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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA LÍVIA DOS SANTOS PINHEIRO AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS FOTOATIVADORES (HALÓGENA E LED) NA DUREZA SUPERFICIAL DE COMPÓSITOS ODONTOLÓGICOS Rio de Janeiro 2005

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

LÍVIA DOS SANTOS PINHEIRO

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS FOTOATIVADORES (HALÓGENA E LED) NA DUREZA SUPERFICIAL DE

COMPÓSITOS ODONTOLÓGICOS

Rio de Janeiro 2005

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LÍVIA DOS SANTOS PINHEIRO

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS FOTOATIVADORES (HALÓGENA E LED) NA DUREZA SUPERFICIAL DE

COMPÓSITOS ODONTOLÓGICOS

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Odontologia (Reabilitação Oral) da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção do Grau Mestre. Área de concentração: Dentística.

Orientadora: Prof. Fátima Maria Namen

Rio de Janeiro 2005

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Pinheiro, Lívia dos Santos

Avaliação da influência dos fotoativadores (halógena e LED) na

dureza superficial de compósitos odontológicos / por Lívia dos Santos Pinheiro – 2005

XII, 147 f.: il.; 30cm Digitado (original) Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Universidade Veiga de

Almeida – Faculdade de Odontologia, Rio de Janeiro, 2005. “Orientação: Profª. Drª. Fátima Maria Namen, Curso de

Odontologia”. 1. Fotopolimerizadores. 2. LED. 3. Halógena. 4. Dureza Vickers.

5. Resina Composta. Dissertações acadêmicas. I. Namen, Fátima (Orientadora). II. Universidade Veiga de Almeida, Faculdade de Odontologia.

A presente dissertação foi formatada de acordo com a resolução do comitê dos cursos de pós-graduação, através das normativas aprovadas e disponíveis no site: www.uva.br – Elaboração de teses e dissertações.

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LÍVIA DOS SANTOS PINHEIRO

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS FOTOATIVADORES (HALÓGENA E LED) NA DUREZA SUPERFICIAL DE COMPÓSITOS

ODONTOLÓGICOS

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Odontologia (Reabilitação Oral) da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção do Grau Mestre. Área de concentração: Dentística.

Aprovado em 09 / 12 / 2005

BANCA EXAMINADORA

Prof. João Galan Júnior – Doutor Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ

Prof. Denise Côrtes – Doutora Faculdade de Odontologia de Bauru.Universidade de São Paulo. FOB-USP

Prof. Carlos Nelson Elias – Doutor Instituto Militar de Engenharia, IME. Rio de Janeiro

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Dedico esta pesquisa a meus Pais (João José e Elzanir) por acreditarem no meu potencial e dedicação; por aceitarem minha vontade de buscar conhecimento e decisão positiva em meus caminhos.

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AGRADEÇO

A Deus por me promover saúde e convicção para concluir mais esta etapa da minha vida. À minha família, por me proporcionar condições, opções, motivação, auxílio, orientação, carinho e amor em todos os momentos desta longa caminhada. Ao meu irmão (Luciano), que diretamente me auxiliou neste percurso. Aos amigos e familiares (distantes), que conseguiram me apoiar e dar força para a conclusão de mais um objetivo. Aos amigos e familiares (próximos), que conseguiram de alguma forma levantar o astral a cada momento de reflexão. À Margarida, por sua avaliação, paciência e amizade. À Tia Dezinha (in memorian,) por sua amizade, amor, carinho e respeito.

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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Agradecer torna-se muito fácil quando sabemos reconhecer a ajuda e a colaboração das pessoas que se envolveram no trabalho. Mas não existem palavras para demonstrar a gratidão que sinto por minha Querida Orientadora, Fátima Namen, pois sua garra, força, determinação, competência, influência, motivação, cobrança, decisões, enfim, as devidas orientações, mostraram-me que posso alcançar bem mais que o esperado, e com ela muito aprendi e serei sempre grata. Agradeço especialmente ao professor João Galan que, com sua calma e paciência elucidou muitas dúvidas e orientou em alguns caminhos. Aos professores, auxiliares, atendentes e recepcionistas do Mestrado em Odontologia da Veiga de Almeida; em especial à Márcia Marinho, pois sem vocês tudo ficaria mais difícil. Ao Rodrigo Derossi, por analisar, estudar, avaliar e ajudar muito nesse trabalho. Aos representantes das empresas DabiAtlante (Mario e Rodrigo) e da Dental Tanaka (Edmilson e Dutra) que cederam os aparelhos para a realização dos testes. Ao Ovídio e toda equipe do laboratório de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, pelo apoio, colaboração e confiança.

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“A perseverança nos mostra o caminho para o sucesso e de

nada adianta saber apenas a direção, senão alcançá-lo”.

Lívia Pinheiro

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RESUMO

A proposta deste estudo foi avaliar a influência da fotopolimerização na dureza Vickers de três resinas compostas diferentes, utilizando dois tipos de fotopolimerizadores, um de lâmpada halógena (Ultralux EL, DabiAtlante) e um à base de diodo (Ultraled XP, DabiAtlante), com variação nas intensidades de luz. Foram utilizadas duas resinas híbridas (Tetric Ceram HB e Solitaire2) e uma condensável (P60), todas na cor A3. Foram confeccionados noventa corpos de prova: trinta amostras para cada resina, equivalendo a quinze corpos para cada aparelho. As resinas foram inseridas em uma matriz de bronze em duas camadas de aproximadamente 1 mm de espessura cada uma; compactadas e polimerizadas por vinte segundos. Após polimerização, os discos de resina foram armazenados em tubos fotográficos pretos à temperatura ambiente de 27+ 1°C até o momento dos testes. Para medir a dureza das amostras, foi utilizado o microdurômetro HMV-SHIMADZU, equipado com diamante Vickers e uma carga de 50 grama-força durante 30 segundos. Foram realizadas cinco endentações em cada superfície das amostras (base e topo), registrando os valores de dureza no software conectado ao microdurômetro. Os dados foram tratados estatisticamente pela análise de variância e Student-Newman-Keuls com p<0,05 de significância. Com os resultados, observou-se que os aparelhos fotopolimerizadores testados apresentaram variações em suas intensidades de luz, dependendo das oscilações da tensão ocasional. Estatisticamente, as resinas registraram valores de dureza diferentes com as diversas intensidades de luz. De acordo com os testes foram registrados maiores valores de dureza na resina P60 ativada com LED, com a intensidade de 227 mW/cm2. Na intensidade de 725 mW/cm2 com o aparelho de lâmpada halógena foram encontrados valores equiparados nas três resinas avaliadas. No entanto os menores valores de dureza foram encontrados na resina Solitaire 2 ativada com LED, na intensidade de 227 mW/cm2. Conclui-se que os fotopolimerizadores variam a intensidade de luz; as resinas compostas diferentes apresentam durezas diferentes; o LED proporciona polimerização da resina semelhante `a lâmpada halógena, podendo causar alterações nos valores de dureza devido a algumas propriedades das resinas como composição, morfologia e tamanho das partículas, visto que o mesmo aparelho alcançou variação da dureza em diferentes resinas e que a maior dureza foi verificada na resina P60 ativada pelo LED . PALAVRAS-CHAVE: FOTOPOLIMERIZADORES, LED, HALÓGENA, DUREZA, RESINA COMPOSTA.

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ABSTRACT

The purpose of this study was to evaluate the influence of the photopolymerization in Vickers hardness on three different composed resins, using two devices, one of halogen light (Ultralux EL, DabiAtlante) and one diode (Ultraled XP, DabiAtlante), with variation on light intensities. Two hybrid resins (Tetric Ceram and Solitaire) and two condensable (P60) were used, all on color A3. Ninety specimens were confectioned: Thirty samples for each resin, amounting fifteen bodies for each device. The resins were inserted in a mold of brass in two layers of approximately 1 mm of thickness each one, compacted and polymerized for twenty seconds. After polymerization, the resin disks were stored in black photographic pipes at ambient temperature of 27+ 1°C until the moments of tests. To measure hardness of the samples, microdurometer HMV-SHIMADZU was used, equipped with Vickers diamond and a load of 50 grams during 30 seconds. Five indentations were made in each surface of sample (base and top), recording values of hardness in the software connected to the microdurometer. The data were treated statistically by analysis of variance and Student-Newman-Keuls with significance p<0,05. With results was shown that the devices tested was present variations on light intensities, subject to oscillations of the occasional tension. Statistically, the resins registered different values of hardness with diverse light intensities. In agreement with tests were registered bigger values of hardness in P60 resin activated with LED in intensity of 227 mW/cm2. On intensity of 725 mW/cm2 with halogen device were found values equalized in three evaluated resins. However lower values of hardness were found in Solitaire 2 resin activated with LED on intensity of 227 mW/cm2. Leading us to conclude that devices vary the light intensity; the differents composed resins present differents hardness; LED provides similar resin polymerization to halogen light altering the hardness values due to some properties of resins as composition, morphology and size particles, since the same device it reached variation at hardness on differents resins and the higher hardness was verified on P60 resin activated for the LED. KEYWORDS: PHOTOPOLYMERIZATORS, LED, HALOGEN, HARDNESS, COMPOSITE RESIN.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Matriz de Latão fechada e aberta com corpo-de-prova, p.97 Figura 2 – Microdurômetro HMV- SHIMADZU (FOB/USP), p.100 Figura 3 – Imagem representativa das endentações da ponta de diamante (Vickers)

sobre os compósitos resinosos (A- Solitaire2 – halógena; B – P60 - LED.; C – Tetric Ceram – LED), p.102

Figura 4 – Gráfico comparativo de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz halógena (mW/cm2), p.105

Figura 5 – Gráfico comparativo de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz por LED (mW/cm2),p.108

Figura 6 – Gráfico comparativo de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por luz halógena e LED, p.111

Figura 7 – Gráfico comparativo entre resinas polimerizadas por luz halógena nas superfícies base e topo, p.113

Figura 8 – Gráfico comparativo entre resinas polimerizadas por LED nas superfícies base e topo, p.115

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1– Materiais, fabricantes e composição das resinas estudadas, p.98 Tabela 2– Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por

diferentes intensidades de luz halógena (n = 90), p.104 Tabela 3– Análise de variância (ANOVA) aplicada à tabela 2, p.105 Tabela 4– Múltiplas comparações (Student-Newman-Keuls) aplicadas à tabela 2,

p.106 Tabela 5– Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por

diferentes Intensidades de luz emitida por diodo (LED), p.107 Tabela 6– Análise de variância (ANOVA) aplicada à tabela 5, p.108 Tabela 7– Múltiplas comparações (Student-Newman-Keuls) aplicadas à tabela 5,

p.109 Tabela 8– Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por

luz halógena e LED (somatória de todas as intensidades de luz) n = 90, p.110

Tabela 9– Análise de variância (ANOVA) aplicada aos valores da tabela 8, p.110 Tabela 10– Múltiplas comparações (Student–Newman–Keuls) aplicadas à tabela 8,

p.111 Tabela 11– Valores de microdureza Vickers na superfície da base de resinas

compostas polimerizadas por luz halógena e LED (n = 90), p.112 Tabela 12– Valores de microdureza Vickers na superfície do topo de resinas

compostas polimerizadas por luz halógena e LED (n = 90), p.112 Tabela 13– Múltiplas comparações entre os valores de resinas compostas

polimerizadas por luz halógena nas superfícies de base e de topo (Student-Newman-Keuls) com p<0.05, p.113

Tabela 14– Múltiplas comparações entre os valores de resinas compostas polimerizadas por luz LED nas superfícies de base e de topo (Student-Newman-Keuls) com p<0.05, p.114

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

LED – Luz emitida por Diodo n – número de amostras mW/cm2 – Miliwatt por centímetro quadrado et al – e colaboradores Fator C – Fator de contração µµµµm – Micrômetro bis-GMA – bisfenol A diglicidil éter dimetacrilato TEGDMA – Trietileno glicol dimetacrilato UDMA – Uretano dimetacrilato bis-EMA – bisfenol A polietileno glicol dieter dimetacrilato. DMAEMA – dimetilaminoetil-metacrilato °C – graus Célsius % – porcento mg – miligrama nm – nanômetro > – maior que < – menor que V – Volts SiAlLi – Silicato de lítio e alumínio. Mm – Milímetro C=C – dupla ligação de carbono MPa – Mega Pascal LCU – Light Curing Unit (unidade de luz ativadora) mJ – miliJoule J – Joule LH – Luz Halógena Gf – grama força ISO – International Organization for Standardization H – Hipótese H0 – Hipótese nula CIOSP – Congresso Internacional de São Paulo Mm/min – milímetro por minuto FTIR – Fourrier Transformer Infra-Red KBr – Brometo de Potássio µµµµg – micrograma MHP – Microhardness Tester KHN – Número de dureza Knoop H B – Halógena base H T – Halógena topo Vs – versus L B – LED base L T – LED topo Apud – citado por

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SUMÁRIO

RESUMO ABSTRACT LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 1. INTRODUÇÃO, p.13 2. REVISÃO DE LITERATURA, p.21 3. OBJETIVOS, p.91 3.1 GERAL, p.92 3.2 ESPECÍFICOS, p.92 4. HIPÓTESES, p.93 5. METODOLOGIA, p.96 5.1 MATRIZ, p.97 5.2 MATERIAIS, p.97 5.3 EQUIPAMENTOS, 98 5.3.1 Fotopolimerizadores, p.98 5.3.1.1 Fotopolimerizador halógena: Ultralux EL (DabiAtlante), p.98 5.3.1.2 Fotopolimerizador à base de diodo, Light Emitting Diode (LED):

Ultraled XP (DabiAtlante), p.98 5.3.2 Radiômetro Cure Rite, modelo 800 – EFOS, p.99 5.3.3 Microdurômetro, p.99 5.4 OBTENÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA, p.101 5.5 TESTE DA DUREZA SUPERFICIAL, p.101 5.6 ESTATÍSTICA, p.102 6. RESULTADOS, p.103 7. DISCUSSÃO, p.116 8. CONCLUSÕES, p.131 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.134

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INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Nos anos sessenta, Bowen, R. introduziu na Odontologia a resina composta,

um material inovador, pois apresentava propriedades físicas e mecânicas superiores

aos materiais antes utilizados em procedimentos restauradores (PINTO, R., 2001).

Note-se que na época não se questionavam as propriedades mecânicas e físicas do

material, mas sim a coloração semelhante à do esmalte dental.

A composição das resinas constitui-se de matriz resinosa, partículas de carga

inorgânica, assim como o agente de união para realizar a ligação das partículas de

carga e a matriz de resina. Esses compósitos apresentam também substâncias que

melhoram a estabilidade de cor, substâncias que evitam a polimerização prematura

(hidroquinona) e os pigmentos para corar o material reproduzindo as cores do

esmalte dental (BOWEN, R., 1963). Apesar destas propriedades, as resinas ainda

apresentam algumas limitações, pois existem constantes infiltrações marginais e

contração de polimerização.

Em se tratando de durabilidade e alteração na composição dos materiais

restauradores, as resinas compostas necessitam de um maior aprimoramento em

suas propriedades, tanto físicas como mecânicas. A utilização, a atuação, o método,

a técnica de manipulação desse tipo de material depende muito do grau de

conhecimento científico de cada profissional. As resinas compostas apresentam

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muitas variáveis que interferem na sua permanência ou durabilidade da restauração

na cavidade oral.

Atualmente, existem resinas com outros tipos de matrizes diferentes daquelas

propostas por Bowen, devido à constante busca dos fabricantes por materiais cada

vez melhores, revelando uma performance clínica “ótima”. Segundo Bausch, J.

(1982), a contração de polimerização da resina composta varia entre 2% a 3% do

volume, entretanto, os fabricantes esperam que futuramente existam matrizes

resinosas com mínima contração de polimerização.

As resinas compostas ainda apresentam deficiências em suas propriedades e

características finais. Os materiais restauradores resinosos sofrem constante

contração de polimerização, promovida pela liberação de monômero residual,

ocasionando assim deficiência nas restaurações em relação à adaptação, à dureza,

à resistência e à durabilidade do material.

As resinas compostas passaram por grandes modificações em suas

propriedades, embora ainda estejam sofrendo evolução gradativa e apresentando

grande desenvolvimento em suas características de aderência e contração de

polimerização. Os estudos apontam para as necessidades de elucidar os fatores que

interferem diretamente nas propriedades das resinas com a intenção de reduzir a

interferência negativa no sucesso das restaurações.

Neste sentido, é grande a expectativa em torno da nova classe de resinas

chamadas condensáveis. Este material compõe-se basicamente de matrizes

resinosas modificadas, com alto conteúdo de carga, conseguem liberar flúor e têm

característica de “compactação”. Os fabricantes investem em um discurso sobre a

diminuição da contração de polimerização e melhor adaptação da resina composta à

cavidade, como fator de marketing desse material. Porém, a comunidade científica

aguarda melhora significativa nas propriedades desse material. (CILLI; ARAÚJO,

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2000).

De acordo com Chain (2001), as resinas condensáveis poderiam ser

chamadas de resinas de alta viscosidade, visto que, para serem condensáveis,

deveriam apresentar volume reduzido após a compactação. Os estudos sobre as

resinas condensáveis ainda estão se aprimorando, pois é uma resina que apresenta

semelhança com o órgão dental, frente à propriedade de dureza, mas ainda têm

características alheias que provocam infiltração.

Com a evolução, tais resinas aproximam-se das propriedades mais

aprimoradas, pois essas têm a matriz mais densa, apresentando alto módulo de

elasticidade. Em dois estudos (DAVIDSON, C.; DE GEE, A.; FELTZER, A., 1984;

MEIRA, J., 1999) foram observados maiores índices de microinfiltração, mas devido

às tensões na interface adesiva, esse fato não foi comprovado nos resultados

encontrados, talvez devido à menor contração de polimerização desse material

quando comparado a outro tipo de resina composta. Ehrnford, L.; Derant, T., 1984;

Jorgensen, K.; Hisamitsu, H., 1984 concluíram que a diminuição do desgaste na

superfície deve à difusão do monômero não polimerizado da matriz na superfície das

partículas pré-polimerizadas, formando um imbricamento mecânico durante a

polimerização (MAZER, R.; LEINFELDER, K., 1992).

Na presente pesquisa foram utilizadas duas resinas híbridas e uma

compactável por serem materiais mais adequados às restaurações posteriores e por

serem utilizadas amplamente no mercado, supostamente como substitutas do

amálgama, mas que ainda assim apresentam características promissoras, deixando

a desejar em muitos aspectos, que de acordo com suas composições e reação de

polimerização alterada, interfere na longevidade da restauração, bem como na

dureza superficial.

A dureza - uma das mais importantes propriedades mecânicas para comparar

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materiais restauradores - pode ser amplamente definida como uma resistência à

endentação ou penetração permanente na superfície (CRAIG, R.; POWERS, J.,

2004).

A formulação de uma definição mais rigorosa da dureza é difícil, porque

qualquer método de teste irá, em nível microscópio, envolver as morfologias

complexas de superfície e as tensões no material de teste, envolvendo, assim, uma

variedade de propriedades em qualquer teste simples de dureza. Apesar dessa

condição, o conceito mais comum de substâncias dura e resiliente é sua relativa

resistência à endentação. A dureza, portanto, é a medida da resistência à

deformação plástica e é mensurada como uma força por unidade de área de

endentação. Craig, R. e Powers, J. (2004) acrescentam ainda, que o teste de dureza

é um dos mais importantes para a Odontologia. A dureza é um indicativo da

facilidade de acabamento da estrutura e de sua resistência ao uso, no que se refere

aos riscos, do qual podem comprometer a resistência à fadiga e levar à falha

prematura.

Alguns métodos mais comuns de teste de dureza dos materiais restauradores

são Brinell, Knoop, Rockwell, Barcol e Vickers.

Nesta pesquisa elegeu-se o teste Vickers, para medir a dureza superficial;

dentro das indicações, tanto o Vickers como o Knoop realizam a medição de

microdureza com cargas inferiores a 9,8N, com utilização tanto para materiais

dúcteis quanto para materiais de alta dureza. A indicação do teste Vickers em

materiais friáveis, resilientes e como empregado pela ADA na especificação das

ligas de ouro para restaurações fundidas, consegue registrar altos valores de dureza

em larga opção de materiais. O teste de dureza Vickers necessita apenas de uma

pequena área para endentação, com penetração pequena e limitada (menor que 19

µm), visto que a ponta do diamante apresenta aproximadamente 0,001 mm, capaz

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de medir pequenas espessuras de materiais. (CRAIG, R.; POWERS, J., 2004;

RAWLS, H.R.; ESQUIVEL-UPSHAW, J. 2005 apud ANUSAVICE, K., 2005).

Considerando-se a comparação da dureza de materiais diferentes, pode-se

observar nos estudos de Craig, R. e Powers, J. (2004) que registraram para o

esmalte o número de dureza Knoop (KHN) de 343; para a dentina, de 68 (KHN);

para o acrílico, de 21 (KHN); para o ouro, de 120 (KHN) e para as resinas compostas

apresentou valores superiores a 50 (KHN) como valor de dureza considerada como

ideal. (RAWLS, H.R.; ESQUIVEL-UPSHAW, J. 2005 apud ANUSAVICE, K., 2005).

Na clínica odontológica, habitualmente, encontram-se aparelhos

polimerizadores de lâmpada halógena que produz a luz por incandescência com o

aquecimento do filamento conduzindo à excitação dos átomos sobre níveis

energéticos, produzindo o espectro de ação extenso e desnecessário, no qual é

selecionada, através de filtros bloqueadores, a faixa azul para a polimerização das

resinas. (MILLS, R.; JANDT, K.; ASHWORTH, S., 1999).

O aquecimento do bulbo, perda da intensidade de luz, aquecimento liberado

na resina e no órgão dental são algumas desvantagens dos aparelhos de lâmpada

halógena. Então, com a finalidade de suprir alguns problemas desses aparelhos, foi

desenvolvido o Diodo emissor de luz ou Luz emitida por diodo (LED) que é

encontrado normalmente em aparelhos eletrônicos e em semáforos. Os LEDs são

baseados em junções de semicondutores gerando luz através do fenômeno químico,

eletroluminescência. O comprimento de onda específico é denominado pelo

semicondutor de Nitreto de Gálio, não havendo a necessidade de filtros

bloqueadores. (UHL, A., SIGUSCH, B. E JAND, K., 2004)

Recentes tecnologias têm eficiência na polimerização de materiais

fotossensíveis, desde que o fotoiniciador seja a canforoquinona, comumente

incorporada aos compósitos de uso odontológico. Trabalhos publicados têm

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comprovado a efetividade desses aparelhos por meio da avaliação de propriedades

físicas do polímero formado principalmente com relação à profundidade de

polimerização (JANDT, K. et al., 2000; MILLS, R.; JANDT, K.; ASHWORTH,

S.,1999).

O problema a ser pesquisado direciona-se a uma pergunta que motiva a

desenvolver a presente pesquisa: as resinas híbridas e condensáveis polimerizadas

por LED apresentam maior dureza superficial em relação ao uso de luz halógena? A

intensidade luminosa altera o grau de polimerização, conseqüentemente interferindo

na dureza?

Nos consultórios atuais encontramos freqüentes procedimentos restauradores

e muitos “reparos” em restaurações danificadas. Por que não questionar a técnica,

as propriedades e o tipo de material restaurador, a fim de prolongar a permanência

desta restauração nas cavidades?

Para alguns profissionais é de suma importância suprir a necessidade do

paciente, em questão curativa, mas deve-se para com o paciente a ética profissional,

que, acima de tudo, reflete a capacidade de distinguir o que se deve realizar e o que

se pode evitar. Acreditamos que no processo restaurador o pensamento seja o

mesmo.

Os autores têm sido unânimes ao afirmar que três componentes são

essenciais para uma adequada polimerização das resinas compostas: intensidade

de irradiação suficiente, correto comprimento de onda da luz visível e tempo de

incidência da luz. Existem outros fatores que podem influenciar, tais como: cor,

translucência e densidade da resina, bem como a composição do material. Soma-se

a isso espessura da camada de resina a ser polimerizada.

A razão que justifica esta pesquisa é a necessidade do aumento da

durabilidade, a longevidade das restaurações com resina composta, visto que esse

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material apresenta características aceitáveis quanto à técnica de restauração e em

situações oclusais selecionadas (CHRISTENSEN, G., 1992).

Esta pesquisa teve por finalidade avaliar a influência das fontes de luz

halógena e LED, utilizadas na fotopolimerização, buscando assim relacionar as

propriedades dos polímeros odontológicos, mais especificamente a dureza

superficial, comprovando a influência dos aparelhos nessa propriedade que interfere

na longevidade da restauração.

Os benefícios esperados referem principalmente à durabilidade das

restaurações, no complexo ambiente que é a cavidade oral, visto que o grau de

polimerização altera diretamente as propriedades finais após a ativação das resinas.

Embora estejam no mercado odontológico materiais capazes de liberar pequena

quantidade de monômero, ainda há alterações decorrentes da polimerização. Com a

comprovação da eficiente polimerização desses materiais, pode-se contribuir para o

conhecimento, para auxiliar o profissional, como promover ganhos específicos para

o paciente.

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REVISÃO DE LITERATURA

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Bowen, R. (1956 apud CARDOSO, R.; GONÇALVES, E., 2002), criou a

primeira resina composta com propriedades superiores à resina acrílica em relação à

estabilidade dimensional e com relação ao cimento de silicato; a resina apresentou

menor solubilidade com o acréscimo de partículas de sílica incolor tratando a matriz

epóxica com o vinil-silano. As primeiras resinas eram compostas de um sistema

resinoso ou matriz bisfenil-A glicidil metacrilato (bis-GMA) com reforço de gama-

metacriloxipropil-silano de 70 a 80 % do material. A matriz orgânica era composta de

resinas poliestirênicas ou metilmetacrilato ou pelo bis-GMA. Com o desenvolvimento

de partículas de reforço com tamanhos menores e com características melhores, as

resinas foram alteradas apresentando 70 a 80% de peso das partículas com

tamanhos de 7 a 8 µm em conjunto com partículas de maior tamanho (30 a 40 µm) e

uma matriz de bis-GMA.

Asmussen, E. (1975) interligou a contração de polimerização com a

composição de resinas compostas, estudando as fendas marginais apresentadas em

restaurações de resina composta em dentes humanos. Foi observado que, quanto

maior a quantidade de monômero diluído, menor será a viscosidade e maior será a

contração volumétrica, ocasionando assim, a redução do tamanho da fenda,

facilitando o escoamento, apesar da grande contração volumétrica poder aumentar

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seu tamanho; visando a importância da composição orgânica para controle da

contração de polimerização, embora os efeitos de contração não sejam atingidos

pela matriz inorgânica, bem como pelo coeficiente de expansão térmica.

Alguns aspectos são questionados sobre composição das resinas compostas

fotoativadas, como a morfologia e o tamanho das partículas, pois representam

grande influência nas propriedades do material, como superfície, viscosidade,

resistência, desgaste, dureza, profundidade de polimerização e contração

(BASSIOUNY, M.; GRANT, A., 1978; DE BACKER, J.; DERMAUT, L., 1986;

KAWAGUCHI, M.; FUKUSHIMA, T.; MIYAZAKI, T., 1994; ANUSAVICE, K., 1998;

BEATTY, M. et al, 1998).

Killian, R. (1979 apud CARVALHO JUNIOR, O., 2002) realizou um estudo que

analisou a profundidade de polimerização dos materiais fotopolimerizáveis com

relação à intensidade de luz e o comprimento de onda de luz irradiada. O grau de

polimerização foi verificado através do teste de dureza Rockwell na base e no topo

das amostras de 3 mm de espessura ativadas durante 60 segundos e armazenadas

por 1 e 24 horas a 37°C. A intensidade de luz e o comprimento de onda foram

aferidos. Com os resultados puderam observar que com o aumento da intensidade

de luz, promovia maior valor de dureza; e a superfície de topo apresentava valores

superiores de dureza em relação aos valores da base do material. Foi observado

que os valores de dureza aumentavam com as amostras armazenadas concluindo

que a polimerização continuava mesmo após a incidência de luz.

Ehrnford, L. et al (1980) apontam fatores inerentes à resina composta

posterior que influenciam no seu comportamento: composição da matriz orgânica;

composição das partículas; efetividade do agente silano; tamanho, distribuição,

forma e volume das partículas, tamanho e localização da cavidade; magnitude,

localização e direção das forças oclusais, grau de polimerização e técnica

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clinicamente aplicada. Além desses fatores, Heath, J. e Wilson, H. (1976) citam a

uniformidade da mistura, espessura do espécime, polimento da superfície, método

de estocagem e metodologia aplicada.

Os materiais resinosos utilizados na Odontologia a mais de 30 anos têm sido

alterados gradativamente por seus fabricantes devido às pesquisas científicas

comprovarem a necessidade de modificação em suas composições; promovendo

alteração nas propriedades mecânicas com resultados estéticos satisfatórios para o

paciente (DE LANGE, C.; BAUSCH, J.; DAVIDSON, C., 1980; BLANKENAU, R. et al,

1983; COOK, W.; STANDISH, P., 1983; GALAN; LANGHI; CASTELLANOS, 1984).

A profundidade da polimerização é relevante, visto que a inserção do material

deve ser sempre por incrementos (DE GEE, A.; DAVIDSON, A.; SMITH, A., 1981).

Avaliando esse estudo pode-se observar que o primeiro milímetro de profundidade

apresentou maior microdureza com tempo de 20 segundos; para o tempo de 40

segundos os dois milímetros foram semelhantes à amostra anterior, entretanto, a

partir do terceiro milímetro a dureza já apresentava redução.

Em relação à polimerização insuficiente da resina composta é associada à

redução de propriedades físico-químicas da resina composta resultando em menor

dureza superficial, insuficiente resistência à compressão e menor retenção,

causando fratura na restauração (ASMUSSEN, E.,1982).

Levando em consideração a intensidade de luz, os aparelhos

fotopolimerizadores emitiam baixa potência, pois perdiam luz ao longo do trajeto,

devido à fibra óptica que transmitia a luz dos aparelhos até a restauração, visto que

apresentavam constantes fraturas das microfibras e interferência do espelho

dicróico, os quais promoviam perda da incidência de luz em até 50% (ASMUSSEN,

E.,1982).

Bausch, J. et al (1982) analisaram a contração de polimerização de resinas

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compostas e suas interferências clínicas. Foram usados seis tipos de materiais, três

micropartículas (Isocap, Silar e Estilux Microfill) e três convencionais (Concise, Vytol

e Clearfil) manipulados de acordo com os fabricantes. Porções com 150 a 250 mg de

resina foram colocadas em um dilatômetro de mercúrio modificado acoplado em um

transdutor para medir as alterações volumétricas na polimerização. A contração de

polimerização foi observada após 10 horas da reação, e os valores em porcentagem

de volume foram identificados nas resinas (Isocap - 5,8, Silar -5,4, Estilux Microfill -

5,8, Concise - 5,4, Vytol - 5,9 e Clearfil - 4,6). A resina Clearfil apresentou melhores

resultados entre os materiais avaliados, sem diferença significante entre os outros. A

contração de polimerização é um dos fatores que determinam o tempo de vida útil da

restauração, influenciando na sua adesão à estrutura dental, na infiltração marginal

e no reaparecimento de cáries.

Blankenau, R. et al (1983) avaliaram o comprimento de onda e a intensidade

de luz produzida por sete aparelhos fotopolimerizadores. Para determinar o espectro

e os picos de comprimento de onda foi utilizado um aparelho monocromático de

varredura. As unidades de luz variaram entre 480 nm e 568 nm, referindo que é

necessário avaliar constantemente os aparelhos para determinar polimerização

adequada. Os autores concluíram que se a intensidade de luz estiver baixa, não irá

promover energia suficiente para uma polimerização adequada, e a translucidez

óptica e a refração do material podem determinar a quantidade de luz dispersa e a

profundidade de polimerização alcançada.

O sistema de ativação com luz visível apresentou vantagens ao sistema

anterior, então chamado sistema ultravioleta, que apresentava inúmeras

desvantagens, visando menos porosidade, tempo de trabalho suficiente, rápida

polimerização, propriedades físicas melhoradas, adaptação marginal adequada,

menor contração de polimerização, promovendo a estética (GALAN JUNIOR, J.;

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LANGHI, M.; CASTELLANOS, V., 1984; CAUGHMAN, W.; RUEGGEBERG, F.;

CURTIS JÚNIOR, J., 1995; DUNNE, S.; DAVIES, B.; MILLAR, B., 1996).

Nas resinas compostas ativadas por luz visível a polimerização inicia-se

através da absorção de luz pela molécula do fotoiniciador, α-diketona ou

canforoquinona. Após a absorção da energia luminosa com os comprimentos de

onda determinados, a canforoquinona atinge o estado de excitação chamado estado

tripleto (YEARN, J.; MACCLESFIELD, U., 1985; SHORTALL, A.; HARRINGTON, E.,

1996).

A interação da canforoquinona com a amina terciária provoca a formação de

radicais livres, iniciando assim a polimerização. Este processo continua através da

interação da luz com o fotoiniciador, gerando fonte de energia, promovendo a

excitação da molécula e a formação de ligações químicas entre monômeros durante

a ativação. A energia necessária para polimerização da resina composta é resultante

da luz emitida pelo fotopolimerizador em mW/cm2 e o tempo de incidência da luz em

segundos (YEARN, J.; MACCLESFIELD, U., 1985; RUEGGEBERG, F.;

CAUGHMAN, W.; CURTIS JÚNIOR, J., 1994).

A profundidade de polimerização sofre alteração por alguns fatores como

intensidade de luz, tempo da exposição, distância delimitada do fotopolimerizador e

a quantidade de luz absorvida pelo material (YEARN, J.; MACCLESFIELD, U., 1985;

VICENTINI, A.; CORRER SOBRINHO, L..; CONSANI, S., 1997; PILO, R.;

OELGIESSER, D.; CARDASH, H., 1999).

Yearn, J. e Macclesfield, U. (1985) fizeram uma revisão de literatura que

determinava os fatores que promoviam as características da ativação e a

performance das resinas fotoativadas. Dentro dos fatores que interferem na

polimerização, a composição química das resinas é importante na proporção da

polimerização. Diferenças na composição química podem estar relacionadas com o

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monômero escolhido (bis-GMA ou dimetacrilato de uretano) ou às combinações de

catalisadores (diketona ou amina). Os materiais com composição resinosa e de

partículas semelhantes, mas com diferentes combinações de catalisadores, variam

na profundidade de polimerização. As variáveis mais importantes na composição do

material que determinam o grau de polimerização, são as que apresentam influência

na capacidade da luz atingir a camada do material, fatores que facilitam ou impedem

a transmissão da luz. A mesma proporção de resina e de partículas podem causar

diferença na transmissão de luz se o tamanho das partículas forem diferentes

influenciando na dispersão da luz. As características de ativação das resinas são

determinadas pela quantidade e qualidade da luz incidida pela fonte de energia, com

dependência direta do operador que controla o tempo de exposição e a distância da

ponta ativa. A faixa de comprimento de onda de 476,5 nm, é determinada como a

mais efetiva quando se fala de dureza do material; acima de 500 nm, não há maiores

benefícios, além de produzir calor que pode afetar a polpa e os tecidos moles, da

mesma forma que valores menores de 400 nm não contribuem para efetiva

polimerização.

Embora as resinas compostas, fotoativadas por luz visível, necessitarem de

intensidade de luz adequada, precisam também de técnica eficaz na fotoativação

para realizar a polimerização adequada. Quanto maior a intensidade de luz

direcionada à resina, menor será o tempo de exposição e mais rápida será a

polimerização. Embora a incidência promova aumento de tensões na resina,

podendo ou não interferir na resistência da união dente-resina, provocando assim a

ruptura ou fenda marginal nas restaurações (FERRACANE, J.; GREENER, E.,

1986).

Com a finalidade de determinar a profundidade de polimerização de resinas

compostas através do teste de dureza Knoop e da espectroscopia infravermelha,

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Ferracane, J. e Greener, E. (1986) confeccionaram corpos-de-prova com 5 mm de

espessura com as resinas compostas (Prisma Fine, Prisma Fill e Aurafill) com

exposição à luz durante 40 segundos com distância de 2 mm da superfície do

material. Foram então armazenados à temperatura de 37 °C durante 24 horas e

após esse período foi realizado o teste de dureza Knoop em cada milímetro do

material polimerizado. O grau de conversão foi analisado pela espectroscopia com

corpos-de-prova confeccionados com matrizes metálicas de 4 mm X 3 mm. Com os

resultados, os autores observaram que as resinas de cor clara apresentaram maior

profundidade de polimerização que as escuras. A mais escura da Aurafill obteve

semelhante resultado encontrado na cor mais clara da mesma resina. Ainda

afirmaram que a profundidade de polimerização pode ser menos dependente da cor

do material que de outros fatores como a transmissão de luz através do material.

De Backer, J. e Dermaut, L. (1986) realizaram um estudo sobre a

profundidade de polimerização utilizando o teste de microdureza Knoop. Seis

resinas compostas foram utilizadas e oito aparelhos fotopolimerizadores foram

usados na pesquisa. Matrizes metálicas bipartidas foram utilizadas para

confeccionar os corpos-de-prova com espessuras de 1, 2, 3 e 4 mm e ativados com

tempo de 60 segundos. Após a confecção dos corpos-de-prova, nestes foram

realizados teste de dureza Knoop no topo e na base da superfície. Frente aos

resultados, os autores afirmaram que a resina P-30 e a Occlusin tiveram melhores

profundidades de polimerização, levando à conclusão de que a composição e as

propriedades físicas dos materiais são fatores importantes que afetam a

profundidade da polimerização.

A evolução na polimerização ainda é insatisfatória, considerada um dos

principais fatores de insucesso clínico. Embora essa deficiência também seja

promovida pelo direcionamento da luz, condições do aparelho e propriedades do

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material alteradas (CORADAZZI, J.; FRANCISCHONE, C.; FRANCO, E., 1986).

Fan, P. et al (1987), buscaram relacionar a variação de voltagem, a

intensidade de luz e a profundidade de polimerização, confeccionando corpos-de-

prova de resina composta (Prisma Fine e Silux) com 2 mm de espessura, ativadas

por 9 fotopolimerizadores. Após a polimerização foram realizados os testes de

dureza Knoop no topo e na base dos corpos-de-prova. Com os resultados, os

autores verificaram que a variação da voltagem alterou a intensidade de luz,

gerando maiores valores de dureza, achados no fotopolimerizador regulado em 130

V com intensidade máxima de 246,3 mW/cm2. No entanto, o valor ideal de

intensidade de luz capaz de realizar a polimerização ideal nas resinas não foi

registrado. A baixa voltagem pode interferir nas propriedades físicas da resina

composta e o seu desempenho na prática clínica.

Taira, M. et al (1988) com o objetivo de avaliar os fotoiniciadores da

polimerização de resinas compostas ativadas por luz visível, utilizaram sete resinas

comerciais para identificar as concentrações dos fotoiniciadores e agentes de

redução existentes nestas. Com os resultados encontrados puderam observar que

todas as resinas apresentavam canforoquinona como agente fotoiniciador de

polimerização, variando apenas a concentração em cada resina (0,17 a 1,03%).

Concluíram que as resinas compostas híbridas apresentaram maior quantidade de

canforoquinona que as resinas de micropartículas. Foi observada presença de

agentes redutores em concentrações diferentes, em cada material, o qual fornece

elétrons para o fotoiniciador gerando radicais livres para a reação de polimerização

mais intensa e rápida. Levando os autores a concluírem que a polimerização das

resinas compostas depende do tipo e da concentração dos fotoiniciadores, havendo

necessidade de avaliar a composição dos materiais em estudo.

A intensidade de luz inferior à adequada provoca redução nas propriedades

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dos materiais, como menor dureza e resistência, embora a intensidade de luz alta

possa aumentar o estresse de contração. No entanto, a intensidade de luz gradual é

indicada, para promover adequada fotopolimerização (MANDARINO, F.; PORTO, C.,

1989; KAWAGUCHI, M.; FUKUSHIMA, T.; MIYAZAKI, T., 1994; PEREIRA, S.,1995).

Friedman, J. (1989) realizou um estudo com a finalidade de alertar os

Dentistas sobre a degradação das lâmpadas halógenas. Este autor avaliou 77 fontes

polimerizadoras, onde as lâmpadas foram removidas dos aparelhos e avaliadas

quanto ao estado do bulbo, quanto às condições do bulbo, filamento e refletor. Em

relação aos dados achados pelo autor: 21 lâmpadas estavam escuras e 33

lâmpadas apresentavam refletores opacos. O autor indicou a substituição das

lâmpadas halógenas após seis meses de uso e retornar o aparelho ao fabricante

após dois anos de vida útil, para realizar a manutenção, calibração e reposição de

peças. A degradação de peças do fotopolimerizador altera a produção da

intensidade de luz, então se faz necessária a manutenção periódica dos aparelhos

fotopolimerizadores.

Com o objetivo de avaliar a dureza durante a polimerização da resina

composta, Mandarino, F. e Porto, C. (1989) utilizaram três resinas comerciais de cor

clara (Durafil, Heliosit e Herculite) polimerizadas por três fotopolimerizadores por luz

visível (Translux, Heliomet e Primelite). Foram confeccionadas amostras com uma

matriz de aço de 10mm de comprimento, 5mm de diâmetro e polimerizadas durante

40 segundos. As amostras foram incluídas em gesso e depois de 20 minutos foram

removidas. O teste de dureza Vickers foi realizado para medir a microdureza do

material. Foram realizadas três endentações em cada milímetro de profundidade do

topo para a base da amostra. Com os resultados os autores concluíram que as três

resinas tiveram diferenças entre si, onde a Herculite obteve maior dureza, seguindo

a Durafil e Heliosit. Com a profundidade de três milímetros não foi identificada

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diferença de dureza, no entanto esta diminuía com o aumento da profundidade.

Todos os fotopolimerizadores apresentaram a mesma polimerização.

Vinha, D.; Coelho, M. e Campos, G. (1990) compararam a capacidade de

polimerização de cinco unidades fotopolimerizadoras (Fibralux, Primelite, Resilux,

Starlight e Translux), com relação à variação de voltagem e cor de uma resina

composta (Silux - cores clara e escura). Estes autores usaram matrizes de náilon de

3 X 3 mm de cada lado por 6 mm de altura, para obtenção dos corpos-de-prova. Os

espécimes foram fotoativados com cada aparelho testado durante 40 segundos. Foi

utilizado o transformador Varivolt para analisar a variação da voltagem, onde este

identificava sete voltagens específicas (100, 105, 110, 115, 120, 125 e 130 Volts)

para cada aparelho testado. O teste de microdureza Vickers foi aplicado logo após a

fotoativação do material, onde foram realizadas três endentações em cada milímetro

de profundidade. Com os resultados, os autores concluíram que ocorreu influência

da cor da resina, pois na resina Silux - cor clara observou-se maior profundidade de

polimerização, em comparação com a cor escura. Em relação aos aparelhos

fotopolimerizadores com comportamentos diferentes, o Resilux apresentou melhor

desempenho. No que se refere à variação de voltagem, não foram capazes de

afirmar diferenças estatisticamente significantes, já que aconteceu superposição das

médias, provocando incerteza nos resultados de dureza.

Franco, E. et al (1991) realizaram um estudo com a finalidade de avaliar a

profundidade da polimerização e a microdureza de sete resinas compostas

fotopolimerizáveis (Durafill, Estilux Post, P-30, Herculite, Prisma-fill, Silux, Ful-fill)

com e sem a interposição de esmalte dental. Foram confeccionados corpos-de-prova

em uma matriz cilíndrica de teflon com profundidade de 12 mm e 6 mm de diâmetro

com o apoio numa lamínula de vidro e preenchida com as resinas. Após o

preenchimento, foram colocadas lamínulas de vidro no topo dos anéis de teflon. As

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fontes fotopolimerizadoras (Translux, Fibralux e Lalux) foram ativadas durante 20 e

40 segundos com e sem a interposição de uma faceta de esmalte de 1,6 mm de

espessura. A profundidade de polimerização foi aferida com a medição da espessura

dos corpos-de-prova com um paquímetro e através do aparelho de Wolpert, que

gera a microdureza Rockwell, realizando a leitura no topo da superfície direcionada

para a fonte de luz (dureza 1) e outra leitura na base da superfície (dureza 2). Os

autores concluíram que a profundidade de polimerização das resinas compostas,

superou os valores dos fabricantes, quando fotoativadas pelos diferentes aparelhos.

Em relação aos aparelhos fotopolimerizadores, observou-se variação na

profundidade de polimerização entre as resinas compostas, com superiores valores

do Lalux, em seguida o Fibralux e Translux. A profundidade de polimerização

apresentou variação nas diferentes resinas compostas, pois as partículas

intermediárias apresentaram maior profundidade. Com a interposição da faceta de

esmalte dental, reduziu a profundidade de polimerização das resinas em 42%.

Observou-se diferença significante em relação à microdureza 1 (topo) com e sem

faceta de esmalte. O valor de microdureza para as resinas foi superior quando

utilizado o aparelho Lalux, decrescendo o valor de microdureza para os aparelhos

Fibralux e o Translux. Com a interposição da faceta de esmalte dental, observou-se

diminuição do valor de microdureza em 16%, nas diferentes resinas.

Mandarino, F. et al (1992) realizaram um estudo com o objetivo de observar a

polimerização das resinas compostas através do teste de microdureza. Duas resinas

de micropartículas foram utilizadas (Durafill e Heliosit) e uma híbrida (Herculite) em

cores claras e escuras ativadas por três aparelhos fotopolimerizadores (Translux,

Heliosit e Primelite) com duração de exposição de 20, 40 e 60 segundos. Foram

confeccionados corpos-de-prova com uma matriz de aço inoxidável com 10 mm de

comprimento e 5 mm de diâmetro, logo após os corpos de prova foram seccionados

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e foi realizado o teste de dureza Vickers. Com os resultados, os autores concluíram

que as resinas de cor escura apresentaram menor grau de microdureza que as de

cor clara necessitando assim maior tempo de exposição à luz e que a cor da resina

interfere na capacidade de polimerização e na dureza das resinas fotoativadas.

Turbino, M. et al (1992) estudaram a variação da microdureza em oito resinas

compostas (Silux, P-30, Heliosit, Estilux, Durafil, Herculite XR, Prisma Fil e Ful-fil) em

relação ao tempo de duração da exposição de 20 e 40 segundos, e o tempo de

armazenamento. Foram confeccionados corpos-de-prova em matrizes de poliacetato

com área interna de 3 mm por 4 mm por 3,5 mm. Após a confecção dos corpos-de-

prova e armazenamento de 24 horas foi realizado teste de dureza Vickers no 1º, 2º e

3º mm de resina composta. Com os resultados encontrados, os autores observaram

maior microdureza após 24 horas de armazenamento e duração de exposição à luz

por 40 segundos, em comparação a 20 segundos, em todas as resinas estudadas.

Sakaguchi, R.; Douglas, W. e Peters, M. (1992) buscaram avaliar a absorção

de energia da luz e efeitos na contração de polimerização de materiais resinosos.

Alguns fatores foram relacionados como a cor da resina, a distância da ponta da luz

e a superfície do fotômetro para medir a intensidade de luz. Três fontes de luz novas

(Visilux 2) tiveram verificadas, através do fotômetro, suas intensidades de luz com

distâncias a partir de 0 mm com intervalos de 0,25 mm até 15 mm entre a ponta e a

superfície. Três resinas foram utilizadas (P-50, Silux Plus e Herculite) avaliando a

contração de polimerização em relação à cor e a espessura. Os corpos-de-prova

foram confeccionados variando a espessura de 0,9 a 3 mm na cor universal ativadas

durante 60 segundos. Os resultados mostraram diminuição na intensidade de luz

quando a distância da ponta do fotopolimerizador para o fotômetro era aumentada.

Os autores concluíram que o aumento da temperatura é menor na P-50 que na Silux

Plus e na Herculite quando ativadas por 60 segundos, havendo relação entre

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contração de polimerização e intensidade de luz. Afirmaram ainda que a redução da

intensidade de luz dos fotopolimerizadores pode ser compensada com o aumento do

tempo de exposição.

Com o objetivo de relacionar a intensidade de luz com três radiômetros, Pires,

J. et al (1993), analisou a distância da ponta do fotopolimerizador até a resina e a

polimerização da resina através do teste de microdureza. Os autores

confeccionaram preparos cavitários circulares de 6 mm de diâmetro e 2 mm de

espessura. Um disco plano de dentina polida serviu de base para os preparos

cavitários, simulando o assoalho da cavidade. Uma fonte de luz (Optilux 401) foi

utilizada para fotopolimerizar durante 40 segundos as amostras confeccionadas de

uma única resina microparticulada (Silux Plus – universal). A ponta do

fotopolimerizador foi posicionada a quatro diferentes distâncias da resina (0mm -em

contato direto com a superfície, 2 mm, 6 mm e 12 mm). Cinco amostras da resina

foram confeccionadas. Foram utilizados três radiômetros (Curing Radiometer-

Demetron, Cure Rite-EFOS e SureCure-HoDental) para medir a intensidade de luz

emitida, em relação às quatro distâncias da ponta do fotopolimerizador. Esta

intensidade de luz foi medida antes da fotoativação das amostras em cada distância

e foi repetida após a terceira e quinta amostra de cada grupo. As amostras foram

retiradas do molde e armazenadas por 24 horas. O topo da superfície e a base

foram polidos e o teste de microdureza foi aplicado com carga de 10 gramas por 12

segundos. Três medições foram feitas nas duas superfícies das amostras, topo e

base. As medidas registradas em cada superfície foram convertidas em valores de

microdureza Knoop. A relação entre a dureza superficial do topo e a intensidade de

luz foi relativamente intensa e estatisticamente significante (p<0,001), com os três

radiômetros utilizados. A dureza da base e a intensidade de luz foram mais

largamente relacionadas e estatisticamente significantes (p<0,0001), com cada

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radiômetro utilizado. A intensidade de luz dos três radiômetros diminuiu com o

aumento da distância da fonte de luz à resina composta. Os valores de microdureza

do topo da superfície e da base foram estatisticamente significantes (p<0,03). Com

os resultados, os autores concluíram que, a intensidade de luz diminuída pelo

aumento da distância da ponta fotopolimerizadora foi largamente correlacionada

com a microdureza das resinas compostas; a intensidade de luz reduzida promoveu

uma resina composta pouco polimerizada na base das amostras (2 mm de

profundidade) e os diferentes radiômetros indicaram mudanças na intensidade de

luz semelhantes nas diversas distâncias de fotoativação.

O teste de dureza mede a resistência de um material à penetração de um

dispositivo colocado sobre a superfície do mesmo, por um determinado período de

tempo, deixando uma impressão, que registra o número que determina a dureza do

material. Os testes de dureza mais usados na Odontologia são os de macrodureza

Brinell e Rockwell e de microdureza Vickers e Knoop. Os testes de dureza Barcol e

Shore são usados para materiais dentários, principalmente borrachas e plásticos. O

teste de dureza para avaliação de profundidade de polimerização é o mais popular

devido a sua simplicidade e é o mais utilizado para investigar os fatores envolvidos

na profundidade de polimerização. Entretanto, a dureza superficial não indica a

conversão de monômeros na base do material, já que a dureza da superfície voltada

para a luz tende a ser constante, devido sua incidência direta, mesmo com o uso de

aparelhos de baixas intensidades (HANSEN, E.; ASMUSSEN, E. 1993).

Com a intenção de avaliar a relação entre a microdureza superficial de uma

resina composta microparticulada (Silux Plus) e a profundidade de polimerização

com dez fotopolimerizadores de marcas comerciais diferentes, Hansen, E. e

Asmussen , E. (1993) confeccionaram corpos-de-prova com matrizes de teflon de

3,6 mm de diâmetro. O teste utilizado para avaliar a microdureza da resina foi o

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Vickers aplicado no topo da superfície e na base dos corpos-de-prova, após sete

dias da polimerização foram armazenados à temperatura de 36,5 °C. A profundidade

da polimerização foi analisada através do teste de raspagem da resina composta,

com cavidades cilíndricas em dentes molares humanos extraídos com 4,5 mm de

diâmetro e 8 a 10 mm de profundidade. Nos resultados, os autores concluíram que

não havia relação entre microdureza e intensidade do aparelho, visto que, um

aparelho apresentou pequena profundidade de polimerização, com valores de

microdureza semelhantes aos obtidos com o aparelho que apresentou maior

profundidade de polimerização.

Leinfelder, K. (1993 apud CARVALHO JUNIOR, O., 2002) avaliou a evolução

das resinas compostas em relação ao desgaste destas. O autor relata que algumas

modificações nas partículas de carga são responsáveis pelo alcance de melhorias

nessa classe de materiais. As modificações relacionadas ao tamanho das partículas,

alterando de 100 µm para 5 µm, gerou materiais com 50% menor desgaste

superficial. Com o uso de partículas com dureza menor que o quartzo na sua

composição, assim como o vidro de bário, estrôncio, silicato de lítio e alumínio

(SiAlLi) promovam absorção do impacto da mastigação, diminui-se então o excesso

de carga sobre o dente. Assim, o arredondamento das partículas de carga reduz o

estresse entre a carga e a matriz da resina, reduzindo o aparecimento de fendas e

possíveis trincas do material. Com essas interações, os índices de desgaste

reduziram de 15 µm para próximo de 8 µm ao ano.

As resinas compostas atuais ainda estão baseadas na formulação de

Bowen,R. (1963), com algumas modificações. A matriz resinosa, parte quimicamente

ativa com monômeros, estabelece ligações cruzadas no momento da polimerização

conferindo resistência ao material, e é comumente constituída pelo bisfenil-A glicidil

metacrilato (bis-GMA) ou uretano dimetacrilato (UDMA). Existem ainda monômeros

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diluentes como o Trietileno glicidil dimetacrilato (TEGDMA) ou Etileno glicol

dimetacrilato (EDMA), que reduzem a viscosidade, mas aumentam a contração de

polimerização, além da hidroquinona, que é um inibidor de polimerização que

garante maior vida útil. (PHILLIPS, R., 1993).

Com a finalidade de analisar a polimerização através do sistema físico,

Nagem Filho, H. (1993) realizou um estudo que determina a polimerização efetiva

quando o comprimento de onda alcança de 400 a 500 nm em conjunto com a

intensidade de luz ideal para ativar o fotoiniciador (canforoquinona) presente nas

resinas compostas. O autor relata sobre a profundidade de polimerização que

diminui quando a distância entre a fonte de luz e a superfície do material é

aumentada, e que o topo da superfície polimerizada não significa completa

polimerização nas camadas mais profundas. O coeficiente de transmissão de uma

resina indica a intensidade de luz que atravessa o material. As partículas de carga

inorgânica são verdadeiros espelhos que refletem a luz e devido a esta

característica, as resinas compostas de micropartículas têm maior dispersão da luz,

com menor profundidade de polimerização em comparação às resinas compostas

híbridas.

Rueggeberg, F. e Jordan, D. (1993) buscaram analisar a relação entre a

distância da ponta ativa e os valores de intensidade de luz. A ponta ativa do

fotopolimerizador (Demetron VCL 300) foi posicionada a distâncias de 0 a 10 mm do

radiômetro (Curing Radiometer – Demetorn). Foram feitas três leituras de 20

segundos para cada distância determinada. Foi confeccionado um disco de resina

composta (P-50) na cor universal e fotoativado com o mesmo fotopolimerizador com

tempo de duração de 10, 20, 40 e 60 segundos, com as distâncias pré-estabelecidas

(0, 2, 4, 6, 8 e 10 mm) da ponta do fotopolimerizador ao material. Estas etapas foram

realizadas com e sem a interposição de um disco de resina de 2 mm entre a ponta

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do fotopolimerizador e a resina não ativada. A espectroscopia infravermelha indicou

que a polimerização do topo da superfície da resina depende mais da quantidade de

tempo de luz que a influência da intensidade. Com a interferência do disco de resina

de 2 mm sobre a resina de teste, tanto a intensidade de luz quanto o tempo de

duração da exposição foram significantes. Os autores concluíram que em tempos de

exposição de 10, 20, 40 e 60 segundos a polimerização no topo da superfície da

resina foi semelhante em todas as distâncias da ponta do fotopolimerizador. No

entanto, a polimerização com a interposição do disco de resina de 2 mm revelou

semelhante polimerização apenas com distâncias inferior a 6 mm em tempos de 60

segundos. A intensidade de luz através de 2 mm de resina composta reduziu 65%

com distância de 10 mm. Os autores indicam que para uso clínico a distância entre a

ponta do fotopolimerizador e o material seja em torno de 4 a 5 mm.

As resinas compostas estão revolucionando a prática da Odontologia

restauradora estética visto que os sistemas dominam em grande parte o mercado de

materiais restauradores estéticos. Nos últimos dez anos conseguiram obter

melhorias nas propriedades mecânicas, como variedade de cor e saturação, onde

permitem a reprodução óptica do esmalte e dentina (FOWLER,C.; SWARTZ,M.;

MOORE, B., 1994; COOB, D.; VARGAS,M.; RUNDLE,T., 1996).

Barghi, N., Berry, T. e Hatton, N. (1994), avaliaram fatores que deveriam ser

controlados pelo clínico com a finalidade de promover a qualidade das restaurações

polimerizadas com fontes de luz halógena. Apesar da eficiência estes aparelhos

necessitam de cuidados freqüentes, devido às irregularidades identificadas na rotina

dos consultórios. Os dentistas de consultórios particulares manipulam

fotopolimerizadores inadequados e muitos desconhecem a intensidade produzida

por seus aparelhos podendo até ser insuficiente na polimerização completa da

resina composta. Os autores analisaram 209 aparelhos de consultórios

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odontológicos particulares. Os registros da intensidade foram relacionados ao tipo de

aparelho, ao fabricante, à freqüência de uso, à condição da fonte de luz, ao tempo

de uso, à troca do bulbo, à potência em watts do bulbo e à satisfação do profissional

com o aparelho. Os autores concluíram que 30% dos aparelhos possuíam

intensidade menor que 200 mW/cm2, insuficiente potência para polimerização

adequada. Para os aparelhos à base de luz halógena, a intensidade de luz é

inversamente proporcional à idade da unidade, visto que 10% apresentavam filtros

rachados ou com bolhas e alguns dentistas nunca haviam trocado a lâmpada dos

aparelhos. O grau de polimerização, na maioria das vezes, é responsável pela

qualidade e comportamento clínico do material. Algumas variáveis como cor, tipo de

compósito, fonte de luz e distâncias do aparelho ao material devem ser consideradas

quando se analisa a intensidade de energia de um fotopolimerizador e o grau de

conversão de monômeros.

Nos aparelhos de luz halógena o filtro apresenta a função de selecionar a

energia no comprimento de onda necessário para sensibilizar o fotoiniciador, já que

grande quantidade de energia não é efetiva durante a polimerização, pois apenas

gera calor (BARGHI, N.; BERRY, T.; HATTON, N., 1994; SHORTALL, A.;

HARRINGTON, E., 1996; NOMOTO, R., 1997).

Para analisar a profundidade de alcance da luz incidente e conseguir a

garantia de uma polimerização eficaz do material, Rueggeberg, F.; Caughman, W. e

Curtis Júnior, J. (1994) analisaram a variação da intensidade da luz e o tempo de

duração de exposição com profundidades diferentes. Um aparelho de luz halógena

foi montado com potência de 800 mW/cm2. A variação de tempo de exposição usada

foi 20, 40, 60 e 80 segundos. Na frente do filtro de luz azul foram posicionados filtros

que atenuam a intensidade em 72,3%; 50,2% e 29,2%. Os espécimes foram

confeccionados com instrumentos especiais capazes de produzir uma fina camada

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de material obtida na superfície com profundidades de 1 mm, 2 mm e 3 mm. A

profundidade de polimerização foi medida pela FTIR (espectrometria de

infravermelho por transformação Fourier) medindo o grau de conversão e os picos

de absorbância presentes na ligação alifática e na ligação aromática. O grau de

conversão foi obtido de um cálculo entre a intensidade de absorção da ligação C=C

alifática e da ligação C=C aromática antes e após a polimerização, com as amostras

posicionadas entre placas de Zinco Selênio. Concluíram que 60 segundos é o tempo

mais indicado para uma efetiva polimerização; com incrementos até 2 mm de

espessura, sendo 1 mm o ideal; não devendo utilizar menor intensidade que 233

mW/cm2, sendo 400 mW/cm2 a intensidade mais indicada.

Fowler, C.; Swartz, M. e Moore, B. (1994) estudaram a relação da intensidade

de luz com o tempo de fotopolimerização na profundidade de polimerização e dureza

superficial em resinas compostas. Com a intenção de controlar a quantidade de

emissão de luz foram utilizados filtros de densidade neutra, que reduziam a emissão

de luz de 10 a 70% da incidência máxima de dois aparelhos fotopolimerizadores

(Maçom e Demetron). Foram confeccionadas amostras de quatro resinas compostas

(APH, Oclusin, Prisma-Fil e Silux-Plus) de 6 mm de diâmetro por 3 mm de altura. Em

um molde eram inseridas, pressionadas com lâmina de vidro e fotopolimerizadas. O

aparelho era testado em cada ativação, para verificar sua intensidade. Em cada

resina, três amostras foram polimerizadas sem reduzir a intensidade de luz, e nos

outros grupos foi aplicado o filtro redutor, dois tempos de exposição (30 e 60

segundos) foram utilizados. Utilizaram o teste de dureza Barcol, logo após a

polimerização e após 1 hora no corpo-de-prova, medindo a superfície do topo em

contato com a luz e a base da superfície do corpo de prova. A dureza do topo da

superfície não apresentou diferença estatística entre as resinas estudadas, com

tempos de 30 e 60 segundos, embora tenha apresentado alteração quando a

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intensidade de luz foi reduzida a 150 mW/cm2 com tempo de 30 segundos. A dureza

da base da superfície foi menor para todas as resinas com tempo de 30 segundos e

não apresentando diferença na polimerização por 60 segundos.

Com a intensão de correlacionar a intensidade de luz dos fotopolimerizadores

verificado com radiômetro e o grau de polimerização de um compósito ativado por

luz visível, Correr Sobrinho, L. (1994) utilizou uma resina composta (Herculite XRV,

cor A3) e seis fotopolimerizadores (três Heliomat – 50, 220 e 28 mW/cm2, dois

Fibralux – 130 e 180 mW/cm2 e um Visilux com 520 mW/cm2). Três corpos-de-prova

foram confeccionados em tempos de exposição diferentes. Após a armazenagem

das amostras em estufa com 37 °C durante 24 horas, foi realizado o teste de dureza

Knoop no topo e na base das superfícies. Com os resultados encontrados, os

fotopolimerizadores de intensidade de luz maior, apresentaram maior valor de

dureza em relação aos aparelhos de intensidade inferior nas duas superfícies

testadas. Os valores de dureza em todas as intensidades de luz foi maior no topo da

superfície, em relação à base, após exposição de 30 segundos.

Pereira, S. (1995) analisou a polimerização através de teste de dureza

Vickers de uma marca de resina composta (Herculite XR - cor clara) em relação a

intensidades de luz e profundidades de polimerização diferentes. Foram utilizados

120 fotopolimerizadores de marcas comerciais e vida útil diferentes. Um radiômetro

foi usado para registrar a intensidade de luz emitida por cada aparelho. Os

aparelhos foram selecionados em 12 grupos, com intensidades diferentes (30, 90,

100, 180, 200, 260, 360, 460, 540, 600 e 800 mW/cm2). Os corpos-de-prova foram

confeccionados para cada intensidade de luz, totalizando cinco para cada. As

matrizes usadas para confecção destes corpos-de-prova foram de Teflon com 7 mm

de comprimento, 4 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade, a resina foi inserida e

polimerizada durante 40 segundos. As amostras foram envolvidas com papel

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alumínio para evitar a exposição à luz e armazenadas durante 24 horas em um

recipiente a prova de luz. O teste de dureza Vickers foi realizado nas amostras após

o tempo de armazenagem, foram realizadas três endentações em cada milímetro da

resina. O autor pôde concluir que os aparelhos emissores de maior intensidade de

luz promove maior polimerização e maior dureza dos materiais.

O LED apresenta grande vantagem sobre o halógena na questão da vida útil,

pois possui 10 mil a 100 mil horas, sem degradação significante no fluxo de luz. Os

LEDs se caracterizam por uma excepcional eficiência na produção de luz. Esse tipo

de aparelho não precisa ser resfriado com um ventilador. Por essa razão, assim

como o Elipar, o Ultraled XP não possui fendas de ventilação, facilitando e

melhorando a desinfecção. (MILLS, R., 1995).

Tarle, Z. et al (1995) afirmaram que “a qualidade dos compósitos

fotopolimerizados depende da capacidade da fonte de luz para polimerizar

apropriadamente o material dentro de um determinado tempo de exposição”.

Realizaram um estudo que comparou o grau de conversão de dois tipos de materiais

resinosos (microhíbridos e de micropartículas) em cores claras e escuras ativados

com laser pulsado, com comprimento de onda de 468 nm, e uma fonte halógena

convencional. Com os resultados, os autores observaram que a polimerização com o

laser pulsado ocorre maior conversão em todas as resinas e em todas as cores

provocando assim profundidade de polimerização de 1, 2 e 3 mm. Nas cores

escuras foram encontrados menores valores de conversão independente do

aparelho polimerizador.

Caughman, W.; Rueggeberg, F. e Curtis Júnior, J. (1995) realizaram uma

revisão de literatura para uso clínico referente às técnicas de polimerização de

materiais odontológicos. Estes autores comprovaram que a polimerização sofre

interferência com a intensidade de irradiação e tempo de duração, fatores que

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devem ser controlados pelo clínico, visto que a evolução dos aparelhos

fotopolimerizadores com luz halógena que podem promover intensidade de luz ideal

e capacidade de controlar o tempo de exposição. Alguns fatores podem afetar a

intensidade de luz no compósito como sua composição, cor e a espessura do

material. A espessura do material pode ser controlada pelo clínico, tornando-se um

determinante para o sucesso da restauração. Os autores indicam incrementos com

espessura inferior a 2 mm. A composição química do material influencia a

profundidade de polimerização, pois partículas de 0,01 a 1 µm provocam dispersão

da luz por apresentar tamanho semelhante ao comprimento de onda incidida pelo

fotopolimerizador. Na polimerização de resinas mais escuras que atenuam a luz

emitida e a absorve quando passa pelo material, é recomendado diminuir a

espessura da resina para 1 mm. A manutenção dos aparelhos deve ser realizada

principalmente quando aparecerem os sinais de degradação do bulbo, refletor e

ponta óptica do aparelho. Recomenda-se o uso freqüente de um radiômetro. Para

estes autores, o tempo de exposição é muito importante com relação à intensidade

de luz maior que o intervalo de 280 a 300 mW/cm2, com incremento de 2 mm ou

menos, e a ponta do fotopolimerizador estiver até 6 mm da superfície. A

polimerização adequada dos materiais tem influência positiva nas propriedades

físicas e biológicas da restauração, colaborando para o sucesso clínico.

No uso de resinas compostas mais resistentes relacionadas à carga mineral,

pode-se observar a associação do UDMA, que é um componente com baixo peso

molecular, com o bis-GMA, que é a matriz orgânica. Com essa interação

propriedades físicas das resinas sofreram grandes vantagens, como aumento do

grau de conversão, moléculas mais compactas e matriz resinosa mais rígida.

Entretanto, promove maior grau de stress e contração polimérica (MAGNE, P.;

DIETSCHI, D.; HOLZ, J., 1996).

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Estudos mais específicos são necessários para avaliar a eficácia das

restaurações em dentes posteriores. Em se tratando de restaurações com

cavidades, principalmente com número de superfícies não aderidas, é menor que as

aderidas à restauração, referindo-se ao fator C, prevalecendo a contração de

polimerização e posterior microinfiltração (CARVALHO, R. et al, 1996).

Harrington, E.; Wilson, H. e Shortall, A. (1996) criaram um método que

determina o tempo de incidência adequado para fotopolimerizadores na ativação de

diferentes resinas compostas e monitoração da energia de irradiação transmitida

através da resina. Foi utilizado um radiômetro computadorizado e com o teste de

microdureza no topo da resina, foi verificada a importância do método pela

performance da fonte de luz em tempo de ativação especificado, em comparação

com 60 segundos de ativação. Os autores tiveram em, condições ideais, tempos de

16 e 44 segundos para polimerizar 2 mm de profundidade para diferentes

proporções de materiais, cor e fontes de luz. Foi observada a duração da exposição

para resinas de cores diferentes, da mesma resina, devido a presença da mesma

composição química e o tempo de 20 segundos delimitados pelos fabricantes para 2

mm de profundidades pode ser insuficiente na obtenção de polimerização ideal.

Ao avaliar a influência do tempo e o efeito da pressão na polimerização com

luz, Brosh, T. et al (1997) correlacionaram a dureza e a resistência à tração

diametral da resina composta Briliant (Coltène). Corpos-de-prova em forma cilíndrica

de 6 mm de diâmetro e 3 mm de altura foram confeccionados com uma matriz e

através de uma das extremidades era incidida a luz, e na outra extremidade era

aplicada à carga variando de 0 MPa, 0,35 MPa, 0,87 MPa e 1,73 MPa. A incidência

da luz foi determinada durante os tempos de 20, 40, 60 e 180 segundos. Os corpos-

de-prova foram armazenados em local seco e escuro durante sete dias, onde, logo

após esse período, foram realizados os testes de dureza Knoop e de resistência à

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tração diametral. Os resultados direcionaram o aumento da dureza em relação ao

tempo de irradiação. Aconteceu aumento significante entre 20 e 40 segundos a uma

mesma carga. O tempo estendido após 40 segundos não inferiu em melhora na

dureza. Em relação à carga, foi notório o aumento da dureza em relação à carga,

estabilizada em 0,87 MPa com tempo de 60 segundos. A resistência à tração

diametral não foi aumentada em proporção direta ao tempo de polimerização.

Ocorreu diferença estatística com o aumento da carga sobre a resina de 0 e 0,35

MPa para 1,73 MPa durante 60 segundos.

Com o objetivo de analisar a influência de técnicas de polimerização

diferentes e a interferência nas propriedades físicas das resinas compostas, Mehl,

A.; Hickel, R.e Kunzelmann, R. (1997) realizaram um estudo confeccionando corpos-

de-prova com resinas compostas (Tetric Ceram e Charisma) ativadas com um

fotopolimerizador de luz halógena (Heliolux). A máxima intensidade do aparelho foi

aferida pelo radiômetro Curing Radiometer (Demetron) de 450 mW/cm2 em contato

direto com o material. Distâncias foram padronizadas em 2, 4, 6, 8, 10, 20 e 50 mm

correspondendo a 80, 70, 62, 56, 50, 37 e 13% da intensidade máxima da luz

emitida pelo fotopolimerizador. A polimerização iniciou com tempos de 20 e 40

segundos para cada intensidade determinada. Algumas propriedades foram

avaliadas como módulo flexural, resistência flexural, microdureza Vickers, assim

como a adaptação marginal do material em cavidades classe V com as mesmas

técnicas de fotoativação com a resina Tetric Ceram. Com os resultados, os autores

concluíram que a fotopolimerização com baixa intensidade, seguindo da alta, não

influencia na microdureza das resinas compostas, no entanto aumenta o módulo

flexural e a resistência flexural. Em relação a integridade marginal os resultados

foram superiores com a fotoativação gradual.

Pereira, S. et al (1997) realizaram uma pesquisa com a intenção de avaliar a

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capacidade de polimerização através do teste de dureza de uma resina com

diferentes intensidades de luz e profundidades de polimerização. Com uma matriz de

poliacetato foram confeccionados os corpos-de-prova de 7 mm de comprimento por

4 mm de largura por 3 mm de espessura e ativados com cento e vinte

fotopolimerizadores pelo tempo de 40 segundos e armazenados em temperatura de

37 °C durante 24 horas. Após esse período foram realizados os testes de dureza

Vickers nas amostras. Com os resultados, os autores concluíram que os aparelhos

polimerizadores de maior intensidade de luz promovem maior polimerização da

resina. Apenas aparelhos com intensidade de 800 mW/cm2 promovem uniformidade

de polimerização em até 4 mm de material e os valores máximos de dureza foram

encontrados com as intensidades de 564,54; 628,21; 692,64 e 756,67 mW/cm2 com

1, 2, 3 e 4 mm de espessura do material, respectivamente.

Bouschlicher, M.; Vargas, M. e Boyer, D. (1997) estudaram a interferência do

tipo de resina, a intensidade da luz, o fator de contração e a fotopolimerização com

laser sobre a contração de polimerização em modelo experimental simulando o fator

de contração. Utilizou-se uma resina auto (Silar, 3M) e duas fotopolimerizáveis, uma

híbrida (Z100, 3M) e outra microparticulada (Silux, 3M). A luz seguiu três diferentes

intensidades, os fatores de configuração (Fator-C) de 1,0; 3,0; 5,0 e três fontes de

luz em quatro diferentes potências, incluindo dois tipos de laser. A resina Z100

obteve maior Fator C, seguida pela Silux e Silar. A força máxima de contração deu-

se na utilização do fotopolimerizador convencional, comparado aos outros dois tipos,

que apresentaram valores mais baixos.

Nomoto, R. (1997) estudou a alteração do comprimento de onda na

polimerização de uma resina composta fotopolimerizável. Foi utilizada a

espectroscopia infravermelha antes e após ativação da resina. Foi verificado

comprimento de onda de 470 nm como o mais eficiente para a polimerização da

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resina fotoativada com o fotoiniciador, canforoquinona. Uma faixa entre 450 a 490

nm considera-se ideal para uma polimerização efetiva. Com isso o autor expressa

que a polimerização depende tanto do comprimento de onda como da intensidade

de luz e do tempo de exposição à luz.

Para os aparelhos de luz visível ou halógena, a qualidade de luz emitida é

determinada pela idade do bulbo, não excedendo seis meses, pela integridade do

refletor de luz, livre de manchamentos e opacidade, e pela adequada filtragem da

luz. O tempo de vida útil de uma lâmpada halógena é muito curto, apenas cinqüenta

horas. Entretanto, se a lâmpada é freqüentemente ligada e desligada, o tempo de

vida do bulbo diminui. (NOMOTO, R., 1997)

Anusavice, K. (1998) relatou a composição das resinas compostas e a função

realizada por cada componente durante a polimerização. Afirmou que, a matriz

orgânica desses materiais era composta por monômeros de alto peso molecular (bis-

GMA), que apresentam características extremamente viscosas à temperatura

ambiente, com necessidade de adição de monômeros de baixo peso molecular

(TEGDMA), para promover a diluição do composto para que se obtenha uma

consistência ideal para ser utilizada clinicamente. Uma resultante dessa mistura

provoca uma desvantagem que é o aumento na contração de polimerização.

Com relação à fase inorgânica, as propriedades físicas, como a resistência à

compressão e à tração, e o módulo de elasticidade, sofrem alteração quando

aumentada a quantidade de partículas. A mudança da composição da resina, nesse

caso a substituição do TEGDMA pelo UDMA, resulta em menor contração,

envelhecimento reduzido, rigidez menor da matriz e aumento da viscosidade

(SANTOS, J.; CARDOSO, P.; MIRANDA, W., 1998 apud GONÇALVES, E.; FELLER,

C., 1998).

Dados da própria fábrica confirmam a composição de duas resinas híbridas, a

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3M Filtek P60 e a 3M Filtek Z250, visto que a P60 apresenta 61% em volume e 83%

em peso e a Z250 apresenta 60% em volume e 82% em peso; com partículas de

carga variando entre 0,01 µm a 3,5 µm, sendo que algumas vantagens do P60 é sua

maior viscosidade, menor contração e maior resistência à condensação em relação

à Z250 (SANTOS, J.; CARDOSO, P.; MIRANDA, W., 1998 apud GONÇALVES, E.;

FELLER, C., 1998; CATÁLOGO PRODUTOS 3M ESPE, 2002).

Com a intensão de avaliar o grau de conversão e a profundidade de

polimerização de duas fontes de luz a base de LED (Nichia) e uma fonte halógena

(Philips) com intensidade de luz ajustada a 100 mW/cm2, Fujibayashi, K. et al (1998

apud BOSQUIROLI, V., 2003) utilizaram um radiômetro espectral (LI-800) para medir

o espectro de luz dos aparelhos que foi observado no L1 (LED de estrutura dupla)

444 nm, no L2 (LED de estrutura simples) 466 nm e na Luz halógena foi de 484 nm.

A intensidade de luz indicada para a absorção da canforoquinona está entre a faixa

de 450 a 500 nm. Os valores de profundidade de polimerização encontrados foram

de 7,13 mm para o L1; 7,6 mm para o L2 e 7,05 para o Halógena. Os autores

justificam os melhores resultados pelo L2 (430 a 550 nm) devido a uma faixa

bastante estreita de comprimento de onda em relação ao L1 (380 a 600 nm) e o

Halógena (380 a 510 nm), visto que o comprimento de onda mais aproximado de

470 nm promove mais efetiva polimerização.

Krishnan, V. e Yamuna, V. (1998) relacionaram a quantidade de

fotoiniciadores das resinas compostas, o tamanho das partículas de carga, duração

de tempo de exposição à luz em relação à dureza, resistência à tração diametral e à

compressão. Vinte tipos de fórmulas de resina composta foram avaliados com

concentração de fotoiniciador com variação de 0,1 a 0,75% e com partículas de

carga de 0,7 a 1,4 µm. Os espécimes foram ativados com fonte de luz de

comprimento de onda entre 460 e 480 nm durante tempos de 10, 30 e 50 segundos.

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Com os resultados encontrados foi verificado o aumento da dureza devido o

aumento da concentração do fotoiniciador e o tempo de exposição. Partículas de

carga de 0,7 a 1,0 µm promove melhores propriedades mecânicas e a resina com

0,25 a 0,5% de fotoiniciador em conjunto com tempo de fotoativação de 30

segundos provocou melhor resistência à compressão e tração diametral.

Menezes, M. e Muench, A. (1998) realizaram uma pesquisa com o objetivo de

determinar o número de radicais livres e a dureza Knoop de três compósitos (Z100,

Silux Plus e Heliomolar RO). Os espécimes foram irradiados com intensidades

diferentes (110, 180, 300 e 580 mW/cm2) com tempos de duração de exposição de

10, 20, 30, 40, 50, 60, 80 e 90 segundos. Após a confecção, os corpos-de-prova

foram armazenados em tempos de 5 minutos, 1 hora, 1 dia, 1 semana e 1 mês; só

após este período foram realizados os testes de dureza em cada um. Com os

resultados encontrados foram verificados que a resina Z100 apresentou o triplo de

radicais livres em relação às outras resinas e que o número relativo de radicais livres

cresce com o aumento da intensidade de luz e do tempo de exposição. Em relação à

dureza, foi verificado aumento do valor com maior intensidade de luz. Com o

aumento do tempo de exposição, a dureza obteve valores maiores nas resinas Silux

Plus e Heliomolar; em relação ao tempo de armazenamento, a dureza aumentou

com a idade de até 1 mês. O topo da resina apresentou maior dureza que na base e

a resina Z-100 apresentou maior dureza que as outras.

Mills, R. e Jandt, K. (1998) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a

profundidade de ativação com o uso de uma fonte de luz azul LED (Nichia) e uma

fonte de luz halógena (Coltolux4). A intensidade de luz dos aparelhos foi

determinada a 300 mW/cm2 medida por um radiômetro. Três tipos de resina foram

utilizadas (Silux, P-50 e Z-100) para confeccionar os cilindros de 6 mm de

profundidade e 4 mm de diâmetro. As amostras foram ativadas de acordo com as

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indicações do fabricante. Com os resultados, foi observado que o LED gerou

profundidade de polimerização semelhante à fonte de luz halógena.

Uma resina compactável bastante utilizada é a Solitaire que possui 60% de

carga inorgânica de volume. Suas partículas são porosas e permitem a penetração

da matriz resinosa formando uma massa mais uniforme; com essas características

podem resultar em interface rugosa facilitando a compactação do material

condensado como amálgama, mas superficialmente podendo apresentar

probabilidade de infiltração (POWERS, J., 1998; ANDERSON, S., 1999).

A Tetric Ceram é um compósito micro-híbrido com partículas finas para

dentes anteriores e posteriores; é altamente radiopaco, por apresentar partículas de

cerâmica em sua composição; o tempo de trabalho do Tetric Ceram é o dobro do

tempo utilizado com outros materiais, podendo realizar escultura anatômica da

restauração sem interferência da luz ambiente e da operatória, pois este material

atinge a completa polimerização quando em contato com luz visível com

comprimento de onda de 400 a 500 nanômetros (SIMONETTI, E., 1998).

Freedman, D. (1998) em um artigo sobre resinas condensáveis, referiu a elas

como alternativas na substituição do amálgama. Observou que muitos profissionais

encontravam comum problema, pois os pacientes desejavam restaurações estéticas,

a prática com a técnica e o sucesso obtido com restaurações de amálgama ainda

eram superiores às resinas compostas tradicionais. Explicaram que estes “novos

materiais”, as resinas condensáveis, resolviam alguns problemas clínicos

encontrados com o uso das tradicionais, pois são manipuladas com técnica

semelhante à técnica do amálgama. Os autores apresentaram como vantagens sua

adesão à estrutura dental, técnica conservadora nos preparos com relação ao

amálgama e pouco desgaste, a facilidade da inserção na cavidade, e a escultura

facilitada antes da polimerização e pequena contração de polimerização em

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comparação com as resinas tradicionais. Esta pequena contração é devido ao fato

destas resinas apresentarem partículas de carga maiores e ásperas, que não

deslizam entre si, acarretando o encadeamento entre elas e diminuindo o

escoamento do material. Por causa destas características as camadas de

incremento poderiam chegar a 5 mm de espessura, sem danificar a qualidade de

restauração. Este autor não aceita o termo condensável utilizado, pois as resinas ao

serem inseridas na cavidade, não ficam densas (condensáveis), então o termo ideal

deveria ser resina acomodável. Com base nesse estudo concluiu-se que as resinas

“condensáveis” não oferecem apenas técnica de trabalho facilitada para restaurar

dentes posteriores, mas também promovem restaurações duradouras, tornando-se

um excelente substituto para o amálgama.

Mills, R.; Jandt, K. e Ashworth, S. (1999) analisaram a hipótese de uma fonte

de fotopolimerização de luz azul (LED) possa produzir profundidade de

polimerização semelhante a uma fonte de luz halógena. Estes autores utilizaram três

resinas compostas (Silux Plus-Universal, P-50 Universal e Z-100 A3,5) e uma matriz

metálica de 4 mm de diâmetro e 6 mm de profundidade, para produzir os corpos-de-

prova. Duas fontes polimerizadoras (Coltolux 4LCU –Light Curing Unit e LEDs LCU)

foram aplicadas durante os tempos de 40, 60 e 40 segundos, respectivamente, com

as duas fontes de polimerização. Foram confeccionados seis corpos de prova para

cada grupo. Um penetrômetro foi utilizado para medir a profundidade de

polimerização. Com os resultados encontrados, os autores concluíram que o LED

irradiou 64% da fonte de lâmpada halógena mostrando profundidade de

polimerização mais alta. O espectro da luz irradiada pelo LED e sua intensidade

devem ser considerados fatores da sua efetividade. Os LEDs apresentam grande

potencial no uso clínico, devido sua efetividade não ser reduzida com o tempo, como

acontece com a fonte de luz halógena.

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Kerby, R. et al (1999) realizaram um estudo que testou a microdureza Knoop

e o grau de conversão de três resinas compostas de alta viscosidade (Surefil, Alert e

Solitaire), uma microhíbrida (Herculite), uma microparticulada (Heliomolar) e uma

resina indireta (Belleglass). Cilindros de resina foram produzidos com 5 mm de

diâmetro e 6 mm de altura, foram ativados durante 60 segundos com luz visível.

Com os testes de microdureza, a resina Alert apresentou melhores valores no topo

da superfície em comparação com as resinas de alta viscosidade. E a resina Surefill

apresentou melhor profundidade de 4,0 mm de polimerização, entretanto o grau de

conversão da Surefil de 4 mm foi maior que as outras resinas avaliadas. Levando

aos fabricantes indicarem as resinas de alta viscosidade para uso em incremento

único de até 5 mm de espessura do material, apresentando satisfatória

polimerização.

Cardoso, P. e Mallmann, A. (1999) publicaram um artigo de revisão de

literatura que analisou as propriedades e as características das resinas

condensáveis. Apresentaram que as resinas tradicionais híbridas são postas como

alternativa para as restaurações de amálgama, mas que sua técnica exige cuidados

que dificultam o trabalho do profissional em relação a inserção do material na

cavidade e a obtenção do ponto de contato ideal. Com a intensão de sanar essas

interferências, os fabricantes criaram as resinas condensáveis, com alta viscosidade,

facilitando o manuseio, pois apresentam características semelhantes ao amálgama

no que se refere à condensação do material na cavidade. Os fabricantes

substituíram o bis-GMA/TED-GMA por outros monômeros mais densos (Surefil, P60)

ou alteraram o tipo de carga, usando partículas maiores ou mais ásperas (Solitaire,

Alert). Em relação às propriedades, estes materiais têm menor desgaste, altos

valores de resistência à flexão e bons resultados de resistência à compressão,

rugosidade, contração de polimerização e dureza. Com os valores de alguns testes

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realizados, os autores puderam concluir que esta nova geração de materiais

estéticos tem características promissoras, através de trabalhos clínicos, laboratoriais

e pelas vantagens que estes apresentam.

ANDERSON, S. (1999) publicou as características de alguns aparelhos

fotopolimerizadores de lâmpada halógena em comparação com fotopolimerizadores

a laser e de arco de plasma. Foi identificado que os aparelhos laser e arco de

plasma conseguem realizar completa polimerização em 10 segundos, mas apesar

da profundidade ser melhorada, ocorre aumento da contração de polimerização

sendo uma das desvantagens dos materiais fotopolimerizáveis, podendo provocar

fenda, descoloração marginal, recidiva de cárie e sensibilidade pós-operatória. Por

serem aparelhos inovadores ainda encontram-se com alto custo, tornando-se 10

vezes mais caros que os aparelhos convencionais. A polimerização de materiais

restauradores fotoativados é realizada com luz visível de comprimento de onda entre

450 a 500 nm e intensidade de luz superior a 280 mW/cm2, durante 50 segundos de

duração de exposição, promovendo uma adequada polimerização e deixando o

material resistente. Com a intensão de melhorar a qualidade de polimerização e

distribuir a contração, foram lançados no mercado fotopolimerizadores com lâmpada

halógena com novas características: redução do tempo de polimerização, melhor

qualidade devido aos ciclos graduais que podem iniciar com baixa intensidade e

aumentar em seguida, com redução do estresse de contração e facilidade de

manuseio dos aparelhos.

Rueggeberg, F. (1999) publicou uma revisão de literatura sobre

polimerização, tipos de fotopolimerizadores e diferenças entre técnicas de

polimerização. O aparelho fotopolimerizador deve ter a indicação da intensidade de

luz e comprimento de onda irradiada por ele. O espectro de luz do aparelho deve

estar na mesma faixa que o espectro necessário para ativação da resina. O autor

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correlaciona a polimerização com um filme fotográfico, pois o tempo de exposição

varia com as condições da luz do ambiente e a sensibilidade do filme. Quando

relacionado à resina, nota-se que se a resina é mais sensível (pelo fotoiniciador)

será preciso menos tempo de exposição à luz. Para realizar o cálculo da energia

total utilizada deve-se obter a intensidade do fotopolimerizador em mW/cm2 e o

tempo de exposição em segundos. Quando uma resina necessita de 40 segundos

de exposição a 600 mW/cm2 de intensidade para realizar polimerização de 2 mm de

espessura, o total de energia direcionada para este material é resultante da

multiplicação de 40 seg x 600 mW/cm2, equivalendo a 24000 mJ/cm2 ou 24 J/cm2.

Nesse caso, qualquer combinação de tempo e intensidade que resulte em 24 J/cm2

promoverá a polimerização desta resina.

Com a intensão de analisar a intensidade de luz de 130 aparelhos

fotopolimerizadores em 107 consultórios odontológicos particulares, Pilo, R.;

Oelgiesser, D. e Cardash, H. (1999) utilizaram radiômetros para verificar a

intensidade de luz e a temperatura na ponta ativa dos aparelhos, correlacionando a

profundidade da polimerização e a intensidade de luz. 50 aparelhos foram

selecionados aleatoriamente para polimerizar os cilindros de resina de 3 mm de

espessura e 30 mm de diâmetro por 50 segundos. O teste Knoop foi realizado para

avaliar a microdureza no topo da superfície e base dos corpos de prova, bem como

a profundidade de polimerização calculada pela média destes dois valores. Com os

resultados encontrados, os autores delimitaram a intensidade de luz entre 25 e 825

mW/cm2, e entre 0 e 325 mW/cm2. Com relação aos resultados, os autores

concluíram que 46% dos aparelhos necessitam de reparo ou substituição. As luzes

polimerizadoras não devem ser utilizadas se a intensidade for menor que 200

mW/cm2, e em relação ao tempo, este deve ser aumentado quando a intensidade

estiver entre 200 e 300 mW/cm2. A potência acima de 300 mW/cm2 alcança

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profundidade de polimerização em até 3 mm de espessura do material com o tempo

determinado pelo fabricante. A grande relação entre as médias de microdureza e a

intensidade de luz, confirma a necessidade dos radiômetros para determinar as

condições dos aparelhos fotopolimerizadores.

Kurachi, C.; Lizarelli, R. e Bagnato, V. (1999) testaram a microdureza de uma

resina composta ativada por um LED com pico de comprimento de onda de 468 nm

e por um fotopolimerizador KM-200R (DMC), com variação de 450 a 600 nm. Foram

confeccionados cinco corpos-de-prova com a resina Z-100 na cor A2, dividindo-se

em grupos onde o controle foi feito pela lâmpada convencional durante 40 segundos;

o grupo 2 foi ativado com o LED durante 40 segundos; o grupo 3 pelo LED durante

60 segundos; o grupo 4 com o LED durante 120 segundos; o grupo 5 com LED

durante 180 segundos e o grupo 6 com LED durante 240 segundos. Foi realizado o

teste de microdureza com carga de 160 g por 30 segundos com o Microhardness

Tester (MHP). Foram realizadas 3 endentações em cada amostra. Com os

resultados obtidos, observaram que, em função do tempo de exposição, o LED a

partir de 125 segundos de exposição, apresenta valores de microdureza

semelhantes ao da lâmpada convencional. Os autores concluíram que a

polimerização da resina com o LED é possível, e que pode representar grandes

simplificações em relação ao custo dos aparelhos e instrumental neste processo.

Com o propósito de avaliar a cinética da reação de polimerização das resinas

compostas e melhorar as propriedades destes materiais, Lovell, L.; Newman, S. e

Bowman, C. (1999) realizaram um estudo que analisa os efeitos da intensidade de

luz, a temperatura e a composição do material na reação da polimerização dos co-

polímeros bis-GMA e TEGDMA. Os pesquisadores usaram um controlador de

diferencial calorimétrico, monitorando a fotopolimerização em várias condições

experimentais. A co-polimerização do bis-GMA/ TEGDMA é semelhante aos outros

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sistemas dimetacrilatos com difusão cinética controlada. A polimerização máxima foi

afetada pela intensidade de luz, e a temperaturas maiores foi identificada maior

polimerização. Durante a alteração da composição da mistura foi observada que a

viscosidade do sistema promove alteração na polimerização e o fim da reação-

difusão-controlada. Materiais que tinham 50 a 75% de peso de bis-GMA

apresentaram valores máximos maiores. Com os resultados é sugerido que o TEG-

DMA seja um excelente diluente, aumentando a mobilidade da reação; no entanto, a

alta reatividade é aguardada com o uso de bis-GMA. Com base na composição,

concluíram que o bis-GMA consegue controlar o mecanismo e a cinética da

polimerização.

Com a proposta de analisar o grau de polimerização de duas resinas (Z-100 e

Suprafill) em relação à espessura do remanescente dentário através do teste de

microdureza Vickers, Silva, E.; Tebechrani, C. e Matson, E. (1999) confeccionaram

40 corpos-de-prova para cada resina com dimensões de 4 mm X 4 mm X 2 mm. No

grupo 1 (controle) a ponta do fotopolimerizador foi colocada diretamente sobre o

material, no grupo 2 com a interposição de 1mm de esmalte; no grupo 3 com 2 mm

de esmalte e o grupo 4 com 3 mm de esmalte. Os corpos-de-prova foram

confeccionados em um incremento único e fotoativados durante 40 segundos com

intensidade de luz de 470 mW/cm2. Metade dos corpos de prova foram submetidos

ao teste de microdureza Vickers e a outra metade foi testada após uma semana e

armazenada em ambiente seco com temperatura de 37 °C. Os autores concluíram

que espessuras maiores de remanescente dental entre a resina e a ponta do

fotopolimerizador pode reduzir o grau de polimerização do material restaurador.

Nos primórdios, as resinas eram ativadas por reação química; com a

implementação do material resinoso, buscou-se a ativação física através da luz

ultravioleta e posteriormente com luz visível ainda utilizada por aparelhos

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fotopolimerizadores com luz halógena (GALAN JUNIOR, J.; LANGHI, M.;

CASTELLANOS, V., 1984; MEHL, A.; HICKEL, R.; KUNZELMANN, R., 1997;

PEREIRA, M. et al, 2000). Atualmente, os compósitos ativados por luz UV foram

substituídos por um sistema de luz visível, com o qual se tornou possível polimerizar

espécimes mais espessos de até 2 mm (QUIROZ, A., 2004).

Com um fotopolimerizador com LED emitindo apenas 64% da intensidade de

luz de uma lâmpada halógena, é possível obter profundidades de fotopolimerização

significativamente maiores. Além da intensidade da luz, o espectro emitido fornece

informações importantes sobre a eficiência do fotopolimerizador (KURACHI, C. et al,

2001). Com o avanço tecnológico da metodologia LED, os fotopolimerizadores se

tornaram uma alternativa interessante para os dispositivos halógenos (MILLS, R.;

JANDT, K.; ASHWORTH, S., 1999).

O aumento da expectativa de vida da população provocou uma mudança no

perfil dos pacientes, esperando-se maior longevidade dos elementos dentários e das

restaurações presentes (JACKSON, R.; MORGAN, M., 2000). Desta forma, a

tecnologia dos materiais odontológicos está avançando no sentido de proporcionar

melhores resistências na garantia de maior tempo de vida útil.

As resinas compostas tornaram-se materiais com aplicação mais ampla,

objetivando copiar a forma e a função dos dentes com harmonia estética,

envolvendo fatores de intensidade de luz e cor (PEREIRA, S.; PORTO, C.;

MENDES, A., 2000; SANTOS, L. et al, 2000).

A grande fabricação de aparelhos emissores de luz deixa explícito que seu

uso é bastante disseminado pelo mercado. Mas apesar da grande quantidade de

aparelhos e sua variedade, nota-se que ainda são produzidos aparelhos sem

identificação da quantidade de energia emitida por eles. Assim, buscou-se a

necessidade de fabricar um aparelho capaz de medir a intensidade de luz das

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unidades, capaz de indicar o comprimento de onda alcançado e o acúmulo de

energia na superfície da área irradiada, chamado radiômetro. Após analisar que

necessidade de identificar a intensidade de energia emitida pelas unidades

fotoativadoras e o tempo de exposição no grau de polimerização de compósitos,

Sobrinho, L. et al (2000) mediram a dureza Knoop com estas variáveis. Os

espécimes apresentavam 5 mm de diâmetro e 2 mm de espessura, confeccionadas

em matrizes de cobre, cobertas com tira de poliéster durante a polimerização e

polimerizadas por 30 segundos com unidades ativadoras de 50, 130, 180, 220, 280

e 520 mW/cm2. Outros espécimes foram polimerizados por 45, 60, 75, 90, 105, 120,

135, 150, 165 e 180 segundos utilizando unidades fotoativadoras de 130, 220 e 280

mW/cm2. A dureza Knoop foi medida após 24 horas da ativação. Os resultados

mostram que o tempo de ativação com alta intensidade aumentam o valor da dureza

Knoop. Como esperado, o topo da superfície apresentou melhores valores de

dureza Knoop com relação à base, após a exposição de 30 segundos. Os valores

observados no topo são significativamente maiores em comparação com os valores

da base, com intensidades de 130, 220 e 280 mW/cm2 após 30, 45 e 60 segundos

de exposição.

Jandt, K. et al (2000) analisaram a hipótese da profundidade de polimerização

e resistência à compressão de resinas fotoativadas com aparelho LED e um

aparelho de luz halógena convencional; constatou que não diferem e estudaram a

irradiação e o espectro da emissão de luz por ambas as fontes. Uma única resina

composta foi utilizada (TPH A2 e A4) fotoativada pelas duas fontes durante 40

segundos. Com o auxílio de um penetrômetro, a profundidade da polimerização foi

medida em 10 amostras de 4 mm de diâmetro e 8 mm de profundidade, em cada

cor. Foram produzidas 6 amostras de 4 mm de diâmetro e 6 mm de profundidade em

cada cor da resina para o teste de resistência à compressão realizado após 6 e 72

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horas. Os autores observaram que a fonte de luz halógena, polimerizou a resina com

maior profundidade. No entanto, as duas unidades provocaram polimerização em

maior profundidade do que a recomendada pela ISO 4049 e pelo fabricante do

material. Em relação à resistência à compressão, não se observou diferença

significante para as amostras polimerizadas com LED ou halógena, porém foram

identificadas diferenças significantes entre os espécimes armazenados em 6 e 72

horas nas diferentes cores do material. O espectro de luz das duas fontes foi

largamente diferente. Os autores concluíram que a profundidade de polimerização e

a resistência compressiva de uma resina composta, polimerizada pelas duas fontes

de luz, superaram os valores recomendados pelo fabricante e pelas indicações

clínicas e que a fonte à base de diodo (LED) apresenta maior potencial para

aplicação clínica que a fonte de luz halógena.

Cordova, A. et al (2000) avaliaram a dureza superficial de 2 resinas

compostas: Z-100 (híbrida) e a Surefill (condensável). Foram confeccionadas 5

amostras para cada resina em matriz de silicona cobertas com lâmina de vidro e

fotopolimerizadas com XL 1000 (3M) durante 40 segundos. As amostras foram

armazenadas em estufa com 37°C durante 24 horas, após este tempo foi realizado o

teste de dureza Rockwell com 3 endentações em cada amostra. Com os resultados,

os autores observaram que os valores de dureza muito altos das resinas (Z-100=

80,7 e Surefill= 77,9) são devido à grande quantidade de partículas de carga na

composição dos materiais,utilizando maior área da superfície,refletindo maior dureza

da carga que da matriz.

Correr Sobrinho, L. et al (2000) verificaram a influência da distância da ponta

do fotopolimerizador na microdureza Knoop nas resinas compostas (Z-100 e Silux

Plus). Foram confeccionados corpos-de-prova de 5 mm de diâmetro por 2,5 mm de

profundidade em uma matriz metálica coberta com tira de celulose e polimerizada

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com a ponta do fotopolimerizador com distâncias de 0 mm, 6 mm e 12 mm. A

intensidade de luz utilizada foi de 750 mW/cm2 durante 40 segundos de exposição à

luz. Os corpos-de-prova foram divididos no longo eixo e então realizado o teste de

microdureza.Com os valores do teste, foi observado que a resina Z-100 obteve

menores valores de dureza Knoop quando aumentada a distância da ponta do

fotopolimerizador à resina; já com a resina Silux Plus o aumento da distância não

alterou os valores de dureza, no entanto, com as distâncias de 6 e 12 mm,

apresentou menor dureza nas camadas mais profundas em comparação com as

superficiais. A resina Z-100 apresentou valores superiores à Silux Plus com as três

distâncias da ponto ativadora nas diversas profundidades.

Bouschlicher, M. e Rueggeberg, F. (2000) realizaram uma pesquisa que

verificou que as velocidades de reação menores podem ser alcançadas utilizando

menor densidade de potência durante mais tempo ou utilizar a técnica em rampa.

Entretanto, uma menor velocidade da reação nem sempre vem acompanhada pela

redução da tensão, na qual indica que a velocidade da reação necessita ser

diminuída a um valor para que a redução na tensão seja significante. O uso de

intensidades de luz reduzidas nos primeiros segundos da ativação auxilia a redução

da tensão e prolonga a fase pré-gel, permitindo o escoamento do material durante o

início da polimerização.

Turbino, M.; Santos, L. e Matson, E. (2000) realizaram um estudo para avaliar

o efeito de duas matrizes de polipropileno nas cores branca e preta, usadas para

confeccionar corpos-de-prova de resina composta. Os corpos-de-prova foram

confeccionados com incremento único de 3 mm, em 3 incrementos de 1 mm cada e

com medição da dureza de 3 mm de profundidade. Através dos testes de dureza nas

amostras, obteram os resultados e foram analisados levando aos autores concluírem

que ocorreu diferença estatística significante nas duas cores da matriz, sendo que

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na matriz preta a microdureza obteve valores menores. A técnica de incremento

único gerou valores de polimerização menores que a técnica incremental nas duas

matrizes. A conclusão dos autores é que o uso de matrizes pretas para confeccionar

corpos-de-prova de resina composta altera os valores referentes à profundidade de

polimerização, gerando alteração nas propriedades da resina dependendo apenas

das características do material.

Entretanto, os aparelhos com maior intensidade de luz nem sempre têm

melhor qualidade, pois vários parâmetros devem ser avaliados, como o tempo de

fabricação da resina, o tipo do aparelho fotopolimerizador, a cor da resina, o tempo

de ativação, o tempo de pós-ativação, a profundidade da resina e a intensidade da

luz (PEREIRA, S.; PORTO, C.; MENDES, A., 2000; SANTOS, L. et al, 2000).

Com a intensão de comparar a eficácia de dois aparelhos fotopolimerizadores

tipo pistola (XL 1500 e Optilight II) de intensidade alta, com um aparelho de cabo

(Fibralux), de intensidade baixa, em tempos de exposição de 20 e 40 segundos,

Santos, L. et al (2000) analisaram a polimerização da resina Z-100 (A2), com 4

profundidades diferentes, através de testes de microdureza Knoop. O teste de

microdureza foi repetido três vezes em cada grupo, totalizando dezoito medidas em

cada profundidade e setenta e duas referências de microdureza em todas as

amostras. Com os resultados encontrados, os autores concluíram que em 40

segundos de polimerização a microdureza foi maior nos três aparelhos durante 20

segundos; os aparelhos pistola (XL 1500 e Optilight II) apresentaram maior

microdureza da resina que o aparelho de cabo (Fibralux), visto que o aparelho

XL1500 por 40 segundos de ativação provocou maior microdureza que o Optilight.

As profundidades de 1, 2, 3 e 4 mm mostraram diferenças estatisticamente

significantes, sendo encontrada maior microdureza em profundidades menores.

Devido à baixíssima produção de calor, aparelhos fotopolimerizadores LED

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eliminam o risco de danos ao tecido pulpar e o desconforto. Liberam apenas 3 ºC de

calor, enquanto os aparelhos halógenos registram liberações entre 10 ºC e 16 ºC. O

Ultraled XP utiliza um LED de longa vida útil, com durabilidade superior a qualquer

lâmpada halógena, podendo chegar até 1.000.000 de ciclos de 20 segundos, sem

perda de potência e qualidade de luz. O pequeno tamanho dos componentes

reduziu o volume e o peso do equipamento, resultando nas formas mais

ergonômicas e práticas do Ultraled XP. (DABIATLANTE, 2005)

Caughman, W. et al (2000) analisaram a profundidade de polimerização de

resinas compostas de alta viscosidade (Alert, Solitaire, Surefil, Prodigy, Pyramid e

P60) e uma resina microhíbrida (Herculite XRV). Através de teste de microdureza

Knoop e grau de conversão do monômero foram testados os materiais que foram

confeccionados em único incremento e ativados durante 40 segundos com

intensidade de luz de 750 mW/cm2. Com os resultados, observou-se que a resina

composta Alert registrou maiores microdureza, conversão de monômero, e alta

profundidade de polimerização em relação às outras resinas testadas.

Pereira, M. et al (2000) realizaram uma pesquisa sobre avaliação da

profundidade de polimerização de cinco fotopolimerizadores utilizados na Faculdade

de Odontologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). As intensidades

de luz destes aparelhos foram aferidas pelo radiômetro Demetron Curing Rite. Cinco

corpos-de-prova foram confeccionados para cada aparelho com 6,0 mm de diâmetro

e 11,0 mm de profundidade, com o auxílio da matriz de teflon. Foram então ativados

durante 40 segundos. Após a polimerização, foi realizado o teste de raspagem para

remover resina não polimerizada. Em um microdurômetro (Micromet 2003 – Buehler)

foi testada a dureza do material no topo e na base da superfície com carga de 150

mg durante 15 segundos. Com os resultados encontrados, os autores puderam

concluir que o radiômetro é um meio de monitorar os aparelhos fotopolimerizadores;

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foram observados que maiores valores de intensidade de luz conseguiram

polimerizar mais profundamente o material. Foi registrado também que com o

aumento da espessura do material e pela baixa intensidade de luz ocorre alteração a

partir de 2 mm.

Manhart, J. et al (2000) testaram a dureza Vickers de seis resinas compostas

(Solitaire, Surefil, Alert, Definite, Tetric Ceram e Ariston pHc). Com um molde de

alumínio de 9 mm de diâmetro e 2 mm de espessura confeccionaram 10 corpos-de-

prova para cada resina com as superfícies cobertas com tira de poliéster e ativadas

com o Elipar HightLight (3M), com intensidade de luz de 700 mW/cm2, durante 40

segundos. Os corpos-de-prova foram armazenados em cloreto de sódio durante 24

horas, em temperatura de 37 °C, após isso, lixados com lixa 1200. Um durômetro

(Durimet – Leitz) foi utilizado para medir a dureza com 200 g de carga aplicada

durante 40 segundos e foram observados os valores de dureza da Solitaire de 41,7;

Tetric Ceram de 54,8; Definite de 65,8; Ariston pHc de 66,5; Surefill de 70,4 e a Alert

de 75,2. Chegaram a conclusão que a resina Solitaire gerou menores valores de

dureza e os maiores foram gerados pela Alert.

Tantbironj, D. et al (2000) realizaram um estudo para avaliar se ocorre relação

entre dureza superficial e resistência à fratura. Foi utilizada a resina Z-100 com a

confecção de 10 corpos-de-prova de 4 mm X 7 mm para cada grupo, ativados com

diferentes intensidades de luz e tempos de duração da exposição (100 mW/cm2 por

10 segundos; 100 mW/cm2 por 20 segundos; 300 mW/cm2 por 20 segundos; 300

mW/cm2 por 40 segundos e 700 mW/cm2 por 60 segundos). O teste de dureza

Knoop foi realizado nas superfícies de seis corpos de prova e o teste de resistência

à fratura foi realizado em 4 corpos-de-prova com uma fenda na linha média da

superfície. Estes testes foram realizados 15 minutos e 24 horas após a

polimerização. A dureza das amostras, após 15 minutos, foi menor que as de 24

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horas, fazendo com que os autores concluam que o aumento da intensidade

provoca aumento da dureza superficial com grande relação positiva entre as duas

propriedades testadas.

Reis, A. et al (2000) avaliaram a dureza e a resistência de três resinas

compactáveis (P60, Surefill e a Alert) e uma híbrida (TPH). Para cada resina foram

confeccionados 10 corpos-de-prova com dimensões de 10 mm x 2 mm x 1 mm e

foram armazenadas em água destilada durante 24 horas a 37 °C. Foram realizados

testes de resistência flexural em uma máquina universal (Kratos) com velocidade de

0,5 mm/min. Cinco fragmentos de cada resina foram incluídos em resina acrílica,

lixados e polidos e logo depois realizado o teste de dureza Vickers, com um

microdurômetro (HMV 2000 – SHIMADZU), com carga de 100 g por 15 segundos.

Oito leituras foram realizadas em cada corpo-de-prova para analisar a média da

dureza. Foi observada diferença na dureza e na resistência flexural com correlação

positiva entre as resinas P60 e Alert.

Kurachi, C. et al (2001) avaliaram as propriedades mecânicas como a dureza

de uma resina composta polimerizada por dois (L2 - 25 mW/cm2), três (L3 - 34

mW/cm2), quatro (L4 - 46 mW/cm2), cinco (L5 - 68 mW/cm2) ou seis (L6 - 79

mW/cm2) LEDs azuis comparando com a unidade de luz halógena (K&M, 200R) de

475 mW/cm2. A resina composta (Z100-A3) foi fotopolimerizada durante 20, 40, 60,

120 e 180 segundos com cada base de LEDs e durante 40 segundos com a luz

halógena. Cinco amostras de resina composta para cada grupo foram

confeccionadas com espessuras de 0,35; 1,25 e 1,8 mm. A avaliação da dureza na

superfície não irradiada foi feita por meio de três endentações para cada amostra.

Todas as amostras polimerizadas pelo LED apresentaram dureza inferior em

comparação à luz halógena durante 40 segundos. A unidade L6 foi a mais eficiente,

embora tempos de exposição maiores ou camadas mais finas de resina sejam

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necessárias. Utilizando-se o L6 durante 40 segundos de exposição com incrementos

de 0,7 mm de espessura foi obtido valor de dureza Vickers igual a 100. Além de

existir diferença na irradiação em comparação à luz halógena, o LED mostrou-se

uma alternativa na polimerização de resinas compostas, especialmente quase toda

energia emitida esteve dentro da potência ideal de absorção da canforoquinona.

Com o objetivo de verificar a influência de 3 fontes de luz halógena (KM-

100R, KM-200R e Kuring Light), com tempos de exposição diferentes de 10, 40 e 60

segundos, duas cores (A2 e C4) de resina composta e diferentes espessuras de

material (1, 2, 3 e 4 mm), na microdureza de uma resina composta (Charisma),

Pereira, S., Porto, C. e Mendes, A. (2001) utilizaram uma matriz de poliacetato com

dimensões internas de 7 mm de profundidade, 4 mm de comprimento e 3 mm de

largura para confeccionar os corpos-de-prova. Cada cor da resina foi polimerizada

com o Km-100R (700 mW/cm2) durante 40 e 60 segundos; com o KM-200R (450 a

600 mW/cm2) e Kuring Light (normal com 800 mW/cm2, por impulso com 920

mW/cm2 e rampa de 0 a 700 mW/cm2) durante 10 segundos. O radiômetro Cure Rite

(Modelo 800 EFOS) foi utilizado para medir a intensidade de luz dos aparelhos.

Somente após 24 horas da polimerização do material e que realizaram o teste de

Vickers, onde observaram que os maiores valores Vickers foram obtidos com os

aparelhos KM-100R e KM-200R com exposição de 60 segundos e o menor valor

com o Kuring Light pelo sistema de rampa por 10 segundos; a cor C4 apresentou

valores de microdureza superiores em comparação à cor A2; a microdureza sofre

influência da profundidade do material e o tempo de 10 segundos é insuficiente para

gerar polimerização ideal do material.

As resinas condensáveis ou acomodáveis apresentam consistência firme

devido às modificações na sua composição, como o aumento do volume de

partículas inorgânicas, com variação do tamanho e tipo de partículas, e na alteração

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química da matriz orgânica ou combinação das duas matrizes. Com essas

modificações na resina, ocorre a diminuição da contração de polimerização,

melhorando a manipulação, a profundidade de polimerização, a resistência ao

desgaste e a estabilidade de cor, assim definido por Vieira, D.; Vieira, D. e Fukuchi,

M. (2002 apud CARDOSO, R.; GONÇALVES, E., 2002).

Outro teste bastante utilizado é o teste de contração que o Chen, H. et al

(2001) utilizaram para avaliar a força de contração de polimerização em resinas

fotoativadas. As resinas alert, surefil, solitaire, solitaire2, ormocer e tetric ceram

foram testadas e obtida a tensão de contração máxima em ordem decrescente:

Alert> Ormocer> Solitaire2> Solitaire> Surefil> Tetric Ceram.

Cunha, L. et al (2001) realizaram um estudo que teve o objetivo de verificar a

influência de quatro métodos de ativação em relação à dureza Knoop de cinco

resinas compostas (Z100, Solitaire, TPH, Alert e Wave). Foram confeccionados

cinco corpos-de-prova para cada tipo de material com o auxílio de uma matriz

bipartida com 3 mm de diâmetro interno por 5 mm de espessura, e foram ativados

pelos quatro aparelhos com suas devidas intensidades (luz contínua – 520 mW/cm2

por 40 segundos; dupla intensidade – 150 mW/cm2 por 10 segundos mais 520

mW/cm2 por 30 segundos; luz pulsátil – 520 mW/cm2 durante 60 segundos e com

arco de plasma de Xenônio – 2300 mW/cm2 por 3 segundos). Após a polimerização,

as amostras foram armazenadas durante 24 horas a 37 °C, após este período foi

realizado o teste de dureza Knoop com o microdurômetro Tester FM, com carga de

50 grama-força (gf) durante 30 segundos. Com os resultados encontrados, os

autores puderam concluir que a dureza no topo da superfície foi maior que nas

espessuras de 1,5 mm, 2,5 mm e 4,0 mm em todos os compósitos e com todos os

métodos de ativação. Os métodos de luz contínua e por dupla intensidade de luz

não foram diferentes, mas foram superiores aos métodos de fotoativação por luz

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pulsátil e por arco de plasma. A resina Z100 apresentou maior valor de dureza

seguindo das resinas Alert, TPH, Solitaire e Wave, respectivamente.

Medeiros, I. (2001) apresenta uma comparação de microdureza Vickers,

obtida em espécimes polimerizados com três diferentes fontes de luz, para

determinar a relação de tempo de exposição e a profundidade de polimerização. As

amostras apresentam diâmetro de 8 mm e profundidades de 0,7 mm e 2,0 mm. O

aparelho de luz halógena apresenta intensidade de 700 mW/cm2, o laser argônio

apresenta 1 W/cm2 e o LED apresenta 100 mW/cm2. Como resultado, a espessura

de 0,7 mm com as três fontes obtiveram mesmos valores de dureza Vickers, com o

tempo determinado pelos fabricantes de 40 segundos para a lâmpada halógena, 40

segundos para o LED e 10 segundos para o argônio. Para os espécimes de 2,0 mm

com ativação do LED, foi necessário mais 40 segundos para obter valores de

microdureza equivalentes à lâmpada halógena e ao laser argônio. Recomenda-se a

utilização de 60 segundos de exposição para incrementos de 2,0 mm de espessura

com os dispositivos LED.

Franco, E. et al (2001), com o objetivo de estudar a evolução das resinas

compostas, publicaram uma revisão de literatura que delimitou a seqüência das

modificações das resinas. Visto que dentro da evolução destas, foram surgindo

novos materiais restauradores, as chamadas resinas macroparticuladas, as

microparticuladas e as híbridas. Com o avanço da modificação das propriedades das

resinas foram então criadas as resinas condensáveis, que seriam alternativa estética

para a substituição do amálgama com modificação na matriz orgânica, na

quantidade e tipo de carga que promova melhor inserção e manipulação. Com a

análise bibliográfica os autores puderam evidenciar que se trata de resinas

compostas capazes de contraírem durante a polimerização com permanência em

ambiente com placa bacteriana, ácidos, carga mastigatória, atrito com alimentos,

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corantes orgânicos e mudanças de temperatura. Mas no que diz respeito à

satisfação do paciente e do profissional, os materiais restauradores ainda

apresentam limitações quanto às propriedades gerais que provocam deficiência nas

restaurações, necessitando assim maiores avaliações e estudos sobre o

melhoramento destes materiais para a satisfação clínica.

Uma tecnologia inovadora surgiu no mercado com a proposta de realizar a

polimerização dos materiais sem as desvantagens dos aparelhos à base de luz

halógena: são conhecidos como LED, que são fontes de luz em estado sólido,

compostas por diferentes semicondutores emissores de luz azul. Os LEDs não

possuem filtros e geram energia através do nitrato de gálio suficiente para ativação

do material, evitando comprimentos de onda desnecessários, com mínimo calor

(CHRISTENSEN, G., 2002).

Yoon, T. et al (2002) avaliaram o grau de polimerização usando diferentes

fontes de luz. Buscaram a efetividade da polimerização do LED e o arco de plasma,

em comparação com a luz halógena. Vários tempos de irradiação com intensidades

de luz foram utilizados para produzir potência de energia suficiente. O grau de

conversão de três resinas foi medido com Fourrier Transformer Infra-Red (FTIR),

com várias espessuras de material. Após a exposição da luz foram removidos 100

µm de resina a 1, 2, 3 e 4 mm do topo da superfície. Foram registrados os espectros

da resina sem ativação da luz. Nos resultados, foi identificado que o grau de

conversão foi influenciado pelas variáveis referentes aos materiais, pela

profundidade da superfície, tipo de luz e intensidade de energia incidida. Durante a

irradiação com mesma intensidade de luz, o grau de conversão do arco de plasma e

LED não foram significativamente diferentes da luz halógena (p>0,05). Ao aumentar

em dobro a intensidade de luz, não foi observada diferença até 2 mm da superfície

(p>0,05), no entanto, o grau de conversão aumenta a partir dos 3 mm (p< 0,05).

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Guadet, S. et al (2002) realizaram um trabalho que avaliaram a polimerização

das unidades LED (Luxomax e FreeLight) e a unidade de luz halógena (Optilux 501)

frente a polimerização de três resinas compostas (Synergy, Sculpt-it e Z-250) na cor

A2. Espécimes de 8 mm de comprimento e 4 mm de espessura foram cobertas por

uma tira de celulóide antes da polimerização, para evitar a camada de oxigênio, e

foram ativados por 20 segundos. Foram armazenados durante 1 hora, 24 horas e 48

horas sob sombra. Foi realizado teste de dureza com microdurômetro Vickers. Os

resultados mostraram que as lâmpadas LED polimerizam 2 mm de espessura de

resina, mas apresentam menor profundidade de ativação que as fontes de luz

halógena.

Dialani, N. et al (2002) buscaram determinar a profundidade de ativação de

resinas híbridas através das fontes LED (NOVA – Curing Technology) e halógena

(Coltolux4 – Coltene). A resina utilizada foi a Herculite HRV – Kerr que foi

confeccionado os espécimes com uma matriz de acrílico preto de 6 mm de diâmetro

com 6 mm de profundidade. O tempo de exposição seguiu 20, 40 e 60 segundos

com as respectivas unidades ativadoras. A dureza superficial foi medida e com os

resultados determinaram que com mesmos tempos de ativação, a fonte LED de 236

mW/cm2 de intensidade produziu dureza maior que a fonte de luz halógena com 570

mW/cm2 de intensidade. Profundidade de polimerização insuficiente (menos de 2

mm) foi obtida com as duas fontes ativadas por 20 segundos. Com o LED, durante

40 e 60 segundos, foi obtido 3 mm de profundidade de polimerização, já na luz

halógena, a de polimerização de 2 mm foi encontrada com 40 e 60 segundos.

Arcís et al (2002 apud QUIROZ, A., 2004) realizou um estudo com o objetivo

de medir e analisar as propriedades de diversas resinas compostas. A composição

dos materiais era composta de monômeros fotopolimerizáveis (tanto bis-GMA +

TEGMA ou bis-GMA + HEMA) como matriz, e hidroxiapatita (partículas

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microscópicas e nanoscópicas) como partículas de reforço. As superfícies da

hidroxiapatita foram modificadas pelo agente de união (acido cítrico, maléico, acrílico

ou metacrílico). Foram confeccionados cinco espécimes de 14 compósitos diferentes

para cada teste mecânico, resistência flexural, módulo de Young e dureza Vickers.

Com os resultados, os autores concluíram que aumento de 50-60% em peso da

hidroxiapatita aumentou a dureza Vickers das resinas, assim como o módulo de

Young, diminuindo a resistência flexural. A substituição de partículas microscópicas,

no lugar das nanoscópicas, provoca melhores propriedades mecânicas, melhorando

ainda mais com a adição do agente de união (acido cítrico, acrílico ou metacrílico).

Os autores ainda afirmam que a composição das partículas da resina composta

influencia as propriedades mecânicas da mesma.

As primeiras resinas apresentavam textura muito rugosa e no início da

década de 70 criaram as chamadas resinas microparticuladas, com alteração na

carga inorgânica, em relação ao tamanho e nas características físicas. Esta resina

apresentava 33 a 50% do seu peso de partículas de sílica coloidal de 0,05 µm

aproximadamente e 20 a 37% do volume. Com esta resina era obtida lisura

superficial e brilho, mas com a redução da carga havia redução do módulo de

elasticidade, promovendo maior deformação durante as tensões mastigatórias,

provocando fendas e conseqüente infiltração marginal. Após este período

apareceram as resinas híbridas, com características das resinas convencionais e a

lisura das microparticuladas; o tamanho das partículas são em torno de 0,6 a 2 µm

com 38 a 80% em peso e 19 a 57% em volume de matriz orgânica afirma Mondelli,

J.; Pereira, M. e Malaspina, O. (2002 apud CARDOSO, R.; GONÇALVES, E., 2002).

Consani, S. et al (2002) realizaram um estudo que verificou o efeito do

incremento único, ou em duas camadas, de duas resinas compostas (Z100 e

ALERT) e os métodos de fotoativação (luz contínua, duplo pulso e intermitente)

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sobre a propriedade de dureza dos compósitos. Em uma matriz foram

confeccionados os corpos-de-prova de 4 mm X 4 mm com as devidas camadas de 2

mm de espessura. A inserção do material em incremento único recebeu compressão

de 1 kgf sobre uma lâmina de vidro e tira de poliéster, com a ativação por luz

contínua pelo XL 3000 (500 mW/cm2) durante 40 segundos; com duplo pulso (150

mW/cm2) durante 10 segundos, mais 30 segundos com o XL 3000 e a luz pulsátil

Optilux 400 (520 mW/cm2) durante 2 segundos ligado e 1 segundo desligado por 60

segundos. Após os corpos-de-prova serem armazenados em estufa a 37 °C, durante

24 horas, foram inseridos em resina de poliéster, desgastados e realizado polimento

com lixas e pasta de diamante. O teste de dureza foi aferido pelo microdurômetro

HMV Shimadzu com carga de 50 gf por 30 segundos. Com os resultados

encontrados, os autores concluíram que a resina Z100 obteve maior valor de dureza;

a dupla camada foi melhor que a inserção única e no Alert a ativação contínua

apresentou valores similares aos dois tipos de inserção.

Wang, X. (2002) realizou um estudo que investigou a dureza Vickers de uma

resina composta híbrida (TPH Spectrum) nas cores A2 e A4, com o uso de um

fotopolimerizador halógena (Luxomax – Akeda), e outros a base de LED (CoolBlu,

Apollo e-light e Curing light). A intensidade de luz foi medida pelo radiômetro

Demetron. Foram confeccionados espécimes de 6 mm x 2 mm com molde de teflon.

Foi medida a microdureza com um microdurômetro Vickers nas duas superfícies

(topo e base) e foram realizadas 5 endentações em cada lado da amostra. Com os

resultados, o autor concluiu que as fontes LED, a fonte halógena e as unidades de

alta intensidade melhoraram a dureza Vickers na base do espécime. A fonte de luz

LED (Curing light) mostrou a maior eficiência de ativação com as mesmas condições

de tempo em relação aos outros aparelhos.

Em um estudo que buscou avaliar a profundidade de polimerização de resinas

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compostas diferentes, com mesmo matiz e cromas diferentes, Franco, E. e

Navarro,M. (2002 apud BOSQUIROLI, V., 2003) utilizaram uma matriz de aço

inoxidável de 10 mm de altura e 5 mm de diâmetro para confeccionar cinco corpos-

de-prova para cada condição da resina. Foi utilizado um aparelho LED experimental

(nº 2) e dois aparelhos halógenas (Ultralux EL – DabiAtlante e Curing Light 2500 –

3M) com tempos de exposição de 20 segundos e 40 segundos. Foi utilizado um

radiômetro comercial (Curing Radiometer 100P/N – Demetron) para aferir a

intensidade de luz dos aparelhos. Com uma faceta de esmalte dentário de 1,5 mm

de espessura, foi testada a influência da difusão da luz. Após a polimerização das

amostras foi removida a resina não polimerizada da base da amostra através de

raspagem manual. Os espécimes foram avaliados por um dispositivo criado pelo

autor para medir a resistência à penetração na base da superfície. Foi realizada

leitura do material polimerizado utilizando um espessímetro. Com os resultados, o

LED foi viável para a polimerização de resinas diferentes, em que o tempo de 40

segundos aumentou a profundidade da polimerização de marcas diferentes

semelhante aos valores observados com os aparelhos de lâmpada halógena com

duração de ativação de 20 segundos. A interposição da faceta de esmalte diminuiu a

profundidade de polimerização independente do tipo de fonte de luz. Em relação aos

valores de profundidade de polimerização menores, com o uso do LED, o tempo

mínimo de 40 segundos deve ser indicado para ativação através do remanescente

dentário. No que se refere a profundidade de polimerização, os valores superam a

espessura de 1 a 1,5 mm recomendada na prática clínica, tanto para sistema de luz

halógena (LH) como para o sistema LED.

Martins, F. et al (2002) realizaram um estudo que avaliou a influência da

intensidade de luz e a cor da resina composta sobre o grau de dureza Knoop. Os

corpos-de-prova foram realizados com o auxílio de matrizes de poliéster envoltas

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com um anel de cobre com cavidade de 6 mm de diâmetro por 2 mm de espessura.

A resina utilizada foi a Fill Magic (Vigodent) nas cores A3, B3, C3, D3 e I, foram

ativadas com um fotopolimerizador LED Elipar com três intensidades diferentes (450,

800 e uma crescente de 100 a 800 mW/cm2) durante 40 segundos. Após a

confecção das amostras, estas foram armazenadas em tubos de ensaio em água

destilada a 37 °C e foram realizados os testes de dureza em cada face dos

espécimes. Com os resultados analisados, os autores concluíram que a cor não

influencia na dureza Knoop, mas que a intensidade progressiva promoveu melhores

resultados de dureza.

Leonard, D. et al (2002) compararam a eficiência da ativação de três LEDs

com um aparelho de lâmpada halógena através do teste de dureza. Foi utilizada

uma matriz de 2 mm de altura por 8 mm de diâmetro para confeccionar cinco

espécimes para cada combinação de duração de exposição, tipo de compósito (Silux

Plus, micropartícula; Z-100, híbrida) e luz ativadora (ZAP Dual Curing Light, Luma

Cure, Versalux, Optlux 401). Após 24 horas foi medida a dureza Knoop. Com os

resultados da emissão do espectro do LED mais refletido e absorvido pelo

fotoiniciador canforoquinona. Especificamente, 95% da emissão do espectro do

VersaLux, 87% do LumaCure, 84% do ZAP LED e 78% do ZAP em combinação com

LED e Halógena entre 450 e 500 nm. Em contraste somente 56% da emissão do

espectro do Optilux 401 de lâmpada halógena supriu essa faixa. No entanto a

densidade entre 450 e 500 nm foi quatro vezes maior para a lâmpada halógena que

para os LEDs. Como resultado, os LEDs precisam de 39 a 61 segundos para ativar

2 mm de resina híbrida e entre 83 a 131 segundos para ativar adequadamente a

microparticulada. Em comparação, a lâmpada halógena precisa somente 21 a 42

segundos para ativar resina híbrida e a microparticulada respectivamente.

Machado, C. et al (2002) realizou um estudo que avaliou, in vitro, a

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polimerização através do teste de microdureza Vickers com apenas uma resina

composta (Charisma) na cor A30, ativada por diferentes aparelhos

fotopolimerizadores com intensidade de luz, tempo e profundidade diferentes. Os

fotopolimerizadores utilizados foram o Curing Light 2500, o Apollo95E e o Kreativ.

Com os testes realizados, observaram que em relação aos aparelhos ocorreu

variação da microdureza superficial. Na profundidade de polimerização, a amostra

com 3 mm de espessura apresentou menor valor de dureza e a de 1 mm obteve

maior valor de dureza, ficando a de 2 mm intermediária. Com referência à relação

aparelho e profundidade, observaram que o Apollo95E apresentou valores de

dureza similares entre os espécimes de 1 e 2 mm de espessura, e entre 2 e 3 mm

de espessura. O aparelho Curing Light apresentou valores semelhantes com os

espécimes de 1 e 2 mm, e entre 2 e 3 mm de espessura; já o Kreativ promoveu

valores de dureza diferentes nas três profundidades.

Com o objetivo de comparar a dureza superficial do topo e da base da resina

híbrida Z-250 (cor A1) e da microparticulada Renamel (cor A1), Dunn, W. e Vush, A.

(2002) confeccionaram 20 espécimes de cada resina utilizando modelos de polímero

de acetato de 8 mm x 2 mm, ativando-os com dois fotopolimerizadores de luz

halógena Optilux400 (900 mW/cm2) e Optilux501 (1030 mW/cm2) e dois a base de

LED (LumaCure – 150 mW/cm2 e VersaLux 150 mW/cm2). As intensidades de luz

dos aparelhos foram verificadas com um radiômetro (Demetron). O tempo de

exposição seguiu 40 segundos e após 24 horas de armazenagem foi realizado o

teste de dureza Knoop com carga de 100 g, durante 10 segundos, com três

endentações no topo e na base. Com os resultados obtidos, os autores concluíram

que a resina híbrida apresentou maior dureza de superfície do topo e da base em

todos os aparelhos. Os fotopolimerizadores de luz halógena apresentaram maior

dureza no topo e na base que os LEDs. Em comparação com as combinações das

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resinas e intensidade de luz, foram encontradas diferenças significativas em todas

as superfícies, mas não em todas as profundidades de polimerização. Apesar dos

valores de dureza superficial dos dois tipos de resina serem menores no LED que na

halógena, apenas os resultados de profundidade de ativação não identificaram esta

relação. Os autores relatam que a intensidade de luz dos LEDs deve ser aumentada,

havendo maior necessidade de estudos que comparem o grau de conversão, as

propriedades físicas e mecânicas dos materiais após a polimerização.

Hofmann, N.; Hugo, B. e Klaiber, B. (2002) realizaram um estudo que

comparou o LED com a lâmpada halógena na fotoativação de resinas compostas. A

força de contração e a temperatura na resina composta foram medidas

simultaneamente usando a técnica de deflexão. A dureza superficial na base de 1,5

mm de espessura do espécime foi medida 24 horas após irradiação para indicar o

grau de polimerização. Com o tempo de irradiação de 40 segundos, utilizado de

modo contínuo e no modo rampa da lâmpada halógena e o LED (800 mW/cm2 e 320

mW/cm2, respectivamente), ou com o LED de baixa intensidade (160 mW/cm2 ).

Para a Herculite XRV e a Filtek Z250, a lâmpada halógena e o LED potente

alcançaram dureza semelhante, enquanto a Definite alcançou baixa dureza com a

irradiação com LED. O aumento da temperatura durante a polimerização foi menor

com o LED, comparado com o halógena. O rápido aumento da contração de

polimerização foi observado após irradiação contínua da lâmpada halógena, seguido

do potente e do fraco LED. O modo rampa diminuiu a velocidade de contração. A

força de contração após 60 minutos foi maior quando ativada pela lâmpada

halógena, em comparação com ambos LEDs na Herculite e na Definite, ou com o

LED fraco na Z250.

Avaliando a profundidade de polimerização de 5 resinas comerciais (P60, Z-

100, Charisma, Alert e Surefill), Vinha, D. et al (2002) realizaram um teste com estas

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resinas polimerizadas com LED e lâmpada halógena. Foram confeccionados 5

corpos-de-prova de cada resina com uma matriz de policarbonato de alta resistência,

com dimensões internas de 7 mm x 3 mm x 4 mm. Os espécimes foram ativados

pelo fotopolimerizador de lâmpada halógena (Ultralux EL – DabiAtlante) durante 40

segundos, com o LED (Ultraled XP– DabiAtlante) durante 25 segundos e 50

segundos, e foram realizados testes de microdureza com carga de 5 N por 20

segundos. Os resultados mostraram que a microdureza superficial foi maior para os

materiais ativados com o LED durante 25 e 50 segundos, em comparação com os

ativados por lâmpada halógena por 40 segundos. Os autores concluíram que o LED

consegue a polimerização adequada das resinas compostas com tempo reduzido,

em relação ao fotopolimerizadores a base de lâmpadas halógenas.

Em um estudo in vitro realizado por Pfeifer, S. et al (2002 apud BOSQUIROLI,

V., 2003) avaliaram a eficiência de polimerização através da dureza Vickers de uma

resina composta (Tetric Ceram – Vivadent) de cores diferentes (A1 e D3). Foram

confeccionadas 40 restaurações oclusais em molares humanos com dimensões

internas de 3 mm largura x 3,5 mm de espessura. Foram confeccionados 10

espécimes polimerizados pela LH (Elipar TriLight – 3M) de cada cor e 10 ativados

pelo LED (Elipar FreeLight – 3M) também das duas cores de resina. Os corpos-de-

prova foram armazenados em água deionizado com proteção da luz durante 24

horas, à 37 °C. Depois deste tempo, os espécimes foram cortados e realizado o

teste de dureza Vickers. Com os resultados, foram observados que a polimerização

com Elipar FreeLight (LED) obteve valor de dureza acima de 71,3 em relação ao

Elipar TriLight (Halógena), que apresentou 63,4 para a cor A1; já na cor D3 os

valores de dureza não tiveram diferenças significantes, pois apresentaram valores

de 59,7 e 61,5 respectivamente. Com esses resultados, os autores concluíram que o

LED realiza eficiente polimerização.

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Em um estudo sobre polimerização, Moore, B.; Platt, H. e Duke, E. (2002

apud BOSQUIROLI, V., 2003) compararam o espectro de 3 aparelhos

polimerizadores tipo LED (CoolBlu – Dental Systems, VersaLux – Centrix e o

FreeLight – 3M), a dureza superficial e a profundidade da polimerização de nove

resinas diferentes em cores claras. Um fotopolimerizador de lâmpada halógena foi

utilizado como controle. Foi padronizado o tempo de exposição de todos os

polimerizadores em 40 segundos. O espectro de emissão de luz foi medido pelo

espectrômetro S-1000 Ocean Optics. O teste de dureza Knoop foi realizado no topo

e na base das amostras de 2 mm. Foi utilizado o teste Dunnet, com a finalidade de

comparar a dureza dos espécimes ativadas com o aparelho de luz halógena e nos

LEDs. O espectro de emissão de luz dos LEDs foi semelhante, com pico de 460 nm;

já o espectro de luz halógena esteve entre 380 e 530 nm, com pico extenso de 420 a

500 nm. As resinas Point4 e Micronew ativadas pelo LED apresentaram menor valor

de dureza superficial que as ativadas pela lâmpada halógena. Profundidade de

polimerização de 2 mm foi evidenciada com o uso da lâmpada halógena em quase

todas as resinas, exceto a Durafill, Heliomolar, Silux Plus e a Flow-it. Foi evidenciada

profundidade de polimerização de 2 mm com todos os LEDs na resina Z-250; para o

LED FreeLight na resina Renew e com o LED CoolBlu na resina Micronew. Com

estes resultados, os autores concluíram que a profundidade de polimerização de 2

mm com o LED, durante 40 segundos, não foi encontrada em oito resinas, assim,

como quatro resinas ativadas com a lâmpada halógena, levando à sugestão de

prolongar mais o tempo de exposição de polimerização com o LED.

Em um estudo sobre dureza superficial de 29 resinas compostas, Carvalho

Júnior, O.; Freitas, C. e Freitas, F. (2002) confeccionaram 3 corpos-de-prova para

cada resina, com ativação durante 80 segundos. Esperavam 5 minutos e realizaram

o teste de dureza Rockwell inicial, após este teste os corpos-de-prova eram

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armazenados em água deionizada a 37 °C durante 168 horas, e novamente foi

realizado o teste de dureza Rockwell (final). Com os resultados, foi observado que

todas as resinas apresentaram maior dureza na medição final que na inicial. A resina

composta Z-100 apresentou maior dureza superficial inicial, entre as resinas

testadas, assim como na dureza final também seguida pela P60; e em relação aos

piores valores de dureza, foi registrado na resina Helioprogress tanto inicial como na

final.

Nomura, Y. et al (2002) realizaram um estudo sobre a análise térmica e a

dureza, avaliando as resinas compostas ativadas com uma fonte de luz LED com

intensidade de luz de 110 mW/cm2, e dois convencionais de 490 mW/cm2 e 416

mW/cm2, durante um tempo de exposição de 40 segundos. Os testes específicos

foram realizados e os autores puderam concluir que nos dois testes as amostras

polimerizadas com o LED apresentaram superiores valores frente ao uso do

aparelho de lâmpada halógena. O que justifica esses resultados é que o

comprimento de onda definido pelo LED coincide com o espectro de absorção da

canforoquinona, deixando a conclusão dos autores de que a ativação de resinas

compostas com LED obteve maior grau de polimerização (1,5 mm de espessura),

com mais estabilidade do que as ativadas com lâmpada halógena.

Bennett, A. e Watts, D. (2003) realizaram um estudo com fontes de luz LED e

halógena, com o objetivo de verificar diferença da profundidade de polimerização

usando diferentes cores de resinas compostas. A resina Tetric Ceram e a Tetric

Ceram HB (Vivadent) nas cores A1 e A3,5 foram usadas. As amostras foram

ativadas durante 20 segundos com os dois tipos de fonte LED (Elipar FreeLight -3M

e UltraLume2) e uma fonte Halógena (Optilux 500, Kerr). Um penetrômetro digital foi

utilizado para medir a profundidade de polimerização. Com os resultados

encontrados, os autores concluíram que a melhor profundidade de polimerização,

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tanto com os LEDs quanto com o halógena, foi na cor mais clara, com redução da

profundidade de polimerização de 12 a 28% nas resinas mais escuras, independente

da fonte luz.

Emami, N.; Soderholm, K. e Berglund, L. (2003) realizaram uma pesquisa

para testar a hipótese de que baixas intensidades e tempos prolongados de

polimerização provocavam contrações volumétricas, graus de conversão e módulo

de Young iguais nas resinas polimerizadas com intensidade de luz elevada. Neste

teste foram utilizadas as resinas Z-100 e Z-250 (3M), com intensidade de luz de 200,

450 e 800 mW/cm2, durante tempos de 140, 60 e 35 segundos com distância de 7

mm do material. A força de contração foi medida e a porcentagem do grau de

conversão, também nos corpos de prova de 4 mm de espessura. Com os resultados

encontrados, observaram que o stress de polimerização diminuía quando era

polimerizado com 200 mW/cm2. A redução da intensidade de luz não reduzia em

percentual o grau de conversão no topo da resina; foi observada a diferença entre o

grau conversão do topo e da base, e não na variação da intensidade da fonte de luz

concluindo que a diminuição da intensidade de luz provocava redução da força de

contração e da reação exotérmica da resina também.

Asmussen, E. e Peutzfeldt, A. (2003) avaliaram três resinas compostas (Filtek

Z-250, Pertac II e Definite) ativadas por duas fontes de LED (Elipar FreeLight e E-

Light) e uma fonte com lâmpada halógena (XL3000). A intensidade de luz destes

aparelhos foi de 300 mW/cm2 para p FreeLight; 290 mW/cm2 para o E-Light e 400

mW/cm2 para o XL3000. Todas as resinas foram polimerizadas durante 20 segundos

com cada aparelho. Algumas propriedades foram avaliadas, como a resistência

flexural, o módulo de elasticidade, profundidade, contração de polimerização e a

porcentagem de conversão. Com os resultados os autores observaram que as

resinas compostas ativadas pelos LEDs tiveram propriedades semelhantes às

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obtidas com a fonte halógena. Além disso, a resistência flexural e a profundidade de

polimerização foram adequadas, seguindo a determinação da ISO 4049. A

polimerização muito rápida pode promover fendas marginais e contração com maior

grau de conversão. As vantagens do uso do LED com densidade de potência menor,

possibilitando menor contração, devem ser consideradas.

Asmussen, E. e Peutzfeldt, A. (2003) realizaram um estudo sobre o

relacionamento entre a profundidade da superfície e a dureza de resinas compostas.

Foi encontrada resina mais macia com 0,5 mm de profundidade em relação à 1,0

mm. Isto foi possível pelo aumento da dureza na profundidade intermediária,

comparada com a dureza das profundidades menores, devido ao aquecimento da

polimerização, causando aumento na temperatura nas profundidades intermediárias

em relação às menores. Assim, como a aumento da temperatura aumenta com o

volume do espécime, foi hipotetizado que o aumento da dureza seria aumentada

pelo diâmetro do espécime irradiado. A dureza da resina composta foi medida na

superfície do espécime de 3, 4 e 6 mm de diâmetro. A resina composta revelou-se

mais macia com 0,5 mm que com 1,0 e 1,5 mm de profundidade, independente do

diâmetro do espécime. Possíveis explicações são referentes à inibição do oxigênio

na polimerização e aumento da ativação do material de profundidade pequena.

Correspondendo também ao aumento do diâmetro, os espécimes tornam-se

significativamente mais macios com profundidades de 3,0 mm; 3,5 mm e 4,0 mm

respectivamente.

Santos, L. e Turbino, M. (2003) analisaram a eficácia de polimerização

superficial de uma resina híbrida (Z250) e uma microparticulada (A110) em relação à

distância da aplicação da luz (0 mm, 1 mm, 2 mm, 3 mm, 4 mm e 5 mm). Um

aparelho halógena foi utilizado e um de Laser Argônio. O halógena teve incidência

durante 40 segundos e o Laser Argônio teve 10, 20 e 30 segundos. Com os

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resultados avaliados os autores concluíram que as duas fontes de luz diminuíram a

dureza com o aumento da distância da ponta ao material. Os melhores valores de

dureza foram encontrados na resina Híbrida com a irradiação da lâmpada halógena

durante 40 segundos. Na resina microparticulada ocorreu valores de dureza

semelhantes com o aparelho halógena durante 40 segundos e o Laser Argônio

durante 30 segundos.

Bosquiroli, V. et al (2003) realizaram avaliação das características de

polimerização de um fotopolimerizador LED (Ultraled XP– DabiAtlante), com 130

mW/cm2 de intensidade de luz, em comparação com um fotopolimerizador halógena

(XL 2500 – 3M), com 760 mW/cm2 de intensidade; com a intenção de determinar a

resistência da resina composta gerada pelos aparelhos. Foram confeccionadas

amostras com matriz de aço inoxidável com a resina Z-250 (3M), nas cores A1 e A4,

com ativação das duas fontes de luz durante tempos de 20 segundos até 80

segundos. Após 10 minutos, os espécimes foram colocados em uma máquina de

tensão compressão com velocidade de 0,5 mm/min e foram fraturados. Com os

resultados, o uso do LED foi eficiente para polimerizar as resinas compostas

semelhantes à polimerização do fotopolimerizador halógena.

Com o princípio de avaliar a efetividade de dois fotopolimerizadores (halógena

e LED) na polimerização de resinas compostas, Ferrarezi, G.; Cefaly, D. e Navarro,

M. (2003) confeccionaram 20 corpos-de-prova para cada resina composta (Filtek Z-

100, Definite e Dyract), sendo estes divididos em quatro grupos ativados com as

fontes de luz Curing Light 2500 e Ultraled XP por 40 segundos e 60 segundos na

superfície. O teste de microdureza foi realizado no topo e na base da amostra, sem

obter diferença de microdureza entre as fontes na ativação das resinas Z-100 e do

Dyract, mas a microdureza da superfície foi menor com o uso do LED na Definite em

relação ao Halógena. Entretanto, a microdureza da base da Definite ativada pelo

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Halógena foi menor que na superfície, fazendo que os autores concluam que o LED

testado não teve capacidade de promover microdureza semelhante aos materiais

ativados pela lâmpada halógena.

Price, R.; Felix, C. e Andreou, P. (2003) realizaram um estudo sobre a

segunda geração dos LEDs, compararam esses aparelhos com a luz halógena para

determinar qual é melhor na polimerização das resinas. Foram utilizadas dez resinas

compostas de diferentes composições. Os corpos-de-prova tiveram 1,6 mm de

espessura e foram ativados com distâncias de 2 mm e 9 mm com o LED por 20 e 40

segundos, e pelo halógena por 40 segundos. O teste de dureza Knoop foi realizado

após 15 minutos e após 24 horas da irradiação. Com a análise dos resultados, os

autores observaram que nos espécimes testados após 24 horas da ativação, o LED,

durante 20 segundos, teve semelhante polimerização do halógena, durante 40

segundos, em 5 resinas apenas. Quando ativadas durante 40 segundos, 6 resinas

foram ativadas pelo LED semelhante ao halógena. Os autores concluíram que o LED

atingiu polimerização semelhante ao halógena em mais da metade das resinas

avaliadas com dureza similar.

Firoozmand, L.; Araújo, R. e Balducci, I. (2003) analisaram a profundidade de

polimerização de uma resina composta utilizando fotopolimerizadores halógenos

(Optilux e Optilight 600) e um tipo LED (LEC 470-I). Com uma matriz de aço foram

confeccionados os corpos-de-prova de resina Z-100 (3M) na cor A3, sendo ativados

durante 40 segundos com as fontes de luz e foram armazenados envolvidos com

papel alumínio e água destilada sob temperatura de 37 °C, durante 24 horas. Estas

amostras foram incluídas em resina acrílica para serem posicionadas no

microdurômetro (FM, Future Tech), que mediu a microdureza de cada milímetro do

material após o acabamento e polimento. Com os resultados encontrados, os

autores concluíram que o uso do Optilux obteve melhores resultados e os piores

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para o uso do LEC 470-I. Com relação à profundidade de polimerização os

aparelhos de luz halógena polimerizaram nos 2, 3 e 4 mm e o LED polimerizou

apenas em 2 e 3 mm das amostras, concluindo que as amostras ativadas com as

fontes de luz halógenas promovem maior dureza superficial que as ativadas pelo

LED.

As resinas compostas têm em sua composição elementos duros, partículas

inorgânicas unidas por uma matriz resinosa leve, formada por três partes: a matriz

resinosa que contém um sistema de monômeros, um sistema de iniciação para

polimerização de radicais livres e estabilizadores para maximizar a estabilidade de

armazenamento da resina composta não polimerizada e a estabilidade química da

resina composta já polimerizada. A segunda parte, a carga inorgânica em vidro,

quartzo, e/ou sílica, e a terceira parte, o agente de enlace, o silano orgânico que une

as partículas inorgânicas com a matriz resinosa (QUIROZ, A., 2004).

Um dos grandes problemas na avaliação da polimerização de compósitos

resinosos são as possíveis condições de tratamento referentes à intensidade e

duração da luz além da profundidade ou espessura do material. Buscando avaliar o

efeito da intensidade de luz, duração e dureza do material, Cohen, M. et al (2004)

realizou um estudo com duas resinas compostas ativadas por três sistemas de luz,

com uma variação de tempo de exposição. Foram feitos cinco espécimes de cada

resina; três medidas de dureza Knoop foram realizadas no topo e na base após 24

horas da exposição à luz. Foi analisada a hipótese da luz não afetar a base da

superfície em relação ao topo. Os resultados mostram que a dureza da base não

supera a do topo da superfície devido a indução da diminuição da mobilidade com

baixa polimerização e grande profundidade.

Os compósitos fotoativados são fornecidos em uma única pasta contida em

uma seringa. Esta pasta contém um sistema iniciador que libera os radicais livres,

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consistindo em uma molécula de fotoinibidor, e uma amina ativadora. Quando estes

componentes não são expostos à luz, eles não reagem. Entretanto, a exposição de

luz com um comprimento de onda correto (aproximadamente 468 nm) produz um

estado de excitação do fotoinibidor e uma interação com a amina para formar os

radicais livres, que iniciam a polimerização por adição. O fotoiniciador mais

comumente empregado é a canforoquinona, a qual tem um intervalo de absorção

entre 400 e 500 nm, que é a zona azul do espectro de luz visível. Este iniciador está

presente na pasta em níveis de aproximadamente 0,2% do peso ou menos. Existem

várias aminas aceleradoras que propiciam a interação com a canforoquinona, tal

como a dimetilaminoetil-metacrilato (DMAEMA) a 0,15% em peso, que também está

presente na pasta (QUIROZ, A., 2004).

Pereira, S. et al (2004) realizaram um trabalho com o objetivo de avaliar a

capacidade de polimerização de aparelhos fotopolimerizadores halógeno (Ultralux

EL – DabiAtlante) e LED (Ultraled XP– DabiAtlante), ativados durante 40 segundos

em duas resinas compostas, uma híbrida (Charisma – Kulzer) e condensável (P60 -

3M) ambas na cor A3. Vinte corpos-de-prova foram confeccionados e divididos em

quatro grupos (1° Charisma com halógena; 2° Charisma com o LED; 3° P60 com

halógena e P60 com LED), logo após a polimerização foi realizado o teste de

microdureza Vickers no topo e na base da superfície dos corpos-de-prova. Com os

resultados, foi observado que o aparelho de lâmpada halógena apresentou melhor

dureza que o LED nas duas resinas testadas, e a P60 obteve melhores resultados

de microdureza em relação à resina Charisma.

Moon, H. et al (2004) realizaram um estudo que avaliou o efeito de várias

unidades fotoativadoras (arco de plasma, halógena e LED) com diferentes métodos

de irradiação (um passo, dois passos e pulso), utilizando diferentes intensidades de

luz na liberação de monômeros não reacionais (bis-GMA e UDMA) e dureza

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superficial da resina composta (Z250, 3M). A dureza Vickers foi medida

imediatamente após a ativação e após a imersão em etanol por sete dias. Foram

utilizados vários métodos de irradiação com três unidades ativadoras. Os resultados

dos testes não foram diferentes quando o tempo e a intensidade de luz foram

aumentados. Quando a densidade de luz irradiada foi semelhante (15,6 a 17,7Jcm-

2),a eficiência dos métodos de irradiação foi diferente, com valores superiores, com o

método de um passo seguido de dois passos e por último o pulso. Com esses

resultados os autores sugeriram que o acúmulo de monômero livre e a dureza são

influenciados pela formação da estrutura do polímero, na ativação e iniciação dos

estágios do processo de polimerização, com diferentes aparelhos e diferentes

tempos.

Delgado, L. et al (2004) realizaram uma pesquisa sobre a efetividade dos

fotopolimerizadores LED e Halógena em relação à dureza das resinas utilizadas na

clínica após clareamento dental. Uma matriz de aço foi utilizada para confeccionar

os corpos-de-prova com 2 mm de altura por 5 mm de diâmetro. A resina Charisma

foi utilizada nas cores A2 e SL, e ativadas durante 40 segundos pelos

fotopolimerizadores LED - Elipar FreeLight (3M), Ultralume (Ultradent) e Halógena

XL 2500 (3M). O teste de microdureza foi realizado com o microdurômetro 3-Digital

MMt (Buehler) com carga de 50 gf durante 30 segundos, em cada endentação. Após

as análises estatísticas os resultados apresentaram que a resina Charisma na cor

SL ativada pelo aparelho Halógena obteve maior diferença significativa em relação à

dureza quando comparado com o FreeLight no topo da superfície. Os valores na

base dos espécimes mostraram diferença significante na resina Charisma na cor SL

ativada com Halógena, em relação aos outros aparelhos e na outra cor. Esta resina

obteve maior dureza superficial quando ativada pelo aparelho de luz halógena em

relação aos LEDs.

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Rahiotis, C. et al (2004) avaliaram a eficácia de três aparelhos

fotopolimerizadores de compósitos existentes no mercado (Virtuoso, Elipar Trilight e

Elipar Freelight). O aparelho Virtuoso à base de arco de plasma e o aparelho

Freelight à base de LEDs. Os aparelhos Elipar tiveram exposição contínua e

exponencial durante 40 segundos, e o aparelho Virtuoso com sua alta intensidade

(2.049 mW/cm2), teve tempo de exposição de 7 segundos. O grau de conversão, a

contração de polimerização linear, o efeito da contração de polimerização na

adaptação marginal e a profundidade de polimerização da resina TPH na cor A2

foram avaliados durante a utilização dos aparelhos na polimerização. A FTIR

(espectrometria de infravermelho de Fourier) mediu o grau de conversão nas bandas

vibracionais das ligações alifática e aromática. A contração de polimerização foi

medida através da técnica de disco defletivo de Watts e Cash. O efeito da contração

na adaptação marginal foi medido através da inserção do material na cavidade em

forma cilíndrica em dentina de dentes humanos, sem tratamento com sistema

adesivo. A adaptação foi avaliada em um microscópio metalográfico em aumento de

50 X. A profundidade de polimerização do material avaliada pelo teste de dureza

Vickers com profundidades de 0 mm, 2 mm e 4 mm. Os aparelhos de arco de

plasma e LED alcançaram menores valores de conversão e contração linear. O

aparelho Virtuoso alcançou maiores valores de fenda na adaptação à margem e o

aparelho de luz halógena, em modo exponencial, promoveu maiores valores de

profundidade de polimerização.

Com a intenção de avaliar o efeito de novas fontes emissoras de luz, Tsai, P.;

Meyers, I. e Walsh, L. (2004) estudaram a profundidade de polimerização e a dureza

superficial de resinas compostas ativadas com três fontes de LED existentes no

mercado e dois experimentais, comparados com fontes de luz halógena. A resina

composta utilizada foi a Filtek Z250 (A3, B1 e C4), com as fontes de LED E-light,

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Freelight, 475H, Ledlenser, e LJW1, sendo os dois últimos os modelos

experimentais. A norma ISO 4049 foi utilizada no teste de profundidade de

polimerização das fontes de LED, onde a resina foi inserida em uma matriz de raio

de 2,5 mm e profundidade de 10 mm, e polimerizada durante 40 segundos. O teste

de dureza Vickers foi realizado nestas amostras, medindo a cada 1 mm de

profundidade. No teste dos aparelhos experimentais realizaram a mesma

metodologia, utilizando apenas a cor A3. Testaram a polimerização de um adesivo

(Fuji Coat LC) com os aparelhos experimentais, comparando com a luz halógena. O

adesivo foi colocado em uma placa de vidro com espessura aproximada de 45 µm.

Os aparelhos de luz halógena apresentaram maior profundidade de polimerização.

Os aparelhos à base de LED comerciais tiveram resultados semelhantes. A maior

profundidade de polimerização dos aparelhos LED foi identificada na cor A3,

enquanto os de luz halógena foi na cor C4. A dureza superficial foi similar em todos

os aparelhos, no entanto, quando aprofundou a luz convencional, esta promoveu

melhores resultados. Os aparelhos experimentais não apresentaram resultados

eficientes em nenhum dos testes.

Uhl, A.; Sigusch, B. e Jand, K. (2004) avaliaram a performance de ativação do

protótipo LCU (unidade de luz ativadora) através do teste de dureza Knoop, nos

resultados foi observado que o Revolcin flow obteve baixa dureza Knoop quando

polimerizado pelo LED e o Z100 e o Admira não foram diferentes com o LED e

halógena.

Quiroz, A. (2004) avaliou a conversão da polimerização de resinas compostas

expostas à luz halógena e LED. Foram realizados corpos de prova e divididos em 64

grupos experimentais, onde variaram o tipo de luz (halógena e LED) utilizada, tempo

de exposição à luz (20 e 40 segundos), profundidade do corpo de prova (1,2,3,e 4

mm) e tempo de avaliação após a irradiação (0, 24, 48 e 168 horas após a

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irradiação), cada grupo tinha cinco repetições. Os corpos de resina foram cortados e

armazenados em ambiente seco e escuro. Foram confeccionadas pastilhas com 5

mg de Brometo de Potássio (KBr) e 50 µg de pó de resina, e os picos de

absorbância foram registrados com o espectrômetro de infravermelho (FTIR). Os

valores de conversão foram determinados na proporção das áreas obtidas com

Microcal, com os seguintes resultados: A luz Halógena oferece melhores resultados

de polimerização que o LED, 40 segundos de exposição a luz oferece melhores

resultados de conversão, independente do tipo de luz, a menor profundidade; o valor

de conversão é melhor as 168 horas, que as observadas a 24 e 0 horas,

comprovando que: 1- Existem diferenças na polimerização das resinas, entre as

diferentes condições propostas. 2 - A luz halógena produz melhor polimerização que

o LED em todas as condições testadas. 3 - Independente do tipo de luz, o tempo de

exposição de 40 segundos produz melhor polimerização que 20 segundos. 4 -

Usando um mesmo tipo de luz e um mesmo tempo de exposição, menores

profundidades produzem melhores resultados de polimerização que profundidades

maiores. 5 - A polimerização aumenta com o tempo significativamente, desde o

momento da polimerização até as 168 horas (7 dias). Concluiu que a conversão de

polimerização das resinas compostas está influenciada pela fonte de luz, tempo de

exposição à luz, profundidade do corpo de prova e tempo de avaliação.

Bala, O.; Uçtasli, M. e Tüz, M. (2005) realizaram uma pesquisa que avaliou a

dureza superficial de resinas compostas de diferentes composições (fluidas, híbridas

e condensáveis) ativadas por LED e por fonte de lâmpada halógena. Uma matriz de

teflon de 10 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade foi utilizada para confeccionar

5 discos de espécimes de cada grupo de material. As amostras foram ativadas pelo

LED e pelo halógena por 40 segundos. O teste de dureza foi realizado no topo e na

base da amostra com o medidor de dureza Barcol. Com os resultados, os autores

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concluíram que a dureza das resinas ativadas pelo LED foi maior que as resinas

ativadas pelo halógena. Todos os valores do topo das resinas foram superiores aos

valores da base da superfície.

Nitta, K. (2005) avaliou o efeito do diâmetro da ponta da luz guia de LED na

polimerização de compósitos fotoativados; foram investigadas três pontas guias de

4, 8 e 10 mm de diâmetro e dois compósitos; foi realizado o teste de dureza Knoop

no qual evidenciou que a amostra de 4 mm apresentou profundidade de ativação

maior e melhor que os outros.

Nakfoor, B. et al (2005) realizaram um estudo que avaliou o efeito dos LEDs

na contração de polimerização e proporção de dureza na base e no topo de

compósitos. Foram utilizados seis LEDs (Elipar FreeLight, 3M; Versalux, Centrix;

UltraLume LED2, Ultradent; ZAP só LED, CMS; ZAP ativação dual e LE Demetron I,

Kerr) e um aparelho de lâmpada halógena (Optilight 501, Kerr). Foram

confeccionados dez espécimes para cada resina microhíbrida (Point4, kerr) e

híbrida, (Filtek Z250, 3M) com 2 mm de espessura, 5 mm de diâmetro, sendo

polimerizadas com cada aparelho. Foram realizados os testes de contração linear e

de dureza Knoop. Para a Point4 o ZAP ativação dual teve mínima contração

volumétrica de 2,08% e o Elipar freeLight teve maior 3,02%. Não houve diferença

significativa na contração com o LED quando comparado com o Optilux 501. A

resina Z250 mostrou menor contração com o LE Demetron I de 1,42% e maior com o

ZAP ativação dual de 2,47%. Em relação à dureza, o ZAP LED e o de ativação dual

apresentaram na base da resina microhíbrida e híbrida 11,46 e 33,62,

respectivamente. O LE Demetron I teve o maior valor de dureza na base da

microhíbrida de 40,65%; o Optilux 501 com valor de dureza na base para a híbrida

de 62,03%. O ZAP LED e o de ativação dual e o Versalux tiveram valores baixos de

dureza na base e no topo, em relação à lâmpada halógena. Em conclusão, os LEDs

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tiveram igual ou menor valor de dureza na base das resinas em relação à lâmpada

halógena, exceto o LE Demetron com a microhíbrida.

A contração de polimerização é um dos maiores inconvenientes para os

materiais restauradores. Tendo em vista a necessidade de clarificar e diminuir esse

tipo de inconveniência, outra pesquisa sobre contração de polimerização foi

realizada por Uhl, A. et al (2005), utilizando as resinas Z100, Spectrum, Solitaire2 e

Definite, através do princípio de flutuabilidade de Archimedes, para avaliar a tensão

da contração volumétrica, após 5, 10, 20 e 40 segundos de ativação e após 120

segundos, seguindo mais 40 novamente. Nos resultados obtiveram ausência de

diferença de contração das resinas Z100, Spectrum e Solitaire 2 ativadas com LED.

De acordo com a literatura, verificou-se que muitos fatores interferem na

qualidade da fotopolimerizaçäo, entre eles: a degradação dos componentes do

fotopolimerizador, tempo de polimerização insuficiente e as características da resina.

As principais conseqüências são: o comprometimento estético, maior possibilidade

de infiltração marginal e o teor aumentado de monômeros residuais, o que não

possibilita o alcance das propriedades físicas e biológicas desejadas da restauração.

Dessa forma, analisando as dificuldades existentes no processo de

fotopolimerização, abrangendo o aparelho, a resina e as propriedades particulares

do indivíduo, podemos observar a necessidade da busca por alternativas que

promovam a redução ou até anulação destas. Com o intuito de expor, discutir,

avaliar e analisar algumas das interferências diretas ou indiretas das resinas

compostas, este estudo será embasado nessa premissa.

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OBJETIVOS

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3. OBJETIVOS

3.1. GERAL

A presente pesquisa tem como objetivo geral avaliar a microdureza de resinas

compostas, com diferentes composições químicas, polimerizadas por dois sistemas

de emissão de luz: LED e halógena.

3.2. ESPECÍFICOS

• Relacionar diferentes fontes emissoras de luz e diferentes intensidades de luz

emitidas com a dureza superficial Vickers das resinas compostas estudadas.

• Avaliar e comparar a dureza superficial das resinas compostas selecionadas,

tanto na superfície de topo, como na base das amostras.

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HIPÓTESES

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4. HIPÓTESES

H1) Os polímeros odontológicos estudados, quando ativados pelo sistema

LED, apresentam dureza Vickers inferior comparado ao sistema de luz Halógena.

H0) Os polímeros estudados, quando ativados pelo sistema LED, apresentam

dureza Vickers superior, quando comparados ao sistema Halógena.

H2) Os polímeros odontológicos, quando polimerizados pelo sistema LED;

registram dureza Vickers semelhante ao sistema de luz Halógena.

H3) Os polímeros estudados, quando polimerizados com maiores

intensidades de luz, apresentam maiores valores de dureza Vickers.

H0) Os polímeros estudados, quando polimerizados com maiores

intensidades de luz, apresentam menores valores de dureza Vickers.

H4) Os polímeros estudados, quando polimerizados com as diferentes

intensidades de luz, apresentam iguais valores de dureza Vickers.

H5) As amostras dos polímeros estudados, quando polimerizadas por luz

halógena e LED, apresentam os valores de dureza maiores na base, quando

comparadas ao topo.

H0) As amostras dos polímeros estudados, quando polimerizadas por luz

halógena e LED, apresentam os valores de dureza menores na base quando

comparados ao topo.

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H6) As amostras dos polímeros estudados, quando polimerizadas por luz

halógena e LED, apresentam os valores de dureza equiparados na base quando

comparados ao topo.

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METODOLOGIA

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5. METODOLOGIA

5.1. MATRIZ

Para a presente pesquisa foi construída uma matriz de latão articulada (Figura

1) com 20 mm de diâmetro por 2,0 mm de espessura interna, de forma a padronizar

a confecção dos corpos de prova de resinas.

Figura 1. Matriz de Latão fechada e aberta com corpo-de-prova Nota: matriz desenhada por Fátima Maria Namen

5.2. MATERIAIS

-Luvas

-Uma matriz de latão

-Três resinas compostas (Tabela 1)

-Seis lâminas de vidro para microscopia

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-Espátula de teflon para inserção de resina

-Potes pretos de filme radiográfico desinfectados

Tabela 1 – Materiais, fabricantes e composição das resinas estudadas

5.3. EQUIPAMENTOS

5.3.1. Fotopolimerizadores

5.3.1.1. Fotopolimerizador halógena: Ultralux EL (DabiAtlante)

Fotopolimerizador com irradiação por lâmpada halógena; aparelho tipo

pistola, com filtro de luz capaz de produzir comprimento de onda na faixa entre 400 a

500 nm, apresentando intensidade de luz especificada pelo fabricante entre 300 a

800 mW/cm2. A temperatura liberada por este aparelho está em torno de 10 a 16 °C.

Seu tempo programável é de 10 em 10 segundos com bip programável chegando

até 50 segundos.

5.3.1.2. Fotopolimerizador à base de diodo, Light Emitting Diode

(LED): Ultraled XP (DabiAtlante)

Um único LED de alta potência com intensidade de luz de fábrica entre 300 e

MATERIAL COR FABRICANTE COMPOSIÇÃO LOTE-VALIDADE

Tetric Ceram HB A3 Vivadent Matriz orgânica: bis-GMA. Inorgânica: vidro de bário, vidro de fluorsilicato de bário e alumínio, trifluoreto de itérbio, dióxido de silício (63% em volume); 0,04 a 3,0 µm tamanho das partículas

L-F47532-V-

08/2007

P60 A3 3M Matriz orgânica: bis-EMA, bis-GMA e UDMA. Inorgânica: zircônia; sílica, 61% em volume; 0,6 µm tamanho das partículas

L-4XC-V-10/2007

Solitaire 2 A3 Kulzer Matriz orgânica: bis-GMA, monômero bi e tetra-multifuncionais. Inorgânica: Vidro flúor alumínio borosilicato de bário, vidro de flúor silicato de alumínio, dióxido de silício; 90% em volume; 2 a 20 µm tamanho das partículas

L-010246-V-

09/2007

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500mW/cm2, apresentando comprimento de onda na faixa entre 450 a 480nm, foi

usado. A liberação da temperatura é em torno de 3 °C. Seu tempo de vida útil pode

chegar a 1.000.000 de ciclos de 20 segundos sem perder a potência e a qualidade

da luz. O tempo de programação é de 10 em 10 segundos, até 50 segundos, com

bip sonoro a cada 10 segundos.

5.3.2. Radiômetro Cure Rite, modelo 800 - EFOS

Os aparelhos foram aferidos por um radiômetro (Cure Rite, modelo 800 -

Efos), que determina, através da interposição da ponta do aparelho polimerizador

durante 20 segundos, a intensidade de luz real.

Durante os três dias, os fotopolimerizadores foram aferidos antes da

confecção dos corpos de prova com os respectivos valores de emissão de luz:

1º dia- LED= 188 mW/cm2 / Luz Halógena = 754 mW/cm2

2º dia - LED= 213 mW/cm2 / Luz Halógena = 725 mW/cm2

3º dia – LED= 227 mW/cm2 /Luz Halógena = 813 mW/cm2

O tempo de exposição foi padronizado em 20 segundos para cada camada de

resina inserida na matriz.

5.3.3. Microdurômetro

O aparelho HMV (MICROHARDNESS TESTER) SHIMADZU (Figura 2) cedido

pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP foi o aparelho selecionado para o

procedimento de teste de dureza. O teste implica em uma força padronizada pelo

peso aplicado no ponto de penetração. A aplicação desta força produz uma

endentação de forma simétrica que pode ser mensurada pelo microscópio definindo

a profundidade, área e largura da endentação produzida no corpo de prova (CRAIG,

R.; POWERS, J., 2004), tal qual foi constatado na presente pesquisa.

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Figura 2. Microdurômetro - HMV-SHIMADZU (FOB/USP)

As dimensões das endentações são relacionadas com os valores tabulados

de dureza. A carga, sendo fixa, aplicada a um endentador padronizado, as

dimensões da endentação variaram inversamente com a resistência à penetração do

material resinoso com propriedade de maior resiliência.

O teste de dureza superficial é também chamado Pirâmide de diamante de

136° (cento e trinta e seis graus). O endentador de diamante tem o formato de uma

pirâmide com ângulo diedro de 136°, que é forçado para dentro do material com

aplicação de uma carga definida. A endentação produzida é quadrada, cujas

diagonais são mensuradas.

O aparelho possui duas objetivas, uma com aproximação de vinte vezes (20

X), outra de quarenta vezes (40 X) e uma ponta de diamante (ponta Vickers)

piramidal, como descrito acima.

Este equipamento, está conectado a um computador que através de um

software mede as diagonais da endentação, conforme foi descrito, transformando

em valores de dureza Vickers.

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5.4. OBTENÇÃO DOS CORPOS DE PROVA

O tempo de exposição foi padronizado em 20 segundos, para cada milímetro

(camada) de resina composta, sendo a camada apoiada em lâmina de vidro

denominada de base e a superfície livre de topo. A distância da ponta emissora de

luz foi padronizada em 1,0 mm, através de uma lâmina de vidro para microscopia.

Após polimerização, os discos de resina foram removidos e armazenados em

tubos fotográficos pretos a temperatura ambiente de 27 +/- 1 °C até o momento dos

testes.

Foram preparados 30 corpos de prova sendo 10 de cada resina composta, ou

cinco corpos para cada fotopolimerizador.

Os discos de resina composta foram codificados e então realizado o teste de

microdureza com cinco endentações em cada lado dos corpos-de-prova com o

aparelho microdurômetro de ponta Vickers.

5.5. TESTE DA DUREZA SUPERFICIAL

O teste foi realizado em um aparelho denominado microdurômetro (HMV–

SHIMADZU). Cada corpo-de-prova foi submetido ao teste de microdureza com a

seguinte seqüência:

A padronização foi realizada pelo software que está conectado ao

microdurômetro. Portanto, a carga de 50 grama-força (gf) e o tempo de 30 segundos

foram determinados para padronização. A amostra foi então posicionada na “mesa

avaliadora” (similar ao microscópio óptico), e a objetiva de 20 X foi primeiramente

selecionada com a intenção de identificar a área a ser testada. A segunda objetiva

de 40 X foi utilizada para delimitar a área proposta de maneira que o campo ficasse

mais aproximado com esta resolução.

Uma ponta de diamante em forma piramidal utilizada para os testes de dureza

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Vickers foi empregada. Através do software foi iniciado o teste, portanto, após 30

segundos a ponta Vickers endentou o corpo-de-prova, aguardando o retorno da

mesma à posição inicial.

Após a endentação (Figura 3) foi realizada a marcação das duas diagonais,

cuja média, calculada pelo software, foi registrada. Assim, repetiu-se o mesmo

procedimento em cinco pontos diferentes circunscritos, obtendo-se uma média final.

Em seguida foi realizado o mesmo procedimento para outra face do disco de resina.

Portanto, foram obtidas as médias finais tanto do topo quanto da base do corpo de

resina composta.

A B C

Figura 3 – Imagem representativa das endentações da ponta de diamante (Vickers) sobre os compósitos resinosos (A- Solitaire2 – halógena; B – P60 - LED.; C – Tetric Ceram – LED)

5.6. ESTATÍSTICA

Sobre os dados obtidos nos testes de microdureza foi aplicada análise de

variância (ANOVA) e contrastes pelo método de Student-Newman-Keuls com

p<0,05.

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RESULTADOS

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6. RESULTADOS

Dentro dos resultados encontrados com os métodos expostos foi permitida a

análise estatística dos valores contidos nas tabelas e gráficos expressos nessa

seção.

Tabela 2 – Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz halógena (n = 90)

Materiais

Intensidade de luz

mW/cm2

Média

Desvio padrão

754 95.46 5.66 725 94.35 3.33

Tetric Ceram HB

813 102.4 16.63 754 80.52 6.3 725 93.45 12.16

Solitaire2

813 71.45 3.49 754 123.9 3.19 725 93.48 27.3

P60

813 86.63 27.2 A tabela 2 demonstra os valores de microdureza Vickers de resinas

compostas polimerizadas por luz halógena com diferentes intensidades de luz.

Observa-se que existe uma diferença de valores médios e respectivos desvios

padrão para os três diferentes materiais restauradores.

Os maiores valores de microdureza para esta fonte de luz foram para o Tetric

Ceram, com a intensidade de luz de 813 mW/cm2, seguido pela intensidade de luz

de 754 e de 725 mW/cm2. Quando se observa a mesma tabela, depreende-se que a

resina P60 obteve seu valor mais alto com intensidade de luz de 754 mW/cm2 e teve

seu valor mais baixo com a maior intensidade de luz de 813 mW/cm2. A resina

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105

Solitaire2 apresentou seu valor mais baixo de 71.45, mesmo com intensidade de luz

de 813 mW/cm2.

A tabela 3 apresenta a análise de variância (ANOVA) aplicada aos valores da

tabela 2. É possível identificar pelas fontes de variação, que existem diferenças

significantes (p<0.05) entre os grupos e dentro dos grupos estudados.

Tabela 3 – Análise de variância (ANOVA) aplicada à tabela 2

Fonte de variação Soma dos quadrados Graus de liberdade Variância

Entre grupos 1.71e+04 8 2137

Dentro dos grupos 1.821e+04 81 224.8

Total 3.531e+04 89

F=2137 = 9.51 ∴ p = 0,000 (significante a p<0.05) 224.8 A figura 4 mostra um gráfico comparativo da microdureza Vickers dos três

materiais estudados polimerizados por três intensidades de luz halógena.

Observamos que o maior valor de dureza obtido foi na intensidade de luz de 754

mW/cm2, revela o material P60. Quando a intensidade de luz foi no valor de 725

mW/cm2, nos 3 materiais estudados parecem que os valores de microdureza são

comparáveis. E na intensidade de luz de 813 mW/cm2, o maior valor foi revelado

para o Tetric Ceram HB, seguido do P60 e o menor revela o material Solitaire2.

Figura 4 - Gráfico comparativo de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz halógena (mW/cm2)

0

25

50

75

100

125Tetric Ceram HB

Solitaire 2

P 60

754 mW/cm2 725 mW/cm2 813 mW/cm2

Re s inas Com postas

Mic

rod

ure

zas

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106

A tabela 4 compara os diferentes materiais com as diferentes intensidades de

luz através da análise de Student-Newman-Keuls da tabela 2. Assim, pela análise, é

possível destacar que o material P60 polimerizado com a intensidade de luz de 754

mW/cm2 foi significantemente diferente (p<0.05) quando comparado ao Solitaire2

nas 3 intensidades de luz, Tetric nas 3 intensidades de luz e P60 na intensidade de

luz de 725 e 813 mW/cm2.

Tabela 4 – Múltiplas comparações (Student-Newman-Keuls) aplicadas à tabela 2

Comparações

p

Significância

P60* vs Solitaire2*** <0.05 sim P60* vs Solitaire2* <0.05 sim

P60* vs P60*** <0.05 sim

P60* vs Solitaire2** <0.05 sim

P60* vs P60** <0.05 sim

P60* vs Tetric** <0.05 sim

P60* vs Tetric* <0.05 sim

P60* vs Tetric*** <0.05 sim

Tetric*** vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric*** vs Solitaire2* <0.05 sim Tetric*** vs P60*** >0.05 não Tetric*** vs Solitaire2** >0.05 não

Tetric*** vs P60** >0.05 não

Tetric*** vs Tetric** >0.05 não

Tetric*** vs Tetric* >0.05 não

Tetric** vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric** vs Solitaire2* >0.05 não Tetric** vs P60*** >0.05 não Tetric** vs Solitaire2** >0.05 não Tetric** vs P60** >0.05 não Tetric* vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric* vs Solitaire2* >0.05 não Tetric* vs P60*** >0.05 não Tetric* vs Solitaire2** >0.05 não Tetric* vs P60** >0.05 não Tetric* vs Tetric** >0.05 não P60** vs Solitaire2*** <0.05 sim P60** vs Solitaire2* >0.05 não P60** vs P60*** >0.05 não P60** vs Solitaire2** >0.05 não Solitaire2** vs Solitaire2*** <0.05 sim Solitaire2** vs Solitaire2* >0.05 não Solitaire2** vs P60*** >0.05 não P60*** vs Solitaire2*** >0.05 não P60*** vs Solitaire2* >0.05 não Solitaire2* vs Solitaire2*** >0.05 não

* = 754 mW/cm2 ** = 725 mW/cm2 *** = 813 mW/cm2

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107

A resina Tetric Ceram polimerizada com 813 mW/cm2 foi significantemente

diferente do Solitaire polimerizado com a intensidade de luz de 813 mW/cm2 e 754

mW/cm2. A resina Tetric Ceram polimerizada por 725 mW/cm2, foi significantemente

diferente do Solitaire2 polimerizada por 813 mW/cm2. O Tetric Ceram polimerizado

com 754 mW/cm2 foi também diferente do Solitaire2 polimerizado com 813 mW/cm2.

A resina P60 polimerizada com 725 mW/cm2 foi significantemente diferente do

Solitaire2 polimerizado por 813 mW/cm2. E finalmente existem diferenças

significantes entre o material Solitaire2 polimerizados por 725 e 813 mW/cm2.

As demais comparações par a par não foram significantemente diferentes

(p>0.05).

Tabela 5 – Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes

Intensidades de luz emitida por diodo (LED )

Materiais

Intensidade de luz (mW/cm2)

Média

Desvio padrão

188 84.31 3.17

213 79.50 2.67

Tetric Ceram

227 81.98 13.38 188 74.90 4.26

213 73.41 8.53

Solitaire2

227 66.77 8.99 188 113.7 4.15

213 120.7 8.27

P60

227 112.4 2.31 A tabela 5 apresenta os valores de microdureza Vickers das resinas

compostas estudadas e polimerizadas por diferentes intensidades de luz LED (luz

emitida por diodo). Na tabela é possível identificar que os maiores valores médios

ocorreram com a resina P60 com 213 mW/cm2, seguido de 188 mW/cm2 e 227

mW/cm2 respectivamente. Os valores médios da resina Tetric Ceram vêm logo

abaixo da resina P60, sendo o valor mais alto obtido com 188 mW/cm2. Para a

resina Solitaire2, o valor mais alto foi com 188 mW/cm2.

Na tabela 6 encontra-se a análise de variância (ANOVA) aplicada aos valores

da tabela 5. Os resultados obtidos por essa análise apontam que existem diferenças

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108

significantes entre os grupos e dentro dos grupos (p<0.05).

Tabela 6 – Análise de variância (ANOVA) aplicada à tabela 5

Fonte de variação Soma dos quadrados Graus de liberdade Variância

Entre grupos 3.255e + 04 8 4069

Dentro dos grupos 4132 81 51.02

Total 3.668e + 04 89

F=4069 = 79.76 ∴ p = 0,000 (significante a p<0.05) 51.02 Na figura 5, observamos valores de dureza comparáveis para o P60 nas três

intensidades de luz emitidas por LED. O mesmo ocorre com o Tetric Ceram, porém

com valores inferiores ao P60 e o Solitaire2 em 227mW/cm2 apresenta o menor

valor de dureza.

Figura 5 - Gráfico comparativo de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz por LED (mW/cm2)

0

25

50

75

100

125Tetric Ceram HB

Solitaire 2

P 60

188 mW/cm2 213 mW/cm2 227 mW/cm2

Resinas Compostas

Mic

rod

ure

zas

A tabela 7 revela as múltiplas comparações par a par com aplicação do teste

de Student-Newman-Keuls sobre os valores obtidos na tabela 5.

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Tabela 7 – Múltiplas comparações (Student-Newman-Keuls) aplicadas à tabela 5

* = 188 mW/cm2 ** = 213 mW/cm2 *** = 227 mW/cm2 Analisando a tabela pode-se observar que não foram encontradas diferenças

significantes, exceto nas seguintes comparações: P60 quando polimerizada com 188

mW/cm2 em relação a P60 polimerizada com 227 mW/cm2 (p>0.05); também o Tetric

Ceram polimerizado com 188 mW/cm2 foi idêntico ao Tetric Ceram polimerizado nas

intensidades de luz de 213 e 227 mW/cm2 (p>0,05). Ainda sobre o Tetric Ceram,

polimerizado com 227 mW/cm2 foi idêntico ao Solitaire2 polimerizado com 188

Comparações

p

Significância

P60** vs Solitaire2*** <0.05 sim P60** vs Solitaire2** <0.05 sim P60** vs Solitaire2* <0.05 sim P60** vsTetric** <0.05 sim P60** vs Tetric*** <0.05 sim P60** vs Tetric* <0.05 sim P60** vs P60*** <0.05 sim P60** vs P60* <0.05 sim P60* vs Solitaire2*** <0.05 sim P60* vs Solitaire2** <0.05 sim P60* vs Solitaire2* <0.05 sim P60* vs Tetric** <0.05 sim P60* vs Tetric*** <0.05 sim P60* vs Tetric* <0.05 sim P60* vs P60*** >0.05 não P60*** vs Solitaire2*** <0.05 sim P60*** vs Solitaire2** <0.05 sim P60*** vs Solitaire2* <0.05 sim P60*** vs Tetric** <0.05 sim P60*** vs Tetric*** <0.05 sim P60*** vs Tetric* <0.05 sim Tetric* vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric* vs Solitaire2** <0.05 sim Tetric* vs Solitaire2* <0.05 sim Tetric* vs Tetric** >0.05 não Tetric* vs Tetric*** >0.05 não Tetric*** vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric*** vs Solitaire2** <0.05 sim Tetric*** vs Solitaire2* >0.05 não Tetric*** vs Tetric** >0.05 não Tetric** vs Solitaire2*** <0.05 sim Tetric** vs Solitaire2** >0.05 não Tetric** vs Solitaire2* >0.05 não Solitaire2* vs Solitaire2*** <0.05 sim Solitaire2* vs Solitaire2** >0.05 não Solitaire2** vs Solitaire 2*** <0.05 sim

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110

mW/cm2 e com o próprio Tetric Ceram com 213 mW/cm2. Observamos ainda que o

Tetric Ceram HB polimerizado com 213 mW/cm2 não foi encontrada diferença

significante quando comparado ao Solitaire2 polimerizado com 213 e 188 mW/cm2.

Finalmente não foi encontrada diferença significante entre a resina Solitaire2

polimerizada com 188 e 213 mW/cm2. Todas as demais comparações foram

significantes (p<0.05)

Tabela 8 – Valores de microdureza Vickers de resinas compostas polimerizadas por luz halógena

e LED (somatória de todas as intensidades de luz) n = 90 Polimerização

Materiais Luz halógena Média ± DP

LED Média ± DP

Tetric Ceram HB 97.41 ± 10.60 81.96 ± 8.06

Solitaire2 81.81 ± 12.1 71.69 ± 8.14

P60 101.4 ± 27.18 115.6 ± 6.48

Na tabela 8 são apresentados os valores de microdureza Vickers dos

materiais estudados, considerando a média de todas as intensidades de luz emitidas

por luz halógena e LED. Nesta tabela é possível verificar que os maiores valores

obtidos para dureza ocorreram com a resina P60, seguidas da resina Tetric Ceram e

valores mais baixos para a resina Solitaire2.

Tabela 9 – Análise de variância (ANOVA) aplicada aos valores da tabela 8

Fonte de variação Soma dos quadrados Graus de liberdade Variância

Entre grupos

3.873e+04 5 7746

Dentro dos grupos 3.396e+04 174 195.1

Total 7.268e+04 179

F=7746 = 39.69 ∴ p = 0,000 (significante a p<0.05) 195.1 A análise de variância ANOVA da tabela 9, aplicada aos valores da tabela 8

demonstra que houve diferença significante entre os grupos e dentro dos grupos,

(com p<0.05) aplicado aos três materiais pesquisados.

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111

Tabela 10 – Múltiplas comparações (Student-Newman-Keuls) aplicadas à tabela 8

Comparações

p

Significância

P60 LED vs Solitaire2 LED <0.05 sim P60 LED vs Solitaire2 Halógena <0.05 sim P60 LED vs Tetric LED <0.05 sim P60 LED vs Tetric Halógena <0.05 sim P60 LED vs P60 Halógena <0.05 sim P60 Halógena vs Solitaire2 LED <0.05 sim P60 Halógena vs Solitaire2 Halógena <0.05 sim P60 Halógena vs Tetric LED <0.05 sim P60 Halógena vs Tetric Halógena >0.05 não Tetric Halógena vs Solitaire2 LED <0.05 sim Tetric Halógena vs Solitaire2 Halógena <0.05 sim Tetric Halógena vs Tetric LED <0.05 sim Tetric LED vs Solitaire2 LED <0.05 sim Tetric LED vs Solitaire2 Halógena >0.05 não Solitaire2 Halógena vs Solitaire2 LED <0.05 sim

A tabela 10 demonstra as múltiplas comparações através do teste de Student-

Newman-Keuls, para as comparações par a par de todos os materiais polimerizados

por LED e luz halógena. De todas as comparações, somente duas não foram

significantemente diferentes (p>0.05), a saber, P60 polimerizado por luz halógena

comparado com o Tetric Ceram polimerizado por luz halógena, bem como Tetric

Ceram polimerizado por LED comparado ao Solitaire2 polimerizado por luz

halógena. Todas as demais comparações foram significantes (p<0.05).

F igura 6 - G ráfico compara tivo de microdureza Vickers de resinas compostaspolimerizadas por luz halógena e LED

0

25

50

75

100

125T etric Ceram HB

Solita ire 2

P 60

Luz halógena LE D

Re s inas Com pos tas

Mic

rod

ure

zas

Observando a figura 6, que compara os valores de dureza dos três diferentes

materiais polimerizados por luz halógena e LED, nota-se que o P60 obteve o maior

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112

valor de dureza quando polimerizado por LED .

Tabela 11 – Valores de microdureza Vickers na superfície da base de resinas compostas

polimerizadas por luz halógena e LED (n =90) Resinas / polimerização

Média

Desvio padrão

Erro padrão

Tetric halógena 96.37 3.70 0.955 Solitaire2 halógena 80.28 5.31 1.371 P60 halógena 121.4 7.32 1.890 Tetric LED 78.77 7.84 2.024 Solitaire2 LED 68.55 7.70 1.988 P60 LED 115.8 3.66 0.945

A tabela 11 expressa os valores de microdureza Vickers medidos na

superfície da base do corpo de prova dos três materiais estudados quando

polimerizados por luz halógena e LED. O valor máximo de dureza Vickers foi obtido

para o material P60 quando polimerizado por luz halógena, seguido do P60

polimerizado por LED. Os valores mais baixos foram observados quando a resina

solitaire2 foi polimerizada por LED seguido do Tetric Ceram polimerizado também

por LED.

Tabela 12 – Valores de microdureza Vickers na superfície do topo de resinas compostas

polimerizadas por luz halógena e LED (n = 90) Resinas / polimerização

Média

Desvio padrão

Erro padrão

Tetric halógena 90.53 4.37 1.128 Solitaire2 halógena 76.99 5.77 1.490 P60 halógena 118.6 6.08 1.570 Tetric LED 76.79 6.06 1.565 Solitaire2 LED 65.98 6.30 1.627 P60 LED 109.8 4.56 1.177

Analisando os valores de microdureza Vickers na superfície do topo do corpo

de prova dos três materiais pesquisados, polimerizados tanto por luz halógena

quanto por LED referidos na tabela 12, verificamos que os dois maiores valores

obtidos foram para o material P60 polimerizado por luz halógena e P60 polimerizado

por LED. E os menores valores expressos apontam para o Tetric polimerizado por

LED e Solitaire2 polimerizado por LED.

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113

Tabela 13 – Múltiplas comparações entre os valores de resinas compostas polimerizadas por luz halógena nas superfícies de base e de topo (Student-Newman-Keuls) com p<0.05

Comparações

p

Significância

P60 base vs Solitaire2 topo <0.05 sim P60 base vs Solitaire2 base <0.05 sim P60 base vs Tetric topo <0.05 sim P60 base vs Tetric base <0.05 sim P60 base vs P60 topo >0.05 não P60 topo vs Solitaire2 topo <0.05 sim P60 topo vs Solitaire2 base <0.05 sim P60 topo vs Tetric topo <0.05 sim P60 topo vs Tetric base <0.05 sim Tetric base vs Solitaire2 topo <0.05 sim Tetric base vs Solitaire2 base <0.05 sim Tetric base vs Tetric topo <0.05 sim Tetric topo vs Solitaire2 topo <0.05 sim Tetric topo vs Solitaire2 base <0.05 sim Solitaire2 base vs Solitaire2 topo >0.05 não

Na tabela 13, os valores de microdureza Vickers foram submetidos a múltiplas

comparações dos materiais polimerizados somente por luz halógena em ambas as

superfícies, base e topo através do teste Student-Newman-Keuls. Notamos que

somente duas comparações par a par não revelam diferença significante, a saber,

P60 base comparada com P60 topo e Solitaire2 base comparado a Solitaire2 topo.

Todas as demais comparações par a par foram significantemente diferentes

(p<0.05).

Figura 7 - Gráfico comparativo entre resinas polimerizadas por luz halógena nas superfícies base e topo

0

25

50

75

100

125Tetric Ceram HB - hb

Tetric Ceram HB - ht

Solitaire 2 - hb

Solitaire 2 - ht

P 60 - hb

P 60 - ht

Resinas Compostas

Mic

rod

ure

za

Nota: hb – halógena base. ht – halógena topo

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114

Ao nos reportarmos à figura 7, encontramos um gráfico comparativo dos

valores de dureza dos três materiais estudados comparando a superfície de base e

de topo quando polimerizados por luz halógena. Verificamos que o P60 com

lâmpada halógena na base e no topo obtiveram durezas comparáveis.

Tabela 14 – Múltiplas comparações entre os valores de resinas compostas polimerizadas por luz

LED nas superfícies de base e de topo (Student-Newman-Keuls) com p<0.05

Comparações

P

Significância

P60 base vs Solitaire2 topo <0.05 sim

P60 base vs Solitaire2 base <0.05 sim

P60 base vs Tetric topo <0.05 sim

P60 base vs Tetric base <0.05 sim

P60 base vs P60 topo >0.05 não

P60 topo vs Solitaire2 topo <0.05 sim

P60 topo vs Solitaire2 base <0.05 sim

P60 topo vs Tetric topo <0.05 sim

P60 topo vs Tetric base <0.05 sim

Tetric base vs Solitaire2 topo <0.05 sim

Tetric base vs Solitaire2 base <0.05 sim

Tetric base vs Tetric topo >0.05 não

Tetric topo vs Solitaire2 topo <0.05 sim

Tetric topo vs Solitaire2 base <0.05 sim

Solitaire2 base vs Solitaire2 topo >0.05 não

A tabela 14 expressa as múltiplas comparações entre os valores de dureza

Vickers dos materiais fotopolimerizados por LED em ambas as superfícies base e

topo, através do teste de Student – Newman – Keuls. Observamos que três

comparações par a par não foram significantes (p>0.05), são elas: P60 na superfície

da base comparada com P60 no topo; Tetric Ceram base comparada com Tetric

Ceram topo e Solitaire2 base comparada com Solitaire2 topo. Todas as demais

comparações entre as superfícies de base e topo dos materiais polimerizados

somente por LED foram significantes (p<0.05).

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115

Figura 8 - Gráfico comparativo entre resinas polimerizadas por LED nas superfícies base e topo

0

25

50

75

100

125Tetric L BTetric L TSolitaire L BSolitaire L TP 60 L BP 60 L T

Resinas Compostas

Mic

rod

ure

za

A figura 8 mostra também comparações de base e topo quando as resinas

estudadas foram polimerizadas por LED. Surpreende-nos com os maiores valores

para o material P60 comparáveis tanto na base quanto no topo.

Nota: LB – LED base. LT – LED topo

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DISCUSSÃO

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117

7. DISCUSSÃO

A intensidade de luz emitida pelos aparelhos polimerizadores pode interferir

na profundidade de polimerização da resina e apresentar relação direta com os

valores de microdureza superficial (CORRER SOBRINHO, L., 1994; PEREIRA, S.

1995).

Hansen, E. e Asmussen, E. (1993) discordam dessa teoria e afirmam que não

existe relação entre a profundidade de polimerização e microdureza em função da

fonte de luz.

A intensidade de luz inferior à adequada pode provocar redução nas

propriedades físicas e mecânicas dos materiais , tais como dureza e resistência. Os

autores Blankenau, R. et al (1983); Mandarino, F.; Porto, C. (1989); Kawaguchi, M.;

Fukushima, T.; Miyazaki, T. (1994) e Pereira, S.(1995) afirmam que quando a

intensidade de luz é inferior à adequada, provoca redução nas propriedades dos

materiais.

O grau de polimerização pode alterar a dureza do material restaurador

dependendo de vários fatores, tais como, validade e armazenamento da resina,

tempo de duração no estoque, cor da resina, tipo de fotopolimerizador e tempo de

polimerização, intensidade da luz e espessura da resina composta (TURBINO, M. et

al, 1992; BROSH, T. et al, 1997; DUNNE et al, 1996; FAN, P. et al, 1987;

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118

FRIEDMAN, J.; HASSAN, R., 1984; RUEGGBERG, F.; CAUGHMAN, W.; CURTIS

JUNIOR, J., 1994; SHORTAL, ; HARRINGTON, E., 1996).

A polimerização inadequada tem sido relatada por Bala, O.; Uçtasli, M. e Tüz,

M. (1994), e relacionadas como uma das principais causas do insucesso clínico

como alteração de cor, maior tendência ao manchamento, maior possibilidade de

infiltração marginal e maior volume de monômero residual. Os nossos resultados

mostram que existem diferenças significantes da microdureza Vickers, das resinas

estudadas em função das diferentes intensidades de luz, seja halógeno ou por LED

(Tabelas 4 e 7).

Na tabela 2 podemos analisar que os valores médios de microdureza

variaram de 71.45 a 123.9, sendo que maiores valores ocorreram com a resina P60

numa intensidade em torno de 754 mW/cm2. É interessante notar que esse mesmo

material numa intensidade de luz maior (813 mW/cm2), obteve resultados de dureza

inferior quando comparado com uma intensidade de luz menor. Isso nos leva a crer

que a faixa de variação do aparelho de luz halógena de 725 a 813 mW/cm2 interfere

na dureza, mas não com uma lógica esperada para maiores intensidades de luz,

maiores valores e menores intensidades de luz, menores valores de dureza. Embora

nesta mesma tabela (2) observamos que o desvio padrão referente ao material P60

foi superior a 20%, porém para todos os outros materiais o desvio padrão foi abaixo

desta porcentagem.

Pereira, S. (1995) afirma que os aparelhos emissores de maior intensidade de

luz promovem maior polimerização e maior dureza dos materiais. Em concordância

com esta pesquisa Menezes, M. e Muench, A. (1998) defendem a idéia que a dureza

aumenta quando a intensidade de luz é maior.

De acordo com Nomoto, R.; Uchida, K. e Hirasawa, T. (1994) a lâmpada

halógena produz maior intensidade de luz atingindo até 800 mW/cm2 com

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119

comprimentos de onda entre 300 e 800 nm, dentro de uma faixa muito extensa,

apenas o comprimento de onda entre 410 a 490 nm pode iniciar a polimerização

havendo assim excesso de intensidade de luz perdida sendo transformada apenas

em calor.

A microdureza está associada à intensidade de luz dos aparelhos

fotopolimerizadores. Entretanto, nem sempre o aparelho com maior intensidade de

luz oferecem melhor resultado, visto que outros parâmetros devem ser avaliados. Os

resultados da relação direta entre intensidade de luz e profundidade de

polimerização em resinas compostas fotopolimerizáveis são concordantes com os

achados de Friedman, J.; Hassan, R. (1984); Fan, P. et al. (1987); Fowler, C.;

Swartz, M. e Moore, B. (1994); Rueggeber, F.; Caughman, W. e Curtis Júnior, J.

(1994); Pereira, S.; Porto, C. e Mendes, A., (2000); Santos, L. et al, (2000).

A tabela 4 mostra que existem variações entre os materiais estudados. Foram

encontradas diferenças significantes entre os materiais P60 e Solitaire2, Tetric e

Solitaire2, P60 e Tetric, Tetric e Solitaire2, entre P60 e P60, e entre Solitaire2 e

Solitaire2, isso em função das intensidades de luz emitidas pela luz halógena.

Um outro fator que deve ser considerado é a distância entre a fonte de

emissão de luz e a resina composta. Na presente pesquisa, essa variável foi

controlada e, portanto, não interfere nos resultados obtidos. Segundo Pires, J. et al

(1993), a dureza superficial das resinas compostas não é afetada significantemente

pelo aumento da distância da fonte de luz, porém a dureza da base é fortemente

influenciada com a diminuição da energia luminosa em 20%, 50% e 75% nas

distâncias de 2, 6 e 12 mm, respectivamente. O pico de absorção de luz capaz de

ativar o componente fotossensível das resinas compostas é atingido com

comprimento de onda de 470nm. A faixa de intensidade de luz indicada por alguns

autores como ideal para uma polimerização efetiva está entre 450 a 490 nm.

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120

(NOMOTO, R., 1997; NAGEM FILHO, H., 1993).

Yearn, J. e Macclesfield, U. (1985) determinaram que a faixa de comprimento

de onda de 476,5 nm é a mais efetiva em relação à dureza superficial e que acima

de 500 nm não há maiores benefícios, pois produz calor podendo afetar a polpa e

tecidos moles, bem como valores inferiores a 400 nm não contribuem para efetiva

polimerização.

A intensidade de energia luminosa ideal pode ser alterada em função de uma

série de fatores tais como: flutuação de voltagem, degradação do bulbo da lâmpada

halógena e dos filtros de barragem, contaminação por restos de resina composta na

ponta óptica, além de quebra de componentes do aparelho (FRIEDMAN, J., 1989;

SHORTALL, A.; HARRINGTON, E., 1996; BARGHI, N.; BERRY, T.; HATTON, N.,

1994; PIRES, J. et al, 1993).

Pelos nossos resultados é possível identificar o por que das variações de

intensidades de luz, possivelmente pela flutuação de tensão dos aparelhos.

Frente à variação de voltagem, Fan, P. et al (1987) confirmam que esta

variação altera a intensidade de luz dos aparelhos.

Se observarmos a tabela 2, podemos identificar que os três materiais

estudados se comportam de maneira distinta , segundo a intensidade de luz de sua

polimerização. Por esta tabela, pode-se depreender que existe uma diferença

significante de valores médios entre os materiais. A resina P60 foi o material que

apresentou valores de microdureza superiores aos demais quando polimerizadas

pela luz halógena com intensidade de luz de 754 mW/cm2. O segundo maior valor de

microdureza corresponde à resina Tetric Ceram polimerizada com intensidade de luz

813 mW/cm2. A resina Solitaire2 teve uma flutuação de valores de microdureza que

comparados às demais resinas, mostrou-se inferior, principalmente quando a

intensidade de luz foi de 813 mW/cm2. Desta forma fica uma dúvida em relação às

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flutuações da intensidade de luz para polimerização dos três materiais, que variaram

de 725 a 813 mW/cm2. Na verdade, a faixa de intensidade de luz de 725 a 813

mW/cm2, se deve às variações de tensão na rede, porém estão dentro das

intensidades de luz recomendadas e indicadas para a excitação do iniciador para o

início de uma reação de polimerização dos materiais. Assim, as diferenças que

ocorrem nos valores de microdureza Vickers parecem ser devidas mais à

composição dos materiais.

Com relação à composição do material ser uma das principais responsáveis

pela inferência nos valores de dureza da resina composta, o autor Ehrnford, L. et al

(1980) corroboram a existência de fatores que interferem no comportamento das

resinas compostas como a composição da matriz orgânica e das partículas;

efetividade do agente silano; tamanho, distribuição, forma e volume das partículas;

tamanho e localização da cavidade; magnitude, localização e direção das forças

oclusais, grau de polimerização e técnica aplicada. Além desses fatores, Heath, J. e

Wilson, H. (1976) acrescentam a uniformidade da mistura, espessura do espécime,

polimento da superfície, estocagem e metodologia aplicada.

Nagen Filho (1993) estudou o fenômeno da intensidade de luz e microdureza

das resinas compostas. Enfatizando que ocorre uma diminuição da microdureza

quando os valores de intensidade de luz são menores, principalmente quando as

intensidades estão abaixo de 450 mW/cm2. Pereira, S. (1995) enfatiza que a dureza

superficial de resinas compostas não é influenciada dentro da faixa que vai entre

100 e 800 mW/cm2. Estes achados estão concordes com a pesquisa de Pereira, M.

et al (2000).

Analisando nossos resultados das tabelas 3 e 4, podemos depreender que

existem diferenças significantes a nível de p<0.05, quando se compara os materiais .

A resina P60 polimerizada pela luz halógena com 754 mW/cm2 difere

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significantemente do Solitaire2 polimerizado tanto por 725, 754, e 813 mW/cm2. O

P60 difere também da resina Tetric polimerizadas por qualquer uma das

intensidades de luz testadas. Ainda o P60 é diferente quando se compara a

polimerização de 754 mW/cm2 com 725 mW/cm2. Isso significa que a resina P60 tem

sua polimerização mais efetiva e resultando com isso numa microdureza maior

quando é polimerizada dentro da intensidade de luz de 754 mW/cm2. A tabela 4

mostra ainda que existem diferenças significantes entre a resina Tetric Ceram

polimerizadas por 813 mW/cm2 com a resina Solitaire2 com 813 e 754 mW/cm2.

Ainda a resina Tetric Ceram, polimerizada à 725 mW/cm2, difere também da resina

Solitaire2 polimerizada à 813 mW/cm2.

Quando se analisa os gráficos, pode-se ter uma visão direta do

comportamento da microdureza das distintas resinas compostas com as diferentes

intensidades de luz. Assim, a figura 4 mostra graficamente que a resina P60 mostrou

resultados de dureza superficial superior às outras resinas quando a intensidade de

luz da lâmpada halógena esteve em 754 mW/cm2. Isso nos parece que esse

material se comporta para a luz halógena melhor dentro desta faixa de Intensidade

de luz. É interessante notar que quando a intensidade de luz foi de 725 mW/cm2, os

3 materiais se assemelham em dureza superficial e quando a intensidade de luz foi

aumentada para 813 mW/cm2, a resina que melhor se apresentou foi o Tetric. Assim,

poderíamos dizer, baseados nas evidências dessa pesquisa , que a resina P60

obtém seus melhores valores na faixa de 754 mW/cm2, o Solitaire2, em 725

mW/cm2, e o Tetric com 813 mW/cm2 ativados com o aparelho de lâmpada

halógena.

A tabela 4 nos mostra que algumas resinas são extremamente dependentes

das pequenas flutuações do comprimento de onda oriundas das tensões produzidas

nas redes de energia. O grau de polimerização de uma resina composta, muitas

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vezes é avaliado através da microdureza e está associada à intensidade de luz dos

aparelhos fotopolimerizadores. Entretanto, nem sempre o aparelho com maior

intensidade de luz é o de melhor qualidade visto que outros parâmetros devem ser

avaliados. Os resultados da relação direta entre intensidade de luz e profundidade

de polimerização em resinas compostas são concordantes com os achados de

Friedman, J. e Hassan, R. (1984); Fan, P. et al (1987); Franco, E. et al (1991);

Fowler, C.; Swartz, M. e Moore, B. (1994); Rueggeberg, F.; Caughman, W. e Curtis

Júnior, J. (1994) e Nomoto, R. (1997).

As mais recentes pesquisas têm demonstrado que os aparelhos LED são

alternativas para polimerização de resinas. Essas lâmpadas operam em torno de

470 nanômetros (FUJIBAYASHI, K. et al, 1998 apud BOSQUIROLI, V., 2003;

KURACHI, C.; LIZARELLI, R. e BAGNATO, V., 1999).

Quando se avalia a tabela 5, os valores de microdureza Vickers das resinas

compostas polimerizadas por diferentes intensidades de luz emitida por diodo, pode-

se perceber que a intensidade de luz desses aparelhos variou de 188 a 227

mW/cm2.

A resina composta que melhor se comportou diante das polimerizações por

LED foi a resina P60 com valores que variaram de 112,4 a 120,7. A resina que

apresentou o segundo valor de dureza foi a Tetric Ceram, seguido do Solitaire2. Ao

se aplicar a análise de variância aos valores da tabela 5, nota-se que existem

diferenças significantes entre os materiais e as intensidades de luz.

De acordo com Mills, R.; Jandt, K. e Ashworth, S. (1999), os

fotopolimerizadores com luz emitida por diodo emitem apenas 64% da intensidade

de luz de uma lâmpada halógena, porém é possível obter-se profundidades de

fotopolimerização significantemente maiores. Segundo esses mesmos autores, nos

testes de resistência à compressão de resinas compostas, não foi possível encontrar

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diferenças estatisticamente significantes entre as fotopolimerizações com LED (350

mW/cm2) e aquelas polimerizadas por lâmpadas halógenas (755 mW/cm2). As

pesquisas de Stahl, F. et al (2000) mostraram que as resistências flexurais e o

módulo de elasticidade dos compostos odontológicos não apresentam diferenças

estatisticamente significantes quando polimerizados por LED ou por luz halógena,

mesmo estes com o dobro de intensidade luminosa. Esses autores relatam que a

resina Solitaire não estava dentro destes resultados acima relatados. Esses achados

coincidem com os nossos resultados principalmente com ênfase à resina Solitaire2.

A figura 5 mostra uma comparação gráfica dos valores de microdureza das

resinas compostas quando polimerizadas por diferentes intensidades de luz do LED.

É notória a superioridade de dureza da resina P60 com esse tipo de

fotopolimerização.

A tabela 7 mostra que a resina composta P60, com todas as variações de

intensidades de luz, de 188, 213, 227 mW/cm2, são diferentes estatisticamente

quando comparadas às demais resinas independentemente da intensidade de luz

emitido pelo LED. Quando se comparou a resina P60 polimerizada com 188 mW/cm2

com a P60 polimerizada por 227 mW/cm2, não foram encontradas diferenças

significantes. Esse fato demonstra que a faixa de intensidade de luz mínima e

máxima obtida pelo LED não interferiu na microdureza do material.

Devemos considerar que a variação da intensidade de luz do LED não

influencia tanto na dureza, pois a estreita faixa do comprimento de onda deste

aparelho está entre 450 a 490 nm, sendo amplamente absorvida pela

canforoquinona. (NOMOTO, R., 1997; FUJIBAYASHI, K. et al, 1998 apud

BOSQUIROLI, V., 2003)

A correlação do grau de polimerização de diferentes fontes de luz foi avaliada

através de um estudo realizado por Yoon, T. (2002), onde foi determinada a

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efetividade da polimerização através do LED e do Arco de plasma em comparação à

lâmpada halógena. Vários tempos de exposição com diferentes intensidades de luz

foram utilizados com a intenção de produzir a mesma energia total. O grau de

conversão de três resinas compostas na cor A3 foi medida pelo espectrômetro

infravermelho em várias profundidades. Nos resultados encontrados, o grau de

conversão foi significantemente influenciado pelas variáveis dos materiais em

relação à profundidade da superfície, fonte de luz e nível de energia. Com a

irradiação de mesma energia, o grau de conversão pelo arco de plasma e o LED não

apresentaram diferenças significantes em relação ao halógena. Quando a energia

total foi duplicada, não apresentou diferença até 2 mm de espessura, mas o grau de

conversão aumentou a partir dos 3 mm.

Considerando que existem flutuações nas intensidades de luz quando

medidos em dias diferentes e nesta pesquisa estabelecidos para a luz halógena

entre 725 e 813 mW/cm2 e entre 188 e 227 mW/cm2 para a luz emitida por diodo,

decidiu-se avaliar a somatória de todas as intensidades. A tabela 8 mostra os

valores de microdureza das resinas compostas polimerizadas por luz halógena e

LED , considerando a somatória de todas as intensidades de luz. Ao analisar a

referida tabela 8, pode-se perceber que a resina P60 obteve os maiores valores de

microdureza tanto polimerizado pela luz halógena quanto pelo LED. A resina Tetric

Ceram vem em segundo lugar com uma certa melhoria de dureza quando

polimerizado pela luz halógena. Em terceiro lugar aparece a resina Solitaire2,

também com melhor performance quando polimerizada pela luz halógena. Das três

resinas a única que teve melhoria de polimerização pelo LED foi o P60.

Dentre as resinas avaliadas, depreende-se que a composição interfere nos

valores dos testes, bem como a morfologia e o tamanho das partículas podem

influenciar também nas propriedades do material, tais como, viscosidade,

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resistência, desgaste, contração, dureza, profundidade de polimerização e

características da superfície (ANUSAVICE, K. 1998; BEATTY, M. et al, 1998; ARCIS,

R. et al, 2002; EHRNFORD, L. et al, 1980; HEATH, J. e WILSON, H, 1976,

CORDOVA, A. et al, 2000).

Pela análise de variância aplicada aos valores da tabela 8, observa-se que

existe forte indicativo de diferenças estatisticamente significante entre os materiais e

entre os fotopolimerizadores.

Na tabela 10, através dos testes de múltiplas comparações de Student-

Newman-Keuls, pode-se perceber que dentro dessas comparações propostas,

praticamente todos os materiais e fotopolimerizadores foram diferentes

estatisticamente, exceto entre a resina P60 e a resina Tetric, ambos polimerizados

por luz halógena e o Tetric polimerizado por LED quando comparado ao Solitaire2

polimerizado por Halógena.

Podemos inferir nos resultados acima descritos que os materiais estudados

são distintamente diferentes e se comportam diferentemente com os dois tipos de

fotopolimerizadores, considerando a média das intensidades de luz de cada sistema.

Clinicamente isso nos leva a deduzir que poderão existir variações diárias de

intensidades de luz nos dois sistemas propostos e dependendo da resina que se

esteja utilizando, obtêm-se valores de dureza superficial maiores ou menores, não

excluindo outros fatores que podem aumentar ou diminuir a conversão dos

monômeros em polímero, tais como, espessura ou volume do incremento a ser

polimerizado, cor da resina, distância da fonte de luz e do objeto, limpeza ou

condição do filtro e a química e o tipo de carga da resina.

O teste de dureza superficial é um meio eficiente para determinar a

profundidade de polimerização dos materiais resinosos e a polimerização pode

sofrer alteração em relação ao tempo de exposição, a penetração e a intensidade de

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luz, assim como o comprimento de onda, a profundidade de polimerização, a

composição e a cor do material, além do armazenamento, técnica de inserção,

espessura, polimerização complementar e tipo de fonte de luz (BLANKENAU, R. et

al, 1983; CORRER SOBRINHO, L., 1994; MANDARINO, F. et al, 1992; PEREIRA,

S., 1995; VINHA, D.; COELHO, M.; CAMPOS, G., 1990).

A profundidade de cura depende, basicamente, do material (composição e

espessura), do operador (distância e orientação do feixe de raios luminosos) e do

fotopolimerizador (espectro de emissão e associação entre intensidade de luz,

comprimento de onda e tempo de exposição), conforme citaram Harrington, E.;

Wilson, H. e Shortall, A. (1996); Dune et al (1996) e Pereira, M. et al (2000).

A figura 6 compara a totalização dos valores de microdureza da luz halógena

e do LED, desconsiderando os valores individuais das intensidades de luz. Assim, é

possível verificar graficamente que a resina P60 apresenta valores superiores que as

demais resinas, especialmente com a lâmpada LED.

É preciso considerar que a profundidade ou espessura da resina composta

pode interferir nos valores de microdureza da resina composta. Assim sendo,

decidiu-se analisar também a microdureza da resina na sua superfície que

denominamos de base, ou seja, àquela que está diametralmente oposta à incidência

da luz. Na superfície que chamamos agora de base, foram inseridas duas camadas

de resina na matriz e, portanto, a somatória de emissão de luz, tanto por LED quanto

halógena, foi de 40 segundos. Ao visualizar a tabela 11, observamos que a resina

P60, tanto polimerizada por luz halógena ou LED, obtiveram valores maiores de

microdureza, especialmente seguido da resina Tetric Ceram polimerizada pela luz

halógena, depois o Solitaire2 pela luz halógena, vindo a seguir o Tetric Ceram por

LED e o menor valor foi obtido pelo Solitaire2 polimerizado por LED.

A intensidade de luz emitida pelos aparelhos polimerizadores interfere na

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profundidade de polimerização e tem relação direta com os valores de dureza

superficial, segundo Correr Sobrinho, L. (1994) e Pereira, S. (1995). Em discordância

com essa teoria, Hansen, E. e Asmussen, E. (1993) afirmaram que não existe

relação com a profundidade de polimerização e dureza em função da fonte de luz,

pois o aparelho que produz mínima profundidade de penetração pode polimerizar a

superfície semelhante ao aparelho de luz com boa intensidade de luz.

Na tabela 12 são encontrados valores de microdureza Vickers obtidos nos

testes da superfície chamada topo das resinas compostas polimerizadas tanto por

luz halógena quanto por LED. Podemos verificar que a resina composta P60

mostrou resultados superiores, tanto polimerizada por luz halógena como por LED. A

resina Tetric Ceram vem a seguir com resultados de 90.53 de dureza quando

polimerizadas por luz halógena. Essa resina quando polimerizada por LED tem sua

dureza reduzida para 76.79 e, finalmente o pior resultado recai para a resina

Solitaire2, principalmente quando polimerizada por lâmpada LED.

Quando se faz comparações par a par através do método de Student-

Newman-Keuls, para as resinas compostas polimerizadas por luz halógena

comparando-se a superfícies de base e de topo (Tabela 13), podemos observar que

não existem diferenças estatisticamente significantes entre a resina P60 medida nas

bases, com a P60 medida nos topos e a resina Solitaire2 base com a Solitaire2 topo.

As demais comparações mostraram-se estatisticamente significantes. Isso nos leva

a crer que a resina P60 não mostrou ser influenciada pelos lados onde a luz incidiu

quando se utilizou a luz halógena. Da mesma forma a resina Solitaire2. As demais

resinas e suas faces de polimerização mostraram sensíveis às incidências distintas

da luz. Como uma função de profundidade, a microdureza obtida de uma lâmpada

halógena é superior às irradiações produzidas por LED, porém os valores obtidos

devem ser analisados também em função da composição dos materiais resinosos.

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Assim, podemos verificar que nem sempre as lâmpadas halógenas produziram os

melhores resultados para todas as resinas. (WANG, X., 2002; BALA, O.; UÇTASLI,

M.; TÜZ, M., 2005).

A figura 7 compara graficamente as superfícies de base e de topo de resinas

compostas polimerizadas por luz halógena e é possível evidenciar novamente a

superioridade em dureza superficial do P60 tanto na base quanto no topo. As

demais resinas mostradas nesse gráfico são inferiores em valores que o P60, mas

mostram-se equivalentes quando se compara a base com o topo.

Já observando a tabela 14, que trata das múltiplas comparações nas

superfícies de base e de topo quando as resinas foram polimerizadas por LED,

observa-se novamente que a resina P60 não foi estatisticamente diferente quando

comparada a base com o topo mostrando o mesmo resultado encontrado para as

polimerizações com luz halógena, ou seja, esse material não sofre influencia das

superfícies e nem com o sistema de fotopolimerização. O mesmo ocorre com a

resina Solitaire2 que não mostrou diferenças significantes para este sistema de

polimerização. Quando se utiliza o dispositivo LED, a resina Tetric Ceram mostra

também não diferente entre a base e o topo, o que não ocorreu quando esse

material foi polimerizado pela luz halógena (tabela 13).

A mesma comparação gráfica é apresentada na figura 8, que mostra as

resinas polimerizadas por LED. Novamente, a resina P60 se mostrou superior às

demais resinas e existe evidência de que tanto a base como o topo se equivalem em

dureza superficial. Nossos resultados concordam com a semelhança dos valores de

dureza na superfície de topo e de base encontrados por Wang, X. (2002); Dunn, W.

e Vush, A. (2002)

Em contrapartida alguns autores afirmam que a superfície do topo apresenta

valores superiores de dureza em relação aos valores da base do material. (KILLIAN,

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R., 1979 apud CARVALHO JÚNIOR, 2002; FOWLER,C.; SWARTZ, M.; MOORE, B.,

1994; CORRER SOBRINHO, L., 1994; MENEZES, M.; MUENCH, A., 1998)

As lâmpadas halógenas tem sido largamente empregadas dentro da

odontologia e tem sido consideradas como alternativa prática para a polimerização

das resinas. Ela opera com um bulbo branco halógeno com filtro para remover

comprimentos de onda indesejados e operando no espectro de luz azul. No entanto,

esse tipo de equipamento ainda emite um considerável número de outros

comprimentos de onda que levam os fotopolimerizadores convencionais à emitirem

comprimentos de onda altamente absorvidos pelos materiais dentários e induzindo

também um aumento de temperatura ao dente e resina. Uma outra desvantagem do

sistema de polimerização halógeno é o declínio da irradiação que ocorre com o

tempo motivado pelo envelhecimento do bulbo e do filtro (MIYAZAKI, M. et al, 1998;

MARTIN F. E., 1998; SHORTALL, A.; HARRINGTON, E. 1996; BARGHI, N.,

BERRY, T.; HATTON, N., 1994; PIRES, J. et al, 1993; FRIEDMAN, J., 1989). Para

se obter uma correta irradiação de luz emitida por luz halógena deve-se utilizar um

tempo de exposição entre 20 e 60 segundos determinado por Kurachi, C. et al

(1999). Pereira, S. (1995) indica o tempo de 40 segundos para obter ótimos valores

de dureza, enquanto Medeiros, I. (2001) recomenda a utilização de 60 segundos de

exposição do LED para incrementos de 2,0 mm.

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CONCLUSÕES

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8. CONCLUSÕES

Face às condições experimentais propostas nesta pesquisa, é lícito concluir o

seguinte:

1. Os fotopolimerizadores testados sofrem variações em suas intensidades de

luz emitida dependendo das tensões ocasionais;

2. Existem diferenças significantes entre as resinas estudadas quanto à sua

microdureza;

3. Os valores mais altos de microdureza concentram-se na resina P60,

especialmente quando polimerizadas pelo LED;

4. Existem diferenças significantes nas comparações entre as resinas

polimerizadas com luz halógena topo e base, exceto a resina P60 e a resina

Solitaire2;

5. Existem diferenças significantes nas comparações entre as resinas

polimerizadas com LED topo e base, exceto a resina P60 , Solitaire2 e Tetric Ceram,

quando a comparação foi feita dentro do mesmo grupo. Comparadas nos diferentes

grupos, todas foram significativamente diferentes.

6. A intensidade de luz halógena de 725 mW/cm2 equiparou os valores de

microdureza das resinas estudadas. Nas outras intensidades de luz halógena e LED

não houve correlação diretamente proporcional com dureza superficial.

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7. Quando polimerizada pelo LED, a resina P60 obteve os melhores resultados

de microdureza quando comparada às demais resinas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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