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1 Apostila do Curso de Avaliação Nutricional em Pediatria Educação à Distância Juliana Paludo Vallandro Ensino à Distância APOSTILA DO CURSO Avaliação Nutricional em Pediatria

Avaliação Nutricional Em Pediatria

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Esta apostila trata-se de um material pedagógico de apoio ao profissional da saúde para avaliação nutricional da criança.Tal documento está segmentado em quatro módulos, a saber:Módulo I: Crescimento infantil normal e anormal.Módulo II: Antropometria, composição corporal, exame físico, inquéritos dietéticos, exames laboratoriais e anamnese nutricional.Módulo III: Avaliação nutricional em condições especiais.Módulo IV: Avaliação Subjetiva Global e Triagem Nutricional em Pediatria.

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Juliana Paludo Vallandro

    Ensino Distncia

    APOSTILA DO CURSO

    Avaliao Nutricional em Pediatria

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    APRESENTAO

    Essa apostila constitui-se em um material pedaggico de apoio para o curso de educao

    distncia intitulado: Avaliao Nutricional em Pediatria.

    Assim como o material utilizado em aula, esta ferramenta ser estratificada em quatro

    mdulos, a saber:

    Mdulo I: Crescimento infantil normal e anormal.

    Mdulo II: Antropometria, composio corporal, exame fsico, inquritos dietticos,

    exames laboratoriais e anamnese nutricional.

    Mdulo III: Avaliao nutricional em condies especiais.

    Mdulo IV: Avaliao Subjetiva Global e Triagem Nutricional em Pediatria.

    Trata-se, portanto, de uma rica fonte de informaes para o embasamento cientfico atual

    no que se refere a avaliao nutricional infantil.

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    Educao Distncia

    O crescimento um processo complexo e multifatorial, que tem influncia tanto de fatores

    extrnsecos (ou ambientais) quanto de fatores intrnsecos (ou orgnicos). um processo dinmico

    e contnuo que ocorre desde a concepo at o final da vida, expresso pelo aumento do tamanho

    corporal. Crescimento e desenvolvimento so processos concomitantes. O primeiro um processo

    quantitativo (peso, altura), traduzido pelo aumento do tamanho das clulas (hipertrofia) ou de seu

    nmero (hiperplasia), e o segundo um processo qualitativo, expressado pela capacidade de

    realizar tarefas complexas e aprimor-las (controle neuromuscular), por exemplo falar e caminhar.

    De forma geral, existe um padro de crescimento e desenvolvimento em crianas saudveis,

    enquanto que os desvios de crescimento podem ter diversas causas, como patologias agudas ou

    crnicas. O crescimento considerado o indicador mais importante da qualidade de vida de uma

    criana, desse modo, a avaliao e monitorizao frequentes so imprescindveis para a

    manuteno da sade e a preveno e diagnstico de doenas .

    Mdulo I: Crescimento Infantil

    Normal e Anormal

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    Educao Distncia

    Caracterstica do Crescimento Normal

    Considera-se crescimento o aumento de peso e estatura de uma criana ao longo do tempo. Para

    avaliarmos o crescimento e o desenvolvimento infantil de maneira adequada e completa, devem-

    se observar outros parmetros como permetro ceflico, circunferncia do brao, dobras

    cutneas, as medidas de proporo (relao entre segmento superior e segmento inferior ou entre

    estatura na posio sentada e comprimento das pernas) e o aparecimento de caractersticas

    sexuais secundrias.

    PADRES DE CRESCIMENTO FSICO

    PESO

    Aps o nascimento: reduo em cerca de 10% (urina + mecnio + jejum)

    Peso ao nascimento: alcanado por volta do 10 - 14 dia de vida

    Primeiro ms: o peso aumenta cerca de 30g/dia

    Primeiro trimestre: 700g/ms; Segundo trimestre: 600g/ms; Terceiro trimestre:

    500g/ms; Quarto trimestre: 400g/ms

    Dobra o peso: do nascimento no 5 ms

    Triplica o peso: do nascimento no 12 ms

    Aps dois anos de idade: o ganho ponderal medio de 2kg/ ano at a idade de 8 anos.

    ESTATURA

    Recm-nascido: mede 50cm.

    Primeiro semestre: crescimento de 15 cm.

    Segundo semestre: crescimento de 10cm.

    Ao final do primeiro ano: cresceu 50% da altura ao nascer (75 cm).

    Criana com 4 anos: mede 100cm.

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    Educao Distncia

    Criana entre 2 e 5 anos: cresce 7 cm/ano.

    A criana entre 6 e 12 anos: cresce 6cm/ ano.

    Permetro Ceflico

    0 3 meses: 2 cm/ ms

    3 6 meses: 1 cm/ ms

    6 9 meses: 0,5 cm/ ms

    9 12 meses: 0,5 cm/ ms

    1 3 anos: 0,25 cm/ ms

    4 6 anos: 1 cm/ ms

    DELIMITAO DOS GRUPOS ETRIOS

    O perodo total do crescimento est dividido em duas etapas: perodo pr e ps-natal:

    Perodo Pr-natal

    Embrionrio primeiro trimestre;

    Fetal precoce segundo trimestre;

    Fetal tardio terceiro trimestre.

    Perodo Ps-Natal

    Neonatal: 0 a 28 dias.

    Infncia

    Primeira infncia ou Lactente: 29 dias a 2 anos de idade, exclusive;

    Segunda Infncia ou Pr-escolar: 2 a 6 anos de idade, exclusive;

    Escolar: 6 a 10 anos de idade.

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    Educao Distncia

    Adolescncia

    Pr-puberal: 10 anos a 12-14 anos de idade;

    Puberal: 12-14 anos a 14-16 anos de idade;

    Ps-puberal:14-16 anos a 18-20 anos de idade.

    DESENVOLVIMENTO NEUROLGICO, PSQUICO E MOTOR

    Do ponto de vista da maturao, o desenvolvimento neurolgico no acontece de maneira

    arbitrria, mas de acordo com um plano contido no potencial gentico, atravs de etapas

    previsveis e pr-determinadas. fundamental a estimulao adequada do sistema

    neuropsicomotor para induzir a realizao do potencial da criana.

    Fonte: Ministrio da Sade. Sade da Criana: acompanhamento do crescimento e

    desenvolvimento infantil, 2002.

    Fonte: Desenvolvimento motor da criana. Disponvel: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf

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    Educao Distncia

    ADOLESCNCIA

    a fase de transio entre a infncia e a vida adulta, abrange a faixa entre 10 e 20 anos. Ocorrem

    nesse perodo mudanas somticas, psicolgicas e sociais.

    Puberdade

    o processo fisiolgico de maturao biolgica (crescimento somtico e sexual). Neste perodo

    inicia o aparecimento das caractersticas sexuais secundrias, redistribuio da gordura corporal,

    alterao da massa magra e acelerao da velocidade de crescimento (estiro puberal).

    MENINAS: ocorre entre os 8 e 13 anos.

    MENINOS: ocorre entre 9 e 14 anos.

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    Educao Distncia

    ESTGIO DE MATURAO SEXUAL MENINOS

    Estgios de Desenvolvimento da Genitlia Estgios de Desenvolvimento dos Pelos Pubianos

    Estgio 1

    Genitlia pr-puberal ou infantil,

    Estgio 1

    Pelugem pr-puberal ou infantil, nenhum pelo pubiano. (P1)

    Estgio 2

    Aparece um afinamento e hipervascularizao da bolsa escrotal, e aumento do volume testicular sem aumento do tamanho do pnis. (G2)

    Estgio 2

    Ocorre o incio do crescimento de alguns pelos finos, longos, escuros e lisos na linha medial ou na base do pnis. (P2)

    Estgio 3

    Ocorre aumento da bolsa escrotal e do volume testicular, com aumento do comprimento do pnis. (G3)

    Estgio 3

    Aparecimento de maior quantidade de pelos, mais escuros e mais espessos, e discretamente encaracolados, com distribuio em toda a regio pubiana. (P3)

    Estgio 4

    Maior aumento e hiperpigmentao da bolsa escrotal, maior volume testicular com aumento do pnis em comprimento e dimetro, e desenvolvimento da glande. (G4)

    Estgio 4

    Pelos escuros, espessos, encaracolados, do tipo adulto, mas ainda em menor quantidade na sua distribuio na regio pubiana. (P4)

    Fonte: Marshall, 1969

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    ESTGIO DE MATURAO SEXUAL MENINAS

    Estgios de desenvolvimento das mamas Estgios de desenvolvimento dos pelos pubianos

    Estgio 1 Mamas infantis (M1)

    Estgio 1 Ausncia de pelos, ou pelugem natural. (P1)

    Estgio 2 O broto mamrio forma-se com uma pequena salincia com elevao da mama e da papila e ocorre o aumento do dimetro areolar. Melhor visualizar lateralmente. (M2)

    Estgio 2 Pelos iniciam-se com uma pelugem fina, longa, um pouco mais escura, na linha central da regio pubiana. (P2)

    Estgio 3 Maior aumento da arola e da papila sem separao do contorno da mama. (M3)

    Estgio 3 Pelos em maior quantidade, mais escuros e mais espessos, e discretamente encaracolados, com distribuio em toda a regio pubiana. (P3)

    Estgio 4 Aumento continuado e projeo da arola e da papila formando uma segunda salincia acima do nvel da mama. (M4)

    Estgio 4 Pelos do tipo adulto, encaracolados, mais distribudos, e ainda em pouca quantidade. (P4)

    Estgio 5 Mama com aspecto adulto, com retrao da arola para o contorno da mama e projeo da papila. (M5)

    Estgio 5 Pelos tipo adulto, com maior distribuio na regio pubiana, e na raiz da coxa. (P5)

    Fonte: Marshall, 1969

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    Educao Distncia

    Desvios de Crescimento ou Crescimento Alterado Peso

    O peso considerado insuficiente quando:

    Encontra-se abaixo do percentil 3 no grfico de crescimento, sendo a mdia para idade e

    sexo o percentil 50.

    Desvio da curva descendo dois percentis, saindo do seu ritmo de crescimento.

    Quando a linha traada no grfico fica na horizontal ou desce, demonstra que a criana

    est perdendo peso ou no est ganhando peso suficiente.

    O ganho de peso for menos que 20g/dia de 0-3 meses ou menor que 15g/dia de 3 6

    meses.

    Nesses casos necessrio fazer uma investigao completa, para diagnosticar as possveis causas

    da desnutrio.

    ESTATURA

    A estatura um importante marcador de desenvolvimento da sade da criana, e sua alterao

    pode estar relacionada com algum distrbio ou patologia. A mdia esperada para altura e peso em

    relao idade corresponde ao percentil 50.

    Alta estatura:

    A alta estatura na infncia de origem familiar ou relacionada a um incio precoce da puberdade.

    No avano constitucional do crescimento e puberdade (ACCP), o crescimento est levemente

    acelerado, acompanhado de um avano na idade ssea proporcional e antecipao da puberdade.

    As crianas apresentam alta estatura no perodo de crescimento, mas como h acelerao na

    maturao da idade ssea, ocorre comprometimento na altura final, levando a uma baixa estatura

    na idade adulta.

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    Educao Distncia

    Baixa estatura:

    A baixa estatura caracterizada pelo comprimento ou altura abaixo do percentil 3 para sexo e

    idade, ou pelo crescimento em velocidade inferior a dois desvios padres.

    Baixa estatura familiar:

    A criana cresce dentro do esperado em relao ao seu alvo gentico. caracterizada pela baixa

    estatura dos pais (herana). Tem idade ssea compatvel com a idade cronolgica. A estatura

    abaixo das curvas de crescimento normais, porm paralela e com velocidade de crescimento

    constante.

    Baixa estatura idioptica

    A baixa estatura idioptica um diagnstico de excluso quando nenhuma causa para a baixa

    estatura foi encontrada. Devido a baixa especificidade dos testes, diferenciar pacientes com baixa

    estatura idioptica de pacientes com dficit parcial de GH muito difcil .

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    Educao Distncia

    IDADE SSEA

    Na maioria das vezes em que o crescimento linear est insuficiente tambm ocorre atraso na

    maturao esqueltica e na idade ssea. A idade ssea atrasada indica que a baixa estatura

    parcialmente reversvel, porque o crescimento linear progride at o fechamento das epfises

    sseas. A ausncia de atraso na idade ssea de uma criana com baixa estatura um sinal de

    alerta para determinadas patologias, como algumas sndromes e raquitismo.

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    Educao Distncia

    Anamnese Nutricional

    A anamnese nutricional fundamental para que se faam inferncias sobre a adequao e

    a qualidade da alimentao da criana e do adolescente. Na rotina da assistncia peditrica,

    compete ao profissional realizar anamnese alimentar to completa e detalhada quanto possvel.

    Para isso, segue abaixo algumas orientaes:

    A anamnese deve abranger a alimentao habitual, o tipo e a frequncia das refeies dirias e avaliar se

    houve alguma alterao nessa dinmica nos dias anteriores consulta e a que se atribui essa mudana.

    Tambm importante perguntar a respeito de crenas e tabus e sobre a ocorrncia de doenas no

    momento da entrevista.

    Questionar sobre o estilo de vida da criana muito importante. Para isso, fundamental que o

    profissional investigue sobre:

    Atividade fsica curricular e extracurricular (tipo, durao, frequncia e continuidade no tempo); perodo

    destinado a atividades como ver televiso, jogar videogame e utilizar computador; brincadeiras preferidas,

    como boneca, carrinho, bicicleta e patins; frequncia de outras atividades preferidas, como visitas a fast-

    foods e praas de alimentao.

    Hbitos de sono (que horas dorme? que horas costuma acordar?).

    Creche/escola (perodo integral ou no?).

    Exposio regular ao sol (tempo e rea exposta).

    Se o lactente est em regime de aleitamento materno exclusivo, importante indagar me o nmero de

    Mdulo II: Anamnese nutricional,

    antropometria, composio corporal, exame fsico,

    inquritos dietticos, exames laboratoriais.

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    Educao Distncia

    vezes que amamenta, o tempo das mamadas, se h o esvaziamento e revezamento das mamas, a

    quantidade de fraldas utilizadas ao dia e as caractersticas das evacuaes e da diurese (quantidade e

    colorao). Se o lactente recebe frmula infantil fundamental perguntar sobre a diluio, oferta hdrica,

    modo de armazenamento da lata e a possvel adio de outros preparados.

    Quanto s outras crianas e aos adolescentes em geral, deve ser realizado o levantamento do que a criana

    ou o adolescente comeu nas ltimas 24 horas. Perguntar sobre averses alimentares e as provveis causas.

    Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliao nutricional da criana e do adolescente:

    Manual de orientao. Departamento de Nutrologia. 2009.

    Como toda anamnese, essa deve ser realizada de maneira a no induzir respostas que no

    correspondam de fato realidade alimentar.

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    Educao Distncia

    Inquritos Alimentares

    Os inquritos alimentares so mtodos utilizados para avaliar o consumo alimentar de

    indivduos ou populao, podendo ser utilizados na prtica clnica ou em estudos epidemiolgicos.

    Recordatrio de 24 horas

    Este tipo de inqurito alimentar tem o objetivo de relatar o consumo de todos os alimentos

    e bebidas ingeridos durante um perodo de 24 horas. Esse perodo pode ser s 24 horas do dia

    anterior (do caf da manh at a ceia) ou nas ltimas 24 horas precedentes entrevista. A

    quantidade do consumo alimentar pode ser estimada por meio de medidas caseiras ou por

    modelos ou fotos.

    Aspectos positivos Aspectos negativos

    Estimativa quantitativa e qualitativa Depende da memria

    Baixo custo Requer treinamento do investigador para

    evitar induo

    Rpido e fcil administrao Ingesto de 24h pode ser atpica

    Exige pouco esforo do entrevistado Bebidas e lanches tendem a ser omitidos

    Erros nas estimativas das pores

    Questionrio de frequncia alimentar

    Esse mtodo constitui-se de um questionrio no qual a criana ou o cuidador descrevem a

    frequncia do consumo de bebidas e alimentos. Esse questionrio pode ser mais sofisticado

    quando for includo informaes sobre a poro diria consumida, obtendo resultados

    quantitativos e qualitativos.

    Para desenvolver o questionrio de frequncia alimentar fundamental observar as

    informaes de padro diettico da populao de estudo; identificao de pores alimentares

    adequadas s quantidades habitualmente consumidas; formulao de uma lista com alimentos

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    possveis na comunidade ou se for relacionar com uma doena incluir os alimentos relacionados

    doena.

    Aspectos positivos Aspectos negativos

    Auto administrativo Erros na estimativa da frequncia e das pores

    Rpido, baixo custo e fcil administrao Requer memria de hbitos do passado

    Descreve padro alimentar Lista incompleta dos alimentos favorecendo subestimar o

    consumo alimentar de certos alimentos

    Pode ser usado para estudar a associao de

    nutrientes ou alimentos com alguma doena

    Listas padronizadas para a populao em geral podem

    no ser teis para grupos com diferentes padres

    alimentares

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    Educao Distncia

    Exame Fsico

    O exame fsico, conforme descrito por Jelliffe (1996), consiste em observar aquelas

    mudanas que se acredita estarem relacionadas nutrio inadequada, que podem ser vistas ou

    sentidas no tecido epitelial superficial, especialmente a pele, os olhos, o cabelo, a mucosa bucal e

    ou rgos localizados perto da superfcie corprea (glndulas paratireoides e tireoides) [1]. A

    avaliao do exame fsico deve ser realizada a partir da cabea at os ps conforme descrito na

    figura 1 e tabela 1 [2-3].

    Figura 1- Aspectos importantes do exame fsico que podem indicar desnutrio na infncia.

    Adaptado da Sociedade Brasileira de Nutrio Parenteral e Enteral e Associao Brasileira de

    Nutrologia.

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    Educao Distncia

    Antropometria

    Antropometria: Recm-Nascidos

    As caractersticas que o beb apresenta ao nascer proporcionam inmeras informaes sobre o

    perodo de vida intrauterino e suas condies favorveis ou no de crescimento.

    - Peso do Nascimento: o parmetro mais utilizado para avaliar crescimento intra-uterino e a

    maturidade do recm-nascido. A classificao dos recm-nascidos quanto ao peso de nascimento

    :

    Peso normal ao nascimento 2.500g 3.999g

    Baixo peso ao nascer 2.500g

    Muito baixo peso ao nascer 1.500g

    Extremo baixo peso ao nascer 1.000g

    Fonte: Silva & Rugulo, 2006.

    Existe uma perda fisiolgica de peso nos primeiros dias de vida de, aproximadamente, 5 a 7% nos

    recm nascidos a termos e de 10 a 15% nos recm-nascidos pr-termos.

    - Idade Gestacional:

    RN pr-termo ou prematuro 37 semanas

    RN termo 38 e 42 semanas

    RN ps-termo 42 semanas

    Fonte: Dal Bosco, SM; 2010)

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    Educao Distncia

    - Idade Gestacional e Peso ao Nascer: existe forte associao entre a idade gestacional e o peso

    do concepto, o que permite separar os recm-nascidos em AIG (Adequado para a Idade

    Gestacional), PIG (Pequeno para a Idade Gestacional) e GIG (Grande para a Idade Gestacional).

    AIG (Adequado para a Idade Gestacional): percentil entre 10 e 90

    PIG (Pequeno para a Idade Gestacional): percentil 10

    GIG (Grande para a Idade Gestacional): percentil 90

    A curva de crescimento de Lubchencko 1967, mostram a associao da idade gestacional

    com o peso ao nascer.

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    Educao Distncia

    Antropometria: Crianas e Adolescentes

    A criana apresenta-se em constante crescimento e desenvolvimento. O crescimento

    infantil um processo dinmico que se realiza ao longo do tempo e que deve ser observado e

    quantificado mediante mltiplas medidas, em vrias ocasies, seguindo orientao conforme a

    idade, o gnero e a fase de crescimento.

    A adolescncia uma fase que se caracteriza por mudanas, entre elas o estiro de

    crescimento e as alteraes na composio corporal. Todas acontecem associadas ao processo de

    maturao sexual, sendo que a idade cronolgica dos acontecimentos pode variar entre os

    indivduos, visto depender de processos genticos, hormonais e ambientais.

    - Peso: O peso de crianas de 0 a 23 meses deve ser aferido com balana do tipo pesa-beb,

    mecnica ou eletrnica, que possui grande preciso, com divises de 10 g e capacidade de at 16

    kg. Para crianas com idade superior a 24 meses utilizam-se balanas do tipo plataforma para

    adultos, com divises de no mnimo 100 g. A criana deve ser posicionada de costas para o

    medidor da balana descala, com o mnimo possvel de roupas, no centro do equipamento, ereta,

    com os ps juntos e os braos estendidos ao longo do corpo. Deve ser mantida parada nessa

    posio at que se complete a aferio.

    - Estatura: Na faixa etria de 0 a 23 meses, a aferio do comprimento deve ser realizada com a

    criana deitada e com o auxlio de rgua antropomtrica sobre uma superfcie plana. Para efetuar

    a leitura da medida, a criana deve estar completamente despida e descala e o procedimento

    deve contar com a participao de dois examinadores.

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Para a determinao correta da estatura deve-se seguir os seguintes passos:

    Primeiro passo. Deitar a criana no centro do antropmetro, descala e com a cabea livre de

    adereos. Com a ajuda da me ou de outra pessoa, posicionar a cabea apoiada firmemente

    contra a parte fixa do equipamento, o pescoo reto, o queixo afastado do peito e os ombros

    totalmente em contato com a superfcie de apoio do antropmetro.

    Segundo passo. Os braos estendidos ao longo do corpo.

    Terceiro passo. As ndegas e os calcanhares da criana em pleno contato com a superfcie que

    apoia o antropmetro.

    Quarto passo. Pressionar os joelhos da criana para baixo com uma das mos, de modo que eles

    fiquem estendidos. Juntar os ps dela fazendo um ngulo reto com as pernas. Levar a parte mvel

    do equipamento at a planta dos ps, cuidando para que no se mexam.

    Quinto passo. Fazer a leitura do comprimento, desde que a criana no tenha se movido da

    posio indicada.

    Sexto passo. Anotar o valor obtido.

    A estatura reflete o estado nutricional atual e pregresso e sofre alterao e recuperao

    mais lentas. Segue abaixo a frmula para o clculo da estatura alvo:

    - Frmula para a estimativa da estatura alvo:

    Estatura Alvo Meninos (cm) (Altura da me + 13) + Altura (pai) 2

    Estatura Alvo Meninas (cm) (Altura do pai -13) + Altura (me) 2

    Fonte: Kochi C, Longui CA, 2006

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    - ndices Antropomtricos:

    Peso por Idade (P/I) Reflete a massa corporal para a idade cronolgica e a situao global da

    criana.

    Estatura por Idade (E/I) Expressa o crescimento linear da criana. Indica o efeito cumulativo de

    situaes adversas sobre o crescimento.

    Peso por Estatura (P/E) Expressa a harmonia do crescimento.

    ndice de Massa Corporal

    (IMC)

    Relaciona o peso atual em quilograma como o quadrado da altura em metros.

    Tambm conhecido como ndice de Quetelet.

    Fonte: Nacif & Viebig, 2008.

    Os ndices antropomtricos mais amplamente utilizados e recomendados pela OMS e adotados

    pelo Ministrio da Sade na avaliao do estado nutricional de crianas e adolescentes, so:

    Faixa Etria Crianas de 0 a 5 anos

    incompletos

    Crianas de 5 a 10 anos

    incompletos

    Adolescentes (10 a 19

    anos)

    ndice

    Antropomtrico

    Peso para idade Peso para idade -----

    Peso para estatura ----- -----

    IMC para a idade IMC para a idade IMC para a idade

    Estatura para idade Estatura para idade Estatura para idade

    Fonte: Manual de Orientao Departamento de Nutrologia, 2009

    - Curvas de Crescimento: as curvas de crescimento tm sido amplamente usadas na observao

    do crescimento infantil.

    As novas curvas de crescimento da Organizao Mundial da Sade (OMS) foram elaboradas a

    partir de um estudo internacional em seis pases que representam as seis principais regies

    geogrficas do mundo. Um dos pontos principais, que as curvas da OMS foram baseadas em

    crianas amamentadas ao seio como o modelo normativo de crescimento.

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    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Os procedimentos e resultados deste estudo multicntrico que resultou na construo das novas

    curvas, incluindo suas representaes grficas, podem ser obtidos na pgina da OMS no seguinte

    endereo eletrnico:

    http://www.who.int/childgrowth/standards/en/

    Tambm pode ser baixado, neste mesmo site, um programa de computador (WHO Antro) que

    permite o clculo dos indicadores, individual ou coletivamente, e que inclusive registra

    graficamente os resultados e a evoluo individual dos parmetros de crianas que nele so

    arquivadas. No endereo eletrnico: http://www.who.int/growthref/en/ possvel baixar o

    software do clculo de percentil e escore Z, o WHO Anthro-Plus, com o respectivo manual. Segue

    abaixo um Print Screen da tela inicial do WHO Antro:

  • 24

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    No site do Ministrio da Sade do Brasil, tambm possvel obter esses grficos e tabelas j

    traduzidas para o portugus (http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.phd?conteudo-

    curvas_cresc_oms/).

    - Classificao do Estado Nutricional:

    Para crianas menores de 5 anos (Referncia OMS 2006):

    Estatura para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Muito baixa estatura para a idade

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Baixa estatura para a idade

    Percentil 3 Estatura adequada para a idade

    Peso para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Muito baixo peso para a idade

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Baixo peso para a idade

    Percentil 3 e Percentil 97 Peso adequado para a idade

    Percentil 97 Peso elevado para a idade

    Peso para a estatura e IMC:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Magreza acentuada

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Magreza

    Percentil 3 e Percentil 85 Eutrofia

  • 25

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Percentil 85 e Percentil 97 Risco de sobrepeso

    Percentil 97 e Percentil 99,9 Sobrepeso

    Percentil 99,9 Obesidade

    Para crianas entre de 5 e 10 anos (Referncia OMS 2007):

    Estatura para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Muito baixa estatura para a idade

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Baixa estatura para a idade

    Percentil 3 Estatura adequada para a idade

    Peso para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Muito baixo peso para a idade

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Baixo peso para a idade

    Percentil 3 e Percentil 97 Peso adequado para a idade

    Percentil 97 Peso elevado para a idade

    IMC:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Magreza acentuada

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Magreza

    Percentil 3 e Percentil 85 Eutrofia

    Percentil 85 e Percentil 97 Sobrepeso

    Percentil 97 e Percentil 99,9 Obesidade

    Percentil 99,9 Obesidade grave

  • 26

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Para adolescentes de 10 e 19 anos (Referncia OMS 2007):

    Estatura para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Muito baixa estatura para a idade

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Baixa estatura para a idade

    Percentil 3 Estatura adequada para a idade

    IMC para a Idade:

    Valores Crticos Diagnstico Nutricional

    Percentil 0,1 Magreza acentuada

    Percentil 0,1 e Percentil 3 Magreza

    Percentil 3 e Percentil 85 Eutrofia

    Percentil 85 e Percentil 97 Sobrepeso

    Percentil 97 e Percentil 99,9 Obesidade

    Percentil 99,9 Obesidade grave

  • 27

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Composio Corporal

    A Composio Corporal se relaciona intimamente com o estado nutricional e de sade.

    Cabe ao nutricionista escolher o mtodo de avaliao da composio corporal de acordo com

    conceitos, indicaes e limitaes que estes possuem.

    Dobras Cutneas (DC)

    As DC mais utilizadas para em crianas e adolescentes so a tricipital e a subescapular.

    Estas medidas possuem referncia em tabela percentilar isolada ou na soma das duas dobras.

    Tambm com as duas medidas possvel obter a porcentagem de gordura corporal atravs de

    equaes de predio.

    A classificao por percentis obedece regra de normalidade, representada por valores

    entre 5 e 95. Os valores P5-15 e P85-95 devem ser acompanhados, pois so faixas de risco de

    desnutrio e obesidade, respectivamente. A OMS disponibiliza medidas de dobras cutneas

    (tricipital e subescapular) no seu site (http://www.who.int/childgrowth/standards/en/ ), com

    tabelas e grficos, sob a forma de percentis e escore z, para crianas de 3 meses a 5 anos de idade,

    estratificadas por sexo.

  • 28

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    1. Percentis da soma das dobras cutneas tricipital e subescapular (mm) de crianas e

    adolescentes, segundo idade e sexo.

    Depois de aferidas as dobras, soma-se e classifica-se de acordo com os percentis da tabela abaixo:

    Idade

    (anos)

    Masculino Feminino

    P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95

    1 11,0 12,5 16,5 21,0 24,0 10,5 12,0 16,5 21,0 25,0

    2 10,0 12,0 15,5 20,0 24,0 11,0 12,5 16,0 21,5 25,5

    3 10,5 12,0 14,5 19,0 23,0 10,5 12,0 16,0 20,5 25,0

    4 9,5 11,0 14,0 18,0 21,5 10,0 12,0 15,5 20,5 24,5

    5 9,0 10,0 13,0 18,0 22,0 10,0 11,5 15,0 21,0 28,5

    6 8,0 10,0 13,0 18,0 28,0 10,0 11,0 15,5 21,0 28,0

    7 8,5 9,5 13,0 19,5 26,6 10,0 12,0 16,0 23,0 32,5

    8 8,5 10,0 13,5 20,0 30,5 10,5 12,0 17,0 28,5 41,5

    9 8,5 10,0 14,0 24,0 34,0 11,0 12,5 19,0 30,0 48,9

    10 9,0 11,0 15,5 27,0 42,0 12,0 13,0 20,0 34,5 51,0

    11 9,0 11,0 16,5 33,0 53,5 12,0 14,5 22,0 37,0 55,0

    12 9,0 11,0 17,0 34,0 53,0 13,0 15,0 23,0 37,0 57,0

    13 8,5 11,0 15,0 29,0 48,0 12,5 15,5 24,5 43,0 56,5

    14 9,0 11,0 15,0 27,0 45,0 14,5 17,5 26,0 44,5 62,0

    15 10,0 11,0 15,0 27,0 43,0 15,0 18,0 26,5 42,5 62,5

    16 10,0 12,0 16,0 27,5 44,0 17,5 21,5 30,0 47,0 69,5

    17 10,0 12,0 16,0 27,0 41,0 16,5 20,0 31,0 49,0 67,4

    Frisancho AR, 1990

  • 29

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    2. Percentis da dobra cutnea tricipital (mm) de crianas e adolescentes, segundo idade e

    sexo.

    Idade

    (anos)

    Masculino Feminino

    P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95

    1 6,5 7,5 10,0 13,0 16,0 6,0 7,5 10,5 12,5 16,5

    2 6,0 7,0 10,0 13,0 15,5 6,0 7,5 10,5 13,5 16,0

    3 6,5 7,5 9,5 12,5 15,0 6,0 7,0 10,0 13,5 16,5

    4 6,0 7,0 9,0 12,0 15,0 6,0 7,5 10,0 12,5 15,5

    5 5,5 6,5 8,0 11,5 15,0 6,0 7,5 10,5 13,0 16,0

    6 5,0 6,0 8,0 12,0 14,5 6,0 7,5 10,5 14,0 18,5

    7 5,0 6,0 8,5 12,0 17,5 6,0 7,5 10,5 14,5 20,0

    8 5,5 6,0 9,0 16,5 17,5 6,0 7,0 11,0 15,0 21,0

    9 5,0 6,0 9,0 16,0 22,0 7,0 8,5 13,0 16,0 27,0

    10 5,0 6,5 11,0 20,0 23,0 7,0 8,0 13,5 20,0 24,5

    11 4,5 6,0 10,5 22,0 26,0 8,0 9,0 14,0 21,0 29,5

    12 5,0 6,0 11,0 18,0 30,0 7,5 9,0 13,5 21,5 27,0

    13 5,0 6,0 9,0 16,5 26,5 6,0 9,0 15,0 21,5 30,0

    14 4,0 5,5 9,0 15,0 22,5 8,0 10,5 17,0 22,0 32,0

    15 5,0 6,0 7,5 14,5 23,0 8,5 10,0 16,5 25,0 32,1

    16 4,5 5,5 8,0 18,5 22,0 11,0 12,0 18,0 24,5 33,1

    17 4,0 5,0 7,0 12,5 25,5 9,5 11,5 20,0 27,0 34,5

    18 4,0 6,0 9,5 17,5 18,0 11,0 12,5 18,0 26,5 35,0

    19 5,0 6,5 9,0 16,0 22,5 10,5 13,0 19,0 27,0 33,5

    NCHS, 1976-1980

  • 30

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    3. Percentis da dobra cutnea subescapular (mm) de crianas e adolescentes, segundo idade

    e sexo.

    Idade

    (anos)

    Masculino Feminino

    P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95

    1 4,0 5,0 6,5 8,0 10,5 4,0 5,0 6,5 8,5 10,5

    2 3,5 4,0 5,5 7,5 10,0 4,0 4,5 6,0 8,5 11,0

    3 4,0 4,0 5,5 7,0 9,0 3,5 4,5 6,0 8,0 11,0

    4 3,5 4,0 5,0 7,0 9,0 3,5 4,5 5,5 8,0 10,5

    5 3,0 4,0 5,0 6,5 8,0 4,0 4,5 5,5 8,0 12,0

    6 3,5 4,0 5,0 8,0 16,0 4,0 4,0 6,0 9,0 14,0

    7 3,5 4,0 5,0 7,0 11,5 3,5 4,0 6,0 9,0 16,5

    8 3,5 4,0 5,0 8,0 21,0 3,5 4,5 6,0 10,5 15,0

    9 3,5 4,0 6,0 10,0 15,0 4,0 5,0 7,0 13,0 29,0

    10 4,0 4,5 6,0 11,5 22,0 4,5 5,0 8,0 18,0 23,0

    11 4,0 4,5 6,5 17,5 31,0 4,5 5,5 8,0 17,0 29,0

    12 4,0 4,5 6,5 15,5 22,5 5,0 6,0 9,0 17,0 29,0

    13 4,0 5,0 7,0 13,0 24,0 4,5 6,0 9,5 17,5 29,0

    14 4,5 5,5 7,0 12,0 20,0 6,0 7,0 10,5 22,0 31,0

    15 5,0 6,0 7,5 12,0 24,5 6,0 7,5 70,5 20,5 27,5

    16 5,0 6,5 9,0 14,5 25,0 6,5 8,5 12,0 26,0 36,6

    17 5,5 6,5 8,5 14,0 20,5 6,5 8,0 13,0 29,0 37,0

    18 6,0 7,0 10,0 16,0 24,0 7,0 8,0 13,0 27,5 34,5

    19 7,0 7,5 10,5 16,5 29,0 7,0 8,5 13,0 26,5 35,5

    NCHS, 1976-1980

  • 31

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    4. Equaes antropomtricas para determinao da porcentagem de gordura corporal

    utilizando a soma das duas dobras cutneas (tricipital e subescapular), em ambos os sexos,

    de 8 a 18 anos.

    Homens (raa branca)

    Pr-pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)2 - 1,7

    Pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)2 - 3,4

    Ps-pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,088 (tricipital+subescapular)2 - 5,5

    Homens (raa negra)

    Pr-pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)2 3,2

    Pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,008 (tricipital+subescapular)2 5,2

    Ps-pberes: 1,21 (tricipital+subescapular) - 0,088 (tricipital+subescapular)2 6,8

    Todas as mulheres

    1,33 (tricipital+subescapular) - 0,013 (tricipital+subescapular)2 2,5

    Se a soma das duas dobras cutneas for maior que 35mm

    Homens: 0,783 (tricipital+subescapular) + 1,6

    Mulheres: 0,546 (tricipital+subescapular) + 9,7

    Obs: Trceps: mm

    Subescapular: mm

    Pr-pberes: estgio de 1 e 2 de Tanner

    Pberes: estgio 3 de Tanner

    Ps-pberes: estgio 4 e 5 Tanner

    Slaughter et al, 1988

    IMPEDNCIA BIOELTRICA

    A anlise da impedncia bioeltrica (BIA na sigla em ingls) um mtodo muito usado para

    estimar a composio corporal. Permite a determinao da massa livre de gordura e da

    quantidade de gua corporal total em indivduos sem anomalias significativas de fluidos e

  • 32

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    eletrlitos, tendo-se por base as diferentes propriedades condutoras e dieltricas dos tecidos

    biolgicos para correntes de freqncias distintas.

    A infncia caracterizada por rpidas mudanas e grande variabilidade interindividual de fluidos

    corporais. Tendo-se em considerao que fatores que afetam a distribuio de fluidos e a

    concentrao de eletrlitos livres entre os compartimentos intra e extracelulares afetam a

    resistncia e, consequentemente, o valor da impedncia, e que nesse mtodo se assume como

    constante a razo entre gua corporal total e massa livre de gordura (hidratao), a estimativa da

    composio corporal nos primeiros anos de vida pode no ser rigorosa.

    - Circunferncia Abdominal: na infncia e na adolescncia os riscos associados ao excesso de

    gordura abdominal ainda esto pouco definidos. Nos casos de obesidade encontrou-se correlao

    com morbidades como hiperinsulinemia de jejum e o aumento das lipoprotenas plasmticas. Os

    pontos de corte adotados para a classificao devem ser os propostos de por Freedman et al,

    1999.

    - Circunferncia Braquial: os valores da circunferncia braquial so utilizados para avaliar o

    crescimento muscular. Os referenciais so, geralmente, apresentados em tabelas, como a

    proposta por Frisancho 1990, descrita abaixo:

  • 33

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Percentis da CB (cm), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Masculino

    5 10 15 25 50 75 85 90 95

    1 1,9 14,2 14,7 14,9 15,2 16 16,9 17,4 17,7 18,2

    2 2,9 14,3 14,8 15,1 15,5 16,3 17,1 17,6 17,9 18,6

    3 3,9 15 15,3 15,5 16 16,8 17,6 18,1 18,4 19

    4 4,9 15,1 15,5 15,8 16,2 17,1 18 18,5 18,7 19,3

    5 5,9 15,5 16 16,1 16,6 17,5 18,5 19,1 19,5 20,5

    6 6,9 15,8 16,1 16,5 17 18 19,1 19,8 20,7 22,8

    7 7,9 16,1 16,8 17 17,6 18,7 20 21 21,8 22,9

    8 8,9 16,5 17,2 17,5 18,1 19,2 20,5 21,6 22,6 24

    9 9,9 17,5 18 18,4 19 20,1 21,8 23,2 24,5 26

    10 10,9 18,1 18,6 19,1 19,7 21,1 23,1 24,8 26 27,9

    11 11,9 18,5 19,3 19,8 20,6 22,1 24,5 26,1 27,6 29,4

    12 12,9 19,3 20,1 20,7 21,5 23,1 25,4 27,1 28,5 30,3

    13 13,9 20 20,8 21,6 22,5 24,5 26,6 28,2 29 30,8

    14 14,9 21,6 22,5 23,2 23,8 25,7 28,1 29,1 30 32,3

    15 15,9 22,5 23,4 24 25,1 27,2 29 30,3 31,2 32,7

    16 16,9 24,1 25 25,7 26,7 28,3 30,6 32,1 32,7 34,7

    17 17,9 24,3 25,1 25,9 26,8 28,6 30,8 32,2 33,3 34,7

    18 24,9 26 27,1 27,7 28,7 30,7 33 34,4 35,4 37,2

  • 34

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Percentis da CB (cm), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Feminino

    5 10 15 25 50 75 85 90 95

    1 1,9 13,6 14,1 14,4 14,8 15,7 16,4 17 17,2 17,8

    2 2,9 14,2 14,6 15 15,4 16,1 17 17,4 18 18,5

    3 3,9 14,4 15 15,2 15,7 16,6 17,4 18 18,4 19

    4 4,9 14,8 15,3 15,7 16,1 17 18 18,5 19 19,5

    5 5,9 15,2 15,7 16,1 16,5 17,5 18,5 19,4 20 21

    6 6,9 15,7 16,2 16,5 17 17,8 19 19,9 20,5 22

    7 7,9 16,4 16,7 17 17,5 18,6 20,1 20,9 21,6 23,3

    8 8,9 16,7 17,2 17,6 18,2 19,5 21,2 22,2 23,2 25,1

    9 9,9 17,6 18,1 18,6 19,1 20,6 22,2 23,8 25 26,7

    10 10,9 17,8 18,4 18,9 19,5 21,2 23,4 25 26,1 27,3

    11 11,9 18,8 19,6 20 20,6 22,2 25,1 26,5 27,9 30

    12 12,9 19,2 20 20,5 21,5 23,7 25,8 27,6 28,3 30,2

    13 13,9 20,1 21 21,5 22,5 24,3 26,7 28,3 30,1 32,7

    14 14,9 21,2 21,8 22,5 23,5 25,1 27,4 29,5 30,9 32,9

    15 15,9 21,6 22,2 22,9 23,5 25,2 27,7 28,8 30 32,2

    16 16,9 22,3 23,2 23,5 24,4 26,1 28,5 29,9 31,6 33,5

    17 17,9 22 23,1 23,6 24,5 26,6 29 30,7 32,8 35,4

    18 24,9 22,4 23,3 24 24,8 26,8 29,2 31,2 32,4 35,2

    - Circunferncia Muscular Braquial: considerada um bom indicador da massa proteico-somtica,

    por refletir a suficincia ou no da ingesto proteica. Entretanto, a CMB avalia a reserva muscular

    sem corrigir a massa ssea 7. A frmula para obteno da CMB :

    CMB (cm) = CB (cm) (0,314 x DCT), onde:

    CB = Circunferncia do Braquial

    DCT = Dobra Cutnea Triciptal

  • 35

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Os referenciais so, geralmente, apresentados em tabelas, como a proposta por Frisancho 1990,

    descrita abaixo:

    Percentis da CMB (cm), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Masculino

    5 10 25 50 75 90 95

    1 1,9 11 11,3 11,9 12,7 13,5 14,4 14,7

    2 2,9 11,1 11,4 12,2 13 14 14,6 15

    3 3,9 11,7 12,3 13,1 13,7 14,3 14,8 15,3

    4 4,9 12,3 12,6 13,3 14,1 14,8 15,6 15,9

    5 5,9 12,8 13,3 14 14,7 15,4 16,2 16,9

    6 6,9 13,1 13,5 14,2 15,1 16,1 17 17,7

    7 7,9 13,7 13,9 15,1 16 16,8 17,7 18

    8 8,9 14 14,5 15,4 16,2 17 18,2 18,7

    9 9,9 15,1 15,4 16,1 17 18,3 19,6 20,2

    10 10,9 15,6 16 16,6 18 19,1 20,9 22,1

    11 11,9 15,9 16,5 17,3 18,3 19,5 20,5 23

    12 12,9 16,7 17,1 18,2 19,5 21 22,3 24,1

    13 13,9 17,2 17,9 19,6 21,1 22,6 23,8 24,5

    14 14,9 18,9 19,9 21,2 22,3 24 26 26,4

    15 15,9 19,9 20,4 21,8 23,7 25,4 26,6 27,2

    16 16,9 21,3 22,5 23,4 24,9 26,9 28,7 29,6

    17 17,9 22,4 23,1 14,5 25,8 27,3 29,4 31,2

    18 18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4

    19 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1

  • 36

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Percentis da CMB (cm), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Feminino

    5 10 25 50 75 90 95

    1 1,9 10,5 11,1 11,7 12,4 13,2 13,9 14,3

    2 2,9 11,1 11,4 11,9 12,6 13,3 14,2 14,7

    3 3,9 11,3 11,9 12,4 13,2 14 14,6 15,2

    4 4,9 11,5 12,1 12,8 13,6 14,4 15,2 15,7

    5 5,9 12,5 12,8 13,4 14,2 15,1 15,9 16,5

    6 6,9 13 13,3 13,8 14,5 15,4 16,6 17,1

    7 7,9 12,9 13,5 14,2 15,1 16 17,1 17,6

    8 8,9 13,8 14 15,1 16 17,1 18,3 19,4

    9 9,9 14,7 15 15,8 16,7 18 19,4 19,8

    10 10,9 14,8 15 15,9 17 18 19 19,7

    11 11,9 15 15,8 17,1 18,1 19,6 21,7 22,3

    12 12,9 16,2 16,6 18 19,1 20,1 21,4 22

    13 13,9 16,9 17,5 18,3 19,8 21,1 22,6 24

    14 14,9 17,4 17,9 19 20,1 21,6 23,2 24,7

    15 15,9 17,5 17,8 18,9 20,2 21,5 22,8 24,4

    16 16,9 17 18 18 20,2 21,6 23,4 24,9

    17 17,9 17,5 18,3 19,4 20,5 22,1 23,9 25,7

    18 18,9 17,4 17,9 19,5 20,2 21,5 23,7 24,5

    19 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9

    - rea Muscular do Brao Corrigida: avalia a reserva muscular corrigindo a rea ssea e reflete

    mais adequadamente a verdadeira magnitude das alteraes do tecido muscular do que a CMB.

  • 37

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Os referenciais so, geralmente, apresentados em tabelas, como a proposta por Frisancho 1990,

    descrita abaixo:

    Percentis da AMBc (cm2), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Masculino

    5 10 15 25 50 75 85 90 95

    1 1,9 9,7 10,4 10,8 11,6 13 14,6 15,4 16,3 17,2

    2 2,9 10,1 10,9 11,3 12,4 13,9 15,6 16,4 16,9 18,4

    3 3,9 11,2 12 12,6 13,5 15 16,4 17,4 18,3 19,5

    4 4,9 12 12,9 13,5 14,5 16,2 17,9 18,8 19,8 20,9

    5 5,9 13,2 14,2 14,7 15,7 17,6 19,5 20,7 21,7 23,2

    6 6,9 14,4 15,3 15,8 16,8 18,7 21,3 22,9 23,8 25,7

    7 7,9 15,1 16,2 17 18,5 20,6 22,6 24,5 25,2 28,6

    8 8,9 16,3 17,8 18,5 19,5 21,6 24 25,5 26,6 29

    9 9,9 18,2 19,3 20,3 21,7 23,5 26,7 28,7 30,4 32,9

    10 10,9 19,6 20,7 21,6 23 25,7 29 32,2 34 37,1

    11 11,9 21 22 23 24,8 27,7 31,6 33,6 36,1 40,3

    12 12,9 22,6 24,1 25,3 26,9 30,4 35,9 39,3 40,9 44,9

    13 13,9 24,5 26,7 28,1 30,4 35,7 41,3 45,3 48,1 52,5

    14 14,9 28,3 31,3 33,1 36,1 41,9 47,4 51,3 54 57,5

    15 15,9 31,9 34,9 36,9 40,3 46,3 53,1 56,3 57,7 63

    16 16,9 37 40,9 42,4 45,9 51,9 57,8 63,3 66,3 70,5

    17 17,9 39,6 42,6 44,8 48 53,4 60,4 64,3 67,9 73,1

    18 24,9 34,2 37,3 39,6 42,7 49,4 57,1 61,8 65 72

  • 38

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Percentis da AMBc (cm2), conforme a idade e o gnero

    Idade

    (anos)

    Gnero Feminino

    5 10 15 25 50 75 85 90 95

    1 1,9

    8,9 9,7 10,1 10,8 12,3 13,8 14,6 15,3 16,2

    2 2,9 10,1 10,6 10,9 11,8 13,2 14,7 15,6 16,4 17,3

    3 3,9 10,8 11,4 11,8 12,6 14,3 15,8 16,7 17,4 18,8

    4 4,9 11,2 12,2 12,7 13,6 15,3 17 18 18,6 19,8

    5 5,9 12,4 13,2 13,9 14,8 16,4 18,3 119,4 20,6 22,1

    6 6,9 13,5 14,1 14,6 15,7 17,4 19,5 21 22 24,2

    7 7,9 14,4 15,2 15,8 16,7 18,9 21,2 22,6 23,9 25,2

    8 8,9 15,2 16 16,8 18,2 20,8 23,2 24,6 26,5 28

    9 9,9 17 17,9 18,7 19,8 21.9 25,4 27,2 28,3 31,1

    10 10,9 17,6 18,5 19,3 20,9 23,8 27 29,1 31 33,1

    11 11,9 19,5 21 21,7 23,2 26,4 30,7 33,5 35,7 39,2

    12 12,9 20,4 21,8 23,1 25,5 29 33,2 36,3 37,8 40,5

    13 13,9 22,8 24,5 25,4 27,1 30,8 35,3 38,1 39,6 43,7

    14 14,9 24 26,2 27,1 29 32,8 36,9 39,8 42,3 47,5

    15 15,9 24,4 25,8 27,5 29,2 33 37,3 40,2 41,7 45,9

    16 16,9 25,2 26,8 28,2 30 33,6 38 40,2 43,7 48,3

    17 17,9 25,9 27,5 28,9 30,7 34,3 39,6 43,4 46,2 50,8

    18 24,9 19,5 21,5 22,8 24,5 28,3 33,1 36,4 39 44,2

  • 39

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Exames Bioqumicos

    O diagnstico nutricional completo requer a avaliao de parmetros laboratoriais

    pertinentes. Em casos de crianas com patologias j diagnosticadas, os exames iniciais so

    utilizados como parmetros para verificar a eficcia do tratamento clnico e dietoterpico. Os tipos

    de exames a serem solicitados dependem da idade, do motivo da consulta, dos antecedentes

    clnicos, da histria diettica e do estado nutricional.

    importante ressaltar que a anlise dos exames bioqumicos deve levar em conta a

    condio clnica do indivduo e outros fatores que podem influenciar na sua interpretao.

    Tabela 2. Protenas sricas que podem ser utilizadas na avaliao da condio nutricional

    Exame Meia-vida Valores normais Consideraes

    Albumina 18-20 dias Pr-termo: 2,5-4,5 g/dL

    Termo: 2,5-5,0 g/dL

    1-3 meses: 3,0-4,2 g/dL

    3-12 meses: 2,7-5,0 g/dL

    >1 ano: 3,2-5,0 g/dL

    Resposta na fase aguda

    (infeco, inflamao, trauma)

    Disfuno heptica, renal,

    enteropatia perdedora de

    protena

    Alterada pela hidratao

    Pr-albumina 2-3 dias 20-50 mg/dL

    Disfuno heptica, fibrose

    cstica,

    hipertireoidismo, infeco e

    trauma

    Transferrina 8-9dias 180-260 mg/dL

    Inflamao, disfuno heptica

    Deficincia de ferro

    Alterada pela hidratao

    Protena

    transportadora de

    retinol

    12 horas 30-40 ug/mL

    Disfuno heptica, deficincia

    de zinco vitamina A, infeco

    Doena renal

    Koletzko, 2008

  • 40

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Tabela 3. Valores de perfil lipdico em crianas e adolescentes (acima de 2 anos)

    Lipoprotenas

    (mg/dL)

    Desejveis Limtrofes Aumentados

    Colesterol total

    < 150 150-169 >170

    LDL-C

  • 41

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Situaes Especiais

    Avaliao antropomtrica peditrica apresenta particularidades em trs ocasies: avaliao

    de prematuros, sndrome de down e portadores de paralisia cerebral.

    Prematuro

    Define-se como prematuro todo nascimento que ocorre com idade gestacional (IG) inferior

    a 37 semanas e prematuro extremo nascido com idade inferior a 28 semanas.

    Classificao de prematuros de acordo com o tamanho do nascimento:

    a) adequados para a IG (AIG): peso e/ou comprimento entre +2 DP e -2 DP;

    b) pequenos para a IG (PIG): peso e/ou comprimento ao nascimento -2 DP;

    c) grande para a IG (GIG): peso e/ou comprimento ao nascimento +2 DP

    Para avaliao antropomtrica necessrio que usemos a idade corrigida, conforme

    descrita abaixo, para evitar erros no diagnstico nutricional.

    Clculo da idade corrigida: Idade ps-natal 40 semanas = nmero de semanas que deve-

    se diminuir da idade cronolgica.

    Mdulo III: Avaliao Nutricional

    em Situaes Especiais

  • 42

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    A classificao do estado nutricional deve ser realizada atravs de curvas intrauterina de

    acordo com o sexo at atingir 40 semanas de idade gestacional corrigida. As curvas de

    crescimento intrauterina utilizam os parmetros para o diagnstico do estado nutricional de

    peso/idade, altura/idade e permetro ceflico.

    Pontos de corte de peso/idade, altura/idade e permetro ceflico:

    Valores crticos Diagnstico do estado nutricional

    Percentil entre 10 e 90

    Peso para idade Altura para idade Permetro Ceflico

    (PC)

    Peso adequado para

    idade

    Altura adequada para

    idade

    PC adequado para

    idade

    Percentil < 10 Baixo peso para idade Baixa estatura para idade Baixo PC para idade

    Percentil > 90 Acima do peso para idade --- ---

    Aps atingir as 40 semanas de idade gestacional corrigida, deve ser utilizado s curvas de

    crescimento da OMS baseadas em crianas saudveis, corrigindo a idade.

    Sndrome de Down

    A Sndrome de Down (SD) um distrbio gentico e metablico, no qual ocorre uma

    alterao cromossmica. Como esta populao apresenta desenvolvimento metablico diferente

    das crianas saudveis, fundamental que utilize as curvas especficas para SD. Os parmetros de

    classificao utilizados nessas curvas so: Peso/idade e Altura/idade.

  • 43

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Pontos de corte de peso/idade e altura/idade:

    Valores de corte Diagnstico nutricional

    Percentil entre 10 e 90

    Peso para idade Altura para idade

    Peso adequado para

    idade

    Altura adequada para idade

    Percentil < 10 Baixo peso para idade Baixa estatura para idade

    Percentil > 90 Acima do peso para idade ---

    Paralisia Cerebral

    Crianas com paralisia cerebral (PC) apresentam algumas particularidades especialmente

    motricidade e deglutio podendo interferir no crescimento, desenvolvimento e estado

    nutricional. A medida de peso e de altura deve ser realizada conforme a recomendao pelo

    Ministrio da Sade. Porm, naqueles pacientes que no conseguem equilibrar-se, a medida de

    peso deve ser obtida atravs do peso diferenciado (peso do acompanhante com criana no colo

    peso do acompanhante = peso do paciente) e a altura atravs do antropmetro peditrico (at

    100 cm) ou a rgua Luft (acima de 100cm) na posio deitada. Na impossibilidade de aferir a altura

    deitado pode-se utilizar a frmula de altura estimada para crianas com PC da seguinte forma: a

    criana deve estar sentada e formar um ngulo de 90 no joelho. Com o antropmetro verificar a

    medida do joelho ao calcanhar. No entanto importante ressaltar que a altura estimada atravs

    da frmula pode errar o valor da altura comparada com aferida, podendo tambm, alterar o

    diagnstico do estado nutricional.

    Quadro 1 Frmula de altura estimada:

    E (cm) = (2,69 x CJ) + 24,2

    E= estatura

    CJ = Comprimento do joelho ao calcanhar

  • 44

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Aps a aferio do peso e da estatura, recomenda-se a utilizao de curvas de

    crescimentos especficas para PC para diagnstico nutricional. Essas curvas so divididas em 5

    grupos de acordo com a capacidade funcional, conforme descrito abaixo:

    a) Grupo 1: paciente caminha sem apoio e/ou pula bem e se alimenta por via oral;

    b) Grupo 2: paciente caminha com ou sem apoio por pelo menos 3 metros, mas no caminha

    6 metros;

    c) Grupo 3: paciente rasteja ou arrasta-se, mas no anda e/ou se autoalimenta;

    d) Grupo 4: paciente no caminha, no rasteja e no se autoalimenta;

    e) Grupo 5: paciente no caminha, no rasteja, alimenta-se por sonda do tipo gastrostomia.

    Os parmetros para o diagnstico do estado nutricional para estas curvas so peso/idade,

    altura/idade e ndice de massa corporal (IMC).

    Pontos de corte de peso/idade, altura/idade e IMC:

    Valores crticos Diagnstico do estado nutricional

    Percentil entre 10 e 90

    Peso para idade Altura para idade IMC

    Peso adequado para

    idade

    Altura adequada para

    idade

    Eutrfico

    Percentil < 10 Baixo peso para idade Baixa estatura para idade Magreza

    Percentil > 90 Acima do peso para idade --- Obesidade

  • 45

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Triagem e Avaliao Subjetiva Global Nutricional Peditrica

    A triagem nutricional consiste na realizao de inqurito simples ao paciente ou seus familiares

    com o propsito de indicar o risco nutricional. Identifica risco de desnutrio, mudanas na

    condio que afetem o estado nutricional do doente, fatores que possam ter como consequncias

    problemas relacionados nutrio.

    A triagem nutricional de rotina raramente feita em pacientes peditricos, devido falta de

    ferramentas devidamente validadas. Nos ltimos anos, grandes esforos foram feitos para criar

    ferramentas de triagem simples e prticas para crianas. Foram desenvolvidas no mnimo cinco

    ferramentas na ltima dcada, conforme descrito na tabela 1.

    Ferramenta /

    Autor (Ano) Descrio

    STRONG kids

    (Screening Tool

    for Risk on

    Nutritional

    Status and

    Growth)

    Hulst et al (2010)

    Aplicados em hospitais acadmicos e gerais, composto por 424 crianas. Consiste em um

    questionrio constitudo por 4 itens, que leva em considerao a avaliao subjetiva

    global, o alto risco de doena, ingesto nutricional e perdas e perda de peso ou baixo

    ganho de peso. A cada um desses itens atribudo uma pontuao, que varia de 1 a 2

    pontos, totalizando um escore mximo de 5 pontos.

    Mdulo IV: Triagem Nutricional e

    Avaliao Subjetiva Global em Pediatria

  • 46

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    NST (Paediatric

    Nutrition

    Screening Tool)

    McCarthy et al

    (2012)

    Aplicado em pacientes clnicos e cirrgicos, com amostra de 89 pacientes. Compem esse

    questionrio o diagnstico clnico, o exame fsico, a ingesto nutricional e as medidas

    antropomtricas. Cada um desses elementos pontuado e, crianas com escore global

    superior a 3 pontos so consideradas como em risco nutricional.

    SGNA (Subjective

    Global Nutrition

    Assessment for

    Children)

    Secker &

    Jeejeebhoy

    (2007)

    Protocolo desenvolvido para populao cirrgica, com nmero amostral de 175 pacientes

    peditricos e neonatais. Consiste numa adaptao da Avaliao Subjetiva Global para a

    populao peditrica. Esta ferramenta contm aspectos relacionados a recentes

    modificaes do peso corporal, consumo alimentar, sintomas gastrointestinais,

    capacidade funcional e a presena de doenas ou condies de sade associadas a

    desnutrio. So atribudos pontos a cada um desses itens e posteriormente as crianas

    so classificadas em 1 dos 3 grupos: bem nutridas, moderadamente desnutridas e

    severamente desnutridas.

    SPNS (Simple

    Pediatric

    Nutritional Risk

    Score)

    Sermet-Gaudelus

    (2000)

    Aplicado na populao clnica e cirrgica, constituda por 296 crianas. Esse escore leva

    em considerao os sintomas gastrointestinais, o consumo alimentar, o histrico e as

    modificaes recentes do peso corporal, bem como o percentual de perda de peso e as

    condies patolgicas, que so divididas em grupos, conforme a gravidade, em suave,

    moderada e severa .

    PYMS (Paediatric

    Yorkhill

    Ferramenta utilizada em populao clnica e cirrgica, composta por 247 crianas. Aborda

  • 47

    Apostila do Curso de Avaliao Nutricional em Pediatria

    Educao Distncia

    Malnutrition

    Score)

    Gerasimidis

    (2010)

    aspectos relacionados recente perda de peso, IMC, consumo alimentar e condio de

    sade. Cada item pontuado e, conforme a pontuao, o indivduo classificado de

    acordo com o risco nutricional .

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