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1. Introdução Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são eventos de massa, históricos, que reúnem pessoas de diversos países no país sede. Os jogos ocorrem a cada quatro anos em um país específico e reúnem esportistas que concorrem em diversas modalidades. Os jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 têm como país anfitrião o Brasil e como cidade sede a cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 21 de Agosto e 7 a 18 de Setembro de 2016, respectivamente. Entretanto, os jogos de futebol ocorrerão em mais cinco cidades: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São Paulo. O país possui reconhecida experiência na preparação e organização de grandes eventos internacionais realizados com absoluto sucesso, como Jogos Pan Americanos e Para Pan Americanos 2007, Rio+20, Copa das Confederações FIFA 2013, Jornada Mundial da Juventude 2013, Copa do Mundo FIFA 2014 e I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015. 2. Objetivo Avaliar riscos de danos à saúde pública, que podem ocorrer durante os Jogos, nas cidades sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com ênfase para os riscos de potencial impacto relevante em saúde pública. 3. Metodologia de Avaliação A estratégia metodológica se apoiou na revisão de literatura, em critérios iniciais tais como: doenças e agravos, sazonalidade e população alvo, probabilidade de ocorrência dos riscos e impacto potencial durante os Jogos. Importante considerar ainda no planejamento dos riscos em curso, testes, exercícios e atividades operacionais existentes na rotina, verificando se as mesmas estão adequadas para o evento de massa. Para a primeira fase da análise contou-se com o conhecimento técnico e o levantamento dos dados sobre os agravos/doenças e riscos à saúde, bem como de estratégias de promoção, prevenção e controle desenvolvidas e programadas, junto às diversas áreas técnicas do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Essa estratégia, além de AVALIAÇÃO DE RISCO – CIDADES SEDES DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS Brasília

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E

1. Introdução

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são eventos de massa, históricos, que reúnem pessoas de

diversos países no país sede. Os jogos ocorrem a cada quatro anos em um país específico e

reúnem esportistas que concorrem em diversas modalidades. Os jogos Olímpicos e Paralímpicos

de 2016 têm como país anfitrião o Brasil e como cidade sede a cidade do Rio de Janeiro, no

período de 5 a 21 de Agosto e 7 a 18 de Setembro de 2016, respectivamente. Entretanto, os jogos

de futebol ocorrerão em mais cinco cidades: Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Salvador e São

Paulo.

O país possui reconhecida experiência na preparação e organização de grandes eventos

internacionais realizados com absoluto sucesso, como Jogos Pan Americanos e Para Pan

Americanos 2007, Rio+20, Copa das Confederações FIFA 2013, Jornada Mundial da Juventude

2013, Copa do Mundo FIFA 2014 e I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015.

2. Objetivo

Avaliar riscos de danos à saúde pública, que podem ocorrer durante os Jogos, nas cidades sede

dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, com ênfase para os riscos de potencial impacto relevante

em saúde pública.

3. Metodologia de Avaliação

A estratégia metodológica se apoiou na revisão de literatura, em critérios iniciais tais como:

doenças e agravos, sazonalidade e população alvo, probabilidade de ocorrência dos riscos e

impacto potencial durante os Jogos. Importante considerar ainda no planejamento dos riscos em

curso, testes, exercícios e atividades operacionais existentes na rotina, verificando se as mesmas

estão adequadas para o evento de massa.

Para a primeira fase da análise contou-se com o conhecimento técnico e o levantamento dos

dados sobre os agravos/doenças e riscos à saúde, bem como de estratégias de promoção,

prevenção e controle desenvolvidas e programadas, junto às diversas áreas técnicas do Ministério

da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Essa estratégia, além de

AVALIAÇÃO DE RISCO – CIDADES SEDES DOS JOGOS OLÍMPICOS

E PARALÍMPICOS

Brasília

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estabelecer uma interação entre os interessados, possibilitou a realização de um planejamento

minucioso, a fim de identificar a ocorrência de possíveis eventos em saúde, em circulação e ao

longo dos últimos anos, as potenciais consequências, para assim, poder traçar estratégicas de

controle e/ou prevenção.

Na segunda fase da análise, especificamente para as doenças de notificação compulsória (DNC),

foi realizado o levantamento dos dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação

(SINAN), através de avaliação de séries históricas, visando estimar a ocorrência de possíveis

eventos em saúde que já estão presentes no país, para o período dos Jogos.

A terceira fase incluiu os possíveis riscos a serem importados, com a entrada no país de visitantes

estrangeiros, em função dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Para essa análise utilizou-se as

fontes: EIS for IHR National Focal Points (Informações oficiais), HealthMap (rumores).

Na quarta fase foram realizadas oficinas de trabalho nas cidades sedes dos Jogos, com a

participação de diversos setores das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, visando a

elaboração dos textos que constituiriam a avaliação de risco de cada cidade. Os textos foram

revisados pelos técnicos das respectivas Secretarias, sendo consolidados pela Secretaria de

Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).

Na presente avaliação de risco foi considerada a situação epidemiológica atual dentro do país e

no município sede, especificamente referente aos riscos relativos às doenças transmissíveis

selecionadas, riscos ambientais, violência e acidentes no município sede.

Para algumas doenças transmissíveis selecionadas foram consideradas aquelas que apresentam

maior potencial de introdução ou reintrodução no país considerando seu impacto.

Os riscos relativos à segurança, terrorismo (QBRN) e produtos e serviços sob Vigilância Sanitária,

são tratados em outros documentos específicos. Em relação à QBRN existe um Plano de

Contingência disponível na página da SVS/MS

(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_contingencia_emergencia_saude_quimico.pdf).

O formato do texto com a avaliação dos riscos específicos conta com perguntas padronizadas, de

interesse para o cidadão (residente no local ou visitante), em termos de conhecimento dos riscos,

das medidas adotadas, ou que ainda serão adotadas e as recomendações pertinentes, caso o

risco ocorra.

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Para a definição dos riscos abordados nesta avaliação foram identificados os riscos à saúde que

podem se expressar de forma adicional, tanto em termos de magnitude, como de gravidade, em

relação ao padrão normal de ocorrência de uma determinada doença ou agravo para o local e

período de tempo especifico. Assim, esta avaliação não compreendeu os riscos relacionados aos

eventos de saúde pública que se expressam rotineiramente e dentro da magnitude esperada para

o local de realização e no período dos Jogos e não substitui planos de contingência específicos já

existentes para situações de emergências de Saúde Pública.

Este documento tem como público alvo os participantes dos Jogos Olímpicos (delegações,

espectadores, trabalhadores), população residente na cidade sede, bem como os profissionais de

saúde dessas cidades e dos locais de origem das delegações.

4. Avaliação de risco de Brasília

4.1. Contexto

O Distrito Federal (DF) é uma das 27 Unidades da Federação do Brasil e está situado na Região

Centro-Oeste (Figura 1). O seu território tem uma área de 5 779,999 km², divididos em 31 regiões

administrativas (RA’s), com uma população estimada para 2015 de 2.914.830 habitantes. É a

menor Unidade da Federação do Brasil, faz fronteira com os Estados de Goiás e Minas Gerais e é

a única UF sem a existência de municípios. A capital do país, Brasília, está localizada no Distrito

Federal.

De clima tropical de altitude, o ano do Distrito Federal é marcado por um verão úmido e chuvoso e

um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é de cerca de 21°C, podendo

chegar aos 29,7°C de média das máximas em setembro, e aos 12,5 °C de média das mínimas

nas madrugadas de inverno em julho. Nas áreas menos urbanizadas as temperaturas podem ser

menores e a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10º a 5º C. A umidade relativa do ar

é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos durante o inverno. No período

de realização dos jogos olímpicos o tempo será predominantemente seco, com baixa umidade

relativa do ar, chegando frequentemente abaixo de 15%.

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Figura 1: Localização de Brasília no território brasileiro.

Local dos jogos

O Torneio Olímpico de Futebol, em Brasília, terá seus jogos realizados no Estádio Mané

Garrincha, localizado no Eixo Monumental no Plano Piloto da cidade de Brasília e receberá 10

jogos em 6 datas diferentes (www.saude.df.gov.br), incluindo a disputa das quartas de final

masculino e feminino, bem como dois jogos da Seleção Brasileira já na primeira fase. O Estádio

tem capacidade para 76.000 pessoas. O seu acesso é por meio de 19 portões e 158 catracas. O

tempo de evacuação do local é de até oito (08) minutos.

4.2. Doenças Transmissíveis

A. Riscos Endógenos

Dengue, Febre de Chikungunya e Doença Aguda pelo Virus Zika

O que poderia acontecer?

Estas arboviroses são doenças virais, transmitidas por meio da picada do mosquito Aedes

aegypti. O risco de transmissão da dengue tem forte relação com a sua sazonalidade. No DF, a

maior incidência de casos de dengue ocorre entre os meses de meses de março a maio. O

período da realização dos Jogos é considerado de baixa transmissão. As febres de Chikungunya

e Zika, tiveram seus primeiros casos autóctones do Distrito Federal registrados em 2015 e 2016,

respectivamente. Até o momento não há sazonalidade descrita para ambas, mas a previsão é de

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que apresente o mesmo padrão sazonal, tendo em vista a transmissão pelo mesmo vetor da

dengue. Informações adicionais sobre dengue: http://www.saude.df.gov.br/programas/435-

informes-epidemiologicos-dengue.html.

O que você deve fazer caso aconteça?

Não existe tratamento específico para Dengue, febre Chikungunya e Zika, apenas tratamentos

que aliviam os sintomas. Na presença dos sintomas sugestivos dessas doenças (Anexo 1),

procure o Hospital Regional da Asa Norte (Endereço: Setor Médico Hospitalar Norte, Quadra 101-

Área Especial. Telefone: 3325-4300; http://www.saude.df.gov.br/sobre-a-secretaria/hospitais-e-

regionais/500-regional-de-saude-da-asa-norte.html) ou Hospital Regional de Taguatinga

(Endereço: QNC - Área Especial Nº 24 - Taguatinga Norte Telefone: 3353-1000;

http://www.saude.df.gov.br/sobre-a-secretaria/hospitais-e-regionais/282-regional-de-saude-de-

taguatinga.html).

Cuidados importantes na suspeita da doença: repouso, ingestão abundante de líquido para

prevenção da desidratação e não tomar medicamentos por conta própria, em especial à base de

ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Não existem vacinas disponíveis na rede pública contra Dengue, Chikungunya e Zika.

Recomenda-se o uso de medidas de proteção individual: uso de repelentes (seguindo as

instruções do rótulo), mosquiteiros, evitar situações que aumentam a exposição da pele a picadas

do vetor durante o dia.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

O Distrito Federal dispõe de um plano de contingência para Dengue, febre Chikungunya e Zika e o

controle dessas doenças está pautado na vigilância; combate ao vetor; assistência aos pacientes;

integração da vigilância em saúde com a atenção primária; ações de saneamento ambiental;

ações integradas de educação em saúde; comunicação e mobilização; capacitação de

profissionais; acompanhamento e avaliação das ações.

O que será feito caso aconteça?

Os casos suspeitos de dengue, febre Chikungunya e Zika devem ser notificados utilizando-se a

Ficha de Notificação/Investigação individuais do SINAN/NET, pelos serviços de saúde, os quais

têm acesso a este sistema. A ficha para Zika deverá ser a específica de notificação/conclusão. A

partir da notificação será realizada a investigação e adotadas as medidas de controle pertinentes.

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Febre Amarela

O que poderia acontecer?

Transmitida por meio da picada de mosquitos do gênero Aedes (A. aegypti e A. albopictus), a

febre amarela é uma doença viral, febril aguda, que pode ser muito grave e levar à morte. Tem

início súbito com febre alta e calafrios, muita dor no corpo e dor de cabeça. Outros sintomas

incluem náuseas, vômito (escuro), icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias.

Desde 1942 não há registro de casos de febre amarela urbana, os casos ocorridos no país são

restritos ao ciclo e às áreas silvestres de alguns estados brasileiros, incluindo os Estados de

Goiás e do Distrito Federal por conta do turismo ecológico. Tendo em vista que o Distrito Federal

está situado em área de risco para a febre amarela, recomenda-se a vacinação de todas as

pessoas que pretendam visitar o Distrito, bem como as áreas do entorno do DF, com 10 dias

antes da viagem. Conheça as áreas de risco no site www.saude.gov.br.

O que você deve fazer caso aconteça?

Se você não for vacinado, tomou há mais de 10 anos ou não lembra, apresenta sintomas e esteve

em área de risco (http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/novembro/19/Lista-de-

Municipios-ACRV-Febre-Amarela-Set-2015.pdf) há menos de sete dias, procure uma unidade de

saúde e declare que pode estar com febre amarela. A relação e o endereço das unidades de

saúde da SES DF encontram-se disponíveis no www.saude.df.gov.br. O tratamento é sintomático

e de suporte a vida. Requer assistência hospitalar (internação) ou cuidados intensivos (UTI) nas

formas graves. O SUS oferece gratuitamente atendimento médico a todas as pessoas, entretanto

é facultativa a procura de atendimento na rede particular. Informe ao médico que o atender todo o

roteiro de viagens, em especial em áreas rurais/silvestres, nos últimos dias, para verificar se

esteve em área de risco para febre amarela.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Rotineiramente é feito o controle vetorial do Aedes aegypti, que é um potencial transmissor da

doença em áreas urbanas. A vacina é a forma efetiva de prevenção da doença. É gratuita e está

disponível nos centros de saúde, postos de saúde e em postos de vacinação da rede da

Secretaria de Saúde do DF em qualquer época do ano.

Frente à ocorrência de uma epidemia de febre amarela urbana em alguns países da África

(Angola e República Democrática do Congo), seguindo a recomendação da Organização Mundial

da Saúde, o Ministério da Saúde adota a exigência de certificado internacional de vacinação

contra febre amarela para todos os viajantes procedentes desses países.

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Medidas de proteção individuais contra picada dos mosquitos são divulgadas/recomendadas:

Evitar transitar em locais com alta densidade de mosquitos;

Ao visitar áreas de risco, matas, cerrados, cachoeiras e florestas devem se vacinar, pelo

menos 10 dias antes, e utilizar vestimentas e repelentes para evitar picadas dos

mosquitos;

Dormir em cômodos com telas, ar condicionado ou outras medidas contra os mosquitos.

O que será feito caso aconteça?

Diante de um caso suspeito de febre amarela, o núcleo de vigilância das superintendências de

saúde da SES DF deve ser notificado imediatamente. A investigação será feita pela equipe local

com apoio do CIEVS DF (61 - 9822-3447), com a finalidade de verificar a procedência, ou seja,

em que área de risco ocorreu a transmissão e adotar as medidas indicadas no Guia de Vigilância

em Saúde do Ministério da Saúde.

(http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/fevereiro/06/guia-vigilancia-saude-atualizado-05-

02-15.pdf).

Influenza

O que poderia acontecer?

A influenza, doença viral caracterizada por uma síndrome gripal é altamente transmissível, que

afeta principalmente o nariz, a garganta, a boca, os brônquios e, ocasionalmente, os pulmões. A

transmissão da doença ocorre de pessoa para pessoa através das vias respiratórias, dura cerca

de uma semana e os casos podem ocorrer durante todo o ano, mas é mais frequente nos meses

do outono e do inverno, quando as temperaturas caem e as pessoas se aglomeram mais. Os

sintomas são: febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de

garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de

outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de 2 anos de idade, considera-se também

como caso de síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas

respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico.

A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é um quadro de agravamento da síndrome gripal,

com a evolução dos sintomas gripais comuns para dificuldade para respirar. Apresenta maior

incidência em crianças menores de 1 ano, maiores de 60 anos, gestantes e pessoas com

problemas de saúde, como por exemplo pressão alta, diabetes, obesidade.

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O que você deve fazer caso aconteça?

Caso apresente os sinais e sintomas de síndrome gripal ou influenza, procure uma unidade de

saúde mais próxima de você. Caso apresente algum fator de risco ou alguns sintomas de

agravamento (dificuldade na respiração, persistência da febre por mais de 3 dias, desidratação,

exacerbação de doença pré-existente), procure imediatamente a unidade de saúde. Caso

apresente a doença, evite sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o

início dos sintomas), bem como restrinja seu ambiente de trabalho para evitar disseminação. O

uso do medicamente específico, antiviral, é um critério médico e tem suas indicações conforme o

Protocolo de Tratamento de Influenza 2015 do Ministério da Saúde

(http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/17/protocolo-influenza2015-16dez15-

isbn.pdf) com as recomendações especificas para os casos e surtos de influenza.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

O Ministério da Saúde dispõe de um protocolo com as recomendações especificas para o manejo

clínico dos casos e condutas frente aos surtos de influenza. Além disto, o Brasil realizou a

vacinação de grupos de risco no período de 18 de abril a 20 de maio de 2016, antes do período de

maior incidência da doença (http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-

mais-o-ministerio/416-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/influenza/l2-influenza/10959-vacinacao-

influenza).

As medidas que evitam a transmissão da influenza e outras doenças respiratórias devem ser

utilizadas sempre, mesmo que o indivíduo tenha recebido a vacina contra a gripe, são elas:

frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;

utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar

tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não

compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os

ambientes bem ventilados; e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas

de influenza.

O que será feito caso aconteça?

Caso ocorra algum surto de influenza, o Distrito Federal dispõe de procedimentos padronizados

para proceder à investigação epidemiológica e controle da doença, conforme preconizado no

protocolo.

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Hantavirose

O que poderia acontecer?

As hantaviroses são antropozoonoses amplamente distribuídas em todo mundo. As infecções

humanas causadas pelo hantavírus se manifestam de diferentes formas, desde doença febril

aguda, a formas clássicas de Febre Hemorrágica com Síndrome Renal – FHSR – e Síndrome

Cardiopulmonar por Hantavírus – SCPH.

No Distrito Federal, até o momento, tem sido identificada apenas a doença na forma de SCPH.

Considerando a realização de algumas partidas dos Jogos Olímpicos com o possível incremento

do ecoturismo e turismo rural na região, aumenta a probabilidade de ocorrência de casos, uma

vez que no Distrito Federal foi identificada a presença de cinco espécies de roedores silvestres

reservatórios do hantavírus, sendo a espécie Calomys calossus a mais frequente (52%), seguida

da espécie Bolomys lasiurus (38%).

A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da

urina, fezes e saliva dos roedores. Outras formas descritas e menos frequentes são: percutânea

(por meio de escoriações, mordeduras de roedores infectados), ou contato do vírus com mucosas

(por meio de ingestão de alimentos ou água contaminados).

O que você deve fazer caso aconteça?

A definição de caso suspeito se remete à pessoa com exposição de risco nos últimos 60 dias, com

febre (38 graus ou mais) e mialgia associada a dois ou mais sintomas: cefaleia, náuseas, vômitos,

tontura, dispneia, e sinais de insuficiência respiratória aguda de causa indeterminada durante a

primeira semana de doença com exposição de risco nos últimos 60 dias. Caso perceba alguns

desses sinais e sintomas, procure uma unidade de saúde da SES DF mais próxima de você. A

relação dos endereços e telefones se encontram disponíveis no www.saude.df.gov.br.

O que já está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Reorganização dos fluxos de notificação/comunicação de agravos e eventos de interesse à Saúde

Pública com fins de controle e redução de danos. Além disso, o envolvimento do SAMU no

atendimento às ocorrências de urgência, e a definição do “Fluxograma de Atendimento a

Pacientes com Suspeita de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavirose” para equipes de saúde.

O que será feito caso aconteça?

A hantavirose é doença de notificação compulsória imediata. Todo atendimento de caso suspeito

deve ser notificado ao CIEVS/DF pelo telefone (61) 99822-3447 ou 0800 645 7089. Garantir o

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tratamento hospitalar, com medidas de suporte a vida, sendo muitas vezes necessária a utilização

de respiradores artificiais, e proceder à investigação epidemiológica.

Meningites

O que poderia acontecer?

As meningites infecciosas são doenças de transmissão respiratória, sendo o homem o principal

reservatório, seja o caso sintomático (infecção) ou assintomático (portadores sãos). A doença se

caracteriza pelo processo inflamatório das meninges - membranas que envolvem o cérebro e a

medula espinhal - causado por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Considerando o potencial de

disseminação e de morbimortalidade da doença, as meningites bacterianas são as de maior

risco, seguidas das meningites virais, estas com menor potencial.

São considerados fatores de risco: infecções respiratórias virais recentes, aglomeração no

domicílio, residir em quartéis, dormir em acampamento militar ou em alojamentos de estudantes,

tabagismo ativo ou passivo, condições socioeconômicas menos privilegiadas, e contato íntimo

com portadores.

O que você deve fazer caso aconteça?

A doença meningocócica, que cursa com uma das formas mais graves dentre as meningites

bacterianas, tem início abrupto e evolução rápida, podendo levar ao óbito em menos de 24 a 48

horas. Se caracteriza por febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez de nuca, prostração, confusão

mental, sinais de irritação meníngea (caracterizadas pelo Sinal de Kernig e Sinal de Brudzinski).

Crianças de até 9 meses poderão não apresentar sinais clássicos de irritação meníngea e sim

irritação, recusa alimentar, convulsões, abaulamento da fontanela, choro persistente ou grito

meníngeo (choro forte ao ser manipulada, principalmente à troca de fraldas). Na doença

meningocócica pode aparecer petéquias. No aparecimento eventual de alguns desses sinais ou

sintomas deve se procurar imediatamente uma unidade de saúde da SES DF. Os telefones e

endereços encontram-se disponíveis no endereço eletrônico http://www.saude.df.gov.br.

O que já está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Revisão/reposição dos estoques de Rifampicina, para quimioprofilaxias, quando indicadas, nos

Núcleos de Vigilância Epidemiológica dos hospitais e no CIEVS/DF. Tem sido instituída a

vacinação de rotina contra as infecções pelas seguintes bactérias causadoras das meningites e

outras doenças: meningococo sorogrupo C, pneumococo, Haemophylus influenzae e

tuberculose. Todas essas vacinas estão incluídas no Calendário Básico de Vacinação da criança

(do Programa Nacional de Imunização, bem como para grupos de risco, e são aplicadas

gratuitamente nos postos e centros de saúde do DF.

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O que será feito caso aconteça?

As meningites e a doença meningocócica são de notificação compulsória, sendo que agregados

de casos ou óbitos são de notificação imediata. Todo atendimento de caso suspeito deve ser

notificado ao CIEVS/DF pelo telefone 61-99822-3447 ou 0800647089, para instalação das

medidas de controle e interrupção da transmissão, em especial a investigação e quimioprofilaxia

dos contatos íntimos. Garantir o tratamento hospitalar, com medidas de suporte a vida,

procedendo com a coleta de material para exames laboratoriais, antibioticoterapia imediata e

investigação epidemiológica.

Doenças Transmitidas por Alimentos – DTA

O que poderia acontecer?

Doenças transmitidas por alimento (DTAs) são causadas pela ingestão de alimentos e/ou água

contaminados. São todas ocorrências clínicas, frequentemente com manifestações do trato

gastrointestinal (diarreia e vômitos), consequentes à ingestão de alimentos que possam estar

contaminados com microorganismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos ou infestantes),

toxinas de microrganismos, substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua

constituição estruturas naturalmente tóxicas, ou seja, são doenças conseqüentes da ingestão de

perigos biológicos, químicos ou físicos presentes nos alimentos.

Além do consumo de água não potável, a ausência de higiene e boas práticas de manipulção dos

alimentos, o armazenamento inadequado e a falta de controle de temperatura dos alimentos no

período de pré-preparo, preparo, armazenamento, transporte ou distribuição - propiciando os

alimentos a permanecerem períodos superiores a uma hora em temperaturas dentro da faixa de

20oC a 50oC - podem ser responsáveis pela ocorrência de DTA.

O que fazer se acontecer?

Na ocorrência de sintomas de DTA não se deve suspender a alimetação via oral, evitando

alimentos gordurosos, açúcar e aumentando a ingestão de água potável e outros líquidos para

reidratação oral. Se ocorrer piora dos sintomas, deve-se procurar atendimento no estádio e/ou nas

unidades de saúde da SES DF. A relação de endereços e os telefones encontram-se disponíveis

em http://www.saude.df.gov.br.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Para prevenir a ocorrência de DTA durante a realização dos Jogos Olímpicos está sendo feito o

monitoramento da qualidade da água para consumo humano do estádio Mané Garrincha, da rede

hospitalar (pública e privada) e na rede hoteleira. Está sendo monitorada a qualidade dos

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alimentos comercializados nos locais de maior circulação dos turistas e realizada a fiscalização

das empresas terceirizadas fornecedoras de alimentos e bebidas que serão comercializados

durante os jogos para as delegações e atletas.

O que será feito caso aconteça?

Frente à suspeita de ocorrência de DTA, o profissional assistente deve notificar o núcleo de

vigilância epidemiológica da região de saúde de referência, além da Gerência de Vigilância

Epidemiológica e Imunização (GVEI/DIVEP) e o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância

em Saúde (CIEVS). Preliminarmente, orienta-se a guarda e conservação dos alimentos suspeitos

para permitir eventuais análises laboratoriais. A investigação laboratorial deve ser realizada sob

orientação da Diretoria de Vigilância Sanitária. A investigação epidemiológica é realizada sob

orientação da Gerência de Vigilância Epidemiológica e Imunização (GVEI/DIVEP), orientada pelo

Protocolo Operacional Padrão para Investigação de Doenças Transmitidas por Alimentos para

identificar as prováveis causas de adoecimento por DTA.

HIV e Infecções de Transmissão Sexual

O que poderia acontecer?

No Brasil, a principal forma de transmissão do vírus HIV é a sexual, porém existe risco no contato

com sangue infectado dependendo de aspectos comportamentais como uso de drogas injetáveis.

Relação sexual desprotegida com parceiros com sorologia desconhecida aumenta o risco de

exposição, bem como uso compartilhado de agulhas e/ou seringas. O risco também existe em

relação às hepatites virais B e C.

Outras infecções de transmissão sexual como sífilis, gonorreia, herpes genital, entre outras são

possíveis.

O que você deve fazer caso aconteça?

Recomenda-se, independente do conhecimento de estados sorológicos dos parceiros, o uso de

preservativos feminino ou masculino em todas as relações sexuais. É fundamental buscar

informações sobre as formas de transmissão e de prevenção, como uso de preservativos e

materiais descartáveis, bem como não compartilhar instrumentos perfurocortantes. Em caso de

exposição, buscar unidade de pronto atendimento para uso de profilaxia pós-exposição. Caso seja

portador de HIV/Aids em tratamento e desabastecido de antirretroviral (ARV), deve-se buscar a

unidade de saúde para orientar-se onde obter acesso pela rede Pública de Saúde.

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O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Em situações de eventos de massa são incrementadas as ações educativas e distribuição de

materiais informativos e insumos de prevenção. Também se incrementa a oferta de testagem,

profilaxia pós exposição ao HIV e de medicamento antirretrovirais na rede de referência.

O que será feito caso aconteça?

Os profissionais de saúde deverão informar sobre formas de transmissão e de prevenção,

disponibilizar preservativos; realizar testagem (preferencialmente rápida). Realizar profilaxia pós

exposição, conforme preconizado ou encaminhar para onde é realizado o mais breve possível.

Disponibilizar anti-retrovirais conforme normas federais ou encaminhar para serviço onde o

medicamento é dispensado. Caso sofra acidente ocupacional com paciente estrangeiro, utilizar a

PEP conforme fluxo definido na SES DF.

Riscos ambientais

A) Climáticos

O que poderia acontecer?

Os principais riscos ambientais identificados para o Distrito Federal estão relacionados ao clima

devido à baixa umidade relativa do ar vigente no período de realização dos Jogos.

A estação chuvosa compreende os meses de outubro a março e a estação seca, no restante do

ano, de abril até setembro. A umidade relativa do ar, no período de seca, reduz

consideravelmente. Para o mês de agosto, a umidade relativa do ar média é de 40%, entretanto

pode chegar a 12%, valor típico de deserto.

Nessas condições podem ocorrer cefaleia, desidratação, insolação e problemas respiratórios,

especialmente em pessoas alérgicas, idosos e crianças.

O que você deve fazer caso aconteça?

Para evitar os efeitos relacionados à baixa umidade, são recomendadas medidas de proteção

individual tais como hidratação oral frequente, uso de protetor solar, protetores labiais, uso de

umidificadores, entre outros. Caso ocorram problemas de saúde relacionados à baixa umidade,

recomenda-se buscar serviços de saúde próximo do local da ocorrência para atendimento médico

e administração do tratamento específico. É possível acionar o Serviço Móvel de Urgência (SAMU

192), em casos de situação de urgência/emergência.

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O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Orientações aos turistas quanto aos riscos e medidas preventivas em relação aos fatores

ambientais que são influenciados pela sazonalidade do clima, principalmente na estação de seca

do Distrito Federal.

O que será feito caso aconteça?

Transportar a vítima para um serviço de urgência/emergência, um centro de saúde ou uma

Unidade de Pronto Atendimento mais próximos do local da ocorrência. Os endereços das

unidades de saúde estão disponíveis no sítio eletrônico da SESDF (htttp://www.saude.df.gov.br).

B) Acidentes por Animais Peçonhentos

O que poderia acontecer?

O Planalto Central guarda belezas naturais desconhecidas por muitos turistas, possui vegetação

típica, com a presença de animais como lagartas, morcegos, escorpiões amarelos, cobras e

algumas aranhas que representam potencial risco para causar acidentes.

O que você deve fazer caso aconteça?

Caso ocorra algum acidente com um animal peçonhento é necessário solicitar socorro por meio

do SAMU tel. 192 e ainda ligar para o Centro de Informações Toxicológicas pelos telefones 0800-

644-6771 ou 0800-722-6001. É importante fornecer a descrição desses animais, caso possível,

para que o acidentado receba orientações de como proceder em cada caso. Todos os hospitais

com emergência da SES DF poderão ser acionados para a aplicação de soros e tratamento

adequados, de acordo com cada caso. Os endereços das unidades de saúde da rede pública do

DF estão disponíveis no site http://www.saude.df.gov.br.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

A SES-DF realiza campanhas educativas, mutirões para o controle de infestações, e é

responsável pela manutenção dos estoques de soros nos hospitais para atendimento dos

acidentados.

O que será feito caso aconteça?

Caso o turista sofra algum tipo de acidente com animal perigoso será oferecido atendimento

médico de urgência. Os profissionais da SES DF, em caso de dúvida, igualmente poderão solicitar

informações e orientações para a equipe do Centro de Informações Toxicológicas da SES DF por

meio dos telefones 0800-644-6771 ou 0800-722-6001 de forma a se buscar a condutra adequada

para cada caso.

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Violência

O que poderia acontecer?

A realização de eventos de grande porte, como os jogos olímpicos e paralímpicos são de grande

relevância econômica e social, mas ao mesmo tempo a grande circulação de pessoas pode

agravar situações de vulnerabilidades estabelecidas, implicando em risco de violência. Considera-

se como violência, para fins de notificação “o uso intencional de força física ou do poder, real ou

em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que

resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de

desenvolvimento ou privação” (OMS, 2002).

O que você deve fazer caso aconteça?

Os serviços de saúde realizam atendimento às pessoas em situação de violência, procedendo

com a notificação compulsória dos casos de violência e os encaminhamentos posteriores. Caso

ocorra alguma situação de violência, deve-se buscar um serviço de saúde, em especial unidades

que oferecem pronto atendimento, para o manejo imediato de situações que envolvem risco de

vida ou sequelas.

O principal órgão que compõe o Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes é o

Conselho Tutelar, trata-se da porta de entrada dos casos de violação de direitos desses

segmentos. Caso alguma dessas violações ocorra com uma criança ou adolescente, deve-se

buscar o Conselho Tutelar que atende à área em que a criança ou adolescente encontra-se.

Quando a violação é praticada contra a mulher adulta a referência de proteção é a Delegacia

Especializada de Atendimento à Mulher. A Central Judicial do Idoso ou a Delegacia integram

diferentes instituições que atuam na garantia e proteção dos direitos das pessoas idosas.

O Proteja Brasil é o aplicativo para iPhone ou celular com sistema Android criado para facilitar

denúncias e informar sobre violencia contra crianças e adolescentes. A partir do local onde o

usuário está, o Proteja Brasil indica telefones e endereços e o melhor caminho para chegar a

delegacias especializadas de infância e juventude, conselhos tutelares, varas da infância e

organizações que ajudam a combater a violência contra a infância e adolescência nas principais

cidades brasileiras.

http://www.protejabrasil.com.br/br/

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O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

A rede de atendimento às pessoas em situação de violência atua de forma integrada buscando

assegurar ações intersetoriais voltadas para a diminuição da ocorrência de situações de violência,

com foco nas ações de prevenção, atendimento, sensibilização e responsabilização nos casos

onde se identifica a violência.

O que será feito caso aconteça?

Fornecer atendimento de emergência, para que os primeiros cuidados possam ser iniciados com o

mais rápido possível, principalmente nos casos de ocorrência da violência sexual, onde se deve

ter acesso à profilaxia pós-exposição que é considerada uma urgência médica, que deve ser

iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 2 horas após exposição e no

máximo em 72 horas.

Riscos exógenos

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Distrito Federal (CIEVS/DF)

está trabalhando, em parceria com a rede nacional, para identificar as principais doenças

prevalentes e de relevância nos países participantes dos Jogos no Distrito Federal. Foram

pesquisadas informações relativas aos 11 países que jogarão em Brasília na 1° fase e ainda

outros 13 países que podem vir a jogar em Brasília nas quartas de final. Além dos riscos

endógenos citados abaixo, existem documentos complementares com a descrição de outros

riscos relacionados às doenças prevalentes, bem como informações atualizadas em relação a

ocorrência de doenças/agravos de interesse, no período de monitoramento estabelecido em torno

dos Jogos Olímpicos.

Sarampo

O que poderia acontecer?

No Brasil não há transmissão autóctone do sarampo desde julho de 2015. No Distrito Federal,

desde o ano 2000, houve confirmação de apenas dois casos da doença. Entretanto, com os Jogos

e a vinda de viajantes procedentes de países com transmissão, poderia haver a ocorrência de

casos importados, sendo fundamental a detecção precoce desses casos;

O que você deve fazer se acontecer?

Considera-se como caso suspeito, todo indivíduo que apresente febre, exantema maculo papular

acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independentemente da idade e situação

vacinal ou todo caso suspeito que tenha história de viagem para fora do país, nos últimos 30 dias,

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ou que tenha história de contato com alguém que viajou para fora do país, no mesmo período.

Caso você apresente esses sintomas procure imeditamente a unidade de saúde mais próxima.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

No Brasil é realizada a vacinação de rotina de crianças contra o sarampo, conforme o calendário

básico de vacinação do Ministério da Saúde. Não existe tratamento específico para o sarampo. O

Distrito Federal mantém a vigilância do sarampo sob alta sensibilidade, para que, na ocorrência de

um caso suspeito, ele seja imediatamente isolado e sejam tomadas as medidas de controle.

O que será feito caso aconteça?

Caso seja detectado algum caso suspeito de sarampo serão adotadas as medidas preconizadas

no Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Deve-se ainda notificar imediatamente o

CIEVS DF pelo número 0800 645 7089 ou a Gerência de Vigilância Epidemiológica e Imunização

através do número 3323-7461, para que as medidas de controle e de interrupção da transmissão

sejam implementadas imediatamente. No presente momento há um surto de sarampo ocorrendo

na Irlanda, portanto recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado

antecipadamente contra o sarampo, visando evitar a reintrodução do vírus no país.

Rubéola

O que poderia acontecer?

O Brasil está oficialmente livre da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O país

não registra casos da transmissão endêmica das doenças desde 2008 e 2009, respectivamente,

tendo recebido da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o Certificado de Eliminação da

Rubéola em 2015, em conjunto com os demais países das Américas.

A rubéola é uma doença exantemática aguda, de etiologia viral, alta transmissibilidade e acomete

principalmente crianças. Sua importância epidemiológica está relacionada ao risco da rubéola

congênita: abortos, morte fetal e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez.

O que você deve fazer caso aconteça?

São considerados casos suspeitos: todo paciente que apresentar febre e exantema máculo-

papular, acompanhado de linfoadenopatia retroauricular, occipital e/ou cervical,

independentemente de idade e situação vacinal ou todo indivíduo com febre, acompanhada de

exantema ou linfoadenopatia com as características mencionadas acima e que tenha história de

viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou

ao exterior. Caso você apresente esses sintomas procure imeditamente a unidade de saúde mais

próxima.

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O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

No Brasil é realizada a vacinação de rotina de crianças contra a rubéola, conforme o calendário

básico de vacinação do Ministério da Saúde. Não existe tratamento específico para a rubéola. O

Distrito Federal mantém a vigilância das doenças exantemáticas sob alta sensibilidade, para que,

na ocorrência de um caso suspeito, ele seja imediatamente isolado e sejam tomadas as medidas

de controle.

O que será feito caso aconteça?

Caso seja detectado algum caso suspeito de rubéola serão adotadas as medidas preconizadas no

Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Deve-se ainda notificar imediatamente o

CIEVS DF pelo número 0800 645 7089 ou a Gerência de Vigilância Epidemiológica e Imunização

através do número 3323-7461, para que as medidas de controle e de interrupção da transmissão

sejam implementadas imediatamente.

Recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado antecipadamente

contra a rubéola, visando evitar a reintrodução do vírus no país.

Poliomielite

O que poderia acontecer?

Os últimos casos de Poliomielite no Brasil ocorreram em 1989 e, em 1994, o País recebeu da

Organização Panamericana de Saúde (OPAS), o “Certificado de Interrupção da Transmissão

Autóctone do Poliovírus Selvagem do seu território”, juntamente com os demais países das

Américas. No Mundo, ainda existem 2 países endêmicos para Poliomielite, sendo esses Paquistão

e Afeganistão, com 54 e 20 casos de Poliomielite causada pelo poliovirus selvagem,

respectivamente, em 2015.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de

paralisia flácida, de início súbito, que ocorre em cerca de 1% das infecções causadas pelo

poliovírus. O deficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa

3 dias.

O que você deve fazer caso aconteça?

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Um caso suspeito de poliomielite é definido como todo caso de deficiência motora flácida, de início

súbito, em indivíduos com menos de 15 anos de idade, independentemente da hipótese

diagnóstica de poliomielite ou todo caso de deficiência motora flácida, de início súbito, em

indivíduo de qualquer idade, com história de viagem a países com circulação de poliovírus nos

últimos 30 dias que antecedem o início do deficit motor, ou contato no mesmo período com

pessoas que viajaram para países com circulação de poliovírus selvagem e apresentaram

suspeita diagnóstica de poliomielite. Caso você apresente esses sintomas deve procurar

imediatamente a unidade de saúde mais próxima.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

São mantidas as vacinações de rotina e em campanhas. Além disso, profissionais e serviços de

saúde da rede pública e privada devem estar em alerta e atentar para a manutenção das medidas

de prevenção e controle (descritas no Guia de Vigilância em Saúde), disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/fevereiro/06/guia-vigilancia-saude-atualizado-05-

02-15.pdf. Além disso, deve ser investigado, oportunamente, TODO caso de Paralisia Flácida

Aguda (PFA), em indivíduo de qualquer idade, suspeito de Pólio, que possa surgir durante ou em

até 30 dias após o término das olimpíadas.

O que será feito caso aconteça?

Caso seja detectado algum caso suspeito de poliomielite serão adotadas as medidas

preconizadas no Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Deve-se ainda notificar

imediatamente o CIEVS DF pelo número 0800 645 7089 ou a Gerência de Vigilância

Epidemiológica e Imunização através do número 3323-7461, para que as medidas de controle e

de interrupção da transmissão sejam implementadas imediatamente.

Recomenda-se que todo viajante que se dirija ao Brasil seja vacinado antecipadamente

contra a poliomielite, visando evitar a reintrodução do vírus no país.

MERS-CoV

O que poderia acontecer?

O Brasil não é considerado área de risco para MERS-CoV(link:

http://www.cdc.gov/coronavirus/mers/risk.html ). Em 2012 foi identificada na Arábia Saudita uma

nova linhagem de coronavírus associada a quadros de SRAG, sendo atualmente denominada

MERS-CoV – Middle East respiratory syndrome coronavirus (síndrome respiratória do Oriente

Médio associada ao coronavírus). Desde então, já foram notificados em 27 países, principalmente

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no Oriente Médio (Arábia Saudita, Qatar, Iêmen, Irã, Kuwait, Emirados Árabes) e Ásia (China e

Coréia do Sul). Também foram registrados casos na Europa (França, Alemanha, Holanda, Áustria,

Itália, Irlanda e Inglaterra) e no continente africano (Egito, Algéria, Tunísia).

A transmissão inter-humana parece ocorrer apenas quando há contato muito próximo e ainda não

há evidências de transmissão sustentada entre os seres humanos. Um dos potenciais

reservatórios para essa linhagem do vírus parece ser o camelo. Os Jogos Olímpicos reúnem

pessoas de dezenas de países, entre atletas e turistas. Embora ainda não haja clareza sobre os

reservatórios e modos de transmissão dessa nova linhagem do coronavírus, assume-se a

possibilidade de transmissão inter-humana, principalmente através de gotículas de saliva. É

possível, ainda, que pessoas previamente infectadas cheguem ao país e aqui iniciem o processo

de adoecimento. Diante disso, considera-se possível a ocorrência da MERS-CoV no Brasil e no

Distrito Federal.

O que você deve fazer caso aconteça?

Se o viajante procede de países afetados pela doença e apresente febre, tosse e falta de ar, deve

procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo e informar o local de procedencia para

que seja acionada a vigilancia epidemiológica do municipio e comunicada as demais autoridades.

O que está sendo feito para diminuir ou mitigar o risco?

Instalação de posto médico no Estádio Nacional de Brasília durante a realização dos jogos.

Divulgação de informações nos serviços de urgência e UTIs dos hospitais, UPAS, SAMU e

Serviço Médico do Aeroporto sobre os agravos de transmissão respiratória.

Preparação dos ambientes de atendimento médico hospitalar visando o isolamento dos casos

suspeitos para evitar grandes disseminações.

O que será feito caso aconteça?

Pessoas com suspeita de MERS-CoV devem ser mantidas separadas de pessoas hígidas ou

pessoas com outras doenças. A notificação deve ser imediata ao núcleo de vigilância

epidemiológica da superintendência de saúde, e também ao CIEVS (0800 645 7089). A

investigação epidemiológica será realizada pela equipe da região de saúde, com apoio do CIEVS,

sob orientação da área técnica responsável da GEVEI/DIVEP.

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Anexos

Anexo 1.

Frequência dos principais sinais/sintomas ocasionados pela infecção por dengue,

febre Chikungunya e Zika.

Características principais Dengue Chikungunya Zika

Febre +++++ ++++ +

Exantema maculopapular ++ ++ ++++

Hiperemia conjuntival + + ++++

Mialgia/Artralgia +++ +++++ ++

Edema Ausente ++++ +++

Dor retrorbital +++++ + ++

Linfadenopatia + ++ +

Hemorragia ++ Ausente Ausente

Hepatomegalia ++ +++ Ausente

Leucopenia/trombocitopenia +++ +++ Ausente

Obs.: Considerar este quadro apenas para auxiliar no diagnóstico clínico em

conjunto com as outras características clínicas, epidemiológicas e laboratoriais.

Fonte: Adaptado de Haltead, et al. Departamento de serviço de Saúde do Estado de

Yap/Micronésia.

Anexo 2

Telefones/contatos úteis

Unidade Telefones/e-mail

SAMU DF 192

Centro de Informações Estratégicas em Vigilância

à Saúde – CIEVS DF

(61) 9822-3441 – Email: [email protected]

Diretoria de Vigilância Epidemiológica/SVS (61) 3323-9492 – Email: [email protected]

Gerência de Epidemiologia de Campo (61)3901-4672 – Email: [email protected]

LACEN DF (61)3321-2772-Email:

[email protected]

Gerencia de Doenças Crônicas e Agravos

Transmissíveis- GEDCAT

(61) 3322-7378 – Email: [email protected]

Gerência de Vigilância Epidemiológica e (61) 3323-7461 – Email: [email protected]

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Imunização - GEVEI

Gerência de Doenças Sexualmente

Transmissíveis – GEDST/AIDS

(61) 3322-1590 Email:

[email protected]

Gerência de Doenças e Agravos não

Transmissíveis - GEDANT

(61)3323-3056 Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRAN (61) Email: [email protected]

Núcleo de Vig. Epid.do Núcleo do Bandeirante (61) 3552-2044 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HMIB (61) 3244-2926 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológico - Guará (61)3353-1445- Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - Brazlândia (61) 3479-9640- Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - Ceilândia (61)3471-9149 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRG (61) 3385-9820 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRSM (61) 3392-6970 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - São

Sebastião

(61)3335-6051-Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - Paranoá (61)3369-6663 - Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRS (61) 3591-8271- Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRPL (61) 3388-8061 - Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica- HRSam (61)3458-4815 Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HRT (61) 3352-3320 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HBDF (61) 3315-1215 - Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HAB (61) Email: [email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica - HFA (61) 3966-2147 - Email:

[email protected]

Núcleo de Vigilância Epidemiológica- HUB (61) 2028-5595 - Email: [email protected]

Ouvidoria 160

Hospital da Criança de Brasília (61) 3025-8350

Hospital Universitário de Brasília (61) 2028-5000

Hospital Materno Infantil de Brasília (61) 3445-7500 Email:

[email protected]

Hospital Regional do Guará (61) 3353-1500

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Hospital Regional Asa Norte (61) 3325-4300

Hospital Regional de Santa Maria (61)3392-6802 Email:

[email protected]

Hospital Regional do Gama (61) 3385-9700

Hospital Regional de Ceilândia (61) 3471-9000

Hospital Regional Brazlândia (61)3479-1758/3479-9642

Hospital regional do Paranoá (61) 3369-9800 Email: [email protected]

Hospital Regional Planaltina (61)3388-9710 Email: [email protected]

Hospital Regional Sobradinho (61) 3487-9200/3487-9474

Hospital Regional de Taguatinga (61) 3353-1000

Hospital Regional de Samambaia (61) 3458-9835

Hospital de Apoio (61) 3905-4700

Equipe Volante Malária (61) 9249-0000/9668-2512

Instituto Médico Legal (IML) (61) 3207-4815/32074818

Hospital HOME (61) 3878-2878

Rede de Frio (61) 3361-4531, 3362-2272, 3362-2212, 9152-

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