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Avaliação de Imóveis Módulo II Parabéns por participar de um curso dos Cursos 24 Horas. Você está investindo no seu futuro! Esperamos que este seja o começo de um grande sucesso em sua carreira. Desejamos boa sorte e bom estudo! Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site www.Cursos24Horas.com.br Atenciosamente Equipe Cursos 24 Horas

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Módulo II

Parabéns por participar de um curso dos

Cursos 24 Horas.

Você está investindo no seu futuro!

Esperamos que este seja o começo de um

grande sucesso em sua carreira.

Desejamos boa sorte e bom estudo!

Em caso de dúvidas, contate-nos pelo site

www.Cursos24Horas.com.br

Atenciosamente

Equipe Cursos 24 Horas

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Sumário

Unidade 3 - Compra, Venda e Taxas ............................................................................. 3

3.1 - Avaliação em Massa de Imóveis ........................................................................... 4

3.2 - Avaliação de aluguéis ......................................................................................... 14

3.3 - A compra do imóvel............................................................................................ 25

3.4 - Laudos de avaliação ............................................................................................ 34

3.5 - Ética profissional ................................................................................................ 42

Unidade 4 - Legislação e Diretrizes ABNT NBR 14.653............................................. 45

4.1 - O que é e quais são os objetivos das Normas da ABNT....................................... 46

4.2 - Métodos utilizados na avaliação de bens ............................................................. 48

4.3 - Métodos para identificar o custo de um imóvel ................................................... 54

4.4 - Critérios na avaliação de imóveis urbanos........................................................... 59

4.5 - Critérios para a Avaliação de Imóveis Rurais ...................................................... 64

Encerramento.............................................................................................................. 70

Referências Bibliográficas .......................................................................................... 71

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Unidade 3 - Compra, Venda e Taxas

Olá Aluno (a),

Os conceitos sobre o

processo de avaliação de imóveis e

os principais cálculos aplicados pelo

mercado imobiliário em prol de

valores justos e competitivos já

puderam ser conferidos por você.

Todo conteúdo visto até o

momento é basicamente voltado

para o profissional que já atua ou para pessoas que estejam desejando ingressar no ramo

de avaliações de imóveis.

A unidade três traz para você informações que podem interessar aos

profissionais da área bem como a qualquer pessoa que esteja pensando em adquirir um

imóvel.

As taxas estão presentes em quase todos os segmentos financeiros. Na compra

da casa própria não é diferente, mesmo porque, após a concretização do negócio, as

taxas habitacionais permanecem.

Nessa unidade veremos um segmento da avaliação de imóveis cujo objetivo é

definir os valores de taxas comuns tais como o IPTU. O assunto é muito abrangente por

isso serão abordados os pontos mais significativos.

Bom estudo!

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3.1 - Avaliação em Massa de Imóveis

O mercado imobiliário é um dos segmentos mais significativos para o setor

econômico de um país. Além de gerar empregos, é um dos setores que mais gera taxas,

impostos e tributos. A exemplo disso pode-se conferir o carnê do IPTU (Imposto

Predial Territorial Urbano), que todo início de ano recebemos em nossas casas.

Tanto quanto o IPTU, outro imposto significativo para o setor imobiliário é o

ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis). Mas a questão é: Como os

órgãos responsáveis definem os valores desses impostos? E o quão importante eles são

para o setor de avaliação de imóveis?

Tecnicamente falando, as avaliações em massa são conhecidas como Plantas de

Valores Genéricos Prediais e Territoriais e são a base de cálculo do valor do IPTU. Elas

são as plantas de zoneamento de uma cidade urbana e apresentam os valores unitários

de terrenos e edificações em metro quadrado, com ou sem construções, quadra por

quadra.

Cálculos por metro quadrado e valores unitários podem deixar a avaliação em

massa mais complexa do que ela realmente é, e talvez não ressalte a sua real

importância. Para o avaliador de imóveis é fundamental conhecer o papel que é

desempenhado pela avaliação em massa na gestão de um município.

Veja as principais vantagens da avaliação em massa:

Planejamento urbano: permite prever os custos de desapropriação em casos de

obras públicas.

Contribuição de melhoria: permite prever os possíveis retornos de investimos

urbanos.

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Mercado imobiliário: retrata a realidade do mercado de acordo com a época da

avaliação, pois fornece bases justas para transações, reduzindo a manipulação dos

consumidores pelos agentes imobiliários.

Questões fiscais: possibilita a retribuição da carga fiscal, redução das

iniquidades fiscais e maior justiça fiscal.

Para efetuar a avaliação em massa de um imóvel não basta apenas a planta de

valores genéricos. É necessário o uso, em conjunto, do cadastro técnico urbano. Ou seja,

a avaliação será uma consequência dos dados contidos no cadastro.

Deve-se aplicar uma metodologia científica e calcular os valores de acordo com

as recomendações das normas de avaliação. Acredito que mais um questionamento

surgiu em sua mente. O que é cadastro técnico urbano? Pois bem, veremos então alguns

dos seus conceitos e objetivos.

� Cadastro Técnico Urbano:

Cadastro Técnico Urbano é o conjunto das informações descritivas de

imóveis públicos e particulares no perímetro urbano de uma cidade. É com base nas

informações disponíveis no cadastro que os critérios para definição dos impostos são

cobrados. O objetivo principal do cadastro é fiscalizar, avaliar, planejar e administrar o

uso do solo, um dos recursos mais importantes de uma nação.

Em outras palavras, o cadastro, por ser um registro ágil e eficiente, é utilizado

para solucionar problemas urbanos de uso indevido do solo, tais como: não

planejamento urbano, invasões de terra, transportes deficitários, degradação ambiental,

entre outros.

Os cadastros são divididos de acordo com o tema: rede viária, serviços de

infraestrutura, serviços planialtimétricos, equipamentos comunitários, uso do solo e

serviços imobiliários. Todos os cadastros desempenham um papel significativo na

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definição das variáveis formadoras do valor de um imóvel. Porém aquele que mais

merece a nossa atenção é o cadastro imobiliário.

� Cadastro imobiliário urbano:

O cadastro imobiliário urbano é responsável por avaliar princípios e leis

referentes ao parcelamento e ocupação do solo urbano. Todas as especificações do lote

devem estar em conformidade com o projeto aprovado pela prefeitura. Por exemplo, a

área mínima permitida, o percentual da área construída, e os seus devidos

posicionamentos.

Infelizmente, devido às constantes obras públicas, compra e venda de imóveis,

implantação de novos empreendimentos e outros fatores, o cadastro imobiliário está em

constante transformação. Por isso, a dificuldade de mantê-lo atualizado. Podemos dizer

que no Brasil não há um cadastro atualizado, unificado e padronizado, as informações a

respeito do nome dos proprietários e donos de outros direitos não são exibidas de forma

clara.

Se os cadastros fossem atualizados e tecnologicamente modernos, os ganhos

seriam infinitos para a sociedade e os municípios. Possibilitaria a busca rápida de

informações fundamentais sobre imóveis e plantas, o que possivelmente evitaria a

cobrança de impostos que muitas vezes fogem da realidade.

� Métodos para avaliação em massa

Em todo processo de avaliação de imóveis, o avaliador deve seguir algumas

etapas para chegar ao valor final do imóvel. Na avaliação em massa isso não é diferente.

Antes de vermos o passo a passo da avaliação em massa com as suas principais

características e peculiaridades é importante conhecermos primeiro algumas questões

técnicas do processo. A primeira coisa que precisamos saber é como definir o método

de avaliação.

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A escolha do método:

De acordo com cada segmento de avaliação, sempre há métodos e

procedimentos que se encaixam melhor. Devido à escassez dos recursos técnicos e

econômicos, a falta de tempo e o grande número de imóveis que precisam ser avaliados,

na avaliação em massa o avaliador deve escolher um método que ao mesmo tempo seja

eficiente, preciso e de baixo custo.

No Brasil, grande parte dos municípios

utiliza o método comparativo de custo de

reprodução de benfeitorias, entretanto, vimos

que o objetivo das avaliações em massa é

calcular de forma justa os impostos tributários

dos municípios. Por esse motivo muitos

profissionais da área acreditam que o método comparativo de dados de mercado é o

mais indicado para atingir esse propósito.

Mas porque será que o método mais utilizado não é o mais indicado? A questão

é simples: o método comparativo de custos de reprodução e benfeitorias retrata o

comportamento dos preços baseando-se nos parâmetros de custo o que, segundo alguns

estudiosos, acabam gerando um vício de origem. Sendo assim, para que o contribuinte

possa pagar o imposto de acordo com o valor de mercado e com alíquota

preestabelecida, o ideal seria utilizar o método comparativo de dados de mercado, pois

esse método utiliza preços de terrenos e imóveis com benfeitorias transacionadas

livremente.

Todos os métodos de avaliação podem ser utilizados, independente do tipo de

imóvel (rurais, urbanos etc.), porém uma característica marcante nas avaliações em

massa é fazer uso de modelos econométricos, mais conhecido como hedonic housing

prices equations.

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Evidentemente atingir a perfeição nas tarefas que realizamos é um objetivo

comum, sempre damos o nosso melhor para que tudo ocorra conforme o planejado. A

avaliação em massa não é uma ciência exata, entretanto existem alguns procedimentos

que ajudam a desempenhá-la de acordo com os níveis de exigência.

Os trabalhos de avaliação podem ser classificados em três níveis de rigor:

expedido, normal e rigoroso.

Os níveis não avaliam a precisão do trabalho, mas sim o empenho executado no

trabalho. Atualmente, a base de cálculos dos valores dos imóveis em massa mais

utilizada é o nível de rigor expedido.

A avaliação expedida define o trabalho de avaliação tendo como principal

característica a subjetividade, ou seja, o avaliador não utiliza instrumentos matemáticos

para formar a sua convicção de valor do imóvel. Os valores são obtidos através de

opiniões e comissões de valores que são compostas por técnicos da prefeitura,

construtores e imobiliárias locais. Mas mesmo não utilizando cálculos exatos, a norma

estabelece exigências que devem ser cumpridas para definição dos níveis no que diz

respeito a:

• Coleta de dados;

• Qualidade das amostras;

• Fontes de informação fidedignas;

• Quantidade considerável de elementos numéricos;

• Semelhanças entre os objetos de avaliação;

• Transformação do preço a prazo para preço à vista.

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� Analise de regressão

A definição final do valor de um imóvel se baseia em diversas variáveis. Na

avaliação em massa o processo que mais se utiliza para definir as múltiplas variáveis é a

análise de regressão.

A análise de regressão consiste em estudar o comportamento das variáveis

dependentes em relação às variáveis independentes. Essa metodologia tem como base os

conceitos da estatística, principalmente na teoria das probabilidades e na inferência

estatística. Parece complicado, afinal o que é variável dependente e independente? Na

verdade é tudo muito simples.

Veja só como fica mais fácil entendê-las com os devidos conceitos. Na

avaliação de imóveis definimos:

Variável dependente: valor unitário do

imóvel que está sendo vendido.

Variável independente: atributos físicos

e geográficos, natureza da informação,

época da avaliação e os importantíssimos

aspectos qualitativos e quantitativos que

possam acrescentar ou depreciar o preço

do imóvel.

Na tabela abaixo você poderá observar os tipos de variáveis independentes mais

significativas testadas no modelo estatístico:

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Variáveis Independentes

Quantitativas

Variáveis Independentes

Qualitativas

Mês: mês de referência da coleta dos

dados

Suítes: o número de suítes

Dormitórios: o número de

dormitórios

Infraestrutura: calcula a quantidade de

serviços (iluminação, água, fossa ou

sumidouro, pavimentação, calçada e meio-fio).

No ramo imobiliário a variável de

infraestrutura é geralmente medida como nota

de 1 a 5, sendo assim o imóvel servido por

todos os serviços acima dá-se valor (5).

Área: valor das áreas privativas,

comuns e área real total. Os valores

devem se calculados em m²

Zona fiscal: é o mapa de zoneamento fiscal e

divisão numérica

Acessibilidade: o valor em distância

das habitações em relação ao centro

comercial

Dependência de empregados: caso haja, o

valor em quantidade.

Escolas: o valor em distância das

habitações em relação à escola mais

próxima

Elevador: valor que identifica a existência ou

a ausência desse equipamento.

Idade: idade real do imóvel de acordo

com o número de anos da construção

(imóvel pronto para habitação)

Conservação: avalia a depreciação da

construção avaliada de acordo com a escala:

ótimo (4), bom (3), regular (2) e péssimo (1)

Padrão da vizinhança: com base nos dados

do cadastro imobiliário de acordo com a

escala: alto (3), normal (2) e baixo (1)

Meio ambiente: o valor é avaliado de acordo

com o tipo de poluição, notas de 1 a 10

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Ao fazer uso da análise de regressão, o avaliador de imóveis consegue projetar

os valores de todos os imóveis de um município levando em consideração as suas

características particulares. Vimos que a análise de regressão baseia-se em alguns

conceitos da estatística. Entre eles se destaca a inferência estática, mas no que consiste a

inferência estática e qual o seu papel no processo de avaliação em massa.

� Inferência estatística:

A estatística pode ser definida como uma ciência exata que estuda a

variabilidade apresentada por dados. Já a inferência estatística é um raciocínio contrário

ao matemático, pois ela tenta tirar conclusões indo do particular para o geral. É um

processo totalmente intuitivo e dedutivo para obtenção de resultados por meio de

amostras. Esse método é utilizado para estudar uma dada população, ou seja, inferir

propriedades para a população.

A obtenção dos parâmetros da população ou hipóteses é feita por meio de um

estimador que descreve o modo de calcular o valor de um determinado parâmetro

populacional.

Após a definição dos parâmetros a inferência estatística exerce a sua função,

que é julgar sobre esses parâmetros populacionais. É possível que, com tantas

nomenclaturas, até então desconhecidas, você talvez ainda não consiga ver a aplicação

dessas metodologias na avaliação de imóveis em massa. Então agora que já conhecemos

alguns importantes conceitos vejamos como funciona o processo.

� Avaliando imóveis em massas - etapas

A avaliação em massa de imóveis tem como principais características a

uniformidade e o dinamismo. Uniformidade para elaborar os critérios de elaboração da

avaliação e dinamismo, pois reflete de forma clara as modificações mercadológicas de

valorização e desvalorização imobiliária.

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Outro elemento fundamental que facilita o planejamento e a tomada de

decisões importantes é o conjunto de informações constantes no cadastro. Dados como

área, padrão e conservação são algumas das variáveis que ajudam a definir o valor dos

imóveis.

Os dados referentes às ofertas de imóveis e às transações de mercado devem

ser coletados mensalmente, podendo utilizar como fonte as próprias imobiliárias locais,

jornais e construtoras.

Essas informações, quando usadas em conjunto, serão fundamentais para a

organização de uma avaliação em massa eficiente. Contudo cabe ao avaliador utilizar as

informações de forma assertiva já que cabe a ele escolher as variáveis de mercado que

julgar mais influentes. Já vimos como os dados devem ser utilizados, mas antes temos

que coletá-los.

� Coletando dados:

O avaliador pode utilizar as informações disponíveis em cadastros

multifacetados ou em fontes habituais como cartórios e imobiliárias. Apesar dos

cartórios registrarem as transações dos imóveis, cabe ao avaliador confrontá-las com as

imobiliárias e com os proprietários, já que a grande maioria está desatualizada.

No que diz respeito à pesquisa de valores, o avaliador deverá sempre consultar

mais de uma fonte para garantir a veracidade das informações além de confirmar as

informações na prefeitura local.

Além da coleta de dados, a pesquisa de valores deve ser acompanhada pela visita

local. Veja alguns dados obrigatórios da pesquisa de valores:

• Data: pode ser da transação, do anúncio ou do compromisso;

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• Fonte: tabelionato, cartório, registro de imóveis e número da inscrição ou da

transação (no caso de transação ou compromisso), nome do jornal, publicação,

número da página nome, endereço e telefone para contato (no caso de anúncio),

nome, endereço, telefone e nome do contato (no caso de oferta ou informação);

• Local: endereço completo dos imóveis pesquisados, distância da esquina mais

próxima ou da via pública mais conhecida;

• Dimensão: testada, profundidade, área, topografia, superfície;

• Recursos urbanos disponíveis: água potável, acesso a transporte coletivo,

esgoto, energia elétrica e pavimentação;

• Preço e condições de venda.

� Tratando os dados e aplicando os métodos:

O avaliador já finalizou a sua pesquisa de valores e já possui todos os dados

necessários para iniciar os cálculos. Esses dados formam amostras aleatórias, de acordo

com suas tipologias (comercial residencial e terreno).

Com base nas informações obtidas, deverá ser definido o método de avaliação

mais adequado. Conforme visto anteriormente, o mais indicado é tratar os dados pela

inferência estatística. Com ela o avaliador consegue representar as características dos

imóveis pelas variáveis que ele mesmo selecionou e testou em diferentes tipologias.

Com isso ele terá em suas mãos modelos que o ajudarão interpretar o grau de influência

de cada variável na formação do valor final dos imóveis.

� Atualizando valores:

Cada cidade define qual o melhor método para a atualização dos valores fiscais

imobiliários. Elas levam em consideração fatores legais, administrativos e políticos.

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Atualizar esses valores não é fácil, por isso ela só é executada diante de distorções

significativas.

Por exemplo: quando há

mudanças no padrão de uso do solo

ou expansão da cidade. Muitas

cidades já fazem uso de bases

cartográficas digitalizadas, o que

possibilita eficácia e agilidade no

processo de atualização. Após o

término dos cálculos a avaliação em

massa deve ser aprovada pela

câmara de vereadores do município

para então dar início ao processo de emissão dos carnês. Cada município define o

momento da atualização de valores, mas o ideal seria que fossem feitas, no mínimo,

anualmente.

3.2 - Avaliação de aluguéis

O avaliador de imóveis é o profissional

responsável pelos cálculos e pesquisas de

mercado cujo objetivo é definir o valor de um

imóvel. Porém, ele não define valores apenas

para a venda. O avaliador de imóveis também

é o profissional responsável pela avaliação

dos valores dos aluguéis. Assim como para a

venda, na locação ele também deve pesquisar

o mercado, efetuar cálculos e utilizar os métodos de avaliação para definir um valor

justo para o aluguel.

Apesar do intenso crescimento do segmento imobiliário e o aquecimento da

construção civil, no que diz respeito às concretizações de compra e venda, a locação

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ainda não perdeu seu espaço. Muito pelo contrário - o ramo da locação de imóveis é um

dos segmentos que mais se destaca e garante o movimento das imobiliárias. Isso

acontece pelo fato de que muitas pessoas ainda não têm condições de adquirir a casa

própria e acabam optando pela locação.

� Valor de locação

A situação financeira do brasileiro vem melhorando pouco a pouco, mas o fato é

que o déficit habitacional do país é preocupante. Aqueles que não têm condições de

adquirir a casa própria acabam optando para a locação de imóveis. Definimos aluguel

como o pagamento devido pela utilização de um bem.

Alugar um imóvel não é nada fácil, os preços são muitas vezes exorbitantes e o

locatário tem que pesquisar muito até encontrar um preço que se adéque ao seu bolso.

Em sua pesquisa por bons preços o inquilino (também chamado de locatário),

geralmente questiona os motivos pelo quais os valores variam tanto e como os preços

dos aluguéis são definidos.

Valor de locação é o cálculo de um aluguel. Tecnicamente falando, o cálculo

corresponde à expressão monetária do seu valor de locação em determinada data.

Independente do imóvel avaliado a primeira coisa que se deve fazer é escolher o

método. É por meio desse método que o valor de locação será determinado.

O mercado tem a sua disposição diversos métodos. Os mais utilizados para a

avaliação de aluguéis são:

• Método comparativo: Verifica-se em uma mesma região os imóveis semelhantes

ao avaliado, comparando o valor do aluguel para defini-lo.

• Método de renda: O valor do aluguel equivalerá a uma porcentagem do valor de

venda do imóvel. Apesar de mais simples, o método de renda nem sempre

condiz com o valor real de mercado, por isso não é o mais indicado.

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O avaliador após escolher o método mais adequado deve definir os critérios que o

ajudarão a compor o valor do aluguel. Vejam os critérios mais significantes:

• Localização: é um critério qualitativo e é considerado o mais relevante, pois

define o grau de valorização da região.

• Área de construção: é um critério quantitativo que avalia o valor do imóvel em

m².

• Qualidade da construção: é um critério qualitativo que avalia o grau de

acabamento do imóvel.

• Estado de conservação: é um critério qualitativo que avalia o estado geral do

imóvel. O avaliador deve avaliar se houve ou não reformas no imóvel e quais as

condições de moradia.

• Número de vagas de garagem: é um critério quantitativo que avalia a quantidade

de vagas do imóvel.

• Número de cômodos: é um critério quantitativo que avalia a quantidade de

cômodos do imóvel, incluindo quartos, salas, cozinhas e banheiros.

Para avaliar o valor do aluguel alguns documentos são obrigatórios: escritura e

registro imobiliário, contrato de locação em vigor, copias do IPTU, planta do imóvel e

certidão de dados cadastrais do imóvel.

Em posse desses documentos, juntamente com o método utilizado e com base nos

critérios acima o avaliador pode dar início aos cálculos que definirão o valor de aluguel

do imóvel.

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Veremos posteriormente as normas que sempre regem o trabalho do avaliador de

imóveis. No momento, apresentaremos alguns aspectos mais relevantes para a locação

de imóveis. Separamos alguns dos pontos mais importantes:

Método comparativo Método de renda Reformas

Procedimentos ao comparar

aluguéis em períodos distintos de

reajuste ou estágios de contrato:

Levar em conta a previsão

inflacionária e tornar os dados

homogêneos;

Utilizar modelos de regressão

com variáveis que considerem as

diferenças contratuais ou o

estágio do contrato.

Determinar em primeiro

lugar a taxa de

remuneração do valor

imóvel lembrando que a

taxa varia de acordo com

o tipo de imóvel,

localização e ao longo do

tempo.

As reformas que por

sua vez trouxerem

benefícios para o

imóvel podem ser

abatidas do valor do

aluguel em forma de

desconto, durante um

período determinado

em comum acordo

entre locador e

locatário.

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� Locação - obrigações e direitos

Veja a seguir alguns esclarecimentos sobre as dúvidas mais frequentes entre

locadores e locatários:

Contrato: O contrato é um documento importantíssimo para esse tipo de

transação, pois garante os deveres e direitos do locador e do locatário. Deve ser assinado

por ambos e mais duas testemunhas. As cláusulas devem ficar claras para evitar

transtornos futuros.

Caução: É um depósito em conta

poupança feito em dinheiro que equivale à

somatória de três meses do valor do aluguel.

Utilizada na substituição do fiador, serve como

garantia de dívidas que possam vir a existir em

relação à locação. O valor da caução poderá ser

utilizado, caso ao final da locação restar qualquer

tipo de débito do locatário para o locador.

Seguro fiança: O locatário faz um seguro junto a uma companhia de seguros que

garantirá ao locador receber o aluguel e outras despesas (IPTU, água, luz, danos do

imóvel e etc.) caso o locatário deixe de pagá-las. A cobertura do seguro varia de

seguradora para seguradora.

Durante a locação: O locatário deve permitir vistorias semestrais para avaliar o

estado de conservação do imóvel e efetuar a renovação do contrato de acordo com o

tempo previsto no documento.

A desocupação do imóvel: A desocupação e falta de interesse na renovação do

contrato por parte do locador ou locatário deve ser planejada e informada com

antecedência. O imóvel deve ser devolvido nas mesmas condições em que foi entregue

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ao locatório. No acerto final serão inclusos o valor residual do aluguel e as demais

despesas.

Atualmente para que haja transparência e segurança nas negociações de aluguel o

locador e o locatário já podem ser assegurados por lei. Desde 1991 sempre que

necessário, eles podem consultar seus deveres e direitos na lei do inquilinato de nº

8.245.

Evidentemente expor aqui todo o conteúdo da lei do inquilinato é desnecessário já

que é extremamente extenso. Portanto disponibilizamos um modelo de contrato que

relata as informações mais significativas que a lei determina:

MODELO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO PARA IMÓVEIS PRÓPRIOS

Processo n.º ................ /............. Contrato n.º .............. /..........

Contrato de Locação de imóvel que entre si fazem, como LOCADOR (nome do

Órgão Estrutural), de um lado, e de outro lado, como LOCATÁRIO,

___________________na forma abaixo:

Pelo presente instrumento particular, (nome do órgão estrutural), órgão vinculado ao

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, criado (forma e data de criação do órgão),

inscrito no CNPJ/MF sob o n.º_______________, sito à (endereço do órgão do

GDF), daqui por diante denominado GDF, representado neste ato por (nome e cargo

do titular do órgão estrutural), cargo para o qual foi nomeado e publicada no Diário

Oficial do GDF n.º......., de ....... //...... //........, Seção/Folha, residente na (endereço),

doravante denominado LOCATÁRIO, representado neste ato por seu procurador

(nome e qualificação legal), resolvem celebrar este Contrato de Locação, regendo-se

pelas normas e leis pertinentes, mediante as Cláusulas e condições a seguir:

CLÁUSULA PRIMEIRA - Do Objeto - O GDF dá em locação ao LOCATÁRIO o

imóvel de sua propriedade, conforme escritura de compra e venda e certidão do RGI

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apresentadas, situado (localização), com área de__ m2.

CLÁUSULA SEGUNDA - Do Prazo - A presente locação é feita pelo prazo de, (....)

anos, no período de ....... //....... //........ a ......... //........ //..........

PARÁGRAFO ÚNICO - Findo o prazo estipulado, se o LOCATÁRIO permanecer

no imóvel por mais de 30 (trinta) dias, sem oposição do GDF, presumir-se-á

prorrogada a locação nas condições ajustadas, até o limite máximo de 05 (cinco) anos,

a contar da data da contratação inicial.

CLÁUSULA TERCEIRA - Do Valor - O aluguel mensal do imóvel é de R$ (valor

numérico) e (por extenso), que será corrigido anualmente tendo por base a variação

acumulada do IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio

Vargas) ou, na sua extinção, por outro índice que vier a ser fixado, de acordo com os

dispositivos legais vigentes.

PARÁGRAFO PRIMEIRO - O valor mensal do aluguel será pago juntamente com

as importâncias correspondentes às obrigações previstas na Cláusula Quarta, até o dia

______do mês subsequente ao vencido.

PARÁGRAFO SEGUNDO - O pagamento do aluguel e dos encargos fora do prazo

estabelecido na presente cláusula importará a cobrança de multa de 2% (dois por

cento) sobre o valor do aluguel e dos encargos em atraso, acrescida de juros de mora

de 0,0333% (trezentos e trinta e três décimos de milésimos por cento) ao dia.

CLÁUSULA QUARTA - Dos Impostos, Taxas, Seguro-Incêndio e Encargos - Todos

os impostos, taxas e contribuições, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel

objeto deste contrato, e os encargos de administração e conservação serão de

responsabilidade do LOCATÁRIO, que se obriga a pagá-los e a apresentar

semestralmente ao GDF os respectivos comprovantes de quitação.

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PARÁGRAFO ÚNICO - O LOCATÁRIO se obriga a providenciar apólice de

seguro-incêndio do imóvel, no prazo máximo de 30 (trinta) dias da assinatura deste

contrato, e a apresentá-la ao GDF, juntamente com o respectivo comprovante de

quitação.

CLÁUSULA QUINTA - Da Destinação - O imóvel ora locado só poderá ser

utilizado para exploração do ramo de........................, sendo expressamente proibida a

sua utilização para quaisquer outros ramos ou fins. É vedado ao LOCATÁRIO

transferir ou ceder este contrato, bem como sublocar, emprestar ou ceder, a qualquer

título, no todo ou em parte, o imóvel. Rescindir-se-á automaticamente o presente

contrato em caso de inobservância desta cláusula.

PARÁGRAFO ÚNICO - Em se tratando de imóvel edificado, o LOCATÁRIO se

obriga a deixar livres as áreas de acesso aos demais pavimentos do imóvel em

locação.

CLÁUSULA SEXTA - Das Penalidades decorrentes de má utilização do Imóvel -

Será de inteira responsabilidade do LOCATÁRIO qualquer multa ou penalidade que

venha a ser aplicada pelos poderes públicos em decorrência de desrespeito a leis

federais, estaduais ou municipais referentes à utilização do imóvel locado. Será ainda

de responsabilidade do LOCATÁRIO qualquer exigência das autoridades públicas

sobre atos por ele praticados, podendo o GDF, se assim o preferir, cumpri-la e cobrar

as despesas juntamente com o aluguel.

CLÁUSULA SÉTIMA - Da Conservação e devolução do Imóvel - O LOCATÁRIO

recebe o imóvel objeto deste contrato em perfeito estado de conservação, de pintura e

limpeza, com todos os aparelhos e instalações funcionando sem qualquer defeito,

exceto as ressalvas observadas no termo de vistoria elaborado no ato do recebimento

do imóvel obrigando-se a devolvê-lo, finda ou rescindida a locação, nas condições em

que o está recebendo.

CLÁUSULA OITAVA - Dos Consertos e Benfeitorias - Todos os reparos, consertos

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e substituições que se façam necessários ao imóvel correrão por conta do

LOCATÁRIO, sob a condição de restaurar a coisa reparada ao estado original e de

substituir as peças por outras de mesma qualidade. É proibida a realização de

qualquer obra de acréscimo ou modificação no imóvel sem a prévia autorização do

GDF.

PARÁGRAFO ÚNICO - Quaisquer benfeitorias realizadas, ainda que autorizadas,

aderirão ao imóvel, desistindo o LOCATÁRIO, neste ato, expressamente, de

indenização, pagamento ou compensação, bem como do direito de retenção a elas

referentes. Poderá, entretanto, o GDF exigir que o LOCATÁRIO, por sua exclusiva

conta, reponha o imóvel em seu estado anterior, uma vez finda a locação.

CLÁUSULA NONA - Do Regulamento do Edifício - Em se tratando de imóvel

edificado, e existindo condomínio, fará parte deste contrato o Regulamento do

Edifício, de cujo teor o LOCATÁRIO admite ter pleno conhecimento e ao qual se

obriga a fielmente cumprir.

CLÁUSULA DÉCIMA - Da Instalação de Máquina ou Aparelhos - O LOCATÁRIO

não poderá, sem prévio e expresso consentimento do GDF, instalar no imóvel objeto

deste contrato qualquer máquina ou aparelho cujo funcionamento acarrete sobrecarga

na corrente elétrica.

PARÁGRAFO ÚNICO - Nenhum aviso, notícia, placa, toldo ou sinal será escrito,

pintado ou fixado na parte externa do imóvel ora locado, salvo na portaria do edifício

e nas dependências internas do mencionado imóvel, sem a devida vênia do GDF.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Da Rescisão - Haverá rescisão imediata e de

pleno direito independente de notificação judicial ou extrajudicial, nas ocorrências de

infração a qualquer cláusula, condição ou obrigação deste contrato ou do

Regulamento do Edifício, se for o caso. A parte infratora fica obrigada a pagar multa

no valor de 3 (três) aluguéis vigentes e a ressarcir o valor de despesas realizadas em

procedimento judicial.

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PARÁGRAFO PRIMEIRO - Constituirão, igualmente, causa de rescisão de pleno

direito deste contrato: a) liquidação amigável ou judicial, concordata preventiva ou

falência do LOCATÁRIO; b) denúncia do contrato; c) não-indicação de novo fiador

no prazo fixado no parágrafo único da cláusula décima segunda; d) necessidade de

utilização do imóvel por qualquer ENTIDADE VINCULADA ao GDF; e) ocorrência

de sinistro que impossibilite o uso, no todo ou em parte, do imóvel locado.

PARÁGRAFO SEGUNDO - O GDF poderá rescindir o contrato a qualquer tempo,

desde que avise o LOCATÁRIO, por escrito, de sua intenção com antecedência

mínima de 60(sessenta) dias.

PARÁGRAFO TERCEIRO - Será, também, motivo de imediata rescisão do

presente, a superveniência de Lei ou Postura Federal, Estadual ou Municipal

proibindo que se dê à área a destinação indicada.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - Da Garantia - Para garantia do cumprimento

de todas as cláusulas do presente contrato, até a efetiva entrega das chaves do imóvel

locado, oferece o LOCATÁRIO como seu FIADOR e principal pagador: ( nome,

qualificação, identidade, CPF ou CNPJ), que, juntamente com seu cônjuge, firma o

presente contrato, assumindo a responsabilidade pelo fiel e integral cumprimento de

todas as cláusulas, condições e obrigações deste instrumento, até a efetiva entrega das

chaves do imóvel ao GDF, desistindo, neste ato, expressamente, da faculdade que lhe

conferem os artigos 1.500 /1.504 do Código Civil.

PARÁGRAFO ÚNICO - Se o fiador vier a falecer antes da entrega das chaves do

imóvel, alienar seu patrimônio ou ficar insolvente, o LOCATÁRIO se obriga a

apresentar um novo fiador, que seja aceito pelo GDF, no prazo máximo de 30 (trinta)

dias, contados da ocorrência do evento.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - Da Responsabilidade - Obriga-se o

LOCATÁRIO a entregar ao locador toda correspondência dirigida a este e endereçada

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ao imóvel locado, sob pena de responsabilidade por possíveis danos decorrentes de

omissão.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - Do Direito de Preferência - Em caso de

alienação do imóvel locado através de concorrência pública, o LOCATÁRIO, com

reconhecido direito de preferência à aquisição do imóvel, desde que esteja em dia

com as suas obrigações contratuais, será notificado, mediante correspondência com

Aviso de Recebimento (AR), sobre o preço de compra oferecido pelo licitante

vencedor, devendo, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, exercer o seu direito em

igualdade de condições com a proposta classificada em primeiro lugar.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - Do Registro - Este Contrato de Locação deverá

ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos no prazo máximo de 30 (trinta)

dias da sua assinatura, correndo tal despesa por conta do LOCATÁRIO.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - Da Publicação - O GDF fará, obrigatoriamente, a

publicação do resumo deste Contrato no Diário Oficial do DF até o 5.º dia útil do mês

seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias

daquela data, em cumprimento à Lei n.º 8.666, de 21/06/93, e alterações posteriores.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - Do Foro - O foro deste contrato para qualquer

procedimento judicial será o do Distrito Federal, com a exclusão de qualquer outro.

Por estarem assim ajustadas, firmam as partes o presente contrato em 02 (duas) vias

de igual teor, que, depois de achadas conforme, na presença das testemunhas também

signatárias, assumem o compromisso e a obrigação de fielmente cumprir e respeitar o

pactuado, por si, seus herdeiros e sucessores.

Cidade/Data

GDF (nome e cargo)

LOCATÁRIO (nome )

TESTEMUNHAS (nome e CPF)

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3.3 - A compra do imóvel

Já vimos muitas questões técnicas, conceitos e cálculos que muitas vezes farão

parte do contexto do profissional avaliador.

Entretanto, isso não significa que somente o profissional da área poderá se

beneficiar com esse material. O conteúdo foi elaborado para que todos possam ter um

entendimento adequado e bons esclarecimentos.

Veja a partir de agora algumas questões sobre compra e venda de imóveis em

função do mercado imobiliário. Observe algumas questões e informações que fazem

parte da curiosidade do comprador. Mas é claro que o avaliador também deve conhecê-

las, afinal muitas vezes, ele é quem terá que lidar com esses questionamentos.

Muitos profissionais lidam aproximadamente 100% de seu tempo com cálculos,

como por exemplo, o engenheiro avaliador. Porém, alguns questionamentos e dados

importantes do mercado imobiliário não envolvem tanto cálculos, mas sim,

características de mercado.

Felizmente a situação econômica do nosso país vem passando por transformações

positivas e um segmento que vem ganhando com isso é o setor imobiliário. Porém, um

questionamento se mantém presente para o comprador: imóvel pronto ou imóvel na

planta? Qual o melhor?

Evidentemente, não há um melhor e sim aquele que mais atende às necessidades do

possível comprador. Vejamos então as características mais marcantes de cada um e

como atua o avaliador de imóveis de modo que consiga ajudar o cliente a definir o

melhor tipo de aquisição atendendo às suas necessidades de acordo com o seu bolso.

• Imóvel na planta ou imóvel pronto

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Se você mora em uma grande cidade,

com certeza percebeu que nunca se construiu

tanto. São prédios, condomínios e casas que

surgem com uma velocidade impressionante.

Com esse boom na construção, um novo jeito

de aquisição de imóveis vem se destacando: a

compra do imóvel ainda na planta, ou seja,

ainda em construção.

Mas isso não significa que os imóveis

já prontos (novos ou usados), tenham perdido espaço. Muito pelo contrário, eles ainda

são líderes em vendas nas imobiliárias, principalmente nas de pequeno porte ou em

cidades pequenas.

Podemos definir imóvel pronto como um imóvel novo ou usado pronto para

morar. Cada um com as suas próprias características, vantagens e desvantagens.

Normalmente, o imóvel pronto é mais procurado por compradores que disponham do

valor integral do imóvel (ou de uma de boa parte), ou ainda por aqueles compradores

que não têm paciência com obras ou estão com pressa para se mudar.

Aspectos financeiros: Financeiramente falando, adquirir um imóvel ainda na

planta é bem mais barato e fácil do que o pronto ou usado. Isso porque o imóvel na

planta oferece mais possibilidades de parcelamentos, financiamentos e entradas de

menor valor. Hoje existem muitas construtoras respeitáveis e confiáveis nesse

segmento, trabalhando para que a aquisição do imóvel na planta não traga problemas

futuros ao comprador. Cabe ao consumidor buscar a maior quantidade de informações

possíveis a respeito da construtora, consultar outras obras e, se possível, procurar

moradores e síndicos dos imóveis já vendidos por ela.

O imóvel pronto (novo) é mais caro do que o na planta, mesmo sendo idênticos e

na mesma região. Um dos fatores que aumentam esse valor é o fato de já estar pronto

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para morar. No que diz respeito às condições de pagamento são bem parecidos - em

ambos há possibilidade de financiamento 100%.

O imóvel pronto (usado), por sua vez possui um mercado com preços variados,

seu preço é determinado de acordo com a conservação, localização, tamanho e etc. O

comprador sempre busca por imóveis que atendam não só as suas condições financeiras,

mas também os que se adequem as suas preferências pessoais. Como em sua grande

maioria, os imóveis usados são vendidos à vista, evitando assim os juros do

financiamento, podemos dizer que nesse caso o fator preferências do comprador terá

mais peso do que o fator preço, já que é comum o comprador dispor do valor total.

Muitos imóveis usados são negociados direto com o vendedor, que muitas vezes

não aceitam financiamento ou parcelamento. Mas isso não significa que não há

financiamento de imóveis usados, ele simplesmente é mais burocrático. Os bancos

executam perícias rigorosas e demoradas, analisam em detalhes todos os documentos do

imóvel, nem sempre financiam 100% do valor, não financiam imóveis que possuem

mais de uma propriedade no terreno entre outros aspectos que acabam dificultando a

liberação do credito.

Tudo tem suas vantagens e desvantagens. Se por um lado as condições de

pagamento são favoráveis, por outro lado muitas taxas podem ser abusivas e elevar o

valor do imóvel, sendo ele na planta, novo ou usado. Analisar a taxas e consultar se elas

estão dentro dos padrões aplicados pelo mercado pode evitar transtornos e prejuízos.

Entrega e vistorias: Comprar exige paciência. Ver, tocar, enfim, sentir o novo

bem faz parte do processo e ajuda na escolha final. Mas o que fazer quando o produto

que vai adquirir ainda não existe. Ele está apenas no papel, nesse caso na planta. Dessa

forma o ideal é tirar todas as suas dúvidas nos stands de venda. Uma construtora

honesta e que trabalha com transparência deve disponibilizar os seguintes dados:

� Financiamento: disponibilizar todas as condições de pagamento e financiamento

como entrada, prestações intermediárias, índices e periodicidade dos reajustes,

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entrega das chaves, projeção do valor da prestação com as devidas aplicações de

juros.

� Localização: a planta do imóvel deve estar disponível no stand com as devidas

informações de localização e estrutura, por exemplo, se o imóvel é de frente ou

de fundos, se há boa ventilação e incidência de luz do sol.

� Material: o memorial descritivo deve disponibilizar a marca e a qualidade dos

materiais utilizados.

� Construção (imóveis na planta ou novos): informações a respeito do regime de

construção: se é empreiteira, com preço fechado, ou se é por administração onde

o valor efetivo da obra será repassado aos adquirentes.

No imóvel novo e usado o comprador pode visitar o local e sentir se é realmente o

que procura. Olhar com cuidado as instalações, observar a infraestrutura da região e

conversar com os vizinhos são atitudes que podem ajudar no processo de compra. Já no

imóvel na planta, visitar a região e falar com os moradores é possível, porém muitas a

região pode ser um bairro novo, com o comércio e a infraestrutura em crescimento,

sendo assim, o que mais pode trazer segurança ao comprador é atentar-se prazo de

entrega do imóvel e na qualidade dos materiais.

É preciso ter muita paciência, pois obras levam tempo e infelizmente às vezes

mais do que o programado, ocasionando demora na entrega das chaves. Por isso a

paciência é fundamental bem como a importância em se conhecer a construtora e

verificar se ela empenha seu trabalho com seriedade. Se possível faça vistorias na obra,

mantenha contato constante com a construtora, e cobre assim que perceber a quebra de

prazos.

Subentende-se que o imóvel novo, como já bem define o nome, seja novo e em

ótimo estado de conservação, porém para garantir que não sofra surpresas desagradáveis

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o comprador pode e deve verificar o memorial descritivo, como todas as informações do

material utilizado, inclusive o nome das marcas.

Caso os dados sejam duvidosos ou a baixa qualidade dos materiais fique evidente,

não finalizar a compra é a melhor opção. Já no imóvel usado verifique o estado de

conservação da propriedade. Caso o comprador não possua conhecimentos técnicos para

verificar a qualidade dos materiais ou para verificar o estado do imóvel pode pedir

ajudar a alguém de sua confiança e que conheça um pouco sobre construção civil.

Isso tudo é muito importante, já que, por exemplo, no caso de um imóvel que

estiver em mau estado de conservação e precise de uma boa reforma, os gastos com

reforma podem não compensar, elevando assim o preço final do imóvel. Muitos imóveis

usados possuem móveis planejados, que são usados como benfeitorias do imóvel,

elevando assim o seu valor, cabe ao comprador também verificar as condições desses

móveis.

Documentação: Nesse

aspecto a regra é praticamente a

mesma para todos os imóveis.

Analisar as cláusulas do contrato

com atenção é primordial, caso não

tenha conhecimentos jurídicos ou

até mesmo paciência para ler todo o

conteúdo, o comprador pode pedir

auxílio a um advogado ou alguém

de sua confiança. No imóvel na planta, às vezes não há um contrato, mas sim um

compromisso de compra e venda que também deve ser lido com atenção. Os

documentos devem apresentar as seguintes informações:

• Dados do incorporador e do vendedor;

• Valor total do imóvel;

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• Forma de pagamento;

• Condições do financiamento inclusive os índices de periodicidade do reajuste,

local de pagamento, taxas e multas caso haja atrasos de pagamento, valor do sinal;

• Indicação da unidade privativa e garagens adquiridas;

• E todas as demais condições que foram prometidas pelo vendedor.

Mesmo não sendo um perito em documentação o comprador pode e deve verificar

os documentos de liberação da obra no caso de imóvel na planta ou novo. O projeto

além de ser aprovado pela prefeitura deve estar registrado no cartório de registro de

imóveis.

Confrontar as informações da planta e anúncios com as do projeto aprovado é

fundamental para que não se tenha surpresas desagradáveis mais adiante.

Muitas das informações vistas até agora, são em sua grande maioria, destinadas

aos compradores, já que cabe a ele analisá-las com cautela e definir qual o tipo de

imóvel (na planta, novo ou usado) que mais atende as suas necessidades. Entretanto é

fundamental que o avaliador de imóveis as conheça bem, pois muitas delas podem

contribuir para a definição do valor final do imóvel.

Um ponto interessante do imóvel na planta é a valorização ou desvalorização que

pode ocorrer durante a construção. Isso pode ocorrer da seguinte forma: o avaliador,

com base nas informações do projeto, nas características da região, na oferta e procura

da região define um valor, para que o imóvel possa ser lançado no mercado.

No decorrer da construção os mesmos aspectos que um dia foram positivos

podem se tornar negativos (falta de segurança ou falhas de infraestrutura) e ocasionar a

desvalorização da região. Ou o inverso: o que um dia era negativo pode sofrer melhorias

e valorizar a região.

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Nesse caso, pode ocorrer que imóveis idênticos tenham valores diferentes. Isso

porque o valor é definido de acordo com a época da avaliação. Na maioria das vezes sai

na vantagem quem comprou primeiro já que as possibilidades da região perder valor são

bem menores. A tendência é sempre que o imóvel fique mais valorizado.

Portanto, para que o consumidor não tenha prejuízos é importante estar atento a

diversos aspectos, como obra, documentação e cláusulas. Aspectos esses, que o

avaliador de imóveis também deve estar atento, já que alguns deles podem assumir

papel de variável no valor final do imóvel.

Portanto, as principais características e informações devem ser observadas

quando chega o momento da compra do imóvel. Cabe a cada um analisá-las

atentamente, definir as vantagens e desvantagens e só assim escolher o que mais se

aproxima às suas necessidades.

• Diferença entre Valor e Preço

Por mais simples que possa parecer valor e preço são coisas distintas.

Preço: Quantia pela qual se efetua, ou se

propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem,

um fruto ou um direito sobre ele.

Valor: Existem alguns tipos: valor residual;

valor em risco, valor patrimonial e valor de mercado.

Hoje especificamente focaremos os nossos estudos

no valor de mercado, ou seja: Quantia mais

provável pela qual se negociaria voluntariamente e

conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado

vigente.

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Talvez as definições acima não consigam esclarecer de imediato as diferenças

existentes entre os dois termos. Muitas vezes é difícil interpretar os conceitos regidos

pelas normas. Dessa forma veremos alguns conceitos e exemplos de cada um.

• Valor

Na área de avaliação de imóveis e bens é comum se discutir o conceito do termo

valor. Ao longo do tempo ele foi definido de diversas formas. Alguns estudiosos

defendiam que o valor era como algo mutável, a definição dependia da finalidade da

avaliação e envolvia inclusive aspectos psicológicos.

Outras teorias ganharam força e por muito tempo defendeu-se que o valor podia

ser divido em tipos (contábil, o tributário etc.), ou seja, o valor de um imóvel era

subjetivo. Outros estudiosos passaram a defender o conceito equivalente, o valor é

único, independente da finalidade da avaliação, a força do mercado é quem definia o

valor, os critérios de avaliação passaram então a ser subjetivos.

Passado o período de discussões, palestras e livros, hoje já há um consenso e o

conceito utilizado por todos os profissionais da área é o conceito univalente. Ele

determina que o valor é único, é definido e que em um dado momento, independe da

finalidade da avaliação, ou seja, a determinação do valor ocorre em uma situação de

negócio entre duas partes, sem pressão externa.

Podemos dizer que dentro de valor há diversas definições, tais quais:

Valor de mercado - geralmente, o valor de mercado de um bem, é

referido como sendo o preço pelo qual um vendedor o venderia e um comprador

o adquiriria, sendo que nenhum deles estaria sujeito a pressões anormais.

Valor de reposição - podemos afirmar que é aquele valor de

propriedade, baseado no que ela custaria (geralmente em nível de preços

correntes de mercado), para repor a propriedade ou seus serviços igual e

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satisfatoriamente com, pelo menos, outro preço de semelhante propriedade ou

serviços.

Valor potencial - representado pela capacidade que o imóvel possui de

produzir renda máxima. Pode se situar aquém ou além do valor econômico. A

avaliação vai mostrar se, em face do valor potencial, um negócio imobiliário

oferece atrativos para a aplicação de capitais.

Veja agora os conceitos de preço e observe as diferenças:

• Preço

Podemos dizer que a definição de preço é um pouco mais simples. O seu

conceito não sofreu transformações ao longo dos anos. Definimos preço como sendo a

expressão monetária de um bem, ou seja, a quantia em dinheiro que será paga para

adquirir o imóvel.

Ao contrário de valor, o preço é múltiplo e variado em faixas. As variações

ocorrem de acordo com os interesses pessoais e comerciais dos agentes (pessoas e

instituições) da negociação. O processo que define o preço pode sofrer pressões

externas.

Ou seja, ao contrário do que define os dicionários, na avaliação de imóveis,

preço e valor não são sinônimos. Isso porque, o valor de um imóvel ou bem só pode ser

igual ao preço em um mercado de concorrência perfeita. Mercado de concorrência

perfeita é aquele composto pelos seguintes aspectos: homogeneidade dos bens, números

elevados de compradores e vendedores, não há influência externa, conhecimento pleno

sobre o mercado, sobre os bens e das tendências de avaliação por parte dos compradores

e vendedores, vendedores e compradores oferecendo liquidez com liberdade plena de

entrada e saída do mercado. Mas esse tipo de mercado é raramente encontrado no

mercado imobiliário.

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O preço de mercado não envolve a adoção de conduta prudente pelas partes, de

ausência de estímulos indevidos ou de qualquer outra condição básica relacionada com

o conceito de valor de mercado.

Realmente perceber as diferenças entre valor e preço não é uma tarefa tão fácil.

As diferenças são sutis, mas existem. O profissional responsável pela avaliação de

imóveis deve saber identificá-las para que os seus laudos tenham validade no mercado.

3.4 - Laudos de avaliação

Independente do tipo de

imóvel avaliado ou do método

adotado, o laudo técnico deve ser

realizado. O laudo é um documento

legal que valida todas as

informações que foram obtidas

durante a avaliação.

Sabemos que a avaliação de bens e imóveis é uma tarefa exercida por

profissionais de áreas distintas. Porém, tecnicamente falando, para que o laudo tenha

valor no mercado ele deve ser elaborado pelo engenheiro de avaliações, já que nem

todos os profissionais que atuam no mercado imobiliário possuem capacitação para

elaborar laudos de acordo as normas da ABNT.

Dessa forma, nesse capítulo, veremos algumas características dos laudos de

avaliação, como elaborá-los com clareza e objetividade. O avaliador tem a sua

disposição dois tipos de laudo: o simplificado e o completo. Conheceremos ambos e ao

final dessa unidade você saberá como aplicar cada um deles.

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Laudos de avaliação

Laudo é um relatório elaborado pelo engenheiro de avaliações em conformidade

com a própria norma. Acreditamos que com base em todas as informações fornecidas

até o momento vocês já consigam construir um conceito próprio a respeito da

importância e função do laudo na avaliação de imóveis. É importante que saibamos

elaborar e ler um laudo. Para obtermos esse conhecimento é preciso conhecer as regras

existentes para elaborá-lo.

Vimos que o processo de avaliação é longo e complexo, o avaliador deve

executar diversos cálculos e procedimentos. Porém, a parte mais difícil talvez seja

transpor todas essas informações para o laudo de forma objetiva. O resultado do laudo é

conclusivo, seu conteúdo deve ser autoexplicativo e é por meio dele que todas as

negociações de compra e venda do imóvel serão executadas.

Vejam as informações obrigatórias de um laudo de acordo com NBR 14653 (é a

nomenclatura para norma brasileira, é uma das series de normas da ABNT, associação

brasileira de normas técnicas, ela tem como objeto definir os parâmetros da avaliação de

bens, abordaremos esse assunto na integra na próxima unidade).

Requisitos básicos:

� Identificação da pessoa física ou jurídica e/ou seu representante legal;

� Objetivo da avaliação;

� Identificação e caracterização do bem/imóvel avaliado;

� Identificação do método utilizado (a escolha deve ser justificada);

� Especificação da avaliação;

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� Resultado da avaliação e sua data de referência;

� Qualificação legal completa dos responsáveis pela avaliação;

� Local e data do laudo.

• Tipos de laudos de avaliação.

As informações contidas no laudo podem variar de acordo com o tipo, completo

ou simplificado. É sabido que a NBR 14653 é composta por sete partes. Sendo assim,

cada avaliação possui informações específicas que devem ser descritas em seus laudos.

Em outras palavras, existem informações que são obrigatórias em todos os

laudos, já outras são específicas e variam de acordo com o tipo de imóvel ou bem

avaliados. Por exemplo, a descrição detalhada das terras, construções, instalações e

produções vegetais são obrigatórias no laudo de avaliação rural, visto que tais

características são encontradas apenas nesse tipo de imóvel.

Isso confirma que para a elaboração de laudos satisfatórios o avaliador deve

sempre apoiar-se na norma. Deve consultá-la, respeitando sempre o tipo de imóvel

avaliado.

Muitas vezes, as partes contratantes definem condições específicas para a

elaboração do laudo, que não tem validade para outros usos ou exibição para terceiros.

Esse tipo de laudo recebe o nome de laudo de avaliação de uso restrito.

Existem dois tipos de laudos, o completo e o simples:

• Laudo completo: Somente o laudo completo é capaz de ser autoexplicativo,

visto que, ele contém todas as informações necessárias para a avaliação de um imóvel.

O laudo completo deve ser elaborado de forma descritiva. A elaboração de laudos

completos é obrigatória em alguns tipos de avaliações. Veja alguns exemplos:

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• Imóveis patrimoniais;

• Quando o interesse pela avaliação partiu de terceiros;

• Demandas judiciais;

• Avaliações de empreendimentos;

• Imóveis rurais.

• Laudo simplificado: deve conter de forma sucinta as informações necessárias

para o seu entendimento. Ou seja, todas as informações que destacamos como requisitos

básicos no início desse tópico devem constar no laudo simples.

Disponibilizamos para vocês um modelo de laudo completo. As informações que

são consideradas obrigatórias em um laudo simples (de acordo com a NBR 14653),

estão indicadas por uma seta. Com base nesse modelo acreditamos que todos os

conceitos expostos até o momento serão apresentados de forma prática facilitando o seu

entendimento.

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MODELO DE LAUDO/PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO PARA

IMÓVEIS URBANOS E BENS MÓVEIS

NR. LAUDO/PARECER TÉCNICO ..... /......

1. SOLICITANTE:

(Citar o solicitante)

2. PROPRIETÁRIO:

(Citar o nome do proprietário)

3. OBJETO DA AVALIAÇÃO:

3.1 Tipo do Bem:

(Tipo do bem, preencher conforme a tipologia que está sendo avaliada).

3.2 Descrição Sumária do Bem:

(Descrever sucintamente o bem, visando identificar prontamente o imóvel,

incluindo endereço completo, CEP e área construída total, área averbada, área ampliada

e área do terreno – todas em m².)

3.3 Ocupante do imóvel:

3.4 Tipo de ocupação do imóvel:

(Indicar ocupante/tipo de ocupação: próprio, locação, invasão e outros)

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4. FINALIDADE DO LAUDO/PARECER TÉCNICO:

5. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO/PARECER TÉCNICO:

Valores de mercado, de liquidação imediata, liquidação forçada.

6. PRESSUPOSTOS, RESSALVAS E FATORES LIMITANTES:

7. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO BEM AVALIANDO:

Período da vistoria:.../.../...(relatar a vistoria ao bem avaliando e o contexto

imobiliário a que pertence. Valer-se de anexo, em caso de grande volume de

informações, citando neste campo o número do referido anexo).

8. DIAGNÓSTICO DO MERCADO:

Retratar a expectativa do avaliador em relação ao desempenho do avaliando no

mercado, contemplando elementos auxiliares à finalidade do laudo, tais como:

conveniência de lotear; formas de pagamento; permutas; reformas; carências em

locações e sugestões para marketing.

Sem prejuízo das informações relevantes, o avaliador deve classificar o imóvel

quanto à:

a) liquidez: baixa Liquidez, liquidez normal ou alta liquidez;

b) desempenho de mercado: recessivo, normal ou aquecido;

c) número de ofertas: baixo, médio ou alto;

d) absorção pelo mercado: sem perspectiva, difícil, demorada ou rápida;

e) público alvo para absorção do bem;

f) facilitadores para negociação do bem.

(Valer-se de anexo em caso de grande volume de informações, citando neste

campo o número do referido anexo.).

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9. INDICAÇÃO DO(S) MÉTODOS(S) E PROCEDIMENTO(S)

UTILIZADO(S):

Indicar a metodologia empregada justificando sua utilização e atentando para as

denominações abaixo

MCDDM Método comparativo direto de dados de mercado

MINVO Método involutivo

MEVOL Método evolutivo

MCREN Método da renda

MCDCT Método comparativo direto de custo

MQTCT Método da quantificação de custo

MCDRE Método comparativo direto de reposição de equipamentos

SMDNO Sem metodologia definida em norma

10. PESQUISA DE VALORES E TRATAMENTO DOS DADOS:

Período de pesquisa: de ..../..../.... a ..../..../....

Tratamento dos dados:

Tipo de tratamento:

(Indicar estatística inferencial; estatística descritiva; outros).

(Explicitar os cálculos efetuados, o campo de arbítrio, se for o caso, e

justificativas para o resultado adotado. Valer-se de anexo em caso de grande volume de

informações, indicando-o neste campo).

11. GRAU DE FUNDAMENTAÇÃO E PRECISÃO:

(Indicar e justificar a categoria em que se enquadra o laudo, segundo a

classificação da norma NBR 14.653-2 da ABNT, quanto aos graus de fundamentação e

precisão).

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12. RESULTADO DA AVALIAÇÃO E DATA DE REFERÊNCIA:

Valor de Mercado:

RS..........; (..................................)

13. OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES IMPORTANTES:

(Informações relevantes, tais como: alerta sobre dívidas, ônus, gravames,

invasões, posseiros, benfeitorias não averbadas, riscos de inundação, restrições de

órgãos de proteção ambiental ou de concessionárias de energia elétrica e

telecomunicações, projeto de desapropriação, patrimônio histórico, pioneirismo do

empreendimento. Indicar documentos não anexados, que também subsidiaram o

trabalho)

14. PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS:

(Deverá conter: nomes, assinaturas, títulos, número do CPF/CGC e do registro

no CREA do profissional/empresa responsável e técnico, número da ART referente ao

trabalho)

15. LOCAL E DATA DO LAUDO/PARECER TÉCNICO:

16. ANEXOS:

a) Vistoria detalhada do bem avaliado quando não contemplada no corpo do

laudo;

b) Fotografias coloridas do avaliado, que permitam pronta identificação do bem,

destacando em especial fachadas e interior do imóvel, logradouro e vizinhança;

c) Diagnóstico de mercado quando não contemplado no corpo do laudo;

d) Plantas de engenharia e arquitetura (fornecidas pelo proprietário);

e) Documentação do objeto avaliando;

f) Anotação da Responsabilidade Técnica dos trabalhos junto ao CREA

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g) Croqui de localização do imóvel avaliando, com identificação dos elementos

amostrais;

h) Pesquisa de mercado, conforme normas específicas;

i) Tratamento de dados;

j) Memorial de cálculos;

k) Outros documentos que fundamentam o trabalho;

l) Foto colorida de cada elemento da amostra (justificar quando não for

possível).

3.5 - Ética profissional

Toda e qualquer profissão tem suas especificações. Para que o profissional seja

reconhecido no mercado e não tenha problemas judiciais ele deve ser ético e agir

conforme a lei. Vimos que a avaliação de imóveis é elaborada por diversos

profissionais, mas o engenheiro avaliador é o único apto a elaborar laudos legais, por

isso o conteúdo que veremos está em conformidade com o código de Ética Profissional

do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo, como previsto no Código de

Ética do IBAPE/SP.

Todo e qualquer profissional registrado no CREA deve seguir os procedimentos

previstos no código. Só assim conseguirá desempenhar seu trabalho com excelência e

coerência.

Vejamos então alguns dados importantes previstos no código:

• A profissão deve ser considerada como alto título honorífico. O

profissional deve utilizar a ciência e a tecnologia de forma consciente, ou seja, o

profissional deve ter conhecimento técnico adequado, dominar as regras que regem o

desempenho da sua atividade. A educação deve der contínua para que possa estar

sempre a par do estado da arte para que possa executar elevado padrão ético e moral.

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• Deve mostrar interesse pelo bem comum e fazer uso dos seus

conhecimentos de forma cooperativa contribuindo assim com o progresso em geral. Só

deve emitir a sua opinião a respeito de assuntos técnicos quando tiver plena certeza e

capacidade para tal.

• Impedir que ocorram injustiças no ambiente de trabalho, assim como

evitar que colegas de trabalho sofram injustiças, ou seja, todo o cuidado para que

ninguém pratique atos que possam prejudicar (direta ou indiretamente) os seus

interesses profissionais e os interesses do coletivo como um todo.

• Sempre que solicitado deve substituir outro colega de trabalho, desde que

as razões pela qual esteja fazendo, sejam plenamente justificáveis.

• Deixar de solicitar a opinião de terceiros em propostas que possibilitem a

competição de preços por serviços que outros profissionais possam oferecer. Cabe

também ao profissional manter-se atualizado em relação aos honorários aplicados pelo

mercado e sempre adotá-los como base na execução dos seus serviços.

• Ser um profissional leal e correto, dedicar-se com honestidade aos seus

solicitantes. Deve manter o sigilo, já que toda e qualquer informação, sendo ela técnica,

financeira ou de outra natureza, que receber do seu contratante só deve ser repassada a

terceiros mediante autorização.

• Se sua atuação for como perito judicial deve observar as normas e

obrigações morais pertinentes, exercer uma conduta pura, sendo incorruptível na vida

pública e particular. Para fazer jus ao cargo que a ele foi dado. Somente aceitar

nomeações quando estiver devidamente qualificado para tal.

• Se a sua atuação for como a de assistente técnico em processos judiciais

deve prezar pela justiça e verdade colaborando para que o resultado da perícia seja

satisfatório. Sempre que solicitado deve auxiliar o perito em diligências e buscar todas

as informações necessárias.

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Para que o profissional exerça o seu trabalho com maestria além de consultar

sempre que necessário os recursos bibliográficos disponíveis, ele também deve possuir

conhecimentos de estatística, matemática financeira, de engenharia econômica e

legislação urbanística.

Se você não é um engenheiro, arquiteto ou agrônomo poderá pensar que essas

informações de nada podem lhe servir. Porém, muito pelo contrário, se você está direta

ou indiretamente inserido no ramo imobiliário deve conhecer o que o código diz a

respeito da conduta do engenheiro avaliador, pois poderá ser preciso utilizá-lo. Atente-

se à postura dos profissionais que convivem com você e, caso identifique qualquer

postura inadequada procure os órgãos responsáveis, não permita que maus profissionais

tenham espaço na sociedade.

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Unidade 4 - Legislação e Diretrizes ABNT NBR 14.653

Olá,

Nessa unidade veremos a definição e objetivos de uma das normas mais

utilizadas no processo de avaliações de imóveis: a ABNT NBR 14653. A ABNT NBR

14.653 é uma norma brasileira para a avaliação de bens, dividida em sete partes, devido

a sua complexidade e também para facilitar a sua aplicação e entendimento.

Veja como a NBR 14.653 foi dividida:

• NBR 14.653-1 - avaliação de bens - procedimentos gerais: Visa

indicar os procedimentos gerais das demais partes da norma. Serve como um guia que

só deve ser usado em conjunto com as outras partes.

• NBR 14.653-2 - avaliação de bens - imóveis urbanos: Visa

complementar os conceitos, métodos e procedimentos gerais, para avaliação de imóveis

urbanos.

• NBR 14.653-3 - avaliação de bens - imóveis rurais: Complementa os

conceitos, métodos e procedimentos gerais, para avaliação de imóveis rurais.

• NBR 14.653-4 - avaliação de bens - empreendimentos: Essa parte da

norma visa exclusivamente os conceitos, métodos e procedimentos gerais para avaliação

de empreendimentos.

• NBR 14.653-5 - avaliação de bens - máquinas, equipamentos,

instalações e bens industriais em geral: Essa parte da norma visa os conceitos

referentes à avaliação de máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em

geral.

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• NBR 14.653-6 - avaliação de bens - recursos naturais e ambientais:

Visa os conceitos utilizados para avaliação dos recursos naturais e ambientais de uma

dada região.

• NBR 14.653-7 - avaliação de bens - patrimônios históricos: Essa parte

visa os conceitos, métodos e procedimentos gerais, para avaliação de patrimônios

históricos.

Bom estudo

4.1 - O que é e quais são os objetivos das Normas da ABNT

Todo país estabelece normas técnicas que regulamentam diversos segmentos.

Elas são essenciais para que haja coerência e uniformidade na execução dos

procedimentos. É por meio das normas que o desenvolvimento técnico do país acontece.

No Brasil o órgão responsável pela normatização é a ABNT (Associação Brasileira de

Normas Técnicas).

Antes de iniciarmos o estudo das normas, cabe uma breve contextualização a

respeito da fundação da ABNT.

Há muito tempo já se discutia sobre a necessidade de aprimorar as pesquisas e

consolidar novas tecnologias. Foi durante a 1ª reunião dos laboratórios de Ensaios de

Materiais que surgiu a ideia de criar um órgão com a finalidade de normatizar a

indústria tecnológica do Brasil. Sendo assim em 1940 foi fundada a ABNT. É uma

entidade privada sem fins lucrativos.

A partir desse momento começaram a surgir normas e padronizações em

diversos setores. A ABNT passou então a ser reconhecida internacionalmente e foi uma

das entidades fundadoras do ISO (International Organization for Standardization). Vale

Ressaltar que, além disso, a ABNT participou da fundação de diversos comitês

importantes.

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O objetivo da ABNT não é apenas elaborar as normas, mas também incentivar o

seu uso. Sua atuação ocorre em diversos campos: industrial, agrícola, comercial e

outros. É inclusive papel da ABNT intermediar, junto aos poderes públicos, os

interesses da sociedade como um todo.

Agora que já vimos um pouco a respeito da historia da ABNT, é preciso

conhecer os objetivos das normas e como é o seu funcionamento.

A primeira coisa a ser esclarecida é que ao se fazer uso das normas a

probabilidade de conflitos por falta de padronização decaem. Outro ponto positivo do

uso das normas é que muitas vezes é necessária a realização de alguns testes

comparativos em busca da qualidade de um dado produto ou serviço. Com a utilização

das normas, além de transparentes, as comparações tornam-se justas.

No site da ABNT, há uma definição clara quais os objetivos quando se faz uso

das normas, veja abaixo como é feita essa definição:

Objetivos

Possibilitar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos.

Possibilitar meios eficientes na troca de informações entre cliente e fornecedor.

Possibilitar a proteção da vida humana e a saúde.

Fornecer à sociedade meios para medir a qualidade dos produtos.

Inibir a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços.

Já vimos anteriormente que a ABNT atua em diversos setores, entre eles o setor

de engenharia, e isso muito nos interessa já que a avaliação de imóveis é uma prática

também exercida por engenheiros.

Em 1977 surgiu a ABNT NBR 5676, a primeira norma brasileira para avaliação

de imóveis. Em 1989 a ABNT iniciou o processo de revisão da NBR 5676. A partir

dessa revisão e contando com participação de diversos profissionais da área foi criada

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uma norma que tem como principal novidade a incorporação das diversas normas que

envolvem a avaliação de bens em uma única, a ABNT NBR 14653, que rege as

avaliações de bens.

4.2 - Métodos utilizados na avaliação de bens

É tarefa do avaliador, escolher o melhor método utilizado para definir o valor ou

custo de um dado bem, ele rege os procedimentos e técnicas que devem ser utilizados.

A escolha do método é feita com base nas condições atuais do mercado. Não importa o

método escolhido, desde que a metodologia utilizada se apóie em pesquisas de mercado

e considere todos os elementos que podem influenciar o valor.

A escolha do método a ser utilizado é uma fase de vital importância. A avaliação

de imóveis, apesar das diversas normas estabelecidas, não é uma ciência exata.

Portanto, a avaliação deve ser objetiva. Para atingir essa objetividade, o primeiro

passo é escolher o método correto. Existem alguns métodos de avaliação de bens. Eles

são divididos em grupos e subgrupos. Veja como foi feita essa divisão.

• Método direto:

Quando o resultado do valor obtido com a avaliação independe de outros. Esse

método é subdivido em:

� Método comparativo de dados de mercado

� Método comparativo de custo de reprodução de benfeitorias

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• Método indireto:

Quando o resultado do valor obtido com a avaliação depende do resultado obtido

em outros procedimentos. Esse método é subdivido em:

� Método da renda

� Método involutivo

� Método residual

� Método comparativo direto de dados de mercado:

Quando o avaliador opta por utilizar o método comparativo, o primeiro passo é

a elaboração de pesquisas de mercado significativas. E é com base nessas pesquisas

comparativas que o avaliador terá as ferramentas necessárias para definir o valor de um

bem.

É por meio das pesquisas que o avaliador poderá eleger as variáveis. As

variáveis ajudam a explicar a formação do valor. No método comparativo direto de

dados de mercado existem dois tipos de variáveis: independente e dependente. As

variáveis independentes são compostas pelas características físicas, de localização e

econômicas. Já as variáveis dependentes estão relacionadas às investigações de

mercado, como por exemplo, o preço total ou unitário, moeda de referência e formas de

pagamento.

Nesse método, o objetivo é agregar a maior quantidade possível de

informações. Os dados coletados devem ser de imóveis com características semelhantes

às do imóvel avaliado. O avaliador deve caracterizar e delimitar o mercado em análise e

investigar o mercado em busca de informações confiáveis no que diz respeito às

negociações e ofertas realizadas na mesma época da avaliação atual.

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Nas pesquisas e investigações o avaliador deve consultar diversas fontes. É

importante visitar os locais que servem como referência para constatar se as

informações obtidas são verídicas.

Com base nos resultados obtidos e nas informações fornecidas pelas fontes o

avaliador já pode dar início na formação do valor final do bem. Para a formação dos

valores, o primeiro procedimento é resumir todas as informações. Aconselha-se o uso

de gráficos onde as informações possam ser dispostas de acordo com a frequência e de

acordo com cada uma das variáveis.

Nessa etapa, o avaliador deve verificar o equilíbrio das informações e as

influências das possíveis variáveis chaves em relação aos preços. Feito tudo isso o

avaliador já pode responder alguns questionamentos e formular novas hipóteses.

Há um método muito prático que contribui para o norteamento de loteamento,

observe a tabela abaixo:

De acordo com a NBR 14.653 para se obter o valor do imóvel, seguindo o

modelo comparativo, deve-se verificar o poder de predição do modelo a partir do

gráfico de preços observados na abscissa versus valores estimados pelo modelo na

ordenada, que deve apresentar pontos próximos da bissetriz do primeiro quadrante.

Alternativamente, podem ser utilizados procedimentos de validação.

Custo do terreno bruto ¼ do resultado das vendas Despesas de implantação do loteamento ¼ do resultado das vendas Despesas de comercialização e impostos ¼ do resultado das vendas Lucro do empreendimento ¼ do resultado das vendas

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Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAfxkAI/avaliacao-imoveis-urbanos

� Método involutivo:

Nesse método o valor do terreno/bem é avaliado de acordo com o estudo de

viabilidade técnico-econômica do seu aproveitamento. Ocorre a criação de um

empreendimento hipotético que deve conter as mesmas características do imóvel

avaliado e as mesmas condições de mercado.

Esse método é utilizado toda vez que não existem dados de mercado que

possam ser confrontados com o bem avaliado. Também pode ser aplicado quando o

imóvel não está sendo utilizado de forma eficiente. Por exemplo, nos casos de lotes

urbanos vazios, quando não há nenhum empreendimento nas mesmas condições na

região, lotes urbanos que possuem uma única casa construída localizado em ruas

ocupadas por edifícios e em glebas localizadas nas zonas urbanas ainda não loteadas.

Muitas vezes, o avaliador lidará com projetos hipotéticos. Dessa forma, o

avaliador deve, com base nas pesquisas de preço, avaliar a provável receita de

comercialização das unidades hipotéticas. Deve inclusive considerar todas as despesas

que a transformação do terreno pode gerar. Prever a margem de lucro líquido e

despesas, que o possível empreendedor pode obter com a comercialização das unidades

projetadas.

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Na avaliação do projeto hipotético o avaliador também levará em consideração

possíveis despesas adicionais, como compra do imóvel, administração do

empreendimento, inclusive vigilância; impostos e taxas e publicidade.

Se a opção for por um modelo dinâmico o prazo para a execução do projeto

hipotético precisa ser compatível com as características físicas, condições

mercadológicas e disponibilidade de recursos e tecnologias. O prazo para a venda das

unidades deve ser compatível com a conduta do mercado.

� Método da renda:

De acordo com a NBR 14653-2 o método da renda é utilizado para avaliar

empreendimentos de base imobiliária. Como hotéis, motéis, shopping ou qualquer

imóvel suscetível a produzir renda, seja ela por meio de aluguéis, arrendamentos da

produção ou de atividades de negócios.

É necessário estimar as receitas e despesas do imóvel. De acordo com o tipo de

imóvel avaliado serão levantadas todas as despesas necessárias para sua operação e

manutenção, inclusive os impostos. Nesse tipo de avaliação, com base nas despesas e

receitas previstas para o imóvel em épocas distintas, é criado um fluxo de caixa.

Sendo assim, o avaliador definirá o valor máximo do imóvel sempre com base

no valor atual do fluxo de caixa, descontando a taxa mínima de atratividade (é a taxa

estimada em função das oportunidades de investimentos alternativos existentes no

mercado de capitais e também dos riscos do negócio).

� Método evolutivo:

De acordo com a NBR 14653-2 o valor do imóvel é obtido por meio da

união de métodos, partindo do valor do terreno, considerando o custo de reprodução das

benfeitorias devidamente depreciado e o fator de comercialização. Parece complicado,

mas veja como a função explica bem esse cálculo: VI = ( VT + VB ) . FC

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Sendo:

VI = valor do imóvel;

VT = valor do terreno;

VB = valor da benfeitoria

FC = fator de comercialização.

A aplicação do método evolutivo deve cumprir algumas exigências para que os

resultados esperados sejam alcançados, tais como:

• Determinar o valor do terreno pelo método comparativo de dados de mercado;

• Todas as benfeitorias devem ser apropriadas pelo método comparativo direto

de custo ou pelo método de comparação de custo;

• Deve-se levar em conta o fator de comercialização, admitindo-se que esse fator

pode ser maior o menor do que o real valor da unidade. Esse valor pode variar de acordo

com a situação do mercado na época da avaliação;

• A avaliação evolutiva quando aplicada em zonas de alta densidade urbana

(zonas onde o aproveitamento eficiente é predominante), cabe ao avaliador analisar a

melhor forma de adequar as benfeitorias e ainda ressaltar o sub-aproveitamento ou o

super aproveitamento do terreno e explicar os cálculos correspondentes.

Portanto, o avaliador precisa estar atento e atualizado em relação a todas as

informações do mercado imobiliário, já que é com base nessas informações que o valor

do bem será definido.

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4.3 - Métodos para identificar o custo de um imóvel

Já vimos os procedimentos adotados para

identificar o valor de venda do imóvel. Nessa etapa,

veremos os procedimentos adotados para identificar o

custo de um imóvel, ou seja, a parte orçamentária. Muitas

vezes os custos vão interferir no resultado do valor final do

imóvel ou bem.

O intuito deste capítulo é fornecer informações

sob a Norma 14653. Sabemos o quanto ela é extensa e

complexa e que grande parte das informações passadas até o momento foram extraídas

da parte II (avaliação de imóveis urbanos). Essa ressalva é apenas para explicar que, os

métodos para identificar o custo do imóvel não são exclusivos dos imóveis urbanos,

pois podem ser aplicados a todos os tipos de imóveis, inclusive os empreendimentos, já

que a NBR 14653 possui um a parte exclusiva para esse tópico.

Para identificar o custo de um imóvel o avaliador pode escolher entre dois

métodos. Lembrando mais uma vez que a escolha do método mais adequado para o

imóvel avaliado sempre depende das análises e pesquisas de mercado. Os dois métodos

possíveis são: método da quantificação do custo e método comparativo direto de custo.

Veremos especificações de cada um no decorrer desse tópico.

� Método da quantificação do custo

Sempre é complicado escolher o método adequado para a avaliação de um

determinado imóvel ou bem. De acordo com a NBR 14653, quando é preciso identificar

o custo de reedição de benfeitorias ou o custo de reprodução, devemos utilizar o método

da quantificação do custo.

No método de quantificação do custo, a identificação do custo pode ser

realizada de duas formas: Pelo custo unitário básico do imóvel ou pela identificação do

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custo pelo orçamento detalhado. É mais comum utilizar o custo unitário básico (CUB).

Vejamos então as principais características de ambas.

� Identificação de custo pelo custo unitário básico:

A vistoria inicial consiste em analisar as especificações dos materiais aplicados

para estimação do padrão construtivo assim como a tipologia, o estado de conservação e

a idade aparente do imóvel. Deve-se calcular a área equivalente de construção. Para

prédios em condomínio a fórmula abaixo deve ser respeitada de acordo com a NBR

14653.

Sendo:

S = a área equivalente de construção;

Ap = a área construída padrão;

= a área construída de padrão diferente

= o percentual correspondente à razão entre o custo estimado da área

de padrão diferente X área.

Após calcular a área de construção o avaliador deve estimar os custos da

construção. Para essa estimativa a fórmula abaixo, disponível na NBR 14653 pode ser

aplicada:

Sendo:

C = o custo unitário da construção por metro quadrado de área equivalente da

construção;

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CUB = o custo unitário básico;

OE = o orçamento de elevadores;

OI = o orçamento de instalações especiais e outras, tais como geradores, sistemas de

proteção contra incêndio,e etc.;

OF = o orçamento de fundaçoes especiais;

OFd = o orçamento de fundações diretas;

S = área equivalente de construção;

A = é a taxa de administração da obra;

F = é o percentual relativo aos custos financeiros e

L = é o percentual correspondente ao lucro ou remuneração da construtora.

Identificar o custo de um imóvel pelo CUB é o método mais comum, porém é

evidente que se deve ter muita atenção e conhecimentos técnicos para uso das fórmulas

de forma correta.

� Identificação do custo pelo orçamento detalhado

A identificação é feita com base no levantamento dos quantitativos de materiais

e serviços que foram aplicados à obra. Após o levantamento dos quantitativos

utilizados, deve-se efetuar uma pesquisa de custo, consultando os seus devidos valores

em fontes especializadas.

Para uma melhor exposição dos dados coletados a própria NBR 14653,

aconselha o uso de planilhas. As planilhas devem ser detalhadas, todos os serviços

devem ser descriminados. Informações como: unidade de medida, a quantidade, o custo

unitário, o custo total e a fonte de consulta devem ser citados.

O preenchimento adequado da planilha está disponível na ABNT BNR 12721

(avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições

para condomínios edifícios). Separamos para você um modelo de tabela orçamentária

que resume bem as informações acima.

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Atualmente as ferramentas tecnológicas estão cada vez mais inseridas em nosso

dia a dia, seja no lazer ou no trabalho. Dessa forma o computador auxilia muito o

trabalho do avaliador, já que planilhas eletrônicas como Excel e Lotus permitem a

elaboração de orçamentos com cálculos já predefinidos, e que podem ser atualizadas

sempre que necessário.

Finalizando os esclarecimentos a respeito do método da quantificação do custo

não podemos deixar de citar que muitas vezes para identificar o custo de um imóvel é

necessário calcular a depreciação física que é definida como a perda de aptidão de uma

benfeitoria, ou seja, a perda da funcionalidade que um dia foi destinada a ela. As perdas

são geralmente causadas por ordens físicas ou funcionais.

Para calcular a depreciação física o avaliador deve, de forma analítica, recompor

o imóvel na condição de novo usando um orçamento de recomposição. Pode também

aplicar um coeficiente de depreciação, onde leva em conta a idade do imóvel e o seu

estado de conservação. O segundo tipo é o modelo mais utilizado. Fazendo uso dele

podemos aplicar a tabela Ross-Heideck de depreciação.

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Veja modelo na imagem abaixo:

Fonte:http://ruijuliano.com/blog/avaliacoes-de-imoveis/tabela-ross-heideck-de-depreciacao

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� Método comparativo direto de custo

O método comparativo direto de

custo para identificar o custo de um dado

imóvel ou bem não é tão complexo quanto

ao método da quantificação de custo. De

forma geral, nesse método o avaliador

considera uma amostra de um projeto

composto por imóveis que tenham as

mesmas características. Com base nessa

amostra o avaliador elabora modelos que devem seguir os mesmos procedimentos

adotados no método comparativo direto de dados de mercado.

Após já ter definido qual o melhor método, utilizado tanto para avaliar o valor

ou identificar o custo de um imóvel ou bem, o avaliador dará início à etapa final do

processo de avaliação. Deverá documentar todos os dados coletados. Essa

documentação é feita através de laudos técnicos de avaliação. Veja a seguir como

elaborar esse laudo e quais os tipos de laudos disponíveis no mercado imobiliário.

4.4 - Critérios na avaliação de imóveis urbanos

De acordo com a NBR 5676,

avaliação é determinar tecnicamente o

valor de um imóvel ou de um direito

sobre o imóvel. Sendo assim, avaliar

um imóvel urbano é algo

extremamente complexo já que existe

uma multiplicidade de características

do imóvel que devem ser observadas.

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Outro fator que pode dificultar a avaliação é a complexidade da norma NBR

14653-2. Se esses dois pontos não forem tratados com a devida atenção os resultados

das avaliações podem ser dúbios ou até mesmo insatisfatórios.

Os profissionais que têm como função avaliar um imóvel devem cumprir os

procedimentos estipulados para que o seu laudo tenha efeito legal. O não cumprimento

da norma pode prejudicar os termos expostos, descumprimento de prazos contratuais e

até mesmo prejuízos materiais para os contratantes. Sendo assim, além de ser perspicaz

e fazer uso das normas de forma assertiva, para desempenhar um bom trabalho o

avaliador de imóveis deve antes de tudo compreender a funcionalidade das normas.

Para que você possa entender os procedimentos adotados durante a avaliação de

um imóvel urbano, o primeiro ponto levantado é a questão da classificação. Antes de

dar início aos seus trabalhos o avaliador deve saber qual o tipo do imóvel que irá

avaliar.

Os imóveis são classificados de acordo com uso, o tipo e agrupamento. Veja

abaixo essa classificação de acordo como a NBR 14653-2:

• Classificação dos imóveis urbanos

Quanto ao uso Residencial, comercial, industrial, institucional, misto.

Quanto ao tipo

Terreno (lote ou gleba), apartamento, casa, escritório (sala ou

andar corrido), loja, galpão, vaga de garagem, misto, hotéis e

motéis, hospitais, escolas, cinemas e teatros, clubes recreativos,

prédios industriais.

Quanto ao

agrupamento

Loteamento, condomínio de casas, prédio de apartamentos,

conjunto habitacional, conjunto de salas comerciais, prédio

comercial, conjunto de prédios comerciais, complexo industrial.

Durante a avaliação de um imóvel urbano algumas atividades são básicas. Cabe

ao engenheiro avaliador desempenhá-las sempre para que possa dar continuidade ao

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processo avaliativo. Digamos que essas atividades seriam como um roteiro que deva ser

seguido à risca para que nenhuma informação básica passe despercebida.

Veja agora algumas verificações que devem fazer parte desse roteiro inicial. O

avaliador deve saber com que finalidade a avaliação será realizada. Para locação,

aquisição, doação, alienação, doação em pagamento, permuta, garantia, fins contábeis,

seguro, arrematação ou outros.

Deve-se também, nessa primeira etapa, identificar o objetivo, ou seja, qual o

valor de mercado (compra, venda ou locação). Diversos outros valores devem ser

observados, como o valor em risco, o valor patrimonial e outros. Para concluir essa fase

inicial o avaliador deve, ter conhecimento do prazo estipulado para a apresentação do

laudo técnico e se for um laudo de uso restrito, as condições a que serão utilizadas

também devem ser discutidas.

Finalizado essa etapa o avaliador deve iniciar as etapas mais complexas do seu

trabalho. O avaliador deve verificar se há documentação disponível do imóvel. Na falta

da documentação o avaliador pode e deve decidir se fará ou não a avaliação.

Tratando ainda dos tramites legais, é necessário antes de dar início à avaliação,

consultar a legislação (municipal estadual e federal). Essas verificações são de extrema

importância, já que elas podem influenciar no valor do imóvel.

A próxima etapa do processo de avaliação é a vistoria. A ela cabem algumas

ressalvas:

• Ao avaliar um conjunto de unidades autônomas padronizadas (blocos,

salas, conjuntos e etc.) o avaliador poderá fazer uma avaliação por

amostragem, que consiste em avaliar aleatoriamente uma quantidade

previamente definida pelas partes em contrato. Caso haja omissão de

qual parte deve ser avaliada no contrato deve-se avaliar 10% do total das

unidades com a mesma tipologia.

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• Quando o avaliador não tem acesso ao interior do imóvel ele poderá fazer

uma vistoria com base nas informações fornecidas pelo contratante.

Evidente que tudo deve ser relatado no laudo, inclusive o motivo pelo

qual a vistoria interna não foi possível.

• Para dar início às vistorias o avaliador deverá focar os seus trabalhos em

três aspectos: características da região, características do terreno e

características das edificações e benfeitorias. Durante essa caracterização

o avaliador identificará a infraestrutura, as condições de ocupação e os

aspectos físicos.

� Características da região

Nesse momento o avaliador irá identificar as características do mercado onde se

localiza o bem avaliado. Definimos como mercado o local onde são estudadas as

transações comerciais. O poder do mercado é indiscutível já que é por meio dele que o

valor dos imóveis e bens é determinado.

Existem alguns aspectos que serão determinantes na avaliação do valor do

imóvel urbano. Veremos alguns exemplos, visto que são muitos os aspectos

determinantes, extraídos da NBR 14653-2.

O avaliador deve identificar as condições econômicas, políticas e sociais da

região. Outro ponto a ser avaliado e de bastante relevância são as condições físicas do

local, como relevo e natureza do local.

Os aspectos citados acima são, contudo relevantes, porém nos dias de hoje um

aspecto que pode ser determinante na avaliação do valor do imóvel urbano é a

infraestrutura do local. Existem diferenças significativas que podem variar dentro de

uma cidade ou bairro de acordo com a região.

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Como exemplo, podemos citar a cidade de São Paulo, uma grande metrópole em

constante crescimento, muitos bairros eram considerados de baixo valor imobiliário,

mas devido às melhorias na infraestrutura urbana (expansão do metro, expansão de

rodovias, transporte coletivo, saneamento básico e etc.), estão ganhando papel de

destaque no mercado imobiliário.

Por fim, mas não menos importante, outras características devem ser avaliadas

como: comércio, indústrias e serviços na região, além das questões comunitárias como:

segurança, educação, saúde e cultura e lazer. Com base em todos os aspectos citados o

avaliador poderá traçar o perfil da região do bem ou imóvel avaliado.

� Característica do terreno e características das edificações e

benfeitorias

Essa etapa podemos dizer que é a parte técnica do processo. As informações não

irão variar muito, visto que o avaliador irá definir as características físicas por meio de

medições e documentos já existentes. É uma etapa complexa que demanda muita

atenção e cálculos precisos.

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Veja na tabela abaixo alguns pontos dessa etapa, de acordo com a NBR 14653-2.

Características do terreno Características das edificações

e benfeitorias

Localização: situação da região e vias

públicas com verificação e indicação dos

limites e confrontações.

Deve comparar com a documentação

disponível os seguintes aspectos:

construtivos, qualitativos, quantitativos

e tecnológicos.

Verificar a utilização atual. As informações

devem ser confrontadas com a legislação em

vigor.

Verificar os aspectos arquitetônicos,

paisagísticos e funcionais, inclusive

conforto ambiental do imóvel avaliado.

Avaliar os aspectos físicos (dimensões,

topografias, forma, superfície e solo) por

meio de medições e documentos.

Verificar se existem restrições físicas e legais

quanto ao aproveitamento.

4.5 - Critérios para a Avaliação de Imóveis Rurais

O crescimento imobiliário

não acontece somente nas grandes

metrópoles, portanto não é somente

nelas que as possibilidades de

emprego para o avaliador se

concentram.

A avaliação de imóveis

rurais é um campo vasto, que cresce

a cada dia. Por esse motivo a procura por profissionais qualificados que possam

executar avaliações rurais satisfatórias para o mercado imobiliário é grande. Nem todo

avaliador de bens e imóveis está apto a elaborar avaliações rurais. Sendo assim, muitos

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profissionais focam seus estudos nesse segmento se aperfeiçoando em áreas como a

agronomia.

Antes de iniciarmos os conceitos e procedimentos da avaliação de imóveis rurais

é preciso que saibamos o que difere um imóvel rural de um imóvel urbano. Para que o

imóvel seja considerado rural não basta que se situe em área rural. De acordo com a

legislação agrária o imóvel é rural quando:

• Sua área é constituída por uma ou mais matrículas de terras contínuas, do

mesmo detentor (proprietário ou posseiro).

• Sua destinação é agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial.

Um imóvel pode estar localizado na zona urbana e mesmo assim ser considerado

rural. O que vai determinar se o imóvel é ou não rural, será o seu meio de exploração,

que deve ter finalidades rurais como culturas, criações, entre outras finalidades

correlatas.

Daremos então, início aos procedimentos adotados para definir o valor de um

imóvel rural, todo conteúdo que veremos a respeito de avaliação de imóveis rurais

tentará ser o mais fiel possível aos conceitos definidos pela NBR 14653, pois somente

os laudos elaborados de acordo com ela têm valor no mercado imobiliário.

O imóvel rural deve ser avaliado como um todo, independente do método

utilizado. Existem alguns componentes que influenciam a definição do valor final.

Componentes como benfeitorias reprodutivas (as que proporcionam rendimentos como

pastos, cultivos etc.), as não reprodutivas (as construções), as semoventes (os bens

constituídos por animais), máquinas e implementos agrícolas, culturas etc. também

devem ser avaliados.

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Veremos a seguir informações dos componentes mais significativos.

� Avaliação dos componentes

Para determinar o valor de um imóvel, alguns componentes devem ser avaliados

pelo avaliador. Eles serão fundamentais e devem ser analisados com atenção, vejamos

então os componentes que mais se destacam na avaliação de imóveis rurais.

Terra: Para definir o valor de um imóvel rural o avaliador deve seguir algumas

etapas e considerar alguns aspectos que podem ser fundamentais no resultado final da

sua avaliação. O avaliador deve avaliar as capacidades de uso da terra.

As terras são enquadradas segundo o sistema de classificação da capacidade de

uso das terras, conforme o manual brasileiro para levantamento da capacidade de Uso

da Terra – III. O manual classifica as terras de acordo com a sua capacidade de produzir

renda e a qualidade dessa produção da seguinte forma:

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Terras cultiváveis

Classe I – terras sem problemas aparentes

de especiais de conservação.

Classe II – terras com problemas simples

de conservação.

Classe III – terras com problemas técnicos

de conservação.

Classe IV – terras com extensões limitadas

com sérios problemas de conservação.

Terras cultiváveis apenas em casos

especiais de algumas culturas

permanentes e adaptadas em geral a

pastagens ou reflorestamento

Classe V - terras para pastagens ou

reflorestamento, sem necessidade de

práticas especiais de conservação.

Classe VI – terras para reflorestamento,

com problemas simples de conservação.

Classe VII – terras para pastagens ou

reflorestamento, com problemas

complexos de conservação.

Terras impróprias para vegetação

produtiva e próprias para proteção de

fauna silvestre, para recreação ou para

armazenamento de água.

Classe VII – Terras impróprias para

cultura, pastagem ou reflorestamento,

podendo servir apenas como abrigo da

fauna silvestre como ambiente para

recreação ou para fins de armazenamento

de água.

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Outro aspecto interessante em relação à avaliação da terra é o seu estágio de

exploração. Existem três estágios possíveis:

• Estágio 1 – terra bruta, ou seja, não foi trabalhada ainda, com ou sem vegetação

natural.

• Estágio 2 – terra nua, ou seja, não há produção vegetal ou vegetação natural.

• Estágio 3 – terra cultivada, ou seja, terra já trabalhada ou que possui cultivo

agrícola.

Ressaltamos que a terra nua ganha papel de destaque na avaliação de imóveis

rurais. O seu valor depende de diversos fatores, tais como a sua capacidade de uso, sua

localização, ou seja, a qualidade dos acessos e a proximidade dos mercados que

consumirão os produtos, que por ela um dia serão produzidos.

A dimensão da terra também é um fator determinante. Alguns fatores que

ajudam a determinar o valor da terra nua serão avaliados de acordo com a região, por

exemplo, declividade do terreno, potencial de irrigação, pluviosidade, percentagem de

área coberta de mata nativa etc.

Benfeitorias: Podemos definir como benfeitorias as produções vegetais

(culturas e pastos), as construções (casas, galpões e cercas) e as instalações (rede de

energia elétrica e rede de distribuição de água) e obras e trabalhos de melhorias da terra.

A avaliação das benfeitorias deve ocorrer de acordo com o método utilizado, por

exemplo, se o método for o comparativo devemos usar orçamentos qualitativos e

quantitativos.

Mas independente do método se a benfeitoria for uma construção, os aspectos

físicos como a idade aparente do imóvel, a vida útil e o estado de conservação devem

ser avaliados. Assim como os aspectos funcionais onde devemos considerar o

aproveitamento das benfeitorias no contexto socioeconômico do imóvel e da região.

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No caso das produções vegetais o ideal

é utilizar o método da capitalização de renda,

porém quando formos avaliar as culturas de

ciclo longo recomenda-se usar o método da

capitalização da renda, o custo de implantação

de forma alternada. Já na avaliação das

pastagens aconselha-se o custo de formação

juntamente com a aplicação dos

procedimentos de depreciação decorrente da

redução da capacidade de suporte da

pastagem.

Muitas vezes entender a teoria de um novo conteúdo não é fácil. Visualizar a

aplicação de um método que você acaba de conhecer parece impossível. Mas a regra é

bem simples.

Qualquer processo de avaliação de bens segue de acordo com método utilizado.

Na avaliação de imóveis rurais não é diferente. O avaliador deve escolher o método

mais adequado e só então definir os elementos mais significativos para a elaboração do

valor final.

O imóvel rural tem as suas peculiaridades, quesitos que muitas vezes fogem do

conhecimento de mundo do avaliador. Por isso para que ele execute um bom trabalho

deve estar sempre atualizado e se necessário buscar as fontes de conhecimento que o

mercado oferece.

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Encerramento

É com grande satisfação que chegamos ao final do Curso Avaliação de Imóveis.

Ao se falar sobre Avaliação de Imóveis, muitos acreditam que é um tema muito

complexo para ser analisado e discutido e que é algo que envolve muitos conhecimentos

exatos e técnicos.

Neste curso você percebeu que essa área demanda muito conhecimento, porém

demos aqui diversas dicas de como um comprador ou vendedor pode atuar na ausência

de um profissional desta área.

Vale lembrar para aqueles que querem se aventurar atuando como avaliador de

imóveis sem nenhuma preparação específica os desafios são muitos, você poderá perder

muito dinheiro no momento do cálculo principalmente se este for baseado no carnê de

IPTU. Portanto, seja cauteloso e faça pesquisas de acordo com nossas recomendações.

Não esquecemos também de deixar aqui pontos relevantes aos profissionais

dessa área que podem se basear em cáculos e em valores explicitados, além de diversas

contribuições que puderam ser encontradas no decorrer de todo esse curso.

Verfique sempre as exigências do órgão regulamentador desse setor. Para isso

disponibilizamos os parâmetros de exigência da NBR.

Enfim, tanto pessoas físicas que queiram vender sua casa quanto profissionais

avaliadores sempre deverão se atentar para os regulamentos pois eles são extremamente

rigorosos e uma pequena falha cometida poderá

acarretar em um grande prejuízo financeiro.

Até breve!

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