AUTORIDADE E LIDERANÇA NO CASAMENTOS SEGUNDA A BÍBLIA

O princípio da Autoridade

“Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procederem trazem condenação sobre si mesmo”. (Rm. 13: 1-2 NVI).

Observando estes versículos, vemos que a maneira pelo qual Deus define seu governo define o princípio da autoridade. A cadeia de autoridade com extensão de comando foi estabelecida por Deus com o objetivo de organizar, proteger. Sendo a cadeia de autoridade uma ordenação por Deus, deve ser respeitada e conservada.

Ninguém está isento de ministrar ou ser ministrado pelo princípio da autoridade. Já nascemos com uma liderança sobre nós, que são nossos pais. Quando Deus criou a segunda pessoa no mundo, o princípio da autoridade já entrou em vigor para os relacionamentos humanos. Eva seria uma adjutora idônea sob a liderança espiritual de Adão.

O próprio Deus respeita e se sujeita a autoridade delegada. Quando Deus pensou em destruir o povo de Israel devido a tantas rebeliões e reprovações no deserto, ele mesmo, apesar de ser Deus, pediu autorização a Moisés, a quem incumbira a responsabilidade e a autoridade de conduzir o povo.

“Agora, pois deixa-me, para que a minha ira se ascenda contra eles, e eu os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Ex. 32.10).

Por sua vez, Moisés intercedeu em favor do povo, não permitindo que Deus cumprisse aquele intento. O mais incrível é que Deus se sujeitou à autoridade que Ele mesmo havia conferido a Moisés. O princípio da autoridade, não apenas vem de Deus, como também, é sustentado, respeitado e praticado pó Ele.

O PRINCIPIO DA AUTORIDADE ESTABELECE A ORDEM DE DEUS.

O princípio da autoridade é o mais importante agente para manter pessoas, valores e coisas em ordem. Não existe crescimento sadio sem organização e não existe organização sem autoridade.

Quando há desarmonia com o princípio da autoridade impõe os piores quadros de confusão, perversão e insegurança. Pessoas perdem o “fio da vontade de Deus”, não conseguem discernir a porta a entrar e o caminho a tomar. Tudo fica obscuro e um sentimento de desorientação se instala.

Obediência e Submissão

Não importa quão tirano ou iníquo seja um líder, precisamos respeitá-lo incondicionalmente, devido ao lugar de autoridade que ele ocupa. “Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como soberano.” (1Pe. 2:13).

Já a responsabilidade de obedecer é condicional: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef. 6.1).

Não se deve obedecer nenhuma ordem humana que afronte algum preceito moral divino. Haverá situações em que teremos que escolher entre nos sujeitarmos a um líder ou obedecer ao próprio Deus.

Obediência tem a ver com as nossas ações (realização do que nos ordenam fazer) com relação à autoridade. Submissão tem a ver com nossa atitude (é algo incondicional) para com as autoridades.

Nota: A única vez, e isto é uma exceção, na qual não precisamos obedecer a autoridades – é quando elas nos dizem para fazer algo que é diretamente contrário ou contraditório ao que Deus deixa claro em sua palavra. Para ser mais claro, somos liberados desta obediência somente quando os líderes nos ordenam a pecar. Contudo, mesmo nestes casos devemos manter uma atitude humildade e submissão. Exemplo: Sadraque, Mesaque e Abdinego. (Dn. 3: 16-18).

Outro bom exemplo seria uma esposa cristã que atende ao telefone ao telefone, mas seu marido não quer falar com quem ligou e lhe pede: “diga que não estou aqui.”

Uma resposta apropriada seria, “Querido, eu não vou mentir. Posso dizer que você não está disponível para atender ao telefone?” Ela mantém sua atitude de reverência à posição de autoridade, mas não desobedece ao mandamento para que não minta.

NO CASAMENTO OU RELACIONAMENTO CRISTÃO.

Sujeitando-vos. Palavra chave do Apóstolo Paulo para um bom relacionamento correto em uma família cristã; a sujeição deve ser mútua e baseada no temor ou reverência a Deus.

Vemos Pedro em uma de suas cartas instruindo as mulheres: Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vossos próprios maridos, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. (1 Pe. 3: 1-2).

Pedro não estava falando do termo submissão somente para esposas cujos maridos são cristãos. Pois um marido descrente ou não cristão pode mais facilmente ser ganho para Cristo se vir o cristianismo agir na vida correta de sua esposa (pelo exemplo), do que ouvindo a respeito dele dos seus lábios.

Pedro deixou claro novamente o paralelo entre comportamento e submissão. A esposa é admoestada para que viva um estilo de vida de pureza e reverencia para com a posição de autoridade de seu marido, mesmo quando ele não é cristão. Ela não seria obrigada a obedecer incondicionalmente se ele a pedisse para cometer um pecado, mas ela deve ser incondicionalmente submissa e honrar a sua posição de autoridade.

Somente para lembrar que é Deus, e não um homem faminto por poder, que nos ordena a sermos submissos. Ao nos submetermos a Ele, a proteção Dele estará sobre nós.

Quer a autoridade seja civil, da família, da igreja, ou social, Deus admoesta para que nossa atitude seja submissa, e devemos obedecer em ação, a menos que a autoridade nos diga para fazermos algo que é visto claramente nas escrituras como pecado.

A autoridade e a submissão em casa é facilmente reconhecida. Quando uma mulher se casa, ela está sob a autoridade, provisão e proteção do seu marido. Após isso as esposas devem se submeter à liderança de seus maridos no lar e devem respeitá-los.

“As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo”. (Ef. 5:22-23).

Quando em um relacionamento, a esposa assume o papel que é próprio do marido, ela começa experimentar tensão, pressão, fardo da responsabilidade, a falta de unção e graça para suportá-lo, como Deus concede aos maridos.

As esposas devem se submeter à liderança de seus maridos no lar; devem respeitar sua e reconhecer sua autoridade.

Quando uma esposa escolhe obedecer ao mandamento de Deus concernente a submissão, Ele concede proteção, sabedoria.

Os apóstolos Pedro e Paulo também exortam aos maridos a respeito de seu papel no casamento.

“Também você, marido, na vida em comum com a esposa, reconheça que a mulher é o sexo mais fraco e que por isso deve ser tratada com respeito. Porque a esposa também vai receber, junto com você, o dom da vida, que é dado por Deus. Aja assim para que nada atrapalhe as orações de vocês.” (1Pe. 3. 7).

Paulo instrui os maridos devem amar suas esposas, guiá-las, alimentá-las espiritualmente em Cristo e viver fielmente.

“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. (Ef. 5. 25).

Nota: Qual é a esposa que vai deixar de se submeter marido, sendo ele capaz de dar a vida por ela?