135
PROGRAMA INTEGRADO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC) PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES PLANO DE TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA AVALIAÇÃO DO PROJETO “AS TRAVESSURAS DO AMARELO”: A LITERATURA INFANTIL E A APRENDIZAGEM DE PROCEDIMENTOS DE ESTUDO.Vivian Annicchini Forner RA 12015293 Faculdade de Educação. Prof.ª Jussara Cristina Barboza Tortella Grupo de Pesquisa: Formação e Trabalho Docente Linha de Pesquisa: Formação de professores e Práticas Pedagógicas. Modalidade: ( ) PIBIC/CNPq (X) FAPIC/Reitoria ( ) FAPESP ( ) Outra Agência Campinas

AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

PROGRAMA INTEGRADO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC)

PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES

PLANO DE TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

“AVALIAÇÃO DO PROJETO “AS TRAVESSURAS DO

AMARELO”: A LITERATURA INFANTIL E A APRENDIZAGEM DE PROCEDIMENTOS DE ESTUDO.”

Vivian Annicchini Forner – RA 12015293 Faculdade de Educação. Prof.ª Jussara Cristina Barboza Tortella Grupo de Pesquisa: Formação e Trabalho Docente Linha de Pesquisa: Formação de professores e Práticas Pedagógicas.

Modalidade:

( ) PIBIC/CNPq

(X) FAPIC/Reitoria

( ) FAPESP

( ) Outra Agência

Campinas

Page 2: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

1

07/2014 ÍNDICE

1. Desenvolvimento do Plano de Trabalho de Iniciação Científica ................ 2

1.1. Atividades Previstas no Cronograma Original ......................................... 2

1.2. Atividades Realizadas e Justificativas ...................................................... 4

1.2.1 Levantamento e estudo de material bibliográfico .................................. 5

a) Capítulo de livros .......................................................................................... 6

b) Artigos científicos ........................................................................................ 7

c)Teses e dissertações ................................................................................... 11

1.2.2.Levantamento de dados nas escolas que utilizam o Projeto ............... 13

1.2.3.Outras atividades realizadas e não previstas ....................................... 16

1.3. A produção do artigo ............................................................................... 19

1.3.1. Introdução ............................................................................................. 19

1.3.2. Autorregulação e estratégias de aprendizagem .................................. 22

1.3.3. Campo da pesquisa: conhecendo o projeto “As travessuras do

Amarelo” ......................................................................................................... 28

1.3.4. As aprendizagens dos alunos do 4º ano .............................................. 30

2. Considerações Finais ................................................................................. 36

3. Referências ................................................................................................. 37

4. Anexos......................................................................................................... 42

Page 3: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

2

1. Desenvolvimento do Plano de Trabalho de Iniciação Científica

1.1. Atividades Previstas no Cronograma Original

As atividades previstas no cronograma foram totalmente desenvolvidas

no decorrer do período de trabalho, a saber: a) Levantamento e estudo de

material bibliográfico; b) Buscas realizadas pela internet – primeiros

levantamentos; c) Identificação das escolas a serem investigadas; d) Contatos

iniciais com orientadores pedagógicos da Secretaria de Educação (SME) para

a identificação das escolas municipais que podiam participar da pesquisa; e)

Organização dos dados coletados e identificação de critérios para a seleção

dos alunos a serem entrevistados; f) Elaboração do relatório parcial; g)

Realização das entrevistas; h) Transcrição das entrevistas; i) Análise do

material; j) Elaboração do artigo; l) Divulgação dos resultados do estudo; m)

Elaboração do relatório final. Segue o cronograma original para a visualização:

Page 4: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

3

Atividades

Meses

AGO

2013

SET

2013

OUT

2013

NOV

2013

DEZ

2013

FEV

2014

MAR

2014

ABR

2014

MAI

2014

JUN

2014

Levantamento e

estudo de

material

bibliográfico

Buscas

realizadas pela

internet –

primeiros

levantamentos

Identificação

das escolas a

serem

investigadas

Contatos

iniciais com

orientadores

pedagógicos da

Secretaria de

Educação

(SME) para a

identificação

das escolas

municipais que

podiam

participar da

pesquisa

Organização

dos dados

coletados e

identificação de

critérios para a

seleção dos

alunos a serem

entrevistados

Elaboração do

relatório parcial

Realização das

entrevistas

Transcrição das

entrevistas

Análise do

material

Elaboração do

artigo

Divulgação dos

resultados do

Estudo

Relatório final

Page 5: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

4

Além dessas atividades descritas foi preparado um pôster para

apresentação no evento “XVIII Encontro de Iniciação Científica e III encontro de

Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da PUC-

Campinas”(ANEXO 1).A apresentação foi acompanhada por um avaliador da

Pontifícia Universidade Católica de Campinas que deu um parecer favorável ao

trabalho (ANEXO 2).

1.2. Atividades Realizadas e Justificativas

Tem-se como compromisso com o presente relatório, além de mostrar o

trabalho realizado, explicitar as estratégias metodológicas utilizadas para a

realização da pesquisa concluída. Primeiramente retomo os objetivos da

pesquisa, intitulada “AVALIAÇÃO DO PROJETO “AS TRAVESSURAS DO

AMARELO”: A LITERATURA INFANTIL E A APRENDIZAGEM DE

PROCEDIMENTOS DE ESTUDO”, apresentados no projeto inicial e

reformulados no decorrer do desenvolvimento da pesquisa:

Geral:

Conhecer os procedimentos de estudos utilizados pelos alunos do

5º ano do ensino fundamental de um município do interior do

estado de São Paulo, participantes de um projeto que visa à

promoção dos processos de autorregulação da aprendizagem

quando cursavam o 4º ano.

Específicos:

Realizar um levantamento junto aos alunos do 5º ano, do numero

de horas que eles estudam atualmente e do numero de horas que

estudavam quando cursavam o 4º ano;

Conhecer os procedimentos de estudo de alunos participantes do

projeto que indicam que estudam pouco tempo e de alunos que

indicam estudar mais tempo;

Page 6: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

5

Conhecer os procedimentos de estudo de alunos participantes do

projeto indicados pelos professores como tendo destaque na

participação do projeto;

Identificar a existência de modificações nos procedimentos de

estudo após a participação no projeto segundo a fala dos próprios

alunos;

Verificar se houve a melhoria das notas após a participação no

projeto segundo os alunos.

É importante contar que a presente pesquisa está relacionada com

quatro trabalhos de mestrado que já passaram pelo exame de qualificação e

foram devidamente aprovados, a saber:

Quadro 1 – Autor e título da pesquisa

Nome da aluna Título da pesquisa

Andréa Oliveira Silva

Autorregulação da aprendizagem no ensino fundamental: saberes, relatos

e concepções de professores participantes do projeto as

travessuras do amarelo

Carolina Aparecida Araújo

Avaliação do projeto de práticas de leitura: o desenvolvimento de atitudes

que contribuem para a prática do estudo no ensino fundamental

Maria Fernanda Kosour de Oliveira

Avaliação formativa: um estudo com os diários de aula de alunos do 5º ano

do ensino fundamental

Sylvia Bernadete Alves Salgado Oliveira

Avaliação do processo de autorregulação e desempenho

acadêmico de alunos do 5º ano do ensino fundamental

Fonte: dados coletados pela autora

1.2.1 Levantamento e estudo de material bibliográfico

Iniciei o trabalho de pesquisa substituindo a aluna Jéssica Barboza

Casarotte, como consequência a minha primeira orientação se deu após a

assinatura do contrato, que ocorreu no dia 23 de agosto de 2013 (ANEXO3).

Page 7: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

6

Antes de fazer o levantamento e o estudo do material bibliográfico, tive

reuniões com minha orientadora, que me apresentou textos importantes que

me auxiliaram no conhecimento teórico sobre a autorregulação, os quais

ampliaram a compreensão do foco da pesquisa, bem como os procedimentos

metodológicos a serem desenvolvidos. Assim, o contato com autores que

escrevem sobre a avaliação da aprendizagem em uma perspectiva

construtivista foi extremamente importante e possibilitou a familiarização com a

temática dos conteúdos da autorregulação, facilitando a compreensão das

leituras posteriores, no caso, artigos, teses e dissertações.

Outro fato que contribuiu para o meu conhecimento em relação ao foco

da pesquisa foi o lançamento do novo site do projeto, disponível no endereço

http://www.guia-psi.com/, que conta com: explicações do professor Pedro

Rosário; relatos positivos de pessoas que utilizam a autorregulação em seus

trabalhos e estudos; ricas imagens que contam por onde os projetos do grupo

GUIA (Grupo Universitário de Investigação em Autorregulação) estão

circulando e fotos de toda a equipe que impulsiona esse projeto; ótimos

referenciais teóricos; e, um singelo agradecimento a nós todos que visitamos o

site e que de alguma forma nos comprometemos a divulgar o conceito de

autorregulação. Além de todos esses tópicos o site também conta com

imagens ilustrativas iguais as do livro que permitem que o leitor viaje no mundo

das cores do arco-íris, personagens contidos no livro paradidático “As

Travessuras do Amarelo”.

Fui orientada a realizar fichamentos das referências selecionadas. Os

textos estudados sob a orientação da orientadora deste IC foram:

a) Capítulo de livros1:

COLL, C. et al. Desenvolvimento Psicológico entre os 6 e os 12 anos. In

______ Desenvolvimento psicológico e educação – Psicologia

evolutiva. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004, unidade 4. p. 233-

287.(fichamento 1);

1 Os resumos dos capítulos de livro encontram-se no anexo 4.

Page 8: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

7

ROSÁRIO, P. (2004). Estudar o Estudar: As (Des)venturas do

Testas. Porto: Porto Editora. (fichamento 2);

ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J. ; GONZÁLEZ-PIENDA, J. (2007). Auto-

regulação em crianças sub-10. Projecto Sarilhos do Amarelo. Porto:

Porto Editora.(fichamento 3);

ROSÁRIO, P.; POLYDORO, S.; FUENTES, S.; GAETA, M.L. (2012).

Programas de promoção da autorregulação ao longo da escolaridade:

estórias-ferramenta como motor da aprendizagem. In

______Autorregulação da aprendizagem e narrativas

autobiográficas: epistemologia e práticas. Editora Edipucrs, 2012,

p.179-207. (fichamento 4);

ZIMMERMAN, B. J. Self-Regulated Learning and Academic

Achievement: An Overview. Educational Psychologisti, v. 25, n. 1. p.

3-17,1990(fichamento 5).

b) Artigos científicos

De acordo com o cronograma inicial do projeto de pesquisa, estava

previsto para o todo o período de atividades o levantamento bibliográfico em

periódicos da área de Educação, fato concretizado no período planejado.

Realizamos esse levantamento considerando primeiramente que só iríamos

selecionar os artigos relacionados com o ensino fundamental I (séries iniciais) e

cujo referencial teórico se mostrasse condizente com o da pesquisa em

questão.

Em um primeiro momento buscamos artigos publicados em periódicos

na base eletrônica SCIELO “Scientific Electronic Library Online”, com as

palavras-chave “procedimento”, “estratégia”, “estudo”, “ensino fundamental”,

“avaliação”, “autorregulação” e “tarefa”. No entanto, devido ao fato de

encontrarmos pesquisas relacionadas com outras áreas do conhecimento,

houve a necessidade da realização de outro levantamento, agora com as

Page 9: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

8

palavras-chaves utilizadas simultaneamente. Ao agrupar “Estratégias – Ensino

– Avaliação” encontrei oito artigos dos quais apenas um estava relacionado

com a pesquisa, e as palavras “Estratégias – Ensino Fundamental – Avaliação”

disponibilizaram três artigos, estando entre eles apenas um com potencial para

a pesquisa.

O SCIELO também foi utilizado para encontrar os artigos pesquisados

no banco pertencente ao Portal de Periódicos da Capes, pois o banco de teses

da CAPES, “Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior”,

se encontrava em manutenção durante o período de procura inicial.

Realizei uma leitura flutuante dos resumos e quando o assunto se

relacionava com a temática, uma nova leitura foi concretizada para verificação

da adequação da pesquisa. A seleção dos trabalhos é detalhada no quadro 2.

Page 10: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

9

Quadro 2 - Artigos científicos selecionados2

Nº Ano Título Autor Periódico

1 2011 Aprendizagem autorregulada da

leitura: resultados positivos de uma

intervenção psicopedagógica.

GOMES, Maria

Aparecida

Mezzalira;

BORUCHOCITCH,

Evely.

Psic:.

Teor. e

Pesq.

2 2012 Categorias metacognitivas como

subsídio à prática pedagógica.

PORTILHO,

Evelise Maria

Labatut; DREHER,

Simone A. Souza.

Educ.

Pesqui.

3 2010 A estratégia de pedir ajuda em

estudantes do ensino fundamental.

SERAFIM, Tania

Maria;

BORUCHOVITCH,

Evely.

Psicol.

cienc. prof.

4 2004 Processos de Auto-Regulação da

Aprendizagem e Realização Escolar

no Ensino Básico.

ROSÁRIO, Pedro;

SOARES, Serafim;

Núñez, José Caros;

GONZÁLEZ-

PIENDA, Júlio;

RÚBIO, Marta.

Revista de

Psicologia,

Educação e

Cultura.

5 2012 Desenvolvimento de habilidades

metacognitivas: capacitação de

professores de ensino fundamental.

BUSNELLO,

Fernanda de

Bastani; JOU,

Graciela Inchausti

de and SPERB,

Tânia Maria.

Psicol.

Reflex.

6 2009 Estratégias de Aprendizagem e

Desempenho Acadêmico:

Evidências de Validade.

OLIVEIRA, Katya

Luciane de;

BORUCHOVICH,

Evely. SANTOS,

Acácia Aparecida

Angeli dos.

Psic.: Teor.

e Pesq.

7 2004 A Auto-regulação da

Aprendizagem: Estudos Teóricos e

Empíricos.

SILVA, Adelina

Lopes da; SIMÃO,

Ana Margarida

Veiga; SÁ, Isabel.

Intermeio:

revista do

Mestrado

em

Educação.

8 2005 Trabalho de Casa, Tarefas

Escolares, Auto-regulação e

Envolvimento Parental.

ROSÁRIO, Pedro;

MOURÃO, Rosa;

SOARES, Serafim;

CHALETA, Elisa;

GRÁCIO, Luísa;

SIMÕES Fátima;

NUÑEZ, José

Carlos; PIENDA,

Júlio A. Gonzalez.

Psicologia

em Estudo.

Fonte: dados organizados pela autora

2 Os resumos dos artigos e fichamentos selecionados encontram-se no anexo 5.

Page 11: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

10

Quadro 3 - Artigos científicos consultados3

Nº Ano Título Autor Periódico

1 2012 Dramatização de histórias infantis

e a compreensão de leitura por

crianças institucionalizadas.

MASSIGNANI,

Lucila Rosa Matte;

OLIVEIRA,

Alessandra

Rodrigues; KUBO,

Olga

Mitisue and BOTO

ME, Silvio Paulo.

Psic.: Teor.

e Pesq.

2 2004 A Leitura, a Produção de Sentidos

e o Processo Inferencial.

FERREIRA, Sandra

Patrícia Ataíde;

DIAS, Maria da

Graça Bompastor

Borges.

Psic. Em

Ensino.

3 2010 Mapas Conceituais e Avaliação

Formativa: Tecendo

Aproximações.

SOUZA, Nádia

Aparecida de;

BORUCHOVITCH,

Evely.

Revista

Educação e

Pesquisa.

4 2007 A Avaliação das Aprendizagens no

Sistema Educativo Português.

FERNANDES,

Domingos.

Revista

Educação e

pesquisa.

5 2005 Avaliação Formativa: A auto-a

valiação do Aluno e a

Autoformação de Professores.

CARVALHO,

Lizete Maria de;

MARTINEZ,

Carmem Lídia Pires.

Revista

Ciência e

Educação.

6 2009 Das Séries aos Ciclos de Estudos: o

Desafio da (Des)continuidade.

GORNI, Doralice

Aparecida

Paranzini,

SANTOS, Alini

Falcão dos.

Revista

Ensaio:

Aval. Pol.

7 2012 Construção de uma tarefa de leitura

em voz alta de palavras: análise

psicométrica dos itens.

LUCIO, Patrícia

Silva; MOURA,

Ricardo José de;

NASCIMENTO,

Elizabeth

do and PINHEIRO

, Ângela Maria

Vieira.

Psicol.

Reflex. Crit.

8 2011 Apoio Comportamental Positivo:

Estratégias Educacionais Aplicadas

a Comportamentos-Problema de

Alunos.

RIOS, Karyne de

Souza Augusto;

DENARI, Fátima

Elisabeth.

Psic.: Teor.

e Pesq.

9 2004 Estratégias Metacognitivas na

Busca pelaCompreensão de

Palavras Desconhecidas em Língua

Francesa.

MARTINS, Selma

Alas.

Alfa

Fonte: dados organizados pela autora

3 Os resumos dos artigos consultados encontram-se no anexo 6.

Page 12: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

11

c) Teses e dissertações

Identificados os artigos que se adequavam ao objetivo proposto da

presente pesquisa, passamos a procurar teses na Biblioteca Digital de Teses e

Dissertações e diretamente em sites das bibliotecas das universidades públicas

do estado de São Paulo: UNICAMP, USP E UNESP. De início iriamos procurar

novamente as palavras–chave de forma separada, mas muitos dos trabalhos

selecionados estavam diretamente relacionados com a área da saúde,

provenientes, principalmente, do banco de teses e dissertações da USP.

Achamos prudente analisar também esses resumos, pois poderíamos

encontrar trabalhos relacionados com a educação, fato que não se concretizou,

então, agrupamos novamente as palavras-chave. Com a utilização simultânea

das palavras “Procedimento de Estudo – Estratégia de Estudo – Ensino

Fundamental” 108 resultados foram encontrados dos quais apenas um foi

selecionado.

Todo o processo de levantamento e primeiras classificações foram

acompanhados e direcionados pela orientadora através de nossos encontros

semanais.

Page 13: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

12

Quadro 4–Teses e dissertações selecionadas4

Nº Ano Título Autor Periódico

1 2011 Um Estudo Sobre Compreensão

Leitora e Estratégias

Metacognitivas de Leitura no

Ensino Fundamental.

BOEFF, Rafaela

Janice.

Repositório

PUC

2 2012 A Construção de Conhecimentos

em um Projeto de Horta Numa

Classe de 2º Ano do Ensino

Fundamental.

BELIZARIO, Alyne

Franco Brandão.

Biblioteca

digital

UNICAMP

3 2012 Avaliação como oportunidade de

aprendizagem em matemática.

JUNIOR, Osmar

Pedrochi.

Biblioteca

digital UEL

4 2012 Motivação e intervenção em

estratégias de aprendizagem para

compreensão leitora.

MACIEL. Aline

Guilherme.

Biblioteca

digital UEL

5 2011 Por que aprender isso, professora?

Sentido pessoal e atividade de

estudo na psicologia histórico-

cultural.

ASBAHR, Flávia da

Silva Ferreira.

Teses USP

6 2012 Um estudo sobre hábitos e

estratégias de aprendizagem na

realização de lição de casa de

alunos do ensino fundamental.

SACCO, Susy

Generoso.

Biblioteca

digital

UNICAMP

7 2012 Instrumentos Formativos e

Regulação no Processo de

Ensino/Aprendizagem da Escrita.

LAMEIRA, Renata

dos Santos.

Repositório

Institucional

da UFPA

8 2012 Percepções e Procedimentos

Estratégicos de Leitura Utilizados

por Alunos do Ensino

Fundamental: um Estudo na

Perspectiva da Autorregulação da

Aprendizagem em Escolas de

Natividade-RJ.

PINHO, Maria Das

Graças Estanislau De

Mendonça Mello De.

Biblioteca

do UENF

Fonte: dados organizados pela autora

Quadro 5- Teses e dissertações consultadas5

Nº Ano Título Autor Periódico

1 2009 Avaliação Formativa: O mapa

conceitual na Autorregulação da

Aprendizagem.

CORRÉIA, Ronise

Ribeiro.

Biblioteca

digital UEL

2 2013 Contributos da Coavaliação Entre

Pares no Desenvolvimento dos

Processos Matemáticos.

MACHADO, Helga

Filipa Cabeço.

Repositório

Comum

Fonte: dados organizados pela autora

4 Os resumos e fichamentos das teses e dissertações selecionadas encontram-se no anexo7. 5 Os resumos das teses e dissertações consultadas encontram-se no anexo8.

Page 14: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

13

1.2.2 Levantamento de dados nas escolas que utilizam o Projeto “As

travessuras do Amarelo”.

Para o levantamento e a organização dos dados das escolas que

utilizam o Projeto “As Travessuras do Amarelo” realizamos a seguintes etapas:

a)Buscas realizadas pela internet – primeiros levantamentos; b) Identificação

das escolas a serem investigadas.

Para alcançar os objetivos propostos no Plano de Trabalho, a

investigação contou inicialmente com o contato com orientadores pedagógicos

da Secretaria de Educação (SME) para a identificação das escolas municipais

que podiam participar da pesquisa, ou seja, que atendiam alunos do 5º ano e

que participaram do Projeto “As travessuras do Amarelo” no ano anterior (4º

anos).

Depois de se obter a relação das escolas de interesse para o estudo, a

investigação teve sequência com a efetivação do contato telefônico com as

escolas, possibilitando informações sobre os horários de desenvolvimento do

projeto e número de alunos.

Esse primeiro contato resultou na construção de uma tabela com os

dados principais das escolas, a saber:

Page 15: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

14

Quadro 6 – Dados gerais das salas participantes do projeto

Nome da escola6 Período/quantidade salas Quantidade de alunos

1. CIME Prof.ª Luana M (02) 25

26

2. EMEF Prof.ª Mariana M (01) 26

19

17

T (02)

3. CIME Prof. Eduardo M (01) 20

4. EMEF Prof. João

M (01) 28

27

T (01)

5. EMEF Prof.ª Rafaela

M (03)

20

20

18

23

23

T (02)

6. EMEF Prof. Matheus

M (02)

22

23

18

18

T (02)

7. CIME Prof.ª Ana M (02) 11

13

8. CIME Prof. Antônio

M (02) 22

21

9. EMEF Prof.ª Bianca

T (01) 11 alunos (4º ano) + 06

alunos (5º ano) → classe

multisseriada

TOTAL DE PARTICIPANTES 457

Fonte: dados fornecidos pela Secretaria de Educação

Fomos informados pela orientadora pedagógica Talita7 da SME que o

projeto “As travessuras do Amarelo” teve início em fevereiro de 2013 com um

curso para os professores, coordenadores e orientadores pedagógicos e com

os alunos no mês de março. O referido projeto teve o término para os alunos

em novembro e para os professores em dezembro do mesmo ano. Durante o

desenvolvimento do projeto, segundo Talita, foram aplicados três questionários

6 O nome das escolas é fictício 7 Todos os nomes mencionados são fictícios

Page 16: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

15

que possuíam um rol de questões previamente elaboradas que tinham como

objetivo analisar como as estratégias de aprendizagem utilizadas pelos

participantes e um dos itens desse questionário era o registro do número de

horas que os alunos estudavam após o horário que frequentavam a escola.

Realizamos o levantamento do número de horas a partir dos questionários

cedidos pela Secretaria de Educação.

Os dados coletados foram inseridos no pacote estatístico SPSS

(Statistical Package for the Social Sciences) para a realização de análises

descritivas e da frequência da amostra. Por meio dessas análises, foi possível

selecionar 5 alunos com as maiores médias do número de horas de estudo

apontadas durante três momentos de coleta dos questionários, 5 com médias

de horas consideradas intermediárias e 5 alunos com as menores média.

Após a identificação dos alunos selecionados fizemos contatos iniciais

com os coordenadores de cada escola para o agendamento das entrevistas

com os alunos e para verificar se havia autorização dos pais para a realização

da pesquisa. Foi constatado que um aluno dessa lista fora transferido para

outra escola. No total foram realizadas nove entrevistas. No mesmo dia das

entrevistas solicitamos que as professoras desses alunos indicassem alunos

que elas consideraram que se mostravam interessados pelas atividades

propostas e se destacaram durante a realização do projeto. No total recebemos

quinze indicações, sendo localizados todos os alunos.

Portanto da pesquisa, 24 alunos dos quartos anos de 6 escolas

municipais de uma cidade do interior do estado de São Paulo, com idade entre

9 e 11 anos, M=9,79; DP=0,588 e de ambos os sexos, sendo a maioria do sexo

masculino, 62,5%. A média do tempo de estudo por dia apontada por estes

alunos variou de 55,71 minutos na primeira aplicação, 48,65 minutos na

segunda e 45,31 minutos na terceira.

As entrevistas foram realizadas em local destinado pela escola, sendo

geralmente escolhida uma sala para reuniões ou a biblioteca. Os alunos foram

entrevistados individualmente com a duração média de quinze minutos.

Iniciávamos as entrevistas perguntando se eles gostariam de responder

algumas questões sobre o projeto As travessuras do Amarelo e só dávamos

continuidade se a criança aceitava participar. As questões realizadas foram:

Page 17: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

16

1. Hoje, quanto tempo você estuda por dia?

2. Você se lembra do livro do amarelo?

3. O que você aprendeu no projeto “As travessuras do Amarelo”?

4. Como você estudava na quarta-série?

5. Como você estuda hoje?

6. Você modificou algo na sua forma de estudar depois que leu o livro “As

travessuras do Amarelo”?

7. Você acha que suas notas melhoraram depois que participou do projeto

do Amarelo?

Após as entrevistas foram realizadas as transcrições (ANEXO 9) Os

resultados podem ser verificados no artigo no item 1.3.

1.2.3 Outras atividades realizadas e não previstas

Participei das seguintes atividades:

Palestra “Formação Acadêmica: da Iniciação Científica ao Pós-

Doutorado”, ministrada pelo Prof. Dr. Edison Duarte (Universidade

Estadual de Campinas), no dia 24 de Setembro de 2013 em

Campinas-SP (ANEXO 10);

Sessão de Comunicação Oral “Sessões de Comunicação Oral

PIBIC/CNOq – período de agosto de 2012 a julho de 2013 – e

FAPESP”, no dia 24 de Setembro de 2013, na PUC-Campinas

(ANEXO 11);

Minicurso “O conceito de verdade e moralização do ensino”

ministrado pelo Prof. Dr. Samuel Mendonça, da Pontifícia

Universidade Católica de Campinas, promovida pela Pró-Reitoria

de Pesquisa e Pós-Graduação no XVIII Encontro de Iniciação

Cientifica e III Encontro de Iniciação em Desenvolvimento

tecnológico e Inovação da PUC-Campinas, no dia 25 de

Setembro de 2013, em Campinas-SP (ANEXO 12);

Page 18: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

17

Sessão de Comunicação Oral “Sessões de Comunicação Oral

FAPIC/Reitoria – período de agosto de 2012 a julho de 2013”, no

dia 25 de Setembro de 2013, na PUC-Campinas (ANEXO 13);

Ouvinte do Seminário “O uso de narrativas na pesquisa em

educação”, ministrada pela Profa.Dra. Adair Mendes

Nacarato(Universidade São Francisco) oferecida pelo Grupo de

Pesquisa: Formação e Trabalho Docente, do Programa de Pós-

Graduação Stricto Sensuem Educação da Pontifícia Universidade

Católica de Campinas,em 25 de novembro de 2013, em

Campinas-SP. (ANEXO 14);

Ouvinte do Seminário “Formação de Professores para o Ensino

da Língua Materna”, ministrada pela Profa. Dra. Maria do Rosário

Longo Mortatti, oferecida pelo Grupo de Pesquisa: Formação de

Trabalho Docente, do Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensuem Educação da Pontifícia Universidade Católica de

Campinas,em 13 de fevereiro de 2014, em Campinas-SP.

(ANEXO 15);

Ouvinte do Seminário Internacional “Autorregulação e motivação:

fundamentos para a aprendizagem”, ministrada pelo Prof. Dr.

Pedro Salles Luis da Fonseca Rosário, da Universidade do Minho

em Portugal e pela Prof.ª Dr.ª Jussara Cristina Barboza Tortella

(PUC/Campinas), oferecido pela V Semana Integrada dos Cursos

de Pedagogia, Psicologia e Serviço Social do UNISAL – Centro

Universitário Salesiano de São Paulo, Unidade Americana, em 14

e 15 de maio de 2014 em Americana-SP;

Ouvinte das bancas de qualificação de Andréa Oliveira Silva com

a pesquisa “Autorregulação da aprendizagem no ensino

fundamental: saberes, relatos e concepções de professores

participantes do projeto as travessuras do amarelo”, Carolina

Page 19: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

18

Aparecida Araújo com a pesquisa “Avaliação do projeto de

práticas de leitura: o desenvolvimento de atitudes que contribuem

para a prática do estudo no ensino fundamental”, Maria Fernanda

Kosour de Oliveira coma pesquisa "Avaliação formativa: um

estudo com os diários de aula de alunos do 5º ano do ensino

fundamental" e Sylvia Bernadete Alves Salgado Oliveira com a

pesquisa "Avaliação do processo de autorregulação e

desempenho acadêmico de alunos do 5º ano do ensino

fundamental". Ambas são alunas de mestrado da Profa. Dra.

Jussara Cristina Barboza Tortella da Pontifícia Universidade

Católica de Campinas, em 25, 26, 27 e 30 de junho de 2014, em

Campinas-SP.

Ouvinte da palestra “A matemática nos anos iniciais: o que nos

diz a investigação?”, ministrada pela Profa. Dra. Isolina Oliveira,

professora da Universidade Aberta (Uab) de Lisboa, Portugal,

oferecida noII Encontro de Educação Matemática nos Anos

Iniciais, que ocorreu na Universidade Federal de São Carlos

(UFSCAR), em 8 de agosto de 2014, em São Carlos – SP.

(ANEXO 16)

Ouvinte da mesa redonda “Alfabetização matemática na idade

certa”, composta por Prof. Dr. Emerson Rolkouski (UFPR), Profa.

Dra. Regina Célia Grando (Unicsul) e Profa. Dra. Gilda Lisboa

Guimarães (UFPE), oferecida no II Encontro de Educação

Matemática nos Anos Iniciais, que ocorreu na Universidade

Federal de São Carlos (UFSCAR), em 8 de agosto de 2014, em

São Carlos – SP.

Durante todo o tempo de pesquisa participei dos encontros dos alunos

de mestrado coordenados pela Profa. Dra. Jussara Cristina Barboza Tortella

(também orientadora) onde se estudou o projeto “Promoção da Auto-regulação

em crianças sub 10: matérias do projeto sarilhos do amarelo”.

Page 20: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

19

Foram momentos de aprendizado significativo, nos quais a partir do livro

paradidático “As travessuras do Amarelo”, pudemos discutir suas contribuições

metodológicas para professores e alunos e de que forma elas podem ser

trabalhadas em sala de aula.

1.3 A produção do artigo8

Título: A literatura infantil e a aprendizagem de procedimentos de

estudo: um estudo sobre o projeto “As Travessuras do Amarelo”.

1.3.1 Introdução

O (in) sucesso escolar é tema recorrente nas políticas educacionais e de

interesse de pesquisas na área da Educação, de forma específica na área da

Psicologia Educacional. Espera-se que a escola contribua para o sucesso

pessoal dos seus alunos e que seja um espaço de convivência de diferentes

culturas e respeito às singularidades. Assim, o papel da escola deve ser o de

“incluir, de promover crescimento, de desenvolver possibilidades para que os

sujeitos realizem aprendizagens vida afora, de socializar experiências, de

perpetuar e construir cultura”. (FERNANDES e FREITAS, 2007, p. 21).

Defendemos aqui a ideia de que o sucesso escolar envolve

aprendizagens conceituais, procedimentais e atitudinais. Com a reorganização

curricular a partir da obrigatoriedade do ensino fundamental de nove anos (Lei

11.274/2006) e com os resultados das avaliações da aprendizagem e das

externas para o ensino fundamental, as solicitações em torno das estratégias

de aprendizagem cresceram no sentido de compreender tal fenômeno e

encontrar melhores intervenções que possibilitem o avanço das aprendizagens

escolares.

Uma questão frequente na fala dos educadores é que os alunos

geralmente não têm o hábito de estudar. Sabemos, a partir da prática docente,

que nem todas as crianças se envolvem em atividades de estudo ou

8 A escolha da revista para a publicação do artigo ainda está sendo analisada e o presente artigo ainda sofrerá algumas modificações para adequação das normas exigidas.

Page 21: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

20

relacionadas com as tarefas escolares e que algumas apresentam dificuldades

no momento de executá-las.

Contudo, existe, obviamente, uma multiplicidade de motivos para um

aluno não querer realizar uma tarefa, participar de um jogo, ler um texto ou

realizar uma ficha com exercícios específicos de determinado conteúdo.

Podemos, por exemplo, identificar crianças que não entendem o significado

das mensagens das histórias narradas na sala de aula, ou as instruções dadas

para a realização de um jogo ou de uma ficha de atividades; crianças que não

acreditam na sua capacidade para ultrapassar os obstáculos desistindo mesmo

antes de iniciar a tarefa; crianças que não assumem as responsabilidades de

estudante; crianças cujos limitados conhecimentos prévios não lhes permitam

acompanhar a tarefa, ou ainda outras que não encontram nas aprendizagens

propostas argumentos que as motivem suficientemente. (ROSÁRIO; PEREZ;

GONZÁLEZ-PIENDA, 2007).

Ou então, enquanto causas para os maus resultados de aprendizagem

das crianças, somados a todas essas possibilidades apresentadas

anteriormente, temos uma metodologia inadequada do professor que muitas

vezes não sabe como pode oferecer propostas que busquem a superação das

dificuldades da criança.

Segundo Almeida et al (2005) as multiplicidades de variáveis que, de

forma direta ou indireta, influenciam as aprendizagens, podem ser classificadas

em fatores sociais; dinâmicas internas da escola; e variáveis pessoais dos

alunos, professores e das interações. Os estudos sociológicos destacam os

fatores que podem afastar ou aproximar os alunos das práticas escolares, os

padrões culturais e de linguagem. Os estudos psicológicos, por sua vez

destacam “as variáveis pessoais do aluno e do professor, a qualidade das

interacções educativas na sala de aula e o relacionamento interpessoal nas

escolas, entre outros factores”(p. 3629).As variáveis pessoais dos alunos

referem-se às suas capacidades, motivação e hábitos de trabalho.

Embora a capacidade cognitiva seja um aspecto importante a ser

considerado, estudos recentes apontam que não se pode estabelecer uma

relação direta desta com o rendimento escolar. Há que se considerarem as

outras variáveis apresentadas para a compreensão do fenômeno da

aprendizagem. Os estudos sobre a importância dasestratégias de

Page 22: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

21

aprendizagem no sucesso escolar dos alunos podem auxiliar a compreensão

de tal fenômeno. “Os alunos com melhores desempenhos não só dispõem de

um reportório mais alargado como dispõem de umconhecimento preciso sobre

a utilidade das mesmas”, caso que não ocorre com os alunos com

desempenho insatisfatório, que não conseguem explicar com clareza as

causas desse desempenho. (ALMEIDA ET AL, 2005, p. 3631).

É fato notório que não é possível ensinar e trabalhar conteúdos

escolares com quem não quer aprender, mas é igualmente necessário

compreender o que se esconde atrás dessas recusas de modo a evitar que

(re)surjam. As pesquisas comprovam que as aprendizagens estão relacionadas

com atitudes, tais como: a intenção de compreender os conteúdos ensinados;

estar envolvido com o que aprende e ao mesmo tempo relacionar o novo

conteúdo aprendido com os já existentes; fazer constantemente uma avaliação

dos próprios argumentos e das conclusões. (SOLÉ, 1999)

Serafim e Boruchovitch (2010, p. 45) indicam que “estudos recentes

confirmam o uso das estratégias de aprendizagem como mediadoras de um

bom desempenho escolar”. Os alunos costumam utilizar estratégias de

aprendizagem em seus estudos como a autoavaliação e o pedir ajuda

(OLIVEIRA; BORUCHOVITCH, SANTOS, 2009; SERAFIM, BORUCHOVITCH

2010).

Os resultados do envolvimento dos alunos nas atividades escolares com

certeza influenciam nos resultados das avaliações formativas realizadas na

escola e também nas avaliações externas. Neste sentido, é relevante o

entendimento de como os alunos constroem seus saberes, como se envolvem

nas atividades escolares para a construção de novas aprendizagens e quais

são seus procedimentos de estudo.

Estudos de Zimmerman (2002) e Almeida (2002) apontam para a

importância de estudos envolvendo as estratégias de aprendizagem e

procedimentos ou hábitos de estudo dentro e fora da sala por estas se

relacionarem com desempenho e sucesso escolar. (GOMES; TORRES, 2005).

Este trabalho de investigação inscrito neste âmbito teve por objetivo

conhecer os procedimentos de estudos utilizados pelos alunos 5º ano do

ensino fundamental de um município da região metropolitana de Campinas,

Page 23: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

22

participantes de um projeto que visa à promoção dos processos de

autorregulação da aprendizagem quando cursavam o 4º ano.

1.3.2 Autorregulação e estratégias de aprendizagem

Partimos do pressuposto de que a compreensão e domínio do conceito

de autorregulação da aprendizagem são fundamentais para os educadores

porque o trabalho educativo envolve no dia-a-dia um processo de

desenvolvimento pessoal onde os dois pilares da autorregulação – escolha e

controle – assumem um papel decisivo. (ROSÁRIO; PEREZ; GONZÁLEZ-

PIENDA, 2007)

A aprendizagem, segundo investigadores da autorregulação, é

compreendida como multidimensional e “ocorre no grau em que o aluno possa

utilizar processos pessoais para estrategicamente regular o comportamento e o

ambiente educativo circundante” (ZIMMERMAN, 1989, apud ROSÁRIO, 2004,

p.43). Nesse sentido, envolve aspectos pessoais, comportamentais e

contextuais que estão interligados.

O que se deseja alcançar em uma aprendizagem é que os

conhecimentos que os alunos adquirem na escola possam ser utilizados em

outras situações de sua vida cotidiana, processo denominado de transferência

de estratégias, que “é um dos objetivos principais do processo de

aprendizagem” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p. 39). Isso

só ocorrerá se esse aluno tiver oportunidade de vivenciar diversas atividades e

se desejar utilizar essa estratégia. Phye (1992 apud ROSÁRIO, NÚÑES,

GONZÁLEZ-PIENDA, 2007) descreve três etapas no desenvolvimento de

transferência de estratégias de aprendizagem: A fase de aquisição (instruções

sobre o porquê e a utilização de estratégias); a fase de retenção (prática

autônoma com feedback); e a fase de transferência (atividades diversificadas

resolvidas com as mesmas estratégias).

Rosário, Núñes, González-Pienda, (2007) pautados nos estudos de

Zimmerman(2002) desenvolvem um modelo denominado PLEA (Planificação,

Execução e Avaliação) que explica as fases processo autorregulatório,

representado na figura 1:

Page 24: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

23

Figura 1 – Modelo PLEA Fonte: ROSÁRIO; PÉREZ ; GONZÁLEZ-PIENDA (2007, p.23).

Para os autores há um movimento cíclico no processo autorregulatório,

por exemplo, quando o aluno está realizando o planejamento dos seus estudos

ao mesmo tempo já está executando determinadas tarefas e avaliando.

Rosário, Núñes, González-Pienda, (2007) descrevem as fases do processo

autorregulatório e as respectivas estratégias de autorregulação considerando

os estudos de Zimmerman e Martines-Pons, 1986, destacadas no quadro 1.

Page 25: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

24

Quadro 1- Modelo PLEA e estratégias de autorregulação da aprendizagem

Fonte: ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J. ; GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.55.

Segundo Boruchovichet al (2006) é possível ensinar as estratégias de

aprendizagem, mas elas só serão eficazes quando possibilitarem a capacidade

do aluno saber quando e como utilizá-las e estiverem associadas às

estratégias de apoio afetivo.

Muitos alunos possuem dificuldades em suas aprendizagens, dedicam

pouco tempo ao estudo e, quando se dedicam não o fazem de maneira eficaz.

Ao contrário, os estudantes que regulam a sua própria aprendizagem

Page 26: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

25

são aqueles que possuem a capacidade de, por um lado, exercer controlo sobre as diferentes dimensões do processo de aprendizagem, incluindo a selecção, combinação e coordenação das estratégias cognitivas num determinado contexto; e, por outro, de canalizar recursos para os diferentes aspectos do processo de ensino aprendizagem, sem muitos custos para o seu bem-estar (BOEKAERTS, 1996 apud ROSÁRIO, 2004, p.32).

É imprescindível se pensar em uma escola que possibilite aos alunos

“aprender a aprender”, porém não de maneira separada do currículo, mas sim

em um formato de infusão curricular, ou seja, em conjunto com o currículo, o

qual deverá ser estrategicamente planejado para isso, buscando desenvolver

competências autorreguladoras nos alunos para que assim, estes desenvolvam

o saber estudar. (ROSÁRIO, 2004)

Os aspectos essenciais do processo autorregulatório são: a auto-

eficácia (compreensão do aluno como sujeito competente); os objetivos

escolares ou educativos; e a autorregulação da aprendizagem. As dimensões

da autorregulação possuem questões essenciais para que se compreendam as

questões psicológicas que as envolvem. A primeira, a motivação relaciona-se

com o “porquê?”, com objetivo de fundamentar a ação; a segunda, as

estratégias de aprendizagem são o “como?” com o objetivo da escolha de

método; a terceira questão envolve o planejamento e o estabelecimento dos

objetivos, é o “quando?” com o objetivo de controlar o tempo; a quarta envolve

o controle do desempenho escolar, é o “quê?” com o objetivo de controlar a

realização; e por fim, a auto regulação do ambiente físico e social

condicionados às expressões “onde?” e o “com quem?” com objetivo de

controlar as situações tanto no meio físico quanto no social. (ROSÁRIO, 2004).

As estratégias não são universais, podendo ser alteradas de aluno para

aluno, porém o processo autorregulatório envolve três fases principais: a fase

prévia onde há o estabelecimento de objetivos e os planejamentos; a fase do

controle volitivo onde há o autocontrole e a automonitoração durante o que está

sendo produzido; e fase de auto-reflexão onde há o autojulgamento e a

autorreação, ou seja, o aluno se auto-avalia e na sequência desenvolve

maneiras de melhorar o que não lhe for de agrado sobre as realizações

efetuadas. (ROSÁRIO, 2004)

A autorregulação pode ser estimulada indiretamente através da própria

experiência do aluno, diretamente através da instrução ou da prática

Page 27: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

26

intencionada, ou seja, a autorregulação é produzida por experiências diretas e

por fontes sociais, nesse sentido, a competência autorregulada possui quatro

níveis de desenvolvimento: em um primeiro momento estão dois níveis

dependentes das fontes sociais, são eles o nível observacional, que se dá a

partir de modelos e da prática guiada com feedback, e o nível emulativo, que é

quando o aluno se aproxima, em sua realização, do modelo observado; em um

segundo momento estão dois níveis dependentes do próprio sujeito, são eles o

nível autocontrolado, quando o aluno realiza tarefas similares utilizando uma

estratégia, e o nível da competência autorregulatória, quando o aluno adapta

diferentes estratégias para a realização de diferentes atividades. (SCHUNK E

ZIMMERMAN, 1997 apud ROSÁRIO, 2004)

Um aluno que utiliza as estratégias de aprendizagem domina três tipos

de conhecimento: o declarativo, que é o conhecimento de diferentes

estratégias; o procedimental, que é o saber como utilizar as mesmas; e o

condicional, que é saber onde utilizá-las. “O ensino de estratégias é

considerado uma das chaves principais na promoção da aprendizagem auto-

regulada” (ZIMMERMAN, 1998 apud ROSÁRIO, 2004, p.68). Nesse sentido,

as implicações da utilização dessas na prática educativa

possibilita o acesso dos alunos aos progressos na aprendizagem e o incremento do conhecimento da eficácia das estratégias utilizadas, permitindo ao educando, se necessário, alterar as suas estratégias utilizadas, permitindo ao educando, se necessário, alterar as suas abordagens ao estudo e realizar ajustamentos, ambientais e sociais, de modo a construir um ambiente propício para uma aprendizagem de qualidade (ROSÁRIO, 2004, p.70).

Portanto, os estudos e intervenções educativas com foco na

autorregulação da aprendizagem podem auxiliar na superação de alguns

problemas encontrados no âmbito educacional. Busca-se que o aluno tenha

oportunidades reais para “aprender a aprender” sentindo-se responsável por

seu agir educativo, estabelecendo objetivos e utilizando de diferentes

estratégias para alcançá-los de forma mais autônoma. O papel do docente

nessa perspectiva é fundamental, pois ele é o responsável por apresentar e

ensinar algumas estratégias, acompanhar a utilização das mesmas pelos

alunos, dando feedbacks contínuos sobre o desempenho e utilização das

estratégias de aprendizagem pelos alunos. Nessa perspectiva, a

Page 28: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

27

autorregulação é compreendida como algo dinâmico e aberto que pressupõe

sempre um movimento cíclico.

Mas como chegar a desenvolver um trabalho pedagógico que possibilite

esta construção? A utilização da literatura infantil pode auxiliar a construção de

tais regulações, tão importantes no processo formativo.

A narrativa é utilizada no contexto familiar e escolar por diversas razões,

tais como: ampliação dos recursos discursivos e melhoria na escrita; a

discussão dos aspectos morais; o prazer; o lúdico. Para Rosário, Pérez e

González-Pienda, (2007) as narrativas podem auxiliar na aprendizagem e

desenvolvimento do imaginário das crianças e como uma ferramenta para

trabalhar estratégias de autorregulação da aprendizagem. Com essa

perspectiva, os autores escreveram um projeto para crianças de até 10 anos

utilizando uma narrativa, denominada Sarrilhos do Amarelo9 que descreve as

aventuras das cores do arco-íris e demais amigos da floresta que procuram o

Amarelo que sumiu pelo bosque. Os autores utilizam esse contexto para

apresentar as estratégias de autorregulação que durante a realização do

projeto podem ser discutidas pelas crianças com o acompanhamento do

professor. Segundo Rosário, Nuñez e González-Pienda (2007, p. 39):

Num estilo não prescritivo, desafiador e bem humorado, as crianças têm oportunidade de aprender um leque alargado de estratégias de aprendizagem e reflectir sobre situações, ideias, e reptos em contexto, através de um conjunto de personagens que experienciam aprendizagens próximas das suas.

Os alunos, por meio da narrativa, entram em contato com o modelo PLEA e

realizam um conjunto de atividades com seus pares com o objetivo de utilizar

as estratégias de aprendizagem em diferentes contextos.

9 No Brasil esse livro é denominado “As travessuras do Amarelo”. Para esse artigo utilizaremos essa denominação,

Page 29: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

28

1.3.3 Campo da pesquisa: conhecendo o projeto “As travessuras do

Amarelo”

O projeto Sarrilhos do Amarelo é um dentre uma gama de ferramentas

educativas que uma equipe “de investigadores em processos de auto-

regulação da aprendizagem tem desenvolvido na Universidade de Minho em

colaboração com colegas da Universidade de Oviedo” (ROSÁRIO, NÚÑES,

GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.4), a partir do modelo teórico sociocognitivo da o

da aprendizagem. É destinado a pais, educadores e psicólogos que se

interessem pelos processos de aprendizagem, especificamente a

autorregulação.

O projeto inclui um livro teórico, destinado aos profissionais disponível

no site www.guia-psi.com. O material descreve o marco teórico que sustenta o

projeto e tem por objetivo que os docentes compreendam a estrutura do

projeto, contemplando também um conjunto de propostas de atividades a

desenvolver a partir da narrativa “As travessuras do Amarelo” destinado aos

alunos.

Segundo Rosário, Núñes, González-Pienda (2007) o referido projeto é

fundamentado pelo modelo PLEA. A planificação refere-se ao “pensar naquilo

que queremos fazer e preparar um plano para sabermos quando e como o

faremos” (p. 23). Na execução o aluno coloca “o plano estabelecido em prática”

(p.24) e na avaliação ele julga” se as tarefas de aprendizagem estão a

acontecer como o previsto... os resultados... alimentam a planificação de novas

tarefas reiniciando assim o ciclo auto-regulatório” (p. 24).

A narrativa “As travessuras do Amarelo” tem por objetivo possibilitar

situações nas quais os alunos possam refletir e aprender os processos de

autoregulação para que possam assumir o controle de sua aprendizagem, por

exemplo, o “estabelecimento de objectivos; organização do tempo; trabalho em

grupo; monitorização das tarefas, tomada de decisões, avaliação dos

processos” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.39). Nesse

sentido, o projeto acredita no potencial das histórias, sendo que, no interior da

referida narrativa, em cada momento com os personagens, de forma implícita,

as crianças vivenciam estratégias de autorregulação envolvendo a metodologia

Page 30: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

29

do PLEA, criando possibilidades para o sucesso escolar por meio do aprender

a aprender.

Como dito, a apreensão da autorregulação ocorre em três fases

independentes de forma simultânea e dinâmica: “a fase prévia, a fase do

controlo volitivo e a fase da auto-reflexão” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-

PIENDA, 2007, p.22) as quais auxiliarão o processo de aprendizagem, assim

como a aquisição de conhecimentos declarativo, procedimental e condicional.

O conhecimento declarativo corresponde a saber o que algo é.

Este conhecimento compreende a consciência das fases pelas quais

passa o conhecimento humano no processamento da informação e

na realização de actividades: a preparação antes da tarefa (pensar

antes de começar), a execução da tarefa (pensar durante a

realização) e a revisão depois da realização (pensar depois da sua

realização). (ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J. ; GONZÁLEZ-PIENDA, J., p.

41, 2007)

O aluno, ao decidir quais estratégias de aprendizagem utilizar frente às

diferentes tarefas escolares estará fazendo uso doconhecimento procedimental

e ao decidir quando utilizar determinada estratégia estará fazendo uso do

conhecimento condicional.

Durante o desenvolvimento do projeto é importante lembrar que as

crianças em momento nenhum estão ou se sentem sozinhas, pelo contrário,

sempre que preciso são incentivadas a procurar apoio com o professor ou com

seus pares. Existem alunos que apresentam maior dificuldade em seus estudos

e muitas vezes após recorrentes experiências de insucesso, começam a

acreditar que são incapazes de aprender. Tal fato deve ser considerado pela

equipe da escola, pois há necessidade de intervenções oportunas que

respondam às dificuldades apresentadas por esses alunos. Um aspecto que

deve ser considerado é o fato de que a criança só irá acreditar em si quando

puder ter experiências de sucesso escolar. (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-

PIENDA, 2007).

O ambiente de aprendizagem deve favorecer diversas experiências a

partir do contato com o outro, que podem ser estimulados indiretamente

através da intuição dos alunos, diretamente através do ensino e

intencionalmente através de uma prática planejada.

Page 31: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

30

1.3.4 As aprendizagens dos alunos do 4º ano

A presente pesquisa buscou conhecer os procedimentos de estudos

utilizados pelos alunos 5º ano do ensino fundamental de uma cidade do interior

do estado de São Paulo, participantes de um projeto que visa à promoção dos

processos de autorregulação da aprendizagem quando cursavam o 4º ano.

A investigação inicialmente entrou em contato com orientadores

pedagógicos da Secretaria de Educação (SME) de um município do interior do

estado de São Paulo para a identificação das escolas municipais que podiam

participar da pesquisa, ou seja, que atendiam alunos do 5º ano e que haviam

participado do Projeto “As travessuras do Amarelo” no ano anterior (4º ano).

Nesse momento fomos autorizados a analisar os questionários para o

levantamento de horas de estudo dos alunos do 4º ano participantes do

referido projeto.

Fomos informados por uma das orientadoras pedagógicas da SME que

o projeto “As travessuras do Amarelo” teve início em fevereiro de 2013 com um

curso para os professores, coordenadores e orientadores pedagógicos e

começou a ser desenvolvido com alunos de nove escolas no mês de março. O

projeto foi encerrado com os alunos em novembro e com os professores em

dezembro do mesmo ano. Durante o desenvolvimento do projeto, segundo a

orientadora, foram aplicados três questionários que possuíam um conjunto de

questões, previamente elaboradas, que tinham como objetivo analisar como as

estratégias de aprendizagem eram utilizadas pelos participantes. Um dos itens

desse questionário era o registro do número de horas que os alunos

estudavam após o horário que frequentavam a escola. Realizamos o

levantamento do número de horas a partir dos questionários cedidos pela

Secretaria de Educação.

Os dados coletados foram inseridos no pacote estatístico SPSS

(Statistical Package for the Social Sciences) para a realização de análises

descritivas e da frequência da amostra. Por meio dessas análises, foi possível

selecionar cinco alunos com as maiores médias do número de horas de estudo

apontadas durante três momentos de coleta dos questionários, cinco com

médias intermediárias e cinco alunos com as menores médias.

Page 32: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

31

Após a identificação dos alunos selecionados fizemos contatos iniciais

com os coordenadores de cada escola para o agendamento das entrevistas

com os alunos e para verificar se havia autorização dos pais para a realização

da pesquisa. Foi constatado que um aluno dessa lista havia sido transferido

para outra escola. No total foram realizadas nove entrevistas. No mesmo dia

das entrevistas solicitamos a indicação dos professores dos alunos que se

destacaram na participação no projeto. No total recebemos quinze indicações,

sendo localizados todos os alunos.

Tabela 1. DescriptiveStatistics

N Minimum Maximum Mean Std. Deviation

Idade 24 9 11 9,79 ,588 Hora de Estudo por dia

21 ,0 360,0 55,714 78,6334

Hora de Estudo por dia

24 ,0 180,0 48,654 46,0887

Hora de Estudo por dia

18 ,0 360,0 45,311 85,9786

Médias das horas

9 0 77 32,89 35,048

Valid N (listwise)

9

Fonte: dados organizados pelos autores.

Portanto participaram da pesquisa, 24 alunos dos quartos anos de 6

escolas municipais de uma cidade do interior do estado de São Paulo, com

idade entre 9 e 11 anos, M=9,79; DP=0,588 e de ambos os sexos, sendo a

maioria do sexo masculino, 62,5%. A média do tempo de estudo por dia

apontada por estes alunos variou de 55,71 minutos na primeira aplicação,

48,65 minutos na segunda e 45,31 minutos na terceira.

As entrevistas foram realizadas em local destinado pela escola, sendo

geralmente escolhida uma sala para reuniões ou a biblioteca. Os alunos foram

entrevistados individualmente com a duração média de quinze minutos.

Iniciávamos as entrevistas perguntando se eles gostariam de responder

algumas questões sobre o projeto As travessuras do Amarelo e só dávamos

continuidade se a criança aceitava participar. As questões realizadas foram:

Page 33: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

32

1. Hoje, quanto tempo você estuda por dia?

2. Você se lembra do livro do amarelo?

3. O que você aprendeu no projeto “As travessuras do Amarelo”?

4. Como você estudava na quarta-série?

5. Como você estuda hoje?

6. Você modificou algo na sua forma de estudar depois que leu o

livro “As travessuras do Amarelo”?

7. Você acha que suas notas melhoraram depois que participou do

projeto do Amarelo?

Todos os alunos quando questionados sobre o que se lembravam do

livro “As travessuras do Amarelo” descreveram trechos da história, sendo que

desses, 13 alunos se reportaram ao PLEA.

Após essa primeira questão, que tinha por objetivo criar um contexto de

ambientação para o restante da entrevista, os alunos foram solicitados a relatar

o que aprenderam durante a participação no projeto na 4ª série. As respostas

foram categorizadas de acordo com seus argumentos e organizadas a partir do

número de horas de estudo (MM – alunos com maiores médias do número de

horas de estudo; MI – médias intermediárias; MnM – médias menores, como

demonstra o quadro 1:

Page 34: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

33

Quadro 2 – Aprendizagens Reveladas pelos Alunos Participantes do Projeto

Categoria Alunos com as maiores médias do número de horas de estudo

Alunos com médias intermediárias do número de horas de estudo

Alunos com as menores médias do número de horas de estudo

Respeito aos amigos (trabalho em grupo)

4 2 1

PLEA 12 6 2

PLEAR 1

Ajuda 4 6 3

Identificar distratores

4 5

Persistência 1 1

Organização 2

Melhora na leitura 2

Não soube responder

1

Fonte: dados organizados pelos autores.

Como mostra o quadro, os alunos com as maiores médias indicaram ter

aprendido com o projeto a respeitar os colegas, como conta um dos

entrevistados “Aprendi a sempre trabalhar em grupo e que sem as pessoas não

conseguimos fazer nada. Eu peço ajuda para os meus amigos, para a

professora quando não estou conseguindo”, mostra que também compreende a

importância de pedir ajuda ou ajudar o outro. Outros entrevistados também

apontaram os distratores, a persistência em suas tarefas e a serem

organizados. Alguns alunos indicaram a melhora na leitura e, principalmente,

apontaram o modelo PLEA, sendo que uma criança se lembrou do PLEAR, que

conta com o acréscimo do reavaliar, criado pelas próprias crianças em conjunto

com a professora da sala. Os alunos com as menores médias apresentaram

praticamente os mesmos argumentos e um fato interessante foi o relato da

persistência nas atividades escolares, ou seja, não desistir diante de um

desafio.

Quando questionados sobre como estudavam na 4ª série e como era o

estudo na 5ª série constatamos que 99% dos alunos com maiores médias e

médias intermediárias de tempo de estudo indicaram que aumentaram o

número de horas de estudo, sendo que apenas um aluno de cada um desses

grupos indicou não haver melhora. Já para os alunos com as menores médias

Page 35: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

34

dois relataram ter aumentado o tempo de estudo, dois indicaram que estudam

menos tempo na 5ª série e um não conseguiu argumentar. Um aluno com

maior média de tempo de estudo comentou: “Eu uso o PLEA. Eu planejo meus

estudos e depois eu faço”. Outro aluno relatou: “Aprendi que é importante

lermos tudo, prestar atenção, e que devo ficar longe da “tv”, do computador e

do vídeo game que me distraem.”

Por último os alunos foram questionados se consideravam que houve

melhoria das notas após a participação no Projeto “As Travessuras do

Amarelo”. Os dados podem ser verificados no quadro 2.

Quadro 3 – Aprendizagens reveladas pelos alunos participantes do projeto

Categoria MM

MI MnM

Aumento das notas

12 6 2

Decréscimo nas notas

1 2

Ausência de argumento

1

Fonte: dados da pesquisa.

Dos alunos entrevistados, 20 argumentaram que perceberam que

melhoraram suas notas após a participação no projeto. No entanto, três

disseram que as notas abaixaram e um deles não soube apresentar nenhum

argumento. Pesquisas demonstram uma relação da utilização das estratégias

de aprendizagem com a melhoria do desempenho escolar. (OLIVEIRA;

BORUCHOVITCH, SANTOS, 2009; SERAFIM, BORUCHOVITCH, 2010).

De forma geral os alunos, tanto os que apontaram que estudavam mais

como aqueles que tinham menor tempo de estudo, demonstraram que

aprenderam algumas estratégias como planejar, alterar a estrutura ambiental

quando apontaram os distratores, procura de ajuda social e a avaliação. Com

relação às notas foi verificado que os alunos que indicaram estudar mais e com

tempo de estudo intermediário apresentaram argumentos da melhoria da nota.

Conforme indicam os dados, todos os participantes mostraram se

lembrar do livro “As travessuras do Amarelo” e do projeto no qual haviam

participado no 4º ano e principalmente relatar estratégias de aprendizagem que

Page 36: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

35

foram trabalhadas por meio da narrativa, respondendo ao objetivo principal da

pesquisa que buscou conhecer os procedimentos de estudos utilizados pelos

alunos do 5º ano do ensino fundamental participantes de um projeto que visa à

promoção dos processos de autorregulação da aprendizagem quando

cursavam o 4º ano.

No fator tempo de estudo, um dos entrevistados classificado como

possuidor de “menor tempo de estudo” confirma que não houve aumento por

conta da necessidade de ajudar sua família “agora eu estudo, mas não é assim

de ficar o tempo todo, porque senão minha mãe quer, nossa, ela fica brava

quando eu estudo muito e eu não quero saber de fazer nada, só estudar. Ela

disse assim outro dia: [...] você pode estudar, mas ajuda eu um pouco”. No

entanto o mesmo aluno demonstra ter consciência do quão importante é o

estudo em sua vida “com o projeto entendi que a gente tem que saber estudar,

porque se a gente não estudar a gente não vai ser ninguém na vida, não vai ter

nenhum trabalho. Eu coloco a minha mãe em exemplo, ela só estudou até a

quarta série e ela esta trabalhando em um serviço que é muito ruim para ela. E

o meu pai, ele fez todos os colegiais, fez todas as faculdades, e hoje ele está

em um emprego que ele está a mais de oito anos”. Há que se ressaltar que

essa é a realidade de muitos alunos da realidade brasileira.

Vale citar que alguns entrevistados demonstraram que continuaram a ler

o livro, mesmo com o término do projeto “É legal, fala quando o amarelo se

perde e faz uma carta com formato de uma galinha. A formiga general ajuda as

cores a achar o amarelo. Estou relendo o segundo capitulo”. A continuidade

mostra o valor positivo do projeto na vida desses participantes.

Cabe destacar que uma das crianças que estava no grupo de “maior

tempo de estudo” identificou o decréscimo de suas notas da seguinte forma:

“Pioraram, antes eu tirava seis e meio, sete e meio, agora eu tiro cinco e meio,

seis e meio. Minha professora do quarto ano sabia ensinar bem, lia os textos,

explicava como era pra fazer, mas essa não, ela só manda fazer”,

demonstrando que o professor faz toda a diferença em sua aprendizagem e

algumas das crianças que se encontram no grupo com as menores médias

indicaram o decréscimo das notas por conta do fim do trabalho com o projeto,

como mostra esse entrevistado ao dizer que “No primeiro bimestre sim - ao se

referir as notas que estavam melhores - por causa do projeto, mas agora, no

Page 37: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

36

segundo bimestre minhas notas caíram um pouco”, e destacamos por fim, um

dos entrevistados que contemplam em sua fala a diferença que o Projeto fez

em sua vida:

“Aprendi que para tudo nessa vida temos que ter tipo um plano, uma

estratégia. Por exemplo, um amigo vai brigar com a gente, a gente tem que

prestar atenção no que vamos falar. Para estudar do jeito que faço temos que

montar uma tabela para sermos organizados porque sem isso não chegaremos

a lugar nenhum. Os amigos também ajudam. Temos que ter um planejamento,

porque, se não tivermos um planejamento das coisas vai ser tudo uma

bagunça”.

Foi possível, por meio dos dados analisados verificar alguns aspectos

importantes da realidade escolar na qual há possibilidade de os alunos serem

agentes do seu próprio aprendizado. No entanto, muitos pontos ainda precisam

ser compreendidos, principalmente quando analisamos as falas das crianças.

Esse conjunto de elementos demonstra a necessidade de novos estudos sobre

a temática.

2. Considerações Finais:

Fazer parte de uma modalidade de pesquisa acadêmica foi algo que nos

primeiros anos da faculdade jamais passou pela minha cabeça. Com tantos

aprendizados e conhecimentos que pude absorver durante esses cinco

períodos na universidade, pude tomar conta do quanto à pesquisa poderia

desenvolver qualidades que seriam imprescindíveis para a realização de meus

futuros sonhos. As experiências obtidas ao decorrer do projeto só mostraram

que eu estava certa. Com muito trabalho, leituras de resumos, artigos e

dissertações, posso ver melhoras significativas em meus estudos e o início de

um entre muitos artigos que pretendo escrever. Foco e determinação foram

fundamentais para a realização da pesquisa; os conceitos teóricos apreendidos

sobre a autorregulação foram também utilizados durante o percurso da

Iniciação Científica.

Com os resultados desta investigação foi possível compreender os

procedimentos de estudo dos alunos e discutir a implementação do Projeto “As

travessuras do Amarelo” identificando seus limites e potencialidades para os

Page 38: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

37

processos de aprendizagem através do conceito que permeia o livro: o PLEA.

Sigla cujo significado é Planejar, Executar e Avaliar, três questões que estão

interligadas.

Tendo em vista todas as discussões e reflexões elaboradas a partir

deste estudo, pudedefinir metas para a minha formação docente, visandoà

continuidade dos estudos como aluna da Iniciação Científica da PUC-

Campinas nos anos seguintes, a conclusão do meu curso de Pedagogia de

forma a aproveitar ao máximo as oportunidades que a universidade oferece e

ser, futuramente, aluna de mestrado da Profa Dra. Jussara Cristina Barboza

Tortella da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e do Prof. Dr. Pedro

Salles Luis da Fonseca Rosário, da Universidade do Minho em Portugal,

grandes mestres que me ensinaram muito durante este período privilegiado de

estudos.

Page 39: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

38

3. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Leandro S. Facilitar a aprendizagem: ajudar aos alunos a aprender e a

pensar. Psicol. Esc. Educ. (Impr.), Campinas , v. 6, n. 2, Dec. 2002 .

ALMEIDA, Leandro et al Actas do VIII Congresso Galaico Português de

PsicoPedagogia. Braga: Universidade do Minho, 14 - 16 Setembro 2005.

ASBAHR, Flávia da Silva Ferreira. Por que aprender isso, professora? Sentido pessoal e atividade de estudo na psicologia histórico-cultural. Tese (Doutorado). Universidade São Paulo. Instituto de Psicologia. São Paulo, 2011.

BARROS, Aidil de Jesus de.; LEHFELD, Neid Aparecida de S. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas. 17ªed. Petrópoles, RJ: Vozes, 1990.

BDTD - Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Disponível em: <http://bdtd.ibict.br/>. Acesso em: nov. 2013.

BELIZARIO, Alyne Franco Brandão. A Construção de Conhecimentos em um Projeto de Horta Numa Classe de 2º Ano do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação. Campinas, 2012.

BOEFF, Rafaela Janice.Um Estudo Sobre Compreensão Leitora e Estratégias Metacognitivas de Leitura no Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre,2013.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997, v. 1.

BUSNELLO, Fernanda de Bastani; JOU, Graciela Inchausti de and SPERB, Tânia Maria. Desenvolvimento de habilidades metacognitivas: capacitação de professores de ensino fundamental. Psicol. Reflex.Crit. [online]. 2012, vol.25, n.2 [cited 2014-02-17], p. 311-319 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722012000200013&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722012000200013.

CAPES - Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Portal de Periódicos. Disponível em: <http://www.periodicos.capes.gov.br/>. Acesso em: out. 2013.

Page 40: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

39

CARVALHO, Lizete Maria de; MARTINEZ, Carmem Lídia Pires.Avaliação Formativa: A auto-avaliação do Aluno e a Autoformação de Professores. Revista Ciência e Educação, v.11, n.1, p.133-144, 2005.

COLL, C. et al. Desenvolvimento Psicológico entre os 6 e os 12 anos. In ______ Desenvolvimento psicológico e educação – Psicologia evolutiva. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004, unidade 4. p.233-287.

CORRÉIA, Ronise Ribeiro. Avaliação Formativa: O mapa conceitual na Autorregulação da Aprendizagem.Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual de Londrina. Centro de Educação, Comunicação e Artes. Londrina, 2009. DELVAL, Juan. Introdução à Prática do Método Clinico – descobrindo o pensamento das crianças. Porto Alegre: Artmed, 2002.

FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação. Universidade do Minho, v. 19, n.2,p.21-50, 2006.

______. Avaliar para Aprender. UNESP, 2009.

FERNANDES, C. de O.; FREITAS, L. C. de. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. FERNANDES, Domingos.A Avaliação das Aprendizagens no Sistema Educativo Português. Revista Educação e pesquisa. São Paulo, v.33, n.3, p.581-600, set/dez, 2007. FERREIRA, Sandra Patrícia Ataíde; DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges.A Leitura, a Produção de Sentidos e o Processo Inferencial.Psic. em Ensino.Maringá, v.9, n.3, stet./dez,2004

GOMES, Maria Aparecida Mezzalira; Boruchovitch, Evely. Autorregulada Aprendizagem da Leitura:. Resultados positivos de UMA Intervenção psicopedagógicaPsic:. Teor. e Pesq. , Brasília, v.27, n. 3, setembro de 2011. Disponível a partir do <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010237722011000300004&lng=en&nrm=iso>. acesso em 15 de setembro de 2013.http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722011000300004.

GORNI, Doralice Aparecida Paranzini, SANTOS, Alini Falcão dos.Das Séries aos Ciclos de Estudos: o Desafio da (Des)continuidade.Revista Ensaio: Aval. Pol. Rio de Janeiro, v.17, n.65, p. 675-694, out/dez, 2009. HADJI, C. Ajudar os alunos a fazer a autorregulação da sua aprendizagem. Editora Melo, 2011.

Page 41: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

40

JUNIOR, Osmar Pedrochi. Avaliação como oportunidade de aprendizagem em matemática. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Exatas. Londrina, 2012. LAMEIRA, Renata dos Santos.Instrumentos Formativos e Regulação no Processo de Ensino/Aprendizagem da Escrita. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Pará. Instituto de Letras e Comunicação. Belém, 2012.

LUCIO, Patrícia Silva; MOURA, Ricardo José de; NASCIMENTO, Elizabeth do and PINHEIRO, Ângela Maria Vieira. Construção de uma tarefa de leitura em voz alta de palavras: análise psicométrica dos itens. Psicol. Reflex.Crit. [online]. vol.25, n.4 [cited 2014-02-17], p. 662-670,2012. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722012000400005&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-7972. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722012000400005.

LÜDKE, Menga, ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MACHADO, Helga Filipa Cabeço.Contributos da Coavaliação Entre Pares no Desenvolvimento dos Processos Matemáticos. Instituto Politécnico de Setúbal. Escola Superior de Educação. Portugal, 2013. MACIEL. Aline Guilherme. Motivação e intervenção em estratégias de aprendizagem para compreensão leitora. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual de Londrina. Centro de Educação. Londrina, 2012.

MARTINS, Selma Alas. Estratégias Metacognitivas na Busca pela Compreensão de Palavras Desconhecidas em Língua Francesa. São Paulo, Editora Alfa,2004, p. 61-71. Disponível em: < http://www.seer.fclar.unesp.br alfa article do nload 42 3848 >. Acesso em: out. 2013.

MASSIGNANI, Lucila Rosa Matte; OLIVEIRA, Alessandra Rodrigues; KUBO, Olga Mitisue and BOTOME, Silvio Paulo. Dramatização de histórias infantis e a compreensão de leitura por crianças institucionalizadas. Psic.: Teor. e Pesq. [online]., vol.28, n.2 [cited 2014-02-17], p. 161-170,2012. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000200004&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0102-3772. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722012000200004. NERI DE SOUZA, Costa e MOREIRA, António Pedro. Questionamento no Processo de Análise de Dados Qualitativos com apoio do software WebQDA. EDUSER: Revista da educação, Inovação na Educação com TIC, Vol 3(1), 2011. p.19-30. Disponível em : https://www.webqda.com/flash_content/flash_content.html. ISSN 1645-4774. http:// www.eduser.ipb.pt.

Page 42: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

41

OLIVEIRA, Katya Luciane de; BORUCHOVICH, Evely. SANTOS, Acácia Aparecida Angeli dos. Estratégias de Aprendizagem e Desempenho Acadêmico: Evidências de Validade.. Psic.: Teor. e Pesq. [online]. vol.25, n.4 p. 531-536,2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ptp/v25n4/a08v25n4.pdf>. Acesso em: out. 2013.

PINHO, Maria Das Graças Estanislau De Mendonça Mello De.Percepções e Procedimentos Estratégicos de Leitura Utilizados por Alunos do Ensino Fundamental: um Estudo na Perspectiva da Autorregulação da Aprendizagem em Escolas de Natividade-RJ. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Centro de Ciências do Homem. Campos dos Goytacazes, 2012. PORTILHO, Evelise Maria Labatut; DREHER, Simone A. Souza. Categorias metacognitivas como subsídio à prática pedagógica. Educ. Pesqui., São Paulo , v. 38, n. 1, mar. 2012 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151797022012000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 17 set. 2013. Epub 21-Out-2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022011005000009.

RIOS, Karyne de Souza Augusto; DENARI, Fátima Elisabeth. Apoio Comportamental Positivo: Estratégias Educacionais Aplicadas a Comportamentos-Problema de Alunos. Psic.: Teor. e Pesq. [online]., vol.27, n.2 p. 157-168,2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n2/a08v27n2.pdf>. Acesso em: out. 2013.

ROSÁRIO, P. (2004). Estudar o Estudar: As (Des)venturas do Testas. Porto: Porto Editora.

ROSÁRIO, P. Grupo Universitário de Investigação em Autorregulação – Guia. Disponível em: <http://www.guia-psi.com/>. Acesso em: out. 2013.

ROSÁRIO, Pedro; MOURÃO, Rosa; SOARES, Serafim; CHALETA, Elisa; GRÁCIO, Luísa; SIMÕES Fátima; NUÑEZ, José Carlos; PIENDA, Júlio A. Gonzalez.Trabalho de Casa, Tarefas Escolares, Auto-regulação e Envolvimento Parental. Psicologia em Estudo.Maringá, v.10, n.3, p.343-351, set/de,2005. ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J. ; GONZÁLEZ-PIENDA, J. Auto-regulação em crianças sub-10. Projecto Sarilhos do Amarelo. Porto: Porto Editora, 2007. ROSÁRIO, P.; POLYDORO, S.; FUENTES, S.; GAETA, M.L. (2012). Programas de promoção da autorregulação ao longo da escolaridade: estórias-ferramenta como motor da aprendizagem. In ______ Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: epistemologia e práticas. Editora Edipucrs, 2012, cap. 7, p.179-207. ROSÁRIO, P.; SOARES, S.; Núñez, J. C.; GONZÁLEZ-PIENDA, J.; RÚBIO, M.. Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem e Realização Escolar no Ensino Básico. Revista de Psicologia, Educação e Cultura. Portugal, v.VIII, n. 1, p. 141 – 157, maio de 2004. Disponível a partir do < http://hdl.handle.net/1822/11911>. acesso em 28 de setembro de 2013.

Page 43: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

42

SACCO, Susy Generoso. Um estudo sobre hábitos e estratégias de aprendizagem na realização de lição de casa de alunos do ensino fundamental. Dissertação (Mestrado). Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2012. SCIELO - Scientific Electronic Library Online. Disponível em: <www.scielo.org . Acesso em:set de 2013. SERAFIM, Tania Maria; BORUCHOVITCH, Evely. A estratégia de pedir ajuda em estudantes do ensino fundamental. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 30, n. 2, 2010 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498932010000200014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 23 set. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932010000200014. SILVA, A. L.; SÁ, I. Saber estudar e estudar para saber. Porto: Porto Editora, 1993.

SILVA, Adelina Lopes da; SIMÃO, Ana Margarida Veiga; SÁ, Isabel.A Auto-regulação da Aprendizagem: Estudos Teóricos e Empíricos.Revista do Mestrado em Educação. Campo Grande, MS, v.10, n.19, p.58-74, 2004. SOLÉ, I. Disponibilidade para a aprendizagem e sentido da aprendizagem. In COLL, C.et al. O Construtivismo em sala de aula. Editora Ática, 1999, cap.p.29-54. SOUZA, Nádia Aparecida de; BORUCHOVITCH, Evely.Mapas Conceituais e Avaliação Formativa: Tecendo Aproximações. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v.36, n.3, p.795-810, ste/dez.2010.

UNICAMP – Biblioteca Digital da Unicamp. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/>. Acesso em: set. de 2013

UNESP- Biblioteca Digital. Disponível em: http://unesp.br/bibliotecadigital/. Acesso em: set. 2013.

USP – Biblioteca Digital Usp. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/>. Acessoem: set. De 2013.

ZIMMERMAN, B. J. Self-Regulated Learning and Academic Achievement: An Overview. EducationalPsychologisti, v. 25, n. 1. p. 3-17,1990

Page 44: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

43

Page 45: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

44

ANEXO 1

Page 46: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

45

ANEXO 2

Page 47: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

46

ANEXO 3

Page 48: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

47

ANEXO 4 – Fichamento de Livros

Fichamento 1:

Desenvolvimento Psicológico entre os 6 e os 12 anos.

COLL, C. et al. Desenvolvimento psicológico e educação – Psicologia

evolutiva.

Nessa etapa as crianças dependem menos da percepção e dos

estímulos,passando a racionar de forma mais estratégica e lógica, pois

possuem “mais recursos para planejar e utilizar, de forma eficiente, suas

aptidões quando se deparam com um problema” (COLL, C. et al, 2004, p.

233.). Para as pesquisas voltadas para o processamento de informação essas

conquistas se relacionam com:

A maior velocidade e capacidade de processamento de

informação. Isso se explica pela mudança estrutural (aumento da

“quantidade de energia de atenção que a criança dispõe para processar

a informação durante um lapso de tempo rápido” (COLL, C. et al, 2004,

p. 235.).; e pela mudança funcional (as crianças aprendem a utilizar

melhor os recursos que já possuem através da prática e da experiência

e dos usos de estratégias de processamento de informação e a

utilização de ajudas externas);

Uma atenção mais seletiva, pois conseguem filtrar as

distrações e controlar a própria atenção. Esse controle pode significar

melhor planejamento das ações, as quais são agora mais flexíveis e

eficientes;

Uma memória mais estratégica ao criar maneiras para reter

e recuperar informações. São exemplos: Estratégias de Armazenamento

(revisão, organização e elaboração); Estratégias de Recuperação(de

forma intencional ou incidental);

Flavel determina como etapas de desenvolvimento dessas estratégias:

inicialmente temos uma estratégia não disponível, inútil, depois a deficiência de

produção, quando não se usa espontaneamente a estratégia mas há uma base

para utilizá-la, e por fim há o uso maduro da estratégia.

Page 49: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

48

Mais e melhores conhecimentos. Para isso é importante à

organização dos conhecimentos em domínios específicos para que haja

a intenção e adaptação das crianças em sua cultura;

Maior consciência reflexiva e melhor controle, as crianças

conhecem melhor seus processos metacognitivos e por isso sabem

como devem fazer.

Para Piaget o ensino fundamental é a idade da razão, quando a criança

se afasta do pensamento intuitivo e subjetivo. Para que ocorra a passagem do

pensamento pré-operatório para o operatório devem ocorrer as seguintes

mudanças: passam a centrar-se em várias perspectivas, a ir além do

observável, a considerar diferentes pontos de vista e o pensamento passa a

acompanhar as transformações. As crianças podem então realizar deduções

mais complexas, enfocando um problema de forma completa, observando

diferentes dimensões.

A personalidade infantil recebe influências da escola e da família em

suas ricas relações, a partir das quais consolidam ou modificam o que havia

sido configurado anteriormente em seu desenvolvimento social e pessoal. As

crianças continuam construindo seu próprio eu e também a “valoração que

fazem de si mesmas” (COLL, C. et al, 2004, p. 2 3.), ou seja, o autoconceito.

Nesse sentido, os conceitos tornam-se diferenciados e articulados; a auto-

avaliação torna-se estável; a auto-descrição passa a ser abstrata; os

autoconceitos são relativos; e os sentimentos são privados.

A auto-estima é um “conteúdo psicológico multidimensional, sendo

possível diferenciar entre diferentes domínios de conduta que podem ter

valorações diferentes por parte do mesmo sujeito” (COLL, C. et al, 2004, p.

255.). A auto-estima pode ser: física, acadêmica e social. Com a idade vai se

consolidando uma auto-estima global a qual futuramente estará “cada vez

mais influenciada pela comparação social...distanciando-se...das avaliações

globalmente positivas e centradas exclusivamente em torno de si mesmo”

(COLL, C. et al, 2004, p. 257.). Os determinantes dessa auto-estima são as

práticas educativas familiares, o grupo de iguais e a própria percepção.

Nessa idade as crianças admitem as emoções contraditórias, em um

primeiro momento achando que “uma delas precede ou segue a outra” (COLL,

C. et al, 2004, p. 2 2.), e depois entendem que “certos acontecimentos

Page 50: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

49

provocam dois sentimentos” (COLL, C. et al, 2004, p. 2 2. Isso se dá pela

compreensão emocional, dependente dos progressos cognitivos e da

experiência social.

Há nessa fase também o reconhecimento da existência de outros pontos

de vista diferentes do seu, uma consciência da existência de processos

mentais de outras pessoas e de seu próprio pensamento. Compreendem

“emoções como o orgulho, a gratidão, a preocupação, a culpa ou o entusiasmo,

lista que será incrementada a partir dos 10 anos de idade para nela incluir

emoções como o alívio ou a decepção” (COLL, C. et al, 2004, p. 271.). Para

isso serão necessárias as ferramentas: capacidade de inferência de se por no

lugar do outro, da imaginação das situações nas noções sociais. Assim, a

capacidade para compreender o outro só progride de forma que a habilidade

de distinção da expressão fácil real e a aparente evoluem, e a empatia avança.

O desenvolvimento moral varia a cada cultura. O que influencia o

desenvolvimento dos valores são o macrossistema (cultura) omicrossistema

(família e escola) e as características individuais.

Os amigos podem contribuir muito para o desenvolvimento ao promover

a reflexão de si mesmo e dos outros, ao compartilhar experiências e ao

promover o “desenvolvimento de importantes competências sociais” (COLL, C.

et al, 2004, p. 287.), como “ a resolução de conflitos interpessoais, a

assertividade...a pró-sociabilidade....a construção de princípios morais

relacionados com a benevolência, a justiça e a reciprocidade” (COLL, C. et al,

2004, p. 287.).

Outro fator que influencia o auto-conceito são os papéis que ocupam no

status sociométrico, ou seja, se uma criança é popular, ignorada, controversa

ou média. Fases que determinam a aceitação em um grupo social e que são

determinantes para o rendimento escolar. Nesse caso é valido lembrar que as

experiências de rejeição podem ter efeitos negativos no futuro.

Page 51: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

50

Fichamento 2:

Estudar o Estudar:As (Des)venturas do Testas

ROSÁRIO, P. (2004)

Muitos alunos possuem dificuldades em suas aprendizagens, dedicam

pouco tempo ao estudo e, quando se dedicam não o fazem de maneira eficaz.

É imprescindível se pensar em uma escola que possibilite aos alunos “aprender

a aprender”, porém não de maneira separada do currículo a partir de estudos

acompanhados, mas sim uma infusão curricular, ou seja, em conjunto com o

currículo, o qual deverá ser estrategicamente planejado para isso, buscando

desenvolver competências autorreguladoras nos alunos para que assim, estes

desenvolvam o saber estudar.

É a partir desse planejamento autorregulatório mais abrangente que irão

se estruturar a reflexão e a abstração dos alunos para que compreendam as

estratégias de aprendizagem e assim promovam uma aprendizagem

significativa com o desenvolvimento de conhecimentos, os quais serão

construídos individualmente e ativamente por cada um. “Para resolver um

problema inteligente, o aluno deve encará-lo como um problema próprio, ou

seja, este deve ser encarado como um obstáculo que obstrui a sua progressão

para o objectivo” (GLASERFEL 1995, p.14 apud ROSÁRIO, p.24). Essa é a

chave do ensino-aprendizagem que considera os conhecimentos prévios dos

alunos, seus processos de pensamentos e envolve pais, pares e professores.

Esses processos de monitoração dos próprios pensamentos são

identificados como metacognição. Esse conceito surge em 1970, nos Estados

Unidos, tendo John H. Flavel como percussor. Inicialmente seus estudos

trataram da utilização de estratégias para a memória, referindo-se à

consciência reflexiva dos processos cognitivos. Posteriormente, “investigou a

metacognição, relacionando-a à linguagem, à comunicação, à percepção, à

atenção, à compreensão a solução de problemas” (PORTILHO, DREHER,

2012, p.183), referindo-se à metacognição como movimento que a pessoa

realiza para monitorar e regular as próprias atividades cognitivas. Flavel (1995)

especifica três aspectos da metacognição: o da pessoa, o da tarefa e o da

estratégia. Principalmente esta última é a que caracteriza os alunos que a

utilizam como aprendizes autorreguladores, pois utilizam dessas para atingir os

objetivos planejados.

Page 52: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

51

Os estudantes que regulam a sua própria aprendizagem são aqueles que possuem a capacidade de, por um lado, exercer controlo sobre as diferentes dimensões do processo de aprendizagem, incluindo a selecção, combinação e coordenação das estratégias cognitivas num determinado contexto; e, por outro, de canalizar recursos para os diferentes aspectos do processo de ensino aprendizagem, sem muitos custos para o seu bem-estar (Boekaerts, 1996, p.102 apud ROSÁRIO, p.32).

Os aspectos essenciais do processo autorregulatório são: a auto -

eficácia, (compreensão do aluno como sujeito competente); os objetivos

escolares ou educativos; e a autorregulação da aprendizagem. As dimensões

da autorregulação possuem questões essenciais para que se compreendam as

questões psicológicas que as envolvem. A primeira,a motivação relaciona-se

com o “porquê?”, com objetivo de fundamentar a ação; a segunda, as

estratégias de aprendizagem são o “como?” com o objetivo da escolha de

método; a terceira questão envolve o planejamento e o estabelecimento dos

objetivos, é o “quando?” com o objetivo de controlar o tempo; a quarta envolve

o controle do desempenho escolar, é o “quê?” com o objetivo de controlar a

realização; e por fim, a auto regulação do ambiente físico e social

condicionados às expressões “onde?” e o “com quem?” com objetivo de

controlar as situações tanto no meio físico quanto no social.

A aprendizagem, pelos investigadores da autorregulação, é

compreendida com multidimensional, “ocorre no grau em que o aluno possa

utilizar processos pessoais para estrategicamente regular o comportamento e o

ambiente educativo circundante” (Zimmerman,1989, p.330 apud ROSÁRIO,

p.43). Nesse sentido, envolve aspectos pessoais, comportamentais e

contextuais que estão interligados, conforme figura 2.

Figura 2 – Análise triárquica do funcionamento auto-regulatório. Fonte: adaptação da figura “Análise triárquica do funcionamento auto-regulatório (Bandura, 198 ”descrita por Rosário, 2004, p.43

Page 53: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

52

As estratégias não são universais, podendo ser alteradas de aluno para

aluno, porém o processo autorregulatório envolve três fases principais: a fase

prévia onde há o estabelecimento de objetivos e os planejamentos; a fase do

controle volitivo onde há o autocontrole e a automonitoração durante o que está

sendo produzido; e fase de auto-reflexão onde há o autojulgamento e a

autorreação, ou seja, o aluno se auto-avalia e na sequência desenvolve

maneiras de melhorar o que não lhe for de agrado sobre as realizações

efetuadas. (ROSÁRIO, 2004)

A autorregulação pode ser estimulada indiretamente através da própria

experiência do aluno, diretamente através da instrução e da prática

intencionada, ou seja, a autorregulação é produzida por experiências diretas e

por fontes sociais, nesse sentido, a competência autorregulada possui quatro

níveis de desenvolvimento adaptados por Schunk e Zimmerman (1997): em um

primeiro momento estão dois níveis dependentes das fontes sociais, são eles o

nível observacional, que se dá a partir de modelos e da prática guiada com

feedback, e o nível emulativo, que é quando o aluno se aproxima, em sua

realização, do modelo observado; em um segundo momento estão dois níveis

dependentes do próprio sujeito, são eles o nível autocontrolada, quando o

aluno realiza tarefas similares utilizando uma estratégia, e o nível da

competência autorregulatória, quando o aluno adapta diferentes estratégias

para a realização de diferentes atividades. (ROSÁRIO, 2004)

Um aluno que utiliza as estratégias de aprendizagem domina três tipos

de conhecimento: o declarativo, que é o conhecimento de diferentes

estratégias; o procedimental, que é o saber como utilizar as mesmas; e o

condicional, que é saber onde utilizá-las. “O ensino de estratégias é

considerado uma das chaves principais na promoção da aprendizagem auto-

regulada” (ZIMMERMAN, 1998, p.227 apud ROSÁRIO, p. 8), nesse sentido,

as implicações da utilização dessas na prática educativa

possibilita o acesso dos alunos aos progressos na aprendizagem e o incremento do conhecimento da eficácia das estratégias utilizadas, permitindo ao educando, se necessário, alterar as suas estratégias utilizadas, permitindo ao educando, se necessário, alterar as suas abordagens ao estudo e realizar ajustamentos, ambientais e sociais, de modo a construir um ambiente propício para uma aprendizagem de qualidade” (ROSÁRIO, 2004, p.70).

Page 54: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

53

Uma das formas de aprendizagem da regulação é o PLEA, o qual já foi

representado neste texto e se encontra a todo momento explícito na narrativa

do livro paradidático “As travessuras do Amarelo”. O que se deve compreender

é que apenas se o sujeito estiver motivado é que se dará de forma eficaz as

competências autorregulatórias.

Portanto, a autorregulação da aprendizagem busca, a partir de

diferentes fontes de informação, superar os problemas nas áreas do saber, de

forma a motivacionar o aluno para realizar individualmente uma aprendizagem

significativa, de forma que ele “aprenda a aprender” sendo o responsável por

seu agir educativo, estabelecendo objetivos e se utilizando de diferentes

estratégias para alcançá-lo, entendendo a autorregulação da aprendizagem

como algo dinâmico e aberto que pressupõe uma atividade cíclica.

Page 55: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

54

Fichamento 3:

Auto-regulação em crianças sub-10. Projecto Sarilhos do Amarelo.

ROSÁRIO, P.; PÉREZ, J. ; GONZÁLEZ-PIENDA, J. (2007).

O Projeto Sarilhos do Amarelo tem um formato de infusão curricular que

busca promover a autorregulação em crianças sub 10 (do pré ao ensino

básico) de uma forma implícita articulando o trabalho normalmente

desenvolvido pelos educadores com uma literatura infantil que descreve a

história das cores do arco-íris em busca do amarelo que se perdeu no bosque.

É o projeto mais novo desenvolvido dentre uma gama de “ferramentas

educativas que uma equipa de investigadores em processos de auto-regulação

da aprendizagem tem desenvolvido na Universidade de Minho em colaboração

com colegas da Universidade de Oviedo” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-

PIENDA, 2007, p.4), sob o modelo teórico sociocognitivo. É destinado à todos

“que queiram alargar os seus conhecimentos sobre as estratégias de auto-

regulação da aprendizagem e as competências de estudo neste contexto de

ensino e aprendizagem” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.7).

O projeto oferece um conjunto de atividades propostas para que o

professor incremente seu processo autorregulatório a partir da narrativa

promovendo o futuro escolar de seus alunos que aprenderão a aprender. É

importante que os educadores dominem o conceito de autorregulação “porque

o trabalho educativo envolve no dia-a-dia um processo de desenvolvimento

pessoal onde os dois pilares da auto-regulação – escolha e controlo –

assumem um papel decisivo” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007,

p.13). O professor precisa saber que quanto mais cedo melhor, crianças

pequenas consegue autorregular seu aprendizado e alunos que possuem

maior dificuldade em seus estudos também. É preciso lhes oferecer

oportunidades e estimula-los, parra isso o projeto aponta os vetores: indireto

(experiência intuitiva); Diretamente (instrução); e a Prática intencional.

Tem por objetivo primeiramente ensinar os processos de autorregulação

da aprendizagem, equipando os alunos para em um segundo momento

assumirem o controle de sua aprendizagem, (“e.g., estabelecimento de

objetivos; organização do tempo; trabalho em grupo; monitorização das tarefas,

tomada de decisões, avaliação dos processos... aspectos emocionais e

comportamentais que encharcam o aprender” (ROSÁRIO, NÚÑES,

Page 56: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

55

GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.8), e a enfrentarem mais eficazmente, através de

“estratégias e processos de auto-regulação da aprendizagem, equipando-as

para poderem enfrentar as suas actividades e tarefas de aprendizagem com

maior qualidade e profundidade”(ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA,

2007, p.7).

A avaliação “deve ser coerente com os objectivos, população e formato

escolhidos. A equipa de investigação que desenhou... questionários e

instrumentos de avaliação dos processos de auto-regulação” (ROSÁRIO,

NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.9).

Autorregulação da aprendizagem busca levar a criança a assumir seu

agir educativo. Trabalhando o aprender como um processo,

sugere que é importante trabalhar com as crianças, para além de conteúdos concretos relativos às diferentes áreas/disciplinas, estratégias de aprendizagem que lhes permitam desempenhar um papel activo e autônomo na aprendizagem, pesquisando, questionando, lendo, resolvendo problemas (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.11)

Em momento algum estão ou se sentem sozinhas. A prender é um

desafio, por esse motivo as crianças precisam de estar equipadas com

competências transversais que lhes permitam enfrentar com conforto esta

viagem” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.11).

O processo da autorregulação da aprendizagem é dinâmico, aberto,

cíclico e independente que ocorre nas seguintes fases: a fase prévia, a fase do

controlo volitivo e a fase da auto-reflexão. É fundamentado pelo modelo PLEA

(Planificação – pensar na ação - Execução - colocar a ação em prática - e

Avaliação -jugar a ação)

“Osalunosactivamente envolvidos no processo de aprendizagem aumentam a possibilidade de transferir a informação aprendida para novas situações... A transferência de estratégias é um dos objectivos principais do processo de aprendizagem, mas constata-se que muito frequentemente os alunos deixam de usar as estratégias de aprendizagem fora das situações em que estas foram aprendidas” (ROSÁRIO, NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.39)

por conta do próprio processo de aprendizagem. “É necessário que os alunos

desenvolvam o desejo de as utilizar e que tenham oportunidade de as praticar

em contextos e tarefas escolares e educativas diversificadas.” (ROSÁRIO,

NÚÑES, GONZÁLEZ-PIENDA, 2007, p.40)Phye(1992) descreve as seguintes

etapas para que isso ocorra: fase da aquisição (instruções sobre as estratégias

Page 57: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

56

e sua utilização), fase de retenção: prática autônoma com feedback), fase de

transferência (novos problemas mesmas estratégias).

O auto monitoramento e avaliação identifica-se com metacognição a

qual evolve-se com os conhecimentos: declarativo: saber o que é algo;

procedimental: pensar e fazer; condicional: saber o momento de utilização de

determinada estratégia.

Page 58: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

57

Fichamento 4:

Programas de promoção da autorregulação ao longo da escolaridade:

estórias-ferramenta como motor da aprendizagem.

ROSÁRIO, P.; POLYDORO, S.; FUENTES, S.; GAETA, M.L. Autorregulação

da aprendizagem e narrativas autobiográficas: epistemologia e práticas.

O capítulo tem objetivo de, a partir da investigação do grupo GUIA que

busca promover a autorregulação da aprendizagem de forma processual,

demonstrar os três projetos que desenvolveram para a promoção desta

aprendizagem.

Essas três estórias –ferramenta são organizadas pela faixa etária. São

elas: Para crianças menores de dez anos, do 1º Ciclo do Ensino Básico, a

estória Sarrilhos do Amarelo, publicado no contexto brasileiro como

Travessuras do Amarelo, conta a história das cores do arco-íris em busca do

amigo amarelo que se perdeu no bosque, durante a narrativa os personagens

desenvolvem estratégias para conseguirem encontrar o amigo, de forma que a

criança perceba semelhança com sua vida e o personagem sirva de modelo

para sua aprendizagem autorregulada; para o 2º e 3º ciclos do eninoBasico (5º

e 9º ano) há a Coleção (Des) venturas do Testas na qual cada livro aborda

especificamente a exigência de cada ano escolar a partir da história vivida por

Testas, que é um estudante que conta suas aprendizagens levando em conta

as estratégias e a autorregulação; e para os estudantes do Ensino Superior,

especialmente aos ingressantes, o livro Cartas do Gervásio o seu umbigo:

comprometer-se com o estudar na Universidade, Gervásio é também um

estudante universitário que conversa com o seu umbigo, que significa um

processo de autorreflexão, sobre suas experiências promovendo reflexões.

Junto com cada livro se encontram um referencial teórico e atividades

sugeridas.

Esses materiais de intervenção são fundamentados pelo fato de

conterem um modelo teórico que os organiza; trabalham a modelação; sendo

que tudo é alicerçado pela narrativa, a qual tem o papel de passar a mensagem

autorregulatória.

Para explicar esse processo dinâmico Zimmerman (2000, 2011)

desenvolveu um modelo que envolve três fases cíclicas: fase prévia, fase do

Page 59: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

58

controle volitivo e a fase de autorreflexão a qual compreende o feedback. A

partir deste modelo Rosário (2004 a) desenvolveu o modelo PLEA

(Planejamento, Execução e Avaliação), em cada fase há um movimento cíclico.

Na teoria social cognitiva o papel do modelo é fundamental, seja ele um

personagem ou real, destacando a importância do professorpara o

desenvolvimento da autorregulação no aluno. Outro fator que promove a

autorregulação da aprendizagem são as variadas oportunidades de

aprendizagem as quais promovem discussões e reflexões. A narrativa é

compreendida por uns como forma de “equipar os alunos com conhecimentos

que lhes serão úteis mais tarde” (ROSÁRIO;POLYDORO;FUENTES;GAETA,

2012,P.185) e por outros como forma de “alcançar objetivos de aprendizagem

mais profundos” (idem), as estórias-ferramentas abrangem ambos conceitos, e

destacam a necessidade do aluno fazer ligações das estórias com suas vidas.

IDEIAS CENTRAIS:

O capítulo tem objetivo de, a partir da investigação do grupo GUIA

demonstrar os três projetos que desenvolveram para a promoção da

aprendizagem autorregulada a partir de narrativas.

Essas três estórias-ferramenta são organizadas pela faixa etária. São

elas: Para crianças menores de dez anos, do 1º Ciclo do Ensino Básico, a

estória Sarrilhos do Amarelo, publicado no contexto brasileiro como

Travessuras do Amarelo, conta a história das cores do arco-íris em busca do

amigo amarelo que se perdeu no bosque, durante a narrativa os personagens

desenvolvem estratégias para conseguirem encontrar o amigo, de forma que a

criança perceba semelhança com sua vida e o personagem sirva de modelo

para sua aprendizagem autorregulada; para o 2º e 3º ciclos do eninoBasico (5º

e 9º ano) há a Coleção (Des) venturas do Testas na qual cada livro aborda

especificamente a exigência de cada ano escolar a partir da história vivida por

Testas, que é um estudante que conta suas aprendizagens levando em conta

as estratégias e a autorregulação; e para os estudantes do Ensino Superior,

especialmente aos ingressantes, o livro Cartas do Gervásio o seu umbigo:

comprometer-se com o estudar na Universidade, Gervásio é também um

estudante universitário que conversa com o seu umbigo, que significa um

processo de autorreflexão, sobre suas experiências promovendo reflexões.

Page 60: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

59

Junto com cada livro se encontram um referencial teórico e atividades

sugeridas.

Para explicar esse processo dinâmico Zimmerman (2000, 2011)

desenvolveu um modelo que envolve três fases cíclicas: fase prévia, fase do

controle volitivo e a fase de autorreflexão a qual compreende o feedback. A

partir deste modelo Rosário (2004 a) desenvolveu o modelo PLEA

(Planejamento, Execução e Avaliação), em cada fase há um movimento cíclico.

Na teoria social cognitiva o papel do modelo é fundamental, seja ele um

personagem ou real, destacando a importância do professorpara o

desenvolvimento da autorregulação no aluno. Outro fator que promove a

autorregulação da aprendizagem são as variadas oportunidades de

aprendizagem as quais promovem discussões e reflexões.

Page 61: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

60

Fichamento 5:

Self-Regulated Learning and Academic Achievement: An Overview

ZIMMERMAN, B. J.

O texto mostra que nos últimos anos tem se destacado a importância

dos individuos assumirem o auto-controle de sua aprendizagem, uma

aprendizagem auto-regulada. Essa perspectiva de aprendizagem é dependente

da interação entre professores e alunos e a maneira que a escola é

organizada.

A aprendizagem autorregulada pode ser definada por alunos que

demonstram confiança e desenvoltura e buscam proativamente superar

obstáculos. Na perspectiva metacognitiva, esses alunos estabelecem metas

para monitorar seu processo de aprendizagem e podem ser distinguidos por

possuirem a consciência das estratégias de aprendizagem para alcançar seus

objetivos, essas são características fundamentais para definir os alunos auto-

regulados.

Outras características da aprendizagem auto-regulada são a pratica

guiada pelo feedback, ou seja, um processo cíclico onde após a monitoração

de suas ações o aluno obtem um feedback positivo ou negativo de seus

métodos; a escolha de uma estratégia em particular, a qual pode ser explicada

segundo teóricos operantes, como recompensas externas contingentes ou

punição, e segundo teóricos da femomenologia por conta da auto-estima ou

auto-realização; e a motivação e a aprendização são considerados processos

interdependentes, onde os alunos são auto-dirigidos metacognitivamente e

motivacionalmente.

As iniciativas dos alunos para a utilização de estratégias de

autorregulação são explicadas de formas variadas em diferentes teorias de

autorregulação. No entanto, todas as teorias concordam que os alunos

entendem os resultados da aprendizagem de formas individuais. A auto-

eficácia vem sendo considerada a melhor fonte de motivação dos alunos, ela

utiliza de comparações pessoais e não sociais.

Zimmerman & Martinez- Pons, com o objetivo de analisar a presença de

estratégias de aprendizagem em alunos do ensino médio, desenvolveram uma

estrevista aberta, para que os participantes pudessem se expressar de forma

Page 62: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

61

mais livre, que envolvia uma série de contextos relacionados aos problemas

que os alunos se deparam em seu estudo; e em seguida foi pedido para que

professores com a utilização das escalas Likert, analisassem a utilização de

estratégias de aprendizagem em seus alunos também do ensino médio. Os

resultados apontam que as respostas que não são auto-reguladas. Os

resultados indicam que o uso de estratégias de aprendizagem auto-regulada

dos alunos contribui significativamente para seu sucesso acadêmico. É

importante citar que o uso das estratégias vai além de seu conhecimento, é

preciso treinamento para que se ensine os alunos a interpretar seus feedbacks,

de forma que seu aprendizado seja de fato ideal.

As crianças adquirem a capacidade de se auto-regular, gradualmente.

Antes dos sete anos as crianças acreditam que se esforçando terão sucesso,

refletindo pouco em seu desempenho. Proximo à adolescencia a criança possui

uma maior percepção das estratégias cognitivas como necessárias além do

esforço para garantir o sucesso escolar. Para o desenvolvimento da

aprendizagem auto-regulada é preciso que os professores orientem seus

alunos voltando-os para as dimensões metacognitivas, motivacionais e

comportamentais.

Page 63: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

62

ANEXO - Resumo e fichamento Artigos científicos selecionados

Aprendizagem Autorregulada da Leitura: Resultados Positivos de uma

Intervenção Psicopedagógica.

GOMES, Maria Aparecida Mezzalira; BORUCHOCITCH, Evely.

Resumo – artigo 1:

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma intervenção

psicopedagógica na compreensão leitora de alunos de quarta série de uma

escola pública do Ensino Fundamental. Participaram duas turmas, com 28

estudantes cada, que foram sorteadas para compor dois grupos: Experimental

e Controle. Os estudantes foram avaliados por meio de questionário

Informativo, de Escala de Estratégias de Aprendizagem e de Testes Cloze, em

três momentos. O Grupo Experimental participou de sete sessões de

intervenção recebendo instrução em estratégias de aprendizagem gerais e

específicas para a leitura, estímulos à metacognição, apoio motivacional e

orientação para estudo. Os resultados mostram progressos em compreensão

leitora nos dois grupos, porém os ganhos foram maiores e mais consistentes

no Grupo Experimental.

Fichamento 6:

É notória a necessidade de se reverter o quadro do fracasso escolar tão

presente nos dados das avaliações externas publicadas recentemente. 10 Há

um conjunto de pesquisas que demonstram que o ensino de estratégias de

aprendizagem podem auxiliar na mudança de tal quadro. (Pesquisas GUIA).

Segundo Boruchovitch e Gomes (2011, p. 294) “O ensino das

estratégias de aprendizagem metacognitivas teve como foco despertar

reflexões sobre o que é ser um bom estudante, como organizar o tempo e ter

bons hábitos de estudo.” A partir da perspectiva teórica da Psicologia Cognitiva

e a Teoria do Processamento da Informação, Boruchovitch e Gomes (2011, p.

291) realizaram uma pesquisa com o objetivo de “avaliar os efeitos de uma

intervenção psicopedagógica na compreensão leitora”, a partir da compreensão

10 Dados de 2011 podem ser encontrados em http://sistemasprovabrasil2.inep.gov.br/resultados/

Page 64: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

63

autorregulada de leitura. Participaram do estudo 58 alunos divididos em duas

turmas de alunos da 4ª série do Ensino Fundamental.

A situação de pesquisa em um primeiro momento sorteou as crianças

em dois grupos: Grupo Experimental e Grupo Controle. Em um segundo

momento o Grupo Experimental “participou de sete sessões de intervenção

recebendo instrução em estratégias de aprendizagem gerais e específicas para

a leitura, estímulos a metacognição, apoio motivacional e orientação para

estudo” (idem), e o Grupo Controle realizou as atividades regulares promovidas

pela professora. Os resultados revelaram que as crianças do grupo

Experimental obtiveram melhores resultados, sendo que a maioria dos

estudantes conseguia ler independentemente, mostrando que, através da

intervenção adequada é possível alcançar a autorregulação.

Page 65: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

64

Categorias metacognitivas como subsídio à prática Pedagógica.

PORTILHO, Evelise Maria Labatut; DREHER, Simone A. Souza.

Resumo artigo 2:

O objetivo deste artigo é apresentar as categorias metacognitivaspresentes na

maneira de cada criança planejar, supervisionar e avaliar suas tarefas

escolares, bem como relacioná-las à prática pedagógica. O trabalho reflete

uma preocupação empírica com a metacognição, e os dados dela derivados

são analisados à luz, principalmente, dos trabalhos de John Flavell (1981,

1999), Juan Mayor, Aurora Suengas e Javier Marques (1995) e Evelise Portilho

(2003, 2009). A pesquisa de abordagem qualitativa consistiu na análise das

respostas de 396 crianças da 1ª série do ensino fundamental de uma rede

municipal de ensino do Estado do Paraná. O instrumento utilizado foi uma

entrevista semiestruturada com as crianças, contendo dez perguntas

metacognitivas referentes à estratégia de controle. Os resultados indicaram

que as crianças em processo de alfabetização geralmente utilizam estratégias

metacognitivas e planejam suas tarefas, ou seja, fixam as metas e os meios,

ora de forma parcial (fragmentando a tarefa realizada), ora de forma

automatizada (ordenando a tarefa). Elas também se supervisionam, detectam

os erros e/ou desvios cometidos, por meio de referencial externo (na fala, ação,

correção ou ordem do outro), e justificam, ou não, suas ações. Elas avaliam

seus resultados e focam as facilidades e dificuldades na identificação de

palavras ou letras. A aprendizagem das estratégias metacognitivas solicita que

o professor não apenas disponha de tarefas adequadas, mas, principalmente,

adote atitudes estratégicas em relação a seu trabalho para que os alunos

aprendam com elas, pois eles não chegam às escolas preparados para

aprender exatamente da mesma maneira

Fichamento 7:

Dreher e Portilho (2012, p. 183) realizaram um a pesquisa que teve por

objetivo “ identificar as categorias metacognitivas presentes na maneira

peculiar de cada criança planejar, supervisionar e avaliar suas tarefas

Page 66: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

65

escolares, bem como contribuir, a partir desta análise, para a prática

pedagógica”.

As autoras criam uma situação de pesquisa na qual 396 crianças do

primeiro ano do Ensino Fundamental são solicitadas a escolher uma imagem e

a partir desta contar uma história, e após essa atividade elas teriam que ler e

escrever a história. Em um segundo momento a criança era solicitada a

relacionar nove frases a oito imagens selecionadas aleatoriamente. Dentre 83

itens, 10 tratavam exclusivamente da metacognição.

Os resultados revelaram que as crianças que estão em processo de

alfabetização geralmente utilizam estratégias metacognitivas e planejam suas

tarefas de forma: Parcial (fragmentando a tarefa realizada); Forma

automatizada (ordenando a tarefa); Supervisionam-se (detectam erros por um

referencial externo); Avaliam-se focando facilidades e dificuldades na

identificação de palavras ou letras.

Com a pesquisa é possível afirmar que muitos alunos supervisionam e

até mesmo regulam seus estudos, possuindo portanto uma independência

perante seu processo de aprendizagem. É necessário contudo, que o professor

seja mediador dessa independência, guiando o caminho do mesmo até o

controle e a autonomia de sua ação. Um aluno que consiga lidar com seu

próprio regulamento poderá cumprir as exigências contemporâneas voltadas

para um letramento avançado, a partir de um pensamento crítico e claro unindo

a metacognição à prática pedagógica.

Page 67: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

66

A Estratégia de Pedir Ajuda em Estudantes do Ensino Fundamental

SERAFIM, Tania Maria; BORUCHOVITCH, Evely.

Resumo artigo 3:

O presente estudo objetivou verificar a relação entre a estratégia de pedir ajuda

e as variáveis série escolar e gênero. Participaram da pesquisa 159 estudantes

de ambos os sexos, de 2ª a 4ª séries do ensino fundamental. Os dados foram

coletados por meio da Escala de Avaliação da Estratégia de Pedir Ajuda no

Contexto Escolar, e foram analisados quantitativamente. Os resultados indicam

que a variável série escolar parece estar relacionada ao uso do pedir ajuda.

Estudantes da 2ª série, diferentemente dos da 3ª e 4ª séries, relataram não

utilizar muito essa estratégia. Em relação ao gênero, parece que a diferença,

no que diz respeito ao uso do pedir ajuda, se mostra pequena. Os dados são

discutidos em termos da possibilidade de o professor favorecer o uso da

estratégia de pedir ajuda no contexto de sala de aula bem como da importância

dessa estratégia para a promoção da aprendizagem autorregulada.

Fichamento 8:

Boruchovitch e Serafim (2010, p. 405) realizaram um estudo que

objetivou “verificar a relação entre a estratégia de pedir ajuda e as variáveis

série escolar e gênero”. As autoras tiveram 1 9 estudantes do ensino

fundamental como participantes de sua pesquisa, a qual se deu através da

coleta de dados compostos por 43 itens divididos em 4subescalas, sedo que, 3

estavam exclusivamente relacionadas com a estratégia de pedir ajuda. Nas

alternativas constavam os termos que, segundo as autoras, seriam melhor

compreendidos pelas crianças: sempre, às vezes e nunca.

Os resultados indicam que, ao se observar a variável Série Escolar,

entende-se que alunos da 3ª e 4ª série tem uma percepção positiva do pedir

ajuda, ao contrário do menores que estão na 2ª série; já a variável Gênero

demonstra uma pequena diferença, sedo em alguns momentos as meninas que

realizam mais perguntas e em outros os meninos.

As estratégias de pedir ajuda são portanto ótimas estratégias para um

bom desempenho na escola de forma a favorecer o processo de

autorregulação, pois quando o aluno não compreende o que lhe foi ensinado

Page 68: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

67

ele desenvolvendo uma percepção sobre seu próprio processo de

aprendizagem e para superar essa dificuldade cria a estratégia de pedir ajuda

nos momentos de dificuldade. Tal estratégia deve ser incentivada pelo

professor desde o momento que o aluno entra na escola, de forma que este

perceba que essa ação realmente lhe ajuda a aprender.

Page 69: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

68

Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem e Realização Escolar no

Ensino Básico

ROSÁRIO, Pedro; SOARES, Serafim; Núñez, José Caros; GONZÁLEZ-

PIENDA, Júlio; RÚBIO, Marta.

Resumo artigo 4:

Ao longo destes últimos anos, um dos objectivos fundamentais das

políticas educativas tem acentuado a necessidade da educação formal

promover nos alunos a utilização de estratégias de auto-regulação da sua

aprendizagem no sentido de promover aprendizagens significativas. Estas

competências são consideradas fundamentais, não só para os alunos guiarem

a própria progressão educativa, mas também para assegurar a continuidade

formativa após a saída do sistema educativo. Neste estudo pretendemos

avaliar o comportamento auto-regulatório dos alunos dos 2.° e 3.° Ciclos do

Ensino Básico, em três fases distintas: Prévia, Controlo Volitivo e Auto-reflexão.

Posteriormente, procurámos conhecer o seu impacto nos resultados escolares

(Língua Portuguesa e Matemática). A amostra tomada é de 859 alunos. De

acordo com os resultados obtidos, o padrão auto-regulatório dos alunos

apresenta um perfil descendente do 2.° para o 3.° Ciclo do Ensino Básico. Os

resultados sugerem também que os alunos mais auto-regulados obtêm um

rendimento escolar mais elevado nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática. Estes dados apontam para a necessidade de articulação, quer no

plano curricular quer na organização do processo de ensino/aprendizagem e,

por outro lado, a integração de estratégias auto-regulatórias no currículo de

cada disciplina, através da infusão curricular, monitorizando a sua utilização

durante as actividadeslectivas.

Fichamento 9:

Rosário et al (2004) realizaram uma pesquisa em uma perspectiva

sociocognitiva que objetivou avaliar o comportamento auto-regulatório de 859

alunos do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, orientando-se pelo processo cíclico

natural proposto por Zimmerman em três fases da autorregulação: Fase Prévia,

Fase de Controle Volitivo, Fase de Auto Reflexão.

Page 70: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

69

A situação de pesquisa relacionou essas fases às variáveis: ano de

escolaridade; rendimento escolar nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática no final do ano letivo; e metas escolares através da questão

“pretendo terminar os meus estudos...” que informaria as metas dos próprios

alunos em longo prazo; e da questão “no segundo período penso em atingir a

média geral de...”. Para isso foi utilizado o IPAA (Inventário de Processos de

Auto- Regulação dos Alunos).

Os resultados sugerem que do 5º para o 9º ano os subprocessos do

comportamento auto-regulado decrescem, principalmente no Controle Volitivo;

que em função do sexo, as meninas apresentam um comportamento mais

auto- regulado em comparação aos meninos, tendência essa que muda apenas

no 9º ano; que no geral, ao que se refere ao rendimento escolar, alunos que

possuem comportamento mais auto- regulado nos três subprocessos alcançam

resultados mais eficazes do que os alunos que possuem comportamentos

menos auto- regulados; e que metas escolares, quanto mais ambiciosas

contribuem para um aprimoramento da auto- regulação pelo aluno, da mesma

forma que, alunos que querem alcançar uma boa média no segundo período

apresentam um comportamento mais auto- regulado.

Estes dados apontam a necessidade de a autorregulação estar presente

no currículo escolar pois, a falta de experiências sociais de aprendizagem

causa grande comprometimento no comportamento auto- regulado dos alunos,

além do fato de o sistema de ensino que não permite o exercício participativo e

autônomo do aluno torna o estudo impessoal e competitivo.

Page 71: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

70

Desenvolvimento de Habilidades metacognitivas: capacitação de

professores de ensino fundamental.

BUSNELLO, Fernanda de Bastani; JOU, Graciela Inchausti

de and SPERB, Tânia Maria.

Resumo artigo 5:

Pesquisas proporcionaram evidências importantes sobre a relação entre

estratégias específicas de estudo e um alto desempenho escolar. O objetivo

desta investigação é elaborar e avaliar um curso de capacitação para

professores de ensino fundamental, com a finalidade de desenvolver as

habilidades cognitivas, metacognitivas e motivacionais para a aprendizagem

em seus alunos. Utilizou-se um delineamento pré e pós-teste. Participaram 10

professores de 5ª série e 54 alunos. Os instrumentos utilizados junto aos

alunos foram o Raven, a Escala de Avaliação para Motivação para Aprender, a

Escala de Estratégias de Aprendizagem e o Teste de Desempenho Escolar.

Para os professores, foram utilizados o Questionário Metacognitivo e um

questionário de autoavaliação. Nas análises intra e entre grupos, os resultados

mostraram o efeito tempo para a maioria das variáveis e o efeito grupo apenas

para a variável estratégias deaprendizagem. Conclui-se que os

professorespodem atuar explicitamente como mediadores no desenvolvimento

das habilidades cognitivas e metacognitivas de aprendizagem.

Fichamento 10:

As autoras Fernanda de BastaniBusnello, Graciela Inchausti de Jou, e

Tânia Maria Sperb (2012) desenvolveram essa pesquisa, com o objetivo de

“elaborar e avaliar um curso de capacitação para professores de ensino

fundamental, com a finalidade de desenvolver as habilidades cognitivas,

metacognitivas e motivacionais para a aprendizagem em seus alunos.”

(BUSNELLO;JOU; SPERB, 2012, p. 311) a partir da análise do desempenho de

seus alunos com pré e pós-teste. Participam dessa investigação 54 alunos da

5ª série do ensino Fundamentalde duas escolas estaduais, sendo que estas

foram divididas com22 alunos chamados de “grupo controle”, os quais seus

professores não participaram do curso de capacitação e 32 alunos chamados

Page 72: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

71

de “grupo experimental” no qual 10 de seus professores realizaram um curso

de capacitação no

funcionamento do sistema cognitivo, desdobrado nos seguintes temas: metacognição e seu desenvolvimento; inteligência e racionalidade; memória e aprendizado; atenção seletiva; representação mental; leitura compreensiva; emoção e motivação; neuropsicologia da aprendizagem; dificuldades de aprendizagem. (BUSNELLO;JOU; SPERB, 2012, p.314).

Os instrumentos utilizados para os alunos foram: ficha de dados, Teste

de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (avalia o raciocínio), a Escala de

Avaliação para Motivação para Aprender de Alunos do Ensino Fundamental

(EMA – formada por 34 itens relacionados à motivação),a Escala de

Estratégias de Aprendizagem (formada por 20 itens relacionados à estratégias

de aprendizagem), o Teste de Desempenho Escolar (TDE – avalia habilidades

de leitura, escrita e aritmética), e um teste de múltipla escolha para avaliar a

compreensão leitora a partir do texto “Velha Contrabandista”.

Os resultados No Raven, no EMA e no TDE o principal efeito foi o

tempo, não observando mudanças significativas entre os grupos. O teste de

múltipla escolha para avaliar a compreensão leitora não apresentou diferença

entre tempo ou grupo. Já na Escala de Estratégias de Aprendizagem o efeito

grupo foi significativo, sendo que “72% dos alunos do grupo experimental

tiveram desempenho inferior no pré-teste ao passo que, no pós teste, 44% dos

alunos ainda permaneceram nesse nível. No pré-teste do grupo controle, 50%

dos alunos estavam no nível inferior e, no pós-teste, 41% se mantiveram”

(p.314), ou seja, os estudantes do grupo experimental tiveram melhor

desempenho pois seus professores lhes permitiram apresentar uma autonomia

em sua aprendizagem, aumentando significativamente suas habilidades

intelectuais.

Com relação aos professores estes tiveram um bom desempenho

apontando para melhoras significativas em suas ações pedagógicas e na sua

motivação. Conclui-se então que os professores, ao serem mediadores do

“desenvolvimento das habilidades cognitivas e metacognitivas de

aprendizagem” (BUSNELLO;JOU; SPERB, 2012, p. 311) promovem um ensino

que permite ao aluno se autoavaliar, de forma que seus erros sejam

minimizados, o seu desempenho escolar possa melhorar e possibilite

futuramente sua formação como um cidadão autorregulado.

Page 73: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

72

Estratégias de Aprendizagem e Desempenho Acadêmico: Evidências de

Validade.

OLIVEIRA, Katya Luciane de; BORUCHOVICH, Evely. SANTOS, Acácia

Aparecida Angeli dos.

Resumo artigo 6:

O objetivo deste estudo foi verificar a validade fatorial de uma escala de

estratégias de aprendizagem, bem como explorar sua validade concorrente em

relação ao desempenho acadêmico de estudantes. Participaram 815 crianças

do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas dos Estados de São

Paulo e Minas Gerais. A Escala de Estratégias de Aprendizagem foi aplicada

coletivamente. Para a operacionalização dos objetivos, recorreu-se à análise

fatorial exploratória. Os alphasdeCronbachdo instrumento e das três

subescalas revelaram índices aceitáveis de consistência interna. A análise de

variância apontou diferenças estatisticamente significativas entre o

desempenho acadêmico e a pontuação na escala. Os dados foram discutidos

em termos de suas possíveis implicações para a área de avaliação

psicoeducacional.

Fichamento 11:

As autoras Katya Luciane de Oliveira, EvelyBoruchovitch (2009) buscam

em suas pesquisas validar instrumentos, como se observa em seus objetivos:

“verificar a validade fatorial de uma escala de estratégias de aprendizagem,

bem como explorar sua validade concorrente em relação ao desempenho

acadêmico de estudantes” (OLIVEIRA; BORUCHOVITCH, 2009, p. 31). Como

o foco do nosso estudo é na área educacional, analisamos desse trabalho

apenas a relação entre a forma que os alunos utilizam as estratégias de

aprendizagem e seu desempenho escolar. Participam dessa pesquisa 815

estudantes do Ensino Fundamental dos estados de SP e MG.

Os resultados indicam que os alunos costumam utilizar estratégias de

aprendizagem em seus estudos, como a autoavaliação, pois “o bom

desempenho acadêmico dos estudantes se relaciona com o uso de estratégias

de aprendizagem no momento de estudo” (OLIVEIRA; BORUCHOVITCH,

2009, p. 535), estas facilitam a aprendizagem. Nesse sentido, o aprender a

Page 74: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

73

aprender constrói um pensamento estratégico, o qual vai além do uso de

métodos e técnicas para favorecer a aprendizagem, mas sim, o qual utiliza de

estratégias para superar obstáculos para aprender. É a escola a principal

influenciadora do uso dessas estratégias.

Page 75: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

74

A Auto-regulação da Aprendizagem: Estudos Teóricos e Empíricos.

SILVA, Adelina Lopes da; SIMÃO, Ana Margarida Veiga; SÁ, Isabel.

Resumo artigo 7:

As autoras apresentam um modelo de auto-regulação que engloba

quatro fases: antevisão e definição de objectivos; planeamento estratégico;

monitorização/execução e controlo volitivo; e auto-reacção e auto-reflexão. Em

cada uma das fases são analisados os processos metacognitivos,

motivacionais e comportamentais que podem influenciar o curso da auto-

regulação durante a aprendizagem. É salientado o papel dos objectivos

educacionais e da aprendizagem estratégica no desenvolvimento da auto-

regulação, bem como a importância das estratégias transaccionais de ensino

utilizadas pelos professores. Finalmente, são apresentadas as linhas que têm

orientado a investigação neste domínio e que procuram clarificar e avaliar a

eficácia deste modelo na compreensão da auto-regulação na aprendizagem e

no desenvolvimento de estratégias de intervenção em educação.

Fichamento 12:

O objetivo do artigo é “dar a conhecer de uma forma global alguns dos

trabalhos teóricos e empíricos que se têm desenvolvido no âmbito do mestrado

em Psicologia da Educação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da

Educação da Universidade de Lisboa, sobre este tema (SILVA; SIMÃO; SÁ,

2004, p. 60). A partir disto as autoras apresentam um modelo que se divide em

quatro fases nas quais aparecem em todos os momentos processos

“metacognitivos, motivacionais e comportamentais que podem influenciar o

curso da auto-regulação durante a aprendizagem” (SILVA; SIMÃO; SÁ, 2004,

p.58), além a automonitoração e o uso de estratégias de aprendizagem: A

primeira é a antevisão e definição de objetivos, seguida do planeamento

estratégico; da monitorização/execução e controle volitivo; e da autoreação e

autorreflexão. Para Zimmerman há nesse processo um ciclo que permite

avanços a partir do feedback da experiência anterior

Os modelos educacionais precisam estabelecer objetivos para que se

desenvolva a autorregulação do aluno. A escola e o professor devem dar

Page 76: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

75

atenção especial a sua intencionalidade ao estabelecer estes objetivos e

apresenta-los aos alunos, ensinando-os a aprender os conteúdos (estratégias

transacionais); desenvolva um ambiente favorável para esse aprendizado; e

compreenda como os alunos encaram seu ensino para que possa desenvolver

no mesmo a consciência de “saber em que condições (quando), de que modo

(como) e com que finalidade (porquê) pode activar conhecimentos de natureza

distinta (conceptuais, processuais e atitudinais).” (SILVA; SIMÃO; SÁ, 2004, p.

69). A partir desses modelos positivos o estudante pode desenvolver aspectos

“volitivos (gestão do tempo e a persistência) (SILVA; SIMÃO; SÁ, 2004, p. 3).

São distinguidas duas grandes linhas que orientam a investigação sobre

aprendizagem autorregulada: Estudo dos “processos cognitivos,

metacognitivos, motivacionais e comportamentais dos estudantes” (SILVA;

SIMÃO; SÁ, 2004, p. 71); e Estudo das “crenças, concepções e práticas

educativas de pais e professores.” (idem). Em ambas o que se espera é levar

os estudantes a uma aprendizagem autônoma a qual lhe permita transferir

suas estratégias para diferentes contextos.

Page 77: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

76

Trabalho de Casa, Tarefas Escolares, Auto-regulação e

Envolvimento Parental.

ROSÁRIO, Pedro; MOURÃO, Rosa; SOARES, Serafim; CHALETA, Elisa;

GRÁCIO, Luísa; SIMÕES Fátima; NUÑEZ, José Carlos; PIENDA, Júlio A.

Gonzalez.

Resumo artigo 8:

Urge entender o Trabalho de Casa (TPC) como processo complexo para

o qual conflui um vasto leque de factoresimpactantes. Neste relato analisam-se

as relações entre os perfis de atitudes e comportamentos diante do TPC de

Inglês e o nível instrutivo dos pais, a auto-eficácia percebida nessa disciplina

bem como a correlação entre tais perfis de TPC e os perfis auto-regulatórios,

em face do estudo. A amostra tomada é composta de 3929 alunos. O nível

instrutivo dos pais associa-se positiva e significativamente aos perfis de

atitudes e comportamentos de TPC. As atitudes e comportamentos de TPC

correlacionam-se, positiva e significativamente, com os perfis auto-regulatórios,

diante do estudo. Alunos que se percepcionam como mais auto-eficazes

registam melhores perfis de atitudes e comportamentos de TPC. Os resultados

sugerem a necessidade de os diferentes parceiros do sistema educativo

analisarem e promoverem activamente os processos auto-

regulatóriosenvolvidos no ensino-aprendizagem em geral e no TPC em

particular.

Fichamento 13:

O Trabalho de Casa (TPC)é um processo complexo “cujo alcance

ultrapassa o perímetro da escola, invadindo o ambiente físico e familiar de cada

aprendente” (ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES; CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES;

NUÑEZ; PIENDA, 2005, p.343). Este se relaciona positivamente com a

autorregulação, sendo que os alunos com maior autoeficácia demonstram

melhores rendimentos.

O TPC é dependenteda colaboração dos professores, pais e alunos. A

modelação desses é um caminho para a internalização da autorregulação pelo

aluno. Nesse sentido no

Page 78: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

77

TPC confluem as atitudes e comportamentos dos alunos, perante a tarefa e perante a escola, e ainda as atitudes e comportamentos dos professores que o prescrevem (ou não) e posteriormente monitorizam; bem como, as atitudes e comportamentos dos pais e outros educadores, mais ou menos presentes (quando não mesmo ausentes), durante a realização das tarefas prescritas (ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES; CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ; PIENDA, 2005, p. 345),

é necessário pensar também no ambiente e contexto nos quais esse TPC

acontece. Este é, portanto, influenciado por diversos fatores, no entanto, nem

sempre os professores questionam seus alunos sobre esse processo que

experienciam, buscando apenas os produtos.

O tempo no qual o aluno realiza o TPC é significativo em seus estudos,

levando-o a gerir seu tempo, desenvolver a responsabilidade, valorizar seus

esforços, lidar com erros, as dificuldades na aprendizagem e a “maturação das

matérias e assuntos aprendidos na escola, ao seu ritmo e sem os

constrangimentos que, por vezes, o ritmo das aulas impõe (Villas-Boas, 1998,

apud ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES; CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ;

PIENDA, 2005, p.344)

Este é composto por três momentos: A preparação e a marcação das

tarefas, que acontece na sala de aula a partir da orientação do professor; a da

realização das tarefas pelo aluno em sua casa; e a verificação e monitorização

das tarefas com feedback, em sala deaula.

Participam da pesquisa 3929 alunos de “14 escolas do 2.º e 3.º Ciclos do

Ensino Básico dos distritos de Braga e Porto” (ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES;

CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ; PIENDA, 2005, p.345), entre 10 e os

21 anos.Os instrumentos foram uma ficha de dados individuais e um

questionário em formato likert composto por 13 itens e cinco pontos, buscou

verificar como os alunos percebiam as atitudes e comportamentos dos

professores em face do TPC de Inglês, percebidos pelos alunos e a atitude dos

próprios alunos em frente ao mesmo. Haviam as variáveis nível instrutivo dos

pais e percepção de autoeficácia.

Tem-se como objetivo “obter um primeiro mapeamento das atitudes e

comportamentos ante o TPC na disciplina de Inglês e analisar as possíveis

associações entre estas variáveis, o nível instrutivo dos pais e a auto-eficácia

percebida na disciplina de Inglês” (ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES; CHALETA;

GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ; PIENDA, 2005, p.343).

Page 79: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

78

Os resultados apresentam é positivo o uso de TPC´s para o

desenvolvimento autorregulatório e para o melhor desempenho escolar. Os

alunos que se apresentam como “bons”, portanto apresentam autoeficácia,

obtém melhores médias. Ao aluno aumentar sua autoeficácia suas médias

aumentam também. No entanto, alunos que se consideram muito bons tem

notas inferiores a estes que se consideram bons. Isso pode-se explicar

tambpem pela auto-eficácia, pois “os objectivos dosalunos, tal como o valor, o

significado e asignificância que esses mesmos alunos atribuem àsactividades

de TPC são críticos para as escolhas queos alunos fazem, para os esforços

que envidam epara o grau de persistência que mantêm”. (ROSÁRIO;

MOURÃO; SOARES; CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ; PIENDA, 2005,

p.347)

O nível educativo dos pais destes alunos nas suas atitudes e

comportamentos diante do TPC relaciona-se quantitavamente e

qualitativamente, estas características influenciarão o desempenho escolar dos

filhos. Filhos com pais com nível intuitivo superior demonstram melhores

resultados. Estes precisam ser informados pelos professores como auxiliar

seus filhos e como desenvolver essa atividade de forma a trabalhar em

conjunto com seu filho. Os estudantes

têm que se habituar a lidar com dificuldades habituais tais como distracções, falta de interesse, falta de vontade, fadiga o mesmo confusão na hora da realização das tarefas de TPC prescritas nas várias disciplinas. Por seu lado, professores e educadores precisam estar conscientes das dificuldades que muitas vezes esses mesmos alunos enfrentam nessa mesma hora. (ROSÁRIO; MOURÃO; SOARES; CHALETA; GRÁCIO; SIMÕES; NUÑEZ; PIENDA, 2005, p. 349)

Page 80: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

79

ANEXO - Resumo Artigos científicos consultados

Resumo artigo consultado 1:

Para aferir qual o efeito da dramatização de histórias sobre o grau de

compreensão delas foi feito um experimento envolvendo 12 crianças

alfabetizadas, com idades entre 7 e 10 anos. Foram divididas em duplas e

remanejadas segundo delineamento de grupo, em dois tipos de atividades:

leitura de histórias e exposição às histórias dramatizadas. Para a avaliação da

compreensão das histórias foram solicitados: reprodução oral, respostas a

perguntas literais e inferenciais, desenho e exemplificação de palavras-chave.

A quantidade de respostas desconexas foi maior na condição de leitura do que

na de dramatização da história. É possível concluir que expor-se à história

dramatizada favorece a melhor compreensão pelos participantes, em

comparação com os seus desempenhos quando a história é somente lida.

Resumo artigo consultado 2:

Na produção de sentidos de textos, o leitor desempenha papel ativo,

sendo as inferências um relevante processo cognitivonesta atividade. Este

artigo defende o argumento de que a compreensão da leitura não é orientada

apenas pelas marcas gráficas dotexto, mas, sobretudo pelo que estas marcas

têm a dizer e pelo modo como o leitor apreende e interpreta a intenção do

autor. Defende-se,ainda, que esta interpretação ocorre no momento da

interação leitor/autor, gerando sentidos que variam de acordo com o leitor

ecom a natureza dessa interação.

Resumo artigo consultado 3:

Tendo a avaliação formativa como pano de fundo e a aprendizagem

significativa como horizonte possível, o texto intenta evidenciar o mapa

conceitual como ferramenta particularmente relevante às intenções formativas,

porque favorável à regulação do ensino e à autorregulação da aprendizagem e

pertinente enquanto estratégia de ensino/aprendizagem. Revisitar o referencial

Page 81: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

80

teórico relativo à temática favoreceu: (a) contemplar a utilidade do mapa

conceitual – empreendido enquanto estratégia de ensino e/ou avaliação – sob

diferentes perspectivas: a daquele que ensina/avalia e a daquele que

aprende/é avaliado; (b) aquilatar o quanto se valer dos mapas conceituais é

criar alternativas para a organização do conhecimento, pela promoção de

experiências educativas que incitem não somente a reflexão, a busca de

compreensão e o processamento profundo da informação, mas também o

desenvolvimento da autorregulação, da meta cognição e do aprender a

aprender; (c) repensar a importância dos meios utilizados para avaliar a

aprendizagem, que não podem ser quaisquer meios, mas aqueles que

favoreçam uma percepção clara das aprendizagens edificadas e daquelas

ainda em curso, orientando e viabilizando ações de superação; e, (d) conferir

novo sentido à tarefa de ensinar a aprender, compreendida como auxílio

permanente na elaboração do saber, pelo desvelamento das razões que

subjazem às dificuldades a serem superadas.

Resumo artigo consultado 4:

A principal finalidade deste artigo é a de discutir as principais

característicasdo sistema de avaliação das aprendizagens dos alunos dos

Ensinos Básico e Secundário, tal como é proposto no currículo português. Os

elevados índices de reprovação são analisados e suscitam reflexões várias

tendo em conta que o referido sistema de avaliação apresenta três

características que, em princípio, deveriam contribuir para que os alunos

progredissem e não reprovassem. Tais características são: a) o predomínio da

avaliação formativa, destinada a regular e a melhorar as aprendizagens; b) o

predomínio da avaliação interna, com as escolas e os professores a

desempenharem um papel muito relevante no processo de avaliação dos

alunos; e c) o facto de as decisões referentes à progressão, ou não, dos alunos

deverem ser tomadas apenas nos finais de cada ciclo da escolaridade

obrigatória. São ainda discutidas as avaliações internas, da integral

responsabilidade das escolas e dos professores, e as avaliações externas,

nomeadamente as que se têm realizado sob os auspícios de organizações

internacionais. De modo geral, parece poder afirmar-se que o sistema de

Page 82: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

81

avaliação das aprendizagens previsto no currículo português possui uma

natureza progressiva e até inovadora, procurando adequar-se às realidades do

sistema educativo. Contudo, a pesquisatem demonstrado que ainda existe uma

significativa diferença entre o que é proposto legalmente e o que efectivamente

acontece no chamado sistema real, isto é, nas escolas e nas salas de aula.

Nessas condições, são feitas algumas recomendações destinadas a reduzir, ou

mesmo a eliminar, tais diferenças que, do ponto de vista do autor, constituem

um dos mais importantes desafios que a sociedade portuguesa tem que

enfrentar nos próximos anos.

Resumo artigo consultado 5:

Este artigo é parte de uma dissertação de mestrado na qual analisamos

a reflexão sobre a práticade avaliação realizada por professores de Ciências de

uma escola estadual de educação básica, duranteos horários de trabalho

pedagógico coletivo (HTPC). Acompanhamos, durante seis meses, a

perspectivade implementação da avaliação formativa por estes professores, o

que se deu a partir do estudo deum texto básico, bem como analisamos as

repercussões do estudo feito pelo grupo na autoformação dosprofessores e na

reflexão dos pesquisadores envolvidos na investigação-ação.

Resumo artigo consultado 6:

A partir da década de 1980 iniciou-se a reorganização das tradicionais

séries doensino fundamental brasileiro em ciclos, sustentada no princípio da

ampliação do tempo de aprendizagem do aluno e na idéia de continuidade. O

trabalho objetivou investigar as práticas avaliativas em uma escola pública

organizada em ciclos, bem como, as condições necessárias para a

concretização da avaliação formativa no seu cotidiano. Consistiu em uma

pesquisa qualitativa que propôs a adequação da avaliação do aluno, sendo

realizada de 2004 a 2006. Foi desenvolvida em quatro etapas: realização de

grupo de estudos junto às docentes e equipe técnico-pedagógica da escola;

assessoramento às docentes para elaboração de planejamento anual e

bimestral; elaboração de fichas para acompanhamento do desempenho dos

Page 83: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

82

alunos; assessoramento às docentes no preenchimento das fichas de suas

respectivas turmas e a realização de reuniões mensais paraavaliação e

encaminhamento das dificuldades encontradas, na construção de uma

práticaavaliativa continuada e reflexiva. Obteve-se resultado positivo junto a

50% das docentes. A alta rotatividade destes foi o maior problema enfrentado.

Destaca-se a necessidade de elaboração de políticas que a combatam e

garantam aos professores condições para se envolverem em projetos voltados

à melhoria do trabalho pedagógico e ao enfrentamento das dificuldades

existentes no cotidiano escolar.

Resumo artigo consultado 7:

O estudo descreve a análise dos itens que irão compor uma tarefa de

leitura em voz alta de palavras isoladas. Um grupo de crianças do 2º ao 5º ano

do Ensino Fundamental leu, por meio de microcomputadores, uma lista

contendo 323 palavras de baixa frequência. Foram selecionados 112 itens-

candidatos que apresentaram índices adequados de dificuldade, discriminação,

correlação item-total e consistência interna. A análise mostrou que a maioria

das palavras apresentou níveis de dificuldade baixos, mas paralelamente

produziu níveis adequados de discriminação e de correlação item-total.

Elevados índices de consistência interna foram obtidos, indicando a

homogeneidade da tarefa e a unidimensionalidade do construto

avaliado.Considerações de Embretson (1983) sobre as pesquisas de

representação do construto e de intervalo nomotético são discutidas.

Resumo artigo consultado 8:

Baseado no modelo de Apoio Comportamental Positivo o estudo

objetivou identificar como 40 diretores de escolas de educação infantil

descreviam o processo de elaboração, aplicação e avaliação de estratégias

educativas para comportamentos-problema de alunos. Resultados do

questionário apontaram que 77,5% dos diretores indicaram comportamentos-

problema em seus alunos. As estratégias educativas mais utilizadas foram

conversar com a criança (13,3%) e conversar com pais (13,3%). A ação mais

utilizada para a avaliação foi a observação da criança (27,6%). De forma geral,

Page 84: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

83

verificou-se que as estratégias utilizadas foram realizadas informal e

assistematicamente. Aponta-se a necessidade de pesquisas sobre a inclusão

de crianças com comportamentos-problema e o desafio de repensar a

formação dos educadores.

Resumo artigo consultado 9:

Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa

(CESTARO, 2003) que procurou verificar o processo de leitura de aprendizes

com reconhecimento básico e avançado da língua francesa, na busca pela

compreensão de palavras desconhecidas. Propõe um trabalho reflexivo sobre

os processos de aprendizagem, tratando a conscientizaçãosobre os

mecanismos de aprendizagem de fundamental importância para o

desenvolvimento de sua autonomia.

Page 85: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

84

ANEXO 7: Resumo e fichamento teses e dissertações selecionadas

Um Estudo Sobre Compreensão Leitora e Estratégias Metacognitivas de

Leitura no Ensino Fundamental.

BOEFF, Rafaela Janice.

Resumo dissertação 1:

O presente estudo, inserido na interface Linguística e Cognição,

pretende verificar como se dá a compreensão e o processamento da leitura.

Para tanto, busca-se analisar os escores de compreensão leitora, as

estratégias metacognitivas de leitura e a consciência dessas estratégias

durante uma tarefa de leitura, realizada por 15 alunos de 5ª serie do Ensino

Fundamental, bem com as correlações entre essas variáveis. A metodologia

adotada conta com a utilização de três instrumentos. O teste de compreensão

leitora consiste no ordenamento dos parágrafos de um texto narrativo,

enumerando-os de acordo com os acontecimentos da história. Essa atividade é

realizada em ambiente virtual e, com o auxílio de um software de captura, são

registrados todos movimentos feitos pelo leitor, durante a execução da tarefa.

Faz-se, então, o levantamento das estratégias utilizadas, o que compõe a

análise das estratégias de leitura. Imediatamente após a conclusão desta

tarefa, é solicitado ao leitor que relate seu procedimento na leitura, constituindo

o teste de consciência das estratégias de leitura. Os resultados encontrados

mostram uma disparidade quanto ao nível de compreensão leitora dos

participantes. Embora a correlação entre o desempenho na compreensão e o

uso de estratégias de leitura seja positiva, os resultados parecem sugerir que

não há um padrão a ser seguido, uma vez que os participantes desta pesquisa

demonstram comportamento variado quanto ao tempo e tipo de estratégias

usadas. A correlação entre o desempenho na compreensão e a consciência

das estratégias metacognitivas utilizadas também demonstrou ser positiva.

Como implicação pedagógica, é possível sugerir que o ensino das estratégias

de leitura pode auxiliar leitores, com idade entre 10 e 11, no processo de

compreensão leitora de textos narrativos.

Page 86: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

85

Fichamento 14:

Boeff (2011, p. 19) realizou uma pesquisa com o objetivo de investigar

“as correlações entre escores de compreensão leitora, estratégias de leitura e

consciência das estratégias metacognitivas, com base na interface Linguística

e Cognição, verificando os processos cognitivos envolvidos na leitura”.

Participaram do estudo 15 alunos da 5ª série do Ensino Fundamental.

A pesquisa se desenvolveu inicialmente com testes de compreensão de

uma narrativa em ambiente virtual. Na sequência era solicitado que o leitor

relatasse os procedimentos que utilizou na leitura. Para o registro e

identificação desses procedimentos criou-se uma lista de estratégias, são elas:

“E1 – Estratégia 1: Organiza um roteiro para ler. E2 – Estratégia 2: Opina sobre

as informações do texto. E3 – Estratégia 3: Pergunta para a pesquisadora o

significado de palavras novas. E4 – Estratégia 4: Fixa a atenção em

determinados trechos do texto. E5 – Estratégia 5: Relaciona as informações do

texto com o que já conhece sobre o assunto/a estrutura. E6 – Estratégia 6:

Deduz informações do texto para compreendê-lo. E7 – Estratégia 7: Analisa se

as informações são lógicas e fazem sentido. E 8 - Estratégia 8: Lê com atenção

e devagar para ter certeza de que está entendendo o texto. E9 – Estratégia 9:

Relê trechos para relacionar as informações do texto. E10 – Estratégia 10:

Diferencia a fala das personagens dos comentários do narrador. E11 –

Estratégia 11: Pensa/avalia se as suposições que fez sobre o texto estão

corretas ou erradas. E12 – Estratégia 12: Avalia a dificuldade da tarefa de

leitura.” (2011, p. 11).

As autoras enfatizam que no aprendizado da leitura há inicialmente a

influência de um leitor proficiente que faz o papel de modelo, tendo como papel

o de realizar as tarefas mais complexas. A observação de tais procedimentos

auxiliam o leitor iniciante a desenvolver ações mais autônomas nesse campo,

“que se torna capaz de realizar algumas dessas funções por si só, através de

autorregulação e autoquestionamento, vindo a desempenhar a atividade

cognitiva de leitura gradualmente” (BOEFF, 2011, p.32).

Foucambert (1994 apud Boeff, 2011, 48) afirma que ler é “uma

negociação entre o que está na nossa cabeça e o que está no papel, entre o

que está atrás e o que está diante dos olhos, como num trabalho de detetive,

Page 87: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

86

no qual se utilizam índices para elaborar hipóteses, verificá-las com outros

índices e voltar aos pontos que parecem obscuros”.

Nota-se que tais procedimentos envolvem estratégias autorregulatórias

por parte do leitor, pois abrange um planejamento, a execução e a avaliação

dos procedimentos utilizados. Quanto ao monitoramento e a autorregulação,

Flavell e colaboradores (1999 apud BOEFF, 2011, p.55).

afirmam que elas se desenvolvem simultaneamente com o

conhecimento metacognitivo e são responsáveis por monitorar

qualquer processo cognitivo. O monitoramento metacognitivo pode

envolver experiências metacognitivas, ou seja, experiências afetivas

ou cognitivas pertinentes a uma iniciativa cognitiva, tais como o

sentimento de confusão ao ler instruções de um formulário ou a

emoção quando se consegue resolver um problema de um trabalho

escolar que estava perturbando há dias.

Os resultados da pesquisa realizada por BOEFF, 2011 a partir da

utilização doTeste de Compreensão Leitora indicam que E7 foi a estratégia

mais utilizada, porém cada estratégia tem sua importância, e o fato de não

serem frequentemente selecionadas não significa não existir. O desempenho

na compreensão leitora e a consciência das estratégias metacognitivas de

leitura é assim positiva, pois os que possuem uma melhor compreensão leitora

computam um número maior de estratégias.

Page 88: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

87

A Construção de Conhecimentos em um Projeto de Horta Numa Classe de

2º Ano do Ensino Fundamental.

BELIZARIO, Alyne Franco Brandão.

Resumo dissertação 2:

Estudos sobre as pesquisas acadêmicas no campo do Ensino de

Ciências têm indicado a carência de produção direcionada aos anos iniciais do

ensino fundamental. Além disso, são raras as investigações abrangendo o

“método de projetos” e a abordagem interdisciplinar. Nesse contexto, o objetivo

desta pesquisa foi desenvolver um Projeto sobre “Horta” com crianças do 2º

ano do Ensino Fundamental e analisar a produção de conhecimentos das

crianças do ponto de vista cognitivo, social e afetivo, bem como o processo de

produção da prática pedagógica da professora. O problema de pesquisa

assenta-se na seguinte questão: “quais conhecimentos crianças e professora

constroem em um Projeto de Horta no 2º ano do Ensino Fundamental?” No

Projeto Horta as atividades e a prática da professora foram baseadas numa

proposta construtivista e interdisciplinar, desenvolvida de acordo com as

sugestões, interesses, participação dos alunos e por meio de atuação reflexiva

e investigativa da professorapesquisadora.

Assim, a pesquisa caracteriza-se como de intervenção, com interface

entre a pesquisa experimental de grupo único e a pesquisa-ação. Teve como

suporte as teorias construtivista de Piaget e socioconstrutivista de Vygotsky e

seus seguidores. Para compreender o construtivismo no Ensino de Ciências

autores como Alda Pereira, Michael Matthews e Eduardo Mortimer também

deram fundamentos.

O trabalho envolveu crianças do 2º ano do Ensino Fundamental, durante

um ano letivo. As atividades desenvolvidas junto às crianças foram: observação

do ambiente; experimentação; construção de maquetes; medição;

dramatização; visitação a uma horta comercial e a um Viveiro de Plantas para

“estudo do meio”; implantação de uma horta escolar e a manutenção da

mesma ao longo do ano letivo; implantação de um sistema de minhocário;

desenhos; entre outras. Foram aplicados diversos métodos, estratégias e

técnicas de ensino, como atividades problematizadoras; diálogos coletivos;

levantamento de hipóteses e de conhecimentos prévios; trabalhos em grupo;

Page 89: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

88

cooperação; troca de experiências e de idéias; contato direto com o ambiente

“horta”; registros coletivos e individuais.

Os dados coletados foram analisados segundo três categorias:

Conhecimentos construídos pela criança; O percurso metodológico de ensino

do Projeto Horta; O percurso da professorapesquisadora no Projeto Horta. Os

resultados indicam que as crianças mostraram avanços nos conteúdos

conceituais, procedimentais e atitudinais segundo a tipologia de Pereira (2002)

e Coll et al. (1998). Verificamos que o trabalho de projetos é uma forma de

favorecer a aprendizagem significativa de modo interdisciplinar favorecendo a

construção de conhecimentos. Durante o desenvolvimento do Projeto Horta

houve mudanças de concepções e atitudes dos alunos; eles mostraram

motivação, envolvimento e interesse na aprendizagem não só de conteúdos de

Ciências, mas também de Matemática, Língua portuguesa, História, Geografia

e Arte. Além disso, os estudos facilitaram o processo de alfabetização das

crianças.

Quanto à professora-pesquisadora, reforçou procedimentos pedagógicos

de anos letivos anteriores, porém numa atitude mais reflexiva e investigativa,

iluminada por novos aportes teóricos até então desconhecidos por ela.

Propiciou maior abertura de participação dos alunos ao longo do projeto, bem

como de interação aluno-aluno e aluno-professor. Enfim, construiu

conhecimentos sobre o conteúdo específico transformadora do seu fazer

profissional cotidiano.

Fichamento 15:

Belizario realizou uma pesquisa orientada por Megid (2012, p. 9), a qual

objetivou “desenvolver um Projeto sobre “Horta” com crianças do 2º ano do

Ensino Fundamental e analisar a produção de conhecimentos das crianças do

ponto de vista cognitivo, social e afetivo, bem como o processo de produção da

prática pedagógica da professora”.

A pesquisa de intervenção promoveu uma interdisciplinaridade de

matérias e ocorreu na forma de inclusão curricular envolvendo as crianças no

planejamento de todas as atividades que se iniciaram em um primeiro

momento com questionamentos para se analisar os conhecimentos prévios dos

Page 90: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

89

alunos e seguiram-se de propostas diárias durante nove meses. Ao decorrer

das situações de aprendizagem as crianças além de contribuírem com suas

ideias eram também avaliadas por suas conquistas, participações, esforços,

registros, entre outros, através da análise da professora-pesquisadora. Para a

análise da pesquisa utilizaram-se três categorias: Conhecimentos construídos

pelas crianças; O percurso metodológico de ensino do Projeto Horta; e O

percurso de formação da professora-pesquisadora no Projeto Horta.

Os resultados apontam o processo de construção de conhecimentos

para uma aprendizagem significativa dos alunos em relação aos assuntos

abordados no Projeto Horta, e o desenvolvimento da capacidade de realização

autônoma da criança em determinadas situações.

Alguns autores apontados no texto compreendem que a participação em

projetos e atividades práticas na escola podem favorecer o desenvolvimento da

autonomia e autorreguação pelo aluno. O laboratório de ciências pode se

constituir como um lugar de demonstração e possibilitador de atividades

prático-experimentais de forma aberta, voltando-se assim para o

desenvolvimento da autorregulação do aluno que pode “investigar a solução,

escolher procedimentos, planejar, separar materiais, montar o experimento,

realizar medidas e observações necessárias, registros, interpretar resultados e

fazer conclusões” (BORGES, 2002 apud BELIZÁRIO, 2012, p. 41).

Hernández (1998) entende que a metodologia dos projetos de forma

semelhante ao que já destacamos na metodologia do PLEA, possibilita uma

melhor elaboração e ajuda no próprio desenvolvimento do que está sendo

planejado, tais como a escolha coletiva do tema e os aspectos que devem ser

trabalhados, levantamento de diversificadas hipóteses e informações, análise

constante do que está sendo efetuado de forma que se identifique, através do

feedback, o que é preciso melhorar, efetuar o registro e a avaliação de todos

os procedimentos, propondo novas questões que darão margem a um

processo cíclico de aprendizagem. Nota-se que, tal proposta, denota a ação

efetiva do aluno em todos os momentos do processo

Coll (1998), assim como os PCNs (1997) classificam os conteúdos

escolares em três tipos: osconceituais e factuais (princípios), os procedimentais

e atitudinais (normas e valores). Para este autor, o procedimento de

observação, análise e pesquisa favorecem a aprendizagem de forma que, ao

Page 91: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

90

realizar essas ações os alunos estão reformulando e adquirindo aprendizagens

conceituais. Na perspectiva de Coll (1998) a comunicação e o grupo, ao

exercerem influência social influenciam também a mudança de atitudes, nesse

sentido, cada aluno pode comparar suas ações com a do grupo de forma que

se pode observar no projeto horta, assim como em outras disciplinas, uma

mudança de atitudes dos anos tanto em suas participações como no

desenvolvimento de “valores, normas e juízos” (BELIZÁRIO, 2012, p. 1 7).

Page 92: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

91

Avaliação como oportunidade de aprendizagem em matemática.

JUNIOR, Osmar Pedrochi.

Resumo dissertação 3

O presente estudo, de natureza quase-experimental, delineou

procedimentos para nove sessões de intervenção com o objetivo de avaliar a

medida em que uma intervenção com alunos pode neles promover avanços em

estratégias de compreensão leitora e motivação. As abordagens teóricas

utilizadas nessa investigação foram a Teoria de Expectativa-valor, Teoria do

Processamento da Informação, bem como abordagens gerais cognitivistas

acerca da compreensão leitora. Participaram do estudo alunos da quinta-série

do ensino fundamental de uma escola da rede pública do município de

Londrina - PR. As intervenções aconteceram no próprio ambiente escolar,

seguindo-se todos os procedimentos éticos previstos relativos à pesquisa com

seres humanos. O grupo experimental foi constituído pelos alunos que

participavam da sala de apoio e o grupo controle pelos alunos da mesma série

escolar que não participavam da sala de apoio. Os alunos foram avaliados em

três momentos por meio dos seguintes instrumentos: (a) Escala de Estratégias

de Aprendizagem Voltadas para a Leitura; (b) Técnica de Cloze; (c) Avaliação

da Autopercepção e Percepção da Tarefa de Adolescentes nos Domínios de

Português e de Matemática, e; (d) Problema de Matemática. O Grupo

Experimental (GE) participou de nove sessões de intervenção, recebendo

apoio motivacional e ensino de estratégias de aprendizagem em situação de

leitura. Os resultados mostraram ganhos em compreensão leitora, cuja maioria

atingiu um Nível Independente em leitura. Houve melhorias nas estratégias de

aprendizagem tanto para o GE quanto para o GC. Os resultados obtidos no

presente estudo possam ser úteis a educadores e psicólogos escolares, além

de revelarem a importância da formação de docentes capazes de aprender e

ensinar de modo estratégico, visando o desenvolvimento da compreensão

leitora e da motivação para aprender.

Fichamento 16:

Osmar Pedrochi Junior (2012) a partir de um estudo bibliográfico redigiu

a dissertação com o objetivo de “apresentar um estudo a respeito de avaliação

escolar como oportunidade de aprendizagem” (JUNIOR, 2012, p.6), ou seja,

Page 93: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

92

uma avaliação processual que possibilite “a autoavaliação, o feedback, a

avaliação como prática de investigação, a utilização da análise da produção

escrita” (idem). Para isso o autor fez leituras e fichamentos dos seguintes

autores “participantes”, são eles: Hadji (1994; 2001), Barlow (2006); De Lange

(1999), Van denHeuvel-Panhuizen (1996) e o Grupo de Estudos e Pesquisa em

Educação Matemática e Avaliação – GEPEMA. Diante desses estudos

concluiu-se que a avaliação precisa ser educativa se constituindo em um

elemento de formação e desenvolvida durante todos os momentos. Para isso é

preciso que ocorra a autoavaliação tanto do professor quanto do aluno para

que ambos possam refletir sobre suas posturas, por isso a necessidade do

feedback. A partir desses fatos é possível a construção da autonomia na

relação do aluno com sua aprendizagem, de forma que ele saberá o que o

professor espera que ele aprenda e de que forma ele poderá atingir esse

objetivo. É preciso, portanto, uma abordagem formativa no processo de

aprendizagem, possuidora de uma finalidade educativa de forma a se tornar

uma “avaliação diagnóstica e formativa”.

Page 94: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

93

Motivação e intervenção em estratégias de aprendizagem para

compreensão leitora.

MACIEL, Aline Guilherme.

Resumo dissertação 4:

O presente estudo, de natureza quase-experimental, delineou

procedimentos para nove sessões de intervenção com o objetivo de avaliar a

medida em que uma intervenção com alunos pode neles promover avanços em

estratégias de compreensão leitora e motivação. As abordagens teóricas

utilizadas nessa investigação foram a Teoria de Expectativa-valor, Teoria do

Processamento da Informação, bem como abordagens gerais cognitivistas

acerca da compreensão leitora. Participaram do estudo alunos da quinta-série

do ensino fundamental de uma escola da rede pública do município de

Londrina - PR. As intervenções aconteceram no próprio ambiente escolar,

seguindo-se todos os procedimentos éticos previstos relativos à pesquisa com

seres humanos. O grupo experimental foi constituído pelos alunos que

participavam da sala de apoio e o grupo controle pelos alunos da mesma série

escolar que não participavam da sala de apoio. Os alunos foram avaliados em

três momentos por meio dos seguintes instrumentos: (a) Escala de Estratégias

de Aprendizagem Voltadas para a Leitura; (b) Técnica de Cloze; (c) Avaliação

da Autopercepção e Percepção da Tarefa de Adolescentes nos Domínios de

Português e de Matemática, e; (d) Problema de Matemática. O Grupo

Experimental (GE) participou de nove sessões de intervenção, recebendo

apoio motivacional e ensino de estratégias de aprendizagem em situação de

leitura. Os resultados mostraram ganhos em compreensão leitora, cuja maioria

atingiu um Nível Independente em leitura. Houve melhorias nas estratégias de

aprendizagem tanto para o GE quanto para o GC. Os resultados obtidos no

presente estudo possam ser úteis a educadores e psicólogos escolares, além

de revelarem a importância da formação de docentes capazes de aprender e

ensinar de modo estratégico, visando o desenvolvimento da compreensão

leitora e da motivação para aprender.

Fichamento 17:

O trabalho de Maciel (2012) tinha o objetivo de “investigar, por meio de

intervenções em estratégias de aprendizagem específicas à compreensão

Page 95: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

94

leitora, o impacto na qualidade motivacional nos domínios da Língua

Portuguesa e da Matemática” (MACIEL, 2012 p. 1 ). Os participantes são

“alunos da quinta-série do ensino fundamental de uma escola da rede pública

do município de Londrina – PR” (MACIEL, 2012 p. 7), os quais formaram dois

grupos, sendo que o GE (grupo experimental) participava da sala de apoio,

onde se realizaram nove sessões de intervenção buscando promover a

motivação e o aprendizado de estratégias de compreensão leitora; e o GC

(grupo controle) não participava, este era composto por alunos de baixo

rendimento escolar, portanto iniciou no experimento com um rendimento

inferior ao grupo experimental.

Os resultados apontam que ao se comparar os diferentes grupos foi

possível observar os mesmos resultados, o que significa que o GC teve um

maior salto qualitativo por ser composto por alunos de baixo rendimento

escolar. Assim, os alunos que anteriormente estavam em um nível de frustação

leitora, obtiveram uma melhor compreensão leitora em ambos os grupos.

Desse modo, há necessidade do melhor preparo docente para o ensino de

estratégias de aprendizagem que motivem a compreensão leitora. A motivação

é vista, portanto como eficaz para o sucesso escolar, ao dar mais segurança

para os alunos que ao se sentirem autoconfiantes desenvolvem um

aprendizado significante.

No que se refere à questão “tempo de estudos” é mencionada a

performance, que é a forma como o aluno se utiliza de seu tempo e o

desempenho que apresenta a partir disto, nesse sentido “um aluno pode

empenhar sua atenção, esforço, tempo e isso não resultar em um bom

desempenho escolar. Por outro lado, um aluno pode obter boa nota sem ter

aplicado esforço” (MACIEL, 2012 p. 18). Esta performance se relaciona com a

motivação, pois ao aluno notar que todo seu esforço e tempo de estudo

despendido para atividades não satisfatórias este se desmotivará a aprender,

percebendo-se como incapaz. É preciso, sengo a autora proporcionar

experiências positivas para que os alunos se organizem

de modo que esses recursos favoreçam o aprendizado, tal como estudar com tempo suficiente para evitar excessiva ansiedade, estudar em ambiente calmo, arejado e com boa iluminação, pedir ajuda quando necessário para evitar possíveis fracassos acadêmicos,

Page 96: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

95

bem como administrar o esforço e persistência para conseguir atingir a meta planejada (MACIEL, 2012 p. 37).

Page 97: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

96

Por que aprender isso, professora? Sentido pessoal e atividade de estudo

na psicologia histórico-cultural.

ASBAHR, Flávia da Silva Ferreira.

Resumo dissertação 5:

O objetivo desta pesquisa é investigar o processo de atribuição de

sentido pessoal à atividade de estudo de estudantes do Ensino Fundamental.

Tem-se, como referência teórica, a Psicologia Histórico-Cultural, que

compreende o desenvolvimento humano a partir da periodização de atividades

principais realizadas ao longo da vida. O foco de pesquisa é a atividade de

estudo, atividade principal das crianças em idade escolar. O trabalho é

composto por uma investigação bibliográfica conceitual, cujo produto são

sínteses teóricas acerca do objeto estudado, e uma investigação empírica,

realizada em uma escola pública municipal da cidade de São Paulo, com

estudantes de 4a série. A pesquisa empírica divide-se em quatro momentos:

1º) Acompanhamento e observação do cotidiano de uma turma; 2º) Situações

orientadas de aprendizagem, que consistem em ajuda aos estudantes em suas

tarefas; 3º) Grupos focais com os estudantes para compreender os motivos de

sua atividade de estudo; 4º) Entrevistas individuais com a professora e com

algumas crianças. Para a análise de dados, utilizaram-se os seguintes

procedimentos: 1) Descrição empírica, construída a partir das temáticas mais

frequentes nos registros dos dados; 2) Descrição teórica, elaborada a partir de

eixos de análise que revelam o movimento da atividade de estudo; 3)

Estabelecimento da unidade de análise do objeto desta pesquisa: a relação

entre os motivos da atividade de estudo e os fins das ações de estudo; 4)

Retorno ao concreto, mediado pela unidade de análise. Finalmente, busca-se

reconstruir o real e explicar o processo de atribuição de sentido pessoal à

atividade de estudo. Analisam-se, assim, os limites de formação dessa

atividade na atual organização do ensino e as contradições escolares que

indicam, por outro lado, possibilidades de formação da atividade de estudo e de

constituição de um sentido pessoal que seja condizente com as máximas

possibilidades de humanização presentes na atividade em foco. Nesta

perspectiva, analisa-se como a relação entre os motivos da atividade de estudo

e as ações de estudo pode engendrar ações esvaziadas de sentido, que não

permitem a formação desta atividade. Podem, entretanto, produzir ações

Page 98: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

97

geradoras de motivos de aprendizagem, em que o conhecimento deixa de ser

meramente conteúdo escolar e torna-se conteúdo vivido pelo estudante. No

primeiro caso, que denominamos de sentidos existentes, vê-se a ruptura entre

os motivos e as ações de estudo. No segundo caso, apontam-se as

contradições na organização da atividade pedagógica que indicam

possibilidades de superação dessa fragmentação entre motivos e ações e entre

significados e sentidos da atividade de estudo. Essas contradições indicam,

assim, o processo de atribuição de sentidos possíveis, na direção da

apropriação dos conhecimentos humanos específicos da atividade pedagógica.

Ressalta-se o papel do professor nesse processo. Como resultado, defende-se

a tese de que, para que a aprendizagem escolar ocorra, as ações de estudo

dos estudantes devem ter um sentido pessoal correspondente aos motivos e

aos significados sociais da atividade de estudo, no sentido da promoção do

desenvolvimento humano. Propõe-se, como síntese, um conjunto de elementos

teóricos explicativo do processo de atribuição de sentido pessoal à atividade de

estudo em geral, explicitando aquilo que é preciso compreender para situar a

atividade do professor como atividade humanizadora, de modo que sua

mediação conduza à atividade de estudo do estudante por meio da atribuição

de sentido pessoal.

Fichamento18:

Asbahr (2011) objetivou em sua pesquisa investigar o sentido que os

estudantes do Ensino Fundamental dão à escola e aos seus estudos. Nesse

sentido a autora se utilizou de quatro momentos de intervenção que eram

compostos de observação de atividades de estudo da turma, ajuda aos alunos

em situações emergentes, formação de grupos focais e entrevistas finais.

Participaram deste estudo alunos da 4ª série de uma escola municipal de São

Paulo.

Entende-se como atividade de estudo, segundo Davidov (1998) algo

diferente de aprendizagem que se faz presente em todas as ações humanas. O

estudo possui “conteúdo e estrutura própria, diferenciando-se das outras

atividades” (ASBAHR, 2011, p. 2). A autora enfatiza a atividade de estudo que

ocorre na escola que preocupa-se com a constituição da consciência e do

pensamento teórico. No contexto da atividade de estudo é essencial observar

Page 99: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

98

os significados sociais da escola e do estudo, esses significados muitas vezes

são para as crianças aquilo que a escola ou a família lhes disseram, a escola

como caminho para um futuro melhor, ou o estudo para não reprovar; e o

sistema de relações sociais no qual a criança está inserida.

Os motivos,são componentes importantes na atividade de estudo.

Podem ser motivos expressos pelas crianças atrelados a significados sociais e

que neste momento não possui sentido pessoal para o aluno (motivos

estímulos ou motivos compreensíveis) e os motivos vividos a partir da atividade

escolar, este tem relação com a afetividade (motivos geradores de sentido ou

motivos realmente eficazes). Cada um pode transformar-se no outro. Ao

analisar que praticamente todas as crianças diziam ir a escola para obtenção

de trabalho é visível que seus motivos são os das significações sociais.

Segundo Paro (2001) com o mundo capitalista o trabalho aniquila e aliena o

sujeito, e a escola ao seguir este mundo não humaniza e nem liberta o homem.

Quando o motivo volta-se para as questões disciplinares novamente não se

produz aprendizagem, apenas evita “situações negativas vivenciadas na

escola” (ASBAHR, 2011, p.145). Crianças também admitem que vir para escola

é algo divertido por lá encontram seus amigos, este sim é um motivo vivido,

afetivo a partir da presença do outro, que faz sentido para as crianças e

portanto deve ser considerado na atividade pedagógica mesmo que não sendo

exatamente uma atividade de estudo. Na classe observada foram visíveis os

motivos eficazes quando as crianças buscaram “satisfazer a professora ou se

aproximar da pesquisadora” (ASBAHR, 2011, p.14 ), e também crianças que

se interessaram realmente em aprender os conhecimentos, no entanto por nem

sempre as curiosidades estavam relacionadas com as aulas e poucas vezes

geravam discussões com a turma, desmotivando o aluno que tem necessidade

de aprender.

Outros componentes são ações de estudo e seus fins, estes são

indissociáveis. As ações podem ser de conformação, que “reproduzem e

mantêm a ordem vigente” (ASBAHR, 2011, p. 149”), vistas na sala observada

com as cópias automatizadas pelas crianças; ações de transformação, essas

“contribuem para o processo de humanização” (ASBAHR, 2011, p.149), podem

ser identificadas na vontade das crianças em aprender sobre motivos alheios a

atividade de estudos, as quais ao serem atendidas pela professora geram

Page 100: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

99

motivos de aprendizagem a partir de interesses reais com a ação orientada do

educador. A ação lúdica também é uma ação transformadora, pois como sabe

a professora da classe observada, a brincadeira tem potencialidade para que a

criança se aproprie do mundo; e por último as ações coletivas de

aprendizagem que foram desenvolvidas na sala observada com a intervenção

da pesquisadora e da professora a partir dos trabalhos em grupos, no entanto,

essas nem sempre eram bem sucedidas pois nem sempre as crianças agiam

conjuntamente.

Os resultados apontaram para evoluções na aprendizagem durante o

tempo que se desenvolveu a pesquisa. Após entrevista foi possível

compreender que algumas dessas aprendizagens foram incorporadas para a

vida dos estudantes (ler está fácil porque vê filme com legenda), faz portanto

sentido para a criança. As crianças também mostraram que aprenderam

porque a professora os ensinou, sendo a professora reconhecida como

importante para seus aprendizados, além de identificar o carinho da professora

em buscar diferentes estratégias para que todos compreendessem o que era

estudado, significando a afetividade.

No entanto, nem sempre a atividade de estudo chega a se formar, não

atingindo o processo de formação, como mostra a autora, essas não se

desenvolvem plenamente por serem voltadas para o processo de alienação,

comum na sociedade capitalista. Para que este ensino aconteça é preciso que

a escola seja referência na vida da criança, que a relação com o outro seja

geradora de sentido (relação motivo-ação), de forma que essas ações

desenvolvam motivos de aprendizagem, é preciso que o professor desenvolva

uma atividade humanizadora promovendo uma atividade mediada pelo sentido

pessoal para os alunos.

Page 101: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

100

Um estudo sobre hábitos e estratégias de aprendizagem na

realização de lição de casa de alunos do ensino fundamental.

SACCO, Susy Generoso.

Resumo da dissertação 6:

Pesquisas sobre a prática da lição de casa revelam que essa atividade

pode ser favorável para estimular hábitos e uso de estratégias benéficos aos

estudos extraescolares, assim como auxiliar na melhora do desempenho

escolar do aluno. O presente estudo buscou conhecer a opinião dos estudantes

a respeito da importância da atividade de lição de casa, investigar o relato de

hábitos e uso de estratégias de aprendizagem na realização da atividade em

questão por alunos do ensino fundamental, e verificar também se há relações

entre o relato de hábitos e o uso de estratégias com o desempenho escolar dos

discentes, o gênero e o ano escolar. Fizeram parte da pesquisa 280 estudantes

dos seguintes anos: 3º, 5º, 7º e 9º do ensino fundamental, de duas escolas

públicas do município de Piracicaba - SP. Os dados foram coletados por meio

de uma questão aberta, na qual os alunos responderam sobre a importância da

lição de casa e da aplicação da Escala de Avaliação de Hábitos e Estratégias

Relativos à Realização da Lição de Casa. Para averiguar o rendimento escolar

dos participantes, foram consultados o boletim de notas dos estudantes

referente ao ano da coleta. Foi feita uma análise categorial para as respostas à

questão aberta e sua descrição em percentagem. Os dados provenientes da

escala foram estudados por meio de estatística descritiva e inferencial. Os

resultados revelaram que a maioria dos alunos acreditam na importância da

lição de casa. Encontrou-se correlação positiva entre o relato de hábitos e o

uso de estratégias para a aprendizagem na realização da lição de casa e o

desempenho escolar. No entanto, hábitos e estratégias favorecedores da

aprendizagem não aumentaram necessariamente com o avançar dos anos

escolares. As meninas revelaram utilizar com mais frequência do que os

meninos hábitos e estratégias que favorecem a aprendizagem, durante a

realização da lição de casa. Além disso, o sexo masculino relatou, com maior

frequência, ter hábitos e fazer uso de estratégias que não são benéficas à

aprendizagem. Os dados apontam a importância de se prescrever a

Page 102: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

101

atividadede lição de casa como uma ferramenta que pode contribuir para

melhora do desempenho escolar dos alunos.

Fichamento 19:

O objetivo deste estudo é “conhecer a opinião dos estudantes a respeito

da importância da atividade de lição de casa, investigar o relato de hábitos e

uso de estratégias de aprendizagem na realização da atividade em questão por

alunos do ensino fundamental, e verificar também se há relações entre o relato

de hábitos e o uso de estratégias com o desempenho escolar dos discentes, o

gênero e o ano escolar.” (SACCO, 2012, p. 9)

Participaram da pesquisa alunos dos 3º,5º,7º e 9º anos de escolas

públicas do município de Piracicaba – SP, esses alunos foram escolhidos pelo

fato de nos anos iniciais poder se analisar o inicio do desenvolvimento da

autorregulação e nos anos finais analisar as diferenças e avanços nesses

temas.

Os instrumentos de pesquisa foram uma questão aberta sobre a

importância da lição de casa; a aplicação daEscala de Avaliação de Hábitos e

Estratégias Relativos à Realização da Lição de Casa e a observação do

boletim dos alunos. A coleta de dados aconteceu nos laboratórios de

informática e bibliotecas com dez grupos de estudantes por vez com exceção

dos terceiro ano onde haviam quatro crianças por vez. Houve uma

apresentação e o preenchimento dos dados de identificação. Na sequência

eram lidas em voz alta as questões aberta (Você acha que a lição de casa é

importante?) e fechada, a qual fazia parte da Escala de Avaliação de Hábitos e

Estratégias Relativas à Realização da Lição de Casa em forma Likert com 30

itens.

Foi feita uma análise das respostas para a questão aberta que indicou

que mais da metade dos alunos consideram a lição de casa importante para

aprofundar o conteúdo. Em relação a variável sexo as meninas mostraramter

melhores estratégias que os meninos; em relação a variável escolar, os alunos

mais novos valorizam mais a lição de casa e possuem mais hábitos de

estratégias que os mais velhos. As médias do terceiro ano são boas, do quinto

ano decresce em relação ao anterior, o sétimo ano é mediano em desempenho

e o nono ano está no limite, portanto quanto menos o aluno maior as médias.

Page 103: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

102

É possível afirmar que a maioria dos alunos sabem da importância da

lição de casa, pois é por meio dela que ele pode verificar se compreendeu a

matéria de forma que se desenvolva um perfil autorregulatório, desenvolvendo

habilidades cognitivas e motivacionais que o permitem melhorar cada vez mais

seu desempenho escolar. Para isso é importante lembrar que a lição de casa

deve fazer sentido para o aluno e estar vinculada com seu interesse.

A lição de casa produz a aprendizagem, a melhora no rendimento

escolar, estabelece hábitos eficazes para o estudo, desenvolve habilidades

pessoais como a autorregulação, “autodisciplina, autodireção, organização do

tempo e independência, entre outras” (SACCO, 2012, p. ). Em diferentes

países há discrepâncias no tempo em que os alunos ficam na escola e no

tempo que fazem a lição de casa. Os Chineses permanecem aproximadamente

8 horas na escola e realizam lições de casa diariamente, por esse motivo

durante a semana a maioria não sai de casa. Os professores dirigemsala de

aula de forma eficiente e os pais auxiliam seus filhos. Os americanos por

gastarem pouco tempo de estudo tanto na sala de aula quanto para a lição de

casa, possuem desempenho inferior aos Chineses e Japoneses. “Vê-se que o

Brasil ainda tem muito a caminhar para que a educação de qualidade ocorra e

de forma igual para todos” (SACCO, 2012, p. 10).

A cultura chinesa possui disponibilidade parental além de atitudes

positivas frente as lições, são, portanto, importantes os modelos sociais para o

desenvolvimento da autorregulação e da autoeficácia nos alunos. No ensino

fundamental os professores devem ser orientados da importância da lição de

casa para o sucesso escolar e precisam instruir os alunos para que estes

saibam como realizar a lição de casa “ como organizar o espaço de trabalho,

definir prioridades, controle do tempo e de distrações, monitoramento de

emoções indesejadas, reforçando crenças e expectativas de esforço

(Ramdass&Zimmerman 2011, apud SACCO, 2012, p. 18).

Porém, simplesmente “passar” a lição de casa de formamal-estruturada

e mal-elaborada não garante progresso e pode levar a efeitos negativos. Essa

é uma etapa que exige muita responsabilidade, pois ao mesmo tempo que

precisa ser desafiadora não deve sobrecarregar os educandos, nesse sentido

o professor deve estar atento a vários fatores. Em primeiro lugar, não poderá exigir que o aluno faça na lição de casa o que não lhe foi

Page 104: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

103

ensinado em sala de aula. A lição de casa é uma revisão do que já foi visto na escola. Cabe ao docente, também, oferecer ferramentas para que o aluno consiga realizar a lição de casa de forma eficaz, nesse caso os instrumentos são as estratégias de aprendizagem. Outro fator que o docente deve levar em conta é que a quantidade de lição de casa não indica necessariamente a qualidade dessa atividade. Vale mais solicitar alguns exercícios bem estruturados e que exijam maior raciocínio do aluno, do que muitos deles, resultando em horas de elevado esforço, que pode gerar até automatismo durante a sua

realização. (SACCO, 2012, p. 10)

Page 105: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

104

Page 106: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

105

Instrumentos Formativos e Regulação no Processo de

Ensino/Aprendizagem da Escrita.

LAMEIRA, Renata dos Santos.

Resumo dissertação 7:

O presente estudo versa sobre os instrumentos formativos e os

processos de regulação na aprendizagem da produção escrita, em Português

como língua materna. Inscreve-se na perspectiva da avaliação formativa de

orientação francófona, que se focaliza nos processos de regulação e de

autoavaliação, com a finalidade principal de favorecer a aprendizagem, de

maneira que os próprios aprendentes possam detectar suas dificuldades e, a

partir das atividades de análise propostas, desenvolver instrumentos para

superá-las. Articula-se esta concepção da avaliação com os pressupostos de

uma abordagem interacionista do ensino/aprendizagem de língua materna que

visa, mediante atividades de linguagem significativas, promover a reflexão

sobre o uso da língua e o desenvolvimento das competências discursivas.

Neste contexto, relata-se um projeto de escrita de contos fantásticos, realizado

em uma turma do 7º ano do ensino fundamental, no âmbito de uma pesquisa-

ação, metodologia essa que permite a todos os participantes – professores e

alunos – serem sujeitos mais efetivos na construção do conhecimento. No

desenvolvimento do projeto de escrita adotou-se o procedimento Sequência

Didática, tal como modelizado por Schneuwly e Dolz (2004), uma vez que tal

procedimento se coaduna plenamente com os princípios da avaliação

formativa. Ao longo da sequência foram sendo elaborados pelos participantes

alguns instrumentos (listas, fichas...) com vistas à regulação dos contos

produzidos e à progressiva apropriação das características do gênero em foco.

Analisa-se aqui o processo de construção desses instrumentos formativos, sua

utilização pelos aprendentes e os efeitos proporcionados na regulação da

aprendizagem. Conclui-se que o uso de instrumentos formativos bem como a

própria elaboração desses instrumentos contribuem para a aprendizagem da

escrita, permitindo claramente a apropriação de critérios que haviam sido

objeto de estudo, fazendo-se, no entanto, uma ressalva à necessidade de

haver uma clara articulação dos instrumentos com o modelo didático elaborado

no planejamento da sequência de atividades.

Page 107: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

106

Fichamento 20:

O objetivo do presente trabalho, identificado como uma pesquisa-ação,

é, a partir da perspectiva da avaliação formativa em uma abordagem

interacionista, estudar “os instrumentos formativos e os processos de regulação

na aprendizagem da produção da escrita, em Português com a língua materna”

(LAMEIRA, 2012, p.6) como favorecedores da aprendizagem, contribuindo

assim para as aulas de língua materna, pois segundo a autora, é essa que se

responsabiliza pelo desenvolvimento da “fala, escrita e leitura” (LAMEIRA,

2012, p.11) nos alunos que, com essas competências, poderão regular sua

aprendizagem.Participaram desta pesquisa alunos do 7º ano do ensino

fundamental.

Os alunosescolheram os contos fantásticos, seguidos da elaboração,

também pela participação ativa dos alunos, de instrumentos formativos que

possibilitam a regulação dos participantes, como listas e fichas para que os

autores pudessem reelaborar seu texto. A princípio os alunos mostraram

dificuldades por desconhecerem “as características de um conto fantástico; as

ações dos textos não se sucediam; os personagens apresentados eram

característicos dos contos de fadas ou das fábulas” (LAMEIRA, 2012, p.60), e

não havia mistério. A partir dessa análise foram desenvolvidos quatro módulos

para que os alunos superassem essas dificuldades, também foram propostas

discussões para troca de informações, o que a autora considera como fator

contribuinte da autorregulação. Foram avaliadas as reescritas dos alunos para

a análise do desenvolvimento.

Os instrumentos utilizados foram à produção de um projeto chamado

“Coquetel Literário” que objetivava a apropriação das características de um

determinado gênero textual a partir da confecção de uma coletânea pelos

estudantes. Os resultados indicam que, a maioria dos textos apresentou

significativa melhora no domínio do gênero, portanto, a elaboração e utilização

destes instrumentos, a partir de sua proposta de favorecer o processo de

autorregulação da aprendizagem para que os aprendizes reconheçam suas

dificuldades e sejam capazes de superá-las, proporcionaram atividades de

linguagem significativas para a aprendizagem de das competências discursivas

e das produções textuais.É importante lembrar que muitas foram

Page 108: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

107

asintervenções e as reelaborações, e ainda assim os alunos estavam

motivados à refazerem seus textos.

Page 109: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

108

Percepções e Procedimentos Estratégicos de Leitura Utilizados por

Alunos do Ensino Fundamental: um Estudo na Perspectiva da

Autorregulação da Aprendizagem em Escolas de Natividade-RJ.

PINHO, Maria Das Graças Estanislau De Mendonça Mello De.

Resumo dissertação 8:

Este estudo investigou a percepção e os procedimentos estratégicos de

leitura de 240 alunos do quinto ano de escolaridade do Ensino Fundamental de

escolas públicas e privadas, localizadas no município de Natividade/RJ. As

principais estratégias utilizadas pelos alunos foram identificadas antes, durante

e depois da leitura silenciosa, e seus procedimentos com o que preconiza a

literatura especializada foram comparados. Além disso, as principais fontes de

aprendizagem dos alunos referentes a procedimentos estratégicos de leitura

foram investigadas. Trata-se de um estudo descritivo de natureza quanti-

qualitativa. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi o questionário,

construído em colaboração com uma mestranda e uma professora da

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de

Lisboa, que foi dividido em três partes referidas aos momentos antes, durante e

após a leitura de um texto. O tratamento dos dados através do Programa de

computador SPSS 13.0 Windows (StatisticalPackageof Social Sciences, versão

2005) possibilitou análises a partir das quais se concluiu que os alunos

apresentam percepções positivas em relação à leitura; possuem um repertório

amplo de estratégias de leitura, algumas das quais restritas a um pequeno

número de sujeitos; o professor é a principal fonte de aprendizagem de

procedimentos estratégicos dos alunos e, em seguida, os pais e os livros.

Algumas contradições evidenciadas nas falas dos sujeitos foram discutidas,

reforçando-se a necessidade do ensino de procedimentos estratégicos

concomitante ao da leitura, para a sua melhor proficiência.

Fichamento 21:

O objetivo desta pesquisa é compreender como os alunos desenvolvem

estratégias de leitura “antes, durante e depois da leitura silenciosa” (PINHO,

2012, p.7), além de considerar a dimensão motivacional empreendida nesse

aspecto.

Page 110: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

109

Participaram da pesquisa 240 alunos de doze escolas do município de

Natividade/RJ, do 5º ano do ensino fundamental, estes foram escolhidos por

esperar que entre os dez anos os alunos já apresentem características da

leitura proficiente e estratégias eficientes. Foi utilizado para a leitura silenciosa

o texto “A bola” de Luís Fernando Veríssimo. As crianças foram avisadas de

que a leitura seria parada em dois momentos para que se aplicasse o

questionário, o qual a primeira parte já havia sido respondida antes do início da

leitura. Esse questionário foi o instrumento utilizado para avaliar a utilização de

estratégias pelos alunos, ele foi dividido em três partes com um total de 50

questões, sendo 34 fechadas e 16 abertas, este foi baseado em escalas de

Rodríguez (2004) que elaborou a ESCOLA (Escala de Metacompreensão

Leitora) e Jolly (2006) que elaborou a EELI (Escala de Estratégias de Leitura).

Os resultados mostram que “o conhecimento metacognitivo e as

estratégias de leitura dos alunos do quinto ano de escolaridade do Ensino

Fundamental” (PINHO, 2012, p.94) são inadequados pelo fato de não serem

comum a todos, no entanto, em geral, os alunos mostraram ter prazer em ler e

ter crenças positivas a respeito da autoeficácia da leitura como necessária para

seu sucesso escolar e utilizam estratégias para compreender a ação, sendo

que, as estratégias mais utilizadas são aquelas mais frequentes na sala pela

utilização do professor, como “reler, prestar atenção e ler devagar” (PINHO,

2012, p.83), dessa forma o professor é tido como um modelo necessáriopara a

aprendizagem, seguido dos pais e livros. É importante dizer que a maior

dificuldade dos alunos foi o vocabulário e que a tarefa planejada possibilitou

maior reflexão pelos alunos.

Page 111: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

110

ANEXO 8: Resumo teses e dissertações consultadas

Resumo dissertação consultada 1:

No contexto escolar, o processo avaliativo é um dos desafios

encontrados pelos professores e pelos alunos. As razões são diversas, mas

geralmente estão vinculadas ao seu exercício em perspectiva classificatória,

em detrimento da formativa, que subsidia e orienta intervenções oportunas e

adequadas às dificuldades de aprendizagem. Todavia, como promover uma

avaliação capaz de envolver os professores na otimização do ensino e,

principalmente, o aluno na superação das próprias dificuldades de

aprendizagem? Seriam os mapas conceituais uma das possibilidades? Os

mapas conceituais, utilizados como ferramenta avaliativa favorecem a

autorregulação? Como os alunos valem-se dos mapas para localizar

dificuldades e recompor o processo de aprendizagem? Responder aos

questionamentos orientou na proposição do objetivo geral: compreender como

o mapa conceitual configura-se, de fato, uma ferramenta para a efetivação de

uma avaliação formativa, favorecendo a autorregulação da aprendizagem pelos

educandos. A aprendizagem significativa e os mapas conceituais foram

escrutinados sob a égide cognitivista, enquanto a avaliação formativa foi

analisada e compreendida na perspectiva francófona – que enfatiza a

regulação em detrimento da remediação. A pesquisa promoveu uma

abordagem qualitativa da realidade, valendo-se da estratégia do estudo de

caso educativo. Participaram do estudo 32 alunos de uma 7ª série do Ensino

Fundamental II, de uma escola estadual do Norte do Paraná. A coleta de dados

decorreu de análise documental, observação da realidade e entrevista

semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo clássica,

favorecendo a emersão das unidades de análise. O estudo permitiu constatar

que o mapa conceitual favoreceu aos alunos a autorregularem sua

aprendizagem, pois lhes facultou perceberem as dificuldades e gerou um

“cenário” que os motivou a elaboração de estratégias de superação. Assim, a

utilização dos mapas conceituais como ferramenta avaliativa suscitou

condições para a construção progressiva de diversificadas estratégias de

aprendizagem: buscar apoio junto aos colegas, buscar apoio junto ao

professor, buscar informações em diferentes portadores, promover anotações e

Page 112: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

111

proceder à sua revisão, organizar o ambiente, automonitorar o sucesso das

estratégias empreendidas, alterando-as quando necessário.

Resumo dissertação consultada 2:

Este estudo foi realizado no contexto de um projeto de investigação

sobre o desenvolvimento de práticas de avaliação formativa. O seu objetivo é

compreender quais os contributos da coavaliação entre pares, através do

feedback, no desenvolvimento dos processos matemáticos. A metodologia de

investigação seguiu uma abordagem qualitativa e o seu design foi a

investigação-ação. As técnicas usadas para a recolha de dados foram a

observação-participante, a entrevista, o questionário e a análise documental.

Os dados recolhidos foram analisados através de categorias definidas,

considerando as perspetivas teóricas referidas na fundamentação e os dados

recolhidos. Pode concluir-se que este estudo evidencia a importância do

feedback enquanto instrumento de aprendizagem da Matemática, não só para

os alunos que avaliam como também para os que são avaliados. O feedback

regulador providenciado pelos alunos avaliadores possui pistas orientadoras

importantes que permitiram aos seus pares identificar o erro e corrigirem-no de

forma autónoma, melhorando o seu desempenho. Com efeito, este processo

de coavaliação promove a regulação das aprendizagens, contribui para a

evolução dos processos matemáticos e desencadeia o desenvolvimento de

competências de autoavaliação e autorregulação nos alunos.

Page 113: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

112

ANEXO 9 – Transcrições

Tabela 1. Escola 1:

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

3 4º Ano A Masculino 9 0 0 0 0,0

11 4º Ano A Masculino 11 0 0 0 0,0

14 4º Ano B Masculino 10 50 60 120 76,7

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº 3 – (MENOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Trinta minutos. Primeiro eu brinco e depois eu estudo. (Na hora que é

para entrar eu tomo banho e estudo).

2. Sim. Eu me lembro que o amarelo fugiu, as cores foram buscar ele e

encontraram muitos obstáculos pelo caminho no qual conheceram

muitos amigos, que nem o rio soluço, a águia sorridente, e outros. O

amarelo deixava pistas, e no final acharam ele em um galinheiro.

3. Aprendi que você não pode desistir. Quando eu tenho uma dificuldade

eu não desisto. Nos meus estudos, se eu não estou entendendo uma

pergunta, eu pergunto para a “pro”, para os meus amigos para ver se

eles entendem. Eu me lembro do PLEA que tinha o planejar.

4. Eu estudava vinte minutos.

5. Agora eu estudo mais tempo do que eu estudava antes, trinta minutos.

Eu chego em casa, brinco, depois eu estudo e depois faço a tarefa. De

vez enquanto eu desligo a tv para fazer a tarefa, porque atrapalha meus

estudos, eu fico mais entretido na tv do que na tarefa.

6. Agora eu tento mais para depois pedir ajuda.

7. Sim. Antes eu tirava umas notas mais baixas do que agora.

Nº 11 - (MENOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Meia hora. Em qualquer horário. Às vezes eu planejo meu estudo, penso

no que eu vou fazer. Meus irmãos às vezes me atrapalham, são

menores que eu, eles ficam pulando, brigando.

2. Mais ou menos. Me lembro que tiveram que passar por muitos desafios,

pelo pântano de lama, que encontraram a formiga geral, o rio do

soluços, que o amarelo deixou uma carta em forma de galinha, ele

estava escondido junto com um monte de galinhas.

Page 114: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

113

3. Antes de você fazer alguma coisa você tem que planejar, pensar para

depois fazer. Que a amizade é grande. Temos que planejar antes de

fazer. Eu gostei do livro, todo dia líamos um capítulo na sala.

4. Não me lembro bem.

5. Eu estudo na sala, à noite. Antes eu tenho que ficar olhando o gatinho

para ele não fugir, e meus irmãos. Eu vou sozinho, minha mãe não

precisa mandar. Estudo só a tarefa que a professora passa.

6. Sim.

7. Sim. Antes não me lembro, mas agora elas aumentaram, eu estou indo

melhor na escola.

Nº 14 - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO).

2. Quatro vezes por dia na minha casa.

3. Mais ou menos. Lembro que ele se perdeu quando estava brincando

com as cores amigas dele de esconde-esconde e ele foi o último a tentar

achar, daí ele se perdeu nas matas da floresta. Eu gostei da parte que

eles foram acampar para depois achar o amarelo. Eu ainda tenho o livro

e às vezes o leio.

4. Assim, que quando estiver brincando não podemos nos esconder tão,

tão longe para não se perder em um lugar que você não conhece, que a

gente tem que respeitar os amigos na brincadeira, não brigar com o

amigo

5. Quando chegava em casa eu lia das três às quatro dois capítulos.

6. Hoje eu estudo das quatro às cinco, eu tenho uma hora certa para

estudar.

7. Sim. Antes eu estudava das três e meia até as quatro, só que agora eu

fico das quatro até as cinco, aprendi que é importante lermos tudo,

prestar atenção, e que devo ficar longe da tv, do o computador e do

vídeo game me distraem.

8. Sim, porque eu li muito o amarelo, e isso me ajudou a ler mais livros.

Tabela 2. Escola 2:

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

18 4º Ano A Feminino 10 0 0 0 0,0

19 4º Ano A Feminino 10 360 180 360 300,0

22 4º Ano A Masculino 10 120 30 30 60,0

24 4º Ano A Masculino 9 30 30 30,0

15 4º Ano A Feminino 10 60 60,0

3 4º Ano B Feminino 10 20 60 40,0

Page 115: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

114

9 4º Ano B Masculino 10 15 0,5 15 10,2

8 4º Ano B Masculino 10 90 90 90,0

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº 18 - (MENOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Duas horas. Bem mais tarde do horário que chego. Eu almoço, brinco

um pouquinho e eu estudo às duas horas e termino às três horas da

tarde. Para estudar eu faço conta e depois vejo se o resultado está certo

na calculadora. Estudo algumas tarefas a mais do que a professora

passa, como língua portuguesa, eu leio histórias, a que eu mais gosto é

a da Chapeuzinho Vermelho.

2. Sim. Eu lembro que o amarelo tinha se escondido, e as cores o

acharam. Eu não leio o livro hoje, minha mãe jogou fora. Gostei das

perguntas, dos desenhos.

3. Aprendi a perguntar.

4. Também estudava uma hora por dia.

5. Minha mãe nem sabe que eu estou estudando, ela não me ajuda.

6. Não.

7. Não. Minhas notas são três.

Nº 19 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Por dia estudo duas horas. Primeiro eu almoço, depois eu estudo, pego

muitos livros e ajudo minhas irmãs na tarefa, estou ensinando uma a ler.

Às vezes brinco com elas estudando. Eu planejo o meu tempo, deixo

meu celular tocar para eu saber a hora de me concentrar em meus

estudos. Sempre procuro um lugar que possa me ajudar a entender as

palavras que eu não conheço e estudo, procuro ir além das tarefas que

a professora passa, pego livros de história e conto para minhas irmãs.

2. Eu gostei quando começaram a achar o amarelo, ele estava dentro do

ovo. Ainda tenho o livro, já li para minhas irmãs.

3. Aprendi o PLEIA (planejar, executar e avaliar), que ele é muito bom.

4. Na quarta série era tudo muito bom, o PLEIA do amarelo me ajudou

muito. Antes eu não me concentrava, com o PLEIA eu fui mais para

frente, o barulho da sala me atrapalhava, eu não me concentrava, e o

livro fez todos mudarem, ajudou todo mundo.

5. Eu planejo o que eu vou falar para minhas irmãs, eu executo e avalio

tudo que dei. O que vou estudar eu também planejo, depois eu avalio

bem o que eu estudei para ver se está tudo certo.

6. Hoje, eu leio mais livros, estudo mais, escrevo muito mais.

Page 116: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

115

7. Minhas notas melhoraram, antes eu tirava seis, seis e meio, eu comecei

a tirar oito, nove, estou pretendendo tirar dez, e para isso vou estudar

mais e planejarei com o PLEIA.

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 26/06/2014

Nº 22indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Ah, uma hora, uma e meia. É bem legal, eu estudo todo o dia, de terça

eu faço treino de futsal e eu tenho missa porque eu faço catequese,

nesse dia é depois do treino que eu estudo.

2. Eu lembro e leio ainda. Eu leio para meu sobrinho, daí eu termino e

começo tudo de novo. Eu gosto quando encontram o amarelo no

galinheiro, a parte que todos se ajudam para atravessar o rio. Lembro do

planejar, avaliar e executar.

3. Eu aprendi a ficar mais organizado porque eu sempre perco minhas

coisas, obedecer, e sempre tentar e nunca desistir.

4. Antes eu sempre pedia ajuda para minha irmã, daí ela falava as

respostas sem querer e eu copiava. Eu fazia a lição na hora que dava.

5. Eu uso o PLEIA. Eu falo que vou fazer, daí eu executo e depois eu

termino, e isso dá muito certo. Eu peço para minha mãe não deixar eu

sair de casa daí eu fico estudando o dia inteiro, porque do contrário eu

saio pela janela, ela tranca a porta do quarto, porque eu tenho meus

cachorrinhos, que eu gosto de cachorros, daí eu quero ficar brincando

com eles. Eu tenho uma irmã, que quando eu preciso e peço ajuda ela

me ajuda.

6. Agora quando eu tenho tarefa faço na hora e estudo além do que a

professora passa, um pouco de matemática, e as vezes eu leio bastante

histórias para acalmar ou jogar vídeo game. Eu gosto de brincar de

procurar coisas perdidas, por causa do livro, eu sempre faço pro meu

sobrinho se esconder, e eu procuro ele, eu planejo ir por um lado porque

eu sei que ele vai pelo outro e tento subir por cima da casa porque pego

ele no alto.

7. Antes eu tirava mais ou menos cinco e meio, eu comecei a tirar dez na

matemática e dez em língua portuguesa, mas em geografia e ciências

eu não sou muito bom não, eu preciso planejar mais, estudar e executar.

Nº 24 indicação da professora - (MÉDIO TEMPO DE ESTUDO):

1. Uma hora. Das três às quatro. Eu pego minhas provas e eu copio todas

as perguntas, daí eu tenho fazer, daí eu vejo se está certo. A tarefa eu

faço quando chego da escola.

2. Sim. Lembro que o avaliar, executar, do PLEIA. Eu tenho o livro e as

vezes o leio. Gosto mais quando encontram o amarelo no galinheiro.

Page 117: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

116

3. Me ajudou a fazer as tarefas e várias coisas, para eu planejar as coisas

antes, porque antes eu não fazia essas coisas, executar e depois eu

avalio, se está certo ou não.

4. Mesma coisa que faço agora, mas eu fazia tudo assim e não executava

e nem avaliava.

5. Agoraeu planejo o horário, faço e avalio as coisas.

6. Eu uso o pleia, primeiro eu planejo, eu vou lendo, lendo, lendo, daí eu

vou tirando as conclusões. Eu tenho medo de errar, e isso me atrapalha,

daí eu peço ajuda para minha mãe. A televisão me atrapalha, daí eu

desligo, eu estudo no meu quarto com a porta fechada. Eu gosto de ler

histórias sobre o sistema solar, e gosto de matemática.

7. Sim, antes eu tirava sete e oito, agora nove e nove e meio.

Nº 15 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Pouco, só na escola, eu não gosto muito, tenho preguiça. Gosto de ler

livros, mas não tenho horário certo pra leitura. Quando tem tarefa eu

faço quando chego da escola. Quando tem prova eu estudo na escola,

muito pouco, eu só leio, minha mãe fica no meu pé para eu estudar.

2. Lembro que contava das cores, da floresta que eles viviam, que eles

passavam por vários lugares atrás de pistas. Gostei mais do final que

eles descobriram que o amarelo estava escondido no galinheiro dentro

do ovo. Lembro do PLEIA (planejar, executar e avaliar).

3. Com as cores eu aprendi a pensar antes de fazer as coisas. Aprendi a

fazer as coisas, a ter organização. Eu organizo meu livro, meu caderno,

deixo tudo na ordem, coloco por matéria, eu pinto a capa, a linha.

Organizo meus brinquedos, que as vezes eu brinco um pouco.

4. Normal, a professora dava geralmente matemática e língua portuguesa

para nós e dava tarefa todos os dias, menos sexta.

5. Na quinta é um pouco mais puxado, daí eu presto mais atenção nas

aulas e peço ajuda, também ajudo meus colegas.

6. Não muito. Antes eu fazia bem rápido e não prestava atenção, agora

não.

7. Sim antes eu tirava sete, esse ano eu tirei nove, porque eu presto

atenção no que a professora fala.

Nº 3 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Eu estudo no projeto ASA mais ou menos meia hora. Como agora é

tempo de prova eu estudo um pouco mais, eu estudo mais ou menos

uma hora. Eu vou vendo o caderno e vou vendo as matérias, os textos

que a professora passou e daí eu faço a tarefa normal que a professora

passou. Quando não tem prova eu releio os textos que a professora

passou.

Page 118: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

117

2. Sim. Eu lembro que tinham as cores, que o amarelo some e que depois

as cores vão andando no meio da floresta e vão encontrando várias

pistas e encontram o amarelo dentro do ovo. Lembro do planejar,

executar e avaliar.

3. Que a gente sempre tem que planejar executar e avaliar para tudo que a

gente faz.

4. Eu fazia a tarefa sempre. Lembro que tinha um quadrinho que a

professora pintava para quem fazia toda a tarefa era verde, para quem

fazia um pouquinho só era amarelo e para quem não fazia nada era

vermelho. Eu sempre ganhei verde e nunca ganhei vermelho nem

amarelo.

5. Eu uso o PLEIA nos meus estudos quando, por exemplo, se hoje a

tarefa é de língua portuguesa então leio um texto, se hoje a tarefa é de

matemática eu revejo umas contas, as que eu não sei muito bem

principalmente. Minha mãe me ajuda as vezes.

Quando eu vou brincar também uso o PLEIA, se eu vou brincar de

barbie eu separo as que eu vou usar para brincar.

6. Melhorou porque antes eu estudava qualquer coisa. Agora não, se eu for

estudar tarefa de matemática eu estudo a continha, se é língua

portuguesa eu estudo o texto.

7. Antes eu não lembro muito bem, mas elas melhoraram. Esse ano a nota

máxima foi oito, que eu me lembre eu tirei oito de matemática, geografia,

história e seis em língua portuguesa.

Nº9 indicação da professora - (MÉDIO TEMPO DE ESTUDO):

1. Acho que umas duas horas. Eu saio da escola, almoço e além da tarefa

começo a fazer continha, faço um textinho.

2. Eu lembro do PLEIA (planejar, executar e avaliar) eu uso nos meus

estudos, planejo a hora que vou fazer e depois avalio se está tudo certo

com minha mãe. Quando não tá certo minha mãe manda eu corrigir e

fazer de novo. Ainda tenho o livro, as vezes leio para o meu priminho

que vai em casa, gosto de quando todos ficam reunidos, que é no final.

3. Muitas coisas. Aprendi a compartilhar as coisas, as brincadeiras.

4. Eu estudava bem, mas eu consegui fazer mais coisas com o projeto.

5. Cada dia eu faço alguma coisinha. Só depois eu vou brincar, o estudo é

mais importante. Eu planejo o meu horário, saio de perto da televisão e

fico no quarto. É legal porque eu tiro nota boa na prova e consigo

estudar bem.

6. Comecei a prestar mais atenção e compartilhar mais as coisas com

meus amigos. Eu peço ajuda quando preciso e eu ajudo eles. Me ajudou

muito a planejar, eu planejo de fazer tarefas com meus amigos, cada dia

é uma casa que nós vamos, mais ou menos uma vez na semana.

Page 119: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

118

7. Sim, antes eu tirava oito e sete, agora eu só tiro nove e dez. Com o

projeto comecei a ler bastante, daí eu fui cada vez evoluindo mais e daí

eu fui conseguindo fazer. Eu melhorei bastante, o projeto foi muito legal.

Nº 8 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Eu vou o projeto e faço lição no projeto ASA, nós fazemos tarefa e

estudamos um pouco depois que voltamos do vôlei. Quando não tem

nada para fazer eu vejo uma continha que eu estou estudando aqui na

escola e tento fazer, se eu preciso de ajuda eu pergunto para minha

professora. Quando chego na minha casa também estudo, procuro

ajudar meu irmão se ele precisar, e o que eu não consegui fazer no

projeto ele me ajuda, ele é mais velho.

2. Lembro. Ele se perdeu e foi achado em um ovo e nós trabalhamos

nesse tempo e aprendemos sobre o PLEIA (planejar, executar e avalia),

aprendi as cores (vermelho, violeta, azul, amarelo, verde e azul forte).

Eu tenho o livro e as vezes o leio.

3. Aprendi muitas coisas. Que não é pegar e fazer sozinho, é todo mundo

ajudando um ao outro. Se você ver as cores eram como uma família um

ajudando o outro, e eles nunca estão sozinhos e assim eles

conseguiram achar o amarelo.

4. Eu estudava normal, fazia as atividades e se a professora deixasse

ficava desenhando. Eu não estudava na minha casa.

5. Agora as coisas estão mais difíceis, daí eu estudo. A dona pede para

estudar o livro e eu estudo.

6. Mudou. A professora mesmo fala que ela planeja, que a gente tem que

avaliar e fazer. Eu penso como fazer, se eu estou fazendo do jeito certo

e errado, e no final vejo se faço o certo. Um dia eu planejei um

programa com meu amigo e deu certo, estávamos planejando em ir na

casa dele, mas não deu certo, mas conversamos certinho com nossas

mães e conseguimos nos reunir para estudar um pouco do projeto do

amarelo.

O computador me atrapalha, daí eu vou fazer tarefa na cozinha.

7. Melhoraram. Antes eram oito, oito e meio. Agora é dez. Foi o projeto que

me ajudou em minha motivação.

Tabela 3. Escola 3:

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

24 4º Ano A Feminino 10 30 30 0 20,0

24 4º Ano C Masculino 9 90 60 60 70,0

16 4º Ano A Masculino 10 60 120 0 60,0

Page 120: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

119

20 4º Ano A Feminino 10 30 0,2 15,1

6 4º Ano A Feminino 10 30 60 45,0

2 4º Ano A Masculino 10 30 40 35,0

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº24 A- (MÉDIOTEMPO DE ESTUDO):

1. Uns trinta minutos. Chego da escola, jogo um pouco de vídeo game,

assisto filme no notebook e depois estudo. As vezes eu vou sozinho, as

vezes minha mãe pede.

2. Algumas coisas, eu gostei bastante. Lembro que o amarelo se perdeu e

as cores enfrentaram muitos perigos para tentar achar o amarelo. Para

as cores não se machucarem elas planejaram, usaram o PLEIA.

3. Aprendi a fazer muitas coisas, como a ajudar meus amigos a fazer a

lição. Eu peço ajuda quando eu preciso. Em matemática eu não preciso

muito de ajuda porque matemática é fácil, em língua portuguesa eu

preciso de ajuda.

4. Ah! A professora não reclamava de mim.

5. Todo dia eu estudo um pouquinho além das tarefas dadas pela

professora. As vezes dá um pouco de preguiça, mas é dai que eu “ralo”

bastante para expulsar essa preguiça. Eu faço o PLEIA quando sinto

preguiça para tentar “ralar bem, bem mesmo”para eu poder expulsar

essa preguiça, dai dá certinho quando eu executo.

6. Mudou. Antes, na quarta série eu não fazia muita coisa, às vezes eu

ficava atrasado, ficava conversando. Agora eu “pego firme”, a hora que a

“pro” está explicando eu tenho que “ralar” sabe. Agora quando a “pro”

passa que é para estudar para fazer a prova, nossa, eu estudo muitas

vezes o texto. Tem duas crianças do primeiro ano que não conseguiam

fazer uma atividade, eles não sabiam escrever, dai eu ajudei eles

falando as letras.

7. Sim. Antes eu tirava seis e sete, agora eu tenho oito, nove e dez.

Nº24 C- (MÉDIOTEMPO DE ESTUDO):

1. É que eu vou no treino de futebol às três horas, acho que uma horinha

antes do almoço.

2. Eu lembro que o amarelo sumiu, as cores vão atrás dele e no final ele

voltou com os amigos. Lembro que nós fizemos o projeto. Eu tenho o

livro, não me lembro se estou lendo o capítulo sete ou seis.

3. Foi legal. Aprendi sobre as cores, a respeitar e o PLEA que me fez

planejar minhas horas de estudo.

Page 121: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

120

4. Estudava um pouco ruim porque alguém me irritava, mas também era

legal porque tinham meus amigos que me ajudavam.

5. Eu estudo mais ou menos bem, porque as vezes alguém me irrita, dai eu

falo para a professora. Em casa ninguém me irrita, só a tv que eu

desligo. Eu estudo mais algumas coisas fora as tarefas que a professora

me dá, como geografia, matemática, tabuada. Eu planejo as horas dos

meus estudos, deixo quinze minutos para cada matéria.

6. Sim. Mudei meu comportamento, eu xingava, e agora não xingo mais.

Quando meu pai brigava comigo eu dava as costas e agora não.

7. Sim. Antes eu tirava seis e cinco, agora eu tirei oito em matemática.

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 26/06/2014

Nº 16 indicação da professora – (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Uma hora. Eu leio tudo, depois eu tento responder. Além da tarefa que a

professora passaas vezes eu leio um pouco o livro da escola. Eu estudo

de noite, as oito horas.

2. Um pouco. Lembro que ele se perdeu e que todos planejam para tentar

achar ele ai o encontram.

3. Que é bom pensar um pouco, planejar, antes de fazer as coisas.

4. Eu estudava do mesmo jeito que estudo hoje

5. Eu planejo meus estudos, eu penso as páginas que eu vou estudar, o

que eu preciso melhorar, se eu estou respondendo bem as questões.

Quando eu preciso de ajuda eu peço para os meus pais ou para meu

irmão. Eu desligo tudo e só ligo quando eu termino, eu estudo no meu

quarto.

6. Acho que algumas coisas, antes eu ficava vendo televisão enquanto eu

fazia, ai era ruim porque eu só ficava vendo televisão e não fazia, e

ficava ouvindo música no computar. Agora não, eu desligo tudo e faço,

ai quando eu termino eu ligo.

7. Antes eu tirava uns nove oito, ai agora continua a mesma coisa, mas

tirei um dez.

Nº 20 indicação da professora – (MÉDIO TEMPO DE ESTUDO):

1. Estudo acho que três minutos. Eu estudo quase as matérias todas que a

professora dá, eu reviso. Depois que eu chego da escola eu ajudo minha

mãe a cuidar do meu irmão e a fazer alguns afazeres, depois eu vou

estudar.

2. Sim, ainda tenho lá em casa, eu leio as vezes para meu irmãozinho, ele

gosta e fica dando risada, a gente brinca do amarelo, eu pego o

bonezinho que eu peço emprestado com a prof, ai eu fico brincando com

Page 122: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

121

ele. Ele pega o bonezinho ecoloca na cabeça. Eu gosto da parte que

eles encontram o amarelo.

3. Foi muito bom as travessuras do amarelo a gente aprende bastante.

Aprendi que a gente não pode fazer as travessuras, que a gente não

pode se separar do nosso amigo, a gente tem que sempre ficar perto,

não podemos fazer as coisas erradas, não falar mentiras, não inventar.

Tem o planejar, executar e o avaliar.

4. Estudava pouco, eu não gostava de estudar, achava chato.

5. Agora eu estudo, mas não é assim de ficar o tempo todo, porque senão

minha mãe quer, nossa, ela fica brava quando eu estudo muito e eu não

quero saber de fazer nada, só estudar. Ela disse assim outro dia:

“Nayara, você pode estudar, mas ajuda eu um pouco”.

Quando alguma coisa me atrapalha eu fico nervosa, ai eu saio e depois

eu volto de novo. Eu dou um tempo. Eu não estudo de frente com a

televisão, estudo na mesa, coloco meu caderno de classe, se as vezes

tem tarefa de casa ou livro de histórias para estudar eu fecho a porta do

meu quanto e fico lá estudando. Eu estudo além da tarefa e também

estudo para a prova, estudo muito. As vezes eu uso o PLEIA, eu

esqueço um pouco de executar, mas eu planejo. Eu sempre coloco no

horário certo, se eu vou estudar eu coloco sempre na minha folhinha que

tem no meu quarto, e o horário que eu escrevi eu vou cumprir.

6. Com o projeto entendique a gente tem que saber estudar, porque se a

gente não estudar a gente não vai ser ninguém na vida, não vai ter

nenhum trabalho. Eu coloco a minha mãe em exemplo, ela só estudou

até a quarta série e ela esta trabalhando em serviço que é muito ruim

para ela. E o meu pai, ele fez todos os colegiais, fez todas as

faculdades, e hoje ele está em um emprego que ele está a mais de oito

anos.

7. Eu tirava cinco, agora eu melhorei, tiro oito, nove. A gente aprende

bastante, a gente não pode deixar de aprender com as travessuras do

amarelo, eu quero guardar o livro para eu passar para os meus

sobrinhos e meus filhos quando eu crescer. Eu gosto muito das

travessuras do amarelo.

Nº6 indicação da professora – (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Uma hora. Estudo para a prova, a tarefa. O que tem que estudar eu

pego o livro e fico fazendo, peço para meu irmão perguntar para mim.

Eu faço sempre de noite.

2. Sim, lembro que o amarelo se perdia no galinheiro e seus amigos o

buscavam, as cores pediam ajuda para encontra-lo. Gostei do final

quando se encontrara. Gostei das cores também.

3. Aprendi antes de fazer uma coisa planejar, daí você faz e depois vê se

dá certo.

Page 123: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

122

4. A mesma coisa.

5. Pego o livro, o caderno, as vezes só o caderno, daí no ponto que eu vejo

que deu certo eu peço para meu irmão perguntar, ou minha mãe. Se

alguma coisa me atrapalha eu vou no meu quarto, fecho a porta, ou eu

vou lá em cima no quanto do meu irmão que é quieto, o barulho

atrapalha quando você vai querer lembrar alguma coisa.

6. Sim. Agora eu planejoquando as vezes eu vou fazer uma coisa, vejo que

dia, que horas, daí se não der certo faço de novo.

7. Sim. Antes eu tirava nota boa, mas agora está um pouco melhor, uns

nove, as vezes oito.

Nº 2 indicação da professora – (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Quarenta minutos. Eu chego em casa, coloco minha bolsa na cama, daí

eu vou para o computador, espero uma ou duas horas e vou estudar. Eu

faço isso quando tem prova e tarefa. Para matemática eu gosto de

desenhar.

2. Lembro das aventuras dele, das cores. Lembro do PLEIA por cima

(planejar executar, avaliar e reavaliar). Ainda tenho o livro e as vezes o

leio.

3. Aprendi a sempre trabalha em grupo e que sem as pessoas não

conseguimos fazer nada. Eu peço ajuda para os meus amigos, para a

professora quando não estou conseguindo.

4. Igual eu estudo esse ano.

5. Eu leio, leio de novo. Sempre leio. Eu uso o PLEIA, sempre eu faço a

prova, corrijo os erros, peço para a professora ver se está certo.

6. Sim. Quando eu leio bastante melhorou minha letra, meu desenho.

7. Sim. Ano passado era oito sete, agora é nove, oito.

Eu gosto muito de desenhar, daí eu uso o PLEIA. Meu pai gosta muito

de desenhar, daí eu faço um desenho, pergunto para o meu pai se está

“daora”, e ele me diz o que posso mudar para melhorar.

Tabela 4. Escola 4:

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

9 4º Ano C Masculino 10 120 37 30 62,3

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº 9 - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

Page 124: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

123

1. Uma hora, depois que eu faço a tarefa eu leio um livro, alguma coisa.

Não faço todos os dias, as vezes no momento eu escolho se vou ou

não.

2. Sim. Me lembro que o amarelo se perdeu e foi encontrado dentro de um

ovo.

3. Aprendi que temos que ajudar as pessoas e o PLEIA, do PLEIAR

(planejar, executar, avaliar) e nós colocamos o R, de reavaliar.

4. Chegava em casa, desligava a tv e começava a estudar na cozinha. O

barulho da tv me atrapalhava.

5. Antes eu não planejava, estudava em qualquer horário.

6. Mudou, eu uso o PLEIA. Eu plano meus estudos e depois eu faço. Eu

ajudo meus amigos quando eles faltam, vou a casa deles e os ajudo a

estudar, levo livros.

7. Sim. Antes eu tirava sete e oito, e agora tiro oito e nove. Elas mudaram

porque eu planejo.

Tabela 5. Escola 5:

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

13 4º Ano A Masculino 10 30 10 20 20,0

5 4º Ano B Masculino 11 0 0 0 0,0

2 4º Ano B Feminino 9 15 30 0,5 15,2

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº 13 indicação da professora - (MÉDIO TEMPO DE ESTUDO):

1. Eu não estudo, só às vezes, quando tem prova. Eu leio o livro que a

professora dá repetidamente até decorar.

2. Lembro muito pouco da história, das formigas general, quando o

amarelo sumiu e do final quando o encontraram em um ovo. Lembro que

as cores usavam o PLEIA (planejar, avaliar e executar).

3. ?

4. Eu não apliquei o PLEIA em meus estudos.

5. Está um pouco mais fácil, porque quanto mais rápido melhor para mim,

mais rápido eu paro de fazer a atividade.

6. ?

7. Não sei, eu tirei nove e dez na quarta série, esse ano em algumas nove

e oito.

Nº 5 - (MENOR TEMPO DE ESTUDO):

Page 125: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

124

1. No máximo cinco minutos. Eu vou na CEPI e depois que eu volto eu vou

brincar.

2. Eu lembro que eram as cores do arco íris e que era muito divertido. O

amarelo se perdeu e todos os amigos se juntaram e foram atrás dele

usando o PLEIA.

3. As aventuras. As vezes eu e minha irmã que também estuda aqui e

estudou o amarelo, nós brincamos, escolhemos uma cor e procuramos o

amarelo entre as bonecas dela.

4. Eu aprendi mais na quarta série do que no quinto ano, foi na quarta série

que estudamos o projeto, só que agora no quinto ano nós não

aprendemos mais nada do amarelo.

5. Tem hora que sou bonzinho, tem hora que sou chato. Eu só planejo

meus estudos quando eu tenho vontade. Quando a professora passa

tarefa e eu tenho vontade sou o primeiro a pagar o caderno, mas chega

uma hora que eu paro de fazer e não faço mais nada.

6. Não sei, no quarto ano eu fazia as atividades, mas agora não temos

mais atividades e eu perdi meu livro.

7. No quarto ano melhorou, tirava sete, oito, mas agora eu tira seis, cinco.

Nº 15 indicação de professora – (MÉDIO TEMPO DE ESTUDO):

1. Eu vou para a CEPI, estudo um pouco lá, e quando eu chego em casa

faço a tarefa que a professora passa em uns quinze minutos. Quando eu

tenho vontade de estudar eu estudo um pouco mais, além do que minha

professora passou.

2. Mais ou menos. Eu lembro que ele se perdeu e as cores passaram por

muitos lugares, pelo rio do soluço, fizemos muitas atividades e quando

acharam o amarelo ele estava na gema do ovo. Lembro do PLEIA

(planejar, executar e avaliar).

3. Aprendi que mesmo que não seja nossa família temos que ajudar e

enfrentar as armadilhas. Ajudo meus amigos sempre que precisam de

ajuda, eu também peço ajuda, algumas vezes peço ajuda para a

calculadora.

4. Era a mesma coisa, eu ia para a CEPI e fazia a tarefa em casa. Eu

usava o PLEIA no teatro da CEPI. Eu planejava mais, pensava mais

para tirar duvida e ver se estava certo.

5. Eu estudo e o que eu não sei pergunto para minha mãe. Não planejo

mais porque paramos de trabalhar com o amarelo.

6. ?

7. Sim. No primeiro bimestre sim por causa do projeto, mas agora, no

segundo bimestre minhas notas caíram um pouco.

Tabela 6. Escola 6:

Page 126: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

125

Criança/

Número

chamada

Série Turma Sexo Idade Hora_1 Hora_2 Hora_3 Média_Horas

20 4º Ano B Masculino 9 80 60 60 66,7

15 4º Ano B Masculino 9 30 90 0,1 40,0

28 4º Ano B Feminino 9 60 120 90,0

ENTREVISTAS REALIZADAS EM 16/06/2014

Nº 20 - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Meia hora. Eu saio da escola, tomo banho, leio as travessuras do

amarelo e vou dormir. Faço as tarefas de manhã, acordo, tomo café,

faço a tarefa, tomo banho e venho para a escola.

2. É legal, fala quando o amarelo se perde e faz uma carta com formato de

uma galinha. A formiga general ajuda as cores a achar o amarelo. Estou

relendo o segundo capitulo.

3. Aprendi o PLEIA (planejar, executar e avaliar). Me ajudou na leitura, na

escrita, antes eu errava bastante.

4. Na quarta série eu não usava o PLEIA.

5. Hoje minha professora dá muita lição, diferente da do ano passado.

6. Mudou, preciso fazer tudo rápido, a professora dá cinco minutinhos para

fazer cinco páginas.

7. Pioraram, antes eu tirava seis e meio, sete e meio, agora eu tiro cinco e

meio, seis e meio. Minha professora do quarto ano sabia ensinar bem,

lia os textos, explicava como era pra fazer, mas essa não, ela só manda

fazer.

Nº 15 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Meia hora.

2. Lembro que tinham sete cores do arco íris, elas foram andar na floresta

e o amarelo se perdeu. Começou uma aventura para achar o amarelo, e

ele enviava mensagem em forma de passarinho para as cores o

achavam. O amarelo estava atrás de uma floresta. Lembro do PLEIA.

3. Sempre temos que andar juntos para não nos perdermos. Ajudou nos

estudos com a leitura.

4. Não lembro.

5. Minha mãe manda eu ficar dentro do quarto e ler, estudo só quando tem

prova.

6. Eu presto mais atenção, fico mais focado, leio mais. Antes eu estudava

com a televisão ligada, ficava no computador, agora eu desligo a tv e o

Page 127: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

126

computador, porque eu tirava nota baixa antes. Aprendi isso com o

projeto.

7. Sim. Antes eu tirava seis, seis e meio, e agora eu tiro sete, sete e meio.

Nº 28 indicação da professora - (MAIOR TEMPO DE ESTUDO):

1. Uma hora, duas horas.

2. Lembro. Eram as cores do arco íris no bosque do sem fim. Um dia o

amarelo sumiu, e todos saíram a procura, passaram no rio dos soluços,

encontraram o esquilo sarabico, e fizeram um teatro dos três

porquinhos. O amarelo ia deixando dobraduras de galinha, quando as

cores passaram pela arvore pirata que fazia adivinhas para ver essa

mensagem, dai eles encontraram o amarelo que estava dentro da casca

do ovo. As cores usavam estratégias para achar o amarelo e o PLEIA

(planejar, executar e avaliar).

3. Aprendi que para tudo nessa avida temos que ter tipo um plano, uma

estratégia. Por exemplo, um amigo vai brigar com a gente, a gente tem

que prestar atenção no que vamos falar. Para estudar do jeito que faço

temos que montar uma tabela para sermos organizados porque sem

isso não chegaremos a lugar nenhum. Os amigos também ajudam.

Temos que ter um planejamento, porque, se não tivermos um

planejamento das coisas vai ser tudo uma bagunça.

4. Era normal, meu pai sempre me ajudou porque antes eu era meio

bagunceira, não fazia as coisas. Dai chegou uma hora que eu achei

melhor eu mudar porque eu estava levando muita bronca. Eu pesquisei

na internet como ser uma menina mais certinha e eu comecei a estudar

mais e cheguei até aqui.

5. Eu reviso as coisas que eu faço no caderno, anoto na cabeça, e no ano

passado faço revisão. Estudo de manhã e anoite não porque faço ballet.

Eu uso o PLEIA, tenho uma tabelinha que está tudo escrito o que eu

faço junto com o início e o término: eu acordo, tomo café, arrumo minha

mochila, tomo banho, brinco depois de estudar. Dá muito certo.

6. Mudaram os horários e eu vi que eu tenho que me esforçar mais para

estudar, porque ao longo do ano as coisas vão ficando mais difíceis, e

eu preciso ter o conhecimento de uma coisa para chegar naquela coisa

que eu quero.

7. Bastante. Eu tirava oito, oito e meio, agora eu tiro nove e dez.

Page 128: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

127

ANEXO 10

Page 129: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

128

ANEXO 11

Page 130: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

129

ANEXO 12

Page 131: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

130

ANEXO 13

Page 132: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

131

ANEXO 14

Page 133: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

132

ANEXO 1

Page 134: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

133

ANEXO 1

Page 135: AVALIAÇÃO DO PROJETO “'9 :8'V+99U8'9 *5 '3'8+25”: ' 2/:+8 ... · PERÍODO DE AGOSTO/2013 A JULHO/2014 RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES ... iniciais com orientadores pedagógicos

134

PARECER DO ORIENTADOR:

O texto o relatório final revela o comprometimento da aluna com as orientações

realizadas durante o semestre.

A aluna participou dos eventos promovidos pelo PPGE e todas as atividades de

Iniciação Científica. Há ainda a necessidade de divulgar os resultados iniciais

do trabalho em eventos externos e publicações, atividade que a aluna já foi

orientada.

A aluna mostrou-se muito interessada com as leituras solicitadas e a produção

do resumo expandido. Teve um desempenho excelente em todas as atividades

desenvolvidas durante o ano.

Campinas, 06 de agosto de 2014.

________________________________

Jussara Cristina Barboza Tortella

Orientador (a)