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Fragmentos de Triste fim de Policarpo Quaresma “Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. (...) o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de Brasil. (...) Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro.” “Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Na repartição, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notícia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram não se sabe por que em chamá-lo – Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distraído, sem reparar quem lhe estava às costas, disse em tom chocarreiro: “Você já viu que hoje o Ubirajara está tardando?” 1.Quaresma é alvo de gracejos em seu ambiente de trabalho. Aponte o tipo de brincadeira a ele dirigido e o motivo dessa situação. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ ________________________________________________ 2. Da personagem que dá título ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que: a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras. b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira. c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte injustamente por valores que defendia. d) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas que o cercavam. 3. Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é a) a narrativa da vida e morte de um funcionário humilde conformado com a realidade social do seu tempo. b) uma autobiografia em que a personagem-título expõe sua insatisfação com relação a burocracia carioca. c) um livro de memórias em que o personagem-título, através de

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Fragmentos de Triste fim de Policarpo Quaresma

Policarpo era patriota. Desde moo, a pelos vinte anos, o amor da Ptria tomou-o todo inteiro.

No fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento srio, grave e absorvente. (...) o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de Brasil. (...) No se sabia bem onde nascera, mas no fora decerto em So Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Par. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro.

Havia um ano a esta parte que se dedicava ao tupi-guarani. Na repartio, os pequenos empregados, amanuenses e escreventes, tendo notcia desse seu estudo do idioma tupiniquim, deram no se sabe por que em cham-lo Ubirajara. Certa vez, o escrevente Azevedo, ao assinar o ponto, distrado, sem reparar quem lhe estava s costas, disse em tom chocarreiro: Voc j viu que hoje o Ubirajara est tardando?

1.Quaresma alvo de gracejos em seu ambiente de trabalho. Aponte o tipo de brincadeira a ele dirigido e o motivo dessa situao.

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2. Da personagem que d ttulo ao romanceTriste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que:

a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com afinco as coisas brasileiras.b) perpetrou seu suicdio, porque se sentia decepcionado com a realidade brasileira.c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado morte injustamente por valores que defendia.d) era um louco e, por isso, no foi levado a srio pelas pessoas que o cercavam.

3. Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto,

a) a narrativa da vida e morte de um funcionrio humilde conformado com a realidade social do seu tempo.b) uma autobiografia em que a personagem-ttulo expe sua insatisfao com relao a burocracia carioca.c) um livro de memrias em que o personagem-ttulo, atravs de um artifcio narrativo, conta as atribulaes de sua vida at a hora da morte.d) a histria de um nacionalista fantico que tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo.Leia:

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma mquina! Poder ir na vida triunfante como um automvel ltimo modelo!(Fernando Pessoa, lvaro de Campos)

- A voz lrica toma a mquina como parmetro de excelncia existencial, sugerindo que a tecnologia acabou por produzir a totalidade que faltava ao homem moderno. Essa viso das coisas aproxima o texto de uma corrente especfica da vanguarda europeia do incio do sculo XX. 4.De que corrente se trata? Quais caractersticas elas apresenta?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________H uma gerao sem palavras

A malhao fsica encanta a juventude com seus resultados estticos e exteriores. O que pode ser bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os msculos cerebrais, porque, como diz o poeta e tradutor Jos Paulo Paes, produzem satisfaes infinitamente superiores.

Fonte: Marili Ribeiro Jornal do Brasil, caderno B, Rio de Janeiro, 28 de dez. 1996, p. 6.

5. No fragmento apresentado, o autor defende a tese de que:

a) A malhao fsica traz timos benefcios aos jovens.

b) Os jovens devem se preocupar mais com o desenvolvimento intelectual.

c) O poeta Jos Paulo Paes pertence a uma gerao sem palavras.

d) Malhar uma atividade superior s atividades cerebrais.