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Autores - Grupo NT

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AutoresJúlio César Bertolucci MuradGraduado e mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Atuou como professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Urutaí/GO e, atualmente, é professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB), Campus Planaltina. Possui experiência na área de Zootecnia, com ênfase na produção intensiva de aves.

Bruno Ceolin da SilvaGraduado (2001) e mestre (2003) em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atua como professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB), Campus Planaltina, onde ministra disciplinas para o Curso Técnico em Agropecuária e Superior de Tecnologia em Agroecologia. Foi coordenador do Curso Técnico em Agropecuária e Coordenador Geral de Pesquisa e Extensão. Orienta pesquisas na área de piscicultura e é coordenador do Núcleo de Pesquisa Aplicada em Pesca e Aquicultura do IFB. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em nutrição animal, apicultura e piscicultura.

Copyright © 2020 por NT Editora.Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por

qualquer modo ou meio, seja eletrônico, fotográfico, mecânico ou outros, sem autorização prévia e escrita da NT Editora.

Design InstrucionalNT Editora

RevisãoRenata Kuhn

Editoração EletrônicaDanilo OliveiraKaleo Amorim

Projeto GráficoNT Editora

CapaNT Editora

IlustraçãoNT Editora

NT Editora, uma empresa do Grupo NT SCS Quadra 2 – Bl. C – 4º andar – Ed. Cedro IICEP 70.302-914 – Brasília – DFFone: (61) [email protected] e www.grupont.com.br

Murad, Júlio César Bertolucci; Silva, Bruno Ceolin da.

Processamento, tratamento e produção na avicultura. / Júlio Cé-sar Bertolucci Murad; Bruno Ceolin da Silva – 1. ed. – Brasília: NT Editora, 2020.

94 p. il. ; 21,0 X 29,7 cm.

ISBN 978-65-990094-8-8

1. Aves. 2. Produção Avícula.

I. Título.

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LEGENDA

ÍCONES

Prezado(a) aluno(a),Ao longo dos seus estudos, você encontrará alguns ícones na coluna lateral do mate-rial didático. A presença desses ícones o(a) ajudará a compreender melhor o conteúdo abordado e a fazer os exercícios propostos. Conheça os ícones logo abaixo:

Saiba maisEsse ícone apontará para informações complementares sobre o assunto que você está estudando. Serão curiosidades, temas afins ou exemplos do cotidia-no que o(a) ajudarão a fixar o conteúdo estudado.

ImportanteO conteúdo indicado com esse ícone tem bastante importância para seus es-tudos. Leia com atenção e, tendo dúvida, pergunte ao seu tutor.

DicasEsse ícone apresenta dicas de estudo.

Exercícios Toda vez que você vir o ícone de exercícios, responda às questões propostas.

Exercícios Ao final das lições, você deverá responder aos exercícios no seu livro.

Bons estudos!

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Sumário1 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AVÍCOLAS E O MEIO AMBIENTE .......... 71.1 Vertentes de aproveitamento dos resíduos ....................................................................81.2 Resíduos mais comuns na avicultura ................................................................................91.3 Práticas de aproveitamento das carcaças avícolas .................................................... 20

2 ABATE E PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE FRANGOS ............................ 332.1 Transporte pré-abate ........................................................................................................... 352.2 Etapas da linha de abate e processamento ................................................................. 422.3 Água no frango ...................................................................................................................... 492.4 Cortes da carne do frango.................................................................................................. 50

3 COMPOSIÇÃO E QUALIDADE DE OVOS COMERCIAIS ................................ 583.1 Práticas simples para garantir a qualidade dos ovos ............................................... 603.2 Etapas para manter a qualidade dos ovos ................................................................... 623.3 Importância dos ovos na alimentação humana ......................................................... 703.4 Composição dos ovos .......................................................................................................... 733.5 Aspectos de qualidade do ovo ......................................................................................... 81

GLOSSÁRIO ........................................................................................................ 89

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 93

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APRESENTAÇÃO

5Processamento, tratamento e produção na avicultura

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Olá! Bem-vindo(a) ao curso de Processamento, tratamento e produção na avicultura!

Entre as diversas atividades que um produtor rural pode realizar está a criação de aves. Essas cria-ções possuem várias vantagens, como a possibilidade de se obter alta produção em pequenas áreas, rápida recuperação do capital investido e trabalho leve, podendo ser realizado com mão de obra fa-miliar. Dentre as criações que se destacam atualmente no Brasil estão as de frangos de corte, galinhas poedeiras, abelhas e peixes.

Você já deve ter notado que, no Brasil, faz parte da cultura gastronômica o consumo de carne, de frango e de ovos de galinha. Nas últimas décadas, os consumos de carne de frango e de ovos co-merciais vêm obtendo expressivo crescimento dentro do mercado consumidor brasileiro, em muito atribuído ao preço relativamente baixo e ao seu elevado valor nutritivo. Com isso, o Brasil se tornou o maior exportador mundial de carne de frango.

Uma atividade que também se destaca no Brasil, em termos de qualidade e produtividade, é a cria-ção de abelhas, também conhecida como apicultura. Diversos produtos podem ser obtidos da criação deste fantástico inseto, possibilitando agregar renda ao produtor rural.

Finalmente, outra atividade igualmente importante e que vem crescendo nas últimas décadas é a piscicultura. O Brasil possui um imenso potencial para a produção de peixes e poderá se tornar, em poucos anos, um grande produtor e exportador de produtos aquícolas.

Contudo, para que a exploração dessas atividades apresente lucratividade, torna-se necessário ad-quirir conhecimentos referentes às técnicas de manejo utilizadas para se alcançar o êxito na criação. Ao longo da realização deste livro, você deverá aprender sobre os manejos de: frangos e galinhas po-edeiras para a produção de carne e ovos; abelhas para a produção de mel e outros produtos apícolas; e, piscicultura, visando a uma produção eficiente e lucrativa, a fim de que permaneça competitivo no mercado consumidor de produtos animais.

Bons estudos!

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1 APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AVÍCOLAS E O MEIO AMBIENTE

Olá! Vamos começar os nossos estudos? Veremos, inicialmente, como apro-veitar os resíduos avíco-las protegendo o meio

ambiente.

Atualmente, um dos maiores desafios do setor agropecuário é unir a produtividade com a preser-vação ambiental, sendo isto devido a uma legislação ambiental mais rígida e a uma maior conscienti-zação dos produtores quanto ao meio ambiente e à sua propriedade.

Na moderna avicultura industrial, uma preocupação quanto aos fatores de produção de resíduos é a geração e o destino tanto das carcaças de aves mortas, quanto dos detritos originários da produção de ovos (descarte de ovos). A preocupação com a avicultura em relação aos efeitos que estes resíduos produzidos causam ao meio ambiente tem um importância real, principalmente com o advento da tecnologia de produção, concentrando um grande número de aves criadas por unidade de área.

Estes detritos começaram a interferir na qualidade de vida das populações urbanas, onde os limi-tes das granjas de criação se confrontavam com residências pelo crescimento de bairros periféricos, ou por topografias irregulares que direcionavam estes detritos para destinos sem critérios, causando problemas ambientais.

Não há como desprezar o potencial econômico destes dejetos e muito menos suas implicações ambientais. Além disso, o destino correto para estes resíduos do sistema de criação de aves de corte e de postura é fundamental para a manutenção da condição sanitária adequada dos plantéis.

Com a mobilização de órgãos governamentais e entidades de classes civis e de produtores para reduzir ou até limitar os efeitos desta agressão ambiental, não por negligência do produtor, mas pela própria estrutura de criação que a atividade imprime quanto às adversidades sanitárias, acabou sendo decididos os destinos corretos para estes resíduos.

Ao finalizar esta lição, você deverá ser capaz de:

• identificar as vertentes de aproveitamento dos resíduos avícolas para proteção ambiental;

• identificar os resíduos avícolas mais comuns;

• conhecer o processo de compostagem de carcaças avícolas.

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1.1 Vertentes de aproveitamento dos resíduos

Nas granjas avícolas de corte e de postura, além dos produtos principais que são o frango e o ovo, existem a cama aviária e as aves mortas, subprodutos que têm merecido atenção por parte dos avicultores, e também por diversos pesquisadores que propõem métodos de aproveitamento ou de eliminação.

Estes resíduos avícolas podem poluir as fontes de água, bem como, negativa-

mente, influir no meio ambiente se não forem adequadamente manejados.

As indústrias avícolas, preocupadas em proteger o solo e a água, têm procurado novas tecnologias para gerarem benefícios econômicos e ambientais. Dessa forma, existem duas vertentes de aproveita-mento para os resíduos avícolas, que são:

• utilização como fertilizantes – tanto de solos quanto de plantas, uma vez que esses materiais são ricos em NPK e outros elementos essenciais;

• produção de energia – os dejetos apresentam um grande potencial para a pro-dução de biogás.

Exercitando o conhecimento

Assinale a alternativa que apresenta os produtos principais em uma granja avícola de corte e postura.

a) Frango e ovo.

b) Frango e cama aviária.

c) Frango, ovo e cama aviária.

d) Frango, ovo, cama aviaria e aves mortas.

Comentário: a alternativa correta é a letra "d". Como vimos, nas granjas avícolas de corte e de postura, além dos produtos principais que são o frango e o ovo, existem a cama aviária e as aves mortas

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1.2 Resíduos mais comuns na avicultura

Os resíduos avícolas mais comuns, advindos de toda a cadeia produtiva da moderna avicultura de corte e de postura, são oriundos da produção e incubação de ovos férteis; da criação, produção e abate dos frangos de corte; e, também, da produção de ovos comerciais, tais como:

• resíduos de incubatórios – são produzidos nos incubatórios das granjas de pro-dução de ovos férteis para corte e para postura;

• cama aviária – é produzida nas granjas de produção de ovos férteis e nas granjas avícolas de corte;

• aves mortas – são provenientes das granjas avícolas de multiplicação, e das gran-jas de produção de frangos de corte e de ovos comerciais;

• resíduos de abatedouros – são resultantes do abate e processamento de frangos inteiros e em cortes.

Geralmente, tanto os resíduos de incubatórios quanto os de abatedouros são usados para a fabri-cação de rações para animais de estimação.

Resíduos de incubatórios

O incubatório é a unidade produtiva na avicultura responsável pela incubação, ou seja, o local onde ocor-re o desenvolvimento embrionário dos ovos férteis. No processo de incubação dos ovos ocorrem perdas, e são elas que constituem os resíduos de incubató-rios que, basicamente, são:

• cascas de ovos;

• ovos não eclodidos;

• ovos inférteis;

• pintinhos mortos;

• pintinhos com má formação.

Saiba mais

Para mais informações, assista ao vídeo “Separador de pintos e resíduos da eclosão”, acessando o link: <http://www.youtube.com/watch?v=nzSGNTaGdI8>.

Além disso, se for um incubatório de postura, os pintos machos também são considerados resídu-os de incubatórios. E para que o setor mantenha um adequado desempenho, é preciso investir em produtividade a redução de custo, sendo necessária, ainda, uma atenção especial à questão ambien-tal, destacando a importância do aproveitamento dos resíduos da indústria avícola (NUNES, 2005).

A genética avícola passa por várias etapas, representadas da seguinte forma:

• granjas de seleção genética – criam os reprodutores primários (linhagens puras) produtores de ovos férteis para a produção de aves bisavós;

• granjas bisavozeiras: produzem ovos férteis para a produção de aves avós;

Pintos descartados.

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• granjas avozeiras – produzem ovos férteis para a produção de matrizes;

• granjas matrizeiras – criam as aves matrizes e têm como produto final os produ-tos híbridos, que são:

» os frangos de corte, sendo aproveitados os machos e as fêmeas;

» as galinhas de postura comerciais, sendo aproveitadas somente as fêmeas.

Fluxograma da avicultura.

Exercitando o conhecimento

Com relação às etapas pelas quais a genética avícula passa, ordene corretamente, de 1 a 4, as alternativas abaixo.

( ) Granjas matrizeiras.

( ) Granjas de seleção genética.

( ) Granjas avozeiras.

( ) Granjas bisavozeiras.

Comentário: a sequência correta é "4–1–3–2" . Como vimos, a genética avícola passa por vá-rias etapas, representadas da seguinte forma: granjas de seleção genética; granjas bisavo-zeiras; granjas avozeiras; e, granjas matrizeiras.

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Resíduos de abatedouros

O crescimento pela procura de partes específicas dos frangos, em vez da ave inteira, aumentou a quantidade de resíduos nos abatedouros. Sangue, penas, intestinos, cabeças, pés, pescoços, peles, gordura abdominal e coluna vertebral, entre outros, representam 50 a 60% do peso vivo dos frangos, e, cada vez mais, têm sido utilizados como alimento para animais de estimação.

Os abatedouros avícolas constituem-se fontes de poluição das águas, devido à elevada carga polui-dora dos efluentes gerados, os quais apresentam altas concentrações de matéria orgânica solúvel ou em suspensão, resultantes do processamento industrial e da lavagem dos equipamentos e instalações. O aumento da produção tem influência direta na quantidade de resíduos gerados no processo de indus-trialização, ocorrendo, consequentemente, um aumento de fontes potencialmente poluidoras.

Mortalidade durante a recepção no frigorífico.

Origem dos efluentes

Durante o processamento das aves, podem ser verificados três diferentes tipos de despejos, produ-zidos de acordo com a seção de onde são provenientes. E estas seções, descritas a seguir, são:

• efluente da seção de sangria – são constituídos basicamente de sangue, que é um produto comercializável. No entanto, quando o sangue não é reaproveitado, mas lançado com os demais dejetos, a elevação nos valores da demanda bioquí-mica de oxigênio (DBO) do efluente final é considerável. A DBO do sangue bruto está em torno de 162.000 mg/L, e a água pura tem 10 ml/L de oxigênio dissolvido. Quanto menor o nível de DBO, menos poluente é o efluente;

DBO: é a abreviatura de Demanda Bioquímica de Oxigênio. É a quantidade de oxigênio necessária para estabili-zar a matéria orgânica. O método de tra-tamento com reator UASB + filtro biológico promove uma diminuição de até 90% do nível de DBO.

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• efluente da seção de depenagem – origina-se da remoção hídrica das penas do piso, já que, por determinação da Inspeção Sanitária, esse material não pode ficar acumulado sobre o piso durante o abate. A cada 1.000 aves que são abatidas, há a possibilidade de serem recuperados até 250 kg de penas. Esse aproveitamento, muitas vezes, é economicamente viável;

• efluente da seção de evisceração e preparação da carcaça – origina-se da lim-peza dos miúdos e das carcaças, bem como de peças condenadas e das vísceras não comestíveis. As vísceras abdominais são aproveitadas na graxaria, enquanto aquelas partes não comestíveis, bem como as partes da carcaça que caem no chão e as partes condenadas são utilizadas na fabricação de farinhas.

Além dos despejos produzidos por estas operações, existem aqueles oriundos dos serviços de ma-nutenção dos equipamentos do abatedouro, realizados no final do expediente, tais como: lavagem das paredes, pisos, equipamentos etc. As lavagens de manutenção contêm detergentes e antissépti-cos utilizados na higienização e na lavagem da área de descarga de aves vivas. Esta água de lavagem também carrega para o efluente certa quantidade de fezes das aves.

Exercitando o conhecimento

Com relação aos diferentes tipos de despejos, produzidos de acordo com a seção de onde são provenientes, durante o processamento das aves, assinale a alternativa incorreta.

a) Sangria.

b) Matrizeiras.

c) Depenagem.

d) Evisceração e preparação da carcaça.

Comentário: a alternativa incorreta é a letra "b". Como vimos, há três diferentes tipos de despejos, produzidos de acordo com a seção de onde são provenientes, que são: efluente da seção de sangria; efluente da seção de depenagem; e, efluente da seção de evisceração e preparação da carcaça.

Cama aviária

O que é a cama aviária? De que é composto este

resíduo avícola?

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A cama aviária é o nome dado a todo o resíduo coletado no recinto de criação, o qual serviu para forrar o piso do galpão. Este resíduo avícola é composto da seguinte mistura:

• o material utilizado como substrato para receber e absorver a umidade da excreta;

• a excreta (fezes + urina);

• outros materiais em menor quantidade, como: restos das rações das aves caídos dos comedouros, penas e descamações da pele das aves, material do piso do gal-pão etc.

Cama aviária de pó de serra de pinus.

Variação na composição da cama

Uma das dificuldades na correta utilização da cama aviária é a grande variação em sua composição química, devido aos seguintes fatores:

• densidade de alojamento da criação;

• idade de abate do lote;

• tipo de aves criadas;

• tipo de rações utilizadas;

• quantidade de excreta e de penas na cama;

• tempo e forma de armazenamento da cama;

• material utilizado como substrato para formação da cama;

• quantidade (altura) do substrato para formação da cama;

• número de lotes criados sobre a mesma cama.

Todos esses fatores concorrem para fazer com que a cama aviária apresente uma composição quí-mica extremamente variável.

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Adicionalmente, outros aspectos que concorrem para a variação da composição química da cama de aviário são:

• peneiragem da cama – visa obter materiais mais homogêneos e sem o risco da presença de pregos, arames, placas emplastadas e penas inteiras;

• ventilação do galpão – o seu manejo é essencial para a obtenção de uma cama de qualidade. Ventiladores, cortinas, nebulizadores e lanternim são alguns dos itens importantes para auxiliar no manejo da ventilação do galpão, principalmen-te nos períodos críticos do inverno e dias chuvosos.

Assumindo a existência dessas fontes de variação e o seu controle, entende-se que as diferenças de composição química da cama aviária tendem a ser diminuídas. Se a cama não for imediatamente utilizada após a limpeza do galpão, ela deve ser apropriadamente armazenada para evitar a perda de nutrientes.

Estimativa de produção de cama

A produção de cama aviária pode ser estimada por ano, globalmente, tanto pelo consumo de ra-ção, quanto pela própria produção de cama, a saber:

• consumo de ração – uma estimativa da quantidade de cama aviária existente pode ser feita, agregadamente, com base no consumo de ração dos frangos, assim:

» considere a produção nacional de rações para frangos de corte por ano = 18 milhões de toneladas;

» sabe-se que as aves eliminam cerca de 20% de excreta não digerida do seu consumo, e, isso sendo convertido, equivale a 18 x 20% = 3,6 mi-lhões de toneladas;

» adicione à excreta não digerida, cerca de 20% do material empregado como cama, relativo ao seu peso = 20%;

» isso resulta no total de uma cama aviária produzida de 3,6 + 20% = 4,3 mi-lhões de toneladas.

• produção de cama – outra maneira de calcular a quantidade de cama produzida pode ser feita, globalmente, pela própria produção de cama de aviário, assim:

» considere a proporção de produção de cama por 1.000 frangos = 1,3 tonelada;

» considere o número de pintos alojados no país por ano = 3,5 bilhões;

» isso resulta no total de cama aviária produzida de 1,3 x 3,5 = 4,6 milhões de toneladas.

Portanto, ambos os valores estimados (4,3 e 4,6 milhões de toneladas) são compatíveis e diferem pouco, se forem considerados o volume produzido e os métodos estimativos.

Cama para fertilizante, fonte de energia ou incorporação ao solo

O avicultor deve estabelecer um adequado planejamento de utilização de dejetos, pois o manejo inadequado da cama aviária pode contribuir para a degradação do meio ambiente, através da con-taminação das águas subterrâneas e de superfície. Quando a cama é corretamente aplicada ao solo, seus nutrientes são eficientemente utilizados, sendo mínima a contaminação das águas.

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A cama aviária pode ser utilizada como fertilizante ou como fonte de energia. Em algumas locali-dades, também é incorporada ao solo. Portanto, as camas produzidas nas granjas avícolas de corte e de postura podem ser utilizadas:

• como fonte de nutrientes para as plantas;

• como material energético para a produção de gases;

• na recuperação de terras inférteis.

Cama aviária como fertilizante: a alternativa tem sido analisada desde a proibição de seu uso na alimentação de animais.

A utilização da cama aviária como fonte de biomassa para a geração de energia deve ser conside-rada pelo fato da avicultura ser altamente dependente deste insumo na forma de movimento, calor e iluminação. O uso desse subproduto deve ser estudado e viabilizado, técnica e economicamente, a fim de promover a sustentabilidade energética das unidades produtivas.

A utilização de biodigestores, dos quais após o processo de fermentação são obtidos o biogás e o biofertilizante, pode ser uma das tecnologias utilizadas para a otimização do balanço energético das propriedades. O uso de biodigestores é uma alternativa para o tratamento da cama aviária, que está sendo produzida em grande quantidade, devido ao crescimento da avicultura nos últimos anos.

A biodigestão, ou digestão anaeróbia, mostra-se como uma boa alternativa para o tratamento da cama. Esse é um processo pelo qual as bactérias anaeróbias, através de fermentação ocorrida em bio-digestores, degradam a matéria orgânica, tendo como subprodutos:

• o biogás (gás inflamável);

• o biofertilizante (líquido orgânico e mineral estabilizado).

Biomassa: quantidade de matéria viva em forma de uma ou mais espécies de organismos, presente em determinado habitat, comu-mente expres-sa como peso de organismos por unidade de área do habitat, ou como volume ou peso de organismos por unidade de volume do habitat.

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Estes dois produtos possuem, respectivamente, alto valor como fontes energéticas e nutricionais para as plantas, podendo ser substitutos de insumos adquiridos pelo avicultor. A partir dessa substitui-ção, o avicultor pode ter desde uma diminuição do seu custo de produção até a geração de uma receita.

Quanto ao uso do biogás produzido a partir da biodigestão da cama aviária, o mesmo pode:

• ser utilizado para o aquecimento dos pintos – através de equipamentos onde ocorrem a queima do biogás e, consequentemente, a produção de calor, funda-mental para a sobrevivência nas duas primeiras semanas de vida;

• substituir a energia elétrica – por exemplo, na iluminação (lampiões), no aque-cimento da água (para esterilização de equipamentos, lavagem das instalações, chuveiros etc.), em fogões, na moagem de grãos, entre outros.

Observe, a seguir, o ciclo da produção de biogás a partir da cama aviária, evidenciando a importân-cia econômica, social e ambiental desse processo para a avicultura.

Ciclo da produção de biogás, a partir da cama de frango.

Cama na alimentação animal

A cama aviária, quando utilizada na alimentação animal, é considerada uma fonte de nitrogênio. A sua utilização na alimentação de ruminantes, especialmente bovinos, não é recente e resulta:

• da capacidade do ruminante em usar alimentos contendo nitrogênio não proteico (NNP) e digerir alimentos fibrosos;

• da grande disponibilidade e do baixo custo desse material.

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Considerando apenas o aspecto de produtividade, sabe-se o que deve ser feito. Contudo, nos dias atuais, é preciso levar em conta o ambiente, a legislação e a ética do uso. Atualmente, questiona-se a ética de alimentar uma espécie animal com dejetos de outra.

As restrições impostas por Países Europeus e pelo Oriente Médio levam ao impedimento de algu-mas tecnologias de produção animal. O uso de cama aviária na alimentação de ruminantes está entre essas restrições.

A produção e comercialização de proteína e de gordura de origem animal, destinadas à alimen-tação de ruminantes, estão proibidas em todo o território nacional, segundo Instrução Normativa n° 15, de 17 de julho de 2001. A utilização da cama de frango na alimentação dos bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos está proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Instrução Normativa n° 08, de 25 de março de 2004.

Portanto, a situação do uso da cama aviária no Brasil está regulamentada, estando proibida em todo o território nacional a sua produção e comercialização para a alimentação de ruminantes. A fun-damentação para essa proibição está na alimentação das aves de corte e de postura com rações con-tendo farinhas de origem animal.

Saiba mais

Para mais informações, assista aos vídeos “Cama de frango na alimentação do gado con-tinua sendo proibida”, “Os riscos da cama de frango” e “Ligação da cama de frango com o Mal da Vaca Louca”, acessando, respectivamente, os links: <http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/cama-de-frango-na-alimentacao-do-gado-continua-sendo-proi-bida/2271016/>, <http://www.youtube.com/watch?v=6_n4AuIvsO4> e <http://www.you-tube.com/watch?v=6x3-q9aRBs8>.

O veto à cama aviária como alternativa de alimentação para ruminantes decorre da constatação de que a presença da proteína animal, na ração, tem sido o principal vetor da disseminação pelo mundo da Encefalopatia Espongiforme Bovina, cuja sigla original em inglês é BSE (Bovine Spongiform En-cephalopathy), popularmente conhecida como "o Mal da Vaca Louca".

Como pode haver desperdício dos comedouros para a cama de pequenas quantidades de ração contendo farinhas de origem animal, as quais eventualmente seriam usadas na alimentação de rumi-nantes, isso aumentaria o risco da doença. A ingestão de cama de frango pode consistir também em surtos de botulismo, que geram perdas aos produtores e causam riscos à saúde humana:

• "Vaca Louca" – pode ser transmitida por meio de uma proteína denominada prí-on, presente na farinha de carne e ossos de animais infectados com a doença. Trata-se de uma moléstia crônica degenerativa, que afeta o sistema nervoso dos bovinos e provoca o descontrole motor. As células morrem, o cérebro fica com aparência de esponja e a vaca passa a agir como se estivesse enlouquecida;

• Botulismo – causado pela ingestão da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que, além de ser encontrada no meio ambiente, pode estar presente nos ossos, fezes e, até mesmo, no tubo gastrointestinal de animais mortos. É co-mum o fato da cama de frango ser comercializada contendo cadáveres decom-postos de aves ou não ter passado por qualquer processo de tratamento prévio. Isso aumenta consideravelmente o risco de ocorrência do botulismo em bovinos: a bactéria presente nas aves mortas se multiplica em grande quantidade e produz a toxina. E essa, quando ingerida pelo animal, resulta na doença caracterizada pela paralisia muscular do animal.

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Exercitando o conhecimento

Relacione as doenças às respectivas características.

1. Vaca Louca.

2. Bolutismo.

( ) A transmissão ocorre por meio da bactéria Clostridium botulinum, presente nos ossos de animais mortos.

( ) Trata-se de uma moléstia crônica degenerativa, que afeta o sistema nervoso dos bovinos e provoca o descontrole motor.

( ) A transmissão ocorre pela ingestão de uma proteína denominada príon, encontrada em ossos de animais infectados.

( ) Caracteriza-se pela paralisia muscular do animal.

Comentário: a sequência correta é "2–1–1–2". Como vimos, a "Vaca Louca" pode ser transmitida por meio de uma proteína denominada príon, presente na farinha de carne e ossos de animais infectados com a doença. Trata-se de uma moléstia crônica degenerativa, que afeta o sistema nervoso dos bovinos e provoca o descontrole motor. Já o Botulismo é causado pela ingestão da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que pode ser encontrada, entre outros, nos ossos de animais mortos. E essa bactéria, quando ingerida pelo animal, resulta na doença caracterizada pela paralisia muscular do animal.

Aves mortas

A produção de resíduos está estri-tamente relacionada ao crescimento populacional. Na avicultura, um dos resíduos que merece destaque é o das carcaças de aves mortas, cujo volume aumentou considera-velmente em função da expansão do setor e da concentração de aves em um mes-mo local.

Nos sistemas de produ-ção intensivos, o destino a ser dado às carcaças das aves mor-tas é uma pergunta que, a cada dia, tem sido feita com maior frequência. Na produção de frangos de corte e de ovos comerciais, as carcaças avíco-las são normalmente eliminadas ou aproveitadas através de práticas ado-tadas como usuais em nosso meio.

Resíduos na avicultura: carcaças de aves mortas.

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Práticas de eliminação das carcaças avícolas

• Enterramento, valas a céu aberto, córregos e matas

Como meios para a destinação final das carcaças de aves mortas pode ser destacado o enterra-mento; além disso, essas carcaças podem ser depositadas em valas a céu aberto e, até mesmo, jogadas em córregos e matas.

Atualmente, em algumas propriedades rurais, ainda ocorre, como destino das carcaças em granjas de frangos de corte e de poedeiras comerciais, o enterramento ou a deposição das carcaças em valas a céu aberto, em córregos e matas, causando os seguintes problemas:

» contaminação do solo;

» contaminação do lençol freático, comprometido ainda mais no período de chuvas pelas inundações;

» odores desagradáveis;

» acesso de outros animais, podendo causar botulismo no caso da inges-tão de ossos;

» atrativo para roedores que transmitem doenças e outros prejuízos quando eles invadem as fábricas de rações e os armazéns de grãos.

• Fossas sépticas

Outro meio utilizado para eliminar as carcaças avícolas é o uso de fossas sépticas (fossas anaeróbi-cas, ou fossas de cadáveres), que consiste em um fosso de aproximadamente 3 metros de profundida-de por 1,5 metro de diâmetro, sendo coberto com uma tampa de concreto. Estas fossas possuem um período de vida útil curto, em média de 2 anos, pois são facilmente preenchidas.

Fossa séptica.

Este método, além de comprometer o lençol freático, apresenta outro inconveniente que é o de construir uma nova fossa cada vez que a anterior se completar. Há também riscos de invasão de ani-mais selvagens e multiplicação de vetores quando mal protegidas.

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Além de ser um processo anaeróbico (sem a presença do ar), o qual causará maus odores e a pro-dução de um líquido que não penetra no solo, dessa forma, ajudando a diminuir capacidade útil das fossas, também podem ser invadidas por outros animais, como é o caso dos tatus, que destroem as paredes ou, pior ainda, transportam as carcaças para fora causando problemas.

Quando presente, essa fossa deve ser feita em local de fácil acesso, mas afastado das instalações e protegido contra visitas de animais silvestres.

• Queima ou incineração

Na própria granja, as carcaças avícolas podem ser submetidas à queima ou incineração. Porém, o processo é caro por demandar o uso de material combustível pelo alto valor de umidade das carcaças e um local apropriado para este procedimento, já que promove o desprendimento de gases e riscos de propagação do fogo.

Exercitando o conhecimento

São práticas de eliminação das carcaças avícolas, exceto:

a) enterramento.

b) incineração.

c) fossas sépticas.

d) predação.

Comentário: a alternativa incorreta é a letra "d". Como vimos, as práticas de eliminação das car-caças avícolas são: enterramento, valas a céu aberto, córregos e matas; fossas sépticas; e, queima ou incineração.

1.3 Práticas de aproveitamento das carcaças avícolas

Fabricação de farinha de carne

As carcaças avícolas podem ser utilizadas na fabricação de farinha de carne para a alimentação de outras espécies animais (cães e gatos), sendo uma maneira de aproveitar as aves mortas na granja por meio do processo fermentativo, o qual elimina os riscos de contaminação do ambiente por microrga-nismos patogênicos.

Compostagem

A compostagem é uma alternativa ecológica para destinar as carcaças avícolas de forma segura e correta, de maneira natural e com baixos custos ao produtor.

O processo de compostagem possibilita o aproveitamento das aves mortas para a produção de adubo. Para aproveitar as carcaças avícolas, de modo a não agredir o meio ambiente, este processo é a alternativa que apresenta as melhores condições de implantação em uma granja avícola de corte ou de postura, em função dos seguintes fatores:

• baixo custo de instalação;

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• facilidade de operacionalização;

• segurança quanto à questão sanitária e ambiental.

Compostagem.

Destinação das carcaças avícolas e conservação ambiental

À exceção do processo de compostagem, todas as práticas de destinação das carcaças avícolas, pouco ou em nada atendem às necessidades de conservação ambiental que a cada dia torna-se mais preocupante. Todas essas práticas têm desde pequenos a bastante e sérios limitadores para conser-vação ambiental.

A política agrícola e ambiental do governo prevê que o Estado seja o regulador das atividades eco-nômicas, promovendo o desenvolvimento equilibrado entre a produção e a conservação ambiental. E esta política obriga os setores de produção agropecuária a buscarem formas racionais de utilização dos recursos naturais, sem agredi-los.

Compostagem de carcaças avícolas

A compostagem de carcaças avícolas está sendo aplicada com sucesso em várias partes do mundo. E a avicultura pode, com a sua tradição de vanguarda, dar mais uma vez exemplo de preocupação com a produção de forma racional, pautando suas atitudes pela preservação dos recursos naturais, princi-palmente os hídricos, do qual é grande consumidora.

Embora os métodos tradicionais e mais comuns de eliminação da mortalidade incluam o enterra-mento, as fossas sépticas e a incineração mais recentemente, a compostagem tem sido utilizada como

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uma opção de aproveitamento das carcaças. Embora o Brasil ainda não conte com uma legislação ri-gorosa sobre o assunto, a deposição em fossas e a incineração são práticas não recomendadas, porém, comumente utilizadas.

As mortalidades nas granjas de criação de aves para corte e postura acontecem de forma contínua, e a compostagem (transformação dos resíduos avícolas em adubo orgânico) é uma técnica que inde-pende do momento da mortalidade. Assim, em qualquer momento, os resíduos podem ser levados às composteiras (locais para o seu armazenamento e transformação), não atrapalhando o processo em nenhum momento. As aves mortas devem ser levadas às composteiras logo após a morte.

Como um sistema de aproveitamento de carcaças de aves mortas nos aviários, a compostagem resolve um problema crônico da avicultura moderna. Esse sistema é bastante seguro em relação à contaminação do meio ambiente e evita a propagação de agentes infecciosos.

Compostagem: processo de decomposição de material orgânico que permite aproveitar os restos animais, sem prejuízos ao ambiente.

A compostagem, apesar de ser um método racional, barato e seguro para proporcionar uma correta destinação às carcaças de aves mortas e outros resíduos, precisa de uma pessoa treina-da e ciente da necessidade da utilização de equipamentos para proteção individual (óculos de proteção, luvas, botas de borracha). É um processo independente de equipamentos mecânicos, energia elétrica ou combustível.

Processo de compostagem

O processo de compostagem, já empregado na agricultura, consiste em um processo naturalmente controlado, no qual microrganismos benéficos transformam resíduos orgânicos em produtos finais be-néficos e úteis. É um meio biologicamente seguro de converter as carcaças resultantes da mortalidade diária em um material inodoro, com características de húmus, sendo útil como condicionador do solo.

Por ser um meio natural de fermentação através de aerobiose (com a presença de ar) associada à umidade, o processo de compostagem faz com que as carcaças de aves mortas e outros resíduos avícolas sejam decompostos pela ação de microrganismos que servem posteriormente para aduba-

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ção. Portanto, é um processo de decomposição biológico, aeróbio, oxidativo e controlado de transfor-mação de resíduos orgânicos em produto estabilizado, com propriedades e características completa-mente diferentes do material que lhe deu origem.

A compostagem consiste em misturar determinada quantidade de carcaças de aves mortas com água, cama de aviário e um material vegetal fibroso (palhadas e restos de culturas e cascas). Em se-guida, possibilita-se aos microrganismos a transformação dessa mistura em adubo orgânico. Essa transformação ocorre através da ação de microrganismos como bactérias, protozoários e fungos, que degradam os restos orgânicos de forma controlada e aeróbica.

Como manejo geral, as carcaças de aves mortas devem estar dispostas de modo que fiquem mis-turadas com a cama de aviário e separadas por camadas de um material vegetal seco. A espessu-ra dessas camadas pode variar conforme o tamanho dos animais e a disponibilidade dos materiais usados. Portanto, não existe um dimensionamento padrão para as instalações, nem uma receita que seja aplicável a qualquer tipo de projeto. Toda a montagem depende da matéria-prima disponível, da quantidade de aves mortas e, especialmente, da qualidade da mão de obra sob a orientação de um técnico responsável.

Manejo da compostagem: camadas de cama aviária, dejetos e aves mortas intercaladas com camadas de material seco.

A compostagem é decorrente de atividades aeróbicas (com presença de ar) e anaeróbicas (sem presença de ar). As reações anaeróbicas ocorrem dentro das carcaças avícolas, enquanto as reações aeróbicas ocorrem do lado de fora delas.

Durante o processo anaeróbico, dentro das carcaças ocorre a formação de fluidos e gases que saem delas e passam pelo material fibroso (por exemplo, maravalha), área com presença de ar. Os gases são decompostos e transformados em água e gás carbônico (gás do refrigerante). Este processo se deve às altas temperaturas de 50 a 60°C, nas quais as carcaças são cozidas.

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Fases da compostagem

A compostagem de carcaças avícolas apresenta duas diferentes fases: uma química e oxidativa, e outra de maturação e estabilização.

• Fase química e oxidativa

Nesta fase, ocorrem reações químicas e oxidativas, com alta temperatura presente. Corresponde à decomposição dos componentes facilmente biodegradáveis. O material é degradado pela atividade oxidativa dos microrganismos.

• Fase de maturação e estabilização

Nesta fase, há um processo de humificação (formação de húmus).

Condições para compostagem

A compostagem de carcaças avícolas, por ser um processo biológico, requer condições especiais, como: temperatura, umidade, aeração, potencial hidrogeniônico e relação carbono/nitrogênio.

• Temperatura

Os microrganismos que participam mais ativamente do processo são os aeróbios, predominando nas seguintes faixas de temperatura:

» 20 a 45°C, os mesófilos;

» 45 a 65°C, os termófilos.

Estes microrganismos, exotérmicos, liberam energia em forma de calor, elevando de forma natural a temperatura da compostagem. É oportuno possuir um termômetro ou uma barra de ferro para veri-ficar a temperatura, mantendo-a ao redor dos 60°C.

• Umidade

A umidade é um importante item que deve ser levado em consideração. Para que o processo ocor-ra normalmente é importante buscar o equilíbrio água/ar, o que pode ser obtido mantendo o proces-so de compostagem com um teor de umidade na ordem de 55%.

Portanto, quanto aos teores de umidade do processo de compostagem de carcaças avícolas, de-ve-se considerar:

» teores superiores a 60% levam a anaerobiose;

» teores inferiores a 40% reduzem a atividade biológica.

No processo de compostagem de carcaças avícolas, as seguintes situações podem ocorrer quanto ao nível de umidade:

» quando for baixo – pode resultar em uma compostagem incompleta, dificultando a elevação da temperatura da pilha compostada;

» quando for elevado – pode barrar a passagem de ar.

Mesófilos: que vivem em lugares de luz difusa e umi-dade média.

Termófilos: microrganis-mos que se dão bem com o calor.

Exotérmicos: que despren-dem calor.

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• Aeração

A compostagem deve ser realizada em ambiente aeróbio. Além de ser mais rápida e melhor condu-zida, não produz mau cheiro nem proliferação de moscas. A passagem de ar é muito importante, pois a compostagem é basicamente aeróbica (dependente da presença de ar). Caso não haja uma circula-ção de ar correta, ocorre um resfriamento da pilha compostada e aparecem odores fétidos.

Os materiais ou substratos considerados aerados são: palhadas, sabugo de milho, casca de arroz e maravalha (material mais usado por apresentar uma maior relação carbono/nitrogênio, que é impor-tante para as reações químicas).

Alguns substratos para compostagem de carcaças avícolas: acícula de pinus, bagaço de cana, palha de milho, casca de amendoim, capim e maravalha.

Um fator de suma importância é não escolher um material com partículas muito pequenas que favoreça a compactação da pilha compostada, e consequentemente dificulte a aeração da mesma, aumentando, assim, o tempo de processamento ou favorecendo a proliferação de agentes que pro-duzem gases dentro das carcaças, podendo vir a explodi-las e ocasionar o desarranjo das camadas.

Para não compactar a pilha compostada, não se recomenda o uso de pó de serra, resíduos de pré--limpeza de grãos, sobras de silagem, entre outros.

• Potencial hidrogeniônico

A compostagem aeróbia provoca a elevação do pH . No início do processo, o pH é ácido (5 a 6) de-vido à formação de ácidos minerais e gás carbônico. Em seguida, estes começam a reagir com as bases liberadas da matéria orgânica e neutralizam, transformando o pH do meio em alcalino (8 a 8,5), assim permanecendo até o final do processo.

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• Relação carbono/nitrogênio

As carcaças avícolas possuem grande quantidade de água e nitrogênio, porém, apresentam uma relação muito pobre de carbono/nitrogênio (C/N), sendo que essa relação é reguladora de todo o pro-cesso de compostagem. Para corrigir esta falha, é necessário adicionar algum tipo de substrato que seja rico em carbono para balancear a reação, e a maravalha, além de ter uma ótima relação carbono/nitrogênio, é benéfica por sua porosidade, a qual faz com que ela se acomode melhor ao redor das carcaças.

Portanto, a relação carbono/nitrogênio é um indicador do nível de maturidade do processo de compostagem, ou seja:

• no começo é alta, em torno de 60/1;

• no final deve estar em torno de 20/1, indicando que o material está pronto para ser usado como adubo orgânico.

Vantagens da compostagem

O processo de compostagem de carcaças avícolas apresenta as seguintes vantagens:

• não agride o meio ambiente;

• é seguro na eliminação dos patógenos;

• é de baixo custo e fácil de manejar;

• reduz a fonte de atrativo para vetores;

• evita odores desagradáveis;

• produz fertilizante de alta qualidade;

• evita o destino desconhecido das aves mortas (cães, gatos, peixes, córregos);

• é independente de equipamentos mecânicos, energia elétrica ou combustível;

• é modulável, ou seja, pode ser feita de acordo com o porte da propriedade e a produção;

• melhora a qualidade de vida dentro da propriedade.

Por outro lado, insucessos podem ocorrer na compostagem de carcaças de aves mortas quando os componentes necessários para a fermentação estiverem em proporção incorreta. E as causas mais comuns de insucesso no processo de compostagem são:

• excesso ou falta de água;

• ausência de oxigênio.

Contudo, dentre os métodos mais usados no aproveitamento dos resíduos avícolas, a composta-gem é o que melhor atende às exigências ambientais de controle de poluição do ar, da água e do solo.

Uma comparação entre os tipos de tratamento dos resíduos avícolas, como as fossas, a incineração e a compostagem, expõe as vantagens e desvantagens de cada um destes métodos, as quais são ob-servadas a seguir.

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Comparação entre tipos de tratamento dos resíduos avícolas.

Tipos deTratamento

Compostagem Incineração Fossas

Vantagens

• Quando bem manejada reduz o odor e elimina moscas e animais opor-tunistas;

• elimina as carcaças do ambiente, evitando a disseminação de doen-ças e microrganismos patogênicos;

• produção de produto fi-nal de aplicação agrícola;

• eliminação de agentes patogênicos;

• custo inicial baixo.

• Indicada para casos de mortalidade por proble-mas sanitários, eliminan-do o risco de contamina-ção dos lotes;

• elimina as carcaças do ambiente, evitando a disseminação de doen-ças e microrganismos patogênicos;

• reduz o volume tendo as cinzas como resíduo final.

• Previne odores, moscas e animais oportunistas;

• elimina as carcaças do ambiente, evitando a disseminação de doen-ças e microrganismos patogênicos.

Desvantagens

• Necessidade de mão de obra treinada e orientada;

• aumento do volume final.

• Custo inicial alto;

• risco de contaminação do ar pelos gases e pelo odor.

• Atraso do manejo ou problemas no seu fecha-mento podem ocasio-nar odores, moscas e animais oportunistas;

• risco de encharcamento com água de chuvas;

• risco de contaminação de águas subterrâneas.

Construção de uma composteira

A compostagem de carcaças avícolas deve ser feita em local abrigado das chuvas, livre do risco de in-vasão de predadores e com capacidade para armazenar o composto. Este local deve ser uma composteira.

Composteira: garante a correta destinação para as carcaças avícolas.

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• Local para construção

A composteira deve ser construída em local de fácil acesso, a uma distância entre 60 e 80 metros da área de serviço do aviário, e livre do acúmulo de águas de chuvas.

O processo de compostagem, quando bem manejado, não possibilita a geração de odores, moscas e aparência ruim. Portanto, as composteiras devem ser locadas próximas às instalações de produção da granja, facilitando a deposição das carcaças.

Mesmo sendo considerado o bom manejo, a localização das composteiras deve contemplar:

» drenagem do solo – para possibilitar que materiais não sejam trans-portados pela ação das águas de chuvas;

» direção predominante dos ventos – para evitar o transporte de pos-síveis odores.

• Aspectos considerados na construção

Na construção de uma composteira devem ser considerados os seguintes aspectos:

» piso – deve ser concretado com 5 cm de espessura, com certa declivi-dade direcionada para um ralo lateral, para escoar o chorume e os ex-cessos de umidade;

» paredes e pilares – as paredes de contenção podem ser feitas de al-venaria com 1,5 m de altura, e estas devem conter pilares laterais para suportarem a pressão da carga interna;

» porta e fundos – deve ter uma porta frontal e/ou fundos para carga ou descarga, sendo que podem ser comportas em tábuas de madeira.

O ideal é a construção de pequenos compartimentos em série, fazendo com que aumente o núme-ro deles de acordo com a necessidade.

Composteira com sequência de compartimentos.

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• Materiais para construção

A composteira pode ser construída com os seguintes materiais:

» paredes externas de alvenaria;

» divisórias internas e frente de tábuas de madeira encaixadas, de forma que sejam removíveis;

» chão de piso batido;

» cobertura de fibrocimento.

Para a proteção contra chuvas e predadores é importante que seja feita a colocação de uma cortina impermeável e móvel.

• Forma e tamanho

A melhor forma para uma composteira é a retangular, com as seguintes medidas:

» comprimento = 3 m;

» largura = 2,5 m;

» área por compartimento = 7,5 m².

O tamanho da composteira é dado em metros cúbicos (m3), sendo baseado no número de aves existentes no galpão ou no núcleo de criação. Por exemplo, para a determinação do tamanho da com-posteira são utilizadas fórmulas, como:

– Para frangos de corte

FC = PMF x NFG x C

Onde:

- FC = frangos de corte;

- PMF = peso médio dos frangos;

- NFG = número de frangos do galpão;

- C = 0,00012 (constante).

Sendo assim, para determinar o tamanho de uma composteira em uma criação de frangos de corte para um galpão de 15.000 aves e um peso médio das aves de 2,5 kg, tem-se:

FC = 2,5 kg x 15.000 aves x 0,00012 = 4,5 m3

– Para matrizes de corte

MC = PMM x NMG x C

Onde:

- MC = matrizes de corte;

- PMM = peso médio das matrizes;

- NMG = número de matrizes do galpão;

- C = 0,00028 (constante).

É preciso lembrar sempre que deve ter uma célula a mais para a estocagem do material que serve como meio carbonáceo: maravalha, palha/sabugo de milho, entre outros.

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Exercitando o conhecimento

Com base na construção de composteiras, analise as seguintes afirmativas e julgue-as em ver-dadeira (V) ou falsa (F).

( ) Na construção de uma composteira devem ser considerados os itens: piso, paredes e pilares, porta e fundos.

( ) Pode ser construída com materiais de alvenaria (paredes internas) e chão de piso batido.

( ) Uma composteira retangular deve ter as seguintes medidas: 5 m de comprimento, 1,2 m de largura e 2,5 m² de área por compartimento.

( ) O tamanho da composteira é dado em metros quadrados (m²).

Comentário: a sequência correta é "V–F–F–F". Como vimos, na constução de composteiras de-vem ser considerados: pisos, paredes e pilares, porta e fundos As paredes externas podem ser feitas de alvenaria e o chão, de piso batido. A composteira retangular deve ter as seguintes me-didas: comprimento = 3 m; largura = 2,5 m; e, área por compartimento = 7,5 m². E, por fim, o tamanho da composteira é dado em metros cúbicos (m3).

Resumindo

Nesta lição, vimos que existem duas vertentes de aproveitamento para os resíduos avícolas: utiliza-ção de fertilizantes e produção de energia.

Aprendemos que os resíduos avícolas mais comuns são oriundos da produção e incubação de ovos férteis; da criação, produção e abate dos frangos de corte; e, da produção de ovos comerciais, como resíduos de incubatório, cama aviária, aves mortas, resíduos de abatedouros.

Durante o processamento das aves, podemos verificar que há três diferentes tipos de despejos, produzidos de acordo com a seção de onde são provenientes: sangria; depenagem; e, evisceração e preparação da carcaça.

A cama aviária é o nome dado a todo o resíduo coletado no recinto de criação, o qual serviu para forrar o piso do galpão.

Aprendemos que a doença da “Vaca Louca” pode ser transmitida por meio de uma proteína deno-minada príon, presente na farinha de carne e ossos de animais infectados com a doença., e é uma mo-léstia crônica degenerativa, que afeta o sistema nervoso dos bovinos e provoca o descontrole motor. E que o Botulismo é causada pela ingestão da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que, além de ser encontrada no meio ambiente, pode estar presente em ossos, fezes e até no tubo gastrointestinal de animais mortos.

Como meios para a destinação final das carcaças de aves mortas pode ser destacamos o enterramen-to; além disso, essas carcaças podem ser depositadas em valas a céu aberto e, até mesmo, jogadas em córregos e matas. Nem sempre esses meios são os mais adequados em termos ambientais. E como prá-ticas de aproveitamento das carcaças avícolas vimos a fabricação de farinha de carne e a compostagem.

Veja se você se sente apto a:

• reconhecer as vertentes de aproveitamento dos resíduos avícolas para proteção ambiental;

• reconhecer os resíduos avícolas mais comuns;

• explicar o processo de compostagem de carcaças avícolas.

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Exercícios

Questão 1 – Quais são as vertentes existentes para o aproveitamento dos resíduos avíco-las? Explique.

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Questão 2 – De onde são oriundos os resíduos avícolas mais comuns na cadeia produtiva da moderna avicultura de corte e de postura?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 3 – Quais são os resíduos avícolas mais comuns na avicultura de corte e de postura? E como são produzidos, ou de onde são provenientes ou resultantes estes resíduos?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 4 – Quais são as perdas ocorridas no processo de incubação dos ovos férteis e que constituem os resíduos de incubatórios na avicultura?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 5 – Quais são os resíduos de abatedouros de frangos, e como podem ser utilizados?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 6 – O que é a cama aviária, e de que é composta como resíduo avícola? Quais são os fatores que influem na sua composição química?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 7 – Como pode ser utilizada a cama aviária produzida nas granjas avícolas de corte e de postura?

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Parabéns, você fina-lizou esta lição!

Agora responda às questões ao lado.

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Questão 8 – Comente sobre o uso do biogás produzido a partir da biodigestão da cama aviária.

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Questão 9 – Comente sobre a proibição do uso da cama aviária na alimentação de ruminantes.

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Questão 10 – Comente sobre a compostagem como prática adotada no aproveitamento das carcaças avícolas. E cite as suas vantagens.

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