mg/kg SID na tentativa de diminuir a inflamação, e que retornasse em até 15 dias. Neste período, apresentou aumento do volume da massa, e perda de peso. O hemograma não apresentou nenhuma alteração digna de nota, mas na citologia houve celularidade compativel com neoplasia mesenquimal maligna, sugerindo a realização do exame histopatológico para confirmação diagnóstica. Realizado exame radiográfico de tórax e o ultrassom para pesquisa de metástase, os quais não evidenciaram presença da mesma. Optou-se pela amputação dos dígitos afetados e envio de amostra para o exame histopatológico. No histopatológico, observou-se que o aumento de volume nodular era constitúido por proliferação parcialmente delimitada por células mesenquimais neoplásicas na derme profunda e no subcutâneo. A maior parte do aumento de volume estava formado por deposição de material eosinofílico (consistente com colágeno), na forma de agregados irregulares e por fibras colágenas espessas hialinizadas. Em meio ao colágeno, haviam fibroblastos bem diferenciados, com núcleo alongado, formado por cromatina pontilhada e, nucléolo pouco evidente. O citoplasma estava eosinofílico e com limites indistintos. Tais alterações eram compatíveis com fibrossarcoma queloidal, bem diferenciado. Após 5 dias de pós-operatório, o animal se encontrava bem, somente apresentando uma leve claudicação. Segue em acompanhamento para monitorar o possível aparecimento de outras massas ou ainda metástases distantes. O prognóstico dessa neoplasia depende da graduação histopatológica, do tamanho do tumor, da localização e da ressecção das margens de segurança. Portanto, em tumores grandes, localizados em áreas de difícil excisão, associado à presença de metástases o prognóstico é desfavorável (CHALITA; RECHE, 2003; RIBEIRO et al. 2011). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O fibrassarcoma de dígitos é incomum em cães, porém, o aspecto do tumor e a sua localização permitem o diagnóstico precoce. Neste caso, a ausência de invasão do tecido ósseo e de metástase tornam o tratamento cirúrgico eficaz no controle da doença. Entretanto, apesar do diagnóstico favorável, deve-se manter o acompanhamento do paciente. REFERÊNCIAS MOULTON, J.E. Tumors in domestic animals. 3. ed. California: university of California press, p. 25-27, 1990. ETTINGER, S.J. Tratado de medicina veterinária interna. 3ed. v.4, São Paulo: Manole, 1992.

Page 5: Autor e trabalho presentes neste documento

McENTEE, M.C.; PAGE, R.L. Feline Vaccine- Associated Sarcomas. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.15, n.3, p.176-182, 2001. RIBEIRO, F.P.; HAMZÉ A.L.; PACHECO A.M.;TRENTIN T.C.;LOT R.F.E;FRIOLANI M.;DIAS L.G.G.G;CABRINI T.M; Fibrossarcoma em cão - relato de caso. Revista científica eletrônica de Medicina Veterinária, São Paulo, n. 16, p. 1-6, jan. 2011. CHALITA, M.C.C.; RECHE JR, A. Fibrossarcoma. In: SOUZA, H.J.M. Coletaneas em medicina e cirurgia felina. Rio de Janeiro: L.F. Livros de Veterinaria LTDA, 2003. Cap.18, p.215-224. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

Page 6: Autor e trabalho presentes neste documento

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( ) Resumo (x) Relato de Caso

Adenocarcinoma gástrico em um canino

AUTOR PRINCIPAL: Alessandra Brolo Bovenschulte CO-AUTORES: Thaís Oliveira Corrêa, Nadine Belé Detofol, Fabrício Fioreze, Everton Camargo, Ana Paula Dal Piaz, Natalie Renata Zorzi, Carla Lais Schnell, Bruna Favretto de Souza, Luiza Fritsch ORIENTADOR: Marcio Machado Costa UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO O adenocarcinoma se origina a partir de tecido epitelial glandular, sendo o tumor gástrico canino mais comum, contabilizando cerca de 60 a 70% dos casos relatados. Tendem a metastatizar para linfonodos regionais, fígado e pulmões, ou para todos os três, e podem parecer difusamente infiltrativos ou nodulares (FOSSUM, 2014). A idade média ao diagnóstico é em torno dos 9 aos 10 anos de idade e sua etiologia é desconhecida. Cães da raça Pastor belga parecem ter predisposição às neoplasias gástricas em relação a outras raças (DALECK, et al, 2016). Os sinais clínicos sugestivos de que há uma massa ocupando o espaço gástrico incluem vômitos crônicos, anorexia e perda de peso (SWANN, et al, 2002). O tratamento é cirurgico, através da excisão da neoplasia com margens de segurança adequadas. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de adenocarcinoma gástrico em um canino. DESENVOLVIMENTO: Foi atentido no Instituto Médico Veterinário Saúde Animal, um canino, fêmea, raça Whippet, 7 anos, pesando 7,65 kg. O proprietário relatou que o animal estava com vômitos a cerca de 30 dias, anorexia, diarréia e consequente perda de peso. Após avaliação clínica, foi feita a internação para realização de exames complementares, instituído fluidoterapia e administração de medicações intravenosas. Foram realizados ultrassom, hemograma e perfil bioquímico, os quais revelaram somente um

Page 7: Autor e trabalho presentes neste documento

espessamento da parede do estômago, sugerindo uma gastrite, e diminuição das proteínas plasmáticas totais. Os episódios de diarréia cessaram, mas o vômito persistiu principalmente após a alimentação. A paciente foi encaminhada para endoscopia e, no momento do procedimento, o endoscópio chegou na região do antropilóro e não prossegui mais. Assim, optou-se por fazer uma laparotomia exploratória, a qual evidenciou estreitamento da região antropilórica devido ao crescimento hiperplásico/neoplásico em direção ao lúmen, sendo então preconizada a utilização da técninca cirúgica de piloroplastia em Y-U, com o intuito de aumentar o lúmen pilórico e retirada de um pequeno fragmento para o exame histopatológico. A partir da análise do histopatólógico, foi observada, na mucosa, proliferação de células epiteliais neoplásicas organizadas em estruturas glandulares irregulares, mas também em ninhos. O neoplasma se estende profundamente, infiltrando a submucosa e as camadas musculares. As células neoplásicas eram grandes, redondas, cuboides ou colunares, com núcleo grande, redondo a oval, formado por cromatina que vária de normocromática a frouxa, com um a três nucléolos bem evidentes. Ainda haviam células neoplásicas com um grande váculo claro (que contêm mucina) no citoplasma. Esse vácuolo deslocava o núcleo para periferia. O citoplasma era eosinofílico, com moderada quantidade e limites geralmente indistintos, com pleomorfismo e atipia acentuadas, confirmando então, como diagnóstico definitivo um adenocarcinoma gástrico. Logo após, foi realizado radiográfia torácica para pesquisa de metástases, não apresentando nenhuma alteração. O animal continuou recebendo tratamento paliativo, mas não evoluiu bem, apresentando emaciação progressiva. Os proprietários não quiseram submeter o animal a um segundo procedimento cirúrgico, optando então pela eutánasia. O adenocarcinoma é considerado o tumor maligno gástrico de maior ocorrência, sendo mais frequentemente encontrado na região antro pilórica, como observado, ou na curvatura menor do estômago (SWANN, et al, 2002). O prognóstico é reservado para a maioria das neoplasias gástricas malignas, pois não são diagnosticadas até que estejam avançadas, tornando a ressecção impossível, e já tem presença de metástase (FOSSUM, 2014). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O adenocarcionoma gástrico se caracteriza por sua malignidade, sendo um tumor agressivo e, portanto, com prognóstico considerado favorável quando detectado precocemente, sendo totalmente ressecado através de procedimento cirúrgico. Dessa forma apresentando uma maior sobrevida, que pode variar de 3 meses a 5 anos. Os pacientes com doença avançada apresentam prognóstico desfavorável, devendo receber terapia paliativa e suporte nutricional adequado. REFERÊNCIAS

Page 8: Autor e trabalho presentes neste documento

DALECK, C. R.; DE NARDI, A. B.; Oncologia em cães e gatos. Rio de Janeiro, Editora Roca, 2016 FOSSUM, T. W. Cirurgia de pequenos animais. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 SWANN, H.M.; HOLT, D.E. Canine Gastric Adenocarcinoma and Leiomyosarcoma: A Retrospective Study of 21 Cases (1986-1999) and Literature Review . JOURNAL of the American Animal Hospital Association, Philadelphia, Pennsylvania, vol.38, p.158, 2002. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

DESEMPENHO BIOLÓGICO DE Helicoverpa armigera EM ÓRGÃOS DE SOJA

AUTOR(A) PRINCIPAL: Aline Casassola

CO-AUTOR(A): Crislaine Sartori Suzana

ORIENTADOR(A): José Roberto Salvadori

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – UPF

INTRODUÇÃO

Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae: Heliothinae) é

uma praga agrícola de distribuição mundial, presente em quase todos os

continentes, sendo que, no Brasil, foi reportada em 2013.

Em soja, a lagarta ataca as plantas desde a emergência até a

maturação, alimentando-se de estruturas vegetativas e reprodutivas

(SALVADORI et al., 2013). Folhas e legumes de soja utilizados como alimento

por larvas de H. armigera foram considerados inferiores quando comparados

com outras espécies vegetais e com dieta artificial (SUZANA, 2015).

Informações sobre a bioecologia de H. armigera podem servir de apoio

para as decisões de controle quando fundamentado nas diretrizes do manejo

integrado de pragas.

Assim, este trabalho objetivou verificar se os diferentes órgãos e

estádios de desenvolvimento da planta de soja influenciam no desempenho

biológico de Helicoverpa armigera.

Page 10: Autor e trabalho presentes neste documento

DESENVOLVIMENTO

O experimento foi conduzido no Lab. de Entomologia/FAMV, em

delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos (regimes

alimentares/combinações de órgãos de soja) e 160 repetições (larvas) iniciais

para cada tratamento. Utilizou-se a cv. BMX Ativa RR e larvas criadas em dieta

artificial.

Os regimes alimentares avaliados foram: 1. Folhas novas (FN) + folhas

velhas (FV); 2. Folhas novas + folhas velhas + legumes com grãos no início do

desenvolvimento (LIG) e 3. Folhas velhas + legumes com grãos no início do

desenvolvimento + legumes com grãos completamente desenvolvidos (LGD).

Os regimes alimentares foram oferecidos às larvas, a partir do 4º ínstar,

individualizadas em placas de Petri (9 cm² de diâmetro), até a pupação. Adultos

normais foram pareados em gaiolas cilíndricas (segmento de cano hidráulico

de PVC, com 10,0 cm de diâmetro x 20,0 cm de altura) e alimentados com

solução de água e mel, a 10%. As gaiolas foram cobertas por tecido (tule) que

também serviu de substrato para a oviposição.

Os parâmetros biológicos avaliados foram: sobrevivência e duração das

fases de ovo, larva e pupa, peso de pupa, razão sexual, longevidade dos

adultos, número de ovos/fêmea e viabilidade de ovos (média dos picos de

postura).

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram

comparadas pelo teste de Tukey – Kramer (p≤ 0,05).

Os regimes alimentares apresentaram diferença quanto à duração da

fase larval, que foi maior (18,1 dias) no regime folhas novas + folhas velhas

(FN + FV) (Tabela 1). Não houve diferença significativa entre os regimes

alimentares com relação à sobrevivência nas fases de larva e de pupa.

A deformação de pupas e a razão sexual não diferiram entre os regimes.

Já o peso de pupas foi maior no regime FV + LIG + LGD (Tabela 1). O menor

peso de pupas ocorreu no regime FN + FV, possivelmente devido à menor

qualidade nutricional do alimento, exclusivamente com folhas.

Os regimes alimentares não influenciaram na ocorrência de adultos

deformados, na longevidade dos adultos, na duração do período embrionário e

na viabilidade dos ovos (Tabela 2). Mas o número de ovos por fêmea diferiu

Page 11: Autor e trabalho presentes neste documento

entre os regimes alimentares, sendo que FN + FV + LIG e FV + LIG + LGD

proporcionaram a maior capacidade de postura.

A combinação de folhas e legumes de soja pode ser considerada um

alimento adequado para o desenvolvimento de H. armigera (GOMES;

SANTOS; ÁVILA, 2017). Alimentos adequados levam ao desenvolvimento de

larvas e pupas de maior peso e à formação de adultos com maior potencial

reprodutivo (KOUHI; NASERI; GOLIZADEH, 2014).

O conhecimento do efeito do alimento na biologia de H. armigera fornece

subsídios para a melhor compreensão da dinâmica populacional e para o

manejo da praga, especialmente no planejamento do momento mais adequado

para o seu controle (GOMES; SANTOS; ÁVILA, 2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os regimes alimentares mistos, com órgãos vegetativos e reprodutivos

da soja, proporcionam à H. armigera o melhor desempenho biológico, sendo

que a ingestão de legumes é importante nesse contexto.

REFERÊNCIAS

GOMES, E. S.; SANTOS, V.; ÁVILA, C. J. Biology and fertility life table of Helicoverpa armigera in different hosts. Entomological Science, v. 20, p. 419–426, 2017. KOUHI, D.; NASERI, B.; GOLIZADEH, A. Nutritional performance of the tomato

fruit borer, Helicoverpa armigera, on different tomato cultivars. Journal of Insect Science, v. 14, n. 2, p. 1-12, 2014. SALVADORI, J. R.; PEREIRA, P. R. V. da S.; SPECHT, A. Helicoverpa armigera no Sul. Cultivar Grandes Culturas, v. 176, n. 15, p. 22-23, 2013. SUZANA, C. S. Desempenho biológico em função do alimento e sensibilidade a inseticidas em tratamento de sementes de soja da lagarta H. armigera. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, 2015.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação.

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ANEXOS

Tabela 1 – Duração e sobrevivência das fases de larva e de pupa e peso de pupa (média ± EP) de Helicoverpa armigera sob oferta de regimes alimentares de soja (cv. BMX Ativa RR), em laboratório (25 ± 2 ºC, 60 ± 10 % UR e 12 horas de fotoperíodo). Passo Fundo – RS, 2018

Regime alimentar Duração larva

(dias) Sobrevivência

larva (%) ns Duração pupa

(dias) ns Sobrevivência

pupa (%) ns Peso pupa (mg)

FN+FV 18,06 ± 0,14 a 83,75 ± 3,28 12,43 ± 0,10 81,04 ± 4,40 222,25 ± 3,15 c

NF+FV+LIG 16,88 ± 0,20 b 86,87 ± 2,85 12,42 ± 0,10 85,50 ± 3,35 251,34 ± 3,72 b

FV+LIG+LGD 17,43 ± 0,22 ab 80,00 ± 3,54 12,49 ± 0,11 81,76 ± 3,82 272,37 ± 4,55 a

C.V. (%) 12,2 15,47 8,46 16,36 18,15

Nota: teste de Tukey – Kramer (p≤ 0,05), ns = não significativo. Folhas novas (FN), folhas velhas (FV), legumes com grãos no início do desenvolvimento

(LIG), legumes com grãos completamente desenvolvidos (LGD).

Tabela 2 – Longevidade de adultos, número de ovos por fêmea, duração do período embrionário e viabilidade dos ovos (média ± EP) de Helicoverpa armigera sob oferta de regimes alimentares de soja (cv. BMX Ativa RR), em laboratório (25 ± 2 ºC, 60 ± 10 % UR e 12 horas de fotoperíodo). Passo Fundo – RS, 2018

Regime alimentar Longevidade (dias) ns Nº ovos/fêmea Duração período

embrionário (dias) ns Viabilidade ovos (%)

ns

FN+FV 18,4 ± 1,65 927,7 ± 77,97 b 3,0 ± 0,02 65,1 ± 8,29

FN+FV+LIG 20,0 ± 1,26 1448,8 ± 95,95 a 3,0 ± 0,01 78,9 ± 4,69

FV+LIG+LGD 20,1 ± 1,57 1359,67 ± 93,27 a 3,0 ± 0,02 71,7 ± 9,01

C.V. (%) 23,30 13,23 2,79 17,15

Nota: teste de Tukey – Kramer (p≤ 0,05), ns = não significativo. Folhas novas (NF), folhas velhas (FV), legumes com grãos no início do desenvolvimento

(LIG), legumes com grãos completamente desenvolvidos (LGD).

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

Determinação do pH temperatura, umidade, atividade de água e gás amônia em camas de frangos de corte tratadas com cal e lona na superfície

AUTOR PRINCIPAL: Aline Marafon. CO-AUTORES: Bruno Sebastião de Mendonça,Carlos Miguel Debastiani, Enzo Mistura,Fabíola Trento, Fernando Pilotto, Jenifer Alana Machado, Laura Beatriz Rodrigues, Luciana Ruschel dos Santos, Suelen Cristine Zanco, Vandreice Salamoni Gehring, ORIENTADOR: Dr Fernando Pilotto UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO Camas de aviário são um importante insumo na avicultura, necessitando de métodos eficientes para sua desinfecção devido à possível presença de patógenos. A reutilização da cama de aviário é uma prática adotada para reduzir custos na produção de frangos de corte. Porém, quando não reutilizadas corretamente, as camas dos aviários podem ser importantes veículos de propagação de doenças e de perdas econômicas. A utilização de fermentação das camas usando lona na superfície, é um dos métodos que tem sido empregado para reduzir a contaminação microbiana Assim, os objetivos deste trabalho foi avaliar os parâmetros, pH temperatura, atividade de água, umidade e produção de amônia em camas de frangos de corte reaproveitadas. DESENVOLVIMENTO: O experimento foi realizado numa granja de frangos de corte convencional com reaproveitamento de cama e no laboratório de Microbiologia e Bacteriologia Veterinária da UPF. Após a retirada das aves do galpão, foram delimitados 120 parcelas de cama com 1m² cada, para a realização do experimento. Os tratamentos testados foram os seguintes:T1 - colocação de 600g de cal virgem/m² na cama, T2-

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colocação de 600g de cal hidratada/m², T3 - colocação de lona na superfície da cama do aviário com adição de 1 L/m² água; T4 - colocação de lona na superfície da cama do aviário com 2 L/m² água; T3- colocação de lona na superfície da cama do aviário com 3 L/m² água e T5 grupo controle. Cada tratamento foi repetido cinco vezes e a avaliação dos parâmetros foram avaliados nos dias 1, 4 e 8. Para a detecção da Amônia foi utilizado um sensor com capacidade de leitura de 0 a 1000 ppm e para a temperatura um equipamento portátil marca ASKO. A aferição tanto da temperatura como da amônia foi realizada na granja, já a umidade e atividade da água foi no laboratório. A umidade foi determinada pela diferença de peso deixando a amostra na estufa por 24 horas a 65ºC e a determinação da atividade de água foi realizada pelo emprego do equipamento Testo, modelo 650, à temperatura constante (22 °C ± 2), em duplicata. Foi verificado que a amônia aumentou de 0ppm sem a colocação de lona para mais 635,66 ppm. Não foi observado aumento significativo de amônia com o aumento de inclusão de água na cama ( 1, 2 e 3 litros) e também não houve diferença significativa entre os 1º, 4º e 8º dia. Quanto a temperatura, umidade e atividade de água não houve diferença significativa entre os tratamentos e o Ph tanto com cal virgem quanto a hidratada foi inferior a 9 o que apresenta uma baixa ação desinfetante. Kozier et al., 2017 utilizaram sais de amônio NH4Cl e (NH4)2SO como possibilidades para tratamento secundário para inibição de S. Typhimurium em processos de digestão de carcaças de animais em pH elevado (9) resultando em eliminação do patógeno após 24 horas de uso com aproximadamente 1,468 ppm da amônia gerada. Desta forma, os níveis de amônia gerados pela fermentação da cama utilizando lona na superfície é insuficiente para eliminar microrganismos como a salmonela. Desta forma, o método colocação de lona na superfície precisa ser aprimorado para que seja eficiente na eliminação de microrganismos como as salmonelas que causam grandes prejuízos na avicultura. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Com base nos resultados, foi possível considerar que os métodos que foram testados para a desinfecção da cama, precisam ser aperfeiçoados para garantir a eliminação dos principais microrganismos patogênicos para a avicultura. Quanto à eliminação dos cascudinhos, a amônia em quantidades elevadas se demonstrou eficiente no seu controle. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL (ABPA). Relatório anual ABPA. 2017. Disponível em: <http://abpa-br.com.br/setores/avicultura/publicacoes/relatorios-anuais>. Acesso em: 09 abr. 2018 Silva, VS, Rech, DV, Coldebella, A, Bosetti, N, Avila, VS. Efeito de tratamentos sobre a carga bacteriana de cama de aviário reutilizada em frangos de corte. Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, 2007. 10 p. (Comunicado Técnico 467).

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Koziel JA, Frana TS, Ahn H, Glanville TD, Nguyen LT, van Leeuwen JH. Efficacy of NH3 as a secondary barrier treatment for inactivation of Salmonella Typhimurium and methicillin-resistant Staphylococcus aureus in digestate of animal carcasses: Proof-of-concept. PLoS One. 2017 May 5;12(5):e0176825 NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS

NH3 (AMÔNIA) – TESTE DE CAMPO

Lona Lona

+ 1 litro Lona

+ 2 litros Lona

+ 3 litros

Dia 1 421,51 aA 550,81 aA 585,84 aA 533,07 aA

Dia 4 538,11 aA 597,19 aA 627,61 aA 589,28 aA

Dia 8 625,94 aA 635,66 aA 608,38 aA 605,24 aA

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

Seletividade de culturas de inverno através do uso de diferentes manejos herbicidas pós-emergentes

AUTOR PRINCIPAL: Aline Tischer CO-AUTORES: Sabrina Tolotti Peruzzo ORIENTADOR: Mauro Antônio Rizzardi UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF INTRODUÇÃO Os cereais de inverno são culturas importantes para a região Sul do Brasil. Toda via perdas de produtividade ocorrem devido à presença de plantas daninhas, as quais geram impactos sobre a produtividade e qualidade final do produto. Para se obter sucesso no manejo de plantas daninhas se faz necessário integrar praticas agrícolas. Aliados a isso se tem o controle químico de plantas daninhas, para o mesmo obter bom desempenho é indispensável que os herbicidas possuam uma boa seletividade. Os herbicidas possuem um fator relativo e não absoluto, assim, quanto maior for a diferença de tolerância entre a planta daninha, ou espécie cultivada e a cultura principal, maior será a segurança de aplicação (OLIVEIRA JR. & INOUE, 2011). Diante disso objetivou-se avaliar a seletividade de culturas de inverno, quando submetidas a diferentes manejos químicos, em pós – emergência. DESENVOLVIMENTO: O experimento foi conduzido a campo na área experimental da Universidade de Passo Fundo, localizada no município de Passo Fundo, RS. As culturas foram semeadas em sistema de plantio convencional. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, em esquema de parcela subdividida, onde a parcela principal constitui-se das plantas de cobertura (trigo, aveia preta, aveia branca e azevém) e a sub parcela os tratamentos de herbicidas (Tabela 1), com quatro repetições. As parcelas constaram-se de 15 fileiras espaçadas a 0,27 m de largura cada e comprimento de 5 m. Utilizou-se 250 Kg ha-1 de adubo da fórmula 08-24-24. A aplicação dos tratamentos ocorreu

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quando as espécies avaliadas estavam no estádio de 3-5 folhas verdadeiras. Após a obtenção dos dados os mesmos foram submetidos à análise de variância, e quando significativos empregou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Em relação à infestação de plantas daninhas conforme a cobertura vegetal utilizada verificou que a maior presença de plantas de buva antes da aplicação ocorreu nas coberturas de aveia branca e azevém. Já para nabo a menor presença ocorreu em trigo. Aos 30 dias após a aplicação observou-se que a maior presença de buva se deu nas culturas do azevém e aveia branca, e para o nabo esse comportamento foi observado na cultura do azevém. A utilização de cobertura do solo como a aveia preta diminui a incidência das plantas daninhas e, quanto maior os níveis de resíduos maior o controle, consequentemente maior o rendimento da cultura principal (THEISEN, et al. 2000). Avaliando a aplicação dos herbicidas para cada cultura, é possível inferir que tanto para trigo quanto para aveia branca o uso de herbicidas não promove redução de incremento de massa seca isso está relacionado pelo fato, dessas culturas serem utilizadas comercialmente e por sua vez serem melhoradas geneticamente para responderem a um bom potencial de rendimento (Tabela 2). Relacionado à produtividade temos que nas parcelas que tiveram o 2,4 - D a menor produtividade foi verificada para aveia preta. Esse comportamento pode estar associado à fitotoxicidade oculta que causou intoxicação a planta e em consequência uma menor produtividade, pois o 2,4 - D se caracteriza como um herbicida hormonal que por sua vez pode ter agido diretamente sobre as estruturas reprodutivas, ocasionando reflexos em relação à produtividade final da cultura. Relacionando as plantas de cobertura com os diferentes tratamentos herbicidas, se observou na aveia preta que a testemunha teve a maior produtividade, seguido pelo tratamento herbicida Basagran, pela mistura de Heat + Atectra + Dash e Heat + Agritone + Dash. Para a cultura do trigo todas as produtividades foram similares entre si. Já para a aveia branca os tratamentos herbicidas Heat + Dash (0,05 + 0,5 L. ha-1) e Heat + Dash (0,07 + 0,5 L. ha-1), diferiram de Heat + Basagran + Dash (0,035 + 1,5 + 0,5 L. ha-1) e Heat + Ally + Dash (0,035 L. ha-1 + 0,004 g. ha-1 + 0,5 L ha-1). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: É possível compreender que cada sistema de manejo reage de forma diferente em relação à presença de plantas daninhas, assim como as culturas reagem de maneira distinta quanto ao comportamento através do uso de herbicidas. Sendo assim, mais estudos devem ser realizados com as demais cultivares das espécies trabalhadas. REFERÊNCIAS: OLIVEIRA JR. R. S. de & INOUE M.H. Seletividade de herbicidas para culturas e plantas daninhas. Biologia e Manejo de Plantas Daninhas, cap. 10, p. 243-262, 2011.

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THEISEN, G.; VIDAL, R. A.; FLECK, N. G. Redução da infestação de Brachiaria plantaginea em soja pela cobertura do solo com palha de aveia preta. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.35, n.4, p.753-756, 2000. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): ANEXOS:

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Tabela 1. Relação de tratamentos herbicidas e doses utilizadas no experimento, 2018

Tratamentos Dose Kg ou L. ha-1.

1 Testemunha --

2 Heat+Dash 0,035 +0,5

3 Heat+Dash 0,05+0,5

4 Heat+Dash 0,05+0,25

5 Heat+Dash 0,07+0,5

6 2,4 – D 1

7 Atectra 0,6

8 Agritone 1

9 Basagran 1,5

10 Ally 0,004

11 Heat+2,4-D+Dash 0,035+1+0,5

12 Heat+Atectra+Dash 0,035+0,6+0,5

13 Heat+Agritone+Dash 0,035+1+0,5

14 Heat+Basagran+Dash 0,035+1,5+0,5

15 Heat+Ally+Dash 0,035+0,004+0,5 Tabela 2. Massa seca (Kg. ha-1), das coberturas vegetais segundo a aplicação dos

tratamentos herbicidas, 2018

Herbicidas Dose Kg ou

L. ha-1

Coberturas

Aveia Preta Trigo Aveia Branca Azevém

Testemunha -- 2300 a A* 1550 b A 1450 b A 1400 b AB

Heat+Dash 0,035 +0,5 1700 a AB 1250 a A 1400 a A 1200 a B

Heat+Dash 0,05+0,5 1400 a B 1200 a A 1800 a A 1400 a AB

Heat+Dash 0,05+0,25 1600 a AB 1450 a A 1500 a A 1600 a AB

Heat+Dash 0,07+0,5 1700 ab AB 1300 b A 1450 b A 2150 a A

2,4 D 1 1800 a AB 1200 a A 1450 a A 1400 a AB

Atectra 0,6 1550 a AB 1450 a A 1750 a A 1600 a AB

Agritone 1 1800 ab AB 1250 b A 2150 a A 1700 a AB

Basagran 1,5 1850 a AB 1350 a A 1400 a A 1700 a AB

Ally 0,004 1350 a B 1150 a A 1600 a A 1200 a B

Heat+2,4D+Dash 0,035+1+0,5 1350 a B 1300 a A 1700 a A 1450 a AB

Heat+Atectra+Dash 0,035+0,6+0,5 1600 a AB 1200 a A 1850 a A 1350 a AB

Heat+Agritone+Dash 0,035+1+0,5 1300 a B 1950 a A 1600 a A 1600 a AB

Heat+Basagran+Dash 0,035+1,5+0,5 1300 a B 1800 a A 1300 a A 1550 a AB

Heat+Ally+Dash 0,035+0,004+0,5 1350 a B 1850 a A 1750 a A 1650 a AB

CV a** (Coberturas) 21,9

CV b (Herbicidas) 23,4 * Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. ** Coeficiente de variação.

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( x ) Resumo ( ) Relato de Caso

A IMPORTÂNCIA DA CONAQ PARA AS COMUNIDADES QUILOMBOLAS

AUTOR PRINCIPAL: Álvaro Albino da Silva Bageston CO-AUTORES: Jean Cesar de Abreu ORIENTADOR: Ana Maria Sanches UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF INTRODUÇÃO A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) é um movimento social, constituído por lideranças quilombolas, que atua junto às comunidades nas lutas pelo acesso à terra, a políticas públicas e pelo reconhecimento étnico-cultural. O objetivo deste trabalho é examinar o papel da CONAQ na organização das demandas das comunidades quilombolas brasileiras, bem como trazer fatos relevantes de sua fundação e principais articulações em favor dessas comunidades. O estudo aponta também para a importância desta organização não só para as comunidades negras rurais, mas também para toda a população negra do país. Para entendermos como funciona este movimento, teremos que voltar ao passado, em uma breve busca histórica da constituição das comunidades quilombolas e das lutas e resistências dos povos afrodescendentes pelo direito à terra e a cidadania.

DESENVOLVIMENTO

A CONAQ foi criada em 12 de maio de 1996, no estado da Bahia, com o intuito de defender os interesses dos povos quilombolas. De acordo com Costa (2008, p. 05), a CONAQ visa garantir acesso à terra, implementar projetos de desenvolvimento sustentável e políticas públicas que incorporem as formas pré-existentes de organização das comunidades quilombolas existentes em vários estados brasileiros. A CONAQ é um marco importante na história dos povos quilombolas pensada por lideranças de vários estados brasileiros e com intuito de ser uma mediadora entre quilombo e estado. Além de produzir e reproduzir resistências quilombolas, também,

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surge como articuladora política do movimento quilombola para pressionar o estado e contribuir no combate à desigualdade estabelecida desde a formação do país (Costa 2008, p.05). Para que possamos argumentar sobre a CONAQ, devemos primeiramente, entender o que é um quilombo. Os quilombos são comunidades formadas originalmente por pessoas que fugiam da escravidão a qual estavam submetidas, principalmente nas plantations, na época do Brasil Colonial. Também atraíam pessoas em condição de pobreza de outras etnias. O principal período de estabelecimento dos quilombos foi entre os séculos XVI e XIX. Segundo Mello (2012), os quilombos tinham uma organização parecida com as aldeias africanas, de onde os quilombolas eram originários. Havia uma divisão de tarefas e todos trabalhavam. Um líder geralmente comandava o quilombo. Viviam, principalmente, da agricultura de subsistência e da pesca. Podiam viver de acordo com seus hábitos culturais africanos e praticar livremente sua religiosidade. A própria colônia Portuguesa reconhecia a existência dessas comunidades, como destaca Souza (2008, p.03).

“Em 1740, em correspondência entre o Rei de Portugal e o Conselho Ultramarino, quilombos ou mocambos foram definidos como “toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em partes despovoadas, ainda que não tenham ranchos levantados, nem se achem pilões neles”.

Os quilombos em suas primeiras formações situavam-se em sítios geográficos privilegiados, longe de estradas e próximos a pontos mais elevados, onde podiam avistar antecipadamente quem se aproximava. Originalmente os quilombos se estabeleciam em áreas de difícil acesso e, frequentemente, distantes das vilas e fazendas constituindo áreas de refúgio onde se estabeleciam práticas comunitárias, com a prática da agricultura voltada para subsistência, forma de preservação de suas culturas e uma importante área de resistência. A resistência imposta pelos quilombolas, nada mais é que a tentativa de manter vivas suas origens, sua integridade física e moral, já que ao serem tirados de sua terra natal foram obrigados a trabalhar de forma escrava, sem possuir nem o direito de constituírem famílias. Eram considerados como mercadorias não podendo nem reproduzir sua cultura e religiosidade para que a perda de suas raízes lhes esmagasse o anseio de resistir à condição de escravo. Essa resistência atravessou o tempo, desde o Brasil colônia até os atuais dias, buscando principalmente o direito à terra. Para Mello (2012) um dos maiores símbolos da resistência quilombola no Brasil foi Zumbi dos Palmares. Segundo Gaspar (2004) o quilombo dos Palmares, nasceu de escravos fugidos, principalmente, dos engenhos de açúcar pernambucanos, que se agruparam inicialmente a cerca de 70 quilômetros a oeste do litoral de Pernambuco, na Serra da

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Barriga, local de densas florestas de palmeiras (daí o nome Palmares), com terreno acidentado, o que tornava o acesso mais difícil. Uma vez que este quilombo, apesar de toda sua história, até hoje não é escriturado, fato esse que nos mostra como o estado, através de suas políticas, exclui e segrega a população negra rural no Brasil. A marca dos povos quilombolas se dá pela forma que estes lutam por seus direitos e ideais, desde a formação até o presente, essas lutas constantes resultaram em algumas vitórias. Segundo Costa (2008), a grande mobilização das comunidades negras rurais quilombolas, resultou na inserção da problemática quilombola em âmbito nacional, pressionando o governo para que não mais fechasse os olhos para as questões rurais quilombolas. Em 1996, menos de um ano depois do primeiro encontro realizado em Brasília (Distrito Federal), o município de Bom Jesus da Lapa (Bahia) foi sede de uma reunião avaliativa sobre o I Encontro Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas. Nesse encontro foi constituída a CONAQ que se define como, “movimento social, não se configurando como outras formas organizativas tais como organizações não governamentais, sindicatos ou partidos políticos”, CONAQ (2008). A CONAQ passou a representar os quilombos no país, tendo participações diretas das lideranças estaduais. Como principais causas estão: o direito à terra, condições favoráveis para a população quilombola, reconhecimento histórico-cultural na formação do território brasileiro e políticas públicas. A luta é constante e já foi colhido frutos dessa articulação, como por exemplo, “uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF), e representação na Procuradoria Geral da República (6° Câmara- Brasília/DF), referente à titulação de 50 áreas de terras políticas públicas para as comunidades negras” Costa (2008, p 04), ou a grande representatividade no poder legislativo, conforme nos mostra a própria instituição. “A CONAQ, foi responsável por manter um amplo debate sobre os procedimentos de regularização de territórios quilombolas, definidos pelo artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal. Participou ativamente na construção do Decreto 4887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos”, CONAQ (2008).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da pesquisa realizada percebemos que, comunidades negras rurais ainda enfrentam obstáculos que existem desde o seu surgimento até os dias atuais, devido a resquícios socioculturais de uma colonização escravagista e de uma sociedade racista. A segregação espacial e moral, a pressão de latifundiários e de empresas do setor imobiliário, que visam às terras pertencentes a essas comunidades, a falta de reconhecimento por parte da sociedade brasileira, são os assombros que essas

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comunidades quilombolas enfrentam, que mesmo após o fim da escravidão ainda são “açoitados” e visto de maneira diferente pelo sistema social nacional. Com a implementação da CONAQ, às lutas diárias desses povos ganharam um novo norte, o povo negro em geral garante um novo olhar do estado em suas reivindicações, ganha um forte aliado na conquista de seus direitos, ganha também, maior ênfase no cenário político nacional a questão racial. Por isso se compreende que a CONAQ é de suma importância para o movimento negro nacional e para os movimentos sociais e para que possamos sair da utopia de estado justo para todos, sem distinção. REFERÊNCIAS CONAQ: nossa-História. Disponível em: http://conaq.org.br/nossa-historia/.Acesso

em: 20 março. 2018.

COSTA, Ivan Rodrigues. CONAQ: Um Movimento Nacional dos Quilombolas. Jornal

Iroín. 2008. Disponível em:

http://www.institutobuzios.org.br/documentos/conaq_um%20movimento%20naciona

l%20dos%20quilombolas.pdf. Acesso em: 21 de março de 2018.

GASPAR, Lúcia. Quilombo dos Palmares. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim

Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso

em: 5 de agosto de 2018

MELLO, Marcelo Moura. Reminiscências dos quilombos: territórios da memória em

uma comunidade negra rural. São Paulo: Terceiro Nome, 2012. 267 p.

MEMÓRIA dos Quilombos: África, Diáspora, Cabo Verde e Brasil. Disponível em:

http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/memoria-dos-quilombos-africa-diaspora-

cabo-verde-e-brasil. Acesso em: 21 de março. 2018.

SOUZA, B.O. (2008) Movimento Quilombola: reflexões sobre seus aspectos político-

organizativos e identitários. Disponível em:

http://www.abant.org.br/conteudo/ANAIS/CD_Virtual_26_RBA/grupos_de_trabalho/t

rabalhos/GT%2002/barbara%20oliveira%20souza.pdf. Acesso em: 23 de março de

2018.

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( ) Resumo (X) Relato de Caso

CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS PERIOCULAR EM GATO

AUTOR PRINCIPAL: Amanda Lara de Oliveira CO-AUTORES: Mariani Ferrareze Spagnolo ORIENTADOR: Márcio Machado Costa UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO Das afecções tegumentares, o carcinoma de células escamosas (CCE), também conhecido como carcinoma espinocelular ou epidermóide, é uma das neoplasias que mais acomete cães e gatos de pelagem branca, que tenham frequentemente exposição solar, devido a radiação UV (GRANDI; RONDELLI 2016). É um tumor maligno com alto potencial invasivo e capaz de formar intensa lesão local cutânea ulcerada, principalmente em áreas despigmentadas em região de focinho, orelhas, lábios e olhos (CONCEIÇÃO; LOUDES, 2016). A melhor forma de diagnóstico definitivo é através do exame histopatológico (SANCHES, et al. 2015). O presente relato tem como objetivo descrever o caso de um felino, SRD, sete anos e pelagem branca, com diagnóstico definitivo de carcinoma de células escamosas de grau I na região periocular do olho esquerdo, confirmado por exame histopatológico, no qual foi utilizado a ressecção cirúrgica como forma de tratamento. DESENVOLVIMENTO: Foi atendido um felino, macho, castrado, sem raça definida (SRD), com sete anos de idade, pelagem de coloração branca, com 5,6KG. Na anamnese, o tutor relatou que o animal há aproximadamente um ano atrás, teve acesso à rua e retornou com uma ferida na região periocular, abaixo do olho esquerdo, concluindo que a lesão seria consequência de interação animal. O mesmo descreveu ter utilizado pomada oftálmica

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de uso tópico, além de anti-inflamatório e antibiótico por via oral. Sem apresentar melhora, o animal foi levado ao veterinário de uma clínica local, que definiu o diagnóstico como dermatite actínica, mantendo o mesmo tratamento anterior. O tutor relata que a ferida apresentou piora, tendo aumento progressivo, relatando que a lesão apresentava um "ciclo", tendo início como uma férida úmida, formando um tecido de granulação, retornando ao estado inicial, com secreção, sem nunca apresentar melhora. O proprietário relata que o animal apresenta normofagia, normoquezia e normúria. No exame físico geral, somente se observou discreto aumento do linfonodo poplíteo esquerdo. No exame físico do sistema visual, verificou-se a presença de lesão profunda, ulcerada e contaminada na pálpebra inferior do olho esquerdo, com invasão da linha d'agua, contendo secreção piosanguinolenta e blefaroespasmo (Figura 1A). No conduto auditivo esquerdo, observou-se aumento da produção de cerúmen. Dessa forma, com intuito de desinfecção da lesão para realização da biópsia, foi instituido para uso em casa meloxican (0,1mg/kg, SID, VO) por três dias e cefalexina (20mg/kg, BID, VO) por sete dias, além de limpeza da ferida com solução fisiológica duas vezes ao dia, bem como uso de colar elisabetano. No retorno o paciente foi cedado para retirada do fragmento para biópsia (Figura 1B), sendo a mesma encaminhada para histopatologico, o qual se obteve diagnostico definitico de carcinoma de células escamosas grau I. Assim foi determinado que a excisão cirúrgica seria a melhor forma de tratamento para remoção do tumor. No procedimento cirúrgico, foi realizado uma incisão retangular ao redor da neoplasia, divulsionando-se o subcutâneo e fazendo-se uma secção parcial da mucosa palpebral com margem. A reconstrução do defeito foi realizada através de um flape unipediculado de avanço (Figura 1C). A exérese cirúrgica do tumor foi a melhor forma de tratamento, sem optar por nenhuma outra conduta terapêutica adjuvante específico para esta neoplasia, uma vez que outros fármacos quimioterápicos poderiam apresentar grau de toxicidade à felinos. O tratamento cirúrgico demonstra ter maior eficácia, por garantir a retirada do tumor e proporcionar a avaliação das margens cirúrgicas, sendo fundamental a retirada de uma margem ampla, para diminuir a possibilidade de recidiva local (Figura 1D). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O CCE é uma neoplásia cutânea de importância relevante, principalmente em países de clima tropical, tendo a radiação UV como principal fator que predispõe animais de pelagem clara. Assim, a restrição do animal à exposição solar em horário de maior incidência desses raios é a principal medida para diminui as chances dos animais em desenvolverem essa enfermidade. O diagnóstico precoce ontribui para uma maior sobrevida dos animais. REFERÊNCIAS

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CONCEIÇÃO, L.G.; LOURDES, F. H. Sistema Tegumentar. In: SANTOS, R. L.; ALESSI, A. C. Patologia Veterinária. 2 ed, Rio de Janeiro: Roca, 2016. Cap.7, p.407-486. GRANDI, F.; RONDELLI, M. C. H. Neoplasias Cutâneas. In: DALECK, C. R.; DE NARDI, A. B. Oncologia em Cães e Gatos. 2 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. Cap. 26, p.339-364. SANCHES, D. S.; TORRES, L. N.; GUERRA, J. M. Diagnóstico histopatológico e citológico das neoplasias de cães e gatos. In: JERICÓ, M. M.; NETO, J. P. A. KOGIKA, M. M. Tratato de Medicina Interna de Cães e Gatos. 1 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2015. Cap. 56, p.516-520. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): ANEXOS

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Figura 1. Carcinoma de células escamosas em um felino macho, com sete anos de idade. (A)

Aspecto da lesão no dia da consulta; (B) retirada de fragmento de pele com uso do punch; (C)

reconstrução do defeito através de flape unipediculado de avanço; (D) aspecto da ferida

cirúrgica duas semanas após o procedimento.

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( ) Resumo (X) Relato de Caso

LEIOMIOSSARCOMA GÁSTRICO EM UM CÃO

AUTOR PRINCIPAL: Amanda Lara de Oliveira CO-AUTORES: Fabrício Fioreze, Everton Carmargo, Damiane Dalsin, Roberta Longhi, Fernanda Lara Ribeiro ORIENTADOR: Márcio Machado Costa UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO Leiomiossarcoma ou leiomiomas são tumores de tecido conjuntivo, encontrados no intestino delgado (PRADO, 2017) e estômago de cães idosos (WILLARD, 2015). O principal sinal clinico é a ocorrência de vômitos crônicos, observado em 95% dos casos e, em alguns casos, acompanhados de ulcerações gástricas, melena e hematêmese, além de anorexia, perda de peso, dor abdominal, ptialismo, anemia por deficiência de ferro, obstrução e raramente hipoglicemia (SOBRA; DE NARDI, 2016; COHEN, 2003; WILLARD, 2015). O diagnóstico dessa enfermidade é realizado a partir da anamnese, dos sinais clínicos, exames de imagem, como ultrassonografia, e endoscopia, que são extremamente uteis para o estudo dos tumores de estômago e para coleta de amostras para citologia ou biópsia. O presente relato tem como objetivo apresentar uma paciente canina, sem raça definida, com nove anos, que teve diagnóstico de leiomiossarcoma confirmado por histopatologico. DESENVOLVIMENTO: Foi atendido um canino, fêmea, não castrada, nove anos de idade, sem raça definida (SRD), pesando 5,5kg, com queixa de vômitos há sete dias pela proprietária. Ao exame físico, todos os parâmetros avaliados apresentavam-se dentro da normalidade, com a paciente ativa e se alimentando normalmente. Na anamnese a proprietária relata não ter realizado a troca da ração nos últimos meses. Foi realizado coleta de sangue para hemograma e bioquímica sérica e um ultrassom abdominal, tendo a trombocitose

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como a única anormalidade. Em função do vômito, a paciente foi medicada no ambulatório com dipirona (25mg/kg, DU, SC), metoclopramida (0,2mg/kg, DU, SC) e ranitidina (2mg/kg, DU, SC). A mesma foi acompanhada durante 44 dias, com persistência nos quadros de vômito, além da persistente trombocitopenia, acompanhada de anemia normocítica hipocrômica e aumento da enzima fosfatase alcalina. No ultrasson, foi possivel observar alterações gastrointestinal compatíveis com obstrução ou corpo estranho. Assim, decidiu-se então realizar uma celiotomia exploratório. Aos 52 dias realizou-se a internação pré-cirúrgica, sendo instituído omeprazol (0,5mg/kg, BID, IV), metoclopramida (0,2mg/kg, TID, SC), metronidazol (25mg/kg, BID, IV), ceftriaxona (30mg/kg, BID, IV), escopolamina (25mg/kg, TID, SC), tramadol (2mg/kg, TID, SC) além de suplemento vitamínico nutriful (2,5ml para cada 10kg, SID, VO). No dia seguinte, a paciente foi encaminhada para a sala cirúrgica, na qual foi realizada celiotomia exploratória e ovariohisterectomia. No momento cirúrgico, foi encontrado uma grande massa em região antro pilórica, que invadia o estômago, causando estenose no local (Figura 1). Dessa forma a massa foi encaminhada para histopatologico, confirmando então o diagnóstico de leiomiossarcoma. A paciente permaneceu intenada por 15 dias, recebendo alimentação pastosa a cada quatro horas, em pequenas porções, aonde não apresentou quadros de vômito e recebeu alta. Desse modo, foi recomendado retornos mensais para monitoramento. No caso em questão, a paciente apresentou sintomatologia característica de leiomiossarcoma, tendo como principais sinais clínicos vômito crônico sem perda de apetite, além de emagrecimento progressivo, que corroboram com os achados de literatura (SOBRAL; DE NARDI, 2016, COHEN, 2003). Também, o animal apresentou anemia normocítica hipocrômica com trombocitose, que podem ser explicadas em função da deficiência de ferro, o qual faz parte da hemoglobina nos eritrócitos. A perda de sangue crônica acarreta em deficiência deste mineral, levando a uma anemia hipocrômica. Após a transfusão sanguínea, se obteve uma melhora no quadro de anemia, em decorrência de acréscimo de massa eritroide. Os exames de imagem foram essenciais para avaliação do aparelho gastrointestinal e para decisão da cirurgia, sendo o método mais eficaz para auxílio diagnóstico desta neoplasia. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: As neoplasias gástricas são de rara ocorrência nos animais domésticos, sendo igual ou inferior à 1%, o que torna esse relato pertinente, uma vez que é um tumor de baixa casuística, além de apresentar um prognóstico reservado, sendo importante a realização de um dignóstico precoce para uma evolução positiva. Se apresentam de forma inespecífica, sendo facilmente confundíveis com outras enfermidades gastrointestinais, tais como gastrite ou obstrução gátrica. REFERÊNCIAS

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COHEN, M.; POST, G.S.; WRIGHT, J.C. Gsatrointestinal Leiomyossarcoma in 14 dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 17, p. 107-110, 2003. PRADO, L.O.C.; et al. Leiomiossarcoma gástrico associado a hérnia em cão da raça Shar-pei: relato de caso. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 69, n. 1, p. 111-116, 2017. SOBRAL, R.A.; DE NARDI, A.B. Tumores do trato digestório. In: DALECK, C.R.; DE NARDI, A.B. Oncologia em Cães e Gatos. 2 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. Cap. 29, p. 589-591. WILLARD, M.D. Distúrbios do sistema digestório. In: NELSON , R.W.; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Cap 33, p. 481-491. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): ANEXOS

Figura 1: Massa tumoral da paciente, canina, fêmea, nove anos de idade,

sem raça definida, em região antro pilórica, no momento da cirurgia.

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EFEITO DO TEOR DE DESOXINIVALENOL NA QUANTIDADE E NA QUALIDADE DAS PROTEÍNAS DO TRIGO.

AUTOR PRINCIPAL: Ana Carolina Mattana Silva. CO-AUTORES: Daniela Stefani Honnef Gai e Bárbara Biduski ORIENTADOR: Luiz Carlos Gutkoski UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO O trigo é uma das principais culturas de cereais entre os alimentos básicos para população mundial. No entanto, durante seu desenvolvimento o trigo pode ser contaminado por fungos capazes de provocar doenças como a giberela, ocasionando perdas de produtividade e qualidade do produto final. Estes fungos são responsáveis pela produção da micotoxina desoxinivalenol (DON), conhecida pelos efeitos tóxicos no sistema nervoso, endócrino e imunológico tanto em animais quanto em humanos. Além disso, o desenvolvimento fúngico e a formação de micotoxinas podem acarretar em perdas tecnológicas nos grãos de trigo, limitando sua utilização. Dessa forma, é importante avaliar o efeito de DON na farinha de grão inteiro uma vez que a maior concentração de DON está presente nas camadas externas do grão. Por esta razão, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do teor de micotoxina DON na qualidade e quantidade de proteínas bem como nas propriedades tecnológica da farinha de trigo de grão inteiro. DESENVOLVIMENTO: Foram utilizadas amostras de grãos de trigo da cultivar TBIO Toruk®, contendo diferentes teores de micotoxina DON, ocorrida de forma natural. Para obtenção da farinha de trigo de grão inteiro (FTGI) os grãos foram limpos e moídos em moinho de laboratório (2100, Perten Instruments, Suécia) e analisadas quanto teor de proteínas, teor de glúten e estabilidade da massa. O método de QuEChERS foi utilizado para a extração da micotoxina DON das FTGI e a análise da micotoxina DON foi realizada por LC-MS/MS utilizando como fase móvel acetato de amônio 5 mmol L-1 e metanol com 5 mmol L-1 de acetato de amônio, no modo gradiente. O teor de proteína bruta foi determinado através do analisador NIRS. O teor de glúten foi determinado de acordo com o método n° 38-12.02 da AACC (2010), em Sistema Glutomatic, obtendo os valores de glúten úmido e índice de glúten. A análise de propriedade de mistura foi realizada em equipamento Promilógrafo, de acordo com o método nº 54-21.02 da AACC (2010), utilizando 200 g de FTGI corrigida para a umidade de 14%, sendo avaliada

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a estabilidade da massa. Os teores de micotoxina DON nas amostras de FTGI estão apresentadas na Tabela 1, e estão dentro dos limites toleráveis estabelecidos pela RDC n° 138, de 8 de fevereiro de 2017 (BRASIL, 2017). Durante a extração da farinha de trigo partes do grão de trigo como o farelo, onde se encontram os maiores níveis de contaminação, e o gérmen, são removidas e consequentemente a concentração de micotoxinas é reduzida (NOGUEIRA; OLIVEIRA, 2006). No entanto, quanto o trigo é moído para obtenção da farinha de grão inteiro essa redução não ocorre, podendo acarretar em perdas nas propriedades tecnológica desta matéria prima. Em geral, a concentração de DON nas FTGI não influenciou na quantidade e na qualidade de proteínas das amostras avaliadas (Tabela 1), não havendo relação entre a concentração de DON e teores de glúten úmido e índice de glúten. Schimidt, Zannini e Arendt (2017) relataram que a contaminação por fungos em grãos de trigo armazenados inadequadamente reduziu a força da rede de glúten. Porém, neste trabalho as amostras avaliadas apresentavam contaminação por DON após a colheita. Além disso, as amostras foram processadas logo após a colheita, e por esta razão não houve alterações significativas nas propriedades tecnológicas da farinha de trigo de grão inteiro. De acordo com o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade da Farinha de trigo nº 8, de 02 de junho de 2005 (BRASIL, 2005) a farinha de trigo integral deve apresentar teor de proteínas mínimo de 8,0%, embora a legislação não estabeleça padrões para FTGI, esta se encontra dentro dos limites estipulados pela legislação existente. Os resultados encontrados pelo ensaio de farinografia demonstraram que a contaminação pela micotoxina DON não interferiu de forma significativa nas propriedades de mistura, desta forma não apresentou redução na qualidade tecnológica do produto final. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Através das análises físico-químicas realizadas nas farinhas de trigo de grão inteiro conclui-se que, não houve alterações na qualidade tecnológica da farinha de trigo de grão inteiro contaminada por DON. No entanto, é fundamental o cumprimento dos limites estabelecidos pela legislação, garantindo maior segurança alimentar para o consumidor.

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REFERÊNCIAS AACC - AMERICAN ASSOCIATION OF CEREAL CHEMISTS. Approved Methods of Analysis,. 11ª.ed., 2010. AACC International, St. Paul, MN, U.S.A. BRASIL. Guia para qualidade em química analítica. Brasília. 76p. 2005. BRASIL. Resolução – RDC nº 138, de 8 de fevereiro de 2017. Dispõe sobre a limites máximos toleráveis para micotoxinas. Brasília. DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2017. NOGUEIRA, S. I.; OLIVEIRA, M. B. P. P. Prevalência de ocratoxina A em alimentos e consequentes problemas de segurança alimentar. Alimentação Humana, v. 12, n. 2, p. 69-75, 2006. SCHIMIDT, M.; ZANNINI, E.; ARENDT, E. K. Impact of post-harvest degradation of wheat gluten proteins by Fusarium culmorum on the resulting bread quality. Eur Food Res Technol. p. 1609-1618, 2017.

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ANEXOS Tabela 1. Concentração de micotoxina DON, teor de proteínas, glúten úmido, índice de glúten e estabilidade da farinha de trigo de grão inteiro (FTGI).

FTGI DON (em µg Kg-1) Proteína (%) Glúten

Úmido (%) Índice de

Glúten (%) Estabilidade

(min)

T1 708,75a±37,29 12,30a±0,01 30,40a±0,45 57,13c±5,96 5,75c±0,21

T2 539,863b±257,62 11,76c±0,02 29,06b±0,19 68,22b±1,18 6,45a±0,70

T3 525,155b±363,71 11,90b±0,01 26,07d±0,54 74,40a±1,73 5,00d±0,14

T4 505,307b±142,03 11,37f±0,02 29,44b±0,04 72,57b±4,32 6,70a±0,42

T5 479,805b±135,62 11,30f±0,05 29,67b±0,35 66,62b±5,32 6,75a±0,07

T6 451,245b±95,12 11,94b±0,09 30,56 a±0,49 69,37b±7,20 6,60a±0,14

T7 309,222c±185,47 11,57e±0,03 29,21b±0,12 70,84b±0,91 6,20b±0,14

T8 301,198c±192,89 11,90b±0,01 27,90c±0,92 69,92b±1,33 6,15b±0,07

T9 233,925c±171,72 11,92b±0,06 29,05b±0,63 59,13c±4,36 5,45c±0,21

T10 224,754c±109,34 11,74c±0,06 28,21b±0,04 76,80b±4,23 6,05b±0,07

T11 176,281c±96,84 11,91b±0,02 28,47c±0,01 66,59b±0,22 5,95b±0,21

T12 154,181c±94,34 11,66d±0,05 30,68a±0,15 53,17c±5,28 5,65c±0,42 Letras distintas na mesma coluna diferem estatisticamente (p<0,05) as médias submetidas ao teste de Skot-Knott. Resultados expressos como média de três determinações ± desvio padrão.

Figura 1. Relação entre o teor de micotoxina DON, glúten úmido e estabilidade da

farinha de trigo de grão inteiro

0

5

10

15

20

25

30

35

0

100

200

300

400

500

600

700

800

T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12

DON (µg kg-1) Glúten úmido (%) Estabilidade (min)

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HIPOTIREOIDISMO EM CANINO - RELATO DE CASO AUTOR PRINCIPAL: Ana Carolina Puhl. CO-AUTORES: Francisco Jorge Schulz Júnior, Lauren Menegat e Roberta Longhi. ORIENTADOR: Carlos Eduardo Bortolini UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO As anormalidades estruturais ou funcionais da glândula tireoide podem levar à produção deficiente dos hormônios tireoideanos (NELSON; COUTO, 2015). Estes hormônios têm importante função em todo o organismo animal, sendo que sua produção e secreção de forma ineficiente, como no caso do hipotireoidismo, pode levar a disfunção de vários órgãos (DAMINET, 2010). Os sinais clínicos são variáveis estando dependentes da idade no momento de desenvolvimento da doença e podem também diferir entre as raças (NELSON; COUTO, 2006). O presente trabalho objetiva discutir a conduta clínica instituída em um caso de hipotireoidismo em canino, visto que esta é uma afecção de grande importância e vem sendo cada vez mais frequente na clínica médica veterinária devido a humanização e ao aumento na expectativa de vida dos caninos domiciliados. DESENVOLVIMENTO Um canino, fêmea, castrada, SRD com aproximadamente sete anos de idade, foi atendido em uma clínica veterinária na cidade de Passo Fundo - RS, com queixa de problemas dermatológicos crônicos, apatia, anorexia e lesão em região perianal. Ao exame clínico foi constatado aumento de volume bilateral na região perianal com lesões por onde drenavam exsudato transparente seroso, e por vezes, muco e/ou sangue. Alopecia simétrica, lesões de pele na face e na ponta das orelhas, mixedema, comedões e "cauda de rato" também foram observados (Figura 1). Devido aos sinais clínicos observados no momento da consulta, suspeitou-se de um quadro de hipotireoidismo. Para o diagnóstico definitivo e instituição do tratamento correto, foi

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realizada coleta de sangue para realização dos exames de hemograma e perfil bioquímico, além de envio para teste hormonal de dosagem de TSH e T4 livre pelo método de quimioluminescência. No eritrograma foi evidenciado anemia normocítica normocrômica e no leucograma não observaram-se alterações. No exame hormonal foi evidenciado diminuição da concentração de T4 livre e o valor do TSH apresentou-se dentro do padrão fisiológico para a espécie. No perfil bioquímico somente a fosfatase alcalina estava acima dos parâmetros normais. Desta forma, associando os sinais clínicos do paciente com as alterações encontradas nos exames complementares, foi possivel estabelecer o diagnóstico definitivo de hipotireoidismo. Diante disso, o tratamento instituído para a síndrome foi a suplementação com levotiroxina sódica (20mcg/kg, VO, BID) durante 20 dias, para posterior avaliação e se necessário o ajuste da dose. Em decorrência das alterações clínicas secundárias, originárias da doença primária, a paciente ficou internada para realização de fluidoterapia com NaCl 0,9% e administração de metronidazol (30mg/kg, IV, BID) e enrofloxacina (5mg/kg, IV, BID), como antibioticoterapia, associado ao uso de omeprazol (0,5 mg/kg, VO, SID), como protetor gástrico, por seis dias. Em virtude das lesões observadas na região perianal, foi realizada a analgesia com dipirona (25mg/kg, IV, TID) e tramadol (2mg/kg, SC, BID), além da higiene e realização de curativos com eugenol na região acometida. Após alta, a paciente seguiu o tratamento em casa até melhora das lesões e continuou a suplementação com levotiroxina sódica, realizando a correção da dose conforme a resposta clínica. Os sinais dermatológicos reduziram de forma satisfatória após um mês de uso da medicação, as lesões cicatrizaram e a paciente estava voltando a atividade normal progressivamente, comprovando também através da terapia, o diagnóstico correto de hipotireoidismo (Figura 2). CONSIDERAÇÕE S FINAIS Devido ao aumento na expectativa de vida dos animais, dentre os diagnósticos sugestivos deve ser considerado também as endocrinopatias como doença primária. A enfermidade pode ser associada à apresentação de sinais clínicos variáveis, prejudicando a funcionalidade de diversos orgãos. Torna-se indispensável realizar o correto diagnóstico, associando os sinais clínicos aos exames complementares, para que seja instituído o tratamento correto ao animal, reestabelecendo a qualidade de vida ao mesmo. REFERÊNCIAS DAMINET S. Canine hypothroidism: update on diagnosis and treatment. The European Journal of Companion Animal Practice (EJCAP). Bruxelas. v. 20. n 2. p. 193/197. October 2010.

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NELSON, R. W. e COUTO, C. G. Distúrbios da Glândula Tireoide. In: NELSON, Richard W.; COUTO C. Guilhermo. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Cap. 51. p. 1350-1379. NELSON, Richard W. Hipotireoidismo em Caninos. In: NELSON, Richard W.; COUTO, C. Guillhermo. Medicina Interna de Pequenos Animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. Cap. 51. p. 665-682 NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):Número da aprovação. ANEXOS

Figura 1- Alterações dermatológicas e lesões apresentadas por canina com suspeita de Hipotireoidismo. A: Mixedema. B: Alopecia simétrica e cauda de rato. C: Lesões na região perianal.

A B C

A B CFigura 2 - Canina em tratamento com levotiroxina sódica após diagnóstico de Hipotireoidismo.

A: Cicatrização das lesões da região perianal. B: Crescimento de pelos novos. C: Melhora do aspecto geral e volta a atividade normal do canino.

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

DESENVOLVIMENTO DO PESSEGUEIRO ‘BARBOSA’ SOBRE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS

AUTORA: Ana Laura Antunes da Costa CO-AUTOR: Luís Evandro dos Santos Pereira ORIENTADOR: Alexandre Augusto Nienow UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – UPF

Área: Ciências Agrárias

INTRODUÇÃO

A influência dos porta-enxertos não ocorre somente no crescimento e desenvolvimento das plantas, mas também na qualidade do fruto (GIORGI et al., 2005). O conhecimento das características bioagronômicas dos porta-enxertos é fundamental para que se faça a escolha apropriada. Na cultura do pessegueiro, em muitos casos, os porta-enxertos não possuem identidade genética conhecida, pois são utilizados caroços provenientes das indústrias que processam pêssegos, havendo misturas varietais. Portanto, torna-se necessários avançar em pesquisas que busquem selecionar as melhores combinações de copa e porta-enxerto, permitindo a implantação de pomares mais uniformes, produtivos e de maior longevidade. Este trabalho teve por objetivo determinar o crescimento do diâmetro do caule de diferentes porta-enxertos e do enxerto do pessegueiro ‘Barbosa’, comparando com a copa autoenraizada, e a frutificação das diferentes combinações. DESENVOLVIMENTO

O trabalho foi realizado no Centro de Extensão e Pesquisa Agronômica (Cepagro) da FAMV/UPF, Rio Grande do Sul. No quarto ciclo vegetativo (safra 2017/18) foi avaliado o pessegueiro ‘Barbosa’ enxertado sobre 15 porta-enxertos (‘Barrier 1’, ‘Cadaman’, ‘Capdeboscq’, ‘Flordaguard’, ‘G x N9’, ‘Genovesa’, ‘Ishtara’, ‘I-67-52-4’, ‘México F1’, ‘Mirabolano 29C’, ‘Okinawa’, ‘Rigitano’, ‘Tsukuba-1’, ‘Tsukuba-2’ e

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‘Tsukuba-3’), comparando com a copa auto enraizada. O delineamento experimental foi em três blocos casualizados, com uma planta por parcela. Os porta-enxertos foram obtidos por estaquia e as copas enxertadas por borbulhia em T invertido. A Unidade de Observação foi implantada no espaçamento 2,0 m x 5,0 m, sem irrigação, com as plantas conduzidas no sistema em duplo-eixo (Y). As variáveis medidas foram diâmetro inicial e final do porta-enxerto e do enxerto; e incremento anual (IA), determinados 5 cm acima e abaixo do ponto de enxertia. As diferenças entre médias comparadas pelo Teste Scott-Knott a 5% de probabilidade de erro. No início do ciclo vegetativo (agosto) apresentavam maior diâmetro os porta-enxertos ‘Flordaguard’, ‘Cadaman’, ‘Okinawa’, ‘Tsukuba 1’, ‘Tsukuba 2’, ‘Mirabolano’, ‘México F1’, ‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba 3’ e a copa auto enraizada (Tabela 1). Ao final (maio/18), apenas os porta-enxertos ‘Ishtara’, ‘Genovesa’ e ‘Barrier 1’ se apresentaram com menor diâmetro, embora ‘Barrier 1’ tenha se destacado entre com maior incremento anual (IA). Maior IA foi verificado nos porta-enxertos ‘Flordaguard’, ‘Cadaman’, ‘Okinawa’, ‘Tsukuba 1’, ‘Tsukuba 2’, ‘G X N9’, ‘Barrier 1’, ‘Rigitano’ e ‘I-67-52-4’. O diâmetro do tronco do pessegueiro ‘Barbosa’, no início do ciclo, não apresentava diferenças significativas por efeito dos porta-enxertos, com média de 53,3 mm. Ao final do ciclo, apenas os troncos das plantas enxertadas sobre ‘Ishtara’, ‘Genovesa’ e ‘Barrier 1’ se apresentaram com menor diâmetro, conforme também verificado para o diâmetro desses porta-enxertos. O IA do enxerto foi maior nas plantas enxertadas sobre ‘Flordaguard’, ‘Cadaman’, ‘Mirabolano’, ‘México F1’, ‘G X N9’ e ‘I-67-52-4’. É possível constatar que porta-enxertos que não se destacavam pelo maior diâmetro no início do ciclo, como ‘G X N9’ e ‘I-67-52-4’, ou que não apresentaram maior IA, como ‘Mirabolano’ e ‘México F1’, propiciaram satisfatório vigor ao enxerto. Diferenças no crescimento do diâmetro do tronco ocorre em função da maior ou menor capacidade de absorção de nutrientes pelas raízes, de translocação de seiva e da capacidade fotossintética da cultivar copa em converter fotoassimilados em massa seca, expressa em vigor (PAULETTO et al., 2001). O satisfatório desempenho das mudas auto enraizadas se justifica justamente pela ausência de incompatibilidade ou obstrução vascular, fato que pode ocorrer na união dos tecidos vasculares em plantas enxertadas, afetando a translocação de nutrientes e de fotoassimilados dos ramos para as raízes (PASA et al., 2011).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O incremento anual em diâmetro do tronco do porta-enxerto e do enxerto variam conforme o porta-enxerto utilizado. Ao alcançar quatro anos de idade, os pessegueiros da cultivar Barbosa enxertados sobre os porta-enxertos ‘Ishtara’, ‘Genovesa’ e ‘Barrier 1’ apresentam troncos de menor diâmetro. O diâmetro do tronco alcançado pela copa auto enraizada não difere do induzido pelos demais porta-enxertos.

REFERÊNCIAS

GIORGI, M.; CAPOCASA, F.; SCALZO, J.; MURRI, G.; BATTINO, M.; MEZZETTI, B. The rootstock effects on plant adaptability, production, fruit quality, and nutrition in the peach (cv. Suncrest). Scientia Horticulturae, v. 107, p. 36-42, 2005. PASA, M. da S.; FACHINELLO, J. C.; SCHMITZ, J. D.; SOUZA, A. L. K. de; HERTER, F. G. Hábito de frutificação e produção de pereiras sobre diferentes porta-enxertos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 46, n. 9, p. 998-1005, 2011.

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PAULETTO, D.; MOURÃO FILHO, F de. A. A.; KLUGE, R. A.; SCARPARE FILHO, J. A. Produção e vigor da videira ‘Niágara Rosada’ relacionados com o porta-enxerto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 36, n.1, p. 115-121, 2001.

ANEXOS

Tabela 1 – Diâmetro inicial (agosto/17) e final (maio/18), 5 cm acima e abaixo do ponto

de enxertia, de 15 porta-enxertos enxertados com o pessegueiro ‘Barbosa’ e

da copa auto enraizada, e incremento anual no 4º ciclo vegetativo. Passo

Fundo – RS, ciclo 2017/18

Porta-enxerto

Diâmetro Porta-

enxerto (mm)

Diâmetro

Enxerto (mm)

Incremento anual

(IA= Df – Di) (mm)

Inicial Final Inicial Final

Porta-

enxerto Enxerto

Auto enraizada 66,9 a 75,3 a 60,2 a 66,7 a 8,3 b 6,5 b

Flordaguard 71,5 a 84,6 a 63,4 a 78,0 a 13,1 a 14,6 a

Cadaman 59,8 a 75,1 a 52,8 a 70,8 a 15,3 a 18,0 a

Okinawa 72,3 a 85,4 a 66,6 a 75,0 a 13,1 a 8,4 b

Tsukuba-1 65,9 a 77,6 a 59,4 a 65,9 a 11,7 a 6,4 b

Tsukuba-2 59,2 a 72,1 a 55,8 a 65,2 a 12,9 a 9,4 b

Mirabolano 29C 60,0 a 70,5 a 52,0 a 65,6 a 10,4 b 13,6 a

México F1 62,5 a 72,4 a 61,9 a 74,8 a 9,8 b 12,9 a

Capdeboscq 64,2 a 72,9 a 54,8 a 65,0 a 8,6 b 10,2 b

Tsukuba-3 63,9 a 69,9 a 54,3 a 64,8 a 6,0 b 10,4 b

G X N9 54,7 b 72,3 a 43,1 a 62,8 a 17,5 a 19,7 a

Barrier 1 44,9 b 56,5 b 42,1 a 47,3 b 11,6 a 5,1 b

Ishtara 42,1 b 47,6 b 40,1 a 46,4 b 5,4 b 6,2 b

Rigitano 46,8 b 63,2 a 54,0 a 59,3 a 16,4 a 5,3 b

I-67-52-4 53,2 b 65,5 a 50,0 a 64,9 a 12,3 a 14,9 a

Genovesa 44,8 b 51,1 b 42,3 a 51,0 b 6,3 b 8,6 b

Média 58,3 69,5 53,3 64,0 11,2 10,6

C.V. (%) 19,3 17,4 19,2 16,0 31,5 31,4

Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5%

de probabilidade de erro.

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( ) Resumo (X) Relato de Caso

SEMINOMA DIFUSO EM CANINO AUTOR PRINCIPAL: Ana Paula Dal Piaz CO-AUTORES: Natalie Renata Zorzi, Alessandra Brolo Bovenschulte ORIENTADOR: Renato do Nascimento Libardoni UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO As neoplasias testiculares representam 86 a 91% de todas as neoplasias do sistema reprodutivo, sendo a segunda forma de afecções neoplásicas que mais acometem os cães machos (DALECK, NARDI, RODASKI, 2008). O seminoma é um dos tipos histológicos mais frequentemente encontrados. Cerca de 40% dos cães que desenvolvem neoplasias testiculares apresentam mais de um tipo de tumor testicular (Cooley & Waters 2001). Esse tumor tem origem nas células gonadais primárias, apresentam coloração amarelada a creme na superfície de corte, são uniformes e em geral se localizam em um lado do testículo. Para diagnosticar a neoplasia, é importante realizar uma avaliação geral do paciente, bem como solicitar exames complementares. Na maioria dos casos o prognóstico é favorável, em razão do tratamento cirúrgico ser de fácil realização e uma pequena parcela dos animais apresentarem metástases. O objetivo desse trabalho é relatar um caso de seminoma difuso em canino. DESENVOLVIMENTO: Foi atendido em Clínica Médica Veterinária, um canino, macho, Boxer, 9 anos, pesando aproximadamente 34kg. A queixa do proprietário era de um aumento testicular significativo com evolução de dois meses. Na avaliação clínica, todos os parâmetros estavam dentro da normalidade, e durante a inspeção constatou-se aumento de volume no testículo direito, que apresentava-se três vezes maior que o esquerdo. Suspeitou-se então de neoplasia testicular. Após avaliação clínica, foi coletado sangue para avaliação hematológica e perfil bioquímico. O paciente foi encaminhado para casa

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e instituído o tratamento com prednisona 20mg, na dose de 0,5 mg/kg, SID, na tentativa de diminuir a inflamação, com solicitação de retorno em até 15 dias. Após 12 dias, o paciente retornou e não foi observada nenhuma alteração, apenas houve emagrecimento, apesar de alimentar-se normalmente. O exame de sangue não apresentou nenhuma alteração digna de nota. Foi realizado exame radiográfico de tórax e o ultrassom para pesquisa de metástase, os quais não apresentaram alterações. Logo, foi sugerido orquiectomia e envio de amostra para o exame histopatológico. Após realização do procedimento cirúrgico, a amostra foi enviada ao laboratório de patologia e obteve-se o diagnóstico definitivo de seminoma difuso. A cirurgia transcorreu bem e o animal retornou em cinco dias, o mesmo se encontrava bem, sem nenhuma alteração. Segue em acompanhamento para monitorar o possível aparecimento de outras massas ou ainda metástases distantes. A avaliação precoce do sistema reprodutor pode preservar a capacidade reprodutiva e obter um prognóstico favorável aos pacientes acometidos, desde que não apresente metástases (MÁXIMO,2017). O seminoma difuso caracteriza-se por proliferação celular com rompimento dos túbulos seminíferos no foco primário do desenvolvimento neoplásico testicular (SANTOS et al., 2010). Os cães da raça Boxer são mais predispostos ao desenvolvimento desse tipo neoplásico e, nesses animais, a idade média de ocorrência é 7 anos (DALECK, NARDI, RODASKI, 2008), dados condizentes com o observado no paciente deste relato. Esta neoplasia é de tratamento fácil, sendo a orquiectomia bilateral a terapêutica de eleição (HENRIQUE, F., et al 2016). A realização da orquiectomia neste canino promoveu, até o presente momento, a cura definitiva da doença. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A orquiectomia foi eficaz no tratamento do seminoma difuso, no canino deste relato. A avaliação precoce do sistema reprodutor possibilita instituição precoce da terapia e melhor prognóstico frente a neoplasia. REFERÊNCIAS DALECK, C. R.; NARDI, A. B. Oncologia em Cães e Gatos; 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Roca, 2016 HENRIQUE, F., et al. - Tumor de células de sertoli e seminoma difuso em cão com criptorquidismo bilateral - Relato de caso - 2016 -http://rbmv.org/index.php/BJVM/article/view/124/72 - Acesso em: 11 ago. 2018 MÁXIMO, M. - SEMINOMA MALIGNO EM CÃO COM METÁSTASE EM FÍGADO E BAÇO-2017.https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/4243/1/MKOGM16052018.pdf - Acesso em: 11 ago. 2018

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Cooley D.M. & Waters D.J. Tumors of the male reproductive system, p.478-482. In: Withrow S.J. & Macewen E.G. (Eds), Small Animal Clinical Oncology. 3rd ed. Saunders, Philadelphia, 2001. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

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( ) Resumo ( X ) Relato de Caso

LINFOMA EPITELIOTRÓPICO VARIANTE RETICULOSE PAGETÓIDE EM UM CANINO. AUTOR PRINCIPAL: Arthur Nery da Silva. CO-AUTORES: Inayara Rufino, Luciane Melatti, Franciele Rossi, Daiane Debona, Natalie Nadin Rizzo, Isabelle Nunes Miiller, Tanise Policarpo Camargo e Ricardo Pimentel Oliveira. ORIENTADOR: Ricardo Zanella. UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO O linfoma cutâneo epiteliotrópico (LCE), também denominado na medicina veterinária como linfoma cutâneo de células T, representa aproximadamente 1% das neoplasias cutâneas em cães e é caracterizado por infiltração de linfócitos T neoplásicos na epiderme e estruturas anexas (MILLER et al., 2013). A reticulose pagetóide, uma das variações do LCE, é um tumor de pele raro, de prognóstico ruim devido recidivas precoce e baixa resposta às medicações utilizadas para combate-la (JOHNSON et al., 1981). Os relatos cada vez mais frequentes de doenças consideradas raras na clínica médica de pequenos animais vem aumentando nos últimos tempos e o desenvolvimento de técnicas diagnósticas somado com o aperfeiçoamento das já existentes e o conhecimento dos clínicos veterinários sobre estas se faz necessário. O objetivo deste relato de caso é descrever a conduta clínica desta neoplasia no HV-UPF. DESENVOLVIMENTO: Foi atendido no Hospital Veterinário da UPF um canino, Pastor Alemão, macho, 10 anos, pesando 42kg, com queixa principal de lesões na cavidade oral, prepúcio, ânus e narinas, onde os primeiros sinais apareceram há aproximadamente dois meses. O paciente já havia sido tratado em outro estabelecimento veterinário, sem apresentar melhoras e o tutor não soube relatar as medicações utilizadas. Na anamnese, a tutora relatou prurido, perda de pelos e feridas na pele com evolução de algumas semanas,

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hiporexia, normodipsia, vacinas e vermífugo em dia. No exame físico, o paciente apresentou-se taquipneico, linfonodos submandibulares aumentados e lesões erosivas, ulceradas e hipopigmentadas nos membros posteriores, abdome, prepúcio, ânus, nariz e cavidade oral. Os demais parâmetros avaliados encontram-se dentro dos valores de referência para a espécie. De acordo com os sinais clínicos encontrados, inicialmente, suspeitou-se de dermatofitose, sendo prescrito tratamento medicamentoso de suporte até a obtenção dos resultados da cultura micológica, bacteriológica, hemograma e perfil bioquímico renal e hepático solicitados durante a consulta. Foi prescrito tratamento com colágeno tipo II (40 mg, VO, SID, uso contínuo), espiramicina + metronidazol (75,000UI/kg + 12,5mg/kg, VO, SID, 10 dias), itraconazol (5 mg/kg, VO, SID, 20 dias), omeprazol (1 mg/kg, VO, SID, 30 dias), pomada a base de alantoína e óxido de zinco (via tópica, TID, 20 dias) e retorno para reavaliação em 15 dias. Os resultados dos exames complementares de sangue apresentaram valores dentro da normalidade para a espécie. O exame de cultura micológica e bacteriológica não revelou crescimento de fungos dermatófitos e bactérias nas amostras analisadas. Após 15 dias, surgiram novas lesões no abdome e ânus, momento que foi indicado biópsia incisional das lesões devido os exames complementares de pele apresentarem resultados negativos e a fraca resposta ao tratamento medicamentoso instituído. O resultado das biópsias, coletadas de várias lesões, com o paciente sob anestesia geral e respeitando as técnicas assépticas, foi compatível com linfoma epiteliotrópico variante reticulose pagetóide. Após receber a confirmação sobre o diagnóstico, o tutor optou por não dar sequência no tratamento do canino devido a doença apresentar fraca resposta as opções terapêuticas, recidivas precoces e limitação financeira para custear as medicações. Na literatura médico veterinária, até o momento não foi possível estabelecer uma terapia modelo para o tratamento do LCE, pois na maioria dos casos, o diagnóstico ocorre em estágios avançados da doença e com disseminação para outros órgãos em andamento, com isso, ciclos de quimioterapia com uma ou mais drogas associadas torna-se opção mais recomendável como abordagem terapêutica (SANCHES JR et al., 2006). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O linfoma epiteliotropico é uma neoplasia pouco comum em cães e por não apresentar sinais clínicos específicos a biópsia incisional e a histopatologia são apoios fundamentais na construção do diagnóstico da patologia. Relatar uma neoplasia rara na rotina hospitalar de pequenos animais do HV - UPF, tem com pretensão de induzir os atuantes da medicina veterinária em cogitar e ter conhecimento por doenças que até então possuíam baixa casuística.

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REFERÊNCIAS 1. JOHNSON, J.A.; PATTERSON, J.M. Canine Epidermotropic Lymphoproliferative Disease Resembling Pagetoid Reticulosis in Man. Veterinary Pathology, Canadá, v.18, p.487-493. 1981. 2. MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E. CAMPBELL, K. Tumors of lymphoid Origem. Small Animal Dermatology, Philadelphia, v.14, p.810-840. 2013. 3. SANCHES JR, J.A.; MORICZ, C.Z.M.; NETO, C.F. Linfomas cutâneos de células T e de células NK. Anais Brasileiros de Dermatologia, Brasil, v.81, p.7-25. 2006. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): ANEXOS

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( x ) Resumo ( ) Relato de Caso

INVESTIGAÇÃO GLOBAL DE MARCADORES DO TIPO SNP ASSOCIADOS COM HÉRNIA ESCROTAL EM SUÍNOS.

AUTOR PRINCIPAL: Arthur Nery da Silva. CO-AUTORES: Luisa Vitória Lago, Eraldo L. Zanella, Mariana G. Marques, Jane O. Peixoto, Marcos V.G. B. da Silva, Mônica C. Ledur. ORIENTADOR: Ricardo Zanella. UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO As hérnias são formadas por uma protrusão anormal de um órgão ou tecido através de um defeito, ou abertura natural, na pele ou músculo [1]. Elas são consideradas um dos defeitos congênitos mais comuns identificados na suinocultura, com herdabilidade variando de 0,15 a 0,6 [2]. As hérnias escrotais são encontradas com frequências que variam de 1,7% a 6,7% [3]; no entanto, podem exceder 7%, dependendo da linhagem e manejo adotado [4]. A identificação de regiões genômicas envolvidas com o aparecimento de hérnias escrotais é importante para a indústria e para os produtores, devido a razões econômicas e ao bem-estar animal. Mesmo com o uso da seleção tradicional, ainda há elevada incidência de animais herniados na suinocultura, sugerindo assim a constante segregação de alelos predisponentes a esta anomalia entre os animais. Devido a isto, nosso objetivo foi realizar um estudo de associação genômica global para identificar marcadores associados com esta enfermidade. DESENVOLVIMENTO: Este estudo foi desenvolvido em parceria com a Embrapa Suínos e Aves, SC, e a Universidade de Passo Fundo, RS, e teve aprovação do Comitê Institucional de Cuidados e Uso Animal para todos os protocolos experimentais utilizados (CEUA / UPF 032 / 2014). Sessenta e oito leitões machos originados de uma cruza terminal (fêmeas Landrace x Large-White e AGPIC 337 machos) foram utilizados neste estudo, dos quais 41 tinham hérnias escrotais e 27 eram saudáveis. A identificação dos animais afetados

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foi realizada visualmente aos 55 dias de idade, e amostras de tecido foram coletadas individualmente da orelha dos leitões. A extração do DNA genômico foi realizada usando PureLink ® Genomic DNA Mini Kit (Invitrogen), de acordo com as instruções do fabricante. A quantidade e a qualidade do DNA foram mensuradas com o espectrofotômetro NanoDrop ND-200. Amostras com leituras de 260/280 nm entre 1,8 e 2,0 foram enviadas para genotipagem com o PorcineSNP60V2 BeadChip, que contém 61.565 SNPs distribuídos pelo genoma suíno. As posições dos marcadores basearam-se em S. scrofa 10.2 e 11.1. Quinze amostras (6 de animais com hérnias e 9 de animais sem hérnias) foram retiradas da análise, pois apresentavam diferenças em sua composição genética. Com base no controle de qualidade dos SNPs, 1456 marcadores falharam em mais de 10% das amostras, 6876 tiveram um MAF <1% e 2436 falharam em ambas as categorias; portanto, eles foram excluídos da análise. Adicionalmente, 393 SNPs foram removidos por não estarem em Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Após o controle de qualidade das amostras e dos SNPs, 50.797 SNPs e 53 animais (18 animais saudáveis e 35 leitões com hérnia escrotal) permaneceram para serem utilizados no teste de associação. O teste realizado foi o do X², que compara a frequência alélica de animais herniados e de animais sadios. Três marcadores (MARC0114274, MARC0063079 e CASI0004285) localizados no cromossomo sexual SSCX, nas posições 104.313.388 pb, 115.135.321 pb e 53.940.129 pb foram associados. Realizou-se testes de LD entre os marcadores associados, em que, quando testamos o efeito de todos os três marcadores juntos (MARC0114274, CASI0004285 e MARC0063079), a associação foi p= 9,5 × 10 −8, com 33% dos animais controle tendo o haplótipo (TAA) e nenhum do grupo afetado apresentando este haplótipo. O haplótipo GCG foi encontrado em 74,29% do grupo afetado e em 38,89% do grupo controle. Estes apoiam a nossa suposição do efeito SNP individual para contribuir para o aparecimento de hérnias escrotais numa operação comercial de suínos. Possivelmente, esses marcadores fazem parte de um QTL que abriga um importante gene envolvido com a predisposição para hérnias. A região no cromossomo X que apresentou associação abriga o gene receptor de andrógeno, um excelente candidato à enfermidade. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Foi possível identificar três SNPs associados com o aparecimento de hérnias escrotais em suínos utilizando um estudo de associação global do genoma, todos localizados no cromossomo sexual X, próximos ao gene receptor de andrógeno, que pode estar contribuindo para o aparecimento de hérnias escrotais em suínos.

Page 49: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS 1. Clarnette, T.D.; Hutson, J.M. Is the ascending testis actually ‘stationary’? Normal elongation of the spermatic cord is prevented by a fibrous remnant of the processus vaginalis. Pediatr. Surg. Int. 1997, 12, 155–157. 2. Bates, R.O.; Straw B. Hernias in Growing Pigs. Michigan State University Pork Quarterly, v. 13. 2008. 3. Thaller, G.; Dempfle, L.; Hoeschele, I. Maximum likelihood analysis of rare binary traits under different modes of inheritance. Genetics 1996, 143, 1819–1829. 4. Sobestiansky, J.; Carvalho, L.F.O.S.; Barcellos, D. Malformações. Doenças dos Suínos, 2 ed.; Sobestiansky, J., Barcellos, D., Eds.; Cânone Editorial: Goiânia, Brazil, 2012; pg.627–645. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): CEUA / UPF 032 / 2014. ANEXOS

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Criptococose em um felino: Relato de caso

AUTOR PRINCIPAL: Bruna Bergamaschi CO-AUTORES: Mariana Dalla PalmaORIENTADOR: Giseli Aparecida Ritterbusch UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A criptococose é uma zoonose oportunista, causada principalmentepela levedura Cryptococcus neoformans. É uma infecção fúngicasistêmica, a qual possui tropismo pelo sistema nervoso central,respiratório e tegumentar, assim os sinais clínicos dependem do localafetado. Acomete diversas espécies, e o comprometimento daresposta imune é o principal fator predisponente para a ocorrência dadoença, que pode levar a morte. O fungo é encontrado no solo, frutose vegetais em decomposição, apresentado como reservatórios asfezes das aves, principalmente pombos, sendo assim, de importânciapara a saúde pública. O diagnóstico definitivo é realizado através decultura do microrganismo, exame citológico, exame histopatológicoou através de técnicas moleculares. O tratamento consiste no uso deantifúngicos sistêmicos por um longo período (Canavali, 2017). Opresente trabalho tem objetivo de relatar um caso de criptococose emum felino de sete anos de idade.

DESENVOLVIMENTO:

Um felino macho foi atendido em uma clínica veterinária particular nomunicípio de Passo Fundo/RS, com queixa principal de espirrosconstantes e aumento de volume nasal, com evolução de 15 dias.Havia sido tratado anteriormente com cloridrato de doxiciclina por 15dias, sem melhora clínica. Na anamnese, a tutora relatou que oanimal estava prostrado, apresentando hiporexia e adipsia. O felino

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convive com outros animais hígidos, tem acesso à rua e é positivopara o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV). No exame físico foiobservada desidratação moderada e TPC de 3 segundos. Hiperemia,edema e desconforto em região nasal, além de dificuldades pararespirar. Foi realizado hemograma completo e bioquímico renal, nãoapresentando alterações nos exames. No exame radiológico decrânio, foi observado aumento de volume de tecidos moles emtopografia nasal, seguido pela solicitação do exame histopatológico,através da biopsia da região nasal. Os resultados obtidos confirmarama suspeita clínica de criptococose, demonstrando abundantesestruturas fúngicas leveduriformes pleomórficas, e compatíveis comCryptococcus neoformans. O paciente foi submetido a fluidoterapiacom NaCl 09%, tratamento com antibiótico de longo tempo de ação,cefovecina sódica (8mg/kg) e corticoterapia com acetato demetilprednisolona (1mg/kg). Além disso, foi prescrito tratamentoantifúngico com itraconazol (5mg/kg) por 15 dias, nebulização comsolução fisiológica afim de melhorar a condição respiratória esolicitado retorno. O animal apresentou piora clínica depois de 15dias do tratamento, encontrava-se prostrado, em adipsia e anorexia,com desidratação severa, dificuldades respiratórias e perda de peso.A tutora relatou que não foi possível realizar as medicações prescritaspelo médico veterinário, pois o animal apresentava-se agressivo. Combase no histórico e no decorrer do quadro clínico do paciente, omédico veterinário, juntamente com a tutora, optou pela eutanásiaterapêutica, em virtude da péssima condição de saúde do animal.Além disso, havia um agravante, pois a mãe da tutora caracteriza-secomo indivíduo imunocomprometido, pois apresentava um quadro deneoplasia pulmonar. A criptococose não é uma antropozoonoseclássica, pois o agente não sofre aerolização a partir dos tecidosinfectados. Portanto, o contato com animais doentes não é suficientepara transmitir a doença. A alta quantidade de levedura nas fontes deinfecção ambientais, principalmente em fezes de pombos, associadaà rara transmissão homem-homem ou animal-animal, indica que adoença é adquirida através da inalação do fungo, que se multiplica noambiente e não em hospedeiros vertebrados (MÜLLER e NISHIZAWA,2017). Pessoas imunodeprimidas são as mais acometidas, e o quadroquase sempre evolui para o óbito. Além do tratamento de suporte, ouso de antifúngico sistêmico como o itraconazol, por um longoperíodo de tempo é o tratamento de eleição para pacientesacometidos.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A criptococose, por tratar-se de uma zoonose, é extremamenteimportante para a saúde pública. Aspectos epidemiológicos,

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relacionados principalmente à transmissão e sinais clínicos, devemser analisados, bem como diagnóstico precoce da doença a fim deprevenir novos casos e impedir o desenvolvimento de quadrosgraves, que podem levar o paciente a morte.

REFERÊNCIAS

CANAVARI, Isabela Cristina. Criptococose: revisão de literatura.Redvet - revista electrónica de veterinaria, Málaga, v. 18, n. 9, p. 1-5,201./jun. 2017. Disponível em:<http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n090917/091718.pdf>.Acesso em: 22 jun. 2018. MÜLLER, Marina; NISHIZAWA, Márcia. A criptococose e suaimportância na medicina veterinária. Medicina veterinária e zootecniado crmv-sp, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 24-29, 201./jul. 2018. Disponívelem:<http://www.crmvsp.gov.br/arquivo_midia/revista_educacao_continuada_vol_15_no_1_2017.pdf>.Acesso em: 09 jul. 2018.     

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos depesquisa): Número da aprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos(figuras e/ou tabelas), se necessário.

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Politrauma em um felino atropelado: Relato de caso

AUTOR PRINCIPAL: Bruna Bergamaschi CO-AUTORES: Tailana Teixeira SimonORIENTADOR: Renan IdalencioUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Os traumas são comuns na rotina clínica veterinária. Decorrem de agressões, quedas,mordidas de outros animais, ferimentos por projéteis balísticos e, principalmente, porveículos motorizados. A espécie mais acometida é a felina, comumente apresentandopolitraumas. É essencial a abordagem emergencial para a estabilização do paciente,que encontra-se quase sempre em estado de choque. Além disso, é fundamental odiagnóstico a partir de exames físicos, neurológicos e radiográficos identificando asestruturas acometidas. O presente estudo tem por objetivo relatar um caso depolitraumatismo em um felino decorrente de atropelamento por veículo motorizado.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo um felino,macho, de 1,5 anos, sem raça definida. O animal havia sido encontrado na rodovia,com queixa de atropelamento, não havendo histórico por ser um animal errante.Apresentava-se em decúbito lateral, prostrado e sinais de hemorragia na face. Alémdisso, foi observado sinas de choque como hipotermia, taquicardia, dispneia econfusão mental. As mucosas hipocoradas e pegajosas, TPC aumentado e desidrataçãomoderada. Na ausculta respiratória foi observado sibilo e estertor, drenando 20mL dear após toracocentese. Constatou-se exoftalmia do olho direito e anisocoria, midríasedo olho direito e miose do olho esquerdo. Havia sangramento nasal e bucal e lesãolacerativa em queixo e lábio inferior direito; edema de face do lado direito, fraturafechada da sínfise mandibular e suspeita de trauma crânio encefálico. O estado geraldo paciente era grave e assim não foram realizados exames complementares. Entrou-

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se com o tratamento de fluidoterapia com ringer lactato de sódio, complexo devitaminas, minerais e frutose, visto que o animal estava em anorexia e desidrataçãomoderada; cloridrato de tramadol (2mg.Kg-1), furosemida (1mg.Kg-1), diazepam(0,1mg.Kg-1), fosfato dissódico de dexametasona (1mg.Kg-1), cefalotina (20mg.Kg-1)como antibiótico de escolha devido a lesão aberta, além da sonda uretral e cuidadosgerais de enfermagem, como cabeça erguida 30 graus. O animal foi responsivo aotratamento, permanecendo internado na UTI do HV-UPF. Durante esse período foirealizado hemograma completo e bioquímicos de função renal e hepática, semalterações. O exame radiográfico do crânio confirmou a fratura de sínfise mandibular eo animal foi encaminhado ao bloco cirúrgico para correção com fio de cerclagem. Após10 dias de internação, recebeu alta com prescrição de meloxicam (0,2mg.Kg-1), por 4dias, o paciente evoluiu bem.Diversos são os fármacos que podem ser utilizados nos politraumas, cada qual com suaindicação específica. Analgésicos opioides são os mais efetivos no controle da dor emanimais. Eles funcionam ativando o sistema antinociceptivo, inibindo a projeção dador. Já a administração de corticoides em pacientes com TCE é controversa. Os efeitosbenéficos da terapia referem a proteção contra radicais livres, reduzindo a pressãointracraniana e mantendo a integridade vascular. A associação de AINES acorticosteroides é contraindicada, pode acarretar em úlceras gastrintestinais ehemorragias. A furosemida, diurético, diminui a produção do LCE e facilita areabsorção do edema cerebral, diminuindo o volume intracraniano (NEVES; TUDURY;COSTA, 2010).As técnicas de estabilização oral, que incorporam a utilização de fios de aço presos amandíbula, permitem a redução fechada e preservam as ligações periostais e osuprimento sanguíneo da região afetada (PRADO et al., 2011). O prognóstico éreservado, visto as possíveis complicações e ao estado geral do paciente.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O paciente politraumatizado é desafio para os médicos veterinários, visto que consistede lesões graves em vários sistemas do corpo, causadas por um único acidente. OABCDE do trauma, que foi introduzido no Brasil na década de 90, serviu como guiapara a conduta emergencial, juntamente com exames físicos neurológicos e umarápida conduta de tratamento, que resultaram na melhora do paciente.

REFERÊNCIAS

PRADO, T. D. do et al. Técnicas de imobilização de mandíbulas de cães e gatos: revisãode literatura. Medvep - revista científica de medicina veterinária - pequenos animais eanimais de estimação, Curitiba, n.11, p. 600-605, jan. 2011. Disponível em:<http://medvep.com.br/wp-content/uploads/2015/09/Artigo-Mv031-06.pdf >. Acessoem: 08 jul. 2018.

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NEVES, Isabelle Valente; TUDURY, Eduardo Alberto; COSTA, Ronaldo Casimiro Da.Fármacos utilizados no tratamento das afecções neurológicas de cães e gatos. Semina,Londrina, v. 31, n. 3, p. 745-766, jul. 2010. Disponível em:<http://www.neuronaldo.com.br/docs/17.pdf>.Acesso em: 09 jul. 2018. 

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

MANEJO CLÍNICO CIRÚRGICO DE NEOPLASMA PULMONAR PRIMÁRIO EM UMCANINO

AUTOR PRINCIPAL: Bruna de Camargo da Silva CO-AUTORES: Nome dos co-autores. Máximo de 400 caracteres.ORIENTADOR: Michelli Westphal de Ataide      UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O tecido pulmonar é um dos principais sítios de metástases de neoplasias malignas emcães e gatos, sendo uma importante causa de neoplasia pulmonar, contudo, a causaprimária é rara (NISHIYA e DE NARDI, 2016; SANTOS et al., 2017). Os animaisacometidos são principalmente idosos. A tosse estridente, improdutiva e de evoluçãocrônica é a alteração clínica mais comumente observada em cães (MACPHAIL, 2014). Oexame radiográfico simples representa o principal método de diagnóstico, sendo, odefinitivo obtido por meio do exame histopatológico. O tratamento de eleição consistena ressecção tumoral, a quimioterapia antineoplásica pode ser utilizada comoadjuvante ao tratamento (NISHIYA e DE NARDI, 2016). Nesse contexto, o presentetrabalho relata um caso clínico cirúrgico incomum de neoplasia pulmonar primária,diagnosticada precocemente em um canino da raça Shih Tzu, bem como oatendimento e procedimentos clínicos utilizados na rotina hospitalar quando deparadaa neoplasias malignas.

DESENVOLVIMENTO:

Um canino da raça Shih Tzu de 11 anos, macho, castrado, de 9kg foi encaminhado deoutro atendimento veterinário para atendimento clínico cirúrgico, pois na realizaçãode exames de check-up observou-se na avaliação radiográfica do tórax, a presença deum nódulo no lobo pulmonar caudal esquerdo, sugerindo processo neoplásicopulmonar primário. O laudo do exame radiográfico e os demais resultados dos examesforam apresentados pelo tutor no atendimento e incluíam: hemograma completo sem

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alterações, bioquímicos {(amilase, creatinina, alanina aminotrasferase, ureia)} no quala ureia e alanina aminotrasferase apresentaram-se elevadas de acordo com os valoresde referência para a espécie. Ultrassonografia abdominal apenas com sinais desenilidade renal e ecodopplercardiograma sem alterações.Na avaliação clínica, não se constatou alterações. Dessa forma, a escolha detratamento foi a lobectomia do lobo pulmonar caudal esquerdo.No pós-operatório imediato, foi efetuada higienização da parede costal com NaCl0,9%, bandagem torácica e administração de metadona (0,3mg.kg-1/SC). O pacientepermaneceu internado durante três dias, durante esse período recebeu fluidoterapiacom ringer lactato (34 ml.kg.dia-1/IV), cefalotina (30mg.kg-1/IV/TID), meloxican(0,1mg.kg-1/IV/SID), metadona (0,3mg.kg-1/SC/a cada 4h), dipirona(25mg.kg-1/IV/TID), higienização e curativo da ferida cirúrgica, além da drenagem dotórax e dieta oral livre. O dreno torácico foi removido mediante a ausência de líquidoe/ou ar. Durante esse período, o canino não apresentou complicações, demostrandosatisfatória recuperação pós operatória. Manteve-se prescrição com amoxicilinaassociada ao clavulanato de potássio (20mg.kg-1/VO/BID), dipirona(25mg.kg-1/VO/TID) e tramadol (4mg.kg-1/VO/TID) para terapêutica domiciliar, todosdurante sete dias. Ao retornar para remoção dos pontos cirúrgicos, apresentou-se com adequadacicatrização da ferida cirúrgica. O exame histopatológico do lobo pulmonar removidoconfirmou o diagnóstico de neoplasia pulmonar primária: adenocarcinoma grau I.Atualmente, o canino permanece em tratamento quimioterápico com vinorelbina (15mg.m2/IV), planejado em seis sessões com intervalos de 15 dias, juntamente comtimomodulina (2ml/VO/BID), carprofeno (4,4mg.kg-1/VO/SID) e omeprazol (1,1mg.kg-1/VO/SID) durante todo o tratamento. No presente estudo, o diagnóstico presuntivo, foi possível por meio da radiografiasimples, realizada como um exame de rotina pelo tutor, que possibilitou umdiagnóstico precoce da afecção e estabelecimento rápido do tratamento maisadequado. O exame radiográfico simples é o principal método utilizado na rotinaclínica, outros métodos incluem avaliação citológica pulmonar e tomografiacomputadorizada (NISHIYA e DE NARDI, 2016).A escolha da lobectomia do lobo pulmonar acometido, permitiu a remoção tumoralcom ampla margem de segurança cirúrgica e consequentemente um melhorprognóstico ao paciente (NISHIYA e DE NARDI, 2016; NELSON e COUTO, 2015).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A realização de exames de rotina como radiografias, hemogramas e bioquímicos éfundamental, especialmente para animais de meia idade e idosos. O check-uppossibilita o diagnóstico e tratamento precoce de afecções, incluindo o de neoplasmasmalignos que possuem comportamento silencioso e agressivo. Colaborando, para umamelhor taxa de sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes.

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REFERÊNCIAS

MACPHAIL, C. M. Cirurgia do Sistema Respiratório Inferior. In: FOSSUM, T. W. Cirurgiade Pequenos Animais. 4a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Cap. 30, p. 958-988.

NELSON, R. W; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 5a ed. Rio deJaneiro: Elsevier, 2015. Cap. 22, p. 989-994.

NISHIYA, A. T; DE NARDI, A. B. Neoplasias do Sistema do Respiratório. In: DALECK, C. R.;DE NARDI, A. B. Oncologia em Cães e Gatos. 2a ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. Cap. 38,p. 709-715.

SANTOS, R. C.; COELHO M. R.; MUZZI, A. L.; et al. Adenocarcinoma pulmonar primárioem cão - Relato de Caso. Anais do 38° Congresso Brasileiro da ANCLIVEPA. p. 1745-1750. 2017.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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( x ) Resumo ( ) Relato de Caso

Acessibilidade e preços de produtos orgânicos da Feira Ecológica da UPF

AUTOR PRINCIPAL: Bruno de Oliveira JacquesCOAUTORES: Engª. Agrônoma MS Cláudia Dutra, Acadêmicos João Pedro Welter,Tarik Ian ReinehrORIENTADOR: Profª Engª Agrª Ph.D. Cláudia PetryUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO: A Feira Ecológica é um projeto promovido pelo Programa de Extensão ComunidadesSustentáveis, com o apoio da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. AFeira Ecológica que acontece no Campus I da Universidade de Passo Fundo, visa acomercialização de produtos orgânicos. Os produtos comercializados na feira sãoproduzidos organicamente, ou seja, sem o uso de agrotóxicos, fertilizantes e adubos desíntese ou sementes geneticamente modificadas (BRASIL, 2003). Os agricultores quecomercializam na feira são oriundos de cidades próximas à Passo Fundo,comercializando seus produtos, tanto em sua forma in natura quanto derivados. Oevento ocorre na Universidade de Passo Fundo desde 2016, inicialmente uma vez pormês e agora quinzenalmente. O objetivo deste trabalho foi comparar o preço dosprodutos comercializados na feira, conforme a sazonalidade do produto, com osprodutos comercializados em hipermercados e fruteiras da cidade de Passo Fundo.

DESENVOLVIMENTO: O Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) da UPF atua na feira por intermédio daação de bolsistas, pós-graduandos e da professora coordenadora, que realizamatividades junto aos agricultores. O NEA busca integrar ações de ensino, pesquisa eextensão visando a consolidação e ampliação da Rede Regional de Produtos Orgânicosde alimentos, além de auxiliar os produtores na produção e venda dos mesmos. Na Feira Ecológica da UPF, as atividades básicas realizadas pelos bolsistas consistemem auxiliar na montagem/desmontagem da estrutura, e na promoção do evento e deoficinas de projetos, realizando consultas de satisfação com os consumidores,auxiliando na venda dos produtos. Após o início do estágio, em 2018, as atividades foram durante as 6 edições da Feira,anotando-se em 3 edições os preços do produtor de São Domingos do Sul e em 2, os deSanto Antônio do Palma. Ambas são as localidades dos agricultores que expõem ecomercializam seus produtos. Os expositores tem uma ampla variedade de produtos, variando de 20 produtos doprodutor da primeira localidade até quase 40 do produtor da segunda localidade. Alémdas várias frutas, legumes e verduras, há uma dezena de produtos de padaria (bolos,

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bolachas, etc.) e ainda alguns produtos especiais como vinagre, missô, sucos integrais,passas e azeite de oliva. Entre junho e agosto de 2018 fez-se uma pesquisa de preços desses produtos orgânicosem hipermercado de Passo Fundo, e dos alimentos convencionais em fruteiras,hipermercados e na feira do pequeno produtor. Os dados estão nas figuras 1 e 2. Observou-se que os preços estipulados para praticamente todos os produtos da Feirasão mais baratos que os orgânicos do hipermercado apresentando maior qualidadevisual. A couve-flor da feira foi mais barata até sua similar convencional dohipermercado (Figura 1). Os produtos orgânicos da feira ficam em média 64% maisbaratos, variando de 12% (repolho e tempero verde) até 150% (couve-flor, cenoura)mais baratos que os orgânicos do hipermercado. O frescor dos produtos da feira égarantido, visto serem colhidos no dia anterior à feira, assim os consumidores tem oprivilégio de usufruir desses produtos por mais tempo em sua residência. Comparandoas duas feiras, os preços dos alimentos orgânicos são 63% mais caros (entre 11% para opimentão e 200% para o tempero verde) que os alimentos convencionais da feira localdo pequeno produtor (Figura 2). A agricultura orgânica é um processo de cultivo que culmina em produtos saudáveis,com elevado valor nutricional e livre de contaminantes. Mas também tem o objetivo depromover a capacidade autossustentável de uma propriedade agrícola, aumentando osbenefícios para o pequeno e grande agricultor, com aumento da renda e de suaindependência no uso de energias não renováveis. Por fim, se garante a preservação desua identidade cultural e de sua saúde, uma vez que não faz uso de elementosprejudiciais à saúde humana, atraindo os jovens para permanecerem na área rural.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A feira ecológica é um evento que oportuniza à comunidade acadêmica e à populaçãoem geral a adquirir alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos. Mesmo com preçosmais caros que a feira convencional local, a Feira ecológica demonstra ser uma opçãosaudável e economicamente viável para o consumo de seus produtos quando comparadoaos hipermercados e fruteiras da cidade.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. 2003. Lei 10831, de 23/12/2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dáoutras providências. Disponível em :http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.831.htm. Acesso em 06/08/2018.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa):1807080757

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Anexos

FIGURA 1 – Preços de alimentos comercializados de cultivo orgânico (FeiraEcológica na UPF e Hipermercado) e de cultivo convencional (fruteira ehipermercado) em jun/jul 2018 (UPF, Passo Fundo, 2018).

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FIGURA 2: Comparação dos preços dos produtos convencionais vendidos na feirado parque da Gare com os produtos orgânicos da Feira ecológica da Universidadede Passo Fundo (jun-ago/2018).

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(X) Resumo (  ) Relato de Caso

Desenvolvimento de um Protocolo de Super Ovulação para Bovinos da Raça Wagyu

AUTOR PRINCIPAL: Bruna Favretto de Souza CO-AUTORES: Paulo Michelon, Kyle Caires, Lucas Lof, Eraldo Zanella ORIENTADOR: Ricardo Zanella UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃOWagyu é uma raça de bovinos de origem japonesa, inicialmente desenvolvida comoanimais de tração, mas agora é conhecida por sua capacidade de produzir carnealtamente palatável com níveis de gordura intramuscular (marmoreio) de até 12% IMF(Scraggs e t al , 2014). Devido aos elevados níveis de adipogênese intramuscularencontrados nesta raça, suspeita-se que as fêmeas da raça Wagyu tenham tambémalterado as vias metabólicas, gerando novos eventos de sinalização endócrina quepoderiam potencialmente afetar a qualidade e a produção do embrião após oprotocolos de super ovulação. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver etestar um protocolo de superovulação para produzir embriões de melhorqualidade em fêmeas da raça Wagyu.

DESENVOLVIMENTO:

Para atingir esse objetivo, 10 vacas da raça Wagyu (com idade média de 2,5 anos) dalinhagem Tajima (Linhagem, para produção de alto marmoreio) foram sincronizadascom um protocolo padrão usando: CIDR + 3mg de benzoato de estradiol no dia 0, nodia 4 os animais receberam 40mg de FSH (Folltropin®) pela manhã e 40mg à tarde. Nodia 5, os animais receberam 40 mg de Folltropin® pela manhã e 30 mg à tarde. No dia6, os animais receberam 30 mg de Folltropin® pela manhã e 20 mg à tarde. No dia 7, osanimais receberam 20mg de Folltropin® + 0,5mg de Cloprostenol, cada umadministrado pela manhã e à tarde; No dia 07 à tarde, o CIDR foi removido. No dia 8,0,05mg de acetato de gonadorelina (GnRH) foi administrado por via intramuscular e ainseminação foi realizada às 12 e 24 horas, após a administração de GnRH. No dia 16,todas as vacas tiveram seu útero lavados com solução de DMPBS, e os embriões foram

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recuperados e classificados de acordo com os padrões da International EmbryoTechnology Society. Dois animais foram retirados do estudo devido a problemasdurante a sincronização. Cem embriões viáveis foram recuperados das três vacasrestantes {44 grau 1 (G1) e 6 grau-2 (G2)}, e um total de 40 blastocistos e 10 mórulasforam observados. Cinco desses embriões foram recentemente transferidos (2-G2 e 3-G1) e resultaram em 80% de taxa de prenhez diagnósticada 35 dias pós-transferência,que é geralmente alta para o gado Wagyu. O tratamento com PGF2-alfa no presenteestudo ocorreu 24 horas mais tarde dos protocolos tradicionais, e resultou emembriões de qualidade superior em bovinos Wagyu após o MOET do que é tipicamenteobservado usando protocolos tradicionais de superovulação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:A raça Wagyu por possuir necessidades nutricionais superiores que outras raças,demonstraram ter um metabolismo hormonal também superior, sendo que as dosesde FSH utilizadas foram de aproximadamente 25% das doses tradicionais. Além disso, oretardo na administração da PGF2-alfa, permitiu uma maior recuperação de embriõesde melhor qualidade, possivelmente por aumentar o tempo de maturação folicular. Omecanismo pelo qual a PGF2-alfa altera o desenvolvimento folicular, a maturação eliberação de oócitos e a qualidade embrionária será o foco de futurasexperimentações.

REFERÊNCIASScraggs, et al.2014, Estimation of inbreeding and effective population size of full blood wagyu ‐blood wagyu cattle registered with the American Wagyu Cattle Association. Journal of Animal Breeding and Genetics 131 (1), 3-10

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

Efeito da idade em Parâmetros Sanguíneos de Bovinos de Corte Criados na SerraCatarinense

AUTOR PRINCIPAL: Bruna Favretto de Souza CO-AUTORES: Ricardo Zanella, Carla Lais Schnell, Alessandra Brolo, Airton Rodrigues, Fernanda de Ávila, Márcio Costa.

ORIENTADOR: Carlos BondanUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento da instrumentação laboratorial, parâmetros da bioquímicasanguínea tem sido muito utilizada como indicador do perfil fisiológico, nutricional,estado metabólico e saúde clínica individual. Esses parâmetros podem variar, deacordo com a raça, sexo, idade, estado reprodutivo e nutricional, dos animais, além doambiente e manejo em que eles são expostos (DOORNENBAL H. et al,1988). Bovinos criados em ambiente com altitudes superiores à 1500 metros acima do níveldo mar, apresentam variações de 10 a 15 % a mais do perfil eritrocitário, em relaçãoaos animais criados em baixas altitudes. Além disso, trabalhos indicam, que mudançasno ambiente e estações do ano podem ser responsáveis por variações nos parâmetroseritrocitários (WOOD, D. et al, 2010). Com isso o objetivo do trabalho foi de verificar operfil hematológico de fêmeas bovinas de diferentes idades, criadas de formaextensiva, a uma altitude de 1144 metros acima do nível do mar. 

DESENVOLVIMENTO:

Foram avaliadas para este trabalho, 221 fêmeas, cruzas de raças britânicas comcontinentais, criadas em sistema extensivo no município de Painel- SC (altitudeaproximada de 1144m acima do nível do mar). Todos os animais deste estudo foramsubmetidos ao mesmo manejo nutricional e sanitário. Durante aula prática realizadano mês de maio de 2018, realizou-se o diagnostico de gestação nas fêmeas, avaliaçãode escore de condição corporal, escore de carrapatos, estimativa de idade dos animais

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através da avaliação da arcada dentaria e determinação do hematócrito através decentrífuga de micro-hematócrito e da proteína plasmática total através do uso dorefrátometro. Os dados coletados foram analisados pelo teste T, e correlação dePearson, junto ao programa R, e significância foi considerada de P<0.05. A idade médiadas vacas prenhez foi de 3,67 anos e das vazias 3,68, em relação ao hematócrito dosanimais verificou-se uma variação de 10 até 89 com uma média de 45,16 e PPTvariando de 2 a 9 com uma média de 7,23. Verificou-se uma correlação positiva(r2=0.1790386 P=0.03997) indicando que fêmeas bovinas com maior idade,apresentaram um hematócrito mais elevado comparado com fêmeas de idade maisjovens, indicando assim um possível processo de adaptação dos animais a elevadasaltitudes. Onde fêmeas mais velhas, apresentaram um maior volume eritrocitárioquando comparado com fêmeas jovens. Os nossos resultados corroboram comestudos desenvolvidos por Wood, D. 2010. que mostram que em maiores altitudes,menor é a tensão de O2, consequentemente maiores os intervalos de referência deeritrocitos. Estas diferenças também podem ser explicadas pelas variações em cargasparasitárias, porém, isto não foi observado em nosso trabalho.      

CONSIDERAÇÕES FINAIS:Neste trabalho foi possível identificar uma correlação positiva entre idade e % dohematócrito, indicando um possível processo de adaptação individual à ambientes demaiores altitudes, conferindo assim para os animais uma melhor resposta à baixasconcentrações de O2 em que os animais estão sendo expostos.      

REFERÊNCIAS

DOORNENBAL, H.; TONG, A. K.; MURRAY, N. L. Reference values of blood parametersin beef cattle of different ages and stages of lactation. Canadian Journal of VeterinaryResearch, v. 52, n. 1, p. 99, 1988.  WOOD, D.; QUIROZ – ROCHA, G. F. Normal Hematology of Cattle. In: WEISS, D. J.;WARDROP, K. J. Schalm's veterinary hematology. 6th. Ames, Iowa: Wiley-Blackwell, 2010. Cap 107, p. 829-835.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

USO DE IDENTIFICADORES DE CIO ESTROTECT™ EM BOVINOS LEITEIROS

AUTOR PRINCIPAL: Bruno Maron Lewe. CO-AUTORES: Gabriela da Fonseca Bezutti.ORIENTADOR: João Ignácio do Canto.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

Um dos fatores mais importantes no sucesso reprodutivo de vacas de leite é umaidentificação eficiente do cio. O cio ou estro é o período caracterizado pelareceptibidade sexual das fêmeas, com duração média de 18 horas (12 a 30 horas), emque a ovulação ocorre, em média, 12 horas (10 a 15 horas) após o fim do cio. (TRIANAet al. 2012). Cerca de 10% das falhas na detecção do cio podem ser atribuídas às vacase 90% relacionadas a problemas de gestão, como: observação das vacas em horários elocais errados, além de pessoas envolvidas na detecção não conseguir identificar ossinais do cio. (DISKIN, M.; SREENAN, J. 2000). O objetivo desse trabalho é demonstrar aeficiência no uso de identificadores de cio em vacas em lactação.

DESENVOLVIMENTO:

Os identificadores de cio ESTROTECT™ são uma ferramenta que auxiliam na detecçãode cio através de uma fita com um sistema de "raspadinha", que apresenta umformato anatômico onde ocorre mudança de cor após a monta. Foram aplicadas fitasidentificadoras de cio ESTROTECT™ em cinco vacas holandesas em período de lactaçãopertencentes ao CEPAGRO/UPF. Através da mudança de cor do dispositivo, constatou-se que quatro das cinco vacas que receberam os identificadores estavam em períodode estro, entretanto, os animais não apresentavam manifestações visuais de cio. Asvacas em que o cio foi observado através do dispositivo, foram submetidas àinseminação artificial e dessas quatros, três vacas estabeleceram prenhez, sendoobservado uma taxa de eficiência de 75%. Em outro grupo de animais, foi utilizadoprotocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) em quatro vacas, onde se

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obteve concepção em apenas uma vaca, resultando em uma eficiência de 25% deprenhez. Com os dados acima podemos avaliar a eficiência no uso de identificadoresde cio frente a outros tipos de protocolos como a IATF, já que o mesmo tem umaeficiência que se aproxima da observação visual. Resultados obtidos por SAKAGUCHI etal. (2007), mostram a eficiência do uso de pedômetros com uma eficiência de 92%, ecomparando com os resultados obtidos com o ESTROTEC™, é uma ferramenta quetambém pode ser utilizada de forma eficiente. Em propriedades produtoras de leite,uma eficiente observação de cio tem grande importância econômica, já que quandoum ciclo de estro não é identificado, a vaca não será inseminada e consequentemente,o período de intervalo entre partos (IEP) será prolongado. Segundo SARTORI (2007),intervalos altos entre partos diminuem a produção de leite por dia e também reduzemo número de bezerros nascidos.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Com base nos dados obtidos no caso relatado, podemos analisar que o uso deidentificadores de cio ESTROTECT™ são uma alternativa efetiva para melhorar aeficiência reprodutiva em rebanhos leiteiros com problemas de identificação de cio eque também pode ser utilizado por produtores que desejam melhorar a eficiênciaobtida com o uso de IATF.

REFERÊNCIAS

1. SARTORI, R. Manejo reprodutivo da fêmea leiteira. Reprodução Animal, BeloHorizonte, v.31, n.2, p.153-159, abril/junho, 2007.

2. DISKIN, M.; SREENAN, J. Expression and detection of oestrus in cattle. ReproductionNutrition Development. EDP Sciences, v.50, n.5, p.481-491, junho, 2000.

3. TRIANA, E. L. C.; JIMENEZ, C. R.; TORRES, C. A. A. Eficiência Reprodutiva em bovinosde leite. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, 2012. 4. 12. SAKAGUCHI, M.; FUJIKI, R.; YABUUCHI, K.; TAKAHASHI, Y.; AOKI, M. Reability ofEstrous Detection in Holsteins heifers using a radiotelemetric pedometer located onthe neck or legs under different rearing conditios. Journal of reproduction anddevelopment, v. 53, n. 4, p. 819-828, 2007.    

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

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ANEXOS     

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( ) Resumo ( ) Relato de Caso

SENSIBILIDADE DE Phakopsora pachyrhizi A FUNGICIDAS AUTOR PRINCIPAL: Bruna Piton CO-AUTORES: Amanda Chechi

ORIENTADOR: Carlos Alberto Forcelini

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Um dos fatores que limita a produtividade da cultura da soja são as doenças. Entre as

doenças que incidem sobre a cultura, a ferrugem asiática da soja, causada por

Phakopsora pachyrhizi, é uma das mais agressivas (YORINORI et al., 2005). A aplicação

de fungicidas é a melhor alternativa para o controle dessa doença (LEVY, 2015). No

entanto, a utilização desses produtos pode levar a perda de sensibilidade do fungo aos

fungicidas, resultado da seleção de fungos resistentes (GHINI & KIMATI, 2002). Dessa

forma, objetivou-se com esse trabalho verificar a sensibilidade do fungo P. pachyrhizi a

diferentes fungicidas.

DESENVOLVIMENTO: O experimento foi conduzido no Laboratório de Fitopatologia da Universidade de

Passo Fundo. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com três

repetições. Os fungicidas testados foram : epoxiconazol, piraclostrobina, fluxapiroxade,

trifloxistrobina, protioconazol, difeconazol, azoxistrobina, epoxiconazol + fluxapiroxade

+ piraclostrobina, protioconazol + trifloxistrobina, bixafen + protioconazol +

trifloxistrobina, azoxistrobina + benzovindiflupir, azoxistrobina + benzovindiflupir +

difeconazol, fluxapiroxade + piraclostrobina. Cada fungicida foi diluído nas

concentrações de 0.01, 0.1, 1, 10, 20, 40 e 50 ppm, sendo mantida uma testemunha

sem fungicida. Foi utilizada a metodologia de folíolos destacados adaptada de Scherb

& Mehl (2006), em que folíolos de soja foram mergulhados nas soluções fungicidas. As

unidades experimentais foram câmaras úmidas, montadas em caixas gerbox, nas quais

foram dispostos folíolos de soja crescidos em casa de vegetação. Os folíolos foram

Page 72: Autor e trabalho presentes neste documento

inoculados com uma suspensão de esporos de P. pachyrhizi (50.000 esporos.mL-1).

Posteriormente, foram colocados em câmara de crescimento com temperatura de 23

ºC e fotoperíodo de 12 horas. Após 20 dias de incubação foi realizada a contagem do

número de pústulas por cm² nos folíolos. Foram escolhidos aleatoriamente dois locais,

sendo um em cada metade da face abaxial do folíolo. Os dados foram transformados

em porcentagem de controle pela fórmula PC (%) = (T-t)*100/T (ABBOTT, 1925), em

que T é o número de pústulas da testemunha e t é o número de pústulas encontrado

no tratamento. Os resultados obtidos no experimento foram submetidos a ANOVA e

análise de regressão, por meio desta, foram obtidos os valores de CI50, os quais foram

classificados de acordo com a escala proposta por Edgington & Klew (1971).

Os resultados de concentração inibitória (CI50) encontrados para os fungicidas foram:

para epoxiconazol 7,50 mg L-1; piraclostrobina 2,48 mg L-1; fluxapiroxade 6,65 mg L-1;

trifloxistrobina 2,54 mg L-1; protioconazol 1,76 mg L-1; difeconazol 1,85 mg L-1;

azoxistrobina 3,32 mg L-1; epoxiconazol + fluxapiroxade + piraclostrobina 0,13 mg L-1;

protioconazol + trifloxistrobina 0,21 mg L-1; bixafen + protioconazol + trifloxistrobina

0,08 mg L-1; azoxistrobina + benzovindiflupir 0,63 mg L-1; azoxistrobina +

benzovindiflupir + difeconazol 0,42 mg L-1; fluxapiroxade + piraclostrobina 2,31 mg L-

1.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O fungo P. pachyrhizi apresenta sensibilidade a todos os fungicidas estudados.

Adicionalmente, os fungicidas epoxiconazol, difeconazol, piraclostrobina,

azoxistrobina, fluxapiroxade, trifloxistrobina, protioconazol e piraclostrobina +

fluxapiroxade apresentam-se como moderadamente tóxicos, enquanto que,

epoxiconazol + fluxapiroxade + piraclostrobina, azoxistrobina + benzovindiflupir, e

azoxistrobina + benzovindiflupir + difeconazol são altamente tóxicos ao fungo.

REFERÊNCIAS EDGINGTON, L. V.; KLEW, K. L. Fungitoxic spectrum of benzimidazole compounds.

Phytopathology, n. 61, St. Paul, Minnesota, 1971. p. 42-44.

GHINI, R.; KIMATI, H. Resistência de fungos a fungicidas. 2.ed. Jaguariúna: Embrapa

Meio Ambiente, 2002. 78p.

LEVY, C. Epidemiology and chemical control of soybean rust in southern Africa. Plant

Disease, v. 89, n. 1, p. 669-674, 2015.

SCHERB, C. T; MEHL, A. 2006. FRAC (Fungicide Resistance Action Committee) -

Phakopsora pachyrhizi: detached leaf test. Disponível em:

<http://www.frac.info/frac/Monitoring_Methods/anhang/PHAKPA_detached_leaf_mo

nitoring_method_BCS_2006_V1.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2018.

YORINORI, J. T.; PAIVA, W. M., FREDERICK, R. D.; COSTAMILAN, L. M.; BERTAGNOLLI, P.

F.; HARTMAN, G. L.

Page 73: Autor e trabalho presentes neste documento

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da

aprovação.

ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),

se necessário.

Page 74: Autor e trabalho presentes neste documento

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo:

( ) Resumo (x) Relato de Caso

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE BOVINOS DE LEITE. AUTOR PRINCIPAL: Bruno Maron Lewe. CO-AUTORES: Renan Lazzaretti, João Ignácio do Canto. ORIENTADOR:João Ignácio do Canto. UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO A reprodução é um dos fatores mais importantes para o sucesso de propriedades de leite, juntamente com a nutrição e a genética, sendo o intervalo entre partos (IEP) um importante indicador para avaliar a eficiência reprodutiva de cada matriz e de todo o rebanho. Para alcançar sua a máxima produção leiteira, a vaca deve parir em intervalos regulares de 12 a 14 meses (CARNEIRO et al. 2010). Fatores como nutrição deficiente, produção excessiva de leite, doenças reprodutivas e temperatura elevada podem afetar a reprodução e aumentar o IEP. O objetivo desse trabalho foi analisar o intervalo entre partos de vacas paridas nos períodos mais quentes do ano em comparação às vacas paridas em períodos com temperaturas mais amenas. DESENVOLVIMENTO: Foi feito um levantamento das taxas de concepção de vacas leiterias paridas em meses de temperaturas altas (verão) e meses de temperaturas baixas (inverno) do ano de 2017 em uma propriedade localizada na cidade de Saldanha Marinho/RS, com 246 vacas em lactação, criadas em sistema de free-stall. Os animais do presente estudo eram vacas da raça Holandês de primeira à quarta lactação, submetidas a protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) após sessenta dias pós-parto. Exames ginecológicos, através de ultrassonografia, foram realizados sistematicamente para fins de avaliação da saúde reprodutiva das vacas, previamente aos protocolos de IATF. O protocolo de IATF foi realizado com a utilização de um implante vaginal contendo 1,9 g de progesterona por 9 dias e aplicação de 2 mg de benzoato de estradiol (Dia 0), PGF

Page 75: Autor e trabalho presentes neste documento

(Dia 7), cipionato de estradiol (Dia 9) e inseminação 48 horas após a retirada do implante. Foram analisados os registros de 37 vacas paridas no verão e 39 vacas paridas no inverno, correspondendo a 15% e 15,85%, respectivamente, do total de vacas em lactação do rebanho. Obteve-se 2,7% (1/37) de concepção na primeira, 16,21% (6/37) na segunda, 75,67% (8/37) na terceira, (9/37), na quarta e (11/37) na quinta IATF, no grupo de vacas paridas no verão, em comparação a 58,8% (15/39), 20,50% (8/39), 68,75% (11/39) e 14,23% (5/39) na primeira, segunda, terceira e quarta IATF, respectivamente, no grupo de vacas paridas no inverno. Duas vacas paridas no verão permaneceram vazias após a realização de cinco diferentes protocolos de IATF. Como consequência dos resultados acima expostos, observou-se um IEP de 551 (18,3 meses) e 392 dias (13,1 meses), respectivamente, nos grupos de vacas paridas no verão e inverno. Com os dados acima, se observa que as vacas paridas nos meses com temperaturas mais altas exigem um número maior de inseminações, resultando em um IEP muito superior ao recomendado associado a um custo de R$240,00 reais por concepção, equivalente a quatro inseminações por concepção, considerando um custo de R$60,00 reais para cada protocolo aplicado. O IEP alto nos meses de temperatura mais elevadas comprova a redução na eficiência reprodutiva, já que segundo RENSIS et al. (2017) nesse período ocorre um desequilíbrio no balanço energético e na atividade do eixo hipotálamo-hipofisário-ovariano e esses fatores comprometem a qualidade de oócitos, embriões e corpos lúteos, enfatizando também o impacto pertinente do estresse térmico sobre o feto e na performance pós-parto desses animais (ANGEL et al. 2018). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Com base neste estudo, pode-se concluir que vacas paridas nos meses de baixas temperaturas apresentaram maior eficiência reprodutiva do que vacas paridas nos meses quentes, com menor número de inseminações por prenhês e um menor IEP. Esses resultados demonstram a importância de um bom planejamento reprodutivo, procurando-se reduzir as parições das vacas de leite nos meses mais quentes do ano, reduzindo desta forma os efeitos negativos do estresse térmico na efiência reprodutiva do rebanho. REFERÊNCIAS 1. CARNEIRO, A. C.; BERGAMASCHI, M.; MACHADO, R.; BARBOSA, R. T. . Eficiência reprodutiva das vacas leiteiras. 2010. Disponível em: <ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/29218/1/Circular64-2.pdf>. Acesso em julho de 2018.

Page 76: Autor e trabalho presentes neste documento

2. RENSIS, F.; LOPEZ-GATIUS, F.; GARCÍA-ISPIRTO, I.; MORINI, G; SCARAMUZZI, R. J. Causes of declining fertility in dairy cows during the warm season. Theriogenology. v.91, p.145, 2017. 3. ANGEL, S. P.; AMITHA, J. P.; RASHAMOL, V. P.; VANDANA, G. D.; SAVITHA, S. T.; et al. (2018) Climate Change and Cattle Production: Impact and Adaptation. J Vet Med Res, v.5, p.1134, 2018. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA( para trabalhos de pesquisa): ANEXOS

Page 77: Autor e trabalho presentes neste documento

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

OCORRE ELUVIAÇÃO DE ARGILA EM SOLOS SOB PLANTIO DIRETO? AUTOR PRINCIPAL: Bruno Rettore CO-AUTORES: Caiano Magro, Kassiano Pedralli ORIENTADOR: Vilson Antonio Klein

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO A argila dispersa em água pode causar uma série de problemas indesejáveis, como a formação de crosta superficial, diminuição da fertilidade do solo e poluição de corpos d’água (Stern et al. 1991; Etana et al. 2009). Além disso, pode mover-se no perfil do solo, pela água de percolação (Jacobsen et al. 1997; Etana et al. 2009), e promover um aumento na densidade do solo nas suas camadas subsuperficiais. Promove o entupimento dos poros, aumentando a sua resistência do solo à penetração mecânica e uma diminuição da porosidade total do solo, além de diminuir a área superficial específica, o grau de anisotropia e a continuidade do sistema poroso do solo (NUNES, 2018). Sabendo disso, conhecer a disponibilidade desta fração de argila em solos sob sistema de plantio direto com diferentes granulometrias torna-se fundamental para a atribuição de práticas de manejo relacionadas ao pH do solo, verificando a sua interferência na dispersão da argila e estabilidade dos agregados do solo. DESENVOLVIMENTO: O estudo foi realizado no laboratório de física e água do solo (LAFAS) da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo fundo. Foram coletados três solos sob plantio direto com distintas propriedades físicas. Amostras foram coletas de cm em cm, de 0 a 50 cm de profundidade, para os tres distintos solos avaliados.

Page 78: Autor e trabalho presentes neste documento

Os solos coletados foram classificados de acordo com o triângulo de classes texturais adotados pela Sociedade Brasileira de Ciencias do Solo (SBCS) como: um solo com textura média e dois solos com textura argilosa. As amostras coletadas foram submetidas a secagem em estufa a 65 °C, para a obtenção da massa de solo seco e determinação da composição granulométrica do solo e da argila dispersa em água pelo Método da Pipeta. Para a determinação da composição granulométrica, utilizou-se a dispersão mecanica (agitação) e química, tendo como dispersante uma solução aquosa de hexametafosfato de sódio (Na2PO6). Após agitação, as amostras são passadas em peneira com malha de 0,053mm para reter a areia da amostra, lavando-se a areia até preencher o volume de 1L na proveta (KLEIN, 2014). Depois realizam-se duas pipetagens sendo uma para a determinação da fração argila + silte, e outra para a determinação da fração argila, com intervalo de pipetagem em torno de 4 horas variando de acordo com a temperatura do líquido das provetas. Após as pipetagem, as amostras foram levadas a estufa a 105°C para a obtenção das massas de solo seco de silte e argila. Para a obtenção da argila dispersa mecanicamente em água também foi determinado pelo metodo da pipeta, porém utilizando apenas água destilada (350ml) como solução dispersante. Com as frações granulométricas do solo e a argila dispersa em água, podemos deteminar o indice de floculação (IF) do solo, determinada por: IF(%) = (Argila total(%) - Argila dispersa em água(%))/Argila total(%) A determinação de pH em água do solo, foram utilizadas 15g de solo seco adicionados a 15mL de água destilida (pH neutro). Após a adição de água, as amostras foram submetidades a agitação e descanso por 1 hora. Após o descanso, as amostras foram novamente agitadas e imediatamente submetidas a leitura com o pHmetro. Os resultados relacionados ao pH para o solo da UPF e de Horizontina apresentam variação do índice de floculação conforme a variação do pH. Menores pH apresentam maiores índices de floculação, tornando o solo mais resistente a eluviação a argila nas camadas mais profundas, que apresentam pHs menores. Porém os mesmos resultados não foram constatados no solo da FPS, onde o mesmo apresenta maior índice de floculação quando possui maiores teores de pH, apresentando maior estabilidade nas camadas superficiais do solo. Os resultados das analises granulométricas não apresentaram a eluviação da argila e sua deposição nas camadas subsuperficiais, fator que favoreceria a formação de uma camada compactada de solo devido ao adensamentos das camadas e diminuição da porosidade total. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A eluviação ocorre nos solos sob plantio direto, porém pode variar de acordo com o tipo de solo e o manejo adotado. Não foram constatados a deposição de argila em camadas superficiais formando o adensamento e possível diminuição da porosidade total, resultando em camadas compactadas limitando o desenvolvimento das culturas nos solos analisados.

Page 79: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS DENARDIN, J.E.; KOCHHANN, R.A. & DENARDIN, N.D. Calagem compacta solos? Fatos e hipóteses. In: SIMPÓSIO ROTAÇÃO SOJA MILHO NO PLANTIO DIRETO, 2., Piracicaba, 2001. Anais. Piracicaba, FEALQ, 2001. 9p. CD-ROM. ETANA A, Rydberg T, Arvindson J (2009) Readily dispersible clay and particle transport in five Swedish soils under long-term shallow and mouldboard ploughing. Soil Tillage Res. 106: 79-84. JACOBSEN OH, Moldrup P, Larsena C, Konnerup L, Petersen LW (1997) Particle transport in macropores of undisturbed soil columns. J. Hydrol. 196: 185-203. KASSAM, A., Friedrich, T., Derpsch, R., Kienzle, J. (2015): Overview of the worldwide spread of conservation agriculture. Field Actions Science Reports. 8. KLEIN, V. A. Física do solo. 3.ed. Passo Fundo: EDIUPF. 2014. 263p. KOCHHANN, R.A.; DENARDIN, J.E. & BERTON, A.L. Compactação e descompactação de solos. Passo Fundo, Embrapa Trigo, 2000. 20p. (Embrapa Trigo. Documentos, 19) LIER, Q. J. Física do solo. 1.ed. Viçosa: SBCS. 2010. 298p. NUNES, M.R. Estrutura de solos altamente intemperizados cultivados sob plantio direto. Piracicaba, Universidade de São Paulo, 2018. SCOPEL E, Triomphe B, Affholder F, Silva FAM, Corbeels M, Xavier JHV, Lahmar R, Recous S, Bernoux M, Blanchart E, Mendes IC, Tourdonnetric S (2013) Conservation agriculture cropping systems in temperate and tropical conditions, performances and impacts. A review. Agron. Sustain. Dev. 33:113–130. STERN R, Ben-Hur M, Shainberg I (1991) Clay mineralogy effect on rain infiltration, seal formation and soil losses. Soil Sci. 152: 455-462. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação.

Page 80: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Argila total e argila mecanicamente dispersa para os 3 diferentes solos analisados

Relação entre o pH em água e indice de floculação para os 3 diferentes solos analisados

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

00 50 100

Pro

fun

dia

de

(cm

)

Porcentagem (%)

Solo UPF

Argila mecanicamente dispersa

Argila Total

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

00 50 100

Pro

fun

did

ade

(cm

)

Porcentagem (%)

Solo Horizontina

Argila mecanicamente dispersa

Argila Total

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

00 50 100

Pro

fun

did

ade

(cm

)

Porcentagem (%)

Solo FPS

Argila mecanicamente dispersa

Argila Total

Page 81: Autor e trabalho presentes neste documento

y = -0,0921x + 1,0164R² = 0,5816

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

4,00 5,00 6,00

IF

pH

Solo UPF

y = 800,46e-1,463x

R² = 0,7072

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

4,00 5,00 6,00

IF

pH

Solo HZ

y = 0,011x + 0,7456R² = 0,0654

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

4,00 5,00 6,00

IF

pH

Solo FPS

Page 82: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo (  ) Relato de Caso

Escore de condição corporal, hematócrito e proteínas plasmáticas totais de vacas decorte gestantes e não gestantes 

AUTOR PRINCIPAL: Carla Lais Schnell CO-AUTORES: Alessandra brolo, Airton Rodrigues, Bruna Favretto de Souza, Carlos Bondan, Natalie Renata Zorzi, Fernanda Lara Ribeiro.ORIENTADOR: Ricardo Zanella.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

Atualmente a pecuária de corte tem evidenciado uma grande importância naeconomia brasileira, sendo assim necessita-se aprimorar as técnicas de manejo paramaximizar a produção animal, minimizando as perdas. Estimativas do estadonutricional dos ruminantes por meio da avaliação do escore de condição corporal (ECC)é uma mensuração subjetiva baseada na classificação dos indivíduos em função de suamassa muscular e da cobertura de gordura. Portanto, ECC pode ser um indicativo doestado nutricional dos animais e representa uma ferramenta importante de manejopara a tomada de decisões. O método de avaliação é rápido, prático e barato servindocomo um indicador do manejo nutricional do rebanho (Machado R. et al, 2008). Ahematologia tem uma importância como meio semiológico, auxiliando os veterináriosa estabelecerem diagnósticos, firmar prognósticos e acompanhar os tratamentos dasinúmeras enfermidades que atingem os animais domésticos (Alves et al). Com isso oobjetivo deste trabalho foi de identificar associações entre ECC e parâmetrossanguíneos em vacas gestantes e não gestantes. DESENVOLVIMENTO:

Foram avaliados no mês de maio de 2018 duzentas e vinte e uma fêmeas, cruzadas,criadas em sistema extensivo no município de Painel- SC com altitude de aproximadade 1144 m. O manejo alimentar, sanitário e a condução dos animais até a mangueirafoi igual para todos, pois estavam alocas no mesmo espaço. A avaliação consistiu emdiagnóstico de gestação por meio de palpação transretal, avaliação do ECC através da

Page 83: Autor e trabalho presentes neste documento

avaliação indireta dos depósitos de músculo e gordura e determinação de parâmetrossanguíneos pela coleta de sangue da veia coccígea. O hematócrito (HT) foideterminado pela micro-centrifugação e as proteínas plasmática total (PPT) porrefratometria. O escore de condição corporal foi avaliado em uma escala de 1 a 5,onde 1 é um animal muito magro e 5 muito gordo. A correlação entre as médias foifeita pela correlação de Pearson e a significância entre as diferenças foi testada peloteste T. As médias foram consideradas diferentes quando P<0.05. Foi observadocorrelação positiva entre ECC e gestação. As vacas gestantes apresentaram média de3,34 de ECC (R=3,342393) enquanto que as vacas não gestantes apresentaram médiade 2,87 ECC (R=2,870536). A explicação para este achado pode ser atribuída acondições hormonais. Vacas gestantes possuem níveis constantes de progesterona,considerado hormônio anabólico, ocasionando aumento do apetite, retenção delíquidos e aumento da adipogênese. Segundo Machado, et al (2008) vacas com melhorcondição corporal tendem a estar aptas a se reproduzir mais cedo, quandocomparadas com vacas de baixos ECC o que também poderá contribuir para ECCsuperiores em vacas gestantes. O HT e as PTT também apresentaram correlaçãopositiva nas vacas gestantes, porém não houve diferença entre HT e as PPT em vacasnão gestantes. A explicação pode estar na maior exigência hídrica das vacas gestantes.Os parâmetros sanguíneos podem apresentar variações devido a condiçõesmomentâneas. Tendo em vista que os animais foram conduzidos até a mangueira,permaneceram aguardando até a realização do exame, pode-se suspeitar que esseaumento de HT e PPT foi em decorrência da desidratação. 

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Vacas gestantes apresentam maior ECC quando comparadas a vacas não gestantessubmetidas as mesmas condições de manejo. O HT e PPT foram maiores em vacasgestantes indicando maiores perdas líquidas e exigências hídricas do que em vacas nãogestantes.  

REFERÊNCIAS

ALVES W. F. DE. S.; BEZERRA R. L.; Influência da gestação sobre o eritrograma eleucograma de vacas da raça nelore. Universidade Federal do Piauí.MACHADO R.; CORRÊA R. F.; BARBOSA R. T.; BERGAMASCHI M. A. C. M.; Escore dacondição corporal e sua aplicação no manejo reprodutivo de ruminantes. EmbrapaPecuária Sudeste-Circular técnica, 57, (INFOTECA-E), dez, 2008.  

Page 84: Autor e trabalho presentes neste documento

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

Page 85: Autor e trabalho presentes neste documento

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo:

(X) Resumo (    ) Relato de Caso

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE INÓCULO DEMELOIDOGYNE JAVANICA NA REAÇÃO DA SOJA

AUTOR PRINCIPAL: Carla Marina Borges Paiz CO-AUTORES: Elaine Deuner; Gláucia Pratti; Angela Bombarda; Gabriela AdamesORIENTADOR: Dr. Carolina Cardoso DeunerUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Como em todas as culturas agrícolas, a soja está sujeita ao ataque dediversas pragas e doenças que podem comprometer consideravelmente suaprodutividade. Os fitonematoides constituem-se como patógenosresponsáveis por prejuízos crescentes a essa cultura, que vai desde a quedaacentuada da produção até a morte de plantas, dependendo da espécie e donível populacional na área (CORTE, 2013). Os nematoides de galha(Meloidogyne spp.) ocorrem na maioria das regiões produtoras de soja noBrasil e causam prejuízos que são cada vez maiores à medida que as áreas decultivos vão se expandindo (DIAS et al., 2000). Diante disso, esse trabalhotem por objetivo avaliar a influência de diferentes concentrações de inóculode M. javanica na reação da soja.

DESENVOLVIMENTO:

Material e métodos: O experimento foi conduzido na Universidade de PassoFundo, no laboratório de Nematologia. Para a condução do experimento,utilizou-se vasos plásticos, para isso preparou-se substrato com mistura deareia e solo (2:1) esterilizado, no qual realizou-se a semeadura (12/12/17).Cada planta foi inoculada com uma suspensão, sendo elas com 0, 1000, 2000,3000, 4000, 5000 ovos e juvenis de segundo estágio (J2) por mL, em um

Page 86: Autor e trabalho presentes neste documento

orifício de cerca de 3 cm de profundidade ao lado de cada planta. Após ainoculação, as plantas foram mantidas por 60 dias na câmara de vegetação. Atemperatura média nesse período foi de 25ºC. Após 60 dias realizou-se aavaliação (19/02/18) foi realizada a contagem do número de ovos e J2 edeterminou-se o Fator de Reprodução (FR) pela divisão da População Final(PF) pela População Inicial (PI) (OOSTENBRINK, 1966). O delineamentoexperimental foi inteiramente casualizado e a análise de variância foi feitocom teste de Scott-knott 5%.

Resultado e discussão: Avaliando a influência de diferentes concentrações deinoculo de M. javanica, verificou-se que plantas com crescimento reduzido,amarelecimento das folhas, formação de galhas no sistema radicular devariados tamanhos e engrossamento do mesmo. Para número denematoides extraídos após 60 dias, a testemunha foi estatisticamentesuperior, sendo que para os tratamentos com concentração de inóculo de1000 e 2000 mL não houve diferença estatística, assim como para ostratamentos com 3000, 4000 e 5000 mL, sendo esses últimosestatisticamente superior aos demais tratamentos. Plantas suscetíveispodem apresentar reação de resistência quando expostas a altas densidadespopulacionais de nematoides, o que remete à necessidade de verificar comose comportam os genótipos sob maior e menor concentração de inóculo.Quando há maior competição entre os indivíduos pelo sítio de infecção ealimentação no hospedeiro, as raízes são menos infectadas e as plantasapresentam reação de resistência (ANDREAZI et al., 2015; SHIGUEOKA et al.,2016).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Conclui-se que a melhor concentração para a inoculação do nematoide M.javanica em soja é a partir de 3000 mL por planta. As concentrações de 4000e 5000 mL não diferem entre si, pois há uma competição no sítio dealimentação no momento da infecção. Já as concentrações de 1000 e 2000mL não são indicadas por serem de baixa infestação.

REFERÊNCIAS

ANDREAZI, E. et al. Behavior of ‘IPR 100’ and ‘Apoatã IAC 2258’ coffeecultivars under different infestation levels of Meloidogyne paranaensisinoculum. australian Journal of Crop science, v. 9, p. 1069-1074, 2015.

Page 87: Autor e trabalho presentes neste documento

CORTE, G. D. Application technology of pesticides in the control of soybeannematodes. 2013. 62 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) –Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013. DIAS, W.P.; A. GARCIA & J.F.V.SILVA. 2000. Nematoides associados à culturada soja. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE NEMATOLOGIA, XXII, Uberlândia,Anais, p.59-65.OOSTENBRINK, M. Major characteristics of the relation between nematodesand plants. Mededelinge Van De landbouwhogeschool Te Wageningen,Nederland, v. 66, n. 4, 1-46, 1966. SHIGUEOKA, L.H.; et al. FHost reaction of arabica coffee genotypes derivedfrom “Sarchimor” to Meloidogyne paranaensis. Nematoda, v.3, 2016.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

Tabela 1 - Número de nematoides por plantas, fator de reprodução (FR) e

reação do cultivar. UPF. Passo Fundo/RS, 2018

TratamentoNúmero de nematoides

extraídosFR REAÇÃO

Testemunha 0 c1 - -1000 ovos/J2 60 b 0,06 R2

2000 ovos/J2 52 b 0,02 R3000 ovos/J2 140 a 0,04 R4000 ovos/J2 165 a 0,04 R5000 ovos/J2 170 a 0,03 R

C.V. (%) 37,11 -

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1Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste Scott-knott 5%. 2R:resistente

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

Diferentes métodos de controle de cascudinho (Alphitobious diaperinus) em cama de aviário

AUTOR PRINCIPAL: Carlos Miguel de Bastiani CO-AUTORES: Bruno Sebastião de Mendonça, Vandreice Salamoni GehringORIENTADOR: Fernando PilottoUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O Alphitobious diaperinus popularmente conhecido como cascudinho é considerado comopraga em granjas avícolas. Possui potencial para disseminar vírus, fungos e bactérias, seucontrole tem sido feito com inseticidas. Possui grande importância na avicultura pois é umpossível veículo de contaminação de patógenos como o vírus da leucose aviária, Doença deGumboro e Coronavirus (CHERNAKI LEFFER et al., 2002) e além disso, o exoesqueleto porapresentar estrutura cornificada, pode lesionar a mucosa gastrointestinal, interferindo naabsorção dos nutrientes pelo intestino já nas primeiras semanas de vida das aves e pode abrirportas para instalação de outros microrganismos. O objetivo deste trabalho foi verificar aeficácia de diferentes tratamentos de cama e seu efeito sobre o Alphitobious diaperinus.

DESENVOLVIMENTO:

Foram utilizados trinta e seis recipientes plásticos com capacidade de dois litros. Cada grupo

foi composto por seis recipientes, preenchidos de cama de aviário e 50 insetos Alphitobius

diaperinus, totalizando uma área de superfície de 263,5cm2 cada. Seis tratamentos,

equivalentes a 1m2, num total de cinco repetições e um controle positivo, foram realizados:

● 1L de água/ m2;

● 2L de água/ m2;

● 3L de água/ m2;

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● 3L de água/ m2 com adição de 600g de cal;

● 600g de cal virgem/ m2;

● 600g de cal hidratada/ m2.

Os recipientes onde foram adicionados tratamentos com água eram hermeticamente fechadoscom auxílio de um saco plástico e fita isolante. Os recipientes contendo tratamentos utilizandoapenas cal virgem ou hidratada foram fechados com uma tampa onde foi confeccionado umorifício no centro para passagem do ar, onde uma tela foi colocada para evitar a fuga dosinsetos, assim como o grupo controle (figura 1). Após a aplicação dos tratamentos, todos osgrupos foram incubados por sete dias e então os insetos, após esse período, foram retiradosdos recipientes e contabilizados a fim de verificar o percentual de mortalidade após ostratamentos. Os resultados encontram-se na tabela 1. Os tratamentos mais eficientes foram osque utilizou-se dois e três litros de água por metro quadrado e três litros de água com adiçãode cal, onde obteve-se a eliminação total dos insetos. Em seguida, o tratamento com calhidratada, que eliminou 68,8% dos insetos que haviam sido colocados na cama. O tratamentocom cal virgem demonstrou desempenho inferior ao da cal hidratada, eliminando 58% doscascudinhos. No grupo controle, obteve-se uma mortalidade de 39,3% dos insetos, que foisuperior à encontrada no tratamento com um litro de água por metro quadrado, que eliminou24,4% dos insetos. A toxicidade da amônia varia conforme o pH do meio em que ela seencontra, com pH baixo, seria necessária uma grande concentração para que ela fosse letal,enquanto com pH elevado, pequenas quantidades de amônia podem ser letais. (WARREN,1962). Como a amônia é uma molécula pequena (17g/mol) e sem carga, ela se difundefacilmente pela bicamada lipídica da parede celular das bactérias. Uma vez dentro dela, elasequestra íons de hidrogênio levando a um aumento do pH intracelular, desperdício deprótons essenciais como potássio e gasto de energia para manter a homeostase. (LUTHER,2015). Com a perda de macro nutrientes essenciais para a constituição de proteínas da paredecelular e com a desnaturação das mesmas devido ao pH alcalino a célula é induzida à morte.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:É de enorme importância que existam métodos eficientes e baratos para o controle das pragasque causam prejuízos a avicultura. O controle tradicional do A. diaperinus pode gerar adeposição de resíduos químicos na carne das aves o que as tornam impróprias para consumohumano, por isso, os estudos de formas alternativas de controle são úteis e necessários para osucesso da avicultura.

REFERÊNCIAS

CHERNAKI LEFFER, A.M. et al, Isolamento de enterobactérias em Alphitobius diaperinus e na

cama de aviários no oeste do estado do Paraná, Brasil. Rev. Bras. Cienc. Avic. vol.4 no.3

Campinas Sept./Dec. 2002

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LUTHER, K. L. Ammonia toxicity in bacteria and its implications for treatment of and resource recovery from highly nitrogenous organic wastes, 2015, 194, Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais), University of New Jersey, New Brunswick, 2015

WARREN, KENNETH S.. Ammonia Toxicity and pH. Nature, [s.l.], v. 195, n. 4836, p.47-49, jul.1962. Springer Nature

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

TRATAMENTO %MORTALIDADE

Cal virgem 58

Cal hidratada 68,8

1l/m2 24,4

2l/m2 100

3l/m2 100

3l/m2+ cal 100

Controle 39,3

Tabela 1: percentual de mortalidade de insetos Alphitobius diaperinus após

sete dias.

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Figura 1: grupo controle

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

AVALIAÇÃO DO HEMATÓCRITO E PROTEÍNAS PLASMÁTICAS TOTAIS EM UMREBANHO BOVINO SUL-RIOGRANDENSE E A CORRELAÇÃO COM O FATOR ETÁRIO.

AUTOR PRINCIPAL: Caroline Canova Cortese. CO-AUTORES: Bruna Favretto de Souza, Carla Laís Schnell, Ayrton Cogo, Ana Gabriela Postalli, Thayse Lima Costa, Márcio Machado Costa e Arthur Nery da Silva.ORIENTADOR: Ricardo Zanella.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

O hematócrito (Ht) é um dos mais importantes exames da série vermelha ecorresponde ao volume ocupado pelos eritrócitos presentes em certa quantidade desangue total, sendo um exame de fácil aplicação. [2] A interpretação do Ht deve levarem conta aspectos relacionados ao indivíduo e ao ambiente. A altitude, por exemplo,pode influenciar na massa eritrocitária. A avaliação laboratorial dos níveis de proteínaplasmática total (PPT) faz parte tanto de exames hematológicos quanto bioquímicos,podendo indicar enfermidade quando os níveis forem anormais [1]. A PPT divide-se emdois grupos: albumina e globulinas. As globulinas, ainda, se dividem em três grupos:alfa, beta e gama; sendo que a fração gama possui grande importância no sistemaimunológico dos indivíduos [1]. O objetivo deste trabalho é relatar o impacto dadiferença de dez meses de vida sobre o perfil hematológico proteico e eritrocitário de64 bovinos criados em sistema extensivo em elevada altitude.

DESENVOLVIMENTO:

Foi realizada uma pesquisa com 64 animais bovinos cruzados entre as raças Wagyu eSimental, com 8 meses e 1 ano e meio de idade, oriundos do município de Jaquirana,Rio Grande do Sul. Foram analisados, 35 machos inteiros, 16 fêmeas e 13 machoscastrados. Foram avaliados os níveis séricos da PPT e Ht dos animais. A médiageométrica entre os valores de Ht dos bovinos com 8 meses de idade foi de 32,8% e

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nos bovinos castrados com 1 ano e meio foi de 38,8% (valores de referência: 24 a 46%)[3], apresentando como p-value: 0,01. O valor da PPT entre terneiros inteiros com 8meses de idade foi de 6,8 g/dL e dos terneiros castrados com 1 ano e meio 7,3 g/dL(valores de referência: 6,5 a 7,5 g/dL) [3]. Após a análise estatística feita pelo teste x2pelo software R entre os grupos observou-se diferença estatística significativa, sendona análise de Ht houve p-value de 0,01 e de PPT p-value de 0,03. Esses resultados noslevam a questionar a ação ambiental e fator etário sob os constituintes do sangue. APPT sofre influência principalmente da idade do animal avaliado [4]. À medida que oanimal envelhece e entra em contato com um número maior de agentes antigênicos,essas imunoglobulinas aumentam. Sabe-se que o aumento da PPT é fisiológico econsiderado positivo para o animal, visto que garante mais competência imunológicacom o passar do tempo. Conforme o animal se desenvolve vai adquirindo melhorescondições físicas e imunológicas de proteção contra patógenos. Em relação ao Ht, omunicípio de Jaquirana possui altitude de 927m acima do nível do mar, sendo que,conforme citado por Thrall (2014), a pressão do oxigênio e também o fator etárioestão diretamente relacionados com a massa eritrocitária e podem conferir, comocitado neste relato, diferenças significativas entre grupos de animais que receberam omesmo manejo ambiental, vacinal e nutricional. Os resultados obtidos nos levam aconclusão que o ambiente no qual os animais estão submetidos tem grande relevânciasobre o desempenho fisiológico dos mesmos e podem afetar o potencial zootécnico.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A diferença significativa entre p-values de PPT e hematócrito dos grupos avaliados nosrevela que o manejo e as características ambientais do local de criação dos animaispodem interferir negativamente e/ou positivamente nos índices zootécnicos debovinos. Além disso, corroborando com a literatura, comprovamos o aumento dafração proteica do sangue, influenciada pelo aumento das imunoglobulinas.

REFERÊNCIAS

1. THRALL, M.A. Hematologia e bioquímica clínica veterinária. Rio de Janeiro.Roca. Cap. 29. 2014.2. Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias. Disponível em:https://www.ufrgs.br/lacvet/hematocrito.htm. Acessado em: 31/07/18, às 10:40.3. LAB&VET Diagnóstico e Consultoria Veterinária. Disponível em:https://labvet.com.br/userfiles/files/referencias-bovinos.pdf. Acessado em: 30/07/18,às 18:15. 4. DELVES, P.J.; ANDRADE, A.F.B. Roitt fundamentos de imunologia. Rio deJaneiro. Guanabara Koogan. 2013.5. França, T.R.; Costa, M.M.; Martins B.D.; et al. Protein Profile of Buffaloes ofDifferent Ages. Acta Scientiae Veterinariae. 2011.

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NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

FERTILIDADE DO SOLO E GERMINAÇÃO DE BUVA

AUTOR PRINCIPAL: Caroline Maldaner Follmer. Graduanda do curso de agronomia da Universidade de Passo Fundo. CO-AUTORES: Edson C. Bortoluzzi; Nadia C. LangaroORIENTADOR: Dr. Edson Campanhola Bortoluzzi, Eng. Agr., professor Titular II do cursode Agronomia.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo- UPF.

INTRODUÇÃO

A pesquisa buscou entender qual a relação da fertilidade química do solo com agerminação e emergência de sementes de Coniza spp. Nesse sentido, a forma deadubação do solo poderia influenciar a germinação da espécie. A justificativa para oestudo baseia-se no fato que em lavouras já implantadas há incidência de buva maiordo que em campos nativos e em áreas que não foram adubadas com fertilizantesquímicos. Para tanto, até o momento, conduziu-se um experimento, para verificar a resposta dagerminação de sementes de buva com diferentes fornecimento de nutrientes.

DESENVOLVIMENTO:

Este trabalho de pesquisa desenvolve-se nos Laboratórios de Uso e Manejo doTerritório e de Recursos Naturais e de Análise de Sementes na Universidade de PassoFundo- UPF. O material de pesquisa se trata de sementes de buva adquiridas nocomercio especializado. As sementes foram submetidas a germinação em caixasgerbox em presença de diferentes ofertas de nutrientes. Para isso, diferentes soluçõesnutritivas contendo diferentes nutrientes foram preparadas. Estas soluções aquosas(solução nutritiva de Hoagland) foram preparadas com reagente puro (PA). Quatronutrientes foram escolhidos: Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg).Estes foram aplicados de forma isolada ou conjunta. Foram testados dois níves de pH

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(4,8 e 6,5). O experimento contou com quinze tratamentos, incluindo controle,conduzidos em DIC, as unidade experimentais foram caixas gerbox em câmaras degerminação (12 horas de fotoperíodo a 24º C.) por quinze dias. Durante o períodoavaliaram-se a germinação, o índice de velocidade de germinação (IVG) e tamanho departe aérea e raíz. Nos primeiro dez dias foram acompanhadas a germinação e ao finalas plântulas foram mensuradas em seu comprimento de parte aérea e de raíz. Os resultados de germinação e IVG foram ora antagônicos ora sinérgicos à testemunha(água destilada). A germinação em presença de fósforo não se mostrou sensível. Empresença de Cálcio a germinação foi maior comparada a testemunha. O que nos leva aquerer ir mais fundo na pesquisa para saber o que há nas lavouras, ou seja, o que hána adubação agrícola e seu manejo , que faz com que esta daninha se desenvolva tãobem.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Com os experimentos já realizados, e com outros a serem encaminhados, já é possívelperceber que o cálcio possui grande influência no processo inicial de desenvolvimentoda espécie, assim como o potássio e fósforo.

REFERÊNCIAS

HOAGLAND, D.R.; ARNON, D.I. The water culture method for growing plants withoutsoils. Berkeley: California Agricultural Experimental Station, 1950.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

Interceptação de radiação solar, área foliar e composição do rendimento de grãos desoja sob variações de condições de cultivo

AUTOR PRINCIPAL: Cleisla Molin CO-AUTORES: Renata Toledo ORIENTADOR: Geraldo Chavarria UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo- UPF

INTRODUÇÃO

O rendimento de grão na cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] é influenciado pelacapacidade das plantas interceptarem radiação solar. O uso de plantas com maiorramificação pode proporcionar incremento na interceptação da radiaçãofotossinteticamente ativa (RFA) de forma geral, porém com baixa distribuição daradiação solar ao longo do dossel, dificultando a interceptação pelo terço inferior dacultura. A hipótese do estudo é que a interceptação de RFA na cultura da soja éaltamente influenciada por suas condições de crescimento e desenvolvimento(FONTANA et al. 2012). Ou seja, pela arquitetura da planta, e esse efeito podeinfluenciar o comportamento produtivo da soja. Assim, o objetivo foi avaliar aquantidade de radiação solar incidente nos diferentes terços da planta de soja emcultivares de soja em distintas condições de cultivo, relacionando com a área foliar e orendimento de grãos.

DESENVOLVIMENTO:

O experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos casualizadoscom cinco repetições e quatro tratamentos. O experimento foi conduzido no campoexperimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) daUniversidade de Passo Fundo (UPF). Foram utilizadas sementes de soja das cultivaresBMX ATIVA RR e DM 5958 RSF IPRO. A semeadura foi com espaçamento de 0,45 m,com 14 sementes/metro.

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Os tratamentos realizados no experimento foram: Tratamento 1 - cultivar BMX ATIVARR semeada em uma linha e na linha ao lado semeada a cultivar DM 5958 RSF IPRO,Tratamento 2 - cultivar BMX ATIVA RR, Tratamento 3 - 50% de sementes da cultivarBMX ATIVA RR e 50 % da cultivar DM 5958 RSF IPRO, misturadas aleatoriamente eTratamento 4 - cultivar DM 5958 RSF IPRO. As sementes foram inoculadas comBradyrhizobium japonicum e tratadas com inseticidas e fungicidas de acordo com asrecomendações para a cultura da soja.No estádio fenológico de R1 (início do florescimento), foram realizadas avaliações deinterceptação radiação solar (RFA), através do aparelho ceptômetro AccuPAR LP-80 noterço inferior e superior da cultura. A cultivar BMX ATIVA RR apresentou 22,5 % a maisde interceptação da radiação no terço inferior, enquanto que no terço superior nãodiferiu dos demais tratamentos. No terço inferior a cultivar DM 5958 RSF IPRO tevemenor RFA, contudo foi o que apresentou maior índice de área foliar, com isso, aquantidade de radiação solar num determinado nível reduz com o aumento do IAF. Ostratamentos 1 e 3 não diferiram dos tratamentos onde foi cultivada DM 5958 RSF IPROe BMX ATIVA RR individualmente, para o terço inferior. O rendimento de grãos obtido para o tratamento 4 que continham somente a cultivarDM 5958 RSF IPRO foi superior aos outros tratamentos (Anexo 1), ressaltando umacaracterística da cultivar, e quando a mesma foi semeada ao lado da cultivar BMXATIVA RR o IAF foi superior e em consequência menor interceptação de radiação,decaindo a produtividade. Nesse sentido, a maior área foliar pode ter reduzido otempo de vida das folhas próximas ao solo, em função do sombreamento das folhasbaixeiras pelas folhas do topo do dossel, o que pode reduzir a fotossíntese das folhasdo terço inferior. Porém não influenciou na produtividade, pois foi compensado noterço mediano e superior. Quando analisado o ara linhas e BMX ATIVA RR os mesmos não diferiram da maiorprodutividade da cultivar DM 5958 RSF IPRO, e da menor que foi a mistura. A menorprodutividade do tratamento 3, pode ser consequência de uma competiçãointraespecífica, afetando a quantidade de recursos do ambiente como água, luz enutrientes disponíveis para cada planta.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

No presente estudo as plantas que apresentaram menor índice de área foliar

interceptaram mais radiação fotossinteticamente ativa ao longo do dossel, porém não

influenciou em incremento no rendimento de grãos.

REFERÊNCIAS

Page 100: Autor e trabalho presentes neste documento

Fontana, D. C., Alves, G. M., Roberti, D., Moraes, O. L. L. e Gerhardt, A. (2012).Estimativa da radiação fotossinteticamente ativa absorvida pela cultura da soja atravésde dados do sensor Modis. Bragantia, 71, 563-571.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS     

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

CONTAGEM DE COLIFORMES FECAIS EM CAMA DE AVIÁRIO TRATADAS COM GÁSAMÔNIA

AUTOR PRINCIPAL: DANIELA SIMON CO-AUTORES: ANA FLAVIA CORSO, BRUNO SEBASTIÃO DE MENDONÇA, CARLOS MIGUEL DE BASTIANI, ENZO MISTURAORIENTADOR: FERNANDO PILOTTOUNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO:A avicultura de corte se destaca como um dos principais ramos do agronegócio, sendo

a forma mais barata e eficiente de produção de origem animal, saciando a população

mundial (Mendes et al., 2012).

As atividades agrícolas são as principais fontes de geração de emissão de amônia

(NH3), onde nas instalações existe acúmulo de dejetos (Atia, 2008). A amônia é um gás

oriundo da decomposição do ácido úrico eliminado pelas aves (Gonzáles & Saldanha,

2001).

Para evitar problemas, usa-se tratamentos para camas, sendo a fermentação com

colocação de lona na superfície uma delas (SILVA et al., 2007). A cama do aviário

possui patógenos como Escherichia coli, implicados em problemas à segurança

alimentar (FIORENTIN, 2005). Microrganismos como a E. coli são agravantes à saúde,

sendo passível de transmissão por meio de alimentos e água, logo de doenças aos

consumidores (MENDONÇA, 2016).

Determinou-se o número de coliformes fecais e o tempo para eliminação em camas deaviário experimentais.

DESENVOLVIMENTO:Em um município situado no norte do Rio Grande do Sul, desenvolveu-se

experimentos objetivando a quantificação de coliformes fecais por meio de meios de

Page 102: Autor e trabalho presentes neste documento

cultura Petrifilm TM Contagem de Coliformes (3M), em cama de aviário tratada com gás

amônia.

O método 3M PetrifilmTM Contagem de Coliformes indica a presença de gás, coloração

e contagem de colônias em 24 horas, sendo composto por meio Vermelho Violeta Bile

Lactose, goma guar, barreira de espuma e indicador TTC, que dá cor a colônia. Entre

outras características, possui filme plástico que retém o gás produzido pelos

coliformes, o corante indicador na placa dá cor às colônias e o fundo quadriculado

facilita a enumeração.

No experimento, foram realizadas coletas de superfície, meio e fundo de cama do

aviário, sendo a primeira coleta livre de gás amônia (controle) e as demais após a

exposição do mesmo, em seguida, foram acondicionadas e enviadas ao laboratório de

bacteriologia da UPF para devido isolamento e posterior identificação e interpretação.

O isolamento foi realizado utilizando placas 3M PetrifilmTM para Coliformes, sendo

pesados 10 g de cama de aviário e a essa adicionado 90 ml de água peptonada 0,1%,

gerando assim, a primeira diluição. As outras duas diluições da sequência, foram com 1

ml da diluição anterior em 10 ml. Foram realizadas diluições até 10 -3 em que foram

colocadas nas placas 3M PetrifilmTM. Posteriormente, efetivou-se a contagem de

coliformes totais de cada amostra.

Na coleta da superfície da cama sem a aplicação do gás amônia, considerou-se a

presença de 15000 UFC/g (controle), sendo este, padrão nas demais análises, os

coliformes na presença de gás amônia apresentaram diminuição de 1000 UFC/g entre

1 e 2 horas e diminuição expressiva de 3000 UFC/g após 24 horas. Na coleta do meio

da cama de aviário com o gás amônia presente, os coliformes apresentaram

diminuição apenas após 24 horas de 300 UFC/g. Na coleta do fundo da cama com a

presença do gás amônia, os coliformes apresentaram diminuição somente após 24

horas de 600 UFC/g (Gráfico 1).

Na análise dos dados das amostras, teve-se notável diminuição da quantidade de

coliformes fecais no decorrer das horas, quando visto nas coletas de superfície meio e

fundo da cama de aviário após o tratamento com gás amônia, comparado ao controle

(15000 UFC/g), no entanto a coleta realizada em superfície apresentou significativa

diminuição das UFC quando analisada e comparada com as análises do meio e fundo

da cama de aviário que se apresentaram expressivamente menores quando

comparadas mesma.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Em vista da importância da sanitização, observou-se neste trabalho que a contagem de

coliformes fecais apresentou diminuição ao decorrer das horas, tanto na coleta de

Page 103: Autor e trabalho presentes neste documento

superfície, quanto no meio e no fundo da cama de aviário, quando tratadas com gás

amônia, demonstrando assim a efetividade desse tipo de tratamento frente ao

controle de bactérias de grande importância à avicultura.

REFERÊNCIAS:MENDES, L.B. et al. O ciclo do nitrogênio na criação de frangos de corte e suas perdas na forma de amônia volátil: uma revisão. Pubvet, v. 6 (20): 1-25, 2012.ATIA, A. Ammonia volatilization from manure application. Alberta Agriculture: F&R Development, 2008.GONZÁLES, E. et al. Os primeiros dias de vida do frango e a produtividade futura. In: CBZ, 11. Goiânia, p.312-313, 2001.FIORENTIN, L. Reutilização da cama na criação de frangos de corte e as implicações de ordem bacteriológica na saúde humana e animal. 23p. Embrapa Suínos e Aves.Documentos, 94, 2005.Mendonça, EP. Características de virulência, resistência e diversidade genética de sorovares de salmonella com impacto na saúde pública, isolados de frangos de corte no brasil. UFU. 2016

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

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ANEXOS:Gráfico 1: Contagem de UFC/g de Coliformes fecais em relação às horas de exposição

das camas ao gás amônia.

Coleta Superfície Cama Coleta Meio da Cama Coleta Fundo da cama0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

Contagem de Coliformes Fecais em Cama de Aviário Tratadas com Gás Amônia

0 h 01h 02h 24h

UFC

/G

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

DESENVOLVIMENTO DE UM CONTROLE MOLECULAR INTERNO PARA VALIDAR ATÉCNICA DE TIPIFICAÇÃO DE HAEMOPHILUS PARASUIS

AUTOR PRINCIPAL: Débora Zini Baldasso CO-AUTORES: Gabriela C. Paraboni Frandoloso, Simone Ramos Prigol, Marcelo Weiss, Luiz Carlos Kreutz. ORIENTADOR: Rafael Frandoloso.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF

INTRODUÇÃO

Haemophilus parasuius é uma bactéria Gram-negativa comumente encontrada notrato respiratório superior de suínos e agente etiológico da Doença de Glässer. H.parasuis é classificado fenotipicamente em 15 sorovares e dividido em três grupos deacordo com o seu grau de virulência. A reação em cadeia da polimerase multiplex(PCRm) descrita por Howell et al., 2015, é utilizada para tipificar molecularmente estepatógeno em razão de existirem genes e regiões genéticas muito específicas dentro dolocus que codifica a biossíntese da cápsula de H. parasuis. Neste trabalho,apresentamos o desenvolvimento de um controle molecular interno desenhado paravalidar a técnica de PCRm, uma necessidade para aumentar a confiabilidade,linearidade e interpretação dos resultados desta técnica entre laboratórios queprestam este diagnóstico molecular.

DESENVOLVIMENTO:

O DNA genômico dos 15 sorovares de referência de H. parasuis foi extraído mediantekit comercial (Wizard® Genomic DNA Purification Kit, Promega, USA) a partir de umcultivo bacteriano de 18 horas em meio líquido (BHI suplementado com NAD eglicose). Os DNAs extraídos dos diferentes sorovares foram quantificados pornanoespectrofotometria e ajustados a 20 ng/μL. Logo, uma reação de PCR específicaμL. Logo, uma reação de PCR específicaL. Logo, uma reação de PCR específicapara cada sorovar foi formulada com 25 μL. Logo, uma reação de PCR específicaL de GoTaq Green Master mix (Promega,USA), 400 ng de primers diretos e indiretos específico para cada sorovar (Tabela 1),100 ng de DNA genômico alvo e água de PCR até completar um volumem de 50 μL. Logo, uma reação de PCR específicaL. Aamplificação dos fragmentos de DNA foi realizada mediante o seguinte programa determociclagem: desnaturação inicial do DNA a 94˚C durante 5 min., seguindo de 30

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ciclos compreendendo desaturação de DNA a 94˚C durante 30 seg., anelamento dosprimers a 58˚C por 30 seg., extensão a 72˚C durante 60 seg., e uma extensão final de 5minutos a 72˚C. Os produtos de PCR foram visualizados mediante eletroforese de DNAem gel de agarose 2% e, após confirmados, foram diretamente clonados dentro dovetor pGEM®-T-Easy (Promega, USA). Para tal, 25 ng de cada fragmento de DNA foimisturado com 50 ng de vetor, 10 μL. Logo, uma reação de PCR específicaL de tampão de reação 2X, 1 μL. Logo, uma reação de PCR específicaL de T4 DNA ligase eágua de PCR até completar o volumem de 20 μL. Logo, uma reação de PCR específicaL. A reação foi incubada a 22˚C durante3 horas e após, toda a ligação foi transformada em células quimicamente competentes(Escherichia coli - TOP10). Os clones resultantes foram confirmados através de PCRmediante previa extração de DNA plasmidial utilizando o kit Wizard® Plus SV Minipreps(Promega, USA). Por fim, 20 ng de cada plasmídeo contendo um fragmento clonadoespecífico foi utilizado para validar a reação de PCR utilizada no protocolo detipificação molecular de H. parasuis. Todos os fragmentos de DNA clonadosrepresentativos dos 15 sorovares de H. parasuis além do fragmento confirmatório degênero e espécie, foram amplificados com sucesso utilizando a reação de PCRcompleta da PCRm (mistura de 30 oligonucleotídeos). Os tamanhos dos produtos dosgenes amplicados foram confirmados com sucesso através de um gel de DNA baseadoem uma matriz de 2% de agarose. Estes resultados demonstram a utilidade doconjunto de plasmídeos desenvolvidos para compor um controle positivo interno dareação de tipificação de H. parasuis. Este controle proporcionará ao biologistamolecular (i) uma comprovação de que a reação de PCRm está corretamenteformulada, e (ii) facilitará a interpretação dos resultados de tipificação, ao promoveruma rápida comparação entre o tamanho do fragmento de DNA amplificado a partirdo DNA genômico da amostra alvo (cepa clínica isolada de um animal com Doença deGlässer), e os diferentes tamanhos dos fragmentos de DNAs representativos dos 15sorovares de referências de H. parasuis.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Infecções produzidas pelo H. parasuis são cada vez mais frequentes na suinocultura global. A tipificação molecular de H. parasuis é um diagnóstico de extrema importânciapara definir a estratégia de prevenção da Doença de Glässer através do uso de vacinaiscomerciais e autógenas. Neste trabalho apresentamos o desenvolvimento de um controle molecular interno desenhado para validar e facilitar a interpretação dos resultados da tipificação molecular de H. parasuis através da PCR multiplex.

REFERÊNCIAS

Frandoloso R, Martinez-Martinez S, Rodriguez-Ferri EF, Gutierrez-Martin CB.Comparison of real-time PCR and culture isolation in colostrum-deprived pigsimmunized and challenged with Haemophilus parasuis. Letters in applied microbiology.2012;54(2):149- 52.

Page 107: Autor e trabalho presentes neste documento

Howell KJ, Peters SE, Wang J, Hernandez-Garcia J, Weinert LA, Luan SL, et al.Development of a Multiplex PCR Assay for Rapid Molecular Serotyping of Haemophilusparasuis. Journal of Clinical Microbiology. 2015;53(12):3812-21

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSTABELA 1. Descrição dos primers utilizados para o desenvolvimento dos controles

internos da PCRm para tipificação de H. parasuis

Gene Sequência primer direto Sequência primer indireto SorovarTamanho do produto

(pb)

funB CTGTGTATAATCTATCCCCGATCATCAGC GTCCAACAGAATTTGGACCAATTCCTG 1 180

wzx CTAACAAGTTAGGTATGGAGGGTTTTGGTG GGCACTGAATAAGGGATAATTGTACTG 2 295

glyC CATGGTGGTTATCCTGACTTGGCTGT TCCACATGAGGCCGCTTCTAATATACT 3 650

wciP GGTTAAGAGGTAGAGCTAAGAATAGAGG CTTTCCACAACAGCTCTAGAAACC 4 320

wcwK CCACTGGATAGAGAGTGGCAGG CCATACATCTGAATTCCTAAGC 5 ou 12 450

gltI GATTCGGATGATTTTTGGCTGACGGAACG CCTATTCTGTCTATAAGCATAGACAGGAC 6 360

funQ CTCCGATTTCATGTTTTCTATGTGG CGATAAACCATAACAATTCCTGGCAC 7 490

scdA GGAAGGGGATTACTACTACCTGAAAG CTCCATAGAACCTGCTGCTTGAG 8 650

funV AGCCACATCAATTTTAGCCTCATCA CCTTAAATAGCCTATGTCTGTACC 9 710

funX GGTGACATTTATGGGCGAGTAAGTC GACCTGTCATCAATAACAATCTTAAGACG 10 790

amtA CCATCTCTTTAACTAATGGGACTG GGACGCCAAGGAGTATTATCAAATG 11 890

gltP GCTGGAGGAGGTGAAAGAGGTGGTAC CAATCAAATGAAACAACAGGAAGC 13 840

funAB GCTGGTTATGACTATTTCTTTCGCG GCTCCCAAGATTAAACCACCAGCAAG 14 730

funI CAAGTTCGGATTGGGAGCATATATC CCTATATCATTTGTTGGATGTACG 15 550

HPS_219690793 ACAACCTGCAAGTACTTATCGGGAT TAGCCTCCTGTCTGATATTCCCACG todos 275

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

TUMOR ÓSSEO MULTILOBULAR EM CANINO

AUTOR PRINCIPAL: Eduardo Rebelato Sakis CO-AUTORES: Tanise Policarpo Machado e Adriana Costa da MottaORIENTADOR: Adriana Costa da MottaUNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO

O tumor ósseo multilobular consiste de neoplasia potencialmente maligna, decrescimento lento, que ocorre no crânio de caninos, anteriormente denominadocondroma rodens (MEUTEN, 2016). Em cães, acomete principalmente animais demeia-idade a senis, com maior frequência em raças de médio ou grande porte. Aneoplasia geralmente forma uma massa única, firme e imóvel, envolvendo os ossoscranianos. Os sinais clínicos estão relacionados à compressão do tecido nervosoadjacente, ocasionando, consequentemente, distúrbios neurológicos. Devido àlocalização do tumor, a remoção cirúrgica torna-se dificultosa, e recidivas sãofrequentes. Metástases pulmonares são comuns, e mantém a aparência histológicacaracterística do tumor primário (JUBB et. al., 2016). Este trabalho tem como objetivorelatar um caso de tumor ósseo multilobular em canino, diagnosticado no Laboratóriode Patologia Animal (LPA) da FAMV da UPF, caracterizando seus aspectosanatomopatológicos.

DESENVOLVIMENTO:

Um canino, macho, de 12 anos e 9 meses de idade, SRD, de, aproximadamente, 8,5 kg,foi submetido à avaliação clínica no Hospital Veterinário da UPF, devido aodesenvolvimento de um nódulo na região do crânio. Durante a consulta, foi relatado,pelo tutor, que o nódulo apresentou evolução de, aproximadamente, dois meses,tendo início como dois pequenos nódulos, que acabaram por confluir. O paciente nãoapresentava alterações comportamentais. Foi realizado exame radiográfico de crânio,

Page 109: Autor e trabalho presentes neste documento

no qual foi constatado proliferação óssea no occipital. O animal foi encaminhado aobloco cirúrgico para a realização de biópsia incisional. A amostra coletada foiencaminhada para exame anatomopatológico no LPA da UPF. Foram recebidos paraanálise 12 fragmentos do occipital. Estes mediam de 0,9 a 1,4 cm, em maior eixo, nãopossuíam formato definido, a superfície era irregular e a consistência era dura. Aoscortes, a coloração era branco-pardacenta. Para processamento tecidual, os cortesforam submetidos em solução descalcificadora a base de ácido nítrico 10%. Àmicroscopia, todas as amostras demonstravam padrão semelhante, que consistia deproliferação de células em arranjo multilobular que lembravam tecido ósseo sólidoe/ou trabecular com intensa mineralização e, por vezes, tecido sugestivo de cartilagemhialina. Os lóbulos eram irregulares e separados por diferentes proporções de septos,que constituiam o estroma fibroso. O índice mitótico era baixo e o pleomorfismomoderado. Os achados foram compatíveis com tumor ósseo multilobular. Após seisdias, o paciente foi encaminhado para realização de biópsia excisional, sendo oespécime encaminhado para avaliação histopatológica. Assim, obteve-se o diagnósticodefinitivo de tumor ósseo multilobular. Os achados macroscópicos e histopatológicoscorroboram com àqueles encontrados por BOHRER et. al. (2017) e COSTA et. al. (2016),os quais reforçam a histopatologia como ferramenta para o diagnóstico definitivo dotumor ósseo multilobular. O prognóstico varia de acordo com o comportamento dotumor, bem como a sua localização. Tumores de grau III apresentam menor tempoentre recidiva após remoção cirúrgica, assim como para metástase em relação àquelesde graus I e II (MEUTEN, 2016). É importante fazer a diferenciação de outros sarcomasósseos, que apresentam comportamento mais agressivo e metastatizam maisfrequentemente, levando a um pior prognóstico (COSTA et. al., 2016).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Destaca-se que por tratar-se de uma neoplasia incomum, é importante para médicosveterinários das variadas áreas envolvidas ter o conhecimento desta patologia, semprepriorizando a abordagem correta, visando o diagnóstico definitivo, remoção da massae acompanhamento do paciente.

REFERÊNCIAS

BOHRER, A. P. F. et. al. Tumor ósseo multilobular (Condroma rodens) em um cão. ActaScientiae Veterinariae, v, 45; 231; 2017.COSTA, T. S. et. al. Tumor ósseo multilobular em cão - Relato de caso. Revista Brasileirade Medicina Veterinária, v, 38; p, 159-163; 2016.CRAIG, L. E. et. al. Bones and Joints. P, 16-163. In: JUBB, KENNETH V. F.; KENNEDY,PETER C.; PALMER, NIGEL C. Pathology of Domestic Animal. Saint Louis: Elsevier, v, 1;p, 1250; ed, 6. 2016.

Page 110: Autor e trabalho presentes neste documento

THOMPSON, K. G.; DITTMER K. E. Tumors of Bone. P, 356-424. In: MEUTEN, DONALD J.Tumors in Domestic Animals. Ames: Wiley Blackwell, v, 1; p, 989; ed, 5. 2017.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

UTILIZAÇÃO DA COLORAÇÃO DE AZUL DE TOLUIDINA COMO TÉCNICA HISTOQUÍMICAALTERNATIVA NO DIAGNÓSTICO DE TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA

AUTOR PRINCIPAL: Eduardo Rebelato Sakis CO-AUTORES: Tanise Policarpo Machado e Adriana Costa da MottaORIENTADOR: Adriana Costa da MottaUNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO

O complexo tristeza parasitária bovina (TPB) é uma doença caracterizada pelapresença simultânea dos hemoparasitas Babesia spp. e Anaplasma spp., os quais sãode ocorrência frequente na região sul do Brasil. O diagnóstico destes agentes écorriqueiramente realizado através de exames de esfregaço sanguíneo e/ou imprintsde tecidos frescos. Contudo, devido ao fato das amostras serem enviadasnormalmente imersas em formol, inviabilizando a realização dos exames citados,torna-se necessária a utilização de técnicas alternativas de diagnóstico. A técnicahistoquímica de azul de toluidina é uma alternativa para auxiliar na evidenciação dehemoparasitas (SILVA et. al., 2018). Este trabalho tem como objetivo relatar autilização da técnica histoquímica de azul de toluidina como método diagnóstico deTPB, realizada em amostras de bovino encaminhadas para diagnóstico no Laboratóriode Patologia Animal (LPA) da FAMV da UPF.

DESENVOLVIMENTO:

Um bovino, fêmea, de, aproximadamente, 4 anos de idade, da raça Jersey, domunicípio de Campinas do Sul, RS, foi submetido à avaliação clínica por médicoveterinário local. Ao exame clínico, o paciente apresentava apatia, anorexia, mucosaspálidas, presença de carrapatos e temperatura de 38,3°C. O animal pertencia a umrebanho de 12 vacas em lactação, mantidas em sistema semi-intensivo, com silagemde milho e ração (proteína bruta 18%), e com acesso a campo nativo melhorado. Foi

Page 112: Autor e trabalho presentes neste documento

relatado que, além deste, outros dois bovinos, com os mesmos sinais clínicos, tiveramóbito; e nos três meses que antecederam o quadro clínico apresentavam carrapatos.Havia suspeita de TPB. À necropsia, os achados caracterizaram-se por bexiga repletade urina escura, sugestiva de hemoglobinúria, e omento de coloração amarelada(icterícia). Foram coletados fragmentos de baço e fígado, os quais foramencaminhados para exame histopatológico no LPA da UPF. O exame macroscópicorevelou esplenomegalia, com extrusão de polpa vermelha, que apresentava aspectohemorrágico. O fígado apresentava acentuação do padrão lobular. Amostras destesórgãos foram coletadas e fixadas em formalina a 10% tamponada, sendo processadaspelos métodos convencionais e coradas com coloração de hematoxilina e eosina. Àmicroscopia, observou-se, no baço, hemossiderose difusa moderada a acentuada edepleção de polpa branca multifocal discreta. No fígado havia degeneraçãohepatocelular difusa moderada e necrose hepatocelular centrolobular difusamoderada, além de congestão e colestase intra hepatocitária. Logo, foi realizada acoloração de azul de toluidina em cortes histológicos de ambos os órgãos na tentativade evidenciar hemoparasitas, conforme descrito por SILVA et al. (2018). A análiseevidenciou hemácias contendo estruturas arredondadas de tamanhos variados, decoloração escura, consistindo de hemoparasitas, similares àqueles observados porSILVA et. al. (2018). O azul de toluidina cora tecidos ricos em DNA e RNA, sendoutilizado devido à suas propriedades metacromáticas (SRIDHARAN & SHANKAR, 2012).O histórico clínico e os achados anatomopatológicos são sugestivos de TPB e similaresaos citados por BOES & DURHAM (2017) e SILVA et. al. (2018). Embora não tenhamsido encaminhadas amostras de todos os órgãos para exame histopatológico, assimcomo esfregaços sanguíneos e/ou imprints de tecidos frescos para examehemoparasitológico, a técnica histoquímica utilizada possibilitou o diagnóstico dehemoparasitose, que associada ao histórico clínico e aos achados anatomopatológicos,são condizentes com TPB.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A coloração de azul de toluidina mostrou-se útil no diagnóstico de hemoparasitoses.Além disso, trata-se de recurso de baixo custo e acessível à rotina de patologiaveterinária. Entretanto, a avaliação hemoparasitológica e histopatológica, bem como acorrelação clínica, são fundamentais no diagnóstico de TPB. Assim, destaca-se aimportância da realização dessa coloração como método alternativo no diagnóstico deTPB, principalmente quando não realizados os referidos exames.

REFERÊNCIAS

BOES, K. M.; DURHAM, A. C. Bone Marrow, Blood Cells, and the Lymphoid/ LymphaticSystem. P, 724-804. In: ZACHARY, J. F. Pathology Basis of Veterinary Disease. SaintLouis: Elsevier, p, 1318; ed, 6. 2017.

Page 113: Autor e trabalho presentes neste documento

SILVA, T. M. et. al. Caracterização histoquímica no diagnóstico da babesiose bovina porBabesia bovis. Pesquisa Veterinária Brasileira, v, 38, p, 649-658; 2018.SRIDHARAN, G.; SHANKAR, A. A. Toluidine blue: A review of its chemistry and clinicalutility. Journal of Oral and Maxillofacial Pathology, v, 16, p, 251-255; 2012.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

Page 114: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA in vitro DOS EXTRATOS DE Punica granatum E DEPhysalis peruviana FRENTE À Salmonella Heidelberg E Staphylococcus aureus

AUTOR PRINCIPAL: ENZO MISTURA CO-AUTORES: RAFAEL LEVANDOWSKI, ANA LUIZA LORA, BRUNA WEBBER, SUELENZANCO, GILBERTO ROGÉRIO ZAGO, DEBORA FILIPPI, MAÍSA CRISTINA BENINCÁ,CAROLINE DOS SANTOS PEIXOTO, SUELEN PRISCILA SANTOS, LUCIANE MANTOORIENTADOR: LAURA BEATRIZ RODRIGUESUNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO:O desenvolvimento de bactérias multirresistentes aos antibióticos é resultante da pressãoseletiva exercida pelo uso indiscriminado de antimicrobianos (WHO, 2005). Seu uso deforma inadequada, como por exemplo, antibióticos promotores de crescimento usadosna pecuária, têm levado a diversos contrapontos, como barreiras sanitárias deimportação, dificuldade no controle higiênico sanitário, bem como ocasiona dificuldadede tratamento em muitos casos de infecção (BRUMANO; GATTÁS, 2009). Amultirresistência bacteriana provoca impacto tanto à saúde pública, como aodesenvolvimento e economia. Assim, torna-se essencial a procura por alternativasantimicrobianas, visando minimizar esse impacto, como também a redução do uso deantibióticos na produção pecuária (FERREIRA et al, 2017). O objetivo deste trabalhofoi avaliar a ação antimicrobiana de Punica granatum e Physalis peruviana frenteisolados de Staphylococcus aureus e Salmonella Heidelberg.

DESENVOLVIMENTO:A matéria prima para confecção dos extratos foram as cascas dos frutos de Punicagranatum (Romã) e Physalis peruviana (Physalis), essas foram liofilizadas previamentepor mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos(ZAGO, G. R., 2018). As cascas liofilizadas de Romã foram pesadas e diluídas em águadestilada estéril, obtendo-se uma proporção de extrato aquoso em 1/6. O extrato aquosode Physalis foi obtido em suspensão em uma concentração de 50%. Foram utilizados 3isolados de Staphylococcus aureus e 3 de Salmonella Heidelberg. O teste desensibilidade foi realizado em triplicata com placas de Mueller-Hinton conforme Tabela1. Inoculou-se as amostras em spreed plate com auxílio de um swab estéril, e após 5 a

Page 115: Autor e trabalho presentes neste documento

10 minutos perfez-se orifícios para realização do teste pela técnica de ágar-difusão(Figura 1). Foram depositados os extratos aquosos e o óleo mineral (controle negativo),como controle positivo foi utilizado disco de amoxicilina 30 mg. Em cada poço foram adicionados 80 μL de cada extrato, bem como 80 μL de óleoL de cada extrato, bem como 80 μL de cada extrato, bem como 80 μL de óleoL de óleomineral estéril, as placas foram incubadas em estufa a 37±1ºC, por 24 horas. Após operíodo de incubação, foi feita a leitura das placas, observando-se os halos de inibiçãodo crescimento tanto de Staphylococcus aureus como de Salmonella Heidelberg. Oextrato aquoso de Punica granatum, apresentou halo de inibição média de 14mm dediâmetro, considerando-se como halo de inibição mínima ≥ 10mm. Entretanto oresultado expresso pelo extrato aquoso de Physalis peruviana não demonstrou açãosignificativa inibitória, não formando halos de inibição de crescimento em nenhuma dasamostras testadas (Tabela 1).Visto isso, percebe-se que o extrato aquoso de Punica granatum demonstrou formaçãode halos de inibição significativos. Constata-se assim que o extrato de Romã possuiconsiderável ação antimicrobiana frente a Staphylococcus aureus e SalmonellaHeidelberg, corroborando à outros estudos que haviam demonstrado tal efeito contra S.aureus (MACHADO et al., 2003). Em contrapartida, o extrato de Physalis peruviananão apresentou ação antimicrobiana significativa, visto que não houve inibição decrescimento, opondo-se assim aos resultados encontrados em outros trabalhos, os quaisdemonstram ação antimicrobiana e especialmente antifúngica (FILIPPI, D., 2018).Sugere-se que a ação inibitória ineficaz do extrato de Physalis peruviana pode ter sidoocasionada devido ao longo tempo de armazenamento em refrigeração, o qual pode terlevado a diminuição de importantes princípios ativos, como ácidos fenólicos eflavonoides, ácido gálico, ácido cítrico e catequinas, levando a possível perda daatividade antimicrobiana.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Comprovou-se que o extrato aquoso de Punica granatum possui efeitos antimicrobianosfrente a microrganismos causadores de doenças transmitidas por alimentos (DTA). Esseestudo mostra a importância de pesquisas relacionadas à alternativos antimicrobianos,principalmente com o intuito de controlar e combater o desafio global causado pelasbactérias multirresistentes.

REFERÊNCIAS:WHO. Containing antimicrobial resistance, 2005. Geneva, SwitzerlandBrumano, G., et al. Implicações sobre o uso de antimicrobianos em rações de monogástricos. (2009) REN, 6(3), 953-959Ferreira, S. V., et al. "Alternatives to antibiotics in diets of weaned piglets." CR 47, no. 12 (2017)Zago, G. R. "Estabilidade oxidativa de linguiça tipo Toscana com extrato liofilizadode casca de romã (punica granatum L.)." (2018)

Page 116: Autor e trabalho presentes neste documento

Machado, T. B., et al. "In vitro activity of Brazilian medicinal plants, naturally occurring naphthoquinones and their analogues, against methicillin-resistant Staphylococcus aureus." IJA agents 21, no. 3 (2003): 279-284Filippi, D. "Ação antifúngica do estrato de Physalis peruviana Linnaeus frente ao fungo Botrytis cinerea." (2018)

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

Page 117: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS:

Figura 1. Representação da placa de petri utilizada no teste de atividade antimicrobiana.Onde “N” representa o controle negativo, “P” o controle positivo e “E” o extrato aquosodo fitoterápico.

Tabela 1. Resultado da média dos halos formados frente a ação dos extratos de Punica granatum e Physalis peruviana.

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

AÇÃO DE SANITIZANTES SOBRE Salmonella spp. ISOLADAS EM ABATEDOURO DESUÍNOS.

AUTOR PRINCIPAL: Fabíola Trento.CO-AUTORES: Caroline Luneli Quadros, Enzo Mistura, Débora de Marco Dezordi, Jenifer Alana Machado, Suelen Cristine Zanco, Luciane Manto, Suelen Pricila dos Santos, Bruna Webber, Natalie Nadin Rizzo, Giseli Aparecida Ritterbusch.ORIENTADOR: Profa. Dra. Luciana Ruschel dos Santos.UNIVERSIDADE: Universidade De Passo Fundo.

INTRODUÇÃOA carne suína é a fonte de proteína animal mais produzida e consumida no mundo,tendo o Brasil como quarto maior produtor e exportador mundial. Porém, sãoencontradas certas dificuldades pelo setor, como a presença de Salmonella spp. nosrebanhos suínos, o que permite que ocorra a transmissão da mesma ao longo dacadeia do abate. Essa bactéria é uma das principais causadoras de infecção alimentar,possuindo várias fontes de contaminação. No frigorífico ela ocorre com a entrada deanimais portadores ou por falhas no abate. A produção de alimentos seguros dependede um programa de higienização estruturado, contando com etapas de limpeza edesinfecção. A desinfecção é realizada com o uso de sanitizantes, a fim de reduzir aníveis aceitáveis a quantidade de microrganismos. O presente trabalho tem comoobjetivo pesquisar a presença de Salmonella spp. em diferentes pontos do abate eavaliar a ação de sanitizantes comumente utilizados na suinocultura, frente aosisolados encontrados.

DESENVOLVIMENTO:

Foram realizadas coletas de amostras em um frigorífico sob Inspeção Federal noestado do Rio Grande do Sul. A amostragem foi realizada nos seguintes pontos: pré-higienização (piso da pocilga de espera após a saída dos animais); após a higienização(antes da entrada de um novo lote); carcaça na mesa de sangria; carcaça após chuveirofinal de lavagem e carcaça após o resfriamento por 18 horas até atingir 7ºC,

Page 119: Autor e trabalho presentes neste documento

totalizando 5 pontos de amostragem, coletados em triplicata. As pocilgas foramamostradas em três pontos (entrada, parte central e ao fundo das mesmas) e dos 10lotes avaliados, apenas três carcaças de cada lote foram selecionadas. Com isso,coletou-se amostras de swabs do pernil, lombo, barriga e papada, sendo que cadaponto formou um pool de 4 swabs com um molde de área de 100 cm² cada. Os poolsde swabs foram adicionados à água peptonada 1% e encaminhados para o Laboratóriode Bacteriologia e Micologia do Hospital Veterinário da UPF. Consequentemente, foirealizado o isolamento de Salmonelas spp. e após foi realizado testes de eficácia desanitizantes. Foram testados os seguintes sanitizantes: amônia quaternária 0,5%(princípio ativo: cloreto de alquil dimetil benzil amônio e cloreto de alquil dimetiletilbenzil 10%); ácido peracético 0,5% e ácido peracético 1,0% (princípio ativo: ácidoperacético 15% e peróxido de hidrogênio 22%), sendo diluídos em água destiladaestéril, em cada concentração, foram distribuídos 9 mL por tubo de ensaio e 1 mL deleite UHT autoclavado, utilizado como fonte de matéria orgânica. Os isolados deSalmonella spp. foram inoculados em tubos contendo BHI (Oxoid) e incubados por 20horas à 37±1°C. Após, foram diluídas em água peptonada 0,1% até 10-2 e destadiluição adicionados 0,1 mL aos tubos contendo o sanitizante homogeneizando-se aamostra e cronometrando-se os tempos de exposição (5, 10, 15 e 20 minutos). Apóscada período, alíquotas de 10 uL foram alçadas para novos tubos contendo caldo BHI eincubadas à 37±1°C por 96 horas. Passado o período de incubação, foram consideradaspositivas as amostras com presença de turvação, formação de película na superfície oude precipitado no fundo dos tubos. A confirmação das amostras consideradas positivasfoi realizada através de repique em placas de XLT4 (Himedia) incubadas por 20 horas à37±1°C. Nas amostras avaliadas, tanto o ácido peracético 0,5% como 1,0% mostraramação sobre Salmonella spp. O ácido peracético, nas duas concentrações, teve açãofrente aos isolados avaliados em todos os tempos de exposição (1, 5, 10 e 15 minutos).A amônia quaternária 0,5%, foi eficiente em todos os tempos frente a 26,9% dosisolados, enquanto 19,2% dos isolados foram resistentes com 5 minutos de exposição,23% com 10 minutos e 30,7% a todos os tempos avaliados. O ácido peracético 0,5% e1% é eficiente contra Salmonella spp. Já a amônia quaternária possui ação reduzidafrente a Salmonella spp., ao utilizar a concentração 0,5% e em tempo de exposiçãoinferior a 10 minutos.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A Salmonella spp. é um patógeno de alta relevância na saúde pública, manter ocontrole das operações de abate e dos procedimentos de higiene e desinfecção, é deextrema importância para conseguir reduzir ou eliminar a presença da mesma. Destaforma, o monitoramento do perfil de sensibilidade a sanitizantes mais usados, éindispensável, já que alguns autores citam que a exposição contínua de patógenos adesinfetantes, podem levar a um aumento na incidência da resistência a antibióticos.

Page 120: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual 2017. São Paulo (SP):Associação Brasileira de Proteína Animal. Disponível em: http:// http://abpa-br.com.br/storage/files/3678c_final_abpa_relatorio_anual_2016_portugues_web_reduzido.pdf .

Machado TRM, Malheiros P da S, Brandelli A, Tondo EC. Avaliação da resistência deSalmonella à ação de desinfetantes ácido peracético, quaternário de amônio ehipoclorito de sódio. Rev Inst Adolfo Lutz. 2010;69(4):475–81.

Kich JD, Souza JCPVB. Salmonela na suinocultura brasileira: do problema ao controle.Brasília: Embrapa, 2015.

ISO – International Organization for Standardization. 2002. Microbiology of food andanimal feeding stuffs — Horizontal method for the detection of Salmonella spp.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): 032/2017.

ANEXOS

Figura 1: Perfil de resistência de isolados de Salmonella spp. em abatedouro desuínos frente ao sanitizante amônia quaternária 0,5%.

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

CARACTERISTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE GRÃOS DE MILHO

AUTOR PRINCIPAL: Fernando Golin Zanela CO-AUTORES: Bárbara Thaisi Zago, Bárbara BiduskiORIENTADOR: Luiz Carlos GutkoskiUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃOO milho é um dos cereais que possui maior capacidade produtiva, sendo o Brasil o

terceiro maior produtor mundial. A importância econômica do milho é caracterizada

pelas diversas formas de utilização, que vão desde a alimentação animal até a indústria

de alta tecnologia. Além disso, o milho é um cereal amplamente utilizado como

matéria-prima na indústria alimentícia devido suas características tecnológicas. Os

valores nutritivos dos grãos de milhos dependem de diversos fatores como genética,

nível de produção, composição química, textura dos grãos entre outros. A umidade da

matéria prima também é um fato limitante, e quando elevada pode ocasionar em

perdas de qualidade. Desta forma, a caracterização do milho se faz necessário para

definir sua qualidade industrial. Com base nisso, objetivou-se com este trabalho

caracterizar física e quimicamente os grãos de milho colhidos com diferentes teores de

umidade.

DESENVOLVIMENTOForam utilizadas amostras de grãos de milho, colhidos com teores de umidade de 22%

(M1) e 25% (M2). As amostras foram secas a 45 °C até umidade final de 13%. As

amostras foram classificadas de acordo com classificação comercial e analisadas

quanto a massa de mil grãos (MMG), peso do hectolitro (PH), percentual de pureza

física, teor de impurezas e composição química (umidade, proteína, fibras, cinzas,

amido e lipídeos). A massa de mil grãos (MMG) e o PH foram analisados segundo as

regras para análise de sementes (BRASIL, 2009). Os grãos de milho colhidos com

menor teor de umidade apresentaram maior pureza pós-colheita (Tabela 1). Porém,

pode-se observar que a umidade de colheita não influenciou nas propriedades de

MMG e PH dos grãos de milhos. Os resultados da classificação comercial estão

apresentados na Tabela 2. Os grãos de milho colhidos com 22% de umidade,

apresentou maiores danos nos grãos, expondo o cilindro do embrião. Os grãos de

Page 123: Autor e trabalho presentes neste documento

milho colhidos a 25% de umidade, apresentam grãos mais duro, com o cristalino

envolvendo quase todo o embrião, com menores danos. A umidade de colheita dos

grãos não resultou em diferença significativa na composição química dos grãos de

milho. Os valores encontrados nesse estudo são similares aos reportados na literatura.

O milho é rico em carboidratos, principalmente amido, correspondendo a

aproximadamente 70% do grão, possui em torno de 10% de proteínas em torno de

4,5% de lipídeos e 1,3% de minerais (LEÓN; ROSELL, 2007). Apesar do teor de lipídeos

do M2 ser maior em relação ao M1, os valores estão similares aos encontrados na

literatura, que informa que na maioria dos cereais, o teor de lipídeos é em torno de 3,0

a 5,0% (GERMANI et al., 1998). As principais causas de variação na composição química

dos grãos de milho são relacionadas às características do material genético, solo,

adubação, condições climáticas e estádio de maturação da planta. Desta forma, as

condições empregadas nesse estudo não foram suficientes para alterar as

características físico-químicas dos grãos de milho estudados, o que manteve suas

propriedades tecnológicas.

CONSIDERAÇÕE S FINAISCom base nas análises físico-químicas dos grãos de milho colhidos com diferentes

teores de umidade, conclui-se que a menor umidade de colheita dos grãos de milho

acarretou em maior pureza pós-colheita. No entanto, a umidade de colheita do milho

não influenciou nas características químicas das amostras estudas, as quais

apresentaram composição centesimal similares.

REFERÊNCIAS

GERMANI, R.; WATANABE, E.; CARVALHO, J. L. V de; BENASSI, V. de T. Curso decontrole de qualidade tecnológica do grão e da farinha de trigo. Rio de Janeiro:CTAA/EMBRAPA, 1998. 66p. FLEURAT-LESSARD, F. Qualitative reasoning and integrated management of the qualityof stored grain: a promising new approach. Journal of Stored Produts Research, v.38,n.2, p.191-218, 2002. HAROS, M.; TOLABA, M-P.; SUAREZ, C. Influence of corn drying on its quality for thewetmilling process. Journal of Food Engineering, v.60, p.177-184. 2003LEÓN, A. E.; ROSELL, C. M. De tales harinas, tales panes: granos, harinas y productos depanificación em Iberoamérica. 1.ed. Córdoba: Hugo Báez Editor, 2007.

Page 124: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Tabela 1. Pureza pós colheita, peso do hectolitro (PH) e massa mil grãos (MMG) dos grãos de milho colhidos com 22% (M1) e 25% (M2) de umidade.

Amostra Pureza pós-colheita (%) PH (g hL-1) MMG (g)

M1 87,5 ±0,13 78,8 ±0,03 438,0 ±0,12M2 83,8 ±0,1 78,3 ±0,04 432,6 ±0,17

Tabela 2. Classificação comercial dos grãos de milho colhidos com diferentes umidadesde colheita (M1 e M2).

DefeitosM1 - 250 g

(22% umidade)M2 - 250 g

(25% umidade)

Cor Amarelo / Alaranjado AlaranjadoCiclo Precoce PrecoceGrupo Semiduro DuroArdido 15 g 10 gQuebrado 8,5 g 10,5 g

Mat. Estranho 8 g 2 g

Caruncho 9 g 8 g

Tipo 1 = 88% 1 = 84%

Total sem Defeitos 210 g 220 g

Tabela 3. Composição química dos grãos de milho colhidos com 22% (M1) e 25% (M2) de umidade.

Amostra Umidade final (%) Proteína (%) Fibras (%) Cinzas (%) Lipídios (%) Amido (%)

M1 12,19 0,50 8,09 ±0,20 2,08 ±0,33 1,43 ±0,04 3,06 ±0,2 63,67±1,31

M2 12,46±0,40 8,41 ±0,21 2,13 ±0,36 1,47 ±0,02 4,11 ±0,6 63,94 1,12

Page 125: Autor e trabalho presentes neste documento

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

A REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE COMO MÉTODOALTERNATIVO PARA DIAGNÓSTICO DE HISTOPLASMOSE CANINA

AUTOR PRINCIPAL: Fernanda Luiza Facioli. CO-AUTORES: Ricardo Zanella, Adriana Costa da Motta, Carlos Bondan, Ana Paula Giolo Franz.ORIENTADOR: Eraldo Lourenso Zanella.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

Na Medicina Veterinária, a análise anatomopatológica é um importante métododiagnóstico na obtenção da causa mortis dos animais. No entanto, para a identificaçãode microrganismos patogênicos, ou seja, para a obtenção do agente etiológico, além doexame microbiológico e imuno-histoquímico (IHQ), a técnica da Reação em Cadeia daPolimerase (PCR) constitui-se de uma excelente ferramenta diagnóstica. Consideradauma revolução na área de Biologia Molecular, a PCR consiste na amplificaçãoenzimática de um fragmento específico de DNA através da enzima DNA polimerase,junto com as quatro dNTP´s (adenina, timina, citosina, guanina) e com sequências debases nucleicas específicas (primers), reproduzindo muitas vezes uma região deinteresse do genoma extraído de um ser vivo (HAAS, 2016). O objetivo deste trabalhofoi identificar por meio da PCR a presença de DNA de Histoplasma capsulatum emdiversos tecidos de um canino necropsiado, cujo diagnóstico morfológico era dehistoplasmose.

DESENVOLVIMENTO:

Blocos de parafina foram confeccionados a partir de amostras de fígado, linfonodos,rins e pulmões de um canino necropsiado no Laboratório de Patologia Animal daFAMV-UPF, com achados anatomopatológicos compatíveis com histoplasmose. Finasfatias de cada bloco foram cortadas com lâmina de bisturi e colocadas em eppendorfspara o processo de retirada da parafina. Primeiramente, as amostras foram submetidas aum banho de xileno por aproximadamente 50 minutos à temperatura de 60°C, seguidode um banho de álcool 99,8%, e dois banhos de álcool 70% para remoção de todo oxileno e re-hidratação do tecido parafinado. Em seguida, foi executada a extração deDNA das amostras segundo protocolo padrão do Kit PureLink (Invitrogen®). Aquantidade de DNA extraído foi aferida através do espectofotômetro Nanodrop, obtendovalores de 4,01 a 81,15 ng/mL. A qualidade das amostras apresentou-se adequada. Paraa confirmação da presença ou ausência de DNA fúngico e validação da suspeita da

Page 126: Autor e trabalho presentes neste documento

causa mortis, foi realizada uma reação de PCR que tinha por objetivo amplificar doisfragmentos específicos do genoma de H. capsulatum. Como descrito por Guedes et al(2003), foram utilizados os primers Msp1F (ACAAGAGACGACGGTAGCTTCACG) -Msp1R (GCGTTGGGGATCAAGCGATGAGCC) e Msp2F(CGGGCCGCGTTTAACAGCGCC) - Msp2R (ACCAGCGGCCATAAGGACGTC),com repetição de 35 ciclos do seguinte programa de amplificação: 95°C por 5 min, 1min a 95°C, 1 min a 70°C, e 1 min a 72°C, seguido de 72°C por 5 min para uma únicafase final de extensão. A visualização foi realizada em gel de agarose a 2% com auxíliodo transiluminador. Cada fragmento do material genético amplificado deveria possuir111pb e 279pb quando usados os primers Msp1 e Msp2, respectivamente. Para verificara eficiência da PCR e da eletroforese em gel de agarose, foram utilizados, para cada parde primers, um controle positivo e um controle negativo, totalizando em quatrocontroles internos. Houve uma amplificação do controle positivo, confirmando ofuncionamento da PCR, e não amplificação dos controles negativos. As amostras detodos os tecidos não amplificaram o DNA de H. capsulatum, sugerindo um possíveldiagnóstico negativo. Entretanto, podemos considerar possíveis dificuldades noprocesso de extração do DNA fúngico, presença de inibidores da PCR nas amostras, ouainda a possível degradação do DNA que, consequentemente, poderia ter levado a umfalso negativo (MERKELBACH et al, 1997). Assim, pretende-se continuar ainvestigação através da realização de imuno-histoquímica (IHQ) para concluir odiagnóstico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O presente trabalho demonstra a utilização de uma técnica alternativa de diagnóstico,ressaltando sua especificidade na identificação de microrganismos. No entanto, devido apossíveis falhas desse método para a confirmação diagnóstica, consideramos anecessidade usar outra ferramenta como a IHQ.

REFERÊNCIAS

HAAS, D.J.; TORRES, A.C.D. Aplicações das Técnicas de PCR no Diagnóstico de Doenças Infecciosas dos Animais. Revista Científica de Medicina Veterinária - FAEF ,Jan. 2016, no. 26 p. 15.GUEDES, H.L.M. et al. PCR Assay for Identification of Histoplasma capsulatumBased on the Nucleotide Sequence of the M Antigen. Journal of ClinicalMicrobiology, Fev. 2003, vol. 41, no. 2, p. 535–539.MERKELBACH, S. et al. Novel enzyme immunoassay and optimized DNAextraction for the detection of polymerase-chain-reaction-amplified viral DNAfrom paraffin-embedded tissue. The American Journal of Pathology, v. 150, n. 5,p. 1537–1546, 1997. 

ANEXOS

Page 127: Autor e trabalho presentes neste documento

Fig 1. Gel de eletroforese. Ladder. Marcador de tamanho molecular. As amostras defígado, linfonodos, rins e pulmões, assim como o controle negativo (C1 -), nãoapresentaram luminescência a exemplo dos controles positivos (C1 + e C2 +). A faltade luminescência indica não amplificação de DNA de H. capsulatum.

Page 128: Autor e trabalho presentes neste documento

Fig 2. Gel de eletroforese. Ladder. Marcador de tamanho molecular. As amostras defígado do canino, assim como o controle negativo (C1 -), não apresentaramluminescência a exemplo dos controles positivos (C1 + e C2 +). A falta deluminescência indica não amplificação de DNA de H. capsulatum.

Page 129: Autor e trabalho presentes neste documento

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

EPIDEMIOLOGIA DE PATÓGENOS REPRODUTIVOS EM REBANHOS

PRODUTORES DE OVINOS NO SUL DO BRASIL: RESULTADOS

PRELIMINARES

AUTOR PRINCIPAL: Fernanda Luiza Facioli.

CO-AUTORES: Angélica Consalter, Edwards Frazão-Teixeira, Lucas M. Löf, Ana M.

R. Ferreira.

ORIENTADOR: Eraldo Lourenso Zanella.

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo, FIOCRUZ e Universidade Federal

Fluminense.

INTRODUÇÃO

A exploração pecuária no Rio Grande do Sul é historicamente reconhecida como

uma das bases da economia gaúcha. Nesse cenário, a ovinocultura ganha destaque por

compreender a terceira maior população de animais de produção do estado (IBGE,

2016). Os ovinos têm importância significativa como fonte de carne, lã, leite, couro e

material genético. O controle sanitário adequado é essencial para a eficiência produtiva

de um rebanho. Isso inclui assegurar a saúde reprodutiva dos animais, controlando

enfermidades como toxoplasmose e leptospirose. Essas doenças são responsáveis por

causar desordens reprodutivas como aborto, reabsorção embrionária, natimorto,

cordeiros fracos ou infertilidade, além de terem potencial de transmissão a seres

humanos (zoonoses). O objetivo deste estudo foi investigar a soroprevalência e os

fatores de risco associados à toxoplasmose e infecção por Leptospira spp em rebanhos

ovinos comerciais da mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul.

Page 130: Autor e trabalho presentes neste documento

DESENVOLVIMENTO:

Foram coletadas 319 amostras de sangue de ovelha, fêmeas e machos, a partir de

um ano de idade, provenientes de propriedades rurais da mesorregião noroeste do Rio

Grande do Sul. As amostras foram coletadas por meio da venopunção a vácuo da veia

jugular em tubo de 10 mL sem anticoagulante com gel ativador da coagulação para

obtenção do soro. Após a coleta, foram acondicionadas em recipiente isotérmico a 5ºC e

levadas ao laboratório para o processamento e acondicionamento em microtubos a -

20°C para posterior realização de testes sorológicos. As amostras de soro dos 319

ovinos foram testadas quanto à presença anticorpos do tipo IgG anti-T. gondii utilizando

o Teste de Aglutinação Modificado (MAT), segundo o protocolo previamente

estabelecido por Dubey; Desmonts (1987). Também foram testadas através do Teste de

Aglutinação Microscópica (MAT), como recomendado pela OIE (2008), para um painel

de dez antígnos vivos de Leptospira interrogans sorovares: Hardjoprajitno (Sejroe),

Verdum e Copenhageni (Icterohaemorrhagiae), Autumnalis (Autumnalis), Djasiman

(Djasiman), Australis (Australis), Pomona (Pomona), Hebdomadis (Hebdomadis),

Grippotyphosa (Grippotyphosa) e Canicola (Canicola). Foi utilizado o software EpiInfo

7.1.5 (CDC, 2002) para determinar o número mínimo (n) de amostras necessárias de

ovelhas, e para comparar quantidade de animais positivos para com os respectivos

títulos de anticorpos obtidos foi usado o teste qui-quadrado, considerando diferença

significativa quando p < 0.05.

Os resultados obtidos demonstraram que 70,2% dos animais testados possuíam

anticorpos contra T. gondii (soroprevalência individual) e que todos os rebanhos

possuíam pelo menos um animal positivo para toxoplasmose. Em contraste, apenas

5,6% dos animais testados foram positivos para Leptospira spp, apesar de 8 dos 14

rebanhos (57,1%) apresentarem pelo menos um animal positivo para a doença. Esses

números indicam uma alta soroprevalência para T. gondii nas propriedades amostradas,

bem como ampla distribuição tanto de T. gondii quanto de Leptospira spp.

Page 131: Autor e trabalho presentes neste documento

A toxoplasmose é considerada a principal causa de problemas reprodutivos em

ovinos (BOLINCENHA, 2016), porém mais preocupante ainda é a possibilidade de

transmissão da doença a seres humanos, seja pelo consumo de carne crua ou malcozida

contendo cistos teciduais, ou ainda ingestão de oocistos provenientes das fezes de

felinos infectados (DUBEY; JONES, 2008). Igualmente, a leptospirose também causa

desordens reprodutivas, assim como infecções subclínicas, e é passível de transmissão a

humanos. O controle de ambas as doenças está associado a um bom manejo sanitário e

às condições ambientais dos locais de criação. O contato do rebanho com outros animais

(especialmente felinos, no caso da toxoplasmose), o fornecimento de água de qualidade

e a higiene das instalações e dos locais de armazenamento do alimento destinado aos

animais são imprescindíveis para garantir a saúde única (meio ambiente, animais, seres

humanos).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

A alta soroprevalência para T. gondii nos rebanhos de ovinos de propriedades

rurais da mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul e ampla distribuição dos

patógenos estudados enfatizam a importância de medidas para o controle e prevenção

dessas zoonoses, assegurando tanto o sucesso reprodutivo do rebanho gaúcho de ovinos,

como a saúde pública da população da mesorregião analisada.

REFERÊNCIAS

BOLINCENHA, D.M. Principais doenças que causam aborto em pequenos

ruminantes. Trabalho de conclusão de curso - Univesidade Tuiuti do Paraná, Curitiba,

2016.

DUBEY, J.P.; DESMONTS, G. Serological responses of equids fed Toxoplasma

gondii oocysts. Equine Veterinary Journal, 19, 337–339, 1987.

Page 132: Autor e trabalho presentes neste documento

DUBEY, J.P.; JONES, J.L. Toxoplasma gondii infection in humans and animals in

the United States. International Journal for Parasitology, v. 38, n. 11, p. 1257–1278,

set. 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Efetivo dos

rebanhos do Rio Grande do Sul - ano 2016. Disponível em: www.sidra.ibge.gov.br.

Acesso em: julho de 2018.

OIE. Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals. World

Organisation for Animal Health, 2008.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa):

035/2017.

Page 133: Autor e trabalho presentes neste documento

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( X ) Resumo (    ) Relato de Caso

FUNGOS ENDOFÍTICOS DE AROEIRA INIBEM CRESCIMENTO MICELIAL DEFITOPATÓGENOS

AUTOR PRINCIPAL: Francine Falcão de Macedo Nava CO-AUTORES: Chirlei GlienkeORIENTADOR: Fabiana TonialUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Os fitopatógenos Drechslera tritici-repentis, Fusarium gramineram e Phomopsis sojaesão agentes etiológicos de importantes doenças agrícolas, porém são de difícil controlepelos métodos tradicionais. Neste sentido a bioprospecção de fungos endofíticos éuma importante estratégia para biocontrole ou reconhecimento de metabólitosbioativos, uma vez que há o confronto destes pela subsistência. Importantesantimicrobianos já foram isolados de plantas e de seus microrganismos, porém ainda éincipiente a exploração para uso na agricultura.Sendo assim, busca-se verificar se fungos endofíticos, dos gêneros Alternaria,Bjerkandera, Diaporthe, Xylaria e Colletotrichum, oriundos de aroeira (Schinusterebenthifolius Raddi), uma planta medicinal com propriedades antimicrobianas,reduzem o crescimento micelial dos fitopatógenos D. tritici-repentis, F. graminearum eP. sojae. Permitindo o uso destes endófitos para o manejo integrado de doenças e paraexploração do potencial biotecnológico.

DESENVOLVIMENTO:

Os fitopatógenos e quinze endófitos oriundos de aroeira foram cultivados em meio decultivo batata-dextrose-ágar (BDA) durante dez dias, após esse período foramconfrontados em placas de Petri. Discos (Ø 5 mm) de endófitos e patógenos foramalocados em lados opostos de placas contendo meio BDA, que permaneceram emcâmara incubadora a 25 ºC e fotoperíodo de 12 h. A ausência dos endófitos foi

Page 134: Autor e trabalho presentes neste documento

considerada o controle negativo. O crescimento micelial da colônia do fungofitopatogênico foi mensurado com auxílio de régua, pela tomada de duas medidasdiametralmente opostas em intervalos de 24 h.A percentagem de inibição (PI) dos patógenos foi calculada com a seguinte equação: PI= ((PC-PE))/PC*100Onde PC indica o crescimento do fitopatógenos na placa controle e PE o crescimentodo fitopatógeno na placa contendo o endófito. Dos resultados* que apresentaram significância estatística pelo teste de Tukey com 5%de probabilidade de erro, um fungo endofítico do gênero Alternaria inibiu 48% docrescimento micelial de F. graminearum 48 h após confrontados, mantendocapacidade de inibição de 37% até 96 h. Nessa mesma linha, foi verificado quecompostos produzidos por endófito deste mesmo gênero oriundo de Myoporumbontioides demonstraram atividade antifúngica contra F. graminearum (WANG et al.,2015). Além da elucidada ação contra patógenos clínicos (PRIOR; FEIGE; BEGEROW,2017).Também foi verificado 49% de inibição do crescimento micelial de D. tritici-repentispelo mesmo fungo endofítico do gênero Alternaria até 144 h após confrontados, alémde inibição do crescimento deste mesmo patógeno por um endófito do gêneroDiaporthe com percentagem de inibição de 69%. No controle de P. sojae apenas umoutro isolado do gênero Diaporthe demonstrou eficiência, sendo capaz de inibir 17%do crescimento micelial deste fitopatógeno. Os endófitos do gênero Diaporthe sãoamplamente estudados pela variedade de aplicações, especialmente contra patógenos(TANAPICHATSAKUL et al., 2018). Já havendo relato do fungo endofítico D.terebinthifolii obtido de aroeira com capacidade de reduzir germinação de esporos deoutro fitopatógeno, o fungo Phyllosticta citricarpa (TONIAL, 2017).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Fungos endofíticos de folhas de aroeira (S. terebenthifolius) possuem capacidade dereduzir o crescimento micelial de fungos fitopatogênicos, em especial, F. graminearume D. tritici-repentis. Dentre os gêneros fúngicos estudados, Alternaria e Diaportheapresentaram maior eficácia de inibição do crescimento micelial dos fitopatógenos.

REFERÊNCIAS

PRIOR, R.; FEIJE, A.; BEGEROW, A. Antagonistic activity of the phyllosphere fungalcomunity. Sydowia, v. 69, 2017.

TANAPICHATSAKUL, C. et al. Antibacterial and antioxidant metabolites of Diaporthespp. isolated from flowers of Melodorum fruticosum. Current Microbiology, v. 75, p.476-483, 2018.

Page 135: Autor e trabalho presentes neste documento

TONIAL, F. et al. Biological activity of Diaporthe terebinthifolii extracts againstPhyllosticta citricarpa. FEMS Microbiology Letters, v. 364, 2017.

WANG, J. et al. Identification and bioactivity of compounds from the mangroveendophytic fungus Alternaria sp. Marine drugs, v. 13, p. 4492-4504, 2015.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

Page 136: Autor e trabalho presentes neste documento

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Anestesia inalatória em Pavão Branco (Pavo cristatus) submetido á artrodesetemporária – Relato de caso

AUTOR PRINCIPAL: Gabriela Hommerding Loss CO-AUTORES: Daiane DebonaORIENTADOR: Renan IdalencioUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo (UPF)

INTRODUÇÃOA anestesia inalatória em aves silvestres tem sido cada vez mais utilizada. É um

método mais seguro, garantindo total controle da respiração, temperatura e

frequência cardíaca, além de proporcionar rápida e tranquila recuperação do paciente.

Por não possuírem pulmão alveolar (DAMBROSIO GUIMARÃES; NUNES DE

MORAES, 2000), as aves são mais susceptíveis aos gases anestésicos voláteis, tornando

a manutenção anestésica mais difícil, pois podem superficializarem e aprofundarem

mais rapidamente o plano anestésico (DAMBROSIO GUIMARÃES; NUNES DE MORAES,

2000).

O objetivo desse trabalho é relatar um caso de anestesia inalatória em um

Pavão Branco (Pavo cristatus).

DESENVOLVIMENTO:Foi encaminhado, para o HV-UPF, um Pavão Branco (Pavo cristatus), com

queixa de fratura no membro pélvico esquerdo, após o exame físico e radiográfico,

constatou-se uma má conformação na articulação tibiotársica-tarsometatársica. O

animal foi encaminhado para cirurgia após avaliação hematológica e bioquímica. A

paciente foi caracterizada como ASA 2 de estado clínico e como medicação pré-

anestésica (MPA), foi utilizado a associação de midazolam (1mg.Kg -1, IM) e butorfanol

(1mg.Kg-1, IM). Após 45 minutos, indução anestésica, com isofluorano, ao efeito, via

Page 137: Autor e trabalho presentes neste documento

câmara fechada. Após 10 minutos foi intubado e mantido com isofluorano 1% (+- 0,5%)

e oxigênio a 100% em sistema não reinalatório semi-aberto. Durante o procedimento,

a paciente estava em fluidoterapia na veia metatársica medial, com NaCl 0,9%

(5mL/Kg/h). A recuperação anestésica ocorreu sem complicações. Não houve variação

de temperatura e frequência respiratória, apenas leve alteração cardíaca, não

ultrapassando 10% da frequência cardíaca basal, sendo considerado normal. Utilizou-

se como medicação complementar cefalotina (10mg. Kg-1, IV), e meloxicam (0,2mg.Kg-

1, IM) no pós operatório imediato.

A anestesia em aves é de grande risco, pois possuem particularidadesanatômicas e fisiológicas (DAMBROSIO GUIMARÃES; NUNES DE MORAES, 2000). Mas,a principal dificuldade é que elas possuem metabolismo acelerado (MASSONE, 2011),tendo maior taxa de trocas gasosas, maior chance de hipotermia, hipóxia e estresse,além de aprofundarem e superficializarem mais rapidamente, dificultando assim amanutenção do plano anestésico. As aves não possuem pulmão alveolar, o queinfluencia diretamente na dose anestésica mínima (CAM), (DAMBROSIO GUIMARÃES;NUNES DE MORAES, 2000). Por esse motivo, a CAM é menor nas aves tornando-asmais susceptíveis ao efeito do gás anestésico. Visando uma anestesia balanceada, ouso da MPA é muito importante, pois diminui o estresse e seus efeitos indesejáveis, obutorfanol além de possuir a capacidade de diminuir a concentração de gás volátilnecessário, também garante uma melhor analgesia, já que as aves possuem maiorsensibilidade aos receptores kappa (DAMBROSIO GUIMARÃES; NUNES DE MORAES,2000). A indução realizada com isofluorano na câmara fechada é o método mais eficazna medicina de aves, sendo um método rápido e tranquilo (DAMBROSIO GUIMARÃES;NUNES DE MORAES, 2000). A manutenção, também realizada com isofluorano,promove segurança por garantir um plano anestésico mais estável e maior controle narespiração da paciente, pois a mesma se encontrava intubada. A fluidoterapia comNaCl 0,9%, garantiu hidratação e melhor eliminação dos fármacos utilizados napaciente. Em todo o procedimento a ave teve monitoração constante o que éimprescindível para o sucesso da cirurgia (Foto 1.1). A temperatura foi mantida comajuda de colchão térmico e sala aquecida evitando que a ave entrasse em hipotermia.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A anestesia inalatória atendeu as particularidades anatômicas, fisiológicas e

comportamentais da ave, mantendo-a monitorada para evitar os principais problemas

que podem ocorrer no trans-operatório: a depressão respiratória e a hipotermia.

Garantiu indução anestésica sem estresse, trans-operatório sem alterações

significativas no metabolismo basal e recuperação anestésica sem intercorrências.

Page 138: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS

DAMBROSIO GUIMARÃES, Luciana; NUNES DE MORAES, Aury. Anestesia em aves:

agentes anestésicos. Ciência Rural, v. 30, n. 6, 2000.

GUIMARÃES, Luciana Dambrosio et al. Estudo comparativo entre sevofluorano,

halotano e isofluorano em Gallus domesticus. Ciência Rural, p. 999-1004, 2000.

MASSONE, F. Anestesiologia Veterinária. 6.ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2011

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSFigura 1.1 – Paciente sob anestesia inalatória. Se encontrava intubada, com

monitoração da frequência respiratória e temperatura, além da frequência cardíaca,

que era mensurada com a utilização de Doppler.

Page 139: Autor e trabalho presentes neste documento

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Anestesia inalatória em Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus) submetido á cistotomia– Relato de caso

AUTOR PRINCIPAL: Gabriela Hommerding Loss CO-AUTORES: Alexsandro TeixeiraORIENTADOR: Renan IdalencioUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo (UPF)

INTRODUÇÃOO porquinho-da-índia (Cavia porcellus) está cada vez mais presente como

animal de estimação por ser pequeno, dócil e de fácil adaptação. Essa proximidade faz

com que aumentem os cuidados com a saúde dos mesmos e consequentemente maior

procura por um médico veterinário.

Os porquinhos são suscetíveis a formação de urólitos, sendo a vesícula urinária

o local de maior frequência e a cistotomia para remoção dos mesmos a terapia mais

indicada.

Os procedimentos cirúrgicos devem ocorrer com o animal mantido em

anestesia inalatória, pois é um método seguro, que garante controle da respiração,

temperatura e frequência cardíaca, além de proporcionar rápida e tranquila

recuperação do paciente.

Os pequenos roedores possuem taxa metabólica e gasto de energia elevados,

consequentemente são mais susceptíveis a desidratação e hipotermia durante o

procedimento cirúrgico.

O objetivo desse trabalho é relatar um caso de anestesia inalatória em um

Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus).

DESENVOLVIMENTO:Foi encaminhado, para o HV-UPF, um Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus), com

queixa de algia abdominal e hematúria intensa, diagnosticado posteriormente com

Page 140: Autor e trabalho presentes neste documento

obstrução uretral por cálculos. O animal foi encaminhado para cirurgia de retirada decálculos vesicais após avaliação hematológica, bioquímica e urinálise. O paciente foicaracterizado como ASA 3 de estado clínico e como medicação pré-anestésica (MPA),foi utilizado a associação de cetamina (7mg.Kg-1, IM), midazolam (0,7mg.Kg-1, IM) ebutorfanol (1mg.Kg-1, IM). Após 20 minutos, indução anestésica, com isofluorano, aoefeito, via máscara. Foi mantido com isofluorano ao efeito e oxigênio a 100% emsistema não reinalatório aberto. Para a anestesia regional, foi utilizado a epidural comlidocaína (0,2 ml.Kg-1) e morfina (0,1mg.Kg-1). A recuperação anestésica ocorreu semcomplicações. Não houve variação de temperatura e frequência respiratória, apenasleve alteração cardíaca, não ultrapassando 10% da frequência cardíaca basal, sendoconsiderado normal. Utilizou-se como medicação complementar meloxicam (0,1mg.Kg -

1, SC) no pós operatório imediato.Os pequenos roedores possuem taxa metabólica e gasto de energia elevados

consequentemente são mais susceptíveis a desidratação e hipotermia e por seremanimais de baixo peso corporal têm a necessidade de O2 superior à dos grandesmamíferos (Araújo, 2010). A hipotermia é comum nos roedores anestesiados, e deve-se ter cuidado para evitar as perdas de calor e manter a temperatura corporal (Araújo,2010), por isso foi utilizado colchão térmico durante todo o procedimento e salaaquecida, mantendo a temperatura corporal em 37,2ºC (temperatura normal é de 37,2a 39,5ºC). O uso de MPA têm como objetivo tranquilizar, sedar, relaxar e garantiranalgesia para o paciente, afim de que tenha-se uma indução anestésica maistranquila. O uso do bloqueio regional (epidural) mantém o animal sem dor e sem sentirmanipulação durante o procedimento, além de reduzir o uso de isofluorano,garantindo segurança e recuperação rápida. O uso do isofluorano na indução e namanutenção possui como vantagens: a fácil indução e manutenção; a capacidade depoder alterar a profundidade anestésica rapidamente; a administração de oxigéniosimultânea; a grande margem de segurança e uma recuperação mais rápidacomparativamente aos agentes (Araújo, 2010). O isoflurano está associado a rápidaindução e recuperação, e produz uma depressão cardio-pulmonar dependente daconcentração e não sensibiliza o miocárdio para as catecolaminas que induzemarritmias (Araújo, 2010). O uso da máscara evita a contenção do animal antes daanestesia, reduzindo o stress (Araújo,2010). Durante o procedimento o animal foimonitorado com Doppler e termômetro.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A anestesia inalatória foi eficaz e atendeu a todas as particularidades do

paciente, mantendo-o seguro e monitorado durante todo o procedimento,

principalmente sua temperatura corporal.

O avanço da anestesiologia na medicina veterinária têm agregado segurança e

tranquilidade nos procedimentos cirúrgicos, até mesmo para os pequenos pacientes.

Page 141: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Sofia Alexandra Cabral. Anestesia em Roedores. 2011.

JEPSON, Lance. Clínica de animais exóticos: referência rápida. 1 ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2010.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

Page 142: Autor e trabalho presentes neste documento

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(x ) Resumo ( ) Relato de Caso

Ascensão capilar de água em colunas de areia

AUTOR PRINCIPAL: Helena Trindade da Silva CO-AUTORES: Talia de Lima Magnabosco ORIENTADOR: Prof. Eng. Agr. Dr. Vilson Antonio KleinUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A capilaridade pode ser verificada quando a extremidade de um tubo fino éinserido dentro d'água. A água se expande no interior do tubo, e quanto menor o seuraio interno, mais a água se elevará. As moléculas de água são atraídas para as lateraisdo tubo (adesão) e começam a se expandir ao longo do tubo, devido essa atração. Nomesmo momento, as forças coesivas unem as moléculas entre si, resultando na tensãosuperficial e provocando a formação de uma superfície curva na interface entre a água eo ar do tubo. A pressão menor sob o menisco no tubo faz com que a maior pressão sobreo líquido, que não está em contato direto com as paredes laterais, empurre a água paracima (BRADY & WEIL, 2013).

Tendo em vista a expansão da utilização de solos arenosos na agricultura, daareia como substrato e a importância de se conhecer a relação da água com os mesmos,o trabalho tem como objetivo avaliar a ascensão capilar da água em diferentesgranulometrias de areia.

DESENVOLVIMENTO:O trabalho foi desenvolvido na Universidade de Passo Fundo, no laboratório de

água e física do solo, durante o período de maio e junho de 2018.

Page 143: Autor e trabalho presentes neste documento

Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados os seguintes materiais:areia de três granulometrias diferentes, denominadas como: fina (classe 1), média(classe 2) e grossa (classe 3), 12 canos de PVC com altura de 50 cm e diâmetro de 7,18cm. Foram realizadas 4 repetições de cada classe e em cada tubo houve a divisão de 10camadas, obtendo-se assim 5 cm de areia para cada camada. Após os tubos estaremcheios, os mesmos foram colocados sob béqueres com água, e assim ficaram por 36horas para ascensão. Após o período em que o material ficou exposto à ascensão, foramretiradas uma amostra de cada camada por tubo e as mesmas foram pesadas, obtendo-seassim a massa úmida da amostra. Após isso, as amostras foram colocadas em estufa, auma temperatura de 105 ºC por um período de 24 horas, obtendo-se assim a massa secadas amostras.

Assim, foi possível determinar os valores de umidade volumétrica (Uv) eporosidade de aeração (Pa) das amostras. Os resultados foram avaliados comparando asclasses de areia uma com as outras com congruência de camada, também foramcomparados os resultados das diferentes camadas da mesma classe de areia. Os valoresda Uv e da Pa foram comparados através da análise da variância e comparação demédias pelo teste tukey.

Os resultados, como pode ser observado na tabela 1, nos remetem à: para aumidade volumétrica, houve diferença significativa da camada 1 até a camada 6 entre asdiferentes classes de areia. A camada 7 e 8 apresentam diferença significativa quandocomparamos a areia fina com as demais. A partir da nona camada não houve diferençasignificativa (Gráfico 1). Para a porosidade de aeração temos os seguintes resultados: naprimeira camada a areia grossa e média não apresentam diferença significativa entre si,mas apresentam diferença significativa quando comparadas à areia fina. Da segundacamada até a quinta todas as classes obtiveram diferença significativa entre si. Dacamada 6 até a 10 não houve diferença significativa entre a areia média e grossa, mashouve diferença significativa quando comparadas à areia fina. Isso se explica devido aofato de que o tamanho dos poros depende do tamanho das partículas, sendo assim, aredução das mesmas leva à redução do tamanho dos poros e ao incremento das forças deretenção de água (DONAGEMMA, 2016).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Há diferença na ascensão capilar de água em areias com granulometriasdiferentes.

REFERÊNCIAS

BRADY, N.C.; WEIL, R.R.; Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3ª ed.Porto Alegre: Bookman, 2013, cap. 5 p. 146-181.DONAGEMMA, G.K.; et. al.; Caracterização, potencial agrícola e perspectivas demanejo de solos leves no Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51, n. 9, p.1003-1020, 2016.

Page 144: Autor e trabalho presentes neste documento

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSTabela 1. Umidade volumétrica e porosidade de aeração de três granulometrias de areiaem 10 camadas. Passo Fundo, 2018.

TIPO DE AREIA

Umidade volumétrica (m/g)

Camada (cm) FINA MÉDIA GROSSA

0-5 A 0,437 a B 0,352 aC 0,314

a

5-10 A 0,440 aB 0,333

abC 0,256

b

10-15 A 0,437 a B 0,296 bC 0,178

c

15-20A 0,413

ab B 0,231 cC 0,122

d

20-25 A 0,386 b B 0,133 dC 0,053

e

25-30 A 0,315 c B 0,058 e C 0,010 f

30-35 A 0,230 d B 0,020 ef B 0,006 f

35-40 A 0,148 e B 0,000 f B 0,000 f

40-45 A 0,003 f A 0,000 f A 0,000 f

45-50 A 0,000 f A 0,000 f A 0,000 f

TIPO DE AREIA

Porosidade de aeração (m/m)

Camada (cm) FINA MÉDIA GROSSA

0-5 B -0,013 f A 0,022 f A 0,030 f

5-10 C -0,016 f B 0,041 efA 0,088

e

10-15 C -0,012 f B 0,078 eA 0,166

d

15-20C 0,011

ef B 0,143 dA 0,222

c

20-25 C 0,037 e B 0,241 cA 0,291

b

25-30 B 0,108 d A 0,316 bA 0,334

a

30-35 B 0,193 cA 0,354

abA 0,338

a

35-40 B 0,275 b A 0,375 aA 0,344

a

40-45 A 0,420 a B 0,375 aB 0,343

a

45-50 A 0,423 a B 0,375 aB 0,344

a

Page 145: Autor e trabalho presentes neste documento

Figura 1. Umidade volumétrica de três granulometrias de areias em diferentes alturas.

Page 146: Autor e trabalho presentes neste documento

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

TRANSPOSIÇÃO E TENODESE DO TENDÃO DO MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL PARACORREÇÃO DE LUXAÇÃO MEDIAL DO OMBRO EM UM CANINO

AUTOR PRINCIPAL: Ilana Kives.     CO-AUTORES: Deize Dalla Riva, Loriane Sgari Freiberg, Débora Dezordi.ORIENTADOR: Renato do Nascimento Libardoni.UNIVERSIDADE: Universidade De Passo Fundo.     

INTRODUÇÃO

Os deslocamentos do ombro em pequenos animais, apesar de incomuns, derivamgeralmente de um traumatismo na região, ocasionando com maior frequêncialuxações mediais, resultando em instabilidade da articulação escapulo-umeral. Narotina clínico cirúrgica observamos que raças grandes tendem a ter luxações laterais,enquanto que as raças pequenas luxam com maior frequência medialmente (Bojrab,1996). Em alguns casos a luxação tem origem congênita e sua redução é maisdificultosa, pois haverá má formação da cavidade glenóide e da cabeça do úmero.Além disso, grave erosão da cavidade glenóide pode estar presente em casos deluxação crônica (Harari, 2004). O objetivo do presente trabalho é relatar a técnica detransposição e tenodese do tendão do músculo bíceps braquial para correção de umaluxação medial traumática do ombro de um canino.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido um canino, macho, de 8 anos, sem raça definida, sem histórico definido,pois foi encontrado na rua, com sangramentos evidentes na cabeça e prepúcio edificuldade locomotora. Durante o exame do sistema musculoesquelético o pacientefoi submetido a avaliação da marcha, onde notou-se discreta dificuldade em apoiar omembro torácico esquerdo. Nas radiografias solicitadas foi evidenciado perda docontato entre a cabeça umeral e a cavidade glenóide escapular, com o deslocamento

Page 147: Autor e trabalho presentes neste documento

caudo-medial do úmero esquerdo em relação a escápula, compatível com luxaçãomedial.Optou-se inicialmente pela redução fechada e colocação de tipoia de Velpeau, a qualnão foi efetiva, tendo necessidade da redução aberta, para a qual foi utilizada a técnicade transposição e tenodese do tendão do músculo bíceps braquial, sendo realizadauma incisão craniolateral ao ombro esquerdo, seguida de divulsão do tecidosubcutâneo, afastamento da musculatura, osteotomia do tubérculo maior e secção dabainha do tendão bicipital, o qual foi transposto em sentido mediocaudal e fixado comuma placa de reconstrução de 2mm com dois furos e parafusos. Na cápsula articularfoi realizada a imbricação com o padrão sultan e náilon e para osteossíntese dotubérculo maior foi feita uma banda de tensão com uso de dois pinos de Steinnman ecerclagem. Posteriormente, a musculatura foi aproximada, o tecido subcutâneo foireduzido e por fim foi feita a dermorrafia.Como citado por Harari (2004), cães com luxação traumática do ombrofrequentemente não conseguem sustentar o peso e erguem o membro com flexão docotovelo, o que explica os sinais apresentados pelo paciente. A escolha do tratamentofoi compatível com o indicado por Bojrab (1996), o qual cita que a redução fechadacom uso de tipoia de Velpeau deve ser sempre a escolha primária e em casos de falhadesta, deve-se prosseguir para uma redução aberta com estabilização interna.O tendão do bíceps foi transposto para proporcionar apoio, como indicado por Harari(2004). O princípio da utilização de uma estrutura anatômica já existente (tendão dobíceps) como ligamento colateral funcional parece mais fisiológico que o uso demateriais sintéticos para estabilização, sendo que a técnica deve ser posteriormentesustentada pelo pregueamento da cápsula articular (Bojrab, 1996).Acredita-se que o tratamento cirúrgico através da técnica de transposição do tendãodo bíceps braquial foi efetivo, visto que decorridas duas semanas do procedimento, opaciente já apoiava bem o membro e não demonstrava dor na palpação.  

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Conclui-se assim que a redução de luxação escapulo-umeral pode ser obtida comsucesso utilizando-se da técnica de transposição e tenodese do tendão do músculobraquial, devolvendo qualidade de vida ao paciente.

REFERÊNCIAS

BOJRAB, M. Joseph. Técnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. 3. ed. São Paulo:Roca, 1996.HARARI, J. Segredos em cirurgia de pequenos animais. Porto Alegre: Artmed, 2004.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

Page 148: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS     

Page 149: Autor e trabalho presentes neste documento

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

ASPERGILOSE PULMONAR EM BOVINO

AUTOR PRINCIPAL: Ingridi de Freitas Tonin CO-AUTORES: Eduardo Rebelato Sakis, Tanise Policarpo Machado, Carlos Bondan, Fernando Piloto, Alex dos Santos, Glaucia Kommers, Adriana Costa da MottaORIENTADOR: Adriana Costa da MottaUNIVERSIDADE: UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INTRODUÇÃO

Aspergillus spp., consistem de ascomicetos ambientais, que atuam como oportunistas,acometendo diversos indivíduos em decorrência de estresse, imunossupressão(FRAGNER et al. 1970) e/ ou, ainda, àqueles submetidos a tratamento por longoperíodo com antibacterianos (GANCEDO et al, 2000). As espécies mais frequentes sãoA. fumigatus, A. ninger, A. nidulans e A. flavus, difundidos por todo o mundo. O fungose mantém em locais com acúmulo de matéria orgânica. A infecção ocorre através dainalação de esporos ou por ingestão do alimento contaminado (LATGÉ, 1999). Osbovinos são afetados, principalmente, no aparelho respiratório, podendo acometer,também, o útero em gestação e o aparelho digestivo (BEER, 1999). Este trabalhoobjetiva relatar um caso de aspergilose pulmonar em bovino, diagnosticado noLaboratório de Patologia Animal (LPA) da FAMV da UPF, caracterizando seus aspectosclínicos e anatomopatológicos.

DESENVOLVIMENTO:

Page 150: Autor e trabalho presentes neste documento

O caso ocorreu em um bovino, fêmea, 4 anos de idade, Holandês, proveniente de um

rebanho de 60 bovinos do município de Sarandi, RS. A alimentação consistia de

silagem de milho e aveia e ração comercial. O animal apresentava emagrecimento

progressivo e dispneia, sendo encaminhado para atendimento no Hospital Veterinário

da UPF. Foi constatado intolerência ao exercício, dispneia, taquipneia, gemidos,

estertores pulmonares, e algia torácica ao respirar. A evolução do quadro clínico foi de,

aproximadamente, oito dias. Apesar do tratamento com antibióticos e

antiinflamatórios ocorreu o óbito. Foi relatado que, anteriormente, apresentava, na

glândula mamária, tromboflebite abscedativa em decorrência de administração de

cálcio local. O cadáver foi encaminhado para realização de necropsia no LPA.Os

principais achados macroscópicos caracterizaram-se por edema cervical, presença de

abscessos na glândula mamária e aumento dos linfonodos mamários. À abertura da

cavidade torácica constatou-se aderência dos pulmões ao diafragma e à pleura

parietal. Havia edema na traqueia e presença de pus no parênquima pulmonar. No

coração havia endocardite verrucosa na mitral. Amostras de todos os órgãos foram

coletadas e fixadas em formalina a 10% tamponada, sendo processadas pelos métodos

convencionais e coradas pela hematoxilina e eosina. Os achados histopatológicos do

pulmão consistiram de pleuropneumonia necrossupurativa crônico-ativa multifocal a

coalescente acentuada associada a numerosas estruturas fúngicas e a colônias

bacterianas. Foram realizadas coloração do Ácido Periódico de Schiff (PAS) e Grocott,

que evidenciaram hifas, conidióforos e conídeos compatíveis com Aspergillus sp. No

coração observaram-se êmbolos sépticos com colônias bacterianas. Os demais órgãos

não apresentavam alterações dignas de nota. Amostra de pulmão em bloco de

parafina foi encaminhada ao Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade

Federal de Santa Maria para realização de exame imuno-histoquímico para Aspergillus

sp. Os achados clínicos da aspergilose pulmonar se caracterizam por pneumonia

crônica, subaguda ou aguda, com dispneia, salivação, secreção nasal, estertores

pulmonares e febre (RADOSTITS et al. 2000). A maioria destes, presentes nesse caso,

contudo, destacamos a aderência dos pulmões ao diafragma e à pleura parietal, com o

estabelecimento de uma pleuropneumonia necrossupurativa associadas às estruturas

fúngicas com morfologia condizente com Aspergillus spp. Pneumonia fibrinosa grave

com granulomas ou abscessos tem ocorrido na aspergilose (RICHARD et al. 1994). O

fungo é caracterizado na coloração de Grocott como hifas ramificadas e septadas

(QUEVEDO et al. 2014). O exame anatomopatológico do pulmão foi fundamental para

descartar outras causas de pneumonia, como a tuberculose. Assim, destacamos a

importância do exame anatomopatológico utilizando-se técnicas especiais de

coloração na caracterização morfológica do agente etiológico.

Page 151: Autor e trabalho presentes neste documento

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O diagnóstico de Aspergilose pulmonar baseou-se nos achados anatomopatológicos,principalmente no histopatológico. Até o presente, casos de aspergilose pulmonarbovina não foram diagnosticados no LPA da FAMV-UPF. Assim, ressalta-se aimportância da necropsia, seguida de exame histopatológico e de examescomplementares, como exames histoquímico e imuno-histoquímico, na tentativa deelucidar a causa mortis.

REFERÊNCIAS

BEER, J., Doenças Infecciosas em Animais Domésticos. São Paulo: Roca,1999, p. 356;FRAGNER,P.etal.Bronchopulmonary aspergillosis in lamb. Mycopathologia etMycologia Applicata, 40:337- 340, 1970.GANCEDO, J.M.A., GRANDES, J.M.F. & Díez M.F. Mastitis por Aspergillus fumigatus emganado ovino. Revista Iberoamericana de Micologia, 17:13-17, 2000.LATGÉ, J.P. Aspergillus fumigatus and Aspergillosis. Clinical MicrobiologyReviews,12:310-350, 1999.QUEVEDO,L.S.etal.Pneumonia granulomatosa por Aspergillus spp. em um equino. VIIIENDIVET, CUIABÁ-MT, 2014. RADOSTITS, O.M. et al. Clínica Veterinária. 9. ed. Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.RICHARD, J.L. et al. Advances in Veterinary Mycology. J. Méd. Vet. Mycol. v. 32 suppl.1, p. 169-187, 1994.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

Page 152: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE DISSOLUÇÃO DE CONSERVANTES UTILIZADOS EMAMOSTRAS PARA ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE LEITE CRU

AUTOR PRINCIPAL: Isabelle Ghiggi Sgorla.CO-AUTORES: Alicia Comin Pietrobiasi, Jéssica Aneris Folchini, Angela Zanin, Franciele Rampazzo Vancin, Leonardo Porto Alves.ORIENTADOR: Carlos Bondan.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – UPF.

INTRODUÇÃO

A correta conservação das amostras de leite cru refrigerado é essencial para aconfiabilidade dos resultados analíticos, dessa forma, as amostras que chegam aoslaboratórios da rede brasileira de laboratórios de qualidade do leite (RBQL) devemobedecer a critérios pré-estabelecidos e descritos na IN 62, como temperatura, tempode conservação e utilização de conservantes. A utilização de conservantes é necessáriapara manter estável a microbiota do produto no decorrer da coleta até a análiselaboratorial, assim, o leite logo após ser amostrado deve receber conservante, aamostra deve ser homogeneizada e refrigerada. O tempo decorrido entre aamostragem e a completa dissolução das pastilhas é um ponto crítico na conservaçãodas amostras pois os agentes de coleta dispõem de pouco tempo para aoperacionalização de todo o processo. O objetivo desse trabalho foi comparar o tempode dissolução das pastilhas de dois conservantes utilizados para análises de contagempadrão em placa (CPP).

DESENVOLVIMENTO:

Foram coletados 4L de leite cru refrigerado, provenientes do tanque de refrigeraçãopor expansão em duas fazendas, uma localizada no Rio Grande do Sul (RS), que tevesua amostra analisadas no Laboratório de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle) doCentro de Pesquisa em Alimentação (CEPA) da Universidade de Passo Fundo (UPF), e aoutra localizada em Santa Catarina, que teve suas amostras analisadas no Centro de

Page 153: Autor e trabalho presentes neste documento

Pesquisa e Diagnóstico em Alimentos (CEPDA) da Universidade do Contestado (UnC).As amostras foram coletadas em galões plásticos, previamente limpos e higienizadoscom água e álcool a 70%, foram imediatamente acondicionadas em caixas isotérmicascontendo gelo reciclável e encaminhadas aos laboratórios onde foram fracionadas nosfrascos contendo os conservantes na forma de pastilhas. Utilizaram-se 10 frascoscontendo o conservante A e 10 frascos contendo o conservante B. Nos frascos foramadicionados 40 mL de leite cru e mantidos refrigerados em temperatura de 3 a 4ºC.Cada frasco foi homogeneizado manualmente seguindo a metodologia de inversão dosfrascos por três vezes, a cada cinco minutos. Após a homogeneização avaliou-sevisualmente a presença de resíduos dos conservantes, sendo que a ausência deresíduos foi o determinante para afirmar que a pastilha estaria completamentedissolvida. Os resultados estão demonstrados na tabela 1. O conservante A obtevedissolução completa nos 10 frascos aos 25 minutos em ambos os laboratórios. Oconservante B obteve dissolução completa nos 10 frascos aos 10 minutos no Sarle eaos 20 minutos na UnC. Os conservantes são compostos por corante, excipientes, azidasódica, cloranfenicol e azul de bromofenol como indicador de pH. De acordo comMartins (2005), o azul de bromofenol é o indicador visual da presença do azidiol quepor sua vez é fundamental na preservação quantitativa da microbiota original dessaamostra. As diferenças entre os tempos de dissolução nos conservantes A e B podemser de causa tecnológica, pois ambos os conservantes deveriam apresentar os mesmosativos. Enquanto o conservante A utiliza metodologia úmida para confecção dapastilha, o conservante B utiliza metodologia seca. A pastilha que dissolve em menortempo certamente conservará melhor a amostra, pois a ausência do conservante emdeterminadas camadas pode resultar na proliferação microbiológica interferindo noresultado analítico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A pastilha B obteve dissolução completa em menor tempo quando comparado apastilha A. Apesar da importância do tempo de dissolução das pastilhas, a qualidade ea quantidade dos ativos também influenciam a conservação da amostra.

REFERÊNCIAS    MARTINS, M. E. P. Influência de diferentes conservantes e condições dearmazenamento de amostras de leite cru na determinação da contagem bacterianatotal. 2005. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Escola de Veterinária,Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2005.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

Page 154: Autor e trabalho presentes neste documento

Tabela 1 – Comparação do tempo de dissolução entre os conservantes A e B.

Legendas: N/D: não dissolvido.

Page 155: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

INVESTIGAÇÃO DE ATIVOS PRESENTES EM CONSERVANTES DE LEITE CRUREFRIGERADO

AUTOR PRINCIPAL: Isabelle Ghiggi Sgorla.

CO-AUTORES: Alicia Comin Pietrobiasi, Jéssica Aneris Folchini, Angela Zanin, Joseane Bressiani, Fabiano Barreto, Tiago Souza da Cunha, Caroline Andrade Tomaszewski.

ORIENTADOR: Carlos Bondan.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – UPF.

INTRODUÇÃO

As análises de leite exigem a adição de conservantes que impedem a deterioração doleite entre a coleta e sua análise. Várias formulações foram desenvolvidas ao longo dotempo e atualmente os conservantes são adicionados aos frascos coletores antes daamostragem facilitando o processo de coleta e conservação da amostra. Não consta naliteratura trabalhos que relatem a fiscalização dos teores dos ativos presentes nosconservantes. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)determina os limites de ativos sejam 0,017 % m/v a 0,023 % m/v para bronopol,0,00060 % m/v 0,00093 % m/v para natamicina, 0,00045 % m/v a 0,00051 % m/v paracloranfenicol e 0,011 % m/v a 0,012 % m/v para azida sódica. O objetivo deste trabalhofoi investigar a concentração de ativos presentes em conservantes utilizados paraanálise de composição química, contagem de células somáticas (CCS) e contagempadrão em placa (CPP) em amostras de leite cru refrigerado visando atender alegislação do MAPA .

DESENVOLVIMENTO:

Page 156: Autor e trabalho presentes neste documento

Para a realização do trabalho foram analisadas cinco diferentes pastilhas (A, B, C, D e E)disponíveis no Brasil e destinadas para conservação das amostras de leite crurefrigerado. As análises foram realizadas no Laboratório Nacional Agropecuário(Lanagro) localizado em Porto Alegre (RS) em parceria com o Serviço de Análise deRebanhos Leiteiros (Sarle) da Universidade de Passo Fundo (UPF). Cada pastilha foianalisada em triplicata e dissolvida em 10 mL de água contendo 0,1% de ácido fórmico(FM). Para a quantificação dos compostos natamicina, cloranfenicol e bronopol umaalíquota de 10 uL foi adicionada a 990 uL de FM e analisado em sistema decromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em Tamden (LC-MS/MS),com ionização por Electrospray, operando no modo positivo (natamicina) e negativo(cloranfenicol e bronopol), simultaneamente. Para a análise de azida de sódio umaalíquota de 1 mL foi adicionado a 9 mL de FM e analisada por sistema de cromatografiade íons com detector de condutividade. A tabela 1 apresenta os ativos natamicina ebronopol dos conservantes A, B e C utilizados em amostras destinadas as análises decomposição química e CCS. A natamicina é um antifúngico e inibe leveduras emprodutos alimentícios. O bronopol, por sua vez, é um conservante e antisséptico deamplo espectro utilizado na indústria. Os conservantes A, B e C apresentaram ativosabaixo dos limites recomendados pela legislação vigente. A tabela 2 apresenta osativos azida e cloranfenicol dos conservantes D e E utilizados em amostras destinadasas análises de CPP. O efeito bacteriostático se deve a ação da azida sódica na inibiçãodo processo de respiração aeróbia por interferir na cadeia de transporte de elétronsno interior da mitocôndria (LEITE, 2006). O cloranfenicol é um antibióticobacteriostático que atua durante a fase de crescimento bacteriana, inibindo a sínteseproteica dos microrganismos, já que atua no bloqueio específico da subunidade 50Sdos ribossomos bacterianos (ELIZONDO et al., 2005 e DAMASIO, 2012). Osconservantes D e E apresentaram ativos abaixo dos limites recomendados pelalegislação vigente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A análise de 5 conservantes utilizados em amostras de leite cru refrigeradoapresentaram limites de ativos menores daqueles exigidos pela legislação podendocomprometer os resultados analíticos. É necessário fiscalização permanente dos órgãocompetentes para garantir qualidade dos conservantes.

REFERÊNCIAS

DAMASIO, D. S. N. Desenvolvimento de comprimidos de azidiol para uso naconservação do leite. Dissertação (Inovação Biofarmacêutica), Universidade Federal deMinas Gerais, Belo Horizonte/MG, 2012.ELIZONDO, J.; ALDUNATE, A.; EZCURRA, P.; et al. Efficiency of the proportion of azidiol

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on preservation in ewes’s milk samples for analysis. Food Control, v. 18, 2005.LEITE, M. O. Fatores interferentes na análise eletrônica da qualidade do leite cruconservado com azidiol líquido, azidiol comprimido e bronopol. Tese (Doutorado emCiência Animal), Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte/MG, 2006.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSTabela 1 – Concentração de ativos em pastilhas utilizadas em amostras de leite crurefrigerado destinadas a determinação de composição química e CCS.

Pastilhas Natamicina (m/v) % Referência (m/v) % Bronopol (m/v) % Referência (m/v) %

Conservante A 0,0000105 0,0006 - 0,00093 0,0002285 0,017 - 0,023Conservante B 0,0000005 0,0006 - 0,00093 0,00019725 0,017 - 0,023

Conservante C 0,0000045 0,0006 - 0,00093 0,00015 0,017 - 0,023

Tabela 2 – Concentração de ativos em pastilhas utilizadas em amostras de leite cru refrigeradodestinadas a determinação de CPP.

Pastilhas Azida (m/v) % Referência (m/v) % Cloranfenicol (m/v) % Referência (m/v) %

Conservante D 0,00117175 0,011 - 0,012 0,00000575 0,00045 - 0,00051

Conservante E 0,001388 0,011 - 0,012 0,00000375 0,00045 - 0,00051

Tabela 3 – Peso médio, desvio padrão e coeficiente de variação das pastilhas utilizadas comoconservantes para amostras de leite cru refrigerado.

Pastilhas Média (g) DP CV (%)

A 0,0506 0,00007 0,14

B 0,0178 0,00028 1,59

C 0,0478 0,00141 2,96

D 0,0611 0,00148 2,43

E 0,0469 0,00085 1,81

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

Manutenção in vivo do ciclo do parasita Angiostrongylus costaricensis

AUTOR PRINCIPAL: Isadora Fappi Scherer CO-AUTORES: Caroline Chaves Hermes, Claudia Almeida Scariot, Elise Benvegnú, Rubens Rodriguez, Maria Isabel Botelho Vieira. ORIENTADOR: Prof. Dra. Maria Isabel Botelho Vieira UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo (UPF) INTRODUÇÃO A angiostrongilíase abdominal (AA) é uma doença parasitária transmitida pelo nematódeo Angiostrongylus costaricensis. Ele habita ramos das artérias mesentéricas de seus hospedeiros definitivos que são os roedores silvestres, bem como de seus hospedeiros intermediários, que são os moluscos terrestres (SPRATT, 2015). Em seres humanos, o diagnóstico dessa zoonose é por vezes confundido, visto que a principal sintomatologia inclui febre, dor abdominal aguda e eosinofilia (DARD, et. al, 2018). Além disso, não há nenhum tratamento medicamentoso seguro, sendo a intervenção cirúrgica o tratamento definitivo. Sabendo da prevalência desta afecção nas áreas suburbanas e rurais, vem sendo mantido o ciclo deste parasito no Biotério do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Passo Fundo (UPF), com o objetivo de produzir conhecimento científico para possíveis manejos terapêuticos e auxiliar a sociedade a compreender a doença AA. DESENVOLVIMENTO: O ciclo parasitário é mantido experimentalmente nas dependências do Biotério. O início das atividades deu-se a partir da obtenção de larvas de terceiro estádio (L3) provenientes de Biomphalaria glabrata do Laboratório de Parasitologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O ciclo foi estabelecido a partir da

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infecção experimental em camundongos Mus musculus com A. costaricensis. Na infecção, se utiliza Isofluorano e por meio da utilização de seringa e sonda nasogástrica se inoculam as L3 nos animais. Finalmente, eles são acondicionados em bandejas plásticas, forradas de maravalha e nutridos por ração e água e observados diariamente. Aproximadamente aos 21 dias de infecção observam-se sinais da AA, que incluem: olhos opacos, muitas vezes fechados, abaulamento abdominal, fezes sanguinolentas, realização de ninhos na maravalha, menor atividade. Logo, inicia-se as coletas de fezes com a L1 que são eliminadas pelos camundongos. Utiliza-se a técnica de Baermann para a obtenção da L1. As lesmas são deixadas em jejum em torno de 72 horas. Dado esse tempo, despeja-se o líquido proveniente contendo as L1 em seus potes. Após um mês, no qual os invertebrados maturam os estádios infectantes (L3), as lesmas são raladas em placas de metal e submetidas à solução contendo 0.03% de pepsina e 0.7% de ácido clorídrico. A solução obtida permanece overnight. Ao obterem-se as L3, essas são inoculadas novamente nos camundongos. Os moluscos utilizados para infecção por meio da L1 e maturação ao estágio larval a L3 são diversas espécies do gênero Phyllocaulis e B. glabrata. Os Phyllocaulis são acondicionados em potes plásticos, forrados com folhas de papel, umedecidos com água e alimentados com pedaços de chuchu. A organização dos moluscos se dá em já infectados e não infectados, os quais são alocados em ambientes diferentes. Já as Biomphalarias são acondicionadas em aquários e alimentadas por alfaces. As lesmas são hermafroditas e em períodos de temperatura e umidade ideais – como no início do verão – elas realizam a autofecundação, seguida da ovopostura, sendo que no mês de fevereiro deste ano houve o nascimento de mais de 100 indivíduos. Os ovos foram inseridos em potes de plástico menores controlando-se a umidade e a alimentação foi realizada com chuchu. Observou-se que dentre os camundongos infectados os que sobrevivem a mais tempo e eliminam grande carga larvária L1 são os Gerbils, sendo essa uma importante observação, pois permitirá ao nosso grupo a continuidade de estudos com este patógeno. Pesquisas da equipe demonstraram que o tratamento com altas doses de Enoxaparina não obteve resultados eficientes no que diz respeito a diminuição dos trombos nos animais tratados (SANDRI, et. al, 2017). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Tendo em vista o impacto do desenvolvimento científico para melhorias na qualidade de vida da população, esta pesquisa é de suma importância, pois mimetiza o que ocorre no ambiente natural, fazendo intervenções no ciclo parasitológico e trazendo informação acessível à população, a fim de contribuir com o desenvolvimento da saúde pública.

Page 160: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS SPRATT, M. David. Species of Angiostrongylus (Nematoda: Metastrongylidae) in wildlife: A review. International Journal of Parasitology: Parasites and Wildlife. Austrália, v. 4, p. 178-189, fev., 2015. DARD, Céline; NGUYEN, Duc; MIOSEC, Charline; MEURON, Katia; HARROIS, Dorothée; EPELBOIN, Loic; CABIÉ, André; NOGARD, Nicole. Angiostrongylus costaricensis infection in Martinique, Lesser Antilles, from 2000 to 2017. Parasite. Martinique, 25, 22, abr., 2018. SANDRI, A.S.S; RODRIGUEZ, R.; COSTA, M.M; PORTO, S.M; SCHWINGEL, D; VIEIRA, M.I.B. High-dose enoxaparin in the treatment of abdominal angiostrongyliasis in Swiss mice. Journal of Helminthology. Passo Fundo, agosto, 2017. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): 034/2016 ANEXOS

Tabela 1. Sequência de atividades para a realização da técnica de Baermann

ETAPA ATIVIDADE

1 Coleta das fezes dos camundongos infectados

2 Inserção das fezes em pacotes de gaze

3 Inserção dos pacotes de gaze em funis que são preenchidos com água

4 Repouso do conteúdo por 12 a 14 horas, permanecendo overnight

5 Inserção do conteúdo em tubos de ensaio

6 Centrifugação dos tubos de ensaio, por 5 minutos, à 2000 RPM

7 Despreza-se o conteúdo em bacia com hipoclorito até restar 1ml no tubo

8

9

10

Pipeta-se uma gota do 1ml restante e insere-se em lâmina de microscopia

É feita a análise microscópica da amostra para presença de L1 e contagem

Insere-se o líquido positivo nos moluscos em jejum

Page 161: Autor e trabalho presentes neste documento

Figura 1. Ciclo biológico do A. costaricensis

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( ) Resumo ( X ) Relato de Caso

ADENOCARCINOMA UTERINO METATASTICO EM COELHO DA RAÇA AMERICAN FUZZY LOP (Oryctolagus cuniculus).

AUTOR PRINCIPAL: Jéssica Cristine da Costa. CO-AUTORES: Tanise Policarpo Machado, Eduardo Rebelato Sakis, Victória Eliza

Boscarin Michelon, Cassiano Schmitz Nhoato, Carlos Miguel De Bastiani, Gabriela da

Fonseca Bezutti, Jordana Toqueto, Leonardo Splendor Biguelini, Marcelo Felipe de

Lima, e Rayssa Emiliavaca de Moraes.

ORIENTADOR: Michelli Westphal de Ataíde.

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

Os carcinomas que crescem em padrão glandular são chamados de adenocarcinomas

(KUMAR et al, 2013). O adenocarcinoma uterino é um tumor resultante da proliferação

anormal do tecido, que ocorre de forma autônoma e descontrolada, é uma neoplasia

maligna, epitelial, os sinais clínicos da patologia geralmente se apresentam quando

esta já se encontra em fase avançada (DALECK, 2016). De acordo com Cintra et al.

(2015), apud Klaphake & Murphy (2012) os primeiros sinais observados em coelhos de

estimação são hematúria e/ou secreção vaginal serossanguinolento, segundo Daleck

(2016), estão inclusos também, ciclos estrais anormais poliúria e distensão abdominal.

O prognóstico para pacientes com essa patologia é de reservado a ruim devido seu alto

poder metastático, o tratamento consiste na remoção completa do tumor, para isso, o

paciente não pode ter evidência de metástases (DALECK, 2016). O relato do caso

clínico objetiva relatar um caso de adenocarcinoma uterino metastático em um

coelho.

DESENVOLVIMENTO: Um coelho, fêmea, da raça american fuzzy lop, de pelagem branca, com idade de

aproximadamente cinco anos, pesando 1,9 kg, foi atendido com queixa principal

prostração e emagrecimento, além de claudicação dos membros pélvicos direito e

esquerdo. Durante o exame clínico, o paciente apresentava-se prostrado, e foi possível

constatar a presença de sangue na urina. Porém, após anamnese o animal teve uma

parada respiratória e, mesmo com manejo de oxigenioterapia através da

Page 163: Autor e trabalho presentes neste documento

traqueostomia emergencial, foi constatado o óbito. No exame de necropsia foi

constatado em sua macroscopia a presença de uma massa anormal medindo

5,4x4,3x3,9cm localizada no corpo uterino (cranialmente), com superfície irregular,

sólida com centro necrótico e coloração avermelhada e de consistência firme (figura

1). No corno uterino direito foi visualizado presença de massa similar, medindo

aproximadamente 3,4x2,9x2,4cm. O pulmão apresentou congestão difusa acentuada,

pequenos e múltiplos nódulos de coloração brancacenta (figura 2). Em sua

microscopia, os nódulos encontrados no útero apresentavam proliferação de células

epiteliais atípicas com alto pleomorfismo, com extensas áreas de necrose tumoral,

hemorragia multifocal moderada e hiperplasia endometrial cística. Os cornos uterinos

esquerdo e direito parentaram hiperplasia endometrial cística. Os pulmões

apresentavam em seu parênquima a proliferação de células atípicas com alto

pleomorfismo, edema multifocal moderado a acentuado, pneumonia intersticial

crônica mista difusa a moderada, hemorragia multifocal moderada a acentuada, com

formação de êmbolos tumorais em vários vasos, obliteração de brônquios e

bronquíolos por células atípicas. O diagnóstico final do paciente foi adenorcarcinoma

metastático e insuficiência respiratória (metástases).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Concluiu-se que o adenocarcinoma é um tumor de diagnóstico difícil, visto que nem

sempre pode ser constatado precocemente pelos seus sinais clínicos que se

apresentam de forma tardia e seu alto poder metastático, resultando em óbito na

maioria dos animais acometidos. Ressalta-se assim, a importância da

ovariohisterectomia em fêmeas não matrizes, e dos exames de rotina para avaliar a

saúde dos animais.

REFERÊNCIAS CINTRA, Pavani Priscila, et al. Carcinoma endometrial em coelho-relato de caso.

Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer. Goiânia, v.11 n.21; p. 494-502, 2015.

DALECK, Carlos Roberto. Oncologia em cães e gatos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016.

SILVA, A. E.; SERAKIDES, R.; CASSALI, G. D. Carcinogênese hormonal e neoplasias

hormônio-dependentes. Ciência Rural, v. 34, n. 2, p. 625-33, março/abril, 2004.

KUMAR, Vinay, et al. Robbins, patologia básica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da

aprovação.

Page 164: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS:

Figura 1. Necropsia em coelho, fêmea, 5

anos e 1,9kg, apresentando Nódulo

encontrado em corpo uterino. Fonte:

Laboratório de Patologia Animal – UPF.

Figura 2. Necropsia em coelho, fêmea, 5

anos e 1,9kg, apresentando pulmões com

pequenos e múltiplos nódulos de coloração

branquecenta. Fonte: Laboratório de

Patologia Animal – UPF.

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(x) Resumo ( ) Relato de Caso

DESEMPENHO MORFOAGRONÔMICO E QUALITATIVO DE ALFACE INOCULADA COM MICORRIZAS

AUTOR PRINCIPAL: João Eduardo Carniel De Paula CO-AUTORES: Eunice Oliveira Calvete, Rosiani Castoldi da Costa, José Luís Trevizan

Chiomento, Thomas dos Santos Trentin, Ricardo Serafin e Nicolas dos Santos Trentin

ORIENTADOR: Eunice Oliveira Calvete

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca sativa L.) é a mais importante do grupo das hortaliças folhosas, sendo

uma cultura amplamente cultivada e consumida no território brasileiro (PORTO et al.,

2013). O sistema de produção hortícola, que engloba a cultura da alface, desenvolveu-

se com tecnologias que favorecem a produção e a qualidade da folhosa. Porém, essas

tecnologias envolvem o uso intensivo das áreas produtoras e insumos químicos. Dessa

forma, existe uma dificuldade para os produtores que queiram reduzir a aplicação de

fertilizantes químicos e defensivos agrícolas no cultivo da alface, pois esses esbarram

com a carência de ferramentas biotecnológicas que possam ser adotadas para

minimizar esses entraves. Uma das alternativas para tornar o sistema de produção da

alface mais sustentável é o uso de fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Dessa

forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar se a inoculação micorrízica ao longo do

tempo influencia o desempenho morfoagrônomico e qualitativo em alface roxa.

DESENVOLVIMENTO: O experimento foi realizado no Setor de Horticultura da UPF, em estufa agrícola. Os

tratamentos foram quatro inóculos de FMA (controle, comunidade micorrízica,

Rhizophagus clarus e Glomus intraradices) e quatro épocas de avaliação [20, 40, 60 e

80 dias após a semeadura (DAS)], delineados inteiramente ao acaso com seis

repetições. Avaliaram-se a morfologia da parte aérea (altura, diâmetro do caule,

Page 166: Autor e trabalho presentes neste documento

massas fresca e seca e teores de clorofila A, B e total), a morfologia do sistema radicial

(colonização micorrízica, comprimento, área, volume, raízes muito finas, finas e

grossas e massas fresca e seca) e teor antociânico das folhas aos 80 DAS. Os dados

obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias dos tratamentos

foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro, com o auxílio

do programa Assistat®. Na morfologia da parte aérea, a ANOVA apresentou

significância para interação apenas em relação ao diâmetro do caule. Para os demais

atributos avaliados houve significância para clorofila A em ambos os fatores. Na

interação, para o diâmetro do caule a melhor combinação foi o controle aos 80 DAS.

Para a clorofila A, R. clarus registrou um valor mais elevado em relação ao controle.

Resultados semelhantes foram encontrados para esse atributo no cultivo de alface,

porém com outras espécies de FMA (CHAROONNART et al.; 2016). Em relação à

morfologia do sistema radicial, a ANOVA mostrou interação dos fatores para

colonização micorrízica e massa seca da raiz. Na interação, para massa seca as

melhores combinações foram o controle e a comunidade aos 80 DAS. Na interação

para colonização micorrízica, aos 20 DAS destaram-se R. clarus e a comunidade, o que

permaneceu semelhante aos 40 DAS. Aos 60 DAS destacou-se o inóculo G. intraradices

para colonização micorrízica, não diferindo da comunidade. Aos 80 DAS destacaram-se

os inóculos R. clarus e G. intraradices. A ANOVA realizada para os dados obtidos para

antocianinas mostrou significância para os inóculos. Teores mais elevados de

antocianinas foram encontrados em plantas que não receberam a inoculação, não

diferindo do valor encontrado nas folhas de plantas inoculadas com a comunidade

micorrízica. Possivelmente, se as plantas fossem mantidas por mais tempo a

comunidade de FMA poderia apresentar teores de antocianina mais elevados em

relação ao controle, já que se sobressaiu dos isolados. O uso de FMA pode auxiliar na

promoção da agricultura do futuro, melhorando a produtividade, com base na

implementação de práticas que mantêm a resiliência dos serviços ecossistêmicos.

Além disso, no contexto da agricultura moderna, desvendar a contribuição de FMA

para a qualidade nutricional dos órgãos vegetais comestíveis torna-se uma prioridade.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A inoculação micorrízica ao longo do tempo não influência o desempenho

morfoagronômico e a qualidade da alface roxa. Em adição, os dados mostram que para

a alface roxa, cultivar Mirella, não é recomenda a micorrização, pois os benefícios

proporcionados pelos FMA tendem a se estabelecer próximos a três meses. Assim,

devido a essa cultura hortícola ser de ciclo curto, o efeito da inoculação micorrízica não

é observado.

REFERÊNCIAS

Page 167: Autor e trabalho presentes neste documento

CHAROONNART, P.; SERAYPHEAP, K.; CHADCHAWAN, S.; WANGSOMBOONDEE, T.

Arbuscular mycorrhizal fungus improves the yield and quality of Lactuca sativa in an

organic farming system. ScienceAsia, v. 42, p. 315 – 322, 2016.

PORTO, V.; SANTOS, E.; FERREIRA, L.; SILVA, J.; ALENCAR, R. Componentes nutricionais

de cultivares de alface em sistema orgânico de produção na região do Semiárido

Potiguar. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, 2013.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da

aprovação.

ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),

se necessário.

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(x) Resumo ( ) Relato de Caso

PERFIL DOS CONSUMIDORES DA FEIRA ECOLÓGICA DA UPF

AUTOR PRINCIPAL: João Pedro Pittas Welter CO-AUTORES: Bruno Jacques

ORIENTADOR: Cláudia Petry

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo apresentar o perfil dos consumidores da Feira Ecológica da UPF. A Feira é promovida pela Universidade de Passo Fundo, cujo projeto foi criado e institucionalizado após a proposta realizada pela Comissão de Alimentos do Fórum de Estudantes UPF à Reitoria da UPF. Então, a proposta inicial é em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE). A Feira ecológica ocorre há vinte anos na cidade de Passo Fundo, contudo há apenas três anos que a mesma iniciou sua edição na UPF. Obteve-se os resultados após uma pesquisa efetuada em dois dias de realização da Feira no primeiro semestre de 2018 visando determinar o perfil dos consumidores afim de identificar suas opiniões com relação à feira. DESENVOLVIMENTO: A Feira ecológica da UPF tem freqüência quinzenal no campus universitário I. Ela acontece nas terças-feiras, das 09h00min da manhã e se estende até 17h30min da tarde. A feira é constituida por produtos comercializados por dois agricultores da região, além da presença de produtos artesanais da economia solidária que são expostos e vendidos por artesãos regionais. Os produtos da feira são expostos em mesas e caixas de plástico com boa luminosidade, de modo que os clientes tenham facilidade para visualizar os produtos que adquirem. Os principais produtos são: hortaliças, frutas, pães, doces, feijão, lentilha, bolos e bolachas. Esta pesquisa de opinião foi realizada nos dias 12 de Junho, das nove horas até às dez horas da manhã e no dia 07 de agosto, das dez horas até as onze horas da manhã.

Page 169: Autor e trabalho presentes neste documento

Escolheu-se esse horário por ser de maior pico de frequentadores (antes do meio-dia). Foram realizadas as seguintes perguntas para os consumidores: sexo, escolaridade, idade, frequência de compras na feira, qual a caracterização com relação ao atendimento, ao ambiente, além dos pontos positivos e negativos. Ao todo, trinta e duas pessoas foram entrevistadas. Com relação à metodologia utilizada, foi baseada em entrevistas informais e diretas com consumidores e com perguntas do questionário já identificado. O objetivo foi desenvolver um diálogo com os entrevistados e obter veracidade nas respostas, criando uma aproximação com o consumidor para identificar possíveis melhorias na feira. Como resultado, foi possível constatar que a clientela da Feira Ecologica realizada na UPF é composta predominantemente por mulheres, correspondendo a 81,3% da clientela. Já na faixa etária, 53,1% tem menos de 30 anos, 43,8% tem entre 30 e 64 anos e 3,1% tem mais de 60 anos. Entre os entrevistados, 56,3% são consumidores assíduos, 18,7% são consumidores ocasionais e 25% são consumidores bem aventurados (primeira vez consumindo na feira). Quanto a ambientação da feira 62,5% acham bom, 28,1% regular e 9,4% acham ruim. No que se refere ao atendimeno, 81,3% acham bom, enquanto 18,8% acham moderado. Este tipo de comercialização direta, denominada circuito curto, está em expansão à nível mundial e vem corroborar toda a política pública de incentivo à produção, comercialização e acesso aos alimentos orgânicos no Brasil (BRASIL, 2016). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A feira ecológica da UPF está em desenvolvimento e aprimoramento, com público local e fiel. Confirmou-se aqui a freqüência e crescimento do público consumidor, pois existe um ambiente receptivo favorecendo a interação entre produtor e consumidor, agregando confiabilidade. Esse tipo de comercialização é de evidente importância por ser um mercado em expansão e com um público bastante informado. REFERÊNCIAS BRASIL AGROECOLÓGICO: : Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – Planapo: 2016-2019 / Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica. – Brasília, DF : Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2016. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação.

Page 170: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

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( ) Resumo (x) Relato de Caso

Uso da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) para reduzir o intervalo entre partos em um rebanho leiteiro

AUTOR PRINCIPAL: Joelmir Forti Rabaiolli CO-AUTORES: Luiza Inês Seibel; Letícia Camera Dettmer; Jerbeson Hoffman; Suelen Cristine Zanco; João Ignánio do Canto; Ezequiel Davi dos Santos. ORIENTADOR: João Ignácio do Canto UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO A eficiência reprodutiva é fundamental na atividade leiteira sendo considerada um dos fatores que mais afeta a produtividade e a lucratividade do rebanho. Uma das principais causas da ineficiência reprodutiva é a baixa detecção de cio (PEREIRA et al., 2014), a qual tem como consequência o aumento de intervalo entre partos que conforme Nebel (2003) deveria ser de 13, 5 meses. De acordo com Wiltbank et al. (2006), altos níveis de produção de leite levam a uma diminuição das concentrações de estradiol circulante, resultando na diminuição da duração e intensidade do cio. Métodos auxiliares como IATF (inseminação artificial em tempo fixo) tem como intuito melhorar a eficiência reprodutiva, diminuir o intervalo entre partos e promover melhoramento genético. Esta técnica aumenta a taxa de serviço quando comparado com a inseminação artificial convencional, além de não ser necessário observar cio. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito programa de IATF no aumento da taxa de serviço. DESENVOLVIMENTO: Durante o mês de setembro de 2017 foi realizado protocolocos de IATF no CEPAGRO/UPF com objetivo de sanar a dificuldade de observação de cio e aumentar a taxa de prenhez. Foram protocoladas 9 vacas da raça holandesa, todas em lactação, algumas com mais de 800 dias desde o último parto. O protocolo utilizado foi: dia 0 era administrado 2 mg de Benzoato de Estradiol (BE), intramuscular, além da colocação de

Page 172: Autor e trabalho presentes neste documento

um implante intravaginal com 1,9 g de progesterona (P4). O BE tinha como finalidade causar atresia folicular, e a função do implante foi manter a progesterona elevada para controlar o desenvolvimento da nova onda folicular e evitar a ovulação. No dia 9 aplicou-se 25 mg de PGF2α (cloprostenol) para ocorrer luteólise e, 1 mg de Cipionato de Estradiol com a função de promover a ovulação e demonstração de cio. Neste dia, também era realizada a retirada do implante intravaginal de P4 para que ocorresse o pico de LH permitindo a maturação e ovulação do folículo dominante entre 48 e 72 horas. Quando associado a altos níveis de estrógeno, provoca cio seguido de ovulação. No dia 11 era realizada a inseminação artificial no mesmo horário da aplicação dos hormônios. Após 40 dias da realização da IATF foi realizado diagnóstico de prenhez atráves de palpação transretal e por ultrassonografia. Na palpação transretal, cinco vacas apresentavam assimetria dos cornos uterinos e deslizamento das membranas corioalantoides. Posteriormente foi introduzido o trasndutor do ultrassom por via transretal para se obter um diagnóstico mais preciso. O Ultrasson possíbilitou detectar vesícula embrionária, membrana corioalantoide, placentomas, confirmando a prenhez. Após 60 dias as vacas foram novamente examinadas, para confirmar prenhez. As quatro vacas que não estavam gestando e apresentaram um longo período de anestro foram resincronizadas com o mesmo protocolo de IATF citado acima e foi adicionado no dia 9 eCG (gonadotrofina corionica equina), relatos constantes da literatura indicam a utilização de eGG para promover o aumento do folículo dominante e das concentrações plasmáticas de progesterona (maior massa luteal) após a realização da IATF, com o intuito de melhorar as taxas de concepção (Binelliet al., 2001; Bó et al., 2003). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Atráves dos resultados do presente relato podemos concluir que em propriedades com baixa eficiência de detecção de cio, a IATF é uma importante ferramenta, para que o produtor de leite consiga ter uma melhor eficiência reprodutia de seu rebanho, e aumentar seus lucros. Entretanto, para o emprego da IATF ser bem sucedido, deve-se observar a dose utilizada, momento das aplicações e qualidade dos produtos utilizados. REFERÊNCIAS BINELLI, M.; THATCHER, W.W.; MATTOS, R.; BARUSELLI, P. S. Antiluteolytic strateg BÓ, G. A.; PIERSON, R.A.; MAPLETOFT. R. J. The effect of estradiol valerate on follicular dynamics and superovulatory response in cows with Syncro Mate B implants. Theriogenology, v. 36, n. 2, p. 169-183, 1991. PEREIRA, M. H.; RODRIGUES, A. D.; DE CARVALHO, R. J.; WILTBANK, M. C.; VASCONCELOS, J. L. Increasing length of an estradioland progesterone timed artificial

Page 173: Autor e trabalho presentes neste documento

insemination protocol decreases pregnancy losses in lactating dairy cows. Journal of Dairy Science, v.97, p.1454-1464, 2014. YAGÜE, L.M.C; MESEGUER, J.P; ANTÓN, J.J.R; MAYAYO ,L.M.F. A exploração clínica dos bovinos. Editora: Medvet- São Paulo, 2014. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

Page 174: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

POSICIONAMENTO DE FUNGICIDA MULTISSÍTIO (MANCOZEB) ASSOCIADOS A FUNGICIDAS SÍTIO-ESPECÍFICO PARA CONTROLE DE FERRUGEM-ASIÁTICA DA

SOJA AUTOR PRINCIPAL: Jonatas Tognon CO-AUTORES: Angela Bombarda; Felipe Escobar; Glaucia Pratti. ORIENTADOR: Drª. Carolina Cardoso Deuner UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO A Soja (Glycine Max) é uma das culturas mais importantes no nosso estado, sendo que nesta cultura incidem vários patógenos que podem resultar em dano e redução na qualidade de grãos. Dentre as doenças da cultura da soja, a que mais tem ocorrido nos últimos anos no Rio Grande do Sul é a ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow). Essa doença é encontrada em todas as regiões produtores de soja e é a doença foliar mais agressiva da cultura, sendo relatados danos de até 90% (SINCLAIR & HARTMAN, 1999). Dentre as estratégias de manejo adotadas, destaca-se o controle químico, que é sem dúvida a estratégia mais utilizada pelos produtores. Portanto, esse estudo teve como objetivo determinar o melhor posicionamento de fungicida multissítio (mancozeb) associado a fungicidas de sítio-específico em programas de controle da ferrugem-asiática. DESENVOLVIMENTO: Materiais e Métodos: O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, na safra agrícola 2017/18. A soja foi cultivada em plantio direto e com os tratos

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culturais necessários seguindo recomendações técnicas da cultura e a cultivar foi NS 6909 IPRÓ. A semeadura foi realizada em novembro/2017, utilizando-se 12 sementes viáveis por metro linear, distribuídas em linhas distanciadas de 0,45 m. Cada parcela mediu 3,15 m de largura x 5 m de comprimento, com área total de 15,75 m², e a área útil de 1,35 m x 5 m (6,75 m²). A distribuição dos tratamentos nas parcelas seguiu o delineamento em blocos causalizados com 4 repetições. Os tratamentos foram aplicados com pulverizador costal de precisão, pressurizado com CO2, dotado de uma barra de pulverização com 2,0 m de largura e quatro bicos tipo leque J3D (Jacto). A pressão de trabalho foi de 3 bar com velocidade de caminhamento de 1 m/s, de modo a pulverizar 200 litros de calda por hectare. Os tratamentos (Tabela 1) foram compostos por Fox Xpró (Bixafem 125g + Protioconazol 175g + trifloxistrobina 150g/L) na dose de 500 mL nas duas primeiras aplicações e Sphere Max (trifloxistrobina 375g + ciproconazol 160) na dose de 200 mL nas duas últimas aplicações, todos os fungicidas com adjuvante Áureo 0,25% v.v. Associado a esses, em diferentes posições, utilizou-se o multissítio Unizeb Gold (750 g/L). Para fazer as avaliações foram coletadas dez folhas do trifólio central do terço superior, médio e inferior de cada tratamento três vezes durante a safra para se determinar a severidade da doença. A partir desses valores, calculou-se a eficiencia de controle utilizando-se a fórmula de ABBOT (1925). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade do erro. Resultados e Discussão: Com relação a severidade da ferrugem-asiática (Tabela 2), para a primeira e segunda avaliação, a testemunha (tratamento 1) foi estatisticamente superior aos demais tratamentos. Os tratamentos 2, 3 e 4 foram estatisticamente inferiores que os demais, diferindo de todos os tratamentos. Para a terceira avaliação, a testemunha (tratamento 1) diferiu estatisticamente de todos os tratamentos, sendo, os demais tratamentos inferiores. Para controle, os tratamentos que tiveram valores maiores que 70% foram os 2 (71%), 3 (73%) e 4 (70%). Para rendimento de grãos (Tabela 2), os melhores tratamentos foram os 3, 4, 5 e 6 não havendo diferença estatística entre eles, seguido do tratamento 2 e da testemunha (tratamento 1) que tiveram os menores valores de produtividade. De acordo com Visintin et. al. (2015), o uso de fungicidas protetores (multissítio) contribui para o controle da ferrugem-asiática, sendo o mancozeb o fungicida de melhor desempenho quando associado aos fungicidas sítio-específico. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Os tratamentos 3, 4, 5 e 6 tiveram multissítios associados aos fungicidas sítio-específico e foram os que mostraram maior produtividade, independente do posicionamento no ciclo da cultura. Já o tratamento 2, que não teve adição do multissítio apresentou menor produtividade, assim como a testemunha (tratamento 1) que não recebeu nenhuma aplicação de fungicida.

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REFERÊNCIAS ABBOT, W.S. A method of computing the efectiveness of na inseticide. Journal Economic Entomology, v. 18, n. 1, p. 265-267, 1925.

CANTERI, M. G., ALTHAUS, R. A., VIRGENS FILHO, J. S., GIGLIOTI, E. A., GODOY, C. V. SASM - Agri : Sistema para análise e separação de médias em experimentos agrícolas pelos métodos Scoft - Knott, Tukey e Duncan. Revista Brasileira de Agrocomputação, V.1, N.2, p.18-24. 2001.

SINCLAIR,J.B.; HARTMAN,G.L.; RUPE, J.C. Soyben rust.In: Compedium of soyben diseases. 4.ed. St. Paul: American Phythological Society, 1999. p. 25-26.

VISINTIN, G.; PASTRE, G.; GHISSI, V.C.; DEUNER, C.C. Adição de fungicidas protetores para o controle de ferrugem asiática da soja. In: 48º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, 2015

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS

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( ) Resumo ( X ) Relato de Caso

Artrodese temporária como correção de má conformação articular em

Pavão-branco (Pavo cristatus).

AUTOR PRINCIPAL: Jordana Toqueto. CO-AUTORES: Carlos Miguel De Bastiani, Cassiano Schmitz Nhoato, Daiane Debona, Gabriela da Fonseca Bezutti, Jéssica Cristine da Costa, Leonardo Splendor Biguelini, Marcelo de Lima, Victória Eliza Boscarin Michelon e Rayssa Emiliavaca de Moraes. ORIENTADOR: Michelli Westphal de Ataíde UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO A rotação tibiotarsica é uma deformidade da articulação intertarsal e

consequentemente ocorre o deslizamento (parcial ou total) do tendão de seus

côndilos lateralmente, muitas vezes resultantes de má nutrição (JULIAN, 2005;

GONZALES; MENDONÇA JR., 2006; apud BERNARDI, 2011). Muitas vezes

há necessidade de correção prematuras em articulações de aves para manter

a função do membro, quando há má formação (HARRISON; FLINCHUM,

2016). A artrodese é a fusão cirúrgica de uma articulação, buscando formar a

rigidez da mesma. O funcionamento do membro operado, nunca é normal,

porém na maior parte dos casos, ela permite uma vida suficientemente boa

para o animal (PIERMATTEI; FLO; DECAMP, 2006). O objetivo desse relato é

descrever um tratamento clínico-cirúrgico para uma má conformação tendínea

de tibiotarso metatarso em uma ave exótica doméstica.

DESENVOLVIMENTO: Um pavão-branco (Pavo cristatus), fêmea, com 10 meses de idade e 1,6Kg de

peso corporal, foi atendido por apresentar fratura no membro pélvico esquerdo

(MPE). Porém, após a avaliação ortopédica e exame radiográfico verificou-se

que a mesma possuía perose, ou seja, má formação na articulação tibiotársica-

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metatársica esquerda (figura 1), onde o paciente mantinha o membro

rotacionado lateralmente. Na avaliação diagnosticou-se que a ave também

estava apresentando um quadro de tricomoníase, para isso, instituiu-se como

tratamento metronidazol (35mg.kg-1, BID, VO, 10 dias), por sondagem, e

meloxicam (0,2mg.kg-1 IM,SID, três dias) para o membro pélvico direito que

estava apresentando sinais inflamatórios devido à sobrecarga. A paciente

recebeu alta no dia seguinte com o tratamento domiciliar e após seu término

retornar para a realização do procedimento cirúrgico de artrodese corretiva.

Para isso utilizou-se como medicação pré anestésica a associação de

midazolan (1mg.kg-1) e butorfanol (1mgkg-1), via intramuscular. Posteriormente

a mesma foi induzida com isofluorano via câmara fechada, e a manutenção

realizada com isofluorano vaporizado a oxigênio a 100%, via endotraqueal.

Realizou-se acesso intravenoso na veia metatársica medial, para fluidoterapia

com NaCl 0,9% (5mL/Kg/h). Iniciou-se a cirurgia, onde foi realizada uma

incisão medial ao tibiotarso-metatarso, para fazer a visualização do tendão de

aquiles, após a correção do mesmo com a posição anatômica correta, foi

realizada a introdução de dois pinos de Steimen 1.8mm, distal a articulação

tibiotarsometatársica e dois pinos de mesmo diâmetro proximal (figura 2). Ao

término do bloqueio destes pinos com metilmetacrilato, realizou-se a

dermorrafia com náilon 3-0, em padrão de festonado. Utilizou-se como

antibioticoterapia profilática com cefalotina (10mg.kg-1 IV), e meloxicam

(0,2mg.kg-1 IM), no pós operatório imediato. Como terapêutica pós cirúrgica, foi

instituído além do antibiótico e anti-inflamatório supracitado, tramadol

(20mg.kg-1 IM) e a realização da limpeza dos pontos e pinos, seguido de

curativo no local. Foi recomendado também a fisioterapia imediata, porém a

paciente acabou indo a óbito no quinto dia pós cirúrgico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A correção do membro pélvico esquerdo, foi de total importância para a busca

da locomoção normal da paciente após sua recuperação. Apesar da mesma

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não ter resistido, a cirurgia era o principal meio de correção e foi realizada com

êxito.

REFERÊNCIAS BERNARDI, Rodrigo. Problemas locomotores em frangos de corte. 2011,

62f. Dissertação. (Programa de Pós-Graduação em Zootecnia) - Universidade

Federal Da Grande Dourados Faculdade De Ciências Agrárias Dourados, MS.

2011.

HARRISON, Greg. J. and FLINCHUM, Gwen. B. Clinical Practice. In:

DONELEY, Bob. Avian Medicine and Surgery in Practice: Companion and

Aviary Birds. 2 ed. Australia: CRC Press, 2016. p. 245-246.

PIERMATTEI, Donald L; FLO, Gretchen L; DECAMP, Charles E. Princípios da

Cirurgia Articular. In: PIERMATTEI, Donald L; FLO, Gretchen L e DECAMP,

Charles E. Ortopedia e Tratamento de Fraturas de Pequenos Animais. 4 ed.

São Paulo: Manole, 2009. p.261.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS

1 2

Page 181: Autor e trabalho presentes neste documento

Figura 1- Pavão-branco (Pavo cristatus), com peso corporal de 1,6 Kg de 10 meses de idade,

com má formação na articulação tibiotársica-metatársica esquerda. Fonte: Toqueto, 2018.

Figura 2- Introdução de dois pinos de Steimen 1.8mm, distal a articulação

tibiotarsometatársica e dois pinos de mesmo diâmetro proximal no membro pélvico esquerdo

de um Pavão-branco (Pavo cristatus), com peso corporal de 1,6 Kg e 10 meses de idade.

Fonte: Nhoato,2018.

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( ) Resumo ( X ) Relato de Caso

Manejo Clínico Cirúrgico de Ruptura de inglúvio em pato-doméstico (Anas

Platyrhynchos domesticus). AUTOR PRINCIPAL: Jordana Toqueto. CO-AUTORES: Carlos Miguel De Bastiani, Cassiano Schmitz Nhoato, Daiane Debona, Gabriela da Fonseca Bezutti, Jéssica Cristine da Costa, Leonardo Splendor Biguelini, Marcelo de Lima, Victória Eliza Boscarin Michelon e Rayssa Emiliavaca de Moraes. ORIENTADOR: Michelli Westphal de Ataíde UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO O inglúvio é um órgão de armazenamento, em que controla a entrada do bolo alimentar, principalmente pelo tônus do esôfago nesta região. Na parede do mesmo estão localizados receptores de estiramento em que consistem em ajudar no processo regulatório de ingestão de alimentos (MACARI, FURLAN e GONZALES, 2002). Ataques por cachorros domésticos é algo muito comum, principalmente em aves, as quais geralmente apresentam muitas mordidas e, em que muitas vezes a carcaça não é nem mesmo consumida (MARCHINI; CAVALCANTI e PAULA, 2011). Existem diversas maneiras de criar patos, um deles é o sistema de criação livre (VAN DER MEULEN e DEN DIKKEN, 2003). Na escolha deste sistema, as aves ficam expostas a seus predadores natos, tais como o cão, podendo assim, ocorrer acidentes, colocando-as em risco. O objetivo deste trabalho é demostrar os procedimentos utilizados na ruptura de inglúvio de um pato-doméstico (Anas Platyrhynchos domesticus). DESENVOLVIMENTO: Um pato (Anas Platyrhynchos domesticus), fêmea, com 1,5 Kg de peso

corporal e sete meses de idade foi atendido por apresentar mordeduras na pele

(figura 1). Seu tutor relatou que um cachorro a atacou e na região do pescoço,

mas a mesma conseguiu fugir para a água. No exame físico, foi constatada

lesão cutânea no dorso e lateral cervical e em região da quilha. Institui-se

tratamento sistêmico com cefalexina (15mg.kg-1) e dipirona (25 mg.kg-1) ambas

por vias intramusculares, além do tratamento tópico com rifamicina spray, três

vezes ao dia. A alimentação quando não era ingerida voluntariamente, era

Page 183: Autor e trabalho presentes neste documento

ofertada através da sondagem ingluvial. Porém, no oitavo dia, foi percebido

uma contração da ferida cervical com consequente ruptura de inglúvio. Para

correção, foi realizado a avaliação pré anestésica com aferição da glicemia e,

já de imediato foi instituído glicose 50%, via oral (2ml.kg-1). Utilizou-se como

medicação pré anestésica a associação de midazolam (0,8mg.kg-1) e

butorfanol (2mg.kg-1) via intramuscular. Posteriormente induzida com

isofluorano ao efeito via câmara fechada, realizada a intubação com sonda

endotraqueal sem cuff 2,5mm (figura 2), e mantida com isofluorano ao efeito.

Durante o procedimento foi mantido acesso venoso em metatársica medial e

para a realização de fluidoterapia com ringer lactato (15ml.kg.h-1). Para

complementar a antibioticoterapia foi adicionado a enrofloxacina (15mg.kg-1).

Após atingir o plano anestésico cirúrgico, foi realizada o debridamento de ferida

e ingluviorrafia com poligrecaprone 3-0 com padrão de festonado, seguido da

redução de espaço morto com mesmo fio e contínuo simples, seguido da

aposição cutânea com poligrecaprone 5-0 em padrão festonado. Como

tratamento pós operatório foi mantido a enrofloxacina associado a

metronidazol (18mg.kg-1, IV), meloxican , (0,1mg.kg-1, IM), butorfanol (1mg.kg-1,

IM). No terceiro dia pós cirúrgico, a paciente já mostrou-se com apetite,

fazendo a ingesta voluntária dos alimentos. Porém, no quinto dia a ave

apresentava dificuldade de deglutição, por isso novamente foi adicionado

sondagem a terapêutica desta. Acredita-se que possivelmente ocorreu uma

estenose do órgão, não resistindo e indo a óbito após sete dias do

procedimento. Além da estenose, outras complicações podem ocorrer após a

esofagorafia como a infecção, regurgitação, pneumonia, esofagite e fístula,

agravando assim ainda mais o quadro do animal (FOSSUM, 2008).

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A condução clínica cirúrgica foi eficaz para a apresentação das lesões, porém as complicações associadas a extensão das lacerações pode ter agravado o caso. REFERÊNCIAS: MACARI, Marcos; FURLAN, Renato Luis; GONZALES, Elisabeth. Estrutura Funcional do Trato

Digestório. In: BOTELI, Isabel Cristina et al. Fisiologia aviária aplicada a frangos de corte.

São Paulo: FUNEP, 2002. P. 78-79.

MARCHINI, Silvio; CAVALCANTI, Sandra; DE PAULA, Rogério Cunha. Predadores Silvestres e

Animais Domésticos. Icmbio, São Paulo, 2011.

VAN DER MEULEN, S. J e DEN DIKKEN, G. Criação de patos nas regiões tropicais. Países

Baixos, p.8, 2003.

Page 184: Autor e trabalho presentes neste documento

FOSSUM, Theresa Welch. Sistema digestório. In: FOSSUM, Theresa Welch. Cirurgia de

pequenos animais. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2008. p.384.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS:

Figura 1. Marcas de mordeduras em

região dorsal em pato-doméstico (Anas

Platyrhynchos domesticus), fêmea, de 7

meses de idade, com peso corporal de

1,5 Kg.

Fonte: Anacleto, 2018.

Figura 2. Pato-doméstico (Anas

Platyrhynchos domesticus), fêmea,

de 7 meses de idade, com peso

corporal de 1,5 Kg, em plano

anestésico, com intubação com

sondaendotraqueal.

Fonte: Anacleto, 2018.

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( x) Resumo ( ) Relato de Caso

CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO SATURADO E SUAS RELAÇÕES COM PROPRI-EDADES FÍSICAS DE SOLOS SOB PLANTIO DIRETO

AUTOR PRINCIPAL: Kassiano Pedralli CO-AUTORES: Bruno Rettore, Caiano Magro

ORIENTADOR: Vilson Antonio Klein

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O sistema plantio direto provoca compactação superficial do solo, que está associada

ao tráfego de máquinas agrícolas intenso e ao não revolvimento do solo. Em

consequência da compactação, há o aumento da resistência mecânica do solo e

redução da porosidade total, da continuidade de poros, da infiltração e da

disponibilidade de nutrientes e água, reduzindo o crescimento e o desenvolvimento

radicular das culturas tendo efeito na produtividade (STRECK, 2004).

Sabendo disso, a condutividade hidráulica do solo saturado é uma propriedade que

assume grande importância, pois nos fornece a informação de quanto os poros do solo

conduzem a água, descrevendo como funciona o sistema de poros, e ainda permite

relacionar propriedades como a sua porosidade total, o tamanho, morfologia e a

continuidade dos poros. O movimento de água no perfil do solo é um componente

muito importante no estudo de problemas relacionados à agricultura e ao ambiente.

DESENVOLVIMENTO: O estudo foi realizado no laboratório de física e água do solo (LAFAS) da Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo fundo. Foram realizadas

coletas em três solos sob plantio direto com distintas propriedades físicas. Amostras

com estrutura preservada em cilindros volumétricos com dimensões de aproximada-

mente 7,6 cm de altura por 7,6 cm de diâmetro nas profundidades de 0-8cm, 8-16cm,

16-24cm, 24-32cm e 32-40cm.

Page 186: Autor e trabalho presentes neste documento

Os solos coletados foram classificados de acordo com o triângulo textural (EMBRAPA,

2006), como: solo 1 textura média, e solos 2 e 3 sendo muito argilosos.

As amostras de solo foram saturadas por ascensão capilar(KLEIN,2014). A

condutividade hidráulica do solo saturada foi obtida em permeâmetro de carga

constante determinada por:

Ksat =(Va*L)/(A*t(h+L))

em que: Ksat é condutividade hidráulica do solo saturado, Va é volume escoado da

amostra, L é a altura da lâmina de água, t é tempo e h é a altura da amostra de solo.

Os resultados obtidos demonstram que a condutividade hidráulica do solo saturado

nos solos 2 e 3 estudados a primeira profundidade analisada (0-7 cm) obteve os

maiores valores da condutividade hidráulica do solo saturado. Isso pode estar

relacionado ao manejo do solo que pode modificar as qualidades físicas, como a

porosidade, a tal ponto que é capaz de alterar sua condutividade hidráulica. As

modificações da estrutura do solo estão diretamente ligadas as operações agrícolas e a

frequência com que as mesmas são realizadas, afetando diretamente a infiltração de

água no solo (MESQUITA e MORAES, 2004).

A variabilidade espacial do solo para onde a Ksat foi maior mostrou-se elevada,

Entretanto, esse fato já é conhecido e geralmente o coeficiente de variação supera

70% (MESQUITA & MORAES, 2004). A grande variabilidade constatada pode ser

atribuída aos inúmeros fatores a influenciam, mas principalmente devido à variação no

diâmetro e continuidade de poros (MESQUITA & MORAES, 2004).

De forma isolada as profundidades que obtiveram as maiores porosidades totais são as

mesmas que obtiveram maior condutividade hidráulica. Porém, a maior dificuldade

para quantificarmos a condutividade hidráulica está em conhecer a permeabilidade

intrínseca, relacionada ao tamanho e volume total dos poros, da tortuosidade e da

viscosidade dinâmica do fluido (CINTRA, 1997).

Foi observado que nos solos 1 e 2 os maiores valores de porosidade total

proporcionaram maior condutividade hidráulica do solo saturada. De acordo com

(CONTE, 2007), a porosidade total é contraria à densidade do solo, em que os maiores

valores de porosidade total correspondem aos menores valores da Densidade do solo.

Isso foi observado em todos os solos estudados.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: 1 – A condutividade hidráulica do solo saturado é maior com densidades do solo

menores.2 – Os solos com maior porosidade total e macroporos obtiveram aos

maiores valores de condutividade hidráulica do solo saturado.3 – A Ksat deve ser

analisada em conjunto com as demais propriedades físicas do solo, pois as mesmas

apresentam relação direta. 4 – A baixa Ksat no perfil, contribui para uma baixa taxa de

infiltração no perfil e pode acarretar escorrimento superficial nos solos analisados.

REFERÊNCIAS

Page 187: Autor e trabalho presentes neste documento

CINTRA, F. L. D. Disponibilidade de água no solo para porta-enxertos de citros em

ecossistema de tabuleiro costeiro. Piracicaba, 1997. 90p. Tese (Doutorado)

- Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.

CONTE, O.; LEVIEN, R.; TREIN, C.R.; CEPIK, C.T.C. & DEBIASI, H. Demanda de tração em

haste sulcadora na integração lavoura-pecuária com diferentes pressões de pastejo e

sua relação com o estado de compactação do solo. Eng. Agric., 27:220–228, 2007.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. (Rio de Janeiro, RJ). Sistema

brasileiro de classificação de solos. Brasília; Embrapa. Produção Informação; Rio de

Janeiro: Embrapa Solos, 2006. 412p.

KLEIN, V. A. Física do solo. 3.ed. Passo Fundo: UP

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da

aprovação.

ANEXOS

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( ) Resumo (x) Relato de Caso

TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO EM TRAUMA

MEDULAR CANINO AUTOR PRINCIPAL: Katherlly Vieira de Carvalho CO-AUTORES: Nicole de Paula Bilibio, Marcela Palm, Deize Dalla Riva ORIENTADOR: Heloisa Helena de Alcantara Barcellos UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO O trauma constitui uma causa relevante de mortalidade no mundo, atinge principalmente a população jovem, economicamente ativa, e leva muitas vezes a sequelas incapacitantes. O tratamento convencional após o trauma é a utilização de corticoide, que nem sempre apresenta resultado satisfatório. As células-tronco têm sido utilizadas em vários ensaios pré-clínicos de lesão medular e são consideradas uma alternativa promissora. A interrupção da fase inflamatória e a utilização da terapia celular como tratamento conjunto mostram-se como possibilidades de aperfeiçoar o tratamento no reparo da lesão, antes das degenerações parenquimatosa e neuronal. Uma terapia alternativa é o transplante de células-tronco derivadas do tecido adiposo no local da lesão, devido ao seu potencial imunossupressor e atuação no reparo tecidual (1). O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de um cão com trauma medular juntamente com o transplante de células-tronco derivadas de tecido adiposo. DESENVOLVIMENTO: Um cão sem raça definida (SRD), macho, aproximadamente 4 anos de idade, pesando 6,45 kg, foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo

Page 189: Autor e trabalho presentes neste documento

apresentando paraplegia e laceração nos membros posteriores proveniente de um possível atropelamento, sendo as lacerações por automutilação de uma possível compressão de raízes nervosas. No exame físico os parâmetros como frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), tempo de preenchimento capilar (TPC) e temperatura (Tº) dentro da normalidade. No exame neurológico apresentava o reflexo patelar diminuído de ambos os membros, reflexo anal positivo, reflexo de panículo positivo e reflexo de dor profunda negativo. Foi realizado hemograma que evidenciou uma anemia normocítica normocrômica, trombocitose e eosinofilia, pois o paciente apresentava uma grande infestação de ectoparasitas. O padrão bioquímico dentro da normalidade. Na radiografia foi observado uma fratura simples, completa, transversa caudal ao corpo de L2, com deslocamento ventral do segmento distal, com o canal medular desalinhado. Foi solicitado a mielografia, porém o contraste não progrediu impossibilitando a avaliação. O paciente ficou internado, fazendo curativos periódicos com pomada eogeonol TID, meloxicam 0,2% (0,1-0,2mg/kg) SID por 3 dias, dipirona sódica (25mg/kg) BID por 3 dias, cloridrato de tramadol (1-4mg/kg) TID por 3 dias e cefalotina sódica (10-30mg/kg) TID por 7 dias. Após a estabilização, foi encaminhado para a correção cirúrgica da coluna e aplicação de células-tronco in locus no espaço subdural da medula espinhal. A técnica cirúrgica utilizada foi a laminectomia funkquist C, porém não foi possível fazer a distração e alinhamento e estabilização da fratura, pois possuía estabilidade local. Após o procedimento cirúrgico foi prescrito cloridrato de tramadol (1-4mg/kg) TID por 3 dias, dipirona sódica (25mg/kg) TID por 3 dias e gabapentina (3mg/kg) SID por 30 dias, para o uso em casa. Após 30 dias do procedimento cirúrgico, foi aplicado a segunda dose de células-tronco via espaço epidural, após 15 dias da segunda aplicação, foi aplicado a terceira dose endovenosa. Na avaliação pós- cirúrgica o paciente não apresentava o reflexo de dor profunda, o reflexo patelar continuou diminuído, o panicular aumentou sua extensão de sensibilidade e observou uma melhora no controle do esfíncter anal e uretral, juntamente com o apoio do peso nos membros posteriores por alguns segundos. Porém os danos na substância cinzenta são sempre mais sérios que os que afetam a substância branca, pois uma lesão axonal é sempre mais suscetível de ser reparada que uma no núcleo neuronal (2). A célula neuronal é extremamente sensível as alterações da homeostasia, e apresenta poucos modos de adaptação. Ela entra em processo de necrose pouco tempo após o início do insulto (3). CONSIDERAÇÕE S FINAIS: O tratamento com células-tronco apresentou resultado satisfatório no canino com lesão medular. Apesar de não se conhecer ainda os detalhes do mecanismo do seu funcionamento, as células –tronco foram eficazes pois melhoraram aspectos neurológicos do paciente, contribuindo para seu bem-estar.

Page 190: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS 1. JUNIOR, J. A. V. Transplantes de células-tronco derivadas de tecido adiposo em ratos submetidos a lesão medular compressiva, com ou sem tratamento com corticoide. 2013. 123 f (Doutorando em ciências veterinárias) – Setor de ciências agrárias, Universidade Federal do Paraná, 2013. 2. BORGES, Alexandre; PALUMBO, Mariana. Neurologia em cães e gatos. São Paulo: MedVep, 2010. 3. MAIORKA, Paulo. Histopatologia do Sistema Nervoso. In JERICÓ, Márcia. et al. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. - 1 ed. Rio de Janeiro: Roca, 2017. P 2041. NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

Page 191: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

COMPARAÇÃO ENTRE EXTRATO DE ERVA-MATE CLARIFICADO POR MEMBRANAS E CHÁ MATE COMERCIAL

AUTOR PRINCIPAL: Kátia Bitencourt Sartor

CO-AUTORES: Elionio Galvão Frota, Lára Franco dos Santos, Telma Elita Bertolin. ORIENTADOR: Vandré Barbosa Brião.

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Há uma tendência pela busca de alimentos com propriedades funcionais. Neste

contexto, a planta Ilex paraguariensis, conhecida como erva-mate, desperta interesse

já que, possui compostos bioativos, destacando-se os compostos fenólicos, que

apresentam atividade antioxidante (BRACESCO et al.,2010).

A utilização do extrato de erva-mate em bebidas como o chá mate e outros derivados

tem sido empregada na indústria, no entanto, há uma necessidade de clarificar tais

extratos a fim de obter um produto de melhor qualidade. Uma alternativa à

clarificação convencional são os processos de separação por membranas (PSM) (GERKE

et al., 2017).

A aplicação dos PSM tem ganhado destaque, devido à simplicidade do processo e à

maior qualidade do produto final, comparado com métodos convencionais de

separação (CASSANO, 2016).

Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi comparar parâmetros físico-químicos do

extrato de erva-mate clarificado por membrana de microfiltração (0,1 µm) e o chá

mate comercial.

DESENVOLVIMENTO

Para obtenção do extrato realizou-se uma infusão aquosa com as folhas trituradas da

erva-mate na razão de 3% (m/v) em temperatura de 90 °C por 10 minutos e

posteriormente foi filtrado a vácuo, conforme metodologia descrita por Turkmen, Sari

e Velioglu (2006), com modificações.

Para a clarificação do extrato foi utilizado um equipamento piloto de bancada de

filtração tangencial, conforme a Figura 1, em que o extrato foi inserido no sistema e

impulsionado por bomba pneumática através da membrana separando o permeado do

Page 192: Autor e trabalho presentes neste documento

retido. Ambas correntes foram recirculadas para o tanque de alimentação, a volume

constante em temperatura ambiente por uma hora, com pressão de 1 bar.

Foram realizadas analises de sólidos solúveis de acordo com metodologia do Instituto

Adolf Lutz (IAL, 2008), pH e turbidez. Os compostos fenólicos totais (CFT) foram

quantificados por espectrofotometria a 765 nm, segundo metodologia descrita por

Correia et al. (2004), com modificações propostas por Sousa e Correia (2012) utilizando

uma curva analítica de ácido gálico.

Conforme os dados apresentados na Tabela 1, os sólidos solúveis e o pH do chá

comercial se diferem do extrato de erva-mate, visto que, no chá mate comercial são

adicionados outros componentes, como açúcares, que aumentam a quantidade de

sólidos solúveis e acidulantes, que diminuem o pH do mesmo, com o propósito de

manterem suas características químicas e aumentar a vida de prateleira.

Após o tratamento de clarificação por membranas os compostos fenólicos do extrato

de erva-mate foram conservados, apresentando resultados (Figura 1) semelhantes ao

do extrato sem tratamento e o chá mate comercial.

A microfiltração com membranas resultou em um extrato clarificado com redução da

turbidez da corrente de alimentação ao permeado. Isso indica que o processo foi

capaz de remover às partículas de sólidos com peso molecular maiores que o tamanho

de poros das membranas, que causam turbidez. Os resultados de turbidez do extrato

aquoso não apresentaram diferença significativa em relação ao chá mate comercial,

mostrando que os PSM clarificam o extrato da erva assim como os processos

convencionais de clarificação utilizados no chá comercial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O método de separação por membrana mostrou-se eficiente, já que, obtiveram

valores baixos de turbidez para o permeado e manteve os compostos fenólicos.

Apontando como uma alternativa ao processamento de clarificação, reduzindo as

operações unitárias, comparado ao método convencional, utilizado no chá mate

comercial.

REFERÊNCIAS BRACESCO, N.; SANCHEZ, A.G.; CONTRERAS, V.; MENINI, T.; GUGLIUCCI, A. Recent ad-

vances on Ilex paraguariensis research: minireview. Journal of Ethnopharmacology, v.

136, p. 378–384, 2011.

CASSANO, A. Integrated Membrane Systems and Processes. John Wiley &

Sons, Chichester (2016), pp. 34-60

Page 193: Autor e trabalho presentes neste documento

GERKE, I.B.B; HAMERSKI, F.; SCHEER, A.P.; SILVA, V.R. Clarification of crude extract of

yerba mate (Ilex paraguariensis) by membrane processes: Analysis of fouling and loss

of bioactive compounds. Food and Bioproducts Processing, v 102, Pages 204-212,

2017.

IAL. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos /coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São

Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008 p. 1020

Page 194: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Figura 1 - Diagrama esquemático do equipamento de bancada de microfiltração.

Tabela 1 – Comparação de parâmetros físico-químicos entre extrato clarificado pela

membrana de microfiltração (0,1 µm) e chá mate comercial

Ensaio pH Sólidos solúveis (°Brix)

Turbidez (NTU)

CFT (mgEAG/g de

amostra)1

Alimentação 5,7b±0,03 1,85

a±0,2 464,5

b±9,5 1,33±0,09

Permeado (1 bar)

5,87b±0,1 1,33

a±0,03 10,3

a±1,2 1,02±0,18

Chá mate Comercial

3,78a±0,1 9,5

b±0,1 24,72

a±0,01 0,82±0,01

Resultados expressos como média ± desvio padrão. Letras diferentes na mesma coluna

indicam diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05). 1CFT: compostos

fenólicos totais (expresso em miligrama equivalente a ácido gálico por grama de

amostra).

Page 195: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

EXTRAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS DA JABUTICABA (Myrciaria cauliflora) AUTOR PRINCIPAL: Kátia Bitencourt Sartor

CO-AUTORES: Elionio Galvão Frota, Lára Franco dos Santos, Telma Elita Bertolin. ORIENTADOR: Vandré Barbosa Brião.

UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A jabuticabeira é uma árvore nativa da Mata Atlântica e seus frutos são consumidos

tanto in natura, como na forma de geleias, licores, etc. Considerando o grande volume

de resíduo gerado após o processamento industrial da jabuticaba, em que somente a

casca pode representar até 43% do fruto, obter conhecimento dessas frações do fruto,

promove a valorização econômica destes resíduos (LIMA et al.,2008).

Pesquisas têm revelado que as cascas de certos frutos exibem atividade antioxidante.

Os compostos fenólicos totais (CFT) são apontados como os responsáveis pelo poder

antioxidante, sendo capaz de atuar na prevenção de doenças degenerativas (HEIM et

al.,2002). Os benefícios proporcionados por estes compostos poderiam ser utilizados

na indústria alimentícia e/ou farmacêutica.

O presente trabalho teve o objetivo de quantificar os compostos fenólicos, e os sólidos

solúveis, de diferentes frações do fruto de jabuticaba, promovendo assim um maior

aproveitamento desta fruta, agregando-lhe valor.

DESENVOLVIMENTO

Para a determinação do teor de compostos fenólico e sólidos solúveis das amostras,

foram realizados extratos dos frutos de Jabuticaba in natura por meio da infusão das

frações de casca, fruto inteiro sem semente e casca desidratada, na proporção de 1:3

(30 g de amostras para 90 ml de água) em temperatura de 90 °C por 30 min. A

desidratação casca de jabuticaba foi realizada em estufa de circulação de ar à 50 °C por

24 horas.

A análise dos compostos fenólicos totais foi determinada por espectrofotometria,

através da reação com Folin-Ciocalteu, segundo a metodologia descrito por Correia et

al. (2004), com modificações propostas por Sousa e Correia (2012). O teor de

compostos fenólicos foi quantificado com base em uma curva analítica e expressos em

Page 196: Autor e trabalho presentes neste documento

equivalente a ácido gálico (mg EAG.100 g-1

). Os sólidos solúveis foram determinados de

acordo com metodologia preconizada pelo Instituto Adolf Lutz (IAL, 2008).

Conforme os dados apresentados nas Figuras 1, o teor de compostos fenólicos totais

variou de 0,34 a 0,53 mg GAE/g para casca e fruto inteiro, sendo que os maiores teores

foram observados na casca da jabuticaba. A presença de maiores quantidades de

compostos fenólicos na casca da fruta pode ser explicada, já que, a casca é um tecido

de revestimento vegetal provendo a proteção ao fruto, na casca os CFT participam do

mecanismo de defesa da planta, semelhante ao sistema imunológico dos animais

protegendo contra os ataques de bactérias, fungos, etc.

Reynertson et al (2008) estudaram a concentração de compostos fenólicos de 14

espécies de frutas do gênero Myrciaria através da extração com leito agitado

associado com ultrassom obtendo 2,78 mg GAE/g de matéria prima seca. Obtiveram

valores superiores de compostos fenólicos na casca comparada com o restante do

fruto.

Ao efetuar a desidratação da casca do fruto de jabuticaba, observou-se uma maior

concentração destes compostos, obtendo valores de 3,32 mg GAE/g, superiores aos

demais.

De acordo com os resultados, a maior concentração de sólidos solúveis foi obtida no

extrato desidratado com 4,4 °Brix. Tal resultado corrobora com as maiores

concentrações de compostos fenólicos por grama de extrato obtida após a

desidratação da casca.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos experimentos realizados foi possível constatar que a casca do fruto de

jabuticaba contém compostos fenólicos, estes aumentam sua quantidade quando a

casca do fruto passa por desidratação, resultando em uma crescente concentração

destes compostos, devido à perda de água da amostra, e assim resultados ainda mais

significativos. REFERÊNCIAS HEIM, KE; TAGLIAFERRO, AR; BOBILYA, DJ Flavonóides antioxidantes: relações de

química, metabolismo e atividade estrutural. O Journal of Nutritional Biochemistry ,

Stonelam, v. 13, n. 9, p. 572-584, 2002.

IAL. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos /coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São

Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008 p. 1020

Page 197: Autor e trabalho presentes neste documento

LIMA, A. J. B. et al. Caracterização química da fruta jabuticaba (M. cauliflora Berg) e de

suas frações. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, Caracas, v. 58, n. 4, p. 416-421,

Dic. 2008.

REYNERTSON, K.A., YaNg, H., JIANG, B., BASILE, M.J., KENNELLY, E.J., 2008.

Quantitative analysis of antiradical phenolic constituents from fourteen edible

Myrtaceae fruits. Food Chemistry 109 (4), 883–890

Page 198: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Tabela 1 – Compostos fenólicos e sólidos solúveis de extratos das frações do fruto de

jabuticaba

CFT

(mgEAG/g de amostra)1

Sólidos solúveis (°Brix)

Casca 0,53±0,06 0,6±0,1

Fruto inteiro (Sem semente) 0,34±0,01 1,1±0,1

Casca desidratada 3,32±0,04 4,4±0,1 Resultados expressos como média ± desvio padrão.

1CFT: compostos fenólicos totais (expresso em

miligrama equivalente a ácido gálico por grama de amostra).

Page 199: Autor e trabalho presentes neste documento
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( ) Resumo (X) Relato de Caso

Granuloma eosinofílico em uma égua da raça Quarto de Milha - Relato de caso AUTOR PRINCIPAL: Léa Engelman CO-AUTORES: Gregory Neumann, Gabriela Vincensi da Costa, Leonardo Motta Fornari e Carlos Bondan. ORIENTADOR: Leonardo Porto Alves. UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – UPF INTRODUÇÃO O Granuloma Eosinofílico, conhecido como necrobiose nodular, é uma das principais doenças epidérmicas que acometem os equídeos, no entanto, é pouco relatada. Sua etiologia é desconhecida, as principais hipóteses são de hipersensibilidade à picada de insetos, principalmente animais de regiões quentes e soltos em campos sujos, porém Reed & Bayly (2000), citam relatos de casos que surgiram espontaneamente ou a partir de algum tipo de trauma. Não há predisposição racial, de sexo ou idade dos animais acometidos, as lesões ocorrem preferencialmente de 2 a 10 cm de diâmetro, acometendo principalmente as regiões do dorso, membros e pescoço (SCOOT, 1988). As lesões são arredondadas, firmes, circunscritas, não alopécicas e, geralmente, não causam prurido, dor e nem ulcerações (CARLTON & MACGAVIN, 1998). O presente estudo tem como objetivo relatar o caso de um granuloma eosinofílico em um equino, enfatizando o diagnóstico e a conduta terapêutica preconizada. DESENVOLVIMENTO: No Setor de Grandes Animais do HV/UPF foi atendido uma égua da raça Quarto de Milha, 6 anos de idade e pesando aproximadamente 550 kg. O histórico do paciente indicava prurido intenso e distribuído em várias partes do corpo. Na inspeção visual foram observados diversos nódulos de pele de aproximadamente 3 a 5 cm de diâmetro na região do torax, abdômen e face. A paciente convivia com outros equinos, porém nenhum apresentava sintomatologia semelhante. O hemograma indicou leucocitose devido a eosinofilia e neutrofilia. Em seguida, foi realizada biópsia dos nódulos de pele

Page 201: Autor e trabalho presentes neste documento

localizados no peito e escápula, locais onde o animal apresentava mais intensidade de prurido, com destruição da derme-epiderme, caracterizando uma lesão ulcerativa. Microscopicamente foi constatado infiltrado misto de neutrófilos e eosinófilos multifocal. Os neutrófilos apresentados acumulam-se em razão de infecções bacterianas, os eosinófilos estão associados aos tecidos onde possuem invasões por parasitas, resultando em reações alérgicas. O exame histopatológico definiu granuloma eosinofílico. Optou-se pelo tratamento sistêmico com dexametasona na dose de 0,1 mg/kg por via intravenosa, SID, sete dias, após redução gradual (0,05mg/kg) totalizando mais 7 dias. Os corticosteroides possuem atividade antiinflamatória de longa duração, levando a diminuição dos eosinófilos e linfócitos circulantes (JERICÓ, 2008). Os antissepticos, também, são comumente usados na clínica medica de equinos, para o auxilio do tratamento de feridas, neste caso, o composto de eleição, para a limpeza dos locais, foi a clorexedina 0,2%, que segundo (MORIYA, T., MÓDENA J.L.,2008), é um potente germicida, de ação principalmente para as bactérias gram-positivas, que apresenta baixo potencial de toxicidade e de fotossensibilidade, tendo ação imediata e efeito residual. O tratamento também constituiu na troca do ambiente no qual a paciente se encontrava, anteriormente permanecendo à campo, passou a ficar em uma baia, diminuindo a probabilidade do paciente apresentar novos quadros de reações alérgicas, tais como: picadas de insetos e contato com outros fatores alergênicos que poderiam estar no local onde o animal estava alocado no início da doença. Após sete dias de tratamento, observou-se diminuição das lesões cutâneas, bem como ausência de prurido. Um novo hemograma foi solicitado, sendo que neste não havia mais a presença de eosinofilia e neutrofilia, confirmando a eficácia do tratamento realizado. Após 14 dias a paciente recebeu alta. Foi recomendado ao proprietário que não colocasse o animal no mesmo local que estava anteriormente, pois poderia haver risco de recidiva. Um mês após a alta, o proprietário foi contatado e o mesmo relatou que o animal estava passando bem, sem prurido e lesões de pele. CONSIDERAÇÕE S FINAIS: Granuloma eosinofílico foi diagnosticado por meio do exame clínico, com enfâse na anamnese, diagnóstico diferencial macroscópico e confirmado pelo exame histopatológico. A doença não é frequentemente relatada, mas deve sempre ser incluída no diagnóstico diferencial em casos envolvendo dermatologia de equinos. REFERÊNCIAS CARLTON, W.W; McGAVIN, M.D. Patologia Veterinária Especial de Thomson. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, 1998. JERICÓ, M.M. Antiinflamatórios esteróides. In: ANDRADE. S. F; Manual de Terapêutica Veterinária. 3 ed. São Paulo: Roca, 2008. p. 116-117.

Page 202: Autor e trabalho presentes neste documento

JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. MORIYA, T,. MÓDENA, J. L, ASSEPESIA E ANTISSEPESIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO, Medicina, Ribeirão Preto. 2008 REED. S. M.; BAYLY, W.M. Medicina Interna Equina. 1º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 462-463. SCOTT, D.W. Large animal dermatology. 1 ed, Philadelphia: W.B. Saunders, 1988 NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número da aprovação. ANEXOS Aqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas), se necessário.

Page 203: Autor e trabalho presentes neste documento

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(x) Resumo ( ) Relato de Caso

QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DO CHIMARRÃO AO LONGO DE UMA ‘MATEADA’

AUTOR PRINCIPAL: Leticia Eduarda Bender. CO-AUTORES: Alice Rotava Gonzati; Bruna Krieger Vargas; Elionio Galvão Frota. ORIENTADOR: Telma Elita Bertolin. UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo. INTRODUÇÃO A Ilex paraguariensis é uma planta amplamente encontrada no sul do Brasil, e em outros países como Argentina e Paraguai. Diferentes partes dessa planta, como folhas e caule, são processadas para produzir a erva-mate. A erva-mate é utilizada no preparo da bebida típica conhecida como chimarrão, a partir da adição de água quente na erva-mate, infusão aquosa que permite extrair compostos com potencial bioativos como, fenóis, metilxantinas, terpenos, saponinas, flavonoides, entre outros (SCHINELLA; FANTINELLI; MOSCA, 2005). O seu consumo pode trazer efeitos benéficos à saúde humana, devido à presença de compostos fenólicos em sua composição pois apresentam ação antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória e vasodilatadora. Desta forma, esse trabalho teve por objetivo quantificar o teor de compostos fenólicos e a atividade antioxidante do chimarrão em relação ao tempo de consumo. DESENVOLVIMENTO A erva-mate comercial utilizada neste estudo foi doada pela empresa INOVAMATE da cidade de Ilópolis- RS. Foi preparado chimarrão conforme indicado na embalagem da erva-mate, utilizando 2/3 da cuia de erva-mate, que foi infusionada em água quente a 70 °C. A partir do preparo da bebida, a bomba de chimarrão foi conectada a um sistema de filtração a vácuo para extrair o líquido do chimarrão. Após a simulação da mateada com 25 cuias, as extrações aquosas referentes a cada cuia passaram por análise de capacidade antioxidante. O método de captura radicalar de ABTS segundo metodologia de Re et al. (1999) com adaptações será utilizado, onde foram preparadas uma soluções com 100 mL de radical ABTS e a mesma quantia de solução de persulfato de potássio e foram adicionados 1000 µL desta solução e 10 µL

Page 204: Autor e trabalho presentes neste documento

de amostra do extrato. Após 6 minutos de reação no escuro foi realizada a leitura em 734 nm em um espectrofotômetro UV-Vis, os resultados foram analisados a partir da curva analítica de ABTS (6-hydroxy-2,5,7,8-tetramethylchroman-2-carboxylic acid), a unidade será expressa por capacidade antioxidante equivalente ao Trolox. Foi realizada também a análise e compostos fenólicos, segundo metodologia de Sousa e Correia (2012) com adaptações. Por meio da reação de oxirredução com reagente de Folin-Ciocalteu, que reage com as hidroxilas presentes nos polifenóis, a quantificação foi realizada por espectrofotometria a 765 nm e os resultados foram analisados a partir da curva padrão de ácido gálico, a unidade é expressa em mg de ácido gálico por mL de amostra (mg GAE/ mL). Os principais resultados obtidos nas análises foram acerca da primeira e segunda cuia de chimarrão. A análise de antioxidantes por ABTS teve como resultados para primeira e segunda cuia respectivamente 3,59±0,149 mmol de Trolox/L e 4,47±0,146 mmol de Trolox/L, enquanto para compostos fenólicos totais obtiveram-se resultados para pri-meira e segunda cuias de 1,281±0,005 mg de ácido gálico/mL e 1,349± 0,012 mg de ácido gálico/mL havendo um decréscimo nas cuias subsequentes. Os resultados de antioxidante por ABTS e fenólicos seguiram o mesmo comportamen-to, onde na segunda cuia houve um aumento na quantificação, provavelmente pelo fato de estar mais úmida do que a primeira pela absorção da água quente causando um maior intumescimento da erva-mate favorecendo a extração de mais compostos do que na primeira. Nas cuias seguintes de chimarrão houve um decréscimo nos resul-tados seguindo até a cuia de número 25 como está representado nas Figuras 1 e 2. Estes resultados demonstram que ao longo das infusões de chimarrão os seus compos-tos fenólicos assim como antioxidantes vão sendo extraídos, diminuindo gradualmente após a segunda cuia. São necessárias respostas quanto a quantidade diária desses compostos para compreendemos se a quantidade apresentada nas ultimas cuias que são menores já não são suficientes para o organismo humano.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a análise dos resultados, concluímos que durante 25 cuias de chimarrão os compostos fenólicos totais vão decaindo a partir da segunda infusão, assim como sua atividade antioxidante, apontando uma correlação entre as análises. No entanto, são necessários estudos complementares para verificar qual a quantidade ideal de ingestão dos compostos fenólicos, e se estes extraídos ao longo da mateada são suficientes para exercer atividade antioxidante. REFERÊNCIAS

Page 205: Autor e trabalho presentes neste documento

RE, R.; PELEGRINE, N.; PROTEGGENTE, A.; PANNALA, A.; YANG, M.; RICE-EVANS, C. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cátion decolorization assay. Free Radical Biology & Medicine, 26, 9/10, 1231-1237, 1999. SCHINELLA, G.; FANTINELLI, J. C.; MOSCA, S. M. Cardioprotective effects of Ilex paraguariensis extract: evidence for a nitric oxide-dependent mechanism. Clinical Nutrition (Edinburgh, Scotland), v. 24, n. 3, p. 360–366, jun. 2005. SOUSA, B. A.; CORREIA, R. T. P. Phenolic content, antioxidant activity and antiamylolytic activity of extracts obtained from bioprocessed pineapple and guava wastes. Brazilian Journal of Chemical Engineering, v. 29, n. 01, p. 25 - 30, Jan./Mar., 2012.

Page 206: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Figura 1: Gráfico de resposta da análise de fenólicos de 25 cuias de chimarrão expressos por mg de ácido gálico por mL de extrato.

Figura 2: Gráfico de resposta da análise de antioxidante por ABTS de 25 cuias de chimarrão expressos por mmol de Trolox por litro de extrato.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

Cuias

mg

de

ácid

o g

álic

o/m

L

FENÓLICOS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

Cuias

mm

ol d

e T

rolo

x/L

ABTS

Page 207: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo ( ) Relato de Caso

PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DE MILHO SECO EM ALTAS TEMPERATURAS

AUTOR PRINCIPAL: Letícia Mariane Deloss GüllichCO-AUTORES: Bárbara Thaisi Zago, Tatiana Oro, Bárbara BiduskiORIENTADOR: Luiz Carlos GutkoskiUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O milho apresenta grande variabilidade de genótipos e constitui importante matéria-prima para a elaboração de produtos alimentícios. A preocupação do consumidor coma ingesta de produtos à base de milho é devido a presença de contaminantesbiológicos. Estes riscos podem ser reduzidos pelo emprego de boas práticas deconservação dos grãos nas operações de pós-colheita e beneficiamento. A secagempermite o armazenamento seguro de grãos de milho por maior tempo, pois reduz oteor de água, impedindo a atividade microbiana e reações químicas nos grãos. Estaoperação tem sido realizada com grande variação de temperatura. Porém, o empregode temperaturas elevadas pode alterar as propriedades tecnológicas dos grãos,principalmente do amido. Assim, com esse trabalho objetivou-se estudar o efeito dotratamento térmico realizado nas temperaturas de 45 °C, 90 °C e 180 °C sobre aspropriedades térmicas, de pasta, teor de amilose e amido danificado de grãos de milhocolhido com elevado teor de água.

DESENVOLVIMENTO

Amostras de milho de duas cultivares diferentes foram colhidas com teores deumidade de 25% (M1) e 22% (M2), e submetidas à tratamento térmico em estufas comcirculação de ar nas temperaturas de 45°C, 90°C e 180°C. O tempo de tratamentotérmico foi definido pela umidade final, sendo de 13% para o milho seco a 45°C(padrão) e de 10% nos demais tratamentos. As amostras foram submetidas àdegerminação e moagem. Os resultados foram analisados sob análise de variância(ANOVA) e comparadas pelo teste de Tukey a 95% de intervalo de confiança. Asamostras foram analisadas quanto ao teor de amilose, determinado pelo métodocolorimétrico descrito por Juliano (1971), com adaptações; e determinação do teor deamido danificado, realizada em equipamento de laboratório (SDmatic, Chopin, França),

Page 208: Autor e trabalho presentes neste documento

conforme o método nº 76-33.01 da AACC (2010). Conforme os resultados (Tabela 1),foram observadas diferenças (p<0,05) nos valores de amilose quando as amostrasforam submetidas a diferentes temperaturas. Para valores de amido danificado adiferença foi provavelmente causada por danos mecânicos e térmicos, já que estesvariam com a dureza dos cereais. As propriedades de pasta foram avaliadas emanalisador rápido de viscosidade (RVA-3D, Newport Scientific, Austrália), de acordocom o método 76-21.01 da AACC (2010) Os grãos de milho submetidos a altastemperaturas apresentaram viscosidade máxima e a quebra da viscosidade reduzidaspelo tratamento térmico (Tabela 2), o calor alterou a capacidade de absorção de águapelos grânulos de amido por modificar as estruturas de suas cadeias principais(amilose e amilopectina), o que também pode ser comprovada pela tendência àretrogradação, onde os maiores valores observados foram nas amostras submetidas àtemperatura de 180 °C, devido às mudanças que ocorrem nas propriedades de pastapelo calor, estas modificações têm associação com as cadeias dentro da região amorfado grânulo e sua cristalização durante o tratamento. As propriedades térmicas dasamostras foram avaliadas utilizando calorímetro diferencial de varredura (DSC 60,Shimadzu Corporation, Japão); o tratamento térmico influenciou significativamente nopico de gelatinização e na temperatura final das amostras (Tabela 3), podendo estarrelacionadas ao tipo de desordem dos cristais no grânulo devido as diferentestemperaturas que os grãos de milhos foram submetidos. O aquecimento dos grânuloscom uma temperatura elevada causa interferências na gelatinização, não ocorrendocompletamente. As análises demonstraram que a temperatura de 45 °C manteve aomáximo as características tecnológicas do milho sobre propriedades térmicas e depasta do amido, e os grãos com temperatura de 180 °C apresentaram umcomportamento inverso, proporcionaram alterações nas propriedades de pasta nosgrânulos.

CONSIDERAÇÕE S FINAISA temperatura de secagem influência nas propriedades tecnológicas dos grãos demilho, limitando sua utilização. Contudo, as alterações nas propriedades tecnológicasde milho podem ser aplicáveis pela indústria de alimentos visando modificações físicasdo amido para o desenvolvimento de produtos à base de milho.

REFERÊNCIAS

AACC - AMERICAN ASSOCIATION OF CEREAL CHEMISTS. Approved Methods of Analysis.AACC International, St. Paul, MN, U.S.A. 2010.

JULIANO, B.O. A simplified assay for milled rice amylose. Cereal Science Today, v.16: p.334-338, 1971.

Page 209: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOSTabela 1 – Teor de amilose, amilopectina e amido danificado dos milhos (M1 e M2)secos em diferentes temperaturas.

Amostras Amilose g/100g Amilopectina g/100g Amido Danificado

M1 45ºC 33,31 a ±0,01 66,69 a ±0,03 5,40 a ±0,09

M1 90ºC 30,12 b ±0,02 69,88 b ±0,01 4,14 b ±0,02

M1 180ºC 31,49 b ±0,02 68,51 c ±0,01 4,70 c ±0,06

M2 45ºC 32,76 a ±0,02 67,24 a ±0,02 4,81 a ±0,09

M2 90ºC 32,61 a ±0,01 67,39 a ±0,03 4,54 a ±0,21

M2 180ºC 30,90 b ±0,03 69,10 b ±0,02 4,64 a ±0,14Médias aritméticas simples de três repetições ± desvio padrão. * Letras minúsculas diferentes na mesma coluna, diferem estatisticamente (p < 0,05) para as diferentestemperaturas.

Tabela 2 - Propriedades de pasta dos milhos (M1 e M2) secos em diferentestemperaturas.

MilhoViscosidade

MáximaRVU**

QuebraRVU**

Viscosidade FinalRVU**

Tendência aRetrogradação

RVU**

M1 45ºC 314,86 a ±5,65 141,40 a±3,41 389,25 a±2,65 215,78 a±4,55

M1 90ºC 267,39 b ±7,10 122,97 b±7,63 340,11 b±5,10 195,70 b±5,20

M1 180ºC 213,75 c ±2,94 26,46 c±9,65 412,00 a±6,90 224,71 a±3,45

M2 45ºC 296,11 a ±5,85 138,33 a±5,05 368,06 a±9,30 210,28 a±2,60

M2 90ºC 302,42 a ±7,13 97,50 b±6,05 446,86 b±8,42 247,61 b±4,22

M2 180ºC 233,03 b ±6,92 18,00 c±8,55 462,55 c±7,66 247,53 b±6,50Médias aritméticas simples de três repetições ± desvio padrão * Letras diferentes na mesma coluna, diferem estatisticamente (p < 0,05)** RVU: Rapid Visco Unit.

Tabela 3 – Propriedades térmicas dos milhos (M1 e M2) secos em diferentestemperaturas.

Amostras Temp. Inicial Temp. Pico Temp. FinalEntalpia de

Gelatinização (J.g-1)

M1 45ºC 24,85 a± 1,08 76,07 a± 3,02 123,09 a± 1,20 212,18 a± 0,90

M1 90ºC 22,93 a± 1,01 76,83 a ± 3,00 116,13 b± 0,87 288,29 b± 0,88

M1 180ºC 24,55 a± 1,10 93,61 b± 1,50 131,3 c± 1,01 294,32 c± 0,80

M2 45ºC 24,87 a± 1,50 70,89 a± 2,08 125,49 a± 1,05 197,73 a± 1,01

M2 90ºC 24,82 a± 0,80 71,82 a± 2,20 129,82 b± 0,91 180,80 b± 0,79

M2 180ºC 24,41 a± 1,11 85,46 b± 1,23 129,93 b± 0,95 259,52 c± 0,81

Page 210: Autor e trabalho presentes neste documento

Médias aritméticas simples de três repetições ± desvio padrão. * Letras diferentes na mesma coluna, diferem estatisticamente (p < 0,05).

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

INFECÇÃO PELO VIRUS DA LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA EM BOVINOS E HUMANOS:NOVOS PARADIGMAS PARA UM VELHO PROBLEMA

AUTOR PRINCIPAL: Luana Marina Scheer Erpen CO-AUTORES: Lucas Soveral, Ana Paula Andreolla, Simone Prigol, Daniela Schwingel, Rafael Frandoloso ORIENTADOR: Luiz Carlos KreutzUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo (UPF)

INTRODUÇÃO

A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) é uma doença infectocontagiosa de caráterpermanente amplamente disseminada em bovinos leiteiros (BAREZ et al., 2015). Oagente etiológico é um retrovírus, denominado vírus da leucose enzoótica bovina (BLV)o qual infecta os linfócitos B. A enfermidade é caracterizada por três estágios:assintomática, que afeta a maioria dos animais; linfocitose persistente, a qual ocorreem aproximadamente 30% dos casos e a forma tumoral, que se caracteriza porlinfossarcomas, em um percentual menor de animais. Historicamente, acreditava-seque o BLV era incapaz de infectar outras espécies animais, no entanto, estudosrecentes indicaram a possibilidade da infecção ocorrer também em humanos(BUEHRING et al., 2014). O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência deanticorpos anti-BLV em bovinos e humanos, e verificar a ocorrência do DNA viral emtecido mamário humano com ou sem linfossarcoma.

DESENVOLVIMENTO:

A proteína do capsídeo viral (p24) foi utilizada para o desenvolvimento de um ensaioimunoenzimático do tipo ELISA in house com o qual foram analisadas 1.187 amostrasde soros bovinos (736 de gado leiteiro e 451 de gado de corte) da região norte doestado do Rio Grande do Sul. Nas amostras de gado leiteiro foram encontradas 229(31,1%) amostras positivas e no gado de corte apenas 43 (9,5%) amostras positivas. Odesempenho do ELISA anti-BLVp24 foi comparado com um kit ELISA comercial

Page 212: Autor e trabalho presentes neste documento

competitivo que utiliza a glicoproteína do envelope viral (gp51). Para tanto, foramselecionadas aleatoriamente 255 amostras de soro previamente testadas no ELISA inhouse (118 negativos e 137 positivos). Destas amostras, 122 foram negativas e 133positivas, resultando em uma concordância de 84,3% e um índice kappa de 0.68.Os resultados do estudo epidemiológico indicaram que a prevalência da infecção(31,1%) em bovinos leiteiros na região manteve-se próxima aos valores indicadosanteriormente (FRANDOLOSO et al., 2008). Apesar de ser negligenciada pelosprodutores, a infecção ocasiona falhas no sistema imune de bovinos e pode ser cofatorpara surgimento de outras enfermidades no rebanho reduzindo os índices deprodutividade. Para avaliar a infecção em humanos, foram selecionadas 1.500 amostras de soro osquais foram testadas pelo kit comercial em pools de 10 amostras. Amostras de poolspositivos foram testadas individualmente. Ao final foram encontradas apenas 2amostras (0,13%) positivas. Para avaliar a ocorrência do DNA viral em tecido mamáriohumano, foram analisadas 72 amostras de tecidos saudáveis e 72 de câncer de mama.O DNA foi extraído e analisado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR)específico para o gene Tax do BLV, seguido de eletroforese em gel de ágar. O DNA viralfoi detectado em 30,5% das mamas com neoplasia e 13,8% nas mamas sem neoplasia.A relação entre vírus e tumores de mama ainda é questionada e encontra-se sobinvestigação. Os resultados do nosso estudo apontam para um possível envolvimentodo BLV com câncer de mama, conforme discutido anteriormente (GIOVANA et al.,2013). Com a suspeita de envolvimento do BLV com câncer de mama, o controle daLEB torna-se uma questão de saúde pública e deveria tornar-se obrigatório.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O ELISA in house indireto para a p24 do BLV pode ser explorado como teste comercialde diagnóstico devido a sua acessibilidade e simplicidade. Tendo em vista os prejuízosocasionados principalmente na bovinocultura de leite e o potencial zoonótico do BLV,o diagnóstico e controle da LEB tornam-se questão de saúde pública e deveriam serobrigatórios assim como outras enfermidades zoonóticas.

REFERÊNCIAS

BAREZ P. Y.; DE BROGNIEZ A.; CARPENTIER A. Recent advances in BLV research.Viruses, v. 7, n.11, p. 6080-6088, nov, 2015.

BUEHRING G. C.; et al. Bovine leukemia virus DNA in human breast tissue. EmergingInfectious Diseases, v. 20, n. 5, p. 772-782, mai, 2014.

FRANDOLOSO R.; et al. Prevalência De Leucose Enzoótica Bovina, Diarréia Viral Bovina,Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Neosporose Bovina em 26 Propriedades Leiteiras Da

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Região Nordeste Do Rio Grande Do Sul, Brasil. Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 4, p.1102-1106, out./dez, 2008.

GIOVANNA M.; et al. Bovine leukemia virus gene segment detected in human breasttissue. Open Journal of Medical Microbiology, v. 3, n. 1, p. 84-90, mar, 2013.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): # 2.247.462

ANEXOS     

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

Caracterização da atividade hemolítica do soro de Jundiás (Rhamdia quelen).

AUTOR PRINCIPAL: Lucas De Figueiredo Soveral.CO-AUTORES: Fernando J. Sutili, Ana P. dos S. Voloski, Rafael Frandoloso,Bernardo Baldisserotto, Luiz C. Kreutz.ORIENTADOR: Luiz Carlos KreutzUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da aquicultura no Brasil está associado com a adoção de modelosintensificados de criação, os quais tem o objetivo de produzir o maior número depeixes possíveis em tanques com altas densidades de animais. O adensamento dospeixes em cultivo proporciona um ambiente favorável para disseminação depatógenos e as doenças infectocontagiosas se tornaram recorrentes nas criações. Aimunidade inata dos peixes é responsável pela resposta imediata aos patógenospresentes no ambiente e o sistema do complemento é um dos principais atuantes noprocesso de defesa inespecífico das espécies aquáticas. Nesse sentido, avaliar afuncionalidade do sistema do complemento tornou-se fundamental para elucidar osmecanismos de defesa dessas espécies e os ensaios de atividade hemolítica do soroconsistem em ferramentas valiosas para esse propósito. Sendo assim, o objetivo doestudo foi caracterizar a atividade hemolítica espontânea associada ao sistema docomplemento no soro de Júndias.

DESENVOLVIMENTO

Vinte Jundiás, pesando aproximadamente 150 g, foram anestesiados (eugenol 50mg/L) para a coleta de sangue e separação do soro. Volumes iguais do soro de cadapeixe foram misturados visando obter valores de referência para a espécie. Ashemácias de várias espécies de animais foram utilizadas para padronizar o teste de

Page 215: Autor e trabalho presentes neste documento

hemólise. As células sanguíneas foram lavadas com solução salina fosfatadatamponada (PBS, pH 7,4) até que o sobrenadante obtido estivesse límpido. Logo, paraa padronização da hemólise total, 100 ul das hemácias de cada espécie foram lisadascom água deionizada e a densidade óptica (D.O) foi mensurada a 540 nm. Para todosos ensaios ajustamos uma concentração de 0.5 D.O de hemácias. O percentual dehemólise em todos os ensaios foi calculado através da diferença entre os controlescom hemólise total (100 % : hemácias + água deionizada) e não hemolisada (0 % :hemácias + PBS) como a seguir: % hemólise=[(A540 amostra - A540 nãohemolisada)/(A540 hemolise total - A540 não hemolisada)] × 100 (Sutili et al., 2016).As hemácias de ovelha e de coelho mostraram maior sensibilidade a atividade docomplemento em comparação as hemácias de carpa, vaca, cavalo e galinha (Fig. 2b). Aincubação dos eritrócitos ovinos (23 °C/30 min) com 10 % do soro de Jundiá diluído emPBS resultou em 40 % de hemólise, enquanto as concentrações de soro acima de 20 %apresentaram 90 % de atividade hemolítica (Fig. 1b). Em relação ao tempo deincubação, a atividade hemolítica em eritrócitos ovinos apresentou um rápidoaumento (80 %) depois de 60 minutos, chegando a 90 % em 90 a 120 minutos (Fig. 1c).A temperatura de incubação na qual foi observada a máxima atuação do complementoem hemácias de ovelhas foi de 25 °C sendo que a atividade reduz a 35 °C e é inibida a45 °C (Fig. 1d). Eritrócitos de ovelha incubados (30 min/25 C°) com soro de Jundiádiluído a 10 % apresentaram um percentual de hemólise de 40 %, sendo essa ametodologia assumida para o restante dos testes. O tratamento térmico do soro (56°C/30 min) e a adição de ethylenediamine tetraacetic acid (EDTA) a 5, 10, 20 ou 40 mMantes da incubação com as hemácias (23 °C/30 min) causaram redução significativa nopercentual de hemólise. A hemólise foi completamente inibida na concentração de 40nm de EDTA (Fig. 1a). Por outro lado, a atividade hemolítica do soro foi restaurada eaumentada após a adição de CaCl2 (10 mM), porém, reduziu na presença excessiva deMg2+ (MgCl2 10mM). A ativação da via clássica do complemento requer a presença deCa2+ e Mg2+, enquanto a via alternativa requer apenas a presença de Ca2+ (Fig. 2a).Ligantes do complemento como: zymosan 10 µg/mL (β-1.3-glucana); Macrogard® 10µg/mL (β-1.3/1.6 glucana); atrazina 1 µg/mL e citral 10 µg/mL misturados 1:1 com osoro reduziram a atividade hemolítica do soro em 40 % a 60 % em comparação aogrupo controle (Fig. 2c). O teste ANOVA de uma via foi aplicado para determinardiferenças significativas entre os tratamentos, seguido do teste de Tukey.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O soro de Jundiá apresentou rápida e potente atividade hemolítica e mostrou serdependente do volume de soro, do tempo e da temperatura de incubação, assim comoreportado em outras espécies de peixes. Eritrócitos ovinos e de coelhos foramindicados para a realização de ensaios de atividade hemolítica do soro de Jundiá.Nossos resultados proporcionam informações importantes para padronização deensaios hemolíticos visando entender o sistema imunológico das espécies aquáticas.

Page 216: Autor e trabalho presentes neste documento

REFERÊNCIAS

SUTILI F.; VOLOSKI A.; FRANDOLOSO F.; BALDISSEROTO B.; KREUTZ L.; Characterizationof the spontaneous hemolytic activity of Rhamdia quelen (Siluriformes: Heptapteridae)serum.; in press, 2018.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): 012/2014

ANEXOS

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Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo:(X) Resumo (  ) Relato de Caso

INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES DO ARMAZENAMENTO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOSGRÃOS DE TRIGO.

AUTOR PRINCIPAL: Lúcia Gabriela Cavalet. CO-AUTORES: Volnei L. Meneghetti.ORIENTADOR: Luis Carlos Gutkoski.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo fundo.

INTRODUÇÃO

O trigo é amplamente utilizado na indústria de alimentos para elaboração de produtoscomo pães, bolos, biscoitos e massas. Esta matéria prima apresenta um importantepapel no aspecto econômico e nutricional para a dieta humana. As característicasnutricionais e tecnológicas da farinha de trigo podem ser influenciadas por fatores comoa seleção da semente, plantação, colheita e principalmente as condições de umidade etemperatura durante o armazenamento. As condições de armazenamento influenciamdiretamente na qualidade tecnológica dos grãos de trigo. Estimasse que as perdas degrãos por condições inadequadas de armazenamento, são aproximadamente 10% dototal produzido a cada ano. Por esta razão, cuidados constantes devem ser tomados noarmazenamento de grãos para garantir a qualidade e minimizar perdas. Com base nisso,o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da temperatura e umidade sobre aspropriedades físicas de grãos de trigo armazenados durante 12 meses.

DESENVOLVIMENTO:

Page 219: Autor e trabalho presentes neste documento

Foram utilizadas amostras de grãos de trigo (Triticum aestivum, L) da cultivar TBIOIguaçu, safra agrícola 2016/2017 cultivadas em Panambi, RS. A colheita dos grãos foirealizada com colhedora automotriz, a pré-limpeza em máquina de ar e peneiras e asecagem em secador estacionário a uma temperatura de 35 °C. Os grãos de trigo com18, 15 e 12% de umidade foram armazenados em sacos de polietileno com capacidadepara 3,0 kg de grãos a uma temperatura de 14, 26 e 38 °C por 12 meses. As avaliações dePeso do Hectolitro (PH) e condutividade elétrica foram realizadas em triplicata após 4, 8e 12 meses de armazenamento no laboratório de Cereais do Centro de Pesquisa emAlimentação da Universidade de Passo Fundo. O PH do trigo foi determinado emaparelho marca Dalle Molle (modelo 40, Dalle Molle, Brasil), realizado de acordo com ametodologia descrita pela Regras de Análise de Sementes (Brasil, 2009), e os resultadosexpressos em kg hL-1. Para o teste de condutividade elétrica os grãos (50 grãos) forampreviamente pesados e colocados em copos plásticos de 200 mL com 75 mL de águadeionizada, mantidos a 25 °C por 24 horas. A leitura foi realizada em condutivímetrodigital (Tec-4MP, Tecnal, Brasil) e os resultados expressos em μS cmS cm -1 g-1 (VIEIRA et al.,2001). A avaliação da otimização do processo de armazenamento foi feita através do usode superfície de resposta e análise de efeitos significativos através de um desenhoexperimental 3K. A pesquisa contou com 27 ensaios, sendo as variáveis independentes:grau de umidade (X1, °C); temperatura (X2, %) e tempo de armazenamento (X3, meses).O tempo de armazenamento não teve efeito significativo na variável peso do hectolitro(Figura 1a). A umidade dos grãos apresentou efeito linear negativo mais pronunciado doque a temperatura de armazenamento, no entanto a temperatura também apresentoutendência linear negativa, indicando que o maior teor de umidade combinado com amaior temperatura nos grãos de trigo ocasiona diminuição nos valores de pesohectolítrico. Assim a utilização de temperaturas mais baixas em conjunto com a baixaumidade pode ser uma alternativa para preservar as propriedades dos grãos de trigo(Figura 1b). A condutividade elétrica foi influenciada por ambos os fatores do estudo(umidade e temperatura), tendo efeito positivo e linear de grau de umidade,temperatura e tempo de armazenamento (Figura 2a). De maneira geral, os menoresvalores de condutividade foram observados nas amostras com umidade de 12%,independente da temperatura. As amostras de grãos de trigo com 15 e 18% de umidademostraram um aumento na condutividade elétrica quando armazenado com 26 e 38 °Cpor 4 meses (Figuras 2b, c, d).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

O peso do hectolitro foi influenciado negativamente pelo alto teor de umidade dos grãosindependente do tempo de armazenamento. A condutividade elétrica foi maior nasamostras armazenadas em condições de temperatura e teor de umidade mais elevadas.A utilização de menor temperatura de armazenamento bem como menor teor deumidade permitiu a manutenção das características físicas dos grãos de trigo.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise deSementes. Brasília, DF, 2009. 395p. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 38, de 30 de novembro de 2010. Regulamento técnico do trigo. Brasília, DF, 2010. 11p. VIEIRA, R.D.; TREKONY, D. M.; EGLI, D. B. Eletrical conductivity of soybean seeds after storage in several environments. Seed Science and tecnhnology, v.29, p.599-608, 2001.

Page 220: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS:

Figura 1. Análises de efeito significativo (a) e superfície de resposta (b) sobre o peso dohectolitro das amostras armazenadas em diferentes condições de armazenamento

• (b)

Figura 2. Análises de efeito significativo (a) e superfície de resposta (b) sobre acondutividade elétrica das amostras armazenadas em diferentes condições dearmazenamento

• (b)

• (d)

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Suspeita de psitacose em um papagaio-charão (Amazona pretrei)

AUTOR PRINCIPAL: Marcelo Felipe de Lima. CO-AUTORES: Carlos Miguel de Bastiani, Cassiano Smitz Nhota, Daiane Debona, Gabrieli da Fonseca Bezutti, Jessica Cristine da Costa, Jordana Toqueto, Leonardo Splendor Biguelini, Victoria Eliza Boscarin Michelon e Rayssa Emiliavaca de Moraes.ORIENTADOR: Michelli Westphal de Ataíde.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo- UPF.

INTRODUÇÃO

Os psittaciformes são aves com uma enorme prevalência de domesticação em relaçãoa outras, e sua popularidade se deve a algumas características como coloração,capacidade de emitir sons, inteligência e por serem extremamente sociáveis (GRESPANE RASO, 2014). E dentre as afecções que essa ordem pode apresentar é a psistacose,uma doenças infecciosas que tem como agente etiológico a Chlamydophila psittaci,sendo considerada uma zoonose de origem aviaria (FREITAS, 2011). O objetivo dopresente trabalho é relatar um caso clinico de uma suspeita de psistacose em umpapagaio-charão, que foi atendido em um hospital veterinário.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido um papagaio-charão (Amazona pretrei), com aproximadamente um ano,pesando 0,1 kg onde a queixa principal era de que este estava apresentandodificuldades respiratórias a mais de 20 dias e não estava vocalizando. Ao realizar aanamnese, o tutor informou que o animal estava respirando de bico aberto e quetambém estava se alimentando pouco nos últimos dias. Além disso, relatou sobre apresença de secreção ocular e as fezes estavam com aspecto esverdeado. Na avaliaçãoclínica constatou-se que o olho esquerdo estava fechado e havia presença de secreçãopurulenta sendo notada também na narina direita, além de tremores e dispneia.Diante do exame clínico e anamnese, a principal suspeita foi de psitacose. Com base na

Page 222: Autor e trabalho presentes neste documento

suspeita clinica o tratamento de escolha foi enrofloxaxina (15mg.kg-1, BID, VO, 10dias), doxiciclina (5mg.kg-1, BID, VO, 21 dias) e lactulose (2, 5mg.kg-1, BID, VO, setedias). O paciente passou por uma reavaliação de seu quadro, sete dias após a primeiraconsulta, e notou-se que ele ainda mantinha-se em estado grave com as mesmasapresentações clinicas relatadas. Foi mantido a prescrição, portanto, da doxiciclina pormais 21 dias, além da mundaça de dieta (específica para espécie). O pacienteencontra-se estável, porém requer cuidados, já que o mesmo pode ser portador doagente infeccioso. O tratamento para essa afecção deve ser feita baseando-se nossinais clínicos, e o fármaco de escolha é a doxiciclina, por um período mínimo de 45dias (GRESPAN E RASO, 2014) e o fato de não se ter um tratamento especifico podeacabar levando o paciente a óbito.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Geralmente o tratamento da psitacose é baseado nos sinais clínicos do paciente,

porém melhorando o imunológico e psicológico da ave, com manejo e dieta adequada.

Por ser tratar de um agente oportunista, deve-se manter a ave sempre bem

sanitariamente com revisões clínicas frequentes, bem como exames laboratoriais.

REFERÊNCIAS

GRESPAN. A; RASO. T. F. Psittaciformes. In: CUBAS, S.Z.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J.L. Tratado de animais selvagens. 2. Ed. São Paulo: Roca, 2014.FREITAS, A. I. A. Tratamento de uma ave doméstica calopsita apresentando quadroclinico de clamidiose.2011.5f. Relato de caso. PUBVET, 2011.Londrina.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Intoxicação por uva (Vitis spp.) em cães

AUTOR PRINCIPAL: Márcio Cristiano Varela Anacleto CO-AUTORES: Eduardo Rebelato Sakis, Tanise Policarpo Machado, Adriana da Costa MottaORIENTADOR: Adriana da Costa MottaUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF.

INTRODUÇÃO

Com a crescente humanização dos pets, tem ocorrido um número maior de casos deintoxicação por alimentos não convencionais em cães e gatos, sejam ingeridosacidentalmente ou por imprudência dos tutores (WALLER et al., 2013). Em geral, ossinais clínicos das intoxicações são inespecíficos, podendo incluir vômito, diarreia e,por vezes, anorexia seguidos de apatia e depressão, além daqueles relacionados aoscomponentes tóxicos presentes no alimento ingerido (GWALTNEY-BRANT et al., 2001).A toxicidade pode ser desencadeada pelos animais apresentarem intolerância aotanino, micotoxinas presentes nas frutas e possivelmente pesticidas (SINGLETON,2001). Este trabalho objetivou relatar dois casos de intoxicação por uva (Vitis spp.) emcães, caracterizando os seus aspectos clínico-patológicos, diagnosticado no Laboratóriode Patologia Animal (LPA) da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV)da Universidade de Passo Fundo (UPF).

DESENVOLVIMENTO:

Os casos ocorreram, no mês de fevereiro, em dois cães, fêmeas, da raça Sptiz Alemão,cão 1 e cão 2, apresentando, respectivamente, três meses de idade e um ano e cincomeses, ativos e dispostos, que apresentaram vômito por 5 e 7 dias. O cão 1apresentou, também, anorexia, prostração, hipotermia, dor ao deglutir e anúria.Ambos os cães foram encaminhados para atendimento, e amostras de sangue foramcoletadas para realização de hemograma e bioquímica sérica. Nos dois cães,constatou-se leucocitose, elevação da ALT e da creatinina, indicativos de lesão

Page 224: Autor e trabalho presentes neste documento

hepática e renal. No cão 1, observou-se, também, anemia. A alimentação consistia deração e comida caseira e tinham acesso a parreiral, onde um destes cães foi observadoconsumindo uvas. O cães receberam terapia de suporte, contudo apresentaram óbitoalgumas horas após o tratamento. Logo, foram encaminhados à necropsia no LPA daUPF. Os achados macroscópicos mais relevantes caracterizaram-se por líquido sero-hemorrágico na cavidade nasal; sangue escasso e com dificuldade de coagulação ecavidade abdominal com líquido sero hemorrágico a amarelado-avermelhado. O fígado(cão 1) era pálido e com forte odor de amônia aos cortes; e do cão 2 era aumentado,com acentuado padrão lobular, levemente ictérico e, ao corte, hemorrágico. Os rins(cão 1) apresentavam edema gelatinoso na superfície capsular; e o cão 2 congestão napelve com padrão estriado do córtex. Nos intestinos (cão 1) havia conteúdo mucosorosado a escurecido e no cão 2 conteúdo líquido a pastoso sanguinolento e mucosahiperêmica. À abertura da cavidade torácica (cão 1), observou-se líquido sero-hemorrágico abundante. Em ambos os cães havia acentuada consolidação doparênquima pulmonar e congestão do sistema nervoso central. Amostra de todos osórgãos foram coletadas, durante a necropsia, e fixadas em formalina 10% tamponada.Posteriormente, foram clivadas e processadas, de acordo com os métodosconvencionais, para exames histopatológicos e coradas pela hematoxilina-eosina. Oexame histopatológico revelou nos rins (cão 1) edema difuso na superfície capsular,necrose tubular difusa aguda com múltiplos focos de calcificação e o cão 2 necrosetubular aguda difusa acentuada com formação de cilindros hialinos. No fígado havia,em ambos os cães, degeneração e necrose hepatocelular multifocal a difusaacentuada. No cão 2, observou-se, ainda, dissociação difusa de hepatócitos, colestaseintra-hepatocitária, congestão e hemorragia multifocal discreta a moderada. Nospulmões, de ambos os cães, havia edema multifocal a difuso acentuado. Os achadosclínico-patológicos permitiram obter o diagnóstico de insufiência renal agudadecorrente de intoxicação por uva corroborando com outros estudos (GWALTNEY-BRANT et al, 2001; SINGLETON, 2001; WALLER et al. 2013; DANTAS NETO et al, 2017).Considera-se que qualquer dose de uva ingerida poderá ser tóxica para cães(CAMPBELL, 2007).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Relatos de intoxicação por uva em cães, embora sejam frequentes, até o presente nãoforam diagnosticados no LPA da FAMV-UPF. Assim, destaca-se a importância doexame anatomopatológico no esclarecimento da causa mortis. Além disso, o presenterelato permite alertar para que seja evitado o consumo de uva por cães.

REFERÊNCIAS

Page 225: Autor e trabalho presentes neste documento

CAMPBELL, A. Grapes, raisins and sultanas, and other foods toxic to dogs. VweterinaryPoisons Information Service. London, V.12, n. 1, jan. 2007

DANTAS NETO, A. M. et al. Intoxicação por uva em dois cães. 38° Congresso Brasileiroda ANCLIVEPA, Recife, PE, 2017.

GWALTNEY-BRANT, S. M. et al. Renal failure associated with ingestion of grapes orraisins in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, v.218, n.10, p.1555-1556, 2001.

SINGLETON, V. L. More information on grape or raisin toxicosis. Journal of theamerican Veterinary medical association v.219, p.434-436, 2001.

WALLER, B. S. et al. Intoxicação em cães e gatos por alimentos humanos: o que nãofornecer aos animais? Veterinária em Foco, 2013.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Catarata Madura e Implantação da Lente Intraocular: Cirurgia de Facoemulsificaçãoem um Canino

AUTOR PRINCIPAL: Marina Gatto CO-AUTORES: Jeane Beatriz TreinORIENTADOR: Michelli Westphal de AtaÍdeUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo-UPF

INTRODUÇÃO

A catarata é uma afecção que acomete animais de inúmeras espécies e sua origemestá relacionada à agregação de proteínas lenticulares (LAUS et al., 2008). Caracteriza-se pela opacidade do cristalino, sendo o tratamento preconizado, a cirurgia defacoemulsificação (PAES, 2014). As cataratas podem ser separadas em hereditárias ouadquiridas, congênitas, infantis, juvenis ou senis, em capsulares, subcapsulares,zonulares, corticais, nucleares, em linha de sutura, axiais, equatoriais, e em incipientes,imaturas, maduras e hipermaturas (LAUS et al., 2008). O método de facoemulsificaçãoconsiste na fragmentação da lente, por meio de uma alta frequência de ondasultrassonográficas, que emulsificam e aspiram as frações do cristalino desagregado(DO AMARAL et al., 2013). O presente relato descreve um caso de catarata em umcanino, onde o paciente foi submetido à cirurgia de facoemulsificação e implantaçãoda LIO.

DESENVOLVIMENTO:

Um canino, fêmea, SRD, oito anos de idade, pesando 8,2 kg, foi atendido apresentandoperda da acuidade visual bilateral. Na anamnese o tutor relata que a paciente colidianos móveis e paredes da casa. Ao exame oftalmológico, o teste de ofuscamento e oteste de ameaça apresentavam-se diminuídos além de hiperemia conjuntival leve, e aPIO em ambos os olhos estava diminuída. Na lente havia opacidade intensa total noolho direito e opacidade média no olho esquerdo. Já na oftalmoscopia indireta não foipossível examinar o fundo de olho e vítreo, dessa forma, fechando o diagnóstico de

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catarata bilateral, hipermatura do olho direito e madura no olho esquerdo, sendoentão recomendado, a realização da cirurgia de facoemulsificação para recuperação davisão. A paciente retornou para executar o procedimento cirúrgico do olho esquerdo.Foram solicitados exames pré-operatórios como a ERG, US ocular, ECG, aferição dapressão arterial, além de exames laboratoriais de sangue. No preparo pré cirúrgico ocanino iniciou com o uso de medicações dois dias antes do procedimento. Na ERG oolho que apresentava a melhor resposta retiniana, foi o esquerdo, onde a catarata eramadura. No olho direito onde a catarata era hipermatura, havia um descolamentoparcial de retina, que pôde ser visualizado por meio do US. Após ao procedimentoanestésico, realizou-se uma cantoplastia lateral. Posteriormente, com bisturi, foirealizada uma incisão em córnea para a entrada da caneta de facoemulsificação.Através da incisão, injetou-se 0,3 ml de corante azul de tripano para corar a cápsulaanterior, auxiliando a capsulorrexe, e após um minuto aplicado solução viscoelástica.Utilizando um cistítimo, realizou-se a primeira incisão na cápsula anterior do cristalinoe posteriormente, fez-se a capsulorrexe circular contínua. Iniciou-se então ahidrodissecção, liberando as aderências que seguram a lente ao saco capsular, parafacilitar a facoemulsificação. Após a remoção de todos os fragmentos da catarata,implantou-se a LIO no interior da cápsula do cristalino. Finalizado a implantação dalente, foi feita irrigação e aspiração, para remover toda solução de viscoelásticopresente. Seguiu-se o procedimento cirúrgico com a corneorrafia e cantorrafia. Apaciente teve uma recuperação anestésica rápida, já apresentando retorno dacapacidade visual do olho operado na sequência. Procedeu-se quatro semanas com ouso de colírios no pós operatório e posteriormente a paciente recebeu alta. Otemperamento do canino é um fator imprescindível antes de realizar afacoemulsificação, em vista que no pós operatório os cuidados são longos com umafrequência de medicações orais e tópicas extensas, e pacientes agressivos não irãodesenvolver uma recuperação satisfatória (LAUS et al., 2008). No caso relatado, apaciente era muito dócil, e colaborava para a aplicação dos colírios, sendo um dosfatores que garantiram sucesso no pós-cirúrgico.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A catarata canina é uma das principais afecções que acometem a lente, sendo que acirurgia de facectomia por facoemulsificação na medicina veterinária, garante aopaciente o retorno da acuidade visual. É necessária a experiência do cirurgião, bemcomo o uso dos materiais adequados para o procedimento. O diagnóstico e a condutado médico veterinário são essenciais para recuperação visual do paciente, sendo afacoemulsificação da catarata um método efetivo no tratamento.

REFERÊNCIAS

Page 228: Autor e trabalho presentes neste documento

DO AMARAL, A. V. C. et al. Lente. In: Manual de cirurgia oftálmica veterinária – 1 ed.Curitiba: Medvep, 2013. cap 11, p. 148-161.LAUS, J. L. et al. Afecções da lente. In: Oftalmologia clínica em animais de companhia –1 ed. São Paulo: Medvet, 2008. cap. 8, p.141-154.LAUS, J. L. et al. Cirurgias da lente. In: Oftalmologia clínica em animais de companhia –1 ed. São Paulo: Medvet, 2008. cap. 9, p.155-172.PAES, C. R. Comparação entre as técnicas de extração extracapsular efacoemulsificação de acordo com as complicações na catarata canina: revisãosistemática. 19 f. (monografia) da faculdade de medicina veterinária da UniversidadeEstadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” campus Araçatuba, 2014.     

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS     

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

Lipidose Hepática Secundária Ao Estresse Em Felino Da Raça Siamês

AUTOR PRINCIPAL: Marina Gatto CO-AUTORES: Ana Terra Zimmermann, Débora Sartori Resende e Thaís CôrreaORIENTADOR: Michelli Westphal de AtaÍdeUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo-UPF

INTRODUÇÃO

A Lipidose Hepática Felina (LHF) é a afecção do parênquima hepático mais comum emfelinos domésticos, em consequência do equilíbrio energético negativo commobilização de tecido adiposo periférico e acúmulo de lipídio intra-hepático. Os gatos,por serem carnívoros e terem um requerimento basal de proteína maior, quando emsituações de jejum prolongado, realizam lipólise e mobilização de gordura hepáticapara conseguirem energia (WATSON, 2015). Em 95% dos gatos a LHF é secundária àalguma condição, podendo agravar-se para um quadro emergencial acometendogeralmente obesos. Na anamnese é possível constatar perda de peso e icterícia. Otratamento consiste em estabilizar o paciente, promover suporte dietético enutricional por meio de sondas, bem como realizar o controle do vômito, fluidoterapiae diminuir ao máximo fatores de estresse ao paciente (ZORAN, 2015). O presentetrabalho tem por objetivo relatar um caso de lipidose hepática secundária ao estresseem um felino doméstico.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido um felino, macho, siamês, 15 anos, pesando 4kg. Na consulta o tutorrelatou perda de peso, anorexia e vômito há três dias, bem como mudanças na rotinado paciente e situações de grande estresse nos últimos dias, sendo a mudança doshábitos alimentares a principal. No exame clínico foram constatadas mucosas ictéricas,desidratação de 6% e estado nutricional ruim.

Page 230: Autor e trabalho presentes neste documento

A partir do exame físico, o animal foi internado e solicitado hemograma, bioquímicasérica e ultrassonografia (USG). No hemograma foi constatado apenas aumento dosneutrófilos segmentados. Na bioquímica sérica notou-se soro ictérico, aumento daconcentração da G.G.T e G.P.T, fosfatase alcalina, bilirrubinas totais, diretas e indiretas,hipoalbunemia e hipopotassemia. Na USG foi possível observar hepatomegalia comcontorno irregular, parênquima heterogêneo, hiperecogênico, com vasos e ductosdilatados e paredes preservadas; a vesícula biliar apresentava dimensões preservadas,contorno regular, paredes espessadas, hiperecogênicas e irregulares, mucosasirregulares com presença moderada de sedimento biliar ecogênico, compatível comlama biliar caracterizando erro alimentar ou hiperlipidemia. O pâncreas apresentava-selevemente aumentado, homogêneo e hipoecogênico. O tratamento baseou-se em fluidoterapia com solução de NaCl 0,9% associado avitaminas do complexo B, amplicina, metoclopramida, ranitidina, metronidazol,nutracêutico (suplemento de aminoácidos essenciais, vitaminas e ácidos graxos) esonda esofágica para alimentação. Após 12 dias de tratamento, o paciente teve asonda esofágica retirada e alta médica, visando reduzir o estresse do animal,continuando o tratamento em casa. Foi indicado a ração pastosa de alto valorenergético e o uso do nutracêutico. O felino retornou 15 dias depois apresentando osmesmos sinais clínicos, sendo novamente internado. Pela idade do paciente, aevolução do caso e os fatores de estresse que desencadeiam a doença, o prognóstico éreservado/ruim. A LHF cursa com rápida perda de peso, associada, com o estresse em gatos. Dentre ascausas que irão desencadear a doença, citam-se as mudanças de ambiente, alteraçãona dieta, novo animal de estimação ou até mesmo um novo membro familiar(WATSON 2015; ZORAN 2015; SILVA 2015; ROTHUIZEN 2001). A citologia é ummétodo pouco invasivo e que pode auxiliar no diagnóstico, no presente caso não foirealizado, considerando que havia os sinais específicos da doença, assim como oexame físico e os achados na bioquímica sérica. A LHF apresenta uma alteração noshepatócitos com aumento das enzimas hepáticas (SILVA 2015). Nutrição enteral ricaem proteína é fundamental no tratamento dos felinos acometidos, juntamente comum tratamento de suporte dos sinais clínicos demostrados pelo animal.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:É fundamental minimizar fatores que irão alterar a rotina do gato e induzir a umquadro de hiporexia ou anorexia, que desencadeará principalmente em gatos comsobrepeso, um quadro de LHF. Para o diagnóstico dessa enfermidade, os examesrequeridos foram fundamentais, visando sempre o tratamento com a melhora doprognóstico e bem-estar do paciente.

REFERÊNCIAS

Page 231: Autor e trabalho presentes neste documento

ROTHUIZEN, J. Hepatopatias e doenças do trato biliar. In: DUNN, J. K. Tratado demedicina de pequenos animais. São Paulo; Roca, 2001. P. 444- 448. SILVA R. D. Sistema Hepatobiliar. In: JERICÓ M. M. Tratado de medicina interna de cãese gatos. 1ª ed. São Paulo: Roca; 2015. cap. 122, p. 3139-3152 WATSON P. J. Doenças Hepatobiliares no gato. In: NELSON R.W.; COUTO C.G. Medicinainterna de pequenos animais. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2015 cap. 37 p. 536-558.ZORAN D. L. Sistema Digestivo, Fígado e Cavidade Abdominal. In: LITTLE S. E. O gato:medicina interna. 1ª ed. Rio de Janeiro: Roca; 2015. cap. 23, p. 411-528.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):      

ANEXOS     

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

MANEJO CLÍNICO EM CANINO COM HIPERADRENOCORTICISMO ATÍPICO

AUTOR PRINCIPAL: Melania Bortolini CO-AUTORES: Liz Rodio e Marina GattoORIENTADOR: Michelli Westphal d AtaídeUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo-UPF

INTRODUÇÃO

O hiperadrenocorticismo (HAC) é uma enfermidade caracterizada pela exposiçãocrônica do organismo a níveis elevados de glicocorticoides (KYLES, 2014; HERRTAGE EHAMSEY, 2015). O HAC atípico ocorre quando o cão apresenta sinais clínicos dadoença, com base na anamnese, no exame físico e nos resultados dos exames desangue e de urina, mas os achados dos testes estão na faixa aceita de referência(NELSON E COUTO, 2015). De acordo com Ecco e Langohr (2017), os hormônios sexuaisatuam como agonistas glicocorticoides e nesses pacientes, são identificados emconcentração excessiva, gerando a sintomatologia e caracterizando o HACA. Otrilostano é a medicação de escolha no HAC, mas deve ser usado com cautela na formaatípica devido aos níveis de cortisol estarem dentro dos valores de referência (NELSONE COUTO, 2015). O objetivo do relato é demonstrar a importância do diagnósticocorreto e tratamento adequado, através da descrição de um caso dehiperadrenocorticismo atípico, em um canino.

DESENVOLVIMENTO:

Um canino macho, da raça shih tzu, 12 anos, pesando 9 Kg foi encaminhado paraatendimento especializado devido a suspeita de endocrinopatia. Na anamnese o tutorrelatou intensa polifagia, bem como polidipsia e poliúria. Ao exame físico foramobservados sinais visíveis de excesso de peso, rarefação pilosa (figura 1) e abdômenabaulado (figura 2), além de pele fina e inelástica. O exame físico geral apresentava-sedentro dos parâmetros fisiológicos para a espécie. Foram solicitados exames

Page 233: Autor e trabalho presentes neste documento

complementares, que demonstraram hiperfosfatemia, hipercolesterolemia,hipertrigliceridemia, além de ureia e gamaglutamiltransferase acima dos valores dereferência. O exame de ultrassonografia evidenciou alteração de tamanho e presençade nódulos em fígado e baço, além de pancreatite. As glândulas adrenaisapresentaram-se dentro dos parâmetros normais. A urinálise não apontou alteraçõesdignas de nota. Já havia sido realizado por diversas vezes testes de SBDD e estimulaçãocom ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), sempre com resultados negativos. Diantedisso, elegeu-se a realização do teste de estimulação com ACTH, dosando além docortisol, a concentração sérica de androstenediona, 17 hidroxiprogesterona,progesterona, estradiol, testosterona e aldosterona. Uma amostra sanguínea foicoletada e em seguida realizada a aplicação do cortisol sintético pela via endovenosa,na dose de 5mcg.kg-¹. Uma hora depois procedeu-se nova coleta. Os hormôniosandrostenediona, 17 hidroxiprogesterona, progesterona e estradiol se mostraramacima dos valores de referência para um paciente orquiectomizado, confirmando odiagnóstico de um caso atípico de HAC. Foi iniciada terapia medicamentosa comtrilostano na dose de 0,25mg.kg-¹, SID, por VO. A dose de trilostano indicada aopaciente é mais baixa do que a usada no HAC típico, pois o cortisol sanguíneo seencontra dentro dos parâmetros normais para a espécie, e uma dose excessiva poderialevar ao hipoadrenocorticismo. A monitoração da terapia é realizada através docontrole dos valores de sódio e potássio, assim como a dosagem do cortisol. Após 30dias de tratamento, observou-se melhora expressiva na qualidade da pele (figura 3),diminuição abdominal (figura 4) e controle de poliúria e polidipsia. O diagnósticodiferencial constitui uma etapa extremamente importante, dada a semelhança dossinais clínicos de um quadro de HAC e o de outras afecções. É frequente que os tutoresconfundam os sinais da doença, relatando-os como comportamento habitual. Portantoé determinante o conhecimento do médico veterinário, para que identifique e trate apatologia corretamente.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O HAC é uma enfermidade grave que exige investigação assídua. Definir diagnósticosdiferenciais através de uma excelente anamnese somado a observação dos sinaisclínicos é fundamental para o direcionamento da suspeita. Apesar do HAC atípico serpouco identificado, é justificada a sua existência através das alterações hormonais e setorna comprovado após a eficácia da terapia instituída

REFERÊNCIAS

ECCO, R.; LANGOHR, I. M. Sistema endócrino. In: SANTOS, R.L.; ALESSI, A. C. PatologiaVeterinária. 2ed. Rio de Janeiro:Roca, 2017.

Page 234: Autor e trabalho presentes neste documento

HERRTAGE, M.l E; HAMSEY, I. K. Hiperadrenocorticismo em cães. In: MOONEY, C. T.;PETERSON, M. E. Manual de endocrinologia em cães e gatos. 4ed. São Paulo: Roca,2015.KYLES, A. E. Glândulas adrenais. In: BOJRAB, M. J.; MONNET, E. Mecanismo dasdoenças em cirurgia de pequenos animais. 3ed. São Paulo: Roca, 2014.NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Doenças da Adrenal. In:______. Medicina Interna dePequenos Animais. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

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( X ) Resumo ( ) Relato de Caso

PROPRIEDADES DE PASTA DA FARINHA DE MALTE DE TRIGO DE GRÃO INTEIRO

AUTOR PRINCIPAL: Morgana Cândida FalabrettiCO-AUTORES: Tatiana CauduroORIENTADOR: Luiz Carlos GutkoskiUNIVERSIDADE: Centro de Ensino Médio da Fundação Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A farinha de trigo de grão inteiro (FTGI) é reconhecida pelos benefícios à saúde. A dieta

associada à saúde está criando novos padrões para o estudo de alimentos. Os grãos maltados

são conhecidos por melhorar a disponibilidade dos nutrientes nos grãos, além de aumentar o

teor de enzimas amilolíticas. Essas enzimas hidrolisam o amido em moléculas menores e

alteram as propriedades da farinha. As propriedades de pasta das farinhas estão relacionadas

com o comportamento do amido na presença de água durante o aquecimento e a agitação

mecânica. Quando o amido é aquecido em excesso de água, seus grânulos intumescem e a

organização cristalina decompõe-se. Essa desordem molecular é denominada gelatinização e

definida pelo aumento inicial rápido da viscosidade. O objetivo desse trabalho é caracterizar a

farinha de trigo de grão inteiro e as farinhas maltadas produzidas quanto a propriedades de

pasta.

DESENVOLVIMENTO:Para a produção do malte foi realizado o teste de germinação dos grãos de acordo

com as Regras de Análises de Sementes (BRASIL, 2009). A obtenção do malte de trigo envolveu

etapas de limpeza dos grãos, desinfecção e maceração. Após macerados, os grãos foram

dispostos em duas camadas dentro de bandejas, onde as camadas foram separadas por papel

germinador. As bandejas foram conduzidos à germinação em estufa de germinação à

temperatura constante de 20°C e umidade relativa de ar de 98%. A germinação foi

Page 236: Autor e trabalho presentes neste documento

interrompida mediante a secagem dos grãos em temperatura de 45°C até a umidade de 12%

em três diferentes tempos 24, 48 e 72 horas, gerando 3 maltes. As propriedades de pasta da

FTGI e das farinhas de malte foram analisadas em Viscosímetro (modelo RVA-3D), equipado

com software Termocline for Windows, versão 3.1, de acordo com o método nº 76-21.01 da

AACCI (2010). Foi utilizado 3,5 g de farinha e 25 mL de água destilada, sendo considerados os

parâmetros: temperatura de pasta, viscosidade máxima, viscosidade mínima à temperatura

constante que é ligada à quebra e viscosidade final, associada à tendência à retrogradação.

Esses valores são apresentados na Tabela 1.

Para todos os parâmetros avaliados, FM24, FM48 e FM72 mostraram diferenças

significativas entre si, sendo que o FM72 apresentou os menores valores para todos os

parâmetros e o FM24 apresentou os maiores valores. A viscosidade máxima indica a carga

viscosa susceptível a ser produzida durante a mistura, através do reflexo da extensão sobre a

gelatinização do grânulo de amido na presença de água e aquecimento. Foi observada

diminuição gradual nos valores de viscosidade máxima das amostras de acordo com o

aumento no tempo de germinação. A degradação das moléculas de amido pela enzima α-

amilase acarretou na menor viscosidade das amostras FM48 e FM72, mas o aumento na

atividade enzimática não afetou a viscosidade da FM24.

A viscosidade mínima à temperatura constante está associada à estabilidade dos

grânulos de amido em relação ao aquecimento (ORO et al., 2013). Entre os valore, o FM24

mostrou maior estabilidade dos grânulos de amido em relação aos ao FM48 e FM72. A FTGI

teve um comportamento semelhante ao FM24.

A viscosidade final representa o valor da viscosidade após a amostra ser resfriada a

50°C e mantida nesta temperatura. A viscosidade final, associada à tendência à retrogradação

representa uma medida da tendência do amido em retrogradar (ORO et al., 2013). Os

parâmetros de viscosidade final e de tendência à retrogradação diferiram significativamente

entre as amostras (p<0,05), apresentando aumento nos valores à medida que diminuiu o

tempo de germinação. Como estes parâmetros estão relacionados à viscosidade máxima e a

quebra, pode-se dizer que as enzimas formadas durante a germinação e as mudanças na

composição do grão influenciaram a formação do gel, sendo que, os géis formados a partir da

amostra não maltada ou da FM24, apresentaram maior estabilidade dos grânulos de amido.

Page 237: Autor e trabalho presentes neste documento

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A viscosidade da farinha está relacionada com a capacidade do amido em absorver

água e se reflete na gelatinização do grânulo. Nesse experimento, a atuação da enzima α-

amilase, produzida durante a germinação, influenciou claramente na formação e estabilidade

do gel formado durante o teste. Conforme aumentou o tempo de germinação, maior foi a

produção da enzima e menor a viscosidade dos géis.

REFERÊNCIAS

AACC - AMERICAN ASSOCIATION OF CEREAL CHEMISTS. Approved Methods of Analysis, 11ª.ed. AACC

International, St. Paul, MN, U.S.A. 2010.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes.

Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, Mapa/ACS, 2009. 399 p.

ORO, T.; LIMBERGER, V. M.; MIRANDA, M. Z.; RICHARDS, N. S. P. S; GUTKOSKI, L. C.; FRANCISCO, A.

Pasting properties of whole and refined wheat flour blends used for bread production. Ciência Rural,

Santa Maria, v.43, n.4, p.754-760, 2013.

ANEXOS

Tabela 1: Propriedades de pasta das farinhas de malte e FTGI

Viscosidade

Máxima (cP)

Viscosidade

Mínima (cP)

Quebra

(cP)

Viscosidade

Final (cP)

Tendência

Retrogradação

(cP)

FTGI 1303,0a ± 10,0 639,5b ± 1,5 663,5a ± 8,8 1235,5b ± 12,5 696,0a ± 1,0

FM2

4

1285,0a ± 35,1 809,3a ± 20,8 475,7b ± 14,6 1428,3a ± 6,3 619,0b ± 10,4

FM4

8

362,5b ± 12,5 101,5c ± 11,5 261,0c ± 1,0 191,5 c ± 13,5 90c ± 2,0

FM7

2

249,0c ± 28,0 82,0c ± 23,0 167,0d

± 5,0 139,5d ± 25,5 57,5d ± 2,5

Médias aritméticas simples ± desvio padrão seguidas por letras iguais na mesma coluna não diferem

estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância. As determinações analíticas foram realizadas

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em triplicata. FTGI: farinha de trigo de grão inteiro; FM24: malte germinado por 24 horas; FM48: malte

germinado por 48 horas; FM72: malte germinado por 72 horas.

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

Piroplasmose aguda em um equino e suas complicações associadas

AUTOR PRINCIPAL: Morgana de OliveiraCO-AUTORES: Alana Maíra Badalotti, Gabriela Vincensi da Costa, Leonardo Motta Fornari, Carlos BondanORIENTADOR: Leonardo Porto AlvesUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF

INTRODUÇÃO

Um dos agentes causadores da piroplasmose equina é o protozoário Theileria equi, umparasita intraeritrocitário de equinos, sendo o seu vetor o carrapato Rhipicephalus(Boophilus) microplus. A doença tem ampla distribuição nas áreas tropicais esubtropicais, incidindo menos nas regiões temperadas devido ao habitat dos vetores.Os sinais clínicos são febre intermitente, anemia, apatia, anorexia, icterícia, ataxia,mialgia, cólica, dispneia, bem como bilirrubinúria e hemoglobinúria e também hepatoe esplenomegalia. Equinos gravemente acometidos podem evoluir ao óbito. (COURA etal., 2013). Apesar da gravidade da infecção aguda, a maioria dos animais desenvolve aforma crônica. Equinos criados em áreas endêmicas costumam ser portadores dapiroplasmose sem apresentar sinais clínicos. Devido às reagudizações ocorre adiminuição da imunidade (VIEIRA, et al., 2018). O objetivo deste trabalho foi relatar umcaso de piroplasmose aguda em um equino, suas complicações e a conduta adotada.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido no HV-UPF um equino, fêmea, 18 meses de idade, raça Quarto de Milha,pesando 300kg, com queixa de hiporexia e depressão há mais de 7 dias. No exameclínico foi evidenciada taquicardia, taquipneia, mucosa oral e ocular pálidas, mucosagenital ictérica, febre e desidratação, além de pronunciada apatia. O hemogramarevelou trombocitopenia, presença de neutrófilos tóxicos e linfócitos reativos. Noexame bioquímico a CK estava elevada. O esfregaço sanguíneo foi positivo paraTheileria equi, sendo este, o principal agente causador de piroplasmose equina na

Page 240: Autor e trabalho presentes neste documento

cidade de Passo Fundo/RS (VIEIRA, et al., 2018). Primeiramente, a conduta foi corrigir adesidratação e reduzir o quadro de febre do paciente. Após a terapia de suporte inicial,foi instituído o tratamento para piroplasmose equina com dipropionato de imidocarb.Devido a gravidade do caso, com o objetivo de evitar endotoxemia em decorrência damorte dos hemoparasitas, realizou-se o seguinte protocolo: 2 aplicações na dose de2,2mg/kg, IM, q48h, seguido por 2 aplicações na dose 4mg/kg, IM, q72h. Também foiadministrado dimetilsulfóxido (1g/kg, IV, BID, 3dias) e heparina sódica (50 UI/kg, SC,TID, 3 dias) para prevenção de endotoxemia e laminite. Como o paciente apresentavapicos febris foi instituído flunixin meglumine (0,5mg/kg, IV, BID, 3 dias) e apósobtenção do controle da temperatura corporal, substituiu-se para a dose anti-endotoxica do fármaco (0,25mg/kg, IV, QID, 7 dias). Entretanto, mesmo com a terapiaanti-endotóxica, a morte de hematozoários causou hemólise, liberando toxinas para acirculação sanguínea. O aumento e a persistência da hemólise ultrapassaram o limiarda hemocaterese com consequente icterícia, por sobrecarga hepática. Devido a maiorliberação de bilirrubina, desenvolveu-se uma resposta inflamatória exacerbada,levando a liberação de toxinas que ativaram as citocinas inflamatórias (COURA, et al.,2013). Mesmo com a terapia preventiva, as citocinas inflamatórias circulantes seacumularam em locais de menor perfusão (lâminas do casco), ocasionandovasoconstrição pela ação dos mediadores inflamatórios (EADES, 2010). Desta forma, ograve quadro endotoxêmico levou a ocorrência de laminite aguda, sendo instituídotratamento com fenibultazona (2,2mg/kg, BID, 6 dias), acepromazina (0,02mg/kg, TID,6 dias) e crioterapia por 72h, além disso, omeprazol (2mg/kg, VO, SID), o qual foiadministrado desde o início do tratamento. A laminite requer tratamento emergencial,a fim de evitar que torne um caso crônico (EADES, 2010). A piroplasmose equina,quando precocemente diagnosticada e tratada, geralmente leva à recuperação doanimal. Porém, no presente relato, a severidade do quadro em que a paciente seencontrava e a demora no atendimento e tratamento a que foi submetida a paciente(somente 7 dias após o início do quadro clínico), acarretou complicações comoendotoxemia e laminite aguda, influenciando diretamente na resposta clínica dopaciente.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O diagnóstico precoce de piroplasmose equina é de suma importância, pois a demorapara realizar o tratamento adequado pode levar a diversas complicações tais comoquadros de endotoxemia e posterior laminite.

REFERÊNCIAS

COURA, J.R. Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2. Ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2013.

Page 241: Autor e trabalho presentes neste documento

EADES, S.C. Overview of current laminits research. Veterinary Clinics of North America:Equine Practice. v.26, n.1, p.51-63, 2010.VIEIRA, M.I.B. et al. Serological detection and molecular characterization ofpiroplasmids in equids in Brazil. Acta Tropica. v. 179 , p. 81-87, 2018

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA( para trabalhos de pesquisa):Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

ADIÇÃO DE FUNGICIDAS MULTISSÍTIO AOS FUNGICIDAS SÍTIO-ESPECÍFICO VISANDOCONTROLE DE FERRUGEM-ASIÁTICA DA SOJA

AUTOR PRINCIPAL: Nicolas Rech FaveroCO-AUTORES: Bruno Pasinato, Gabriela Adames, Jonas ZuchiORIENTADOR: Drª. Carolina Cardoso DeunerUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A Soja (Glycine Max) é considerada uma das culturas mais importantes do nosso estado e do nosso pais, sendo que seu cultivo começou no Brasil em 1882, e no Rio Grande do Sul em 1914 (RUEDELL & FERREIRA, 2009). Muitas doenças podem incidir na cultura, dentre elas a ferrugem-asiática Phakopsora pachyrhizi (Sydow & P. Sydow) que foi descrita pela primeira vez no Japão, em 1902 (Hennings VP, 1903), e atualmente pode causar danos de até 90%. o controle químico da ferrugem-asiática teve início em 2003, utilizando fungicidas do grupo químico triazol (IDM) e estrobilurina (IQe) isolados ou em mistura e atualmente são 46 fungicidas registrados, incluindo recentemente os multissítios. O objetivo do trabalho foi avaliar a adição de fungicidas multissítio aos fungicidas sítio-específico visando controle de ferrugem asiática

DESENVOLVIMENTO:Materiais e Métodos: O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdadede Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo,RS, na safra agrícola 2018, no período de novembro/2017 a Março/2018. A semeadurafoi realizada em novembro/2017, utilizando-se 12 sementes viáveis por metro linear,distribuídas em linhas distanciadas de 0,45 m. Cada parcela mediu 3,15 m de largura x5 m de comprimento, com área total de 15,75 m2, e a área útil de 1,35 m x 5 m (6,75

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m2). A distribuição dos tratamentos nas parcelas seguiu o delineamento em blocoscasualizados, com 4 repetições. Os tratamentos foram aplicados com pulverizadorcostal de precisão, pressurizado com CO2, dotado de uma barra de pulverização com2,0 m de largura e quatro bicos tipo leque. A pressão de trabalho foi de 3 bar comvelocidade de caminhamento de 1 m/s, de modo a pulverizar 200 litros de calda porhectare. A soja, cultivar NS 6909 IPRÓ de ciclo precoce foi cultivada em plantio diretocom os tratos culturais de acordo com a indicaçoes técnicas da cultura. Os tratamentos(Tabela 1) foram compostos pelos fungicidas Fox (Protioconazol 175g + trifloxistrobina150g) com aureo 0,25% na dose de 400 mL e Orkestra (Piraclostrobina 333g +fluxapiroxade 167g/L) com 0,5 ml de assist na dose de 300 mL. A eficiência de controlefoi calcula utilizando-se a fórmula de ABBOT (1925). Os dados obtidos foramsubmetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo testede Scott-Knott a 5% de probabilidade do erro.Resultados e discussão: A ferrugem-asiática da soja se mostrou muito agressiva no RioGrande do Sul nas últimas safras. Essa doença continua sendo a maior preocupaçãodos produtores e técnicos, isso porque, existe grande quantidade de inóculo do fungooriundo da Bolívia, do Paraguai e do centro-oeste do Brasil, e todos eles têm comodestino final, o sul do Brasil. Além disso, o inverno ameno no Sul do Brasil, garantiu amanutenção de soja guaxa no campo e a boa precipitação até o momento, semveranicos importantes na região Sul, contribui para a epidemia da doença. Somado aesses fatores, houve redução da sensibilidade de fungos aos fungicidas nos últimosanos, primeiramente para triazol, em seguida para estrobilurina e mais recentementepara carboxamida. Para as três avaliações de severidade da ferrugem-asiática (Tabela2), o fungicida Fox (tratamento 2) foi indiferente a adição dos fungicidas multissítios(tratamentos 3, 4 e 5), sendo todos estatisticamente iguais. Para o fungicida Elatus,adição do fungicida multissítio mancozeb (tratamento 7) apresentou o maior valor deseveridade, sendo estatisticamente superior aos demais tratamentos com fungicida.Com relação ao controle, o menor valor foi verificado para o tratamento 7. Pararendimento de grãos, o menor valor foi para o tratamento 7, e o maior para otratamento 4.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Para o fungicida Fox, independente do fungicida multissítio adicionado houve controleda doença e incremento no rendimento de grãos. Não houve o mesmocomportamento para o fungicida Elatus, pois quando adicionou-se mancozeb namistura, houve aumento da doença e redução na produtividade de grãos. Portanto,com esses resultados há indícios de que para se obter uma boa performance dosfungicidas precisa-se de uma boa interação entre os produtos misturados no tanquede pulverização, para não ocorrer redução da eficiência dos fungicidas.

REFERÊNCIAS

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ABBOT, W.S. A method of computing the efectiveness of na inseticide. Journal EconomicEntomology, v. 18, n. 1, p. 265-267, 1925.

CANTERI, M. G., ALTHAUS, R. A., VIRGENS FILHO, J. S., GIGLIOTI, E. A.,GODOY, C. V. SASM - Agri : Sistema para análise e separação de médias emexperimentos agrícolas pelos métodos Scoft - Knott, Tukey e Duncan. RevistaBrasileira de Agrocomputação, V.1, N.2, p.18-24. 2001.Hennings VP (1903) A few new Japanese Uredinaceae. Hedwigia 42:107-108.   RUEDELL, J.; FERREIRA, A.M. Resultados de pesquisa: histórico FUNDACEP: informativoFUNDACEP 1987 A 2008. Cruz Alta: FUNDACEP FECOTRIGO, 2009.720p 

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

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(    ) Resumo (x) Relato de Caso

LINFOMA MEDIASTINAL EM UM FELINO

AUTOR PRINCIPAL: Nicole de Paula Bilibio CO-AUTORES: Katherlly Vieira de Carvalho, Tailana Teixeira SimonORIENTADOR: Heloisa Helena de Alcantara BarcellosUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O linfoma é a neoplasia mais comum em felinos, correspondendo a 90% dos tumoreshematopoiéticos (1). Animais adultos e idosos apresentam maior índice de ocorrência,principalmente em animais portadores do Vírus da Leucemia Felina (FeLV) (2). Esteneoplasma é comumente classificado de acordo com o sítio anatômico em:multicêntrico, mediastinal, alimentar ou extranodal (3). A forma mediastinal é a maisfrequente entre os felinos FeLV positivos (1). A triagem do diagnóstico realiza-seatravés do histórico, sinais clínicos, achados hematológicos e bioquímicos, exames deimagem, além de testes sorológicos para FIV e FeLV. A partir da suspeita, confirma-sepor exame citológico e/ou histológico (1). O presente relato descreve um caso delinfoma mediastinal em um felino de 6 anos de idade, SRD, FeLV positivo.

DESENVOLVIMENTO:

Um felino, 6 anos de idade, sem raça definida, pesando 5,85 kg, castrado estavaprostrado, apresentando anorexia e adipsia há dois dias, respiração ofegante, além dealguns episódios de vômitos. Não era vacinado, convivia com outros animais, e tinhaacesso à rua sozinho em ambiente urbano. No exame físico apresentava desidratação moderada, urina de odor forte, dispneia,respiração em padrão abdominal, e abafamento das bulhas cardíacas e dos ruídosrespiratórios. Na palpação abdominal identificou-se algia na região epigástrica dorsal.Os outros parâmetros encontravam-se dentro da normalidade. A partir do exame clínico, o diagnóstico presuntivo foi de Peritonite Infecciosa Felina,sendo necessária a diferenciação de timoma e linfoma mediastinal.

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Foram solicitados hemograma, perfil bioquímico renal e hepático, radiografia torácica,ultrassonografia abdominal e teste de sorologia rápida para FIV/FeLV. No hemograma, havia trombocitopenia (180x10³/uL), aumento das proteínasplasmáticas totais (8,8g/dL), leucocitose (38.400/uL) por neutrofilia com desvio aesquerda, apresentando aumento de neutrófilos segmentados (24.192/uL) ebastonetes (1.536/uL), além de linfocitose (11.520/uL) e monocitose (1.152/uL). Foiobservado também linfócitos reativos. Nos bioquímicos evidenciou-se aumento decreatinina (2,0mg/dL) e aumento de Fosfatase Alcalina (3.413U/L). O teste sorológicofoi positivo para FeLV. Na ultrassonografia abdominal observou-se linfonodosmesentéricos aumentados e reativos, sugerindo linfoma. Na radiografia torácicaevidenciou-se uma efusão pleural, sendo o conteúdo coletado e enviado para análise.Na análise do líquido turvo e de cor castanho-avermelhada, evidenciou a elevação nadensidade (1.034), nas proteínas (4,6g/dL), na glicose (82mg/dL), e na fosfatasealcalina (3.530,7 UI/L). Na contagem de células, havia elevação na quantidade dehemácias (171.700/uL) e de células nucleadas (77.700/uL). E na citologia, revelou-sepresença de linfoblastos (98%), neutrófilos íntegros (01%) e linfócitos maduros (01%).Características de efusão neoplásica (4). Tais alterações foram compatíveis comlinfoma (1,4). O tratamento instituído foi uso de prednisolona via oral (5mg BID)durante 5 dias e suplemento vitamínico mineral aminoácido via oral SID, durante 15dias. Ao retorno de 7 dias, institui-se utilização de cloridrato de ciproheptadina paraestimulação do apetite; juntamente ao cloridrato de oximetazolina utilizado paraamenizar dificuldade respiratória durante 30 dias, como tratamento paliativo. Dianteas complicações de dificuldade respiratória, relutância a se alimentar e adipsia, o tutoroptou pela eutanásia.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS: A análise da efusão pleural permitiu concluir que os sintomas do animal eramprovocados por um linfoma mediastinal. Entretanto, frente a agressividade do tumor eausência de uma resposta positiva, optou-se pela eutanásia para não prolongar osofrimento do animal, que já estava debilitado pelo vírus da leucemia felina.

REFERÊNCIAS

1. ARAUJO, Gabriela Garcia. Linfoma felino. 2009. 45 f. Monografia (Graduaçãoem Medicina Veterinária) – Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do RioGrande do Sul, Porto Alegre, 2009.2. CRYSTAL, Mitchell A. Linfoma. In: NORSWORTHY, Gary D.; CRYSTAL, Mitchell A.;GRACE, Sharon; TILLEY, Larry P. O Paciente Felino. 3ª Edição. São Paulo: Roca, 2009.p.186-188. 3. VAIL, D. M. Neoplasias linfóides. In: BIRCHRD, S. J.; SHERDING, R. G. ManualSaunders – Clínica de Pequenos Animais. 3. ed. São Paulo: Roca,2008. p. 297-305.

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4. DE MELO, Flávia Azevedo Cavalcanti; MARTINS, Christine Souza. Efusão Pleuralem gatos: revisão de literatura e estudo retrospectivo. Medvep, v 7, p 442-446, 2009.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(  x  ) Resumo (    ) Relato de Caso

AVALIAÇÃO DO POLIMENTO DE TRIGO NA REDUÇÃO DOS NÍVEIS DEDEOXINIVALENOL

AUTOR PRINCIPAL: Rafaela Julyana Barboza Devos.CO-AUTORES: Eliana Maria Guarienti e Marcio Nicolau.ORIENTADOR: Casiane Salete Tibola.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo – EMBRAPA TRIGO.

INTRODUÇÃO

No trigo, um dos principais cereais cultivados no mundo, pode haver a ocorrência defungos toxigênicos que provocam perdas de qualidade e rendimento e desenvolvemmicotoxinas através do metabolismo secundário. As micotoxinas, quando presentesem altas concentrações em alimentos, são prejudiciais à saúde. O deoxinivalenol(DON) é a micotoxina mais comumente encontrada no trigo. No Brasil, a AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu os limites máximos toleradospara micotoxinas em alimentos através da Resolução nº 07/2011. O polimento é umprocesso de abrasão, realizado por equipamento polidor que elimina as camadassuperficiais dos grãos e influencia na redução de micotoxinas. O objetivo do trabalhofoi avaliar o polimento de trigo na redução dos níveis de deoxinivalenol.

DESENVOLVIMENTO:

Foram analisadas 30 amostras comerciais de trigo dos estados do Paraná (PR), RioGrande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC) da safra de trigo de 2015. As amostras foramsubmetidas a 30 segundos de polimento. Realizou-se moagem dos grãos emLaboratório Mill 3100® (Perten, Suécia) da amostra de menor concentração demicotoxinas à de maior concentração, reduzindo a contaminação cruzada, obtendofração de trigo integral moída. Após determinou-se os níveis de DON pelo métodoELISA (AgraQuant®), método rápido de detecção de micotoxinas. Os níveis de DON dasamostras não polidas e após polimento (30”) foram comparados entre si pelo teste t (≤0,05). Os níveis de DON nos grãos polidos (30”) reduziram significativamente nas

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amostras do PR e RS. No PR e RS as médias dos níveis de DON foram, respectivamente,1.350 µg/kg e 1.485 µg/kg sem polimento e médias de 944 µg/kg e 949 µg/kg apóspolimento. No caso de SC não houve diferença significativa após o polimento e a médiados níveis de DON foi de 2.003 µg/kg, acima do LMT da legislação (1.250 µg/kg). Aredução dos níveis de DON das amostras do RS, PR e SC após o polimento foi de 36%,30% e 25%, respectivamente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:O procedimento de polimento de grãos demonstrou ser alternativa viável pararedução de DON na pós-colheita de trigo, para lotes com baixo e moderado nível decontaminação.

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Regulamento técnico sobrelimites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Resolução RDC nº 7,de 18 de fevereiro de 2011. ANVISA, Brasília, DF, 2011.TIBOLA, C. S.; FERNANDES, J. M. C.; GUARIENTI, E. M.; NICOLAU, M. Distribution ofFusarium mycotoxins in wheat milling process. Food Control, v. 53, p. 91-95, 2015.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):

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ANEXOSResultado dos Níveis de Deoxinivalenol nas amostras dos estados de Santa Catarina(SC), Rio Grande do Sul (RS) e Paraná (PR) antes e após polimento (30”).

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(  x  ) Resumo (    ) Relato de Caso

EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE AMIDOS DE MILHO.

AUTOR PRINCIPAL: Rafaela Julyana Barboza Devos. CO-AUTORES: Isadora Pessutto, Tatiana Oro.ORIENTADOR: Luiz Carlos Gutkoski.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

Considerando o milho uma boa fonte de amido e com elevado potencial para o usoalimentício, o amido de milho extraído do endosperma do grão é muito utilizado pelosconsumidores. Empregado como ingrediente calórico ou melhorador de propriedadesfuncionais assume um importante papel na fabricação de géis e pastas. A altaviscosidade do amido é desejável para usos industriais, nos quais o objetivo é o poderespessante, sendo necessário o controle da retrogradação e sinérese no resfriamento.Os grãos de milho podem ser armazenados sem perdas expressivas de qualidade. Paraisso, as práticas de colheita, limpeza e secagem devem ser realizadas corretamente. Asecagem ocorre para a retirada de umidade do grão e a temperatura desta deve sercontrolada. Dessa forma, estudou-se a influência das temperaturas de secagem, de 50°C e 90 °C empregadas aos grãos de milho, pois as mesmas podem conferircaracterísticas distintas em relação às propriedades físico-químicas e funcionais dosamidos.

DESENVOLVIMENTO:

Foram utilizados grãos de milho cultivados na área experimental da empresa GIGAMIX,localizada no município de Paraí, Rio Grande do Sul no ano de 2017. A secagem emestufa em condições consideradas padrão, na temperatura de 50 °C apresentouumidade final de 13% aos grãos. A secagem a 90 °C foi definida pela umidade final de10%. A extração do amido foi realizada conforme Wang e Chong (2006) comadaptações. Após a extração, a composição química dos amidos foi caracterizada. Aumidade foi analisada pelo método n° 44-15.02, AACC (2009) e o teor de amido

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seguindo o método do Laboratório Nacional de Referência Animal, com adaptações. Aspropriedades funcionais dos amidos foram analisadas pelo método de retrogradação egrau de sinérese conforme Galdeano et al. (2009) com adaptações. Observou-se que asecagem dos grãos com temperatura de 90 °C não apresentou um comportamentodiferenciado aos grãos com secagem a 50 °C. O milho é facilmente atacado por pragasque alteram sua composição química e valor nutritivo. Os milhos com secagem de 50°C estavam com presença de carunchos, um motivo do baixo teor de amido e dosoutros compostos avaliados. O rendimento de extração do amido se torna um atributode qualidade para o milho. O rendimento de extração (tabela 2) para o amido obtidocom os milhos secos a 50 °C foi de 12,85 %. Para o amido exposto a secagem de 90 °C,o rendimento foi de 14,91 %. O baixo rendimento de extração dos amidos em estudoocorreu devido o armazenamento prolongado que promoveu a degradação do amidoe as interações entre o amido e os outros componentes do grão. Conforme a legislaçãobrasileira para alimentos (ANVISA), para o amido ser comercializado e utilizado emalimentos, é necessário que tenha no mínimo 84 % de amido e no máximo 14 % deumidade. Portanto, os amidos em estudo apresentaram baixa pureza. A retrogradaçãodo amido de milho foi acompanhada durante 7 dias à uma temperatura de 4 °C.Observou-se que os amidos de milho apresentaram baixa capacidade retrogradante,conforme figuras 3 e 4 (média de 1,65 % para a amostra de amido sintetizado à basede milho com secagem a 50 °C e 1,99 % para a amostra de amido sintetizado à base demilho com secagem a 90 °C).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Segundo a legislação brasileira os amidos obtidos mostraram baixa pureza, não sendoideais para a síntese de alimentos ou produtos que requeiram a gelatinização. Ainda,deve-se seguir a indicação de temperatura de secagem para grãos de milho, a fim deobter um produto com elevada qualidade e destinado para alimentação humana.

REFERÊNCIAS

AACC. American Association of Cereal Chemists. Approved Methods, 11th ed., St. Paul:AACC Internacional, Inc., 2009.ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC - 263: Regulamento Técnico paraprodutos de cereais, amidos, farinhas e farelos. Brasil, 2005.GALDEANO, M. C.; GROSSMANN, M. V. E.; MALI, S.; BELLO-PEREZ, L. A. Propriedadesfísico-químicas do amido de aveia da variedade brasileira IAC 7. Revista Ciência eTecnologia de Alimentos, v. 29, n. 4, p. 905-910, 2009.WANG, Y. J. CHONG, S. W. Effect of Pericarp Removal on Properties of Wet-Milled CornStarch. Cereal Chemistry, v. 83, n. 1, p. 25-27, 2006.

Page 254: Autor e trabalho presentes neste documento

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):

ANEXOSRENDIMENTO DE EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DOS AMIDOS DE MILHO Tabela 2: Composição química dos amidos de milho (umidade e teor de amido). Aamostra AMS50 corresponde aos amidos de milho extraídos dos milhos com secagemde 50 °C e a amostra AMS90 corresponde aos amidos de milho extraídos dos milhoscom secagem de 90 °C.

PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS AMIDOSFigura 3: Perda de massa (%) do gel do amido AMS50.

Figura 4: Perda de massa do gel (%) do amido AMS90.

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

Detecção de genes associados à virulência de Salmonella Heidelberg isoladas deproduto avícola

AUTOR PRINCIPAL: Rafael Levandowski CO-AUTORES: Bruna Webber; Enzo Mistura; Suelen Zanco; Natalie Nadin Rizzo; Karen Borges Furian; Thales Quedi Furian; Luciana Ruschel dos Santos; Fernando Pilotto;ORIENTADOR: Laura Beatriz RodriguesUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Os fatores de virulência são codificados por uma série de genes, e podem

estar localizados no próprio cromossomo da bactéria, os chamados genes

housekeeping, os quais conferem características especificas e básicas a bactérias de

uma mesma família. Como podem estar presentes nas chamadas Ilhas de

Patogenicidade, ou em elementos genéticos móveis, como transposons, plasmídeos e

bacteriófagos (MARCUS et al., 2000; VAN ASTEN & VAN DIJK, 2005). Esses

genes irão conferir vantagens a bactéria, como adaptação da bactéria à célula

hospedeira, resistência a antimicrobianos e superação dos mecanismos de defesa do

hospedeiro (ÁLVAREZ, 2007).

Em busca de compreender as características de virulência da Salmonella, este

trabalho teve como objetivo caracterizar genotipicamente os isolados de SH através

da detecção de 24 genes associados à virulência pela técnica de reação em cadeia da

polimerase.

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DESENVOLVIMENTO:

A caracterização molecular dos 126 isolados de S. Heidelberg foi realizada através

da pesquisa de 24 genes envolvidos na virulência e patogenicidade de Salmonella. São

eles: invA, hilA, lpfA, lpfC, sefA, agfA, spvB, pefA, sopE, avrA, sivH, orgA, prgH, spaN,

tolC, sipB, sitC, pagC, msgA, spiA, iroN, sopB, cdtB, sifA.

A extração do DNA foi realizada através do tratamento térmico, adaptado da

técnica de Borsoi et al. (2009). As reações de amplificação foram realizadas em

termociclador Swift MaxPro (Esco; Singapura). Após a amplificação, foi realizada a

eletroforese em gel de agarose 1,5% corado com brometo de etídeo. A análise dos

produtos amplificados foi feita através da visualização das bandas correspondentes em

transiluminador de luz ultravioleta MacroVue (Pharmacia LKB Biotechnologies;

Uppsala, Suécia) e da fotodocumentação digital (Alpha Innotche; San Leandro, EUA).

A concentração dos reagentes do mix e as condições de amplificação no termociclador

foram adaptadas a partir de trabalhos previamente descritos na literatura (BORGES et

al., 2013).

Determinou-se os diferentes perfis genotípicos dos 126 isolados de Salmonella

Heidelberg, com base na detecção de 24 genes associados à virulência (Tabela 1).

Nenhum dos isolados apresentou todos os genes, mas a prevalência foi alta, pois o

menor número de genes detectados em um isolado foi 10/24. Os genes lpfA e agfA

(fimbrias), invA e sivH (Sistema de Secreção do Tipo III), msgA e tolC (sobrevivência

no interior de células) estavam presentes em 100% dos isolados. Os genes fimbriais

desempenham papel importante na patogenicidade da bactéria porque promovem a

ligação às células epiteliais. Os genes que codificam as proteínas efetoras secretadas

pelo SSTT como: sifA, avrA, sopE, sopB e sivH foram detectados em quase todas SH. É

importante pesquisar estes genes, pois eles podem alterar conforme a capacidade de

cada sorovar de Salmonella tem em se manter em novos hospedeiros. Nenhum isolado

teve o gene sefA e somente quatro isolados tem o gene pefA, este gene é de origem

plasmidial, e os plasmídeos estão presentes em apenas alguns sorovares de Salmonella

Page 257: Autor e trabalho presentes neste documento

spp (referencia). Pesquisamos genes associados ao metabolismo de aquisição ao ferro,

88,9% apresentaram o gene iroN e 79,4% sitC. O gene cdtB codifica toxinas

responsáveis por causar apoptose das células, 8,73% apresentaram esse gene.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

Apesar de todos os isolados pertencerem ao mesmo sorovar, foi possível

observar diversos perfis genotípicos. O fato de não ter somente um perfil predominante,

pode indicar a existência de fontes de contaminação variáveis da SH. Por fim, a

detecção de perfis genéticos pode ser utilizada para determinar diferentes padrões de

virulência desses isolados.

REFERÊNCIAS

ÁLVAREZ, N.M. Virulência, resistência y elementos genéticos móviles en serotipos no

prevalentes de Salmonella enterica. Tese de Doutorado: Oviedo: Universidad de Oviedo,

Departamento de Biología Funcional, 2007.

BORGES, K.A. et al. Detection of virulence-associated genes in Salmonella Enteritidis isolates

from chicken in South of Brazil. Pesquisa Veterinária Brasileira. v.33, n.12, p.1416-1422, 2013.

MARCUS, S.L. et al. Salmonella pathogenicity islands: big virulence in small packages. Microbes

Infect. V. 2. p. 145–156. 2000.

VAN, ASTEN.; A.J.A.M.; VAN, D.I.J.K.; J.E. Distribution of "classic" virulence factors among

Salmonella spp. Fems Immunology and Medical Microbiology, v.44, n.3, p.251-259. 2005.

Page 258: Autor e trabalho presentes neste documento

ANEXOS

Tabela 1 – Distribuição dos 24 genes de virulência detectados através de PCR nosisolados de Salmonella Heidelberg.

Função do gene GeneFrequênciaabsoluta(n=126)

Frequênciarelativa(%)

Fímbrias

sefAlpfAlpfCagfApefA

01261071264

0%100%84,9%100%3,17%

TTSS

Estrutura

sipBinvAorgAprgHspaN

911268465103

72,2%100%66,7%51,6%81,7%

Proteínasefetoras

avrAsopEsopBsivHsifA

124112123126108

98,4%88,9%97,6%100%85,7%

Proteínareguladora

hilA 84 66,6%

Sobrevivência nointerior de células(macrófagos)

pagCspiAmsgAtolC

120120126126

95,2%95,2%100%100%

Plasmídeo spvB 1 0,79%

Metabolismo doferro

iroNsitC

112100

88,9%79,4%

Toxinas cdtB 11 8,73%

Page 259: Autor e trabalho presentes neste documento

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(  X  ) Resumo (    ) Relato de Caso

AVALIAÇÃO SENSORIAL DE MASSA TIPO TALHARIM ADICIONADA DE Spirulina platensis ENCAPSULADA

AUTOR PRINCIPAL: Raíssa Vieira Da Silva. CO-AUTORES: Ana Claúdia Freitas Margarites, Cindiele Karen Zen, Luana Garbin Cardoso.ORIENTADOR: Luciane Maria Colla.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo.

INTRODUÇÃO

A tendência do consumidor é utilizar alimentos que sejam práticos e de fácil preparo,mas que possam oferecer maiores benefícios à saúde. A microalga Spirulina éconsiderada segura para o consumo, apresenta vitaminas, minerais e elevado teorproteico (46 % a 63 %), além de ser considerada uma boa fonte de antioxidantesnaturais, como os pigmentos solúveis em água, a ficocianina e os compostos fenólicos.Diante disso, a técnica de microencapsulação tem se destacado, pois poderá protegera ficocianina a qual é termo instável, além de mascarar o sabor e odor característicosda microalga. Um dos fatores que devem ser levados em conta no processo deencapsulação é a elevada eficiência de encapsulação e também a baixa solubilidadeem água. Nesse contexto, objetivou-se desenvolver massa alimentícia tipo talharimadicionada de Spirulina microencapsulada.

DESENVOLVIMENTO:

A Spirulina foi microencapsulada por gelificação iônica, na qual são formadasmicroesferas. As microcápsulas foram formadas por Ren et al. (2016) pelo método queconsiste no preparo de 100 mL de solução de alginato de sódio (1,5%) com 3,7g deSpirulina sp. Comercial, Após a adição da Spirulina, agitou-se por 30 min.Posteriormente atomizou-se a mistura em 200 mL da solução de cloreto de cálcio(1,1%), proporção de 1:1 de Spirulina:sólidos totais. Em seguida, as cápsulas foramfiltradas, lavadas 3 vezes com água destilada (300 mL) e liofilizadas. A eficiência deencapsulação foi determinada pelo teor de proteína através do método de Kjeldhal,sendo de 87,66%. A solubilidade das microesferas foi determinada pelo métodogravimétrico citado por Cano-Chauca et al. (2005), apresentando solubilidade de

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8,64%, o que permitiu a adição das microcápsulas na massa sem solubilização duranteo cozimento.

As massas foram formuladas de acordo com o limite de ingestão diária deSpirulina platensis permitido pelo FDA (3 g), por porção de massa fresca (100 g). Amassa foi preparada segundo formulação padrão e processada em extrusora paraobter o formato da massa tipo talharim. Foram realizadas 4 formulações de massafresca ( padrão, padrão + cápsulas vazias, padrão + 3 g/100 g de Spirulina, padrão + 3g/100 g de Spirulina microencapsulada). As massas foram elaboradas, cozidas esubmetidas a teste sensorial de aceitabilidade e segundo a metodologia CATA (CheckAll That Apply) ou Marque tudo que se aplica. Os consumidores (50), receberam asamostras das 4 formulações de massa fresca tipo talharim de forma monádica. Aanálise sensorial mostrou que não houve diferença na aceitabilidade das formulaçõesem relação ao sabor (Tabela 1). A massa pdrão foi mais bem representada pelosatributos de textura firme e pegajosa, cor uniforme e bordas lisas (Figura 1). A massacom esferas vazias foi representada pela adesividade, sabor levemente adstringente,gosto e odor de farinha e cor creme. Na massa com Spirulina microencapsulada, osatributos foram odor de peixe fresco, cor não uniforme, presença de pontos verdes,textura rugosa e bordas serrilhadas. Já a massa com Spirulina livre, sabor de alga e depeixe cru, residual amargo, odor de alga, cor verde musgo e cor verde. A massacontrole e a massa com Spirulina microencapsulada, são mais bem representadospelos atributos relacionados à textura e a aparência, enquanto as massas adicionadasde esferas vazias e da Spirulina livre, são representadas pelos parâmetros maisrelacionados ao gosto/sabor e cor. A utilização da metodologia CATA é uma boaferramenta para coletar informações sobre a percepção dos consumidores em relaçãoàs características sensoriais dos produtos, isso pode contribuir para as melhorias nodesenvolvimento do produto (BRUZZONE et al., 2015).

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

A massa adicionada de Spirulina encapsulada apresentou elevada eficiência deencapsulação aprisionando maior quantidade de material ativo e baixa solubilidadesendo ideal para adicioná-las em massa fresca. A microencapsulação permitiumascarar o sabor e odor característicos, e a proteção do potencial antioxidante damicroalga, sendo este o ingrediente diferenciado na massa fresca tipo talharim.

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REFERÊNCIAS

BRUZZONE, F.; VIDAL, L.; ANTÚNEZ, L.; GIMÉNEZ, A.; DELIZA, R.; ARES, G. Comparisonof intensity scales and CATA questions in new product development: Sensorycharacterisation and directions for product reformulation of milk desserts. FoodQuality and Preference, v. 44, p. 183-193, 2015.

CANO-CHAUCA, M.; STRINGHETA, P. C.; RAMOS, A. M.; CAL-VIDAL, J. Effect of thecarriers on the microstructure of mango powder obtained by spray drying and itsfunctional characterization. Innovative Food Science and Emerging Technologies, v. 5,n. 4, p. 420–428, 2005.

REN, Y.; XIE, H.; LIU, X.; YANG, F.; YU, W.; MA, X. Tuning the formation and stability ofmicrocapsules by environmental conditions and chitosan structure. InternationalJournal of Biological Macromolecules, n. 9, p. 1090-1100, 2016

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA (para trabalhos de pesquisa): 2.143.384

ANEXOS

Tabela 1 – Médias dos atributos utilizados para avaliar a aceitabilidade do consumidor da massa fresca adicionada de Spirulina encapsulada.

AtributosMassa

controleMassa com

esferas vaziasMassa com Spirulina

microencapsulada

Massa comSpirulina nãoencapsulada

Cor 7,20±1,36ab 6,98±1,59a 7,31±1,39ab 7,76±1,24b

Textura 7,67±1,07a 7,57±1,36a 7,71±0,83a 8,10±0,81a

Aparência 7,53±1,16ab 7,27±1,39a 7,37±1,11ab 7,90±1,01b

Odor/ aroma 7,57±1,17a 7,71±1,12a 7,33±1,41a 7,35±1,57a

Sabor 7,65±1,43a 7,73±1,08a 7,51±1,30a 7,90±0,98a

Impressão global 7,51±1,22a 7,65±1,11a 7,55±1,03a 7,94±0,86a

média±desvio padrão; Valores seguidos de letras iguais, na mesma linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey(p>0,05).

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Figura 1- Número de autovalores dos componentes das frequências dos termos do teste CATA e

percentuais de explicação obtidos.

AD: Adesividade (gruda no dente); BL: Bordas lisas; BS: Bordas serrilhadas; CC: Cor creme; CNU: Cor nãouniforme; CU: Cor uniforme; CV: Cor verde; CVM: Cor verde musgo; GF: Gosto de farinha; LA: Levemente

adstringente; AO: Odor de alga; OF: Odor de farinha; OP: Odor de peixe fresco; PPV: Presença de pontos verdes; RA:Residual amargo; AS: Sabor de alga; SP: Sabor de peixe cru; TF: Textura firme; TP: Textura pegajosa; TR: Textura

rugosa.

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(    ) Resumo ( X ) Relato de Caso

OCORRÊNCIA DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA DE UMA PROPRIEDADELEITEIRA

AUTOR PRINCIPAL: Renan Lazzaretti CO-AUTORES: Bruno Maron Lewe, Felipe Scalabrin, Volmar Pivotto BussolottoORIENTADOR: Fernando PilottoUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

No ano de 2001 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, criou oPrograma Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal(PNCEBT) com o objetido de melhor a sanidade humana e animal. São zoonosescausadoras de consideráveis prejuízos econômicos e sociais, em virtude do impactoque produzem na produtividade dos rebanhos e dos riscos que acarretam à saúdehumana. (MAPA, 2006). A brucelose é causada por bactérias intracelulares facultativasdo gênero Brucella, do grupo dos cocobacilos Gram-negativas, imóveis e nãoesporuladas. As principais manifestações clínicas cursam com aborto no terço final degestação, nascimentos prematuros, reabsorção embrionária, esterilidade e baixaprodução de leite. Bactérias do gênero Mycobacterium são causadoras da tuberculosebovina, são bactérias bastonetes, imóveis, não capsulados. A principal causadora detuberculose em bovinos é a M. bovis. A doença curso sem sinais clínicos evidentes.(RIET CORREA, 2001).

DESENVOLVIMENTO:

A pesquisa foi conduzido em uma propriedade leiteira, localizada no município deUnião da Serra, RS. Foram testados 49 fêmeas bovinos para tuberculose, utilizadaspara produção leiteira. O rebanho era formado por animais da raça Holandes, comidades que variavam entre zero e nove anos. Todos os animais foram submetidos aodiagnóstico alérgico-cutâneo com tuberculina, realizando a prova de tuberculinizaçãocomparativa, foi utilizando a tuberculina PPD aviária e PPD bovina, na concentração de

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1 mg de proteína por mL (32.500 UI) e 0,5 mg de proteína por mL (25.000 UI) por dose,respectivamente. A aplicação das tuberculinas foi de forma intradérmica, na região daescápula, sendo a PPD aviária anterior à PPD bovina com cerca de 20 cm de distanciauma da outra. Foram utilizadas seringas tipo pistola automáticas, próprias paratuberculinização, na dosagem de 0,1 mL. Após 72 horas da inoculação realizou-se amensuração com o cutímetro próprio. A reação cutânea foi quantificada pela diferençade mensuração anterior a aplicação e no dia da leitura. Animais que apóstuberculinização apresentassem esperrura superor a 4 mm eram consideradospositivos, entre 2,0 a 3,9 mm foram considerados inconclusivos e inferior a 1,9 mmconsiderados negativos. Destes 49 animais, 14 apresentaram resustado superiore a 4,0mm, 13 animais apresentaram resultado entre 2,0 a 3,9 mm e 22 animaisapresentaram resultados inferiores a 1,9 mm. Para o exame de brucelose foramtestados 33 fêmeas com idades que variavam entre dois a nove anos. Destas 33fêmeas, apenas 27 foram vacinas com a vacina B19. Os animais foram submetidos aoTeste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), naconcentração de 8%, tamponado em pH ácido (3,65) e corado com o Rosa de Bengala,sendo considerado como teste de triagem. Para a confirmação oficial foi realizado oTeste do 2-Mercaptoetanol (2-ME), que detecta somente a presença de IgG no soro,sendo a imunoglobulina indicativa de infecção crônica. Para o teste de soroaglotinaçãofoi dispensado 30 µL de soro e 30 µL de antígeno em uma placa de vidro, em seguidaos dois componentes foram misturados por meio de misturador simples, commovimentos circulares. Na sequencia foi realizado movimentos oscilatórios na placa devidro, numa frequencia de 30 movimentos por minuto, de modo a permitir que amistura soro-antígeno fluasse lentamente dentro de cada círculo, esses movimentosocorreram por 4 minutos. Para ser considerado positivo (reagente) os testes deveriamapresentar presença de grumos e os negativos (não reagentes) ausencia de grumos.Dos 33 animais testados uma fêmea apresentou resultado positivo ao teste deSoroaglutinação e esse resultado se confirmou no teste de 2-ME.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Conclui-se que o rebanho testado apresentou alto indice para tuberculose bovina, ecom baixo para brucelose bovina. Recomenda-se que se realize medidas que visem ocontrole e erradicação da doença, como a eliminação dos animais positivos, vacinçãopara bezerras de 3 a 8 meses e principalmente, testar os proprietarios, pois os mesmospoderão ter adquirido a doença.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Agricultura. Departamento de Defesa Animal (DDA). ProgramaNacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), b. Brasília:

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Ministério da Agricultura, 2006. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>.Acesso em 05 de agosto de 2018.

RIET CORREA, F. et al. Doença de ruminantes. e quinos. 2. ed. São Paulo: Varela, 2001.Vol. I, 426 p.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

AVALIAÇÃO DE UMA VACINA INATIVADA PARA PROTEÇÃO DE JUNDIÁS CONTRASEPTICEMIA HEMORRÁGICA

AUTOR PRINCIPAL: Rovian Miotto CO-AUTORES: Lucas Soveral, Karina Kirsten, Ana Paula VoloskiORIENTADOR: Luiz Carlos KreutzUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF

INTRODUÇÃO

O crescimento e a intensificação da produção de peixes favorecem o aumento daincidência e severidade de doenças infecto contagiosas. A infecção por Aeromonashydrophila, por exemplo, causa ruptura de pequenos vasos sanguíneos provocandohemorragias cutâneas e nas nadadeiras, que progridem para ulcerações com perda deepitélio, anemia, anorexia, letargia, sepse hemorrágica e morte (NETO, 2016)principalmente em criações de jundiás em situações de estresse (BARECELLOS et al.,2008). O desenvolvimento de vacinas tem sido a pricipal ferramenta para combater osdanos causados por doenças infecto contagiosas na produção de peixes (PAVAN,2014). Nesse estudo, nosso principal objetivo foi avaliar a capacidade de uma vacinainativada em induzir anticorpos e proteger jundiás experimentalmente infectados pelaA. hydrophila.

DESENVOLVIMENTO:

Os peixes (n = 60) foram distribuídos igualmente em 4 tanques (15 peixes/tanque) comcapacidade para 500 L de água cada, alimentados com ração comercial at libitum eaclimatados por sete dias. Os peixes foram anestesiados com eugenol (50 ug/ml) paracoleta de sangue e inoculação da vacina (100 ul). O grupo 1 recebeu bacterina +adjuvante pela via intraperitoneal (IP); o grupo 2 recebeu bacterina em micropartículaspela via IP; o grupo 3 recebeu bacterina em micropartículas via oral; e o grupo 4recebeu micropartículas vazias pela via IP (grupo controle). Aos 21 dias pós-vacinação,

Page 267: Autor e trabalho presentes neste documento

todos os peixes foram novamente anestesiados para coleta de sangue. A presença deanticorpos especificos contra A. hydrophila foi avaliado por meio de aglutinação. Ospeixes do grupo 2 (bacerina em micropartículas, via IP) apresentaram maior produçãode anticorpos anti-Aeromonas quando comparados com os demais grupos. Após, acapacidade da vacina em proteger jundiás contra a infecção experimental foi avaliadaem um segundo experimento pelo desafio experimental com A. hydrophila. Nesseexperimento, 50 peixes foram vacinados (via IP) com a bacterina inativada e 50 peixesreceberam placebo. E, 21 dias após a vacinação, todos os peixes foram inoculados pelavia IP com a bactéria. A dose utilizada foi equivalente a 2 vezes a dose letal para 50%dos peixes (DL50%). Todos os peixes foram pesados antes da vacinação e no momentodo desafio. Os peixes foram então observados por 10 dias para anotar lesões emortalidade, não houve diferenciação nas lesões entre os grupos. Os peixes vacinadosapresentaram menor ganho de peso no intervalo entre a vacinação e o desafio. Noentanto, a mortalidade frente ao desafio dos peixes do grupo vacinado foisignificativamente menor comparado aos peixes não vacinados. Os peixes nãovacinados tiveram uma sobrevivencia de 10%, e nos peixes vacinados foi maior que70%. Ressalta-se que a dose de desafio foi 2 vezes maior do que a DL50% pois em umestudo piloto anterior todos os peixes vacinados sobreviveram ao desafio com aDL50%. A vacina produzida foi então avaliada em condições de campo em 400 peixes.Não houve alterações decorrentes da vacinação ou relatos de mortalidade ou baixodesempenho dos peixes vacinados. A vacina desenvolvida é segura e eficaz contra ainfecção por A. hydrophila em jundiás.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:O estudo demonstrou que a vacina produzida induz anticorpos anti-Aeromonas emjundiás, principalmente quando inoculada pela via IP. A vacina é segura e eficaz naproteção de jundiás contra o desafio pela A. hydrophila. A redução no ganho de pesodos jundiás vacinados pode ser recuperado até a terminação ou pela redução namortalidade pois estão protegidos contra a infecção.

REFERÊNCIAS

BARCELLOS, L.J.G., KREUTZ, L.C., RODRIGUES, L.B. et al., Aeromonas hydrophila emRhamdia quelen: aspectos macro e microscópico das lesões e perfil de resistência aantimicrobianos. Bol. Inst. Pesca 34(3)355-363, 2008.NETO, F. A. M. SEPSE AGUDA POR Aeromonas hydrophila EM Piaractusmesopotamicus: CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E MICROBIOLÓGICAS. Dissertação(Dissertação em Medicina Veterinária, área de Patologia Animal) – Unesp, Câmpus deJaboticabal. Jaboticabal, p. 2 – 62. 2016.PAVAN, T. R. EFICÁCIA DE DIFERENTES COMBINAÇÕES DE ANTÍGENOS E ADJUVANTESNA INDUÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL EM JUNDIÁS (Rhamdia quelen).

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Dissertação (Dissertação no Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação) –UPF. Passo Fundo, p. 1 – 62. 2014. 

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

CESAREANA EM SUÍNO - RELATO DE CASO

AUTOR PRINCIPAL: Sabrina de AlmeidaCO-AUTORES: Anaísis Damo; Gabriela Vincensi da Costa; Jerbeson Hoffmann; Leonardo Motta Fornari; Leonardo Porto Alves.ORIENTADOR: Giseli Aparecida RitterbuschUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Na suinocultura, o número de leitões nascidos vivos é um importante parâmetro deprodutividade (DIAL, et al., 1992). Problemas como as distocias podem aumentar onúmeros de leitões natimortos, principalmente por prolongar o tempo de duração doparto, além de maior probabilidade de ruptura prematura do cordão umbilical,levando à hipóxia e, possivelmente, lesão cerebral irreversível no leitões (JACKSON,1975). O atendimento ao parto tem um papel importante nesse índice, uma vez que, onascimento representa um momento crítico para a sobrevivência tanto da matriz,quanto dos descendentes, sendo um agente direto quanto a vitalidade dos leitões aolongo de seu desenvolvimento. O objetivo desse trabalho é mostrar a importânciasobre a capacidade de reconhecer uma distocia e a necessidade de intervençãocirúrgica, bem como, relatar um caso de cesárea em fêmea suína.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendida no Setor de Grandes Animais do Hospital Veterinário da Universidade dePasso Fundo (UPF), uma fêmea suína da raça Duroc, com um ano e seis meses deidade, pesando aproximadamente 120 kg. O proprietário relatou que a fêmeaencontrava-se em trabalho de parto há pelo menos 4 horas. No exame clínicoverificou-se obstrução do canal do parto devido a desproporção feto-pélvica. Semsucesso na intervenção obstétrica manual, a paciente foi encaminhada para cesariana,totalizando aproximadamente 6 horas de trabalho de parto, o que caracteriza distocia.

Page 270: Autor e trabalho presentes neste documento

A medicação pré-anestésica foi realizada com midazolan na dose de 0,5mg/kg (IM) e aindução foi feita com quetamina na dose de 11mg/kg (IV). A manutenção anestésicafoi realizada com isoflurano ao efeito, e devido à dificuldade em introduzir o tuboendotraqueal utilizou-se uma máscara. O procedimento cirúrgico iniciou com incisãoparamamária de 18cm. Ao acessar a cavidade abdominal, um dos cornos uterinos foiexposto e realizou-se uma incisão de 15cm próximo à bifurcação, e foram removidosnove leitões, sendo que um deles estava obstruído no canal do parto. Após, foirealizada a sutura do útero com padrão contínuo simples, seguido por suturainvaginante cushing com fio PDS 2-0. Em seguida, lavou-se a cavidade abdominal comcloreto de sódio a 0,9%, e logo após, feita a sutura do peritônio e camada muscular empadrão contínuo simples festonado com fio poliglactina 910 n°1. Reduziu-se o espaçomorto com fio poliglactina 910 n°0 utilizando padrão contínuo simples. A síntese depele foi realizada em padrão contínuo simples festonado com fio náilon n°0. Dos noveleitões removidos, quatro eram natimortos e cinco foram submetidos aos cuidadosnecessários, com reanimação, estímulos para respiração com o auxílio de oxigênio e,visando homeostasia térmica, aquecedores. Apesar disso, três leitões acabaram vindoa óbito. O tratamento pós-cirúrgico instituído para a fêmea foi: antibioticoterapia compenicilinas associadas (40.000 UI/kg, IM, q48h, 3 aplicações); como analgésico e anti-inflamatório, optou-se por diclofenaco (1mg/kg, IM, q24h, por 5 dias); e a fim defornecer melhor analgesia foi administrado tramadol (4 mg/kg, IM). Os medicamentosutilizados durante o pré, trans e pós cirúrgico não possuem contraindicações parasuínos, sendo restrito apenas a associação de penicilinas durante a gestação, devido aoseu potencial nefrotóxico. Após 5 dias de internação, sem apresentar sinais decomplicações e com o término do tratamento pós-cirúrgico, a paciente obteve alta,juntamente com dois leitões em perfeitas condições de saúde. Segundo Mellagi et al(2009), a intervenção ao parto, onde há manipulação do trato reprodutivo da fêmea,pode levar ao aumento no número de leitões natimortos, bem como afetar o intervalodesmame-estro, a taxa de parto ou o tamanho da leitegada subsequente, acarretandoem prejuízos e descarte precoce de fêmeas.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Desta forma, pôde-se evidenciar o sucesso da intervenção cirúrgica num quadro dedistocia em fêmea suína. Porém, vale ressaltar que em condições de criação industrialou à campo, este tipo de procedimento acaba não sendo realizado com frequência,devido aos custos e riscos para a matriz, pelo próprio ambiente, onde a condição dehigiene não é adequada para uma intervenção cirúrgica deste porte.

REFERÊNCIAS

DIAL, G. D.; MARSH, W. E.; POLSON, D. D.; VAILLANCOURT, J. –P. Reproductive failure:differencial diagnosis. In: LEMAN, A. D.; STRAW, B. E.; MENGELING, W. L.; D’ALLAIRE,

Page 271: Autor e trabalho presentes neste documento

S.; TAYLOR, D. J. Disease os swine. 7. ed. London: Iowa State University Press, 1992. P.88-137.JACKSON. P. G. G. The incidence of stillbirth in cases of distocia in sows. VeterinaryRecord, v. 97, p. 411-412. 1975.MELLAGI, A. P. G.; HEIM, G.; BERNARDI, M. L.; BORTOLOZZO, F. P.; WENTZ, I.Caracterização e desempenho reprodutivo de fêmeas suínas submetidas à intervençãoobstétrica manual. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.5, p.1478-1484, 2009.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa):     

ANEXOS     

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA COMO OPÇÃO NO TRATAMENTO DE UM CANINOCOM MELANOMA ORAL - RELATO DE CASO

AUTOR PRINCIPAL: Sheila Donato CO-AUTORES: Priscila Secchi; Amanda Lara; Fernanda Lara Ribeiro; Luiz Carlos Kreutz; Márcio Machado da Costa; Ricardo Oliveira; Luis Pedrotti; Taciele Gasparetto CasselORIENTADOR: Heloísa Helena de Alcantara BarcellosUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

O melanoma oral é originado a partir dos melanócitos, com ocorrência comum emcães e rara em gatos, possuindo comportamento maligno e metastático (JONES et al.,2000). Há vários métodos de tratamento, dentre eles a quimioterapia. A convencionalé realizada com altas doses de fármacos citotóxicos, a fim de destruir célulascancerígenas (BARROS; REPETTI, 2015). Após a aplicação, respeita-se um período derepouso para permitir a recuperação dos tecidos saudáveis, porém, neste período,verifica-se novamente o crescimento de células tumorais e, com isso, a progressão daenfermidade (MUTSAERS, 2009). Já a quimioterapia metronômica com ciclofosfamidaé realizada em baixas e contínuas doses, garantindo o mesmo efeito citotóxico, porém,proporcionando efeitos colaterais mais brandos quando comparados ao do tratamentoconvencional (HANAHAN et al., 2000). O objetivo desse trabalho é relatar o caso de umcanino com melanoma, sendo submetida a quimioterapia metronômica comciclofosfamida.

DESENVOLVIMENTO:

Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, uma canina, daraça Yorkshire Terrier, de 11 anos e pesando 4kg. O proprietário relatou terencontrado a uma semana um nódulo subcutâneo de crescimento rápido na região damandíbula esquerda. Este nódulo media 3x4cm, apresentava um formato indefinidocom superfície irregular e ulcerada, e consistência macia. Foi observado no exame

Page 273: Autor e trabalho presentes neste documento

físico que o animal estava com sobrepeso, taquipnéia e linfonodos submandibularesdiscretamente aumentados. Os exames complementares, tais como bioquímica séricae hemograma, não tiveram alterações relevantes. Na ultrassonografia não foramobservadas alterações dignas de nota em órgãos abdominais, indicando que nãohaviam evidências de metástases. O tratamento proposto foi a exérese cirúrgica donódulo e posterior quimioterapia, conforme o resultado do exame histopatológico. Oprocedimento cirúrgico envolveu a remoção do nódulo, próximo a comissura labialesquerda. Após a cirurgia, o material excisionado foi encaminhado para biópsia, cujoresultado foi compatível com melanoma oral melanótico misto. O tratamento primárioinstruído foi com espiramicina (150.000 UI/kg) e metronidazol (25 mg/kg), a cada 24horas durante 10 dias, firocoxib (5 mg/kg) a cada 24 horas, durante 20 dias, omeprazol(10 mg/kg) a cada 24 horas, durante 20 dias, cloridrato de tramadol (2 mg/kg) a cada 8horas, durante 5 dias e dipirona (25 mg/kg) a cada 8 horas, durante 7 dias. Foiinstruído que a paciente se mantivesse em repouso, fosse oferecido apenas raçãopastosa, além da limpeza dos pontos com solução de NaCl 0,9%, 2 vezes por dia, atéretirada dos mesmos, manutenção de colar elizabetano e retorno para reavaliação em10 dias. No retorno, com a ferida cicatrizada, foram retirados os pontos e iniciadotratamento com quimioterapia metronômica, utilizando ciclofosfamida, na dosagemde 50 mg, a cada 24 horas, até novas recomendações. A ciclofosfamida é ummedicamento antineoplásico de uso humano, porém com literatura técnica baseandoseu uso na medicina veterinária. Para monitoramento está sendo realizado, a cada 6meses, ultrassom abdominal e raio-x torácico para controle de metástases, examesbásicos de avaliação renal (ureia e creatinina) e hepática (ALT, AST, FA e GGT), e aindarealização de hemograma para controle de leucócitos e trombócitos, devido asupressão da medula óssea que pode ocorrer durante realização do tratamento.Devido aos efeitos adversos da quimioterapia por dose máxima tolerada, a escolhapela quimioterapia metronômica ocorreu com intuito de reduzir efeitos secundários,como a queda de defesa imunológica, êmese, anorexia, diarreia e náuseas, podendodebilitar o animal, colocando, assim, a saúde da paciente em risco.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Após 12 meses de tratamento, não houveram efeitos colaterais, porém, dentre osexames para monitoramento, foi encontrado metástase no pulmão da paciente,indicando assim que a quimioterapia metronômica com ciclofosfamida necessita demaiores estudos, identificando sua real eficiência e se ela é uma boa opção notratamento para o melanoma oral, já que um dos objetivos da terapia é, além dediminuir os efeitos colaterais, controlar a doença e aumentar a sobrevida do animal.

REFERÊNCIAS

Page 274: Autor e trabalho presentes neste documento

BARROS, V. T. M.; REPETTI, C. S. F. Quimioterapia metronômica em cães: revisão deliteratura. Revista Portuguesa de Ciência Veterinárias, v. 110, n. 593-594, p. 49-53,2015.

HANAHAN D.; BERGERS G.; BERGSLAAND E. Less is more, regularly: metronimic dose ofcytotoxic drugs can target tumor angiogenesis in mice. The Jornal of ClinicalInvestigation, v. 105, n. 8, p. 1045-1047, 2000.

JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, N. W. Patologia veterinária. 6 ed. Manole: São Paulo,2000. 1415 p.

MUTSAERA, A. J. Metronomic Chemotherapy. Topics in companion animal medicine. v.24, n. 3, p; 137-143, 2009.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

Conservação de amostras de leite cru utilizando diferentes concentrações deazida sódica e cloranfenicol.

AUTOR PRINCIPAL: Suelen Cristine Zanco CO-AUTORES: Franciele Rampazzo Vancin; Luciane Daroit; Bruna Webber; Enzo Mistura; Rafael levandowskiORIENTADOR: Profa. Dra. Laura Beatriz RodriguesUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A preocupação na busca pela qualidade do leite é crescente. Um dos requisitos essenciais para uma matéria prima de qualidade é a baixa contagem bacteriana, que representa boas condições de higiene. Conforme previsto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção de leite destinada ao processamento em estabelecimentos sob fiscalização federal deve ser mensalmente submetida para análise em um dos laboratórios da Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade. A logística de coleta, envio e a análise laboratorial das amostras de leite consiste de várias etapas, o que demanda tempo e requer a utilização de conservantes bacteriostáticos nas amostras, garantindo a integridade temporária das mesmas, pois reduz a atividade metabólica das bactérias, sem que hajaalteração da população bacteriana, garantindo uma maior confiabilidade aos resultados. A presente pesquisa, teve como objetivo avaliar um método mais eficaz para a conservação de amostras de leite cru.

DESENVOLVIMENTO:

O experimento foi realizado na Universidade do Contestado - UnC, em Concórdia (SC), utilizando a estrutura do Laboratório Estadual da Qualidade do Leite e do Complexo deDesenvolvimento Científico. As amostras foram preparadas a partir de leite in natura, coletado de tanque de refrigeração, em temperatura de 4°C, de duas propriedades

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rurais do mesmo município. Na propriedade 1, o leite apresentou contagem bacterianaem acordo com a normativa, aproximadamente 50.000 UFC/mL, identificado como grupo 1 (G-1). Na propriedade 2, o leite apresentou contagem bacteriana em desacordo com a normativa, aproximadamente 1.000.000 UFC/mL, identificado como grupo 2 (G-2). No laboratório, foram adicionados 40 mL de leite de cada grupo em frascos estéreis com a adição de pastilhas de conservante contendo azida sódica e cloranfenicol (T1: concentração usual, com 4,79 mg de azida sódica e 0,2 mg de cloranfenicol; T2: concentração dupla; T3: concentração tripla e T4: sem a adição do conservante). Após a adição das pastilhas, os frascos foram homogeneizados e incubados em BOD com temperaturas de 3°C ± 1°C, 6°C ± 1°C e 9°C ± 1°C, permanecendo por 14 dias. Todas as condições foram testadas em quadruplicata, e analisadas individualmente em contador bacteriano eletrônico por citometria de fluxo.Obteve-se como resultados: as amostras do T-1, apresentaram viabilidade analítica atéo quinto ou sexto dia de incubação. O desempenho deste tratamento foi semelhante ao do T-2, e o tempo de conservação próximo de relatos onde até o sétimo dia os resultados não são afetados, mantendo-se analiticamente viáveis (Cassoli et al., 2010; Souza et al., 2006 e Zeni, 2014). Para o T-3, foi observada a maior viabilidade analítica, possibilitando a análise da contagem bacteriana até o décimo segundo dia, em temperatura de incubação de 3°C, e até o oitavo dia, em incubação a 6°C, sem alteração significativa dos resultados. Deste modo, demonstra-se a eficácia superior daconcentração tripla dos componentes do conservante para a manutenção das amostras, quando comparado aos demais tratamentos testados, com concentração usual e dupla do produto, comprovando assim o efeito bacteriostático do conservante,principalmente pelas duas substâncias que compõe a pastilha, a azida sódica como agente bacteriostático e o cloranfenicol como antibiótico; porém, para o leite com carga bacteriana inicial elevada, verificamos a redução da viabilidade analítica, mesmo associando a utilização do conservante à refrigeração sob baixas temperaturas. No T-4,ficou evidente a necessidade da utilização do conservante, uma vez que as amostras mantiveram-se viáveis por curto período, mesmo acondicionadas em refrigeração, apresentando acentuada deterioração, com formação de coágulos e presença de gás de odor fétido. Para este mesmo tratamento, independente da temperatura, houve a elevação da contagem bacteriana a medida em que o tempo de incubação aumentou, demonstrando desta maneira, associação entre as variáveis.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:

A manutenção das amostras somente foi possível com a utilização do conservante. O acondicionamento sob baixas temperaturas não foi suficiente para impedir o aumento da contagem bacteriana e a deterioração das amostras ao longo do período de incubação. A melhor condição de conservação foi evidenciada para o tratamento com dose tripla de azida sódica e cloranfenicol.

REFERÊNCIAS

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CASSOLI, L. D.; MACHADO, P. F.; COLDEBELLA, A. Métodos de conservação de amostrasde leite para determinação da contagem bacteriana total por citometria de fluxo.Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 2, 2010.SOUZA, G. N.; FARIA, C. G.; RIOS, R. J.; et al. Efeito da temperatura e do tempo dearmazenamento sobre a contagem total de bactérias em amostras de leite cruconservadas com azidiol. Revista Inst. Laticínios Cândido Tostes Juíz de Fora, v. 61,2006.ZENI, E. Efeito do binômio tempo e temperatura de conservação sobre o aspecto de qualidade higiênico-sanitário de leite de cabra. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados), Universidade Federal de Juíz de Fora, Juíz de Fora/MG, 2014.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

ANEXO

Figura 1 - Efeito do tempo de armazenamento para o T-1, T-2, T-3 e T-4 emtemperatura de 3°C, 6°C e 9°C para ambos os grupos de leite

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Legendas:T-1: Conservante com dose usual; T-2: Conservante com dose dupla; T-3: Conservante com dose tripla eT-4: Sem utilização do conservante.Em virtude da deterioração das amostras, não foi possível analisar o T-4 por todo o período de incubação.

Fonte: Elaborado pelo Autor (2018).

Na figura acima, os gráficos A, B e C são representativos do G-1, enquanto queos gráficos D, E e F do G-2. Foram avaliados os quatro tratamentos por 14 dias deincubação em temperatura de 3°C, 6°C e 9°C.

Diante do comportamento do tratamento 4 (T-4), fica ainda mais evidente anecessidade da utilização do conservante nas amostras, independente da temperatura emque as mesmas serão mantidas até o momento do ensaio.

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

ESTAÇÕES DO ANO INDICAM MELHOR PRODUÇÃO E QUALIDADE EM CULTIVARES DEDIAS NEUTROS DE MORANGUEIRO

AUTOR PRINCIPAL: Thomas dos Santos Trentin CO-AUTORES: Eunice Oliveira Calvete, Rosiani Castoldi da Costa, José Luís Trevizan Chiomento, João Eduardo Carniel De Paula, Daniela Dall Agnol e Nicolas dos Santos TrentinORIENTADOR: Eunice Oliveira CalveteUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

No Brasil, o morangueiro (Fragaria x ananassa Duch.) é a espécie do grupo daspequenas frutas com maior área cultivada e maior tradição no cultivo. O emprego doambiente protegido na horticultura aumentou consideravelmente, pois proporciona oaumento da precocidade e produtividade, além da produção fora de época(MENDONÇA, 2011). Com base nisso, algumas cultivares voltadas a esse fato tem sidoselecionadas e utilizadas pelos produtores na região Sul do Brasil. Dentre elasencontram-se as de Dias Neutros (DN), que não respondem ao fotoperíodo. Porém, osprodutores não têm conhecimento do comportamento dessas cultivares em relação aorendimento e a qualidade, quando produzidas no sistema convencional em ambienteprotegido. Com base na hipótese de que as cultivares de morangueiro produzem maisfrutos e de melhor qualidade na metade da primavera, o objetivo do estudo foi avaliarse cultivares de morangueiro, colhidas em diferentes épocas, diferem quanto àprodução e qualidade de frutos.

DESENVOLVIMENTO:

O experimento foi realizado de maio de 2017 a janeiro de 2018, no Setor deHorticultura da UPF, em estufa agrícola. Os tratamentos foram três cultivares demorangueiro (Albion, Aromas e San Andreas) e cicno épocas de colheita (setembro,

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outubro, novembro, dezembro e janeiro), delineados em blocos casualizados, com trêsrepetições. Avaliaram-se o desempenho agronômico [número total de frutos (NTF),massa fresca total de frutos (MFTF) e teores de clorofila A (CA), B (CB) e total (CT)] e aqualidade de frutos [teor de sólidos solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT),relação SST/ATT e teor antociânico]. Os dados obtidos foram submetidos a análise devariância (ANOVA) e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste deTukey, a 5% de probabilidade de erro, com o auxílio do programa Costat®. Quanto aorendimento de frutos, pela ANOVA observaram-se diferenças significativas nainteração para NTF e MFTF. Também houve significância para CA, CB e CT para ambosos fatores de forma isolada. Para NTF as melhores combinações foram Albion emdezembro e Aromas em janeiro. Para MFTF as melhores combinações foram Albion emdezembro, Aromas em novembro e janeiro e San Andreas em janeiro. A cultivar Albionteve os teores de clorofila (A, B e total) mais baixos durante o cultivo. O mês denovembro foi onde as cultivares apresentaram os menores teores de clorofila (A, B etotal). Quando à qualidade de frutos, pela ANOVA observaram-se diferençassignificativas de forma isolada para as épocas em relação aos atributos SST, ATT e SST/ATT. Além disso, considerando apenas as cultivares, as diferenças significativasocorreram para o teor antociânico. Nas variáveis que determinam o sabor do frutocomo ATT, SST e a relação SST/ATT, o mês de setembro apresentou os resultados maisbaixos. Na quantificação do teor de antocianinas, Albion e Aromas destacaram-se,apresentando maiores teores. A radiação fotossinteticamente ativa (RFA) e atemperatura são fatores determinantes para o rendimento de frutos (ANDRIOLO,2000). Observou-se que ao longo do ciclo a temperatura média (22,1ºC) e a RFA(232.16 µmol m²/s) ficaram abaixo da faixa ótima para o desenvolvimento da cultura(de 24 a 26 ºC e de 400 a 450 µmol m²/s, respectivamente) (LI et al., 2009), o que podeter comprometido o rendimento dos frutos. De forma semelhante, o comportamentodesses fatores (temperatura e radiação) são determinantes para os teores deantocianinas. A cultivar San Andreas foi a mais prejudicada. Esse fator pode estarassociado ao genótipo.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Cultivares de morangueiro colhidas em distintas épocas diferem quanto à produção equalidade de frutos. Confirma-se que, independente da cultivar, entre a metade daprimavera e a metade do verão obtém-se melhor desempenho produtivo e no iníciodo verão registra-se a melhor qualidade de frutos. Sugere-se o uso da cultivar Aromaspara obter maior produção e a cultivar Albion para melhor qualidade dos frutos. Acultivar San Andreas é indicada aos moranguicultores que buscam ambos propósitos.

REFERÊNCIAS

Page 281: Autor e trabalho presentes neste documento

ANDRIOLO, J. L. Fisiologia da produção de hortaliças em ambiente protegido.Horticultura Brasileira, Brasília, v.18,p.26-33, 2000.LI, H.; LI, T.; GORDON, R. J.; ASIEDU, S. K.; HU, K. Strawberry plant fruiting efficiencyand its correlation with solar irradiance, temperature and reflectance water indexvariation. Environmental and Experimental Botany, 2009.MENDONÇA, H. F. C. Produção e qualidade de morangos em cultivo protegidoconsorciado com a figueira. 2011. 122 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) –Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Universidade de Passo Fundo, PassoFundo, RS, 2011.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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( X ) Resumo (    ) Relato de Caso

Produção de material genético e explantes de milho para uso na engenhariagenética e avanço de gerações de eventos transgênicos em ambiente protegido

AUTOR PRINCIPAL: Tiago Kumm Geller. CO-AUTORES: Me. Cássia Ceccon, Dra. Dielli Aparecida Didoné, Isabele Mariana Weber dos Santos, Dra. Marilia Rodrigues de Silva, Raphael Aguiar, Me. Tiago Teixeira, Ph. D. Magali Ferrari Grando.ORIENTADOR: Ph. D. Magali Ferrari Grando.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF.

INTRODUÇÃO

O melhoramento genético possui uma série de ferramentas que podem ser utilizadasnas estratégias de melhoramento genético. Dentre elas a engenharia genética estápresente efetivamente no cenário da produção de vários cultivos no país, visandoacessar novas fontes de variabilidade genética. O método da Agrobacteriumtumefaciens é mais utilizados para estudos de transformação genética de milho,apresentando vantagem com a inserção de baixo número de cópias de transgene nogenoma da planta (FRAME et al., 2007). O trabalho teve como objetivo realizar oplantio de milho e seu manejo para produção de embriões imaturos (explantesutilizados na transformação genética de milho), visando à introdução de novos genesde resistência a insetos dentro das normas de biossegurança; produzir sementes dohíbrido Hi-II e seus parentais para continuidade dos experimentos e; realizar o cultivo,aclimatização e produção de sementes de diferentes gerações das plantastransgênicas.

DESENVOLVIMENTO:

O trabalho foi desenvolvimento no telado, na estufa e na casa de vegetação doLaboratório de Biotecnologia Vegetal (LBV) da FAMV/UPF. Foi realizado em etapas: (1)Plantio e cruzamento das linhagem parentais A188 X B73 para formação do híbrido F1

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Hi- II; (2) Plantio e autofecundação do híbrido Hi-II para geração de explantes a seremutilizados nos experimentos de transformação genética; (3) Aclimatização ecruzamento das plantas transgênicas em casa de vegetação.(1) No telado foi realizado correção necessária do solo de acordo com a sua análise,juntamente com o preparo do solo para a semeadura das linhagens parentais (A188 eB73) e do híbrido Hi-II. As linhagens parentais foram autopolinizadas para manter arenovação das sementes e também cruzadas para obtenção da geração F1 do híbridoHi- II. Foi produzido um total de 145 plantas, gerando 21.750 sementes do F1 dessecruzamento e 31.500 sementes dos parentais. (2) Para a produção de embriões imaturos utilizados na transformação de plantas, ohíbrido de milho Hi-II foi semeado no telado de setembro a janeiro e na estufa demarço a maio. Foram semeadas 24 sementes por semana no telado e 12 sementes porsemana dentro de vasos na estufa. No período reprodutivo as plantas foramautopolinizadas de forma controlada, realizando o registro do cruzamento(autopolinização ou fecundação cruzada) e a data de polinização para facilitar operíodo de checagem do tamanho dos embriões imaturos. A checagem era realizadaapós 10 - 12 dias da polinização na qual o embrião apresentava de 1,2 – 1,8 mm,tamanho ideal para realização dos experimentos de transformação genética. Asespigas apresentando tamanho ideal do embrião era retirada, registrada eencaminhada para o LBV. Foi possível obter um total de 3.235 embriões imaturos.(3) Os embriões armazenados no LBV passaram pela transferência do gene Jaburetox,que confere resistência a insetos, através do método de A. tumefaciens. Seis plantasgeneticamente modificadas do híbrido Hi-II regeneradas (geração R0) foramtransferidas para a casa de vegetação em vasos com substrato e vermiculita naproporção 1:1. Essas plantas foram cultivadas seguindo todas as normas técnicas daCTNBio para casa de vegetação. Além disso, 850 sementes da geração R1 de plantas geneticamente modificadas foramsemeadas em vasos na casa de vegetação, após análise molecular de PCR paradetecção da presença do gene, 140 plantas comprovaram a presença do Jaburetox emseu genoma, essas plantas produziram 1410 sementes. Também, foram semeadas 241sementes da geração R2, das quais, 116 comprovaram a insersão do gene Jaburetox eproduziram 2280 sementes. As sementes obtidas nas diferentes gerações de plantastransgênica serão semeadas no próximo ano para continuação das análisesmoleculares necessárias para a identificação da melhor planta com características deresistência a insetos, visando a obtenção de um novo produto tecnológico para omercado agrícola.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Foi possível obter através de plantas com poder germinativo e vigor significanteplantas sadias com embriões de alta qualidade que obtiveram resultados positivos natransformação genética no Laborátorio. Também, foi possível obter um número

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siginificativo de sementes para a continuidade da pesquisa, bem como avançargerações de plantas transgênicas em casa de vegetação.

REFERÊNCIAS

FRAME, B.; MAIN, M.; SCHICK, R.; WANG, K. Genetic Transformation Using MaizeImmature Zygotic Embryos. In: THORPE, A.; YEUNG, E. C. Plant Embryo Culture:Methods and Protocols, Methods in Molecular Biology. v. 710, p. 327-341, 2011.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

Page 285: Autor e trabalho presentes neste documento

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

Produção de plantas transgênicas de tabaco expressando substâncias inseticidas compotencial de controle de Helicoverpa armigera

AUTOR PRINCIPAL: Tiago Kumm Geller. CO-AUTORES: Me. Cássia Canzi Ceccon, Dra. Dielli Aparecida Didoné, Isabele Mariana Weber dos Santos, Dra. Marilia Rodrigues de Silva, Raphael Aguiar, Me. Tiago Teixeira,Ph. D. Magali Ferrari Grando.ORIENTADOR: Ph. D. Magali Ferrari Grando.UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo - UPF.

INTRODUÇÃO

A presença de insetos-praga é um dos principais fatores limitantes da produçãoagrícola; uma das estratégias de controle é a utilização de plantas transgênicasexpressando substâncias inseticidas. O Laboratório de Biotecnologia Vegetal da UPFestá avaliando duas novas tecnologias visando controle do inseto-praga Helicoverpaarmigera, as quais se referem ao uso da proteína entomotóxica Jaburetox e do RNA deinterferência (RNAi). Os genes do Jaburetox e o gene para produção das molecular doRNAi foram introduzidos em Nicotiana tabacum. Trabalhos envolvendo a utilização deplantas transgênicas devem ser realizados seguindo as normas de biossegurançaestabelecidas pela CTNBio. O presente trabalho busca apresentar as etapas detransformação genética de tabaco, visando a obtenção de plantas transgênicas queserão avaliadas quanto ao potencial de controle de H. armigera, ressaltando as normasde biossegurança que devem ser seguidas na execução do trabalho.

DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento de novas tecnologias de controle de insetos utilizando substânciasinseticidas expressas por plantas geneticamente modificadas envolve o teste dasmoléculas para verificação do potencial de controle do inseto-praga alvo. No presentetrabalho a construção gênica para expressão da proteína entomotóxica Jaburetox

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(JBTX) e do RNAdf do gene rieske, sendo o RNAdf a molécula desencadeadora doprocesso de silenciamento gênico por RNAi, foram inseridas em plantas de N.tabacum. Todas as etapas do processo de transformação genética, manipulação edescarte de tecidos e organismos geneticamente modificados foram realizadas emobservação às normas de biossegurança regidas pela CTNBio. O trabalho foi realizadono Laboratório de Biotecnologia Vegetal e Casa de Vegetação da Universidade dePasso Fundo (UPF), ambas unidades operativas são abrangidas pelo Certificado deQualidade em Biossegurança (CQB) concedido à UPF (CQB: 0272/08) permitindo odesenvolvimento de atividades com OGMs nestes locais. O processo de transformaçãode plantas foi realizado utilizando a metodologia de Agrobacterium tumefaciens. Osexplantes utilizados foram segmentos foliares de tabaco de 0,5 – 1,0 cm2, estes, foramsubmetidos à infecção por A. tumefaciens contendo os plasmídeos PMCG1005 RNAdf-rieske e PMCG1005-JBTX. Após, os explantes foram mantidos em meio de cocultivo por3 dias no escuro a 28ºC, posteriormente os explantes foram transferidos para o meiode seleção contendo o herbicida Bialaphos®, ao qual os tecidos geneticamentemodificados possuem resistência. Os explantes permaneceram neste meio até aemissão de brotações, as quais foram transferidas para meio de enraizamento, seguidodo processo de aclimatização e transferência para casa de vegetação. Durante oprocesso de transformação genética e cultivo in vitro todos os materiais que entraramem contato com tecidos geneticamente transformados foram esterilizados porautoclavagem ou mantidos em solução de hipoclorito de sódio (1%) durante 30 min.para desativação do OGM antes do descarte. O transporte das plantas para a casa devegetação foi realizado em embalagens cobertas. O acesso às plantas transgênicas nacasa de vegetação se deu somente por pessoas autorizadas com devido treinamentonas normas de biossegurança, todas as atividades desenvolvidas na casa de vegetaçãoforam registradas. No período de florescimento, as inflorescências foram cobertas paraa autofecundação das plantas e para evitar o escape de pólen. As sementes foramcoletadas em recipientes fechados e identificados e armazenadas no Laboratório deBiotecnologia Vegetal para posterior avaliação da geração R1 das plantas. As demaisestruturas vegetativas e reprodutivas das plantas foram coletadas armazenadas emembalagens plásticas fechadas e submetidas a autoclavagem antes do descarte. Asplantas da geração R1 expressando a proteína entomotóxica JBTX e o RNAdf do generieske estão sendo testadas quanto ao potencial de controle de H. armigera.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:No presente trabalho buscou-se apresentar as etapas iniciais do desenvolvimento eteste de plantas transgênicas expressando substâncias inseticidas para controle de H.armigera, destacando a necessidade e a importância do cumprimento das normas debiossegurança estabelecidas visando o bom desenvolvimento e progresso da ciênciade forma correta e organizada.

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REFERÊNCIAS

Nesta seção devem constar apenas as referências bibliográficas citadas no texto. Asreferências devem ser apresentadas conforme as normas vigentes da AssociaçãoBrasileira de Normas e Técnicas – ABNT. Máximo de 750 caracteres com espaço.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS     

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(X) Resumo (    ) Relato de Caso

A EXTENSÃO RURAL NO AUXÍLIO DO CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMOEQUINO NO RIO GRANDE DO SUL

AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Marostega CO-AUTORES: Rafael Bertoldi, João Ignácio do Canto, Ezequiel Davi dos Santos e Leonardo Porto AlvesORIENTADOR: João Ignácio do CantoUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Os animais sempre estiveram presentes na historia do homem, que deles dependem,para a alimentação, transporte, trabalho e companhia³. Em razão desta estreitarelação e dependência, existem muitas preocupações envolvendo as doenças decaráter zoonótico, comuns a ambos, que causam grande impacto na saúde pública. OMormo equino é uma enfermidade infecto-contagiosa que acomete equinos, asinos emuares, podendo acometer também o homem e várias outras espécies². Por nãoexistir vacinas e o tratamento não ser efetivo para o controle, equinos contaminadostornam-se reservatórios naturais da doença, podendo contaminar outros animais emesmo o homem. O objetivo desse trabalho é abordar a importância da extensão doconhecimento como ferramenta no processo de controle e erradicação do mormoequino no Estado do Rio Grande do Sul.

DESENVOLVIMENTO:

Em 2015, foi relatado o primeiro caso de Mormo em equinos no Rio Grande do Sul(RS). Apesar de ser emergente no RS, é uma doença antiga que se manteve latentedurante muitos anos no Brasil (BR). Desde o primeiro foco da doença, houve grandepreocupação por parte de criadores de equinos, gerando discussões em eventosequestres de todo o país. Com o ressurgimento desta enfermidade, a cadeia produtivaequina sofreu um grande impacto que prejudicou drasticamente o setor em aspectosculturais, econômicos e sociais, principalmente no RS por razões históricas. Esta

Page 289: Autor e trabalho presentes neste documento

situação trouxe graves preocupações e inseguranças à população brasileira, porquealém da contaminação de outros animais, a doença é uma zoonose, que também podeser transmitida para o homem, caracterizando um grande problema de saúdepública.Essa discussão somada à falta de informações precisas levou ao curso deMedicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF) a desenvolver métodos deinformar os criadores sobre a doença. Objetivou-se ainda especificar as característicasde infecção do agente (Burkholderia mallei), as apresentações clínicas da doença e,ainda, destacar a capacidade do agente em infectar alguns animais sem qualquersintomas da doença. A transmissão do microrganismo se dá por meio de alimentos,água e fômites¹. Um dos métodos de diagnosticar a enfermidade é através da triagem,que é necessário para a emissão da Guia de Transito Animal e manter controle dacirculação interna dos animais. Através dos dois Fóruns Gaúchos do Mormo realizados pela UPF em 2015 e 2016, quecontou com a participação de autoridades internacionais no assunto, possibilitou levarum conjunto de informações que até então eram desconhecidas pelos criadores. Alémdisso, o debate permitiu escutar as preocupações dos proprietários, formando umatroca de conhecimento produtiva. Os debates ainda auxiliaram os proprietários amanter seus animais longe dos riscos, com informações sobre manejos de comedourose bebedouros, evitando a contaminação. Foi discutida ainda a implantação de umcentro de diagnóstico de Mormo no Hospital Veterinário da UPF, pronto para realizar odiagnóstico pelo teste de Fixação do Complemento para atender diversas cidades doRS e do BR. Esse aspecto deve ser enfatizado, pois a discussão e esclarecimentos arespeito dos métodos de diagnóstico utilizados no BR e no mundo visam identificar agrande maioria dos animais positivos, que são assintomáticos e com aparência deplena saúde. Isso revolta os produtores que devem sacrificar seus animais identificadoscomo positivos.As medidas de defesa sanitária animal visam proteger os animais, e evitar a entrada denovas enfermidades no RS¹. Para isso é necessário compreender a doença e fazer oencaminhamento das amostras necessárias para o diagnóstico preventivo. Somentecom a utilização da extensão do conhecimento e métodos precisos de diagnóstico,poderemos resgatar o status de região livre do mormo.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A prática continuada de educação e treinamento voltadas aos criadores e todos ossetores ligados ao cavalo, demonstram a importância das atividades de extensão doconhecimento na abordagem do tema. O mormo consiste em uma grave ameaça àprodução equina e para a saúde pública no Rio Grande do Sul, que necessitainformação engajamento de todo o setor para obter êxito em seu controle eerradicação.

REFERÊNCIAS

Page 290: Autor e trabalho presentes neste documento

1. DIEHL, G. Mormo. SEAPA: Informativo Técnico do DDA, Ano 06, nº06, 2013.

2. LEOPOLDINO, Danielly Cristina de Castro; OLIVEIRA, R. G; ZAPPA, V. Mormo emequinos. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 7. N. 12, 2009.

3. ZANELLA, Janice Reis Ciacci. Zoonoses emergentes e reemergentes e suaimportância para a saúde e produção animal. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51,n. 5, p. 510-519, 2016. 

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.

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(    ) Resumo (X) Relato de Caso

Centese cervical para obtenção de líquido cefalorraquidiano em equinos na posição quadrupedal

AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Marostega CO-AUTORES: Gabriela Vincensi da Costa, Leonardo Motta Fornari, Jerbeson Hoffmann, João Ignácio do CantoORIENTADOR: Leonardo Porto AlvesUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Exames do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) são comumente empregados nodiagnóstico de doenças neurológicas em equinos¹. O LCR circunda o cérebro e amedula espinhal, sua função é o transporte intracerebral de hormônios, proteção docérebro e medula espinhal bem como a regulação da pressão intracraniana. Comométodos de coleta, pode-se utilizar a via atlanto-occipital (AO) ou lombossacral (LS). Acoleta AO tem como desvantagem a necessidade de anestesia geral³. Já a coleta LSrequer uma agulha com mais de 15cm de comprimento e, ainda, ocorrer reaçõesindesejáveis por parte do paciente, contaminando a amostra². Outra técnica é a coletaatravés da centese cervical guiada por ultrassonografia, no espaço subaracnóideoentre as vértebras C1 e C2, com o paciente equino em posição quadrupedal. O objetivodo presente estudo foi relatar as vantagens do uso desta técnica.

DESENVOLVIMENTO:

No HV-UPF são atendidos diversos pacientes com sinais clínicos neurológicos. Examesdo LCR são necessários para o diagnóstico de doenças neurológicas. Para a escolha datécnica de coleta, é necessário avaliação minuciosa do paciente. Em 2017 e 2018,houve 3 casos em que os pacientes apresentavam severa ataxia e incoordenação,sendo inviável coleta AO devido aos riscos de lesões durante a indução e/ourecuperação anestésica³. Portanto, optou-se pela coleta através da centese cervicalguiada por ultrassom com o animal em estação. Para realização desta coleta, os

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pacientes foram colocados em um tronco de contenção. Uma tricotomia de 15x15cmfoi feita na região das duas primeiras vértebras cervicais. Realizou-seneuroleptoanalgesia com detomidina (0,02mg/kg, IV) + morfina (0,1mg/kg, IV). Após aantissepsia do local a ser puncionado, utilizou-se um transdutor microconvexo de5MHz, envolto por uma luva estéril, posicionado 2cm abaixo da crina no nível C1-C2 esob orientação dorsoventral em plano tranversal, para visualização da imagem damedula e espaço subaracnóide, entre as vértebras C1-C2. Em seguida, o mandril de umcateter 18G ou agulha espinhal 20G (paciente acima de 500kg) foi introduzidoventralmente ao transdutor no mesmo sentido em que a imagem é projetada, destaforma, o trajeto da agulha foi acompanhado via ultrassonografia. A agulha deveultrapassar a dura mater e chegar ao espaço subaracnoide para obtenção do liquor.Em seguida, uma seringa de 20ml foi acoplada na agulha e aproximadamente 15ml deLCR foram coletados através de sucção suave. Nenhum paciente apresentou reaçõesde desconforto ao ultrapassar a dura mater. Em relação ao líquido coletado, não houvecontaminação sanguínea, salientando que amostras contaminadas podem interferirnos resultados dos exames, o que ocorre frequentemente pela via LS ¹. Após a coleta, oLCR foi acondicionado e encaminhado para os laboratórios conforme o examesolicitado. Em seguida os pacientes foram alocados em baias onde permaneceram 24hem observação, sendo que não foram evidenciados sinais de dor e/ou outras reaçõesadversas.Os efeitos ocasionados pela anestesia dissociativa em animais atáxicos, podem agravarainda mais o seu quadro, predispondo a complicações principalmente durante aindução e recuperação anestésica ³. A técnica de coleta do LCR pela centese entre C1-C2 com o animal em posição quadrupedal é rapida, pois o tempo total desde ainserção até a remoção da agulha não ultrapassou 3 minutos. Além disso, eliminariscos de complicações anestésicas, pois neste procedimento o equino recupera-serapidamente dos efeitos sedativos. O uso da ultrassonografia identifica o exato local aser puncionado, evitando os riscos de graves acidentes como, por exemplo: lesões àsraízes nervosas ou perfurações da medula espinhal. Desta forma, salienta-se que estatécnica de coleta é segura, rápida e precisa, minimizando riscos ao paciente além deevitar contaminação sanguínea da amostra².

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:A centese cervical entre as duas primeiras vértebras cervicais, guiada porultrassonografia é uma alternativa para ser realizada para coleta de LCR com opaciente em estação, sem oferecer efeitos prejudiciais. É uma técnica rápida e segura,a ultrassonografia demonstra o local exato para inserção da agulha, além de nãoocorrer contaminação da amostra.

REFERÊNCIAS

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1. ALEMAN, M. et al. Ultrasound-assisted collection of cerebrospinal fluid from thelumbosacral space in equids. Journal of the American Veterinary Medical Association,v. 230, n. 3, p. 378-384, 2007.2. PEASE, A.; BEHAN, A.; BOHART, G. Ultrasound guided cervical centesis to obtain‐guided cervical centesis to obtaincerebrospinal fluid in the standing horse. Veterinary Radiology & Ultrasound, v. 53, n.1, p. 92-95, 2012.3. SCHWARZ, B.; PIERCY, R. J. Cerebrospinal fluid collection and its analysis in equineneurological disease. Equine Veterinary Education, v. 18, n. 5, p. 243-248, 2006.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS

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(x) Resumo (    ) Relato de Caso

INFLUÊNCIA DO CONTEÚDO DE ARABINOXILANOS NO DIÂMETRO DE BISCOITOSELABORADOS COM FARINHAS DE TRIGO DE GRÃO INTEIRO DE DIFERENTES

TAMANHOS DE PARTÍCULA E CULTIVARES

AUTOR PRINCIPAL: Vanessa Pereira Esteres CO-AUTORES: Joseane Bressiani, Tatiana OroORIENTADOR: Luiz Carlos GutkoskiUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

Produtos com características integrais são cada vez mais procurados pelosconsumidores, devido a suas propriedades funcionais e nutricionais associadas apresença das fibras. Isso tem gerado uma necessidade de adaptação dos processospara o desenvolvimento de cookies, devido as características tecnológicas próprias quefarinhas de trigo de grão inteiro (FTGI) apresentam, sendo diferentes das farinhasrefinadas as quais os processos estão adaptados. A principal característica das FTGI épossuir grande capacidade de absorção de água, apontada como prejudicial aoprocesso de produção de biscoitos. Esse fator está relacionado à presença dearabinoxillanos que são carboidratos não-amiláceos constituintes da fibra do grão detrigo, além de variações de tamanhos de partículas e características genéticas de cadacultivar. Assim, este estudo avaliará o efeito do conteúdo de arabinoxilanos sobre odiâmetro de biscoitos elaborados com FTGI de 3 diferentes tamanhos de partículas ecultivares.  

DESENVOLVIMENTO:

Um delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 3 foi utilizado paraanálise dos dados. Os grãos de trigo (Triticumaestivum L.) utilizados neste estudoforam provenientes da safra 2016, das cultivares BRS 374, ORS Vintecinco e TBIOConsistência, cedidos pela Cooperativa Agrária Agroindustrial, de Guarapuava, PR. As

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farinhas foram moídas em tempos diferentes gerando os três tamanhos de partícula:fina (200 µ), média (400 µ) e grossa (600 µ), sendo denominadas de FTGIF, FTGIM eFTGIG, respectivamente. A determinação do conteúdo total de arabinoxilanos foirealizada de acordo com o método proposto por Douglas, 1981, a elaboração dosbiscoitos segundo Protonotariou, 2016 e O diâmetro dos cookies foi medido compaquímetro digital.A análise de variância (Tabela 1), mostrou efeito significativo de tamanho de partículae cultivar. A quantidade de arabinoxilanos extraíveis em água variou significativamenteentre as amostras de diferentes tamanhos de partícula (Tabela 2). As concentraçõesvariaram de 1,08 mg de xilose/g de farinha a 2,31 mg de xilose/g de farinha, comamostras de farinha produzidas com tamanho de partícula fino, apresentando asmaiores quantidades. A cultivar TBIO Consistência apresentou maior concentração dearabinoxilanos extraíveis em água na farinha para os três tamanhos de partículaavaliados. Os arabinoxilanos totais (AX-TO) foram fortemente evidenciados emtamanhos de partículas finas chegando a apresentar uma diferença de até 6,18 mg dexilose/g farinha entre FTGIF e FTGIG da cultivar BRS 374. A cultivar BRS 374, que foi significativamente maior em todos os tamanhos de partículaavaliados. O diâmetro do biscoito é um excelente indicador da qualidade do cozimento de trigopara biscoito. Quanto maior o diâmetro do biscoito, mais adequada esta farinha é,para ser utilizada na produção de cookies (FINNEY, et al.,1986). Resultadossignificativos para os efeitos de cultivar, tamanho de partícula e interação foramobservados (Tabela 3). Melhores diâmetros de biscoitos nos cookies elaborados comFTGIG, que apresentaram valores bastante elevados em relação aos diâmetros dosbiscoitos elaborados com farinhas de partículas finas, e maiores também em relaçãoaos biscoitos de partículas médias (Tabela 4. Avaliando o diâmetro dos biscoitos comos teores de arabinoxilanos, relação negativa também foi observada, AX-TO (-0,64p<0,05) e AX-EA (-0,52 p<0,05), indicando que a medida que a concentração dearabinoxilanos aumenta, o diâmetro do biscoito reduz. A partir desses resultados ficaconfirmado que a presença de arabinoxilanos não são benéficas para a produção debiscoitos, porque, independentemente da capacidade de extração em água,aumentam a viscosidade da massa, fenômeno que é deletério para a qualidade dobiscoito, devido a redução de diâmetro.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Farinhas com menores tamanhos de partícula apontaram menor diâmetro de biscoitoe maior quantidade de arabinoxilanos e portanto são menos adequadas em relação asdemais. A cultivar TBIO Consistência apresentou cookies com menores diâmetros.Estes resultados confirmam a influência exercida pelas camadas externas do grão detrigo além de fatores genéticos e de tamanho de partícula sobre um parâmetro dequalidade de cookies importante, como o diâmetro.

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REFERÊNCIAS

DOUGLAS, S. G. A rapid method for the determination of pentosans in wheatflour. Food Chemistry, 7, 139–146, 1981.

FINNEY, P.L.; ANDREWS, L.C. Revised microtesting for soft wheat quality evaluation.Cereal Chemistry, v. 63, p. 177-182, 1986.

PROTONOTARIOU, S; BATZAKI,C; YANNIOTIS, S; MANDALA, I. Effect of jet milled wholewheat flour in biscuits properties. Food Science and Technology, v. 74, p. 106-113,2016.     

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

ANEXOS     

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(    ) Resumo ( X ) Relato de Caso

Osteossíntese de fêmur em canino utilizando placa de compressão dinâmica

AUTOR PRINCIPAL: Volmar Pivotto Bussolotto CO-AUTORES: Cristina Paula Giacomoni, Débora Dezordi, Tainá NicolaORIENTADOR: Renato LibardoniUNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO

A fratura de fêmur é a afecção mais frequente em cães, representando 20 a 25% detodas as fraturas e 45% em ossos longos (SOUZA et al, 2012). As principais causas sãoos acidentes automobilísticos, quedas, coices ou projéteis de arma de fogo. Aconsolidação de fraturas depende de vários fatores como o tipo, o grau deenvolvimento dos tecidos moles, da condição física do paciente, e da experiência docirurgião (FREITAS et al. 2013). O tratamento para este tipo de fratura deve sercirúrgico. As fraturas são classificadas em transversas, obliquas, e cominutivas(SLATTER, 1998). Todas as fraturas diafisárias dos ossos longos estão submetidas aforças de encurvamento, que deverão ser neutralizadas através da utilização demétodos de fixação. O objetivo deste trabalho é relatar a osteossíntese de fêmur emum canino utilizando placa de compressão dinâmica e parafusos.

DESENVOLVIMENTO:

Foi realizado atendido um canino, fêmea, SRD, com 10 Kg e idade de 11 meses.Segundo a proprietária, a mesma foi encontrada, apresentando claudicação. Aorealizar a avaliação clínica, foi observado que o membro pélvico esquerdo apresentavacrepitação, dor, aumento de volume, sendo encaminhada para o exame radiográfico,onde foi observado fratura fechada, completa, simples, transversa em diáfise do fêmuresquerdo. Sendo assim, o tratamento de eleição indicado para este caso é cirúrgico.Foi realizado medicação pré-anestésica e profilaxia antimicrobiana. Após tricotomiaampla do membro e antissepsia, foi montado o campo operatório. Realizou-se incisãode pele na face lateral da coxa esquerda, divulsão do subcutâneo, incisão da fáscia

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lata, afastamento cranial do músculo quadríceps e afastamento caudal do músculobíceps femoral, identificação do foco de fratura, alinhamento dos fragmentos eredução da fratura com fixação de placa de 3,5mm com sete furos, com efeito decompressão dinâmica, fixada com três parafusos corticais de 3,5mm no fragmentodistal e quatro parafusos de mesmo tamanho no fragmento proximal. Após foirealizado fechamento da musculatura, subcutâneo e pele. O animal foi encaminhadopara a radiologia onde constatou-se correto posicionamento dos implantes. Após 48hda cirurgia o animal já apoiava o membro e caminhava, não havia sinal de inflamação ea ferida cirúrgica encontrava-se em perfeito estado. Foi indicado manter o animal emlocal limpo e tranquilo, repouso de gaiola e/ou pouca movimentação, e realizarexames radiográficos em 15,30 e 60 dias. Existem varios métodos de redução defratura (pinos, placas, cerclagem ou fixador esternos). Os pinos intramedulares,resistem bem às forças de flexão, porém são pouco resistentes às demais forçasatuantes na fratura, prejudicando a estabilidade. Já os fixadores externos, apresentamboa estabilização da fratura, mas a um grande risco de ocorrer miíases, pela grandequantidade de secreção drenada da ferida em algumas circunstâncias, e/ou por falhade higienização por parte do proprietário. Desta forma, a correção cirúrgica, maisindicada para este caso, foi a utilização de placa e parafusos em efeito de compressãodinâmica. A associação destes dispositivos, proporcionam uma fixação mais estável dafratura, apresenta efeito de neutralização sobre todas as forças que atuam sobre afratura: compressão, tensão, cisalhamento, torção e rotação.

CONSIDERAÇÕE S FINAIS:Conclui-se que a osteossíntese com placa e parafusos em efeito de compressãodinâmica promoveu estabilidade absoluta da fratura transversa do canino deste relato,promovendo a neutralização das forças atuantes no foco de fratura, e foi capazcompartilhar a carga com o osso acometido.

REFERÊNCIAS

FREITAS, H. Silvio. et al. Haste intramedular modificada no tratamento de fraturadiafisária de fêmur em cão - relato de caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária,out/dez 2013SLATTER, Douglas. Manual de cirurgia de pequenos animais. 2. ed. São Paulo: Manole,1998.SOUZA, L. Tainã. et al. Osteossíntese de fratura distal do fêmur em cãomedianteinserção intramedular de pino de Steinmann: Relato de caso. Unipampa.2012.

NÚMERO DA APROVAÇÃO CEP OU CEUA ( para trabalhos de pesquisa): Número daaprovação.

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ANEXOSAqui poderá ser apresentada somente uma página com anexos (figuras e/ou tabelas),se necessário.