92
Universidade Federal Fluminense Faculdade de Odontologia Programa de Pós-Graduação em Odontologia Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas Atróficas com e sem Enxertos Ósseos: Revisão Sistemática Mauro Stoliar Rotband Orientador: Professor Dr. Ronaldo Barcellos de Santana Niterói 2010

Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

Universidade Federal Fluminense

Faculdade de Odontologia

Programa de Pós-Graduação em Odontologia

Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas

Edêntulas Atróficas com e sem Enxertos Ósseos:

Revisão Sistemática

Mauro Stoliar Rotband

Orientador: Professor Dr. Ronaldo Barcellos de Santana

Niterói

2010

Page 2: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

Mauro Stoliar Rotband

Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas

Edêntulas Atróficas com e sem Enxertos Ósseos:

Revisão Sistemática

Orientador: Professor Dr. Ronaldo Barcellos de Santana

Universidade Federal Fluminense

Niterói

2010

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de Concentração: Clínica Odontológica

Page 3: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

R74

Rotband, Mauro Stoliar

Avaliação da sobrevida de implantes em maxilas edêntulas atróficas com e sem enxertos ósseos: Revisão sistemática. / Mauro Stoliar Rotband; orientador: Prof. Dr. Ronaldo Barcellos de Santana – Niterói: [s.n.], 2010.

90 p, 30 cm

Dissertação (Mestrado em Clínica Odontológica) – Universidade Federal Fluminense, 2010. Bibliografia: p. 56 - 66

1. Implante dentário 2. Maxila 3. Revisão I. de Santana, Ronaldo Barcellos [orien.] II. Título

CDD 617.522

Page 4: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

Mauro Stoliar Rotband

Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas

Edêntulas Atróficas com e sem Enxertos Ósseos:

Revisão Sistemática

Orientador: Professor Dr. Ronaldo Barcellos de Santana Aprovado em 17 de dezembro de 2010.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Ronaldo Barcellos de Santana Universidade Federal Fluminense – UFF/ Niterói

Prof. Dr. Cresus Vinícius Depes de Gouvêa Universidade Federal Fluminense – UFF/ Niterói

Prof. Dr. Maurício Serejo Ribeiro Faculdade de Odontologia de Campos – FOC / Campos dos Goytacazes

Niterói

2010

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Área de Concentração: Clínica Odontológica

Page 5: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo.

Aos meus pais Jacob Rotband e Regina Stoliar Rotband, pelo carinho, paciência,

amizade e amor incondicional que sempre me dedicaram: desde o início da minha

vida até hoje. Tenho muita sorte e muito orgulho de ter pais como vocês.

Ao meu filho Michel, por me inspirar, por trazer cores especiais aos meus dias e

noites, e por me presentear inúmeras vezes com seus gestos e sorrisos.

Aos meus queridos irmãos Déborah e Leonardo, cunhados Marcelo e Renata e

sobrinhas Marcela e Milena. Obrigado por tê-los em minha vida.

A toda minha família e amigos, o meu muito obrigado pela compreensão das minhas

incontáveis ausências.

Ao meu orientador Prof. Dr. Ronaldo Barcellos de Santana pelo apoio e orientação.

Muito obrigado por ter acreditado em mim.

Ao meu grande amigo e colega de equipe Rodolfo, por todas as palavras e atitudes:

profissionais e pessoais de um verdadeiro irmão, muito obrigado também pelo

valioso auxílio à confecção dessa dissertação. A Marta, Neide e Simone pela

amizade, por todo o suporte e pela convivência profissional rotineira e prazerosa.

Quero compartilhar com vocês o mérito dessa etapa cumprida.

A minha amiga mestranda Flávia, hoje colega de equipe, pelos momentos

estressantes e divertidos que pudemos vivenciar durante todo o mestrado. Te

conhecer foi um grande privilégio.

A minha amiga e colega de equipe Caroline, pelo incentivo e suporte, sempre com

boa vontade. A todos os colegas de mestrado pela convivência e amizade. A

secretária Luci, por sua presteza, e a toda equipe de professores e funcionários da

UFF. Muito Obrigado.

Page 6: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

Ao meu grande amigo e eterno mestre Edelto. Muito obrigado pelos ensinamentos

contínuos, e por ainda hoje poder desfrutar de preciosos momentos da sua

convivência. Aos meus amigos Armando, Bruno (também colega de equipe) e Kelly

por tudo que fizemos juntos e pelo que ainda podemos realizar.

Aos coordenadores, professores, funcionários e alunos do INCO-25 e da ABO-

Niterói, instiuições em que ministro módulos de anatomia aplicada à implantodontia.

Muito obrigado pelo carinho com que tem me recebido.

Ao amigo Ricardo Fuchshuber, farmacêutico-bioquímico com especialização em

hematologia, por ter participado ativamente no processamento do plasma rico em

plaquetas (PRP) utilizado no projeto clínico inicial do mestrado. Muito obrigado pelo

apoio e pelos ensinamentos.

Aos pacientes: Carmem, Gabriel, Lourdes, Luís Carlos, Miriam, Regina, Renato e

Roney, por terem participado assiduamente do projeto clínico inicial do mestrado.

Muito obrigado pela colaboração, pela paciência e pela confiança em mim

depositada. Agradeço muito também a todos os meus pacientes, por me

possibilitarem exercer minha profissão e minha especialidade, das quais muito me

orgulho. Sinto-me lisonjeado em ter a oportunidade de poder tratá-los.

Page 7: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

SUMÁRIO

Lista de Ilustrações

Lista de Abreviaturas e Siglas

Resumo .....................................................................................................................09

Abstract .....................................................................................................................10

1. Introdução ..............................................................................................................11

2. Revisão de Literatura ............................................................................................13

2.1. Classificação de Cawood & Howell .........................................................13

2.2. Técnicas com Enxertos ............................................................................14

2.2.1. Técnicas com Osteotomia e Enxertos Aposicionais ..................15

2.2.2. Técnicas com Enxertos tipo Onlay (aposicionais) e Inlay...........18

2.3. Técnicas sem Enxertos ............................................................................25

2.3.1. Implantes Inclinados ou Estreitos ou com Forma Modificada ....25

2.3.2. Implantes Zigomáticos ...............................................................29

2.3.3. Associação de Implantes ...........................................................30

3. Objetivos ................................................................................................................35

3.1. Objetivos Gerais ......................................................................................35

3.2. Objetivos Específicos ...............................................................................35

4. Material e Métodos ................................................................................................36

4.1. Localização dos Estudos .........................................................................36

4.2. Palavras-Chave .......................................................................................36

4.3. Critérios de Inclusão ................................................................................37

4.4. Desfechos ................................................................................................37

4.5. Análise de Elegibilidade ...........................................................................37

4.6. Critérios de Exclusão ...............................................................................37

Page 8: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

4.7 Fase de Extração de Dados .....................................................................38

5. Resultados .............................................................................................................39

5.1. Seleção dos Estudos ...............................................................................39

5.2. Tratamento com Enxertos ........................................................................41

5.3. Tratamento sem Enxertos ........................................................................41

5.4. Comparação de Técnicas ........................................................................42

6. Discussão ..............................................................................................................43

6.1. da Metodologia ........................................................................................43

6.1.2. Revisões Sistemáticas ...............................................................43

6.1.3. Revisões Sistemáticas com ou sem Metanálises ......................44

6.1.4. Características dos Estudos Primários da Pesquisa .................45

6.1.4.1 Método ...........................................................................45

6.1.4.2. Índice de Sobrevida x Índice de Sucesso .....................47

6.2. Tratamentos com Enxertos ......................................................................48

6.2.1. Osso Enxertado x Sobrevida dos Implantes ..............................48

6.2.2. Técnicas Cirúrgicas x Sobrevida dos Implantes ........................49

6.2.3. Técnicas Cirúrgicas com Implantes Simultâneos x Técnicas Cirúrgicas com Implantes Tardios .............................................................................50

6.3. Tratamento sem Enxertos .......................................................................51

6.4. Comparação entre os Tratamentos com e sem Enxertos .......................53

7. Conclusões ............................................................................................................55

8. Referências Bibliográficas .....................................................................................56

9. Anexos ...................................................................................................................67

Page 9: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fluxograma 1. Etapas da Seleção dos Estudos 67

Quadro 1. Características dos Estudos Originais 68

Quadro 2. Estudos Prospectivos Selecionados 81

Quadro 3a. Estudos Divididos por Técnicas de Tratamento 84

Quadro 3b. Estudos com mais de uma Técnica de Tratamento 89

Quadro 4. Momento de Instalação dos Implantes 90

Quadro 5. Comparação das Técnicas 90

Page 10: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

mm – milímetros

cm – centímetros

PRP – plasma rico em plaquetas

Gy – Gray: uma das unidades de dose de radiação absorvida

N cm – newtons por centímetro

MSEE – do inglês Mucosal Seal Efficacy Evaluation: índice de eficácia do selamento

mucoso

n – quantidade da amostra

RCT – do inglês Randomized Controlled Trial: ensaio clinico randomizado controlado

ITI – International Team for Implantology

CCTR – Cochrane Controlled Trials Register

Page 11: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

9

RESUMO

A reabilitação de pacientes edêntulos com atrofias severas de maxila por

meio de implantes osseointegrados, representa um desafio aos profissionais e uma

importante conquista para os pacientes. Inúmeras técnicas cirúrgicas reabilitadoras

tem sido descritas, desde o advento da osseointegração. O presente trabalho

objetivou, por meio de revisão sistemática, avaliar e comparar os índices de

sobrevida dos implantes nas diversas técnicas, com e sem enxertos ósseos. A partir

de um total de 340 resumos de artigos, procedeu-se processo seletivo com

metodologia sistemática e obtenção dos textos completos. Ao final, 19 artigos

(estudos primários) foram selecionados e comparados. Os resultados apontaram

maiores índices de sobrevida dos implantes nas técnicas em que não foram

utilizados enxertos ósseos; entretanto a ausência de estudos clínicos controlados e

randomizados, envolvendo comparações das técnicas, não nos permitiu concluir

qual a melhor opção para tratamento. Pesquisas, com planejamento metodológico

adequado à produção de evidências científicas trariam elucidações sobre o tema,

embasando indicações e decisões clínicas.

Palavras-Chave: implante dentário, maxila atrófica, maxila edêntula, revisão

sistemática.

Page 12: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

10

ABSTRACT

The rehabilitation of edentulous patients with severe maxillary atrophy with the

use of osseointegrated implants is a significant challenge to the clinician and an

important benefit to the patient. Since the discovery of osseointegration, several

surgical techniques have been described. The goal of the present study was to

evaluate and compare, by means of a systematic literature review, survival rates of

implants installed with the employment of techniques with and without bone grafting

procedures. Following a selective proccess with systematic methodology, a total of

340 research abstracts were screened and, complete texts of 19 studies were

obtained and compared. The results pointed to a tendency of higher survival rates of

implants installed in techniques without bone grafting. However, the absence of

randomized controled clinical trials comparing different techniques precluded the

definitive conclusion of the best treatment option. Clinical research with adequately

planned methodology aimed at the acquisition of scientific evidence would better

elucidate the pending questions and, thus, providing the basis for the clinical

indications and decisions.

Key words: dental implant, atrophic maxilla, edentulous maxilla, systematic

review.

Page 13: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

11

1. INTRODUÇÃO

Quando um dente é perdido, a falta de estímulo do osso residual causa

diminuição nas trabéculas e na densidade óssea da área, com perda da largura

externa e, assim, da altura do volume ósseo (MISCH, 2006). Em função do número

de dentes perdidos, da etiologia das perdas e do período de tempo sem os dentes,

diferentes níveis de reabsorção óssea poderão ocorrer, inclusive em um mesmo

paciente.

A reduzida disponibilidade óssea representa um desafio para as reabilitações

protéticas implanto-suportadas, destacando-se as planejadas em maxilas atróficas

(APARICIO et al, 2001).

Na maxila, a presença de estruturas anatômicas como: seio maxilar, soalho das

fossas nasais e canal nasopalatino, associada às perdas decorrentes da reabsorção

do processo alveolar, limita a quantidade de osso disponível para instalação de

implantes e até para a utilização de próteses convencionais em muitos casos

(NYSTRÖM et al, 2002).

As técnicas visando tratamento de maxilas parcial e totalmente atróficas, trazem

aos pacientes portadores dessas deficiências, possibilidades de restabelecimento

das funções outrora perdidas ou comprometidas (GUTTA et al, 2009). Destacam-se:

as técnicas de enxertos ósseos obtidos intra ou extra-oralmente, levantamento de

soalho de seio maxilar e soalho de fossas nasais, técnicas de regeneração óssea

guiada (atrofias parciais), distração osteogênica (atrofias parciais) (KAHNBERG,

2006), utlização de implantes curtos (atrofias parciais) (RENOUARD, 2005),

implantes convencionais estrategicamente inclinados (MATTSSON et al, 1999;

PEÑARROCHA et al, 2009), implantes instalados sem retalhos, através de cirurgia

virtualmente guiada (KOMIYAMA et al, 2007) e implantes longos ancorados no osso

zigomático (BRANEMARK et al, 2004; FARZAD, 2006; APARICIO et al, 2008).

Page 14: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

12

Para reabilitação de maxilas totalmente edêntulas e atróficas por meio de

implantes osseointegrados, a análise crítica e sistemática de estudos envolvendo a

sobrevida desses implantes, pode contribuir sobremaneira para as decisões clínicas

relacionadas ao tema.

Page 15: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

13

2. REVISÃO DE LITERATURA

A reabsorção óssea fisiológica decorrente da perda dentária tem caráter

progressivo e irreversível, sendo consideravelmente mais pronunciada no primeiro

ano. Pode ser vertical, horizontal ou combinada. Esse fato contribui para a redução

do volume ósseo e para o estabelecimento de relações maxilo-mandibulares

desfavoráveis (NYSTRÖM et al, 1996).

Visando o tratamento dos pacientes portadores de atrofias totais de maxila,

inúmeras técnicas cirúrgicas foram revisadas na literatura. O objetivo comum dessas

técnicas é o de possibilitar a reabilitação protética estetico-funcional por meio de

implantes osseointegrados, criando condições anatômicas locais favoráveis às

instalações (BARONE et al, 2009) ou explorando a anatomia óssea deficitária

presente, por meio de modificações dos implantes e ou das técnicas convencionais

de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001).

2.1. Classificação de Cawood & Howell

Em 1988, CAWOOD & HOWELL propuseram uma classificação completa

para os maxilares edêntulos (maxila e mandíbula) aplicada às reabsorções

alveolares, de acordo com a sequência cronológica dessas reabsorções, a partir das

extrações dos dentes. Segundo esses autores, até então, as classificações

existentes eram insatisfatórias: ou muito subjetivas ou incompletas.

A classificação apresentava os seguintes objetivos: Simplificar as descrições

de rebordos residuais, auxiliando a comunicação entre profissionais; facilitar a

seleção da técnica cirúrgica pré-protética apropriada; oferecer a possibilidade do

registro de uma situação clínica edêntula inicial, a fim de avaliar e comparar

diferentes métodos de tratamento; favorecer o processo decisório sobre técnicas

interceptativas que visem manutenção do rebordo alveolar.

Page 16: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

14

De acordo com o quadro clínico e radiográfico, os pacientes podem ser

agrupados em seis classes, segundo CAWOOD & HOWELL (1988):

- Classe I: Dentado.

- Classe II: Imediatamente após exodontia.

- Classe III: Rebordo alveolar com forma bastante arredondada. Altura

e espessura adequadas.

- Classe IV: Rebordo em forma de lâmina de faca. Altura adequada e

espessura inadequada.

- Classse V: Rebordo alveolar plano. Altura e espessura inadequados.

- Classe VI: Rebordo alveolar apresentando depressão, com perda

óssea basilar evidente.

2.2. Técnicas com Enxertos

Em 1982, Branemark apresentou seus resultados sobre osseointegração na

Conferência de Toronto. O artigo original, publicado por BREINE e BRANEMARK em

1980 continha a primeira informação sobre implantes endósseos instalados em

tecido ósseo enxertado, como parte de um procedimento reconstrutivo. A partir daí,

um grande volume de artigos tem sido publicados apresentando várias técnicas,

com diferentes tipos de: implantes, enxertos ósseos e biomateriais para

reconstrução oral e maxilofacial (TOLMAN, 1995).

Os objetivos das reconstruções cirurgico-protéticas de maxilas totalmente

edêntulas e atróficas por meio de enxertos ósseos e implantes osseointegrados são:

Page 17: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

15

1) Proporcionar o posicionamento e osseointegração dos implantes; 2) Reconstruir a

morfologia facial; 3) Restaurar os contornos orais relacionados aos tecidos moles; 4)

Devolver estética, fonética e mastigação satisfatórias (LUNDGREN et al, 2008).

KAHNBERG (2006) classifica os enxertos:

- De acordo com a sua origem em: autógenos ou autólogos (do prórpio

indivíduo), alógenos ou homólogos (de indivíduos da mesma espécie) e xenógenos

ou heterólogos (de indivíduos de espécies diferentes).

- De acordo com a localização do sítio doador: intra-orais (maxila e

mandíbula) e extra-orais (quadril, calvária, costela, tíbia, fíbula)

- De acordo com a apresentação física a ser enxertada: em bloco (obtido em

forma de bloco ósseo) e particulado (obtido através de trituração, raspagem ou

curetagem).

- De acordo com a localização anatômica: onlay ou aposicional (no rebordo

alveolar remanescente, para ganho de altura e ou espessura com apresentação

física de bloco(s)) e inlay (no interior do seio maxilar ou cavidade nasal, sob a

apresentação física de bloco(s) e ou particulada).

2.2.1 – Técnicas com Osteotomia e Enxertos Aposicionais

De acordo com FARMAND (1992) a osteotomia Le Fort I com enxerto

aposicional livre foi proposta como técnica cirúrgica pré-protética por Bell em 1977.

O Consenso em cirurgia pré-protética de Arnhem - Holanda em 1989, estabeleceu

que essa seria a técnica básica, padrão em virtude de suas características.

Page 18: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

16

BELL & BUCKLES (1978) publicaram um estudo retrospectivo onde 6

pacientes foram acompanhados por 3 a 14 meses (média de 7 meses), operados de

acordo com a técnica de osteotomia Le Fort I e enxerto autógeno aposicional obtido

da crista ilíaca. A perda máxima foi de 1 mm de acordo com análise cefalométrica.

Os autores justificam o sucesso da técnica baseando-se no fato de que a integridade

da relação mucosa-periósteo-córtex permite que a morfologia e arquitetura óssea do

osso transposto permaneçam inalteradas, reduzindo assim sua reabsorção.

PIECUCH et al (1984) limitam a indicação desta técnica, como sendo para

tratamento de maxilas extremamente atróficas, onde o paciente não pode ser tratado

por terapias protéticas convencionais ou associadas a procedimentos cirúrgicos de

menor amplitude.

FARMAND (1986) propôs uma modificação à técnica convencional de

osteotomia Le Fort I e enxerto aposicional. A essa modificação ele denominou

osteotomia Le Fort I tipo sanduíche em ferradura, para maxilas edêntulas como

cirurgia pré-protética. Visa transpor as desvantagens da técnica convencional em

não proporcionar boa altura na face vestibular do rebordo e também da abóboda

palatina e tuberosidades permanecerem planas. O osso a ser enxertado pode ser do

quadril (crista ilíaca) ou costela (nos casos em que não há necessidade de modificar

a relação horizontal maxilo-mandibular). Quinze pacientes foram operados pela

técnica de osteotomia Le Fort I tipo sanduíche em ferradura e acompanhados

durante o período de 3 a 15 meses, alcançando resultados bastante satisfatórios

com mínima reabsorção, de acordo com o autor. Convém ressaltar que os implantes

osseointegrados não eram ainda utlizados com rotina na época.

KELLER et al (1987) foram os primeiros a relatar o uso de implantes

osseointegrados instalados em maxilas previamente tratadas com osteotomia Le

Fort I e enxertos aposicionais.

SAILER (1989) descreveu uma técnica, que possibilita a instalação de

implantes em maxilas totalmente atróficas, corrigir relações intermaxilares,

restabelecer a dimensão vertical e fazer vestibuloplastia em um mesmo tempo

Page 19: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

17

cirúrgico. Os seguintes procedimentos são realizados nesta técnica: Osteotomia Le

Fort I, fratura intencional do segmento inferior (“down-fracture”), deslocamento

(remoção) da membrana sinusal e nasal, interposição e fixação de blocos ósseos

autógenos obtidos a partir da crista ilíaca, instalação de implantes e fixação, com

mini-placas do segmento intencionalmente fraturado, na nova posição planejada:

aquela que possibilite espacialmente a melhor relação maxilo-mandibular. Até a data

da publicação, 35 implantes haviam sido instalados em 5 pacientes, desde 1987.

Nenhuma perda havia acontecido até então.

Na década de 90, vários pesquisadores publicaram estudos longitudinais

aplicando a técnica descrita por SAILER (1989). O período de acompanhamento

variou de 6 a 48 meses, e o índice de sobrevida dos implantes de 79 a 88,3%

(ISAKSSON et al, 1993; KREKMANOV, 1995; NYSTRÖM et al, 1995; LI et al, 1996).

Foram publicados também diversos trabalhos em que as instalações dos

implantes se davam 4 a 6 meses após a primeira cirurgia (Le Fort I e enxerto

aposicional da crista ilíaca, geralmente). O período de acompanhamento variou de 6

meses a 12 anos, e o índice de sobrevida dos implantes de 84,4 a 96,6%.

(CAWOOD et al, 1994; NYSTRÖM et al, 1997; KAHNBERG et al, 1999; HALLMAN

et al, 2005; KAHNBERG & VANNAS-LÖFQVIST , 2005; CHIAPASCO et al, 2007;

MARCHETTI et al, 2008; NYSTRÖM et al, 2009). Esses autores apontaram

vantagens desse tipo de procedimento ser realizado em 2 tempos distintos. O tema

será abordado na discussão.

MUÑOZ-GUERRA et al (2009) apresentaram modificações da técnica de

SAILER fazendo uso de raspadores ósseos e cirurgia piezoelétrica, com intuito de

preservação das membranas sinusais. Citam como vantagens dessa preservação:

redução das possibilidades contaminação/ infecção pós-operatórias e conseqüente

aumento das chances de sucesso dos enxertos. Os raspadores promovem acesso

controlado à membrana sinusal, e a piezocirurgia promove, através de freqüência

ultrassônica modulada, corte preciso e seletivo do tecido ósseo.

Page 20: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

18

2.2.2 – Técnicas com Enxertos tipo Onlay (aposicionais) e

Inlay

Segundo KAHNBERG et al (1989) a reabsorção severa do processo alveolar

traz ao paciente uma situação de impossibilidade protética, já que dessa forma não

há osso suficiente para instalação de implantes tampouco para retenção e

estabilização de uma prótese total convencional. Um enxerto aposicional ou onlay

por si só, seria também reabsorvido com o tempo, caso não houvesse um estímulo

funcional com implantes osseointegrados. De acordo com os autores, com base nos

motivos citados, a técnica de enxertos em bloco tipo onlay, tendo a crista ilíaca como

sitio doador e instalação simultânea de implantes em maxila totalmente atróficas

torna-se uma excelente indicação reconstrutiva.

O mesmos autores, em um estudo prospectivo acompanharam 10 pacientes

por um período de 10 a 20 meses operados de acordo com a técnica de enxertos

em bloco tipo onlay e instalação simultânea de 57 implantes, observando uma

sobrevida de 86% (KAHNBERG et al, 1989).

ISAKSSON E ALBERIUM (1992) obtiveram 83% de índice de sobrevida de 46

implantes instalados. Oito pacientes foram acompanhados por um período de 32 a

64 meses.

NYSTRÖM et al (1993) obtiveram 77,4% de índice de sobrevida de 177

implantes instalados. Trinta pacientes foram acompanhados por um período de 2

anos.

Um estudo complementar foi realizado com radiografias cefalométricas para

análise das mudanças de perfil ósseo e de tecido mole, pela técnica da subtração,

no pós-operatório versus pré-operatório. Apesar dos enxertos ósseos onlay, os

resultados mostraram um défict na compensação do suporte labial, uma vez que

próteses totais convencionais foram substituídas por próteses fixas sobre implantes.

Houve, como conseqüência, aumento do ângulo naso-labial dos pacientes. Desses,

Page 21: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

19

apenas 23% não ficaram satisfeitos com seu aspecto facial, o que não foi um fator

decisivo na satisfação final do tratamento, uma vez que obtiveram como benefícios:

aumento da capacidade mastigatória, maior possibilidade de participação em

atividades sociais e maior conforto, por estarem com próteses fixas ao invés de

removíveis. A avaliação foi feita pelos próprios pacientes mediante preenchimento

de questionários. (NYSTRÖM et al, 1996).

KÖNDEL et al (1996) utilizaram parte (cerca de 10cm) da 5ª costela como

enxerto autógeno. O tecido ósseo obtido foi dividido em 2 segmentos, e estes

adaptados ao rebordo maxilar atrófico remanescente. Quatro a 6 implantes

osseointegráveis foram instalados e fixaram os segmentos enxertados à maxila. Um

total de 75 implantes foram instalados em 14 pacientes, e acompanhados por um

período de pelo menos 5.2 anos. A sobrevida dos implantes foi de 73,3%, e a perda

óssea peri-implantar foi de 1,27mm.

LUNDGREN et al (1997) trataram atrofias totais maxilares, classe V e VI

(classificação de CAWOOD & HOWELL, 1988) de 20 pacientes, dividindo-os em 2

grupos. Os primeiros 10 pacientes (grupo inlay) receberam enxertos tipo inlay em

soalho de seios maxilares e de fossas nasais. Os últimos 10 pacientes (grupo

inlay/onlay), além destes enxertos inlay, receberam também enxertos tipo onlay na

região anterior da maxila. O sítio doador foi a crista ilíaca para todos os casos. Cento

e trinta e seis implantes foram instalados 6 meses após a cirurgia de enxertos

ósseos. O período de acompanhamento foi de 12 a 32 meses. A média de

acompanhamento do grupo inlay foi de 19 meses e a do gupo inlay/onlay foi de 22

meses. A sobrevida dos implantes no grupo inlay foi de 83%, enquanto que no grupo

inlay/onlay foi de 70%.

NEYT et al (1997) propôs uma nova técnica de enxerto onlay, onde o bloco de

osso autógeno removido da crista ilíaca é modelado em forma de “L” e fixado à

maxila através de parafusos de titânio. Dezessete pacientes apresentando atrofia

total de maxila foram submetidos a enxertos tipo inlay em ambos os seios maxilares

e também a enxertos onlay em forma de “L”. Quatro meses após foram instalados 6

a 8 implantes por paciente, totalizando 123 implantes. Os parafusos de titânio

Page 22: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

20

usados para fixação do enxerto foram removidos no mesmo tempo cirúrgico das

instalações ou 1 mês antes, por meio de anestesia local e incisão simples. O período

de acompanhamento foi de 6 meses a partir do carregamento protético, e a

sobrevida dos implantes foi de 97,5%.

SCHLIEPHAKE et al (1997) avaliaram a sobrevida de 871 implantes

instalados em 137 pacientes cerca de 3 a 4 meses após procedimentos de enxertia

em maxilas atróficas. Os enxertos foram do tipo onlay nos rebordos alveolares

remanescentes e ou inlay nos seios maxilares. Os sítios doadores foram a crista

ilíaca ou mento, na dependência da quantidade de osso necessária. A sobrevida dos

implantes foi de 67,8% após um período de 5 anos. Nesse estudo houve diferenças

observadas entre o sexo masculino e feminino, obtendo o último um pior resultado

na sobrevida dos implantes. Os autores atribuem a essa diferença uma provável

menor qualidade óssea dos enxertos.

VAN STEENBERGHE et al (1997) em um trabalho prospectivo com período

de acompanhamento de 10 anos, analisaram a sobrevida de 93 implantes

instalados em 20 pacientes simultaneamente a procedimentos de enxertos tipo inlay

nos seios maxilares e ou onlays nos rebordos atróficos. Blocos autógenos obtidos a

partir da crista ilíaca foram utilizados nos rebordos e nos seios. Osso particulado

obtido do mesmo sítio doador foi interposto entre os enxertos e os sítios receptores

(nos gaps). O índice de sobrevida dos implantes foi de 95%.

NYSTRÖM et al (2002) em estudo prospectivo com período de

acompanhamento de 5 anos, analisaram a sobrevida dos implantes, instalados

simultaneamente aos enxertos onlay em maxilas totalmente atróficas, classe V e VI

(classificação de CAWOOD & HOWELL, 1988) de 30 pacientes. Analisaram

também, através de tomografias computadorizadas, o nível ósseo adjacente aos

implantes, em seus componentes altura e espessura. O índice de sobrevida dos

implantes foi de 74,6%. Houve decréscimo do nível ósseo ao redor dos implantes

durante os 3 primeiros anos e estabilização após esse período. A média de altura

obtida após os enxertos (incluindo o rebordo residual) foi de 12,4mm. Após 5 anos

houve perda média de 2,4mm. Com relação à espessura, 12mm foram obtidos após

Page 23: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

21

os enxertos, havendo uma perda média de 3,3mm após 5 anos. Há, portanto um

ganho ósseo significativo nos pacientes com maxilas totalmente atróficas por meio

desta técnica cirúrgica, concluíram os autores.

REINERT et al (2003) através de enxertos tipo inlay (seios maxilares) e ou

onlays (rebordos atróficos), autógenos obtidos da crista ilíaca, conseguiram registrar

um ganho médio em altura de 14mm após um período de acompanhamento de 3

anos, em 30 pacientes com maxilas classe VI (Classificação de CAWOOD &

HOWELLL, 1988). Houve perda de 1.3mm, em média, durante o primeiro ano. No

segundo e terceiro anos as perdas foram insignificantes. Nesse estudo, 200

implantes foram instalados cerca de 4 a 6 meses após os enxertos ósseos, e

obtiveram sobrevida de 94,5%.

THOR et al (2005) em 19 pacientes, por meio de estudo prospectivo,

avaliaram a sobrevida de 152 implantes instalados em região anterior e posterior de

maxila previamente enxertadas com osso autógeno obtidos da crista ilíaca, em bloco

ou particulados, com ou sem plasma rico em plaquetas (PRP). Para os

procedimentos de enxertos nas maxilas atróficas, houve elevação de soalho dos

seios maxilares e das fossas nasais. Os enxertos foram do tipo inlay e onlay (no

rebordo). O modelo do estudo foi o de “split mouth”. Os implantes foram instalados 6

meses após a realização dos enxertos. Após acompanhamento pelo período de 1

ano após carregamento protético, a sobrevida dos implantes foi de 98,7%. O PRP

não contribuiu positivamente nesse estudo para a diferença entre os sítios de

instalação, apesar de ter facilitado a manipulação do enxerto, segundo os autores.

IISUKA ET AL (2004) dividiram em 4 grupos os pacientes tratados com

enxertos autógenos mono-corticais de calvária, que incluiu 13 pacientes com

atrofias, traumas e tumores em mandíbula e maxila. Desses, os com atrofia maxilar

foram 4 pacientes, 1 paciente com tumor (carcinoma) e 2 com trauma. Para o

tratamento das atrofias maxilares (classe V e VI – Cawood & Howell , 1988), em

região anterior 2 ou 3 camadas (uma sobre a oura) de blocos tipo onlay foram

posicionadas sobre o rebordo, e fixadas com 2 parafusos. Nos casos de relação

óssea intermaxilar classe III, os blocos foram posicionados mais anteriormente, com

Page 24: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

22

finalidade de correção. O aumento em região posterior seguiu o curso de uma

cirurgia convencional de levantamento de seios maxilares, onde 3 camadas de

blocos foram posicionadas no soalho dos seios e fixadas por meio de parafusos de

titânio. Nos 4 pacientes portadores de atrofia maxilar, 18 implantes foram instalados.

Sendo 8 simultaneamente aos enxertos e 10 de 18 a 22 semanas após. Nenhum

implante foi perdido durante o período de acompanhamento que variou de 11 a 23

meses.

GLEIZAL & BEZIAT (2007) procederam reconstruções maxilo-mandibulares

em 73 pacientes, com uso de bloco ósseos autógenos bi-corticais de calvária. As

reconstruções maxilares foram onlays e inlays. Para os enxertos inlays, nos seios

maxilares, 2 técnicas foram aplicadas. A primeira foi verticalmente orientada pelo

bloco de enxerto, que foi posicionado no interior do seio, via janela lateral, em um

sistema de auto-retenção. Um degrau foi preparado no bloco para ficar posicionado

na parede anterior do seio. A espessura da reconstrução é equivalente ao diâmetro

latero-medial do seio maxilar, e a altura da reconstrução é a mesma que a largura do

bloco. A segunda técnica de enxerto sinusal, utiliza o bloco no sentido horizontal

com ou sem superposição de camadas de blocos, em função do tamanho do seio. O

mesmo mecanismo de auto-retenção é estabelecido, não havendo portanto,

necessidade de osteosíntese (fixação do bloco ao leito receptor, usualmente feita

por meio de parafusos). No total, 122 enxertos ósseos bi-corticais da calvária foram

enxertados e 69 pacientes tiveram 291 implantes instalados 4 a 5 meses após os

enxertos. Em 29 pacientes, 121 implantes foram posicionados em enxertos verticais

(para ganho de altura) e em 40 pacientes, 170 implantes foram instalados em

enxertos horizontais (para aumento da espessura). Durante um período de

acompanhamento de 5 anos, a sobrevida dos implantes foi de 99,3%.

GUTTA & WAITE (2009) avaliaram um total de 15 sítios (8 maxilares e 7

mandibulares) de 13 pacientes que recebram enxertos monocorticais de calvária. A

altura pré-operatória média dos pacientes incuídos no estudo era de 6mm (variando

de 3 a 9mm). Nos sítios maxilares anteriores, a reconstrução foi por meio de blocos

tipo onlay. Nos seios maxilares, também por meio de blocos, tipo inlay. A fixação dos

blocos se dava por meio de parafusos de titânio. A média de altura na maxila era de

Page 25: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

23

4.7 ± 2.3mm no pré-operatório e 14.6 ± 3.5 mm no pós-operatório. Dois pacientes

tiveram exposição dos blocos ao meio oral, porém não houve perda do enxerto em

função disso. Após um período de 4 a 6 meses, um total de 53 implantes foram

instalados na maxila e mandíbula (média de 4 implantes por paciente). Todos

apresentaram boa estabilidade inicial. O período de acompanhamento variou de 5 a

82 meses (média de 32 meses). A sobrevida dos implantes foi de 96,2%.

DE SANTIS et al (2004) através de tratamento multi-disciplinar, instalaram 62

implantes osseointegráveis em maxilas totalmente atróficas de 18 pacientes,

previamente tratados com enxerto fibular vascularizado. Esse enxerto, após ser

removido do sítio doador, contém não só um segmento da fíbula como também

3mm dos músculos flexor longo do hálux e sóleo inseridos, além dos pedículos

arterial e venoso fibular. Esses pedículos são anastomosados com a artéria e veia

facial respectivamente (previamente dissecadas), o que irá prover vascularização do

enxerto desde o momento de sua aposição no leito receptor. Os implantes foram

instalados, passados 6 meses da cirurgia reconstrutiva. Em um período de

acompanhamento que variou de 14 a 86 meses (média de 41 meses), houve

sobrevida de 100% dos implantes instalados.

GBARA et al (2007) em um trabalho retrospectivo de enxertos vascularizados

de tíbia, com acompanhamento de 10 anos, avaliaram a sobrevida de 128 implantes

instalados em 30 pacientes. Destes, 18 tinham tumores malignos (17 em mandíbula

e 1 em mandíbula e maxila), 10 atrofias severas (6 em mandíbula, 4 em mandíbula e

maxila) e 2 osteomielite (mandíbulas). Os 18 pacientes com tumores malignos

receberam radioterapia previamente à cirurgia (60 a 70 Gy). A sobrevida total dos

implantes foi de 96,6%, após 10 anos. Nenhum implante foi perdido nos pacientes

tratados com radioterapia.

CONTAR et al (2009) publicaram uma pesquisa, de metodologia prospectiva,

na qual 15 pacientes portadores de atrofia maxilar, foram submetidos à reconstrução

com enxertos em bloco, alógenos frescos congelados de tíbia (originados de banco

de ossos e tecidos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná).

Nove meses após, 51 implantes foram instalados nos 15 pacientes, com no mínimo

Page 26: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

24

40 N cm de torque. Previamente às instalações, núcleos ósseos foram biopsiados

dos enxertos para análise histológica. Trinta e quatro blocos foram posicionados, e o

número de blocos recebidos por paciente variou de 1 a 4. Na cirurgia dos implantes,

todos os blocos foram examinados, apresentando-se firmes em consistência, bem

incorporados e vascularizados. O período de acompanhamento variou de 24 a 35

meses, e nenhum implante foi perdido nesse intervalo de tempo. A análise

histológica revelou a presença de tecido ósseo vivo, com características de osso

compacto e maduro, envolto por espaços medulares. Segundo os autores, ossos

alógenos podem ser utilizados com sucesso, como material de enxerto para

reconstrução de defeitos maxilares. Ainda segundo os autores, se técnicas

cirúrgicas adequadas forem implementadas, esse tipo de osso pode ser usado com

segurança em regiões em que implantes serão posicionados, como uma alternativa

viável a enxertos autógenos.

BARONE et al (2009) selecionaram 13 pacientes que necessitavam de

enxertia óssea previamente às instalações dos implantes. Ao todo 24 blocos ósseos

alógenos de diáfise femural (banco de tecidos, Hospital Careggi, Florença – Itália)

foram posicionados. Cinco blocos foram planejados para aumento vertical de

rebordo e os 19 remanescentes para aumento horizontal. Foi constatada exposição

prematura de 2 blocos (1 em cada paciente), que precisaram ser removidos devido à

infecção. Esses blocos foram posicionados objetivando aumento vertical, que por si

é uma técnica com menos previsibilidade do que o aumento horizontal, segundo os

autores. Trinta e oito implantes, com comprimento variando de 10 a 15mm foram

posicionados nos 13 pacientes, 5 meses após a cirurgia de enxerto ósseo. Dois

implantes falharam em osseointegrar. Essa constatação foi feita 6 meses após suas

instalações, durante o segundo tempo cirúrgico. Esses implantes foram substituídos,

sem nenhuma necessidade de enxertia adicional. De acordo com os dados obtidos a

partir do presente estudo, os autores concluíram: que a sobrevida dos implantes foi

de 99,2% no período observado (6 meses); que os enxertos possibilitaram

instalação de implantes 5 meses após; que os resultados preliminares indicam boas

perspectivas para o uso da técnica aplicada; que mais estudos (com períodos

maiores de observação) se fazem necessários a fim de confirmarem as perspectivas

favoráveis obtidas preliminarmente.

Page 27: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

25

2.3 – Técnicas sem Enxerto

Desde o desenvolvimento dos implantes dentais osseointegrados, o protocolo

padrão tem sido o de posicionar os implantes verticalmente em relação ao processo

alveolar. (MATTSSON et al, 1999). Em função das considerações médicas,

biológicas e de tempo total de tratamento, métodos alternativos nos quais rebordos

alveolares severamente reabsorvidos são utilizados para instalação de implantes,

sem a necessidade de enxertos ósseos, tem sido apresentados (PEÑARROCHA et

al, 2009).

2.3.1 – Implantes Inclinados ou Estreitos ou com Forma

Modificada

MATTSSON et al (1999) instalaram 86 implantes em 15 pacientes cujas

maxilas possuiam atrofia grau V e VI (Cawood & Howell). A técnica utilizava o

conceito de inclinação proposital dos implantes, evitando desta forma, a

necessidade de enxertia prévia e trans-cirúrgica. Por meio de fenestração do seio

maxilar e exposição do soalho das fossas nasais, obtia-se visualização adequada

para instalação dos implantes, de tal forma a permitir a exposição de 2 a 5 roscas

palatinas, viabilizando através da inclinação o maior comprimento possível desses

implantes. Nenhum tratamento foi feito sobre as roscas expostas. Durante o período

de acompanhamento, que variou de 36 a 54 meses (média de 45 meses), 1 implante

foi perdido (98,8% de sobrevida) e todas as próteses fixas permaneceram estáveis.

Os autores concluem, destacando que os implantes inclinados podem ser uma

alternativa viável, e de relação custo x benefício favorável quando levamos todos os

aspectos das técnicas convencionais de enxertos ósseos em consideração, para

tratamento de maxilas atróficas. Porém entendem que mais estudos comparativos

são necessários para uma completa avaliação.

Page 28: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

26

SCORTECCI (1999) avaliaram o desempenho de implantes projetados com

forma de disco (Victory S.A – Nice, França) para reabilitação de maxilas totalmente

edêntulas e atróficas com carregamento imediato. Esses implantes, devido ao

aspecto retentivo lateral , necessitam de muito pouco altura nos sítios ósseos (em

1.5mm) e pouca espessura de rebordo (3mm), devendo ser instalados por via lateral

com fresas especialmente projetadas. Fenestrações ósseas são prevista. Em 72

pacientes, 783 implantes foram instalados (627 em forma de disco e 156

convencionais) com carregamento protético fixo imediato. Após 6 meses em função,

as restaurações fixas foram removidas e cada implante examinado individualmente,

por meio de : radiografias e exame clínico (verificação da osseointegração e torque

de 20 N cm). Noventa e oito por cento dos implantes encontravam-se radiografica e

clinicamente osseointegrados. Cinquenta e seis parafusos de ouro (7%)

necessitaram de re-aperto após 10 meses, porém não houve fraturas no período de

acompanhamento, que variou para todos os implantes de 6 a 48 meses. Todas as

próteses fixas mostraram-se estáveis e funcionais. Não houve perda adicional de

nenhum implante.

APARICIO et al (2001) reabilitaram 25 pacientes por meio de 59 implantes

posicionados em direção axial e 42 implantes inclinados (foram considerados

inclinados aqueles com mais de 15 graus em relação ao plano oclusal). Próteses

fixas foram instaladas de 6 a 8 meses após os implantes. O período médio de

acompanhamento foi de 37 meses (variando de 21 a 87 meses após carregamento

protético). Os autores classificaram os implantes com relação a: sucesso (de acordo

com os critérios clínicos e radiográficos propostos por Albrektsson et al, 1986: (1)

ausência de mobilidade detectável clinicamente; (2) ausência de exsudato,

inflamação persistente, desconforto ou sangramento; (3) ausência de radiolucência

peri-implantar; e (4) ausência de perda óssea progressiva maior que 0.2mm

anualmente, após o primeiro ano da inserção do implante; e sobrevida (aqueles

implantes que encontram-se estáveis, porém cujo critério de perda óssea de 1,5mm

durante o primeiro ano e 0,2mm anualmente a partir do segundo ano, não foi

alcançado). Após 5 anos, o índice de sucesso cumulativo para implantes inclinados

foi de 95,2% (sobrevida de 100%) e 91,3% (sobrevida de 96,5%) para implantes

axiais. O índice de sobrevida das próteses foi de 100%. A perda óssea marginal

Page 29: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

27

média foi de 1,21 mm para os implantes inclinados e 0.92 mm para os implantes

axiais. Durante o período de acompanhamento, todas as próteses exceto duas,

estavam mecanicamente estáveis. Foi procedido re-aperto em 18 parafusos de

pilares protéticos em 14 próteses. Constatou-se fratura de 2 parafusos e de duas

superfícies oclusais. Segundo os autores, os resultados indicam que a utilização de

implantes inclinados é uma alternativa segura e efetiva às cirurgias de levantamento

de soalho do seio maxilar e enxertos ósseos.

HALLMAN (2001) objetivou tratar maxilas severamente atróficas (largura dos

sítios a serem enxertados menores que 4 mm e altura menor que 10mm) por meio

de implantes de diâmetro reduzido. Quarenta pacientes receberam 182 implantes

com diâmetro de 3.3mm, medindo de 8 a 12 mm em comprimento. Trinta e sete

pacientes receberam próteses fixas e 3 receberam overdentures. Um implante de

8mm foi perdido 1 mês após a instalação, havendo portanto índice de sobrevida de

99,4% após 1 ano de acompanhamento. Levando-se em consideração que 4

implantes tiveram o quadro de perimplantite tratado com sucesso, e 1 implante foi

deixado “sepultado” devido a mal posicionamento, a taxa de sucesso cumulativo foi

de 96,4%. A média de reabsorção óssea marginal aos implantes foi de 0.14 ± 0.67

(variando de 0 a 6 mm) na instalação das próteses, e 0.35 ± 1.05 (variando de 0 a

7mm) após 1 ano em função; apenas 4.8% dos implantes tiveram reabsorção óssea

marginal maior que 2mm.

MALÓ et al (2005) tiveram como propósito de seu estudo, a avaliação de um

protocolo para função imediata com apenas 4 implantes convencionais (“all on four”)

suportando uma prótese fixa em maxila totalmente edêntula e atrófica. Os implantes

distais eram inclinados, de forma a tangenciar as paredes anteriores dos seios

maxilares. A referida inclinação, segundo os autores proporciona: Possibilidade de

instalação de implantes de maior comprimento e diminuição do cantiléver protético

distal devido ao local de emergência das plataformas destes implantes. Em 32

pacientes foram posicionados 128 implantes, carregados proteticamente

imediatamente após a cirurgia. O período de acompanhamento foi de 1 ano. A

perda óssea marginal média foi de 0,9 mm e a sobrevida dos implantes foi de

97,6%. De acordo com os autores, o alto índice de sobrevida dos implantes, indica

Page 30: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

28

que o conceito de carga imediata sobre 4 implantes estrategicamente posicionados,

em maxilas totalmente edêntulas e atróficas, pode ser um conceito viável.

ROSÉN & GYNTHER (2007) analisaram o desempenho de implantes

inclinados de 19 pacientes com atrofia maxilar grau V e VI (Cawood & Howell) por

um período de 8 a 12 anos (média de 10 anos). Quatro a seis implantes foram

instalados em cada paciente, sendo que os últimos em cada hemi-arco foram

posicionados com inclinação distal de aproximadamente 30 graus, tangenciando as

paredes anteriores dos seios maxilares. Uma janela foi aberta em cada seio com

objetivo de visualização durante o posicionamento. No total, 103 implantes foram

instalados. Em 2 pacientes, 3 implantes foram perdidos durante o primeiro ano em

função. Todos os outros pacientes tiveram todos os seus implantes osseointegrados

e conectados a próteses fixas, correspondendo a uma taxa de sucesso de 97%.

Radiografias mostraram reabsorção óssea em 10% dos implantes, com média de

1.2 mm. Mucosite foi diagnosticada em 47% dos pacientes durante o período de

acompanhamento. De acordo com os autores, esse estudo com longo período de

acompanhamento (tempo médio de 10 anos) demonstrou que pacientes com

reabsorção severa de maxila podem ser tratados com sucesso através de

tratamento convencional implantodôntico, por meio de técnica cirúrgica simplificada,

evitando ou reduzindo procedimentos adicionais de enxertia óssea.

TOLJANIC et al (2009) instalaram 306 implantes em 51 pacientes com

maxilas totalmente edêntulas e atróficas. Próteses fixas provisórias foram então

posicionadas dentro de um período de 24 horas. Nenhum tipo de enxertia foi

executada antes ou durante o procedimento, mesmo diante de exposição de roscas.

Em muitos casos houve a referida exposição em função das inclinações propositais

impostas aos implantes objetivando o máximo aproveitamento do osso nativo. Após

1 ano de acompanhamento, 294 implantes encontravam-se osseointegrados e em

função (sobrevida de 96%). As perdas ocorreram durante os 3 primeiros meses de

acompanhamento. Foi observada reabsorção óssea marginal média de 0.5mm

(aferida por meio de radiografias periapicais, executadas através da técnica do

paralelismo).

Page 31: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

29

2.3.2 – Implantes Zigomáticos

Os implantes zigomáticos foram descritos por Branemark em 1998

(BRANEMARK, 1998 apud GIL et al, 2007), através de publicação onde 164

implantes foram acompanhados por 10 anos em 81 pacientes, com índice de

sucesso de 97%.

Com comprimento variando de 35 a 55 mm, estes implantes foram projetados

para ancoragem no osso zigomático, independentemente da presença de qualquer

remanescente ósseo do processo alveolar da maxila, sendo indicados para casos de

atrofias maxilares avançadas, decorrentes de perdas dentárias e perdas de volume

ósseo associada a trauma ou tumores. Para reabilitações totais, geralmente são

instalados 2 a 4 implantes zigomáticos associados ou não a implantes convencionais

na região anterior. (GIL et al, 2007).

HIRSCH et al, 2004, em estudo multicêntrico realizado com 76 pacientes,

instalaram 124 implantes zigomáticos, encontrando índice de sobrevida de 97,9%,

com período de acompanhamento de 1 ano. Oitenta por cento dos pacientes

encontravam-se satisfeitos com o tratamento, e as condições do tecido mole peri-

implantar eram normais (saudáveis) em 60% dos sítios. Quando havia presença de

placa bacteriana, a superfície palatina era a mais afetada.

AL-NAWAS et al, 2004 constataram 97% de sobrevida a partir de 37

implantes zigomáticos instalados em 24 pacientes. O período de acompanhamento

foi de 1 ano.

NAKAI et al, 2003 instalaram 15 implantes zigomáticos em 9 pacientes. O

período de acompanhamento variou de 18 a 49 meses. A sobrevida foi de 100%

durante o período avaliado. Problemas de articulação e dificuldade de higienização

foram detectados em alguns casos. Não houve nenhuma alteração nos seios

maxilares dos pacientes, de acordo com avaliação tomográfica.

Page 32: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

30

2.3.3 – Associação de Implantes

BRANEMARK et al (2005) publicaram um estudo longitudinal retrospectivo,

onde 28 pacientes portadores de maxilas severamente foram tratados, por meio de

reabilitação com um total de 52 implantes zigomáticos e 106 implantes

convencionais. Treze pacientes haviam sido submetidos previamente à cirurgias de

implantes e enxertos, e esses tratamentos haviam falhado. Todos os pacientes

foram acompanhados por um período mínimo de 5 anos, sendo que 9 puderam ser

acompanhados por mais de 10 anos. Todos os pacientes, durante o período de

acompanhamento foram submetidos a exames clínicos e radiográficos, e em alguns

rinoscopia e sinuscopia. Três implantes zigomáticos falharam (sobrevida de 94,2%):

dois na conexão dos pilares protéticos e 1 depois de 6 anos. Dos implantes

convencionais posicionados, 29 foram perdidos (sobrevida de 73%). O índice geral

de sobrevida protética foi de 96% após 5 anos em função. Não houve sinais de

reação inflamatória nos limites da mucosa sinusal. Quatro pacientes com sinusites

recorrentes foram submetidos a meatotomia inferior e se recuperaram

satisfatoriamente.

BEKTOR et al (2005) trataram 16 pacientes, com maxilas atróficas e

totalmente edêntulas. Foram instalados 31 implantes zigomáticos e 74 implantes

convencionais. O período de acompanhamento variou de 9 a 69 meses (média de

46,4 meses). Os pacientes que foram tratados com implantes zigomáticos, tiveram

essa modalidade terapêutica escolhida em detrimento do tratamento com enxertos

ósseos pelas seguintes razões: (1) Preferência do paciente (n=11); (2)

Considerações médicas (n=1) ou (3) Devido a insucesso com tratamentos anteriores

envolvendo implantes e enxertos (n=4). Como resultado, 3 dos 31 implantes

zigomáticos foram cirurgicamente removidos devido a sinusites recorrentes

(sobrevida de 90,3%). Três dos 71 implantes convencionais não osseointegraram

(sobrevida de 95,9%). Na maioria dos sítios relacionados aos implantes zigomáticos

(10 dos16) constatou-se pobre higiene oral e gengivite. Infecções locais foram

registradas em 9 dos 16 pacientes. Sinusites ocorreram em 6 pacientes. Entretanto,

todos os pacientes puderam receber próteses fixas, que permaneceram estáveis

durante todo o período observado. Segundo os autores, mais pesquisas

Page 33: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

31

longitudinais avaliando implantes zigomáticos são necessárias, com especial ênfase

aos tecidos moles e seios maxilares.

FARZAD et al (2006), em 11 pacientes procederam reabilitação prótetica fixa

através da instalação de 64 implantes (sendo 22 zigomáticos). As próteses fixas

foram removidas para permitir avaliações clínicas e radiográficas durante o período

de acompanhamento (18 a 46 meses). Uma escala analógica visual foi utlilizada

para medir a satisfação dos pacientes antes e depois do tratamento. Os seguintes

resultados ocorreram: todos os implantes zigomáticos demonstraram sinais clínicos

de osseointegração. Um implante anterior foi perdido. Vinte e quatro implantes

apresentaram inflamação moderada, e 3 inflamação severa. Na maioria dos

implantes anteriores (75,6%) houve recessão óssea marginal de 1 rosca ou menos.

Quatro implantes zigomáticos apresentaram reabsorção óssea de 4 a 5 roscas, e 5

implantes zigomáticos demonstraram estar sem suporte ósseo marginal. Os

pacientes relataram melhora significativa na mastigação e estética, e nenhuma

modificação na fonação. Os autores concluíram que este estudo preliminar pôde

demonstrar que implantes zigomáticos podem prover adequado suporte posterior

para próteses fixas, em pacientes cujo volume ósseo é insuficiente para implantes

convencionais naquela região.

DAVÓ et al (2007) avaliaram 36 implantes zigomáticos e 68 implantes

convencionais instalados em 18 pacientes. Próteses fixas foram instaladas em até

48 horas. O período de avaliação variou de 6 a 29 meses (média de 14 meses). Os

critérios clínicos de sucesso incluíram: estabilidade dos implantes e das próteses,

ausência de edema, dor ou desconforto. Nenhum implante zigomático foi perdido

(sobrevida de 100%) e 3 implantes convencionais falharam (sobrevida de 95,6%)

durante o período de acompanhamento. Todas as próteses encontravam-se estáveis

e nenhuma complicação relevante foi detectada. Em 1 paciente houve episódio de

sinusite aguda cerca de 10 dias após a cirurgia, tratada de forma eficaz com

antibióticos. Um outro paciente, queixou-se de leve desconforto em região peri-

implantar palatina de um implante zigomático, cerca de 2 meses após a prótese

estar em função. O desconforto desapareceu após proceder-se à remoção de

carregamento por 10 dias.

Page 34: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

32

DAVÓ et al (2008), através de estudo retrospectivo, descreveram o

tratamento de 42 pacientes com atrofias maxilares através da associação de

implantes zigomáticos, implantes convencionais e próteses fixas, instaladas 24 ou

48 horas após. Dois pacientes foram reabilitados apenas com implantes zigomáticos

(2 de cada lado). No total 81 implantes zigomáticos e 140 implantes convencionais

foram instalados. O critério para definição de sucesso dos implantes zigomáticos

foram: (1) confirmação individual da ancoragem do implante no osso zigomático

através de radiografia craniana antero-posterior; (2) carregamento protético

satisfatório do implante; (3) ausência de supuração, dor ou qualquer processo

patológico associado aos ossos maxilar e zigomático; (4) confirmação individual da

estabilidade do implante. Ao final do período de 1 ano nenhum implante zigomático

havia sido perdido (índice de sucesso: 100%) e 4 implantes convencionais haviam

falhado (97% de sobrevida). Todas as próteses estavam estáveis. Em 1 paciente

houve sinusite e fístula buco-sinusal, tratadas com antibióticos. Em outro paciente,

foi identificado edema do tecido mole peri-implantar em implante zigomático, 10 dias

após a instalação. O tratamento também foi antibioticoterapia, e não houve maiores

complicações.

MALÓ et al (2008), incluíram 29 pacientes em um estudo piloto. O período de

acopanhamento variou de 6 a 18 meses (média de 12 meses). Os pacientes

apresentavam severas atrofias maxilares (classe V e VI – Cawood & Howell). Foram

reabilitados com 1, 2 ou 4 implantes zigomáticos ( 30 a 50mm de comprimento;

Noberl Biocare AB) em associação com implantes convencionais (24 pacientes), ou

4 implantes zigomáticos (5 pacientes). Os implantes zigomáticos foram ancorados

no osso de mesmo nome e instalados com segmentos intencionalmente externos

aos seios maxilares (extra-maxilares). Todos (zigomáticos e convencionais) foram

submetidos à função imediata. Os critérios usados para avaliar o sucesso dos

implantes ao final do período de acompanhamento foram: estarem em função,

suportando as respectivas próteses; quando examinados individualmente não

apresentarem sinais de infecção; estarem inseridos em um conceito de estética

favorável da reabilitação protética. Com a finalidade de avaliação secundária de

saúde e estabilidade dos tecidos moles peri-implantares, utilizou-se o índice de

eficácia de selamento mucoso (sigla “MSEE” do inglês: Mucosal Seal Efficacy

Page 35: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

33

Evaluation). Este índice foi modificado a partir da profundidade de sondagem para

implantes convencionais, e é executado com uma sonda periodontal plástica com

0.25-N para medir em milímetros a profundidade do espaço entre implante e

mucosa. A partir desse estudo, os seguintes resultados foram encontrados: Sucesso

cumulativo dos implantes de 98,5% (apenas 1 implante zigomático falhou) e das

próteses de 100%. Os valores médios das profundidades de sondagem obtidos nos

implantes desse estudo foram comparáveis aos valores normais de implantes

convencionais saudáveis.

URGELL et al (2008) posicionaram 101 implantes zigomáticos (1 a 2 por

paciente) e 221 implantes convencionais (2 a 7 por paciente) nas regiões anteriores

de maxilas edêntulas e totalmente atróficas de 54 pacientes. As reabilitações

protéticas se deram por meio de overdentures ou próteses fixas. O período de

acompanhamento variou de 1 a 72 meses. A sobrevida dos implantes zigomáticos

foi de 96,04% (4 implantes falharam: 2 antes e 2 depois do carregamento protético);

dos implantes convencionais foi de 93,22% ( 15 implantes foram perdidos). As

perdas não afetaram a reabilitação protética. Os implantes zigomáticos, de acordo

com os autores, foram desenvolvidos para uso em maxilas atróficas. Permitem uma

redução do tempo de tratamento, sendo uma alternativa interessante para

reabilitações protéticas fixas. Ainda segundo os autores, esse estudo confirma que o

osso zigomático oferece um ancoragem previsível e suporte funcional adequado

para próteses em maxilas severamente reabsorvidas. Entretanto, mais estudos

longitudinais envolvendo implantes zigomáticos fazem-se necessários, com objetivo

de que corretos prognósticos clínicos possam ser estabelecidos.

PEÑARROCHA et al (2009) acompanharam 69 pacientes por um período de

2 anos, após a finalização protética. Eles haviam sido submetidos à instalação de

implantes inclinados e palatinizados na maxila, e apesar de serem portadores de

atrofias severas (classes IV ou V, de acordo com a classificação de Cawood e

Howel) não receberam nenhum tipo de enxerto previamente às instalações dos

implantes. Quando posicionados, os implantes geralmente deixavam de 2 a 5 roscas

expostas, que ao final eram recobertas com osso autógeno (colhido durante às

fresagens) e bio-oss (Geistlich, Wolhusen, Switzerland). Tomografias

Page 36: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

34

computadorizadas e radiografias panorâmicas foram feitas antes do tratamento. As

perdas ósseas pós-tratamento foram avaliadas mesial e distalmente aos implantes,

por meio de radiografias panorâmicas digitais (as imagens foram padronizadas

através do software CliniView 5.1 – Instrumentarium Imaging, Tuusula, Finland). A

maior das perdas (mesial ou distal) era definida como sendo a única registrada.

Quatrocentos e noventa implantes (6 a 8 por paciente) foram posicionados para

suportares 69 próteses fixas: 330 posicionados palatinizados e 160 na posição de

molares (84 sobre a crista, na localização do primeiro molar e 76 posicionados nos

pilares anatômicos). Os implantes foram expostos (2º tempo cirúrgico) cerca de 2

meses após às instalações, e os procedimentos protéticos iniciados cerca de 1 mês

após (tempo para cicatrização dos tecidos moles). O carregamento precoce se

justificou pela boa estabilidade primária atingida em todos os implantes, segundo os

autores. O índice de sucesso dos implantes foi de 97,8% (critérios clínicos

radiográficos propostos por ALBREKTSSON et al, 1986). A média de perda óssea

dos implantes com ancoragem palatinizada, após 2 anos de carregamento, foi de

0,61mm (variando de 0 a 3.1mm). Todos os pacientes tinham próteses fixas estáveis

ao final do período de acompanhamento, e encontravam-se satisfeitos com conforto,

estabilidade, fonação, facilidade de higienização e função mastigatória das próteses.

Com base no exposto, constata-se, deste modo, que há grande variabilidade

de resultados para o tratamento de maxilas atróficas com implantes osseointegrados

por meio de diferentes técnicas.

Page 37: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

35

3. OBJETIVOS

Objetivo Geral

• Avaliar a sobrevida dos implantes osseointegráveis instalados em maxilas

de pacientes portadores de edentulismo e atrofia óssea total maxilar.

Objetivos Específicos

• Buscar na literatura e selecionar, sistematicamente, artigos com técnicas

cirúrgicas que viabilizem a instalação de implantes osseointegráveis em

maxilas totalmente edêntulas e atróficas, co-relacionado o índice de

sobrevida desses implantes;

• Analisar, comparar e discutir os dados obtidos, visando o direcionamento

para as possíveis aplicabilidades clínicas.

Page 38: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

36

4. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia aplicada na presente pesquisa foi a de revisão sistemática sem

metanálise. As diretrizes metodológicas desse trabalho tiveram como base o Curso

de Revisão Sistemática e Metanálise - Laboratório de Ensino a Distância - LED-DIS

– UNIFESP (http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

4.1. Localização dos Estudos

Uma ampla busca na literatura foi realizada, em:

- Base de Dados: Medline (via Pubmed), Lilacs, Cochrane Controlled Trails

Registrer-Cochrane Library – CCTR (via Cochrane BVS);

- Periódicos: International Journal of Oral and Maxillofacial Implants,

International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, Clinical Oral Implants

Research, Clinical Implant Dentistry and Related Research, Journal of Cranio-

Maxillofacial Surgery

4.2. Palavras-Chave

As palavras-chave foram: Severely resorbed maxilla, atrophic maxilla,

edentulous maxilla, bone grafts, dental implants, tilted implants, zygomatic implants,

zygoma fixtures, anatomical buttress.

Page 39: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

37

4.3. Critérios de Inclusão

Para a revisão sistemática, foram utilizados estudos clínicos longitudinais, em

seres humanos, com atrofias maxilares e que tiveram implantes instalados. Esses

estudos deveriam ser publicados no idioma inglês.

4.4. Desfechos

Sobrevida de implantes osseointegrados em sítios que receberam ou não

enxertos ósseos.

4.5. Análise de Elegibilidade

Apos a leitura dos trabalhos pelos pesquisadores, uma pré-qualificação foi

feita, e os estudos que se enquadraram nos critérios de exclusão foram descartados.

Também foram excluídos os trabalhos retrospectivos.

4.6. Critérios de Exclusão

Estudos com número de pacientes menor que 10, cujas maxilas não fossem

totalmente edêntulas e atróficas, com número de implantes instalados menor que 40,

e que não fossem acompanhados por um período mínimo de 1 ano.

Page 40: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

38

4.7. Fase de Extração dos Dados

As variáveis de cada estudo selecionado e os desfechos clínicos foram

registrados e resumidos. A avaliação destes parâmetros permitiu a realização de

comparações entre os trabalhos, agrupados de acordo com as técnicas de

tratamento utilizadas nos pacientes. (Quadros: 2, 3a e 3b).

Page 41: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

39

5. RESULTADOS

5.1. Seleção dos Estudos

As etapas de seleção dos estudos está representada no fluxograma 1.

Durante a pesquisa realizada, foram obtidos 340 resumos de artigos. Destes,

29 foram excluídos por estarem em línguas diferentes do inglês (2 em húngaro, 20

em alemão, 1 em espanhol, 1 em chinês, 1 em polonês, 3 em francês e 1 em

francês e alemão); 217 resumos por não atenderem os outros critérios de inclusão

(126 não eram estudos longitudinais, 26 não estavam relacionados a atrofias

maxilares e em 65 não havia instalação de implantes);

Dos 94 artigos selecionados, 3 não puderam ser obtidos, por ainda estarem

em vias de publicação.

Noventa e um artigos foram lidos por dois avaliadores, atuando em uma fase

de pré-qualificação dos mesmos. As características desses estudos originais foram

registradas: Tipo de estudo, número de pacientes, número de implantes, tipo de

edentulismo, tratamento, follow-up (período de acompanhamento) e sobrevida dos

implantes. (Quadro 1).

Cinquenta e seis artigos foram então excluídos, por estarem contidos em pelo

menos 1 critério de exclusão (19 pelo período de acompanhamento ser inferior a um

ano, 36 pelo tipo de edentulismo não ser total, 4 pelo número de pacientes ser

inferior a 10 e 5 pelo número de implantes ser inferior a 40. / Obs: A soma dos

artigos distribuídos pelos critérios é maior do que o número de exclusões, pelo fato

de alguns artigos estarem contidos em mais de um critério de exclusão).

Trinta e cinco artigos foram selecionados. Desses, 16 eram estudos

retrospectivos. Apenas 19 estudos tinham metodologia prospectiva (Quadro 2),

porém em nenhum houve aleatoriedade nas alocações dos sujeitos da pesquisa

Page 42: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

40

(pacientes). Ou todos os pacientes do estudo foram tratados de acordo com a

mesma técnica (15 artigos – Quadro 3a) ou distribuídos para 2 ou mais grupos de

tratamento de acordo com critérios seletivos clínicos e ou radiográficos (4 artigos –

Quadro 3b).

Os 19 estudos prospectivos foram divididos segundo sua abordagem em:

Tratamento com Enxertos (15 artigos) e Tratamentos sem Enxertos (4 artigos).

Objetivando análise comparativa dos dados colhidos desses estudos, os artigos

precisaram ser alocados em sub-gupos que tenham em comum a mesma forma de

tratamento (homogeneidade), uma vez que inúmeras possibilidades terapêuticas

estão presentes nos 2 gupos: Com e sem enxertos. (Quadro 3a).

Observações:

1) Quatro artigos (LUNDGREN et al,1997; PINHOLT et al, 2003; THOR et al,

2005; SJÖSTRÖM et al, 2007), em função de conterem 2 ou mais grupos de

tratamento, cuja metodologia não permitiria a comparação das variáveis com as dos

outros trabalhos, tiveram as referidas variáveis dispostas em um quadro separado

(Quadro 3b).

2) Os 4 estudos (Nyström et al 1993; Nyström et al 1995; Nyström et al 1996;

Nyström et al 2002) em que os pacientes foram tratados com enxertos tipo onlay (da

crista ilíaca) e instalação simultâneas de implantes não podem ser comparados

entre si, uma vez que se basearam em publicações de um mesmo grupo de

pacientes. Os 30 pacientes foram divididos em: gupo de desenvolvimento (primeiros

10 pacientes operados – 57 implantes instalados) e grupo de rotina (subsequentes

20 pacientes operados – 120 implantes). O trabalho publicado em 1995 (Nyström et

al, 1995) apresenta os resultados apenas do grupo de rotina, com período de

observação de 2 anos. Os outros 3 estudos (Nyström et al 1993; Nyström et al 1996;

Nyström et al 2002) apresentam os resultados dos 2 grupos em conjunto.

Page 43: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

41

5.2. Tratamento com Enxertos

A partir dos artigos selecionados, um total de 163 pacientes foram tratados

com enxertos por meio de 6 técnicas distintas: 1) Enxerto tipo onlay de crista ilíaca +

instalação simultânea de implantes; 2) Osteotomia Le Fort I + enxerto tipo onlay de

crista ilíaca; 3) Enxertos tipo onlay de osso alógenos fresco congelado; 4) Enxerto

tipo onlay de costela + instalação de implantes simultâneos; 5) Sinus lift + enxertos

tipo inlay e onlay de crista ilíaca; 6) Sinus lift, nasal lift + osteotomia Le Fort I +

Enxerto de crista ilíaca + implantes simultâneos . Um mil e treze implantes foram

instalados, com períodos de acompanhamento variando de 1 a 5,2 anos. O índice de

sobrevida desses implantes foi de 87,6% em média. (Quadro 5).

Observação: Os 4 estudos (Nyström et al 1993; Nyström et al 1995; Nyström

et al 1996; Nyström et al 2002) em que os pacientes foram tratados com enxertos

tipo onlay (da crista ilíaca) e instalação simultâneas de implantes, acompanharam o

mesmo grupo de pacientes. Para cálculo da média de sobrevida dos implantes do

grupo, tomou-se como referência apenas o último trabalho (Nyström et al 2002),

uma vez que é o que apresenta o maior período de acompanhamento (5 anos).

5.3. Tratamento sem Enxertos

Um total de 97 pacientes foram tratados sem enxertos por meio de 3 técnicas

distintas: 1) Implantes inclinados; 2) Implantes inclinados + prótese fixa imediata; 3)

Implantes estreitos. Quinhentos e sessenta e oito implantes foram instalados, com

períodos de acompanhamento variando de 1 a 12 anos. O índice de sobrevida

desses implantes foi de 97,9% em média. (Quadro 5).

Page 44: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

42

5.4. Comparação de Técnicas

Comparando-se tratamentos com enxertos e implantes simultâneos com

tratamentos com enxertos e implantes tardios (enxertos e implantes realizados em

tempos cirúrgicos distintos), temos os seguintes resultados: Setenta e nove

pacientes foram tratados com enxertos e implantes simultâneos, tiveram 477

implantes instalados e índice de sobrevida de 78,1% (período de acompanhamento

variando de 1 a 5,2 anos). Oitenta e quatro pacientes foram tratados com enxertos e

implantes tardios, tiveram 536 implantes instalados e índice de sobrevida de 93,3%

(período de acompanhamento variando de 1 a 5 anos).

Quando se compara tratamentos com e sem enxertos, os primeiros

apresentaram índice de sobrevida dos implantes de 87,6% (163 pacientes, 1013

implantes, período de acompanhamento variando de 1 a 5,2 anos); os tratamentos

sem enxertos apresentaram índice de sobrevida dos implantes de 97,9% (97

pacientes, 568 implantes, período de acompanhamento de 1 a 12 anos).

Page 45: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

43

6. DISCUSSÃO

6.1 – Da Metodologia

6.1.2 – Revisões Sistemáticas

A tendência atual na realização de pesquisas científicas baseia-se em

métodos sistemáticos e explícitos para a identificação, seleção e avaliação crítica

das pesquisas relatadas em artigos científicos (PERUZZO et al, 2006).

A expressão revisão sistemática surgiu em oposição à expressão revisão

narrativa. As revisões narrativas são bastante apropriadas para descrever a história

e desenvolvimento de um problema e seu gerenciamento, bem como para discutir o

assunto do ponto de vista teórico ou contextual, estabelecer analogias ou integrar

áreas de pesquisa independentes com o objetivo de promover um enfoque

multidisciplinar. A seleção dos estudos, nesse tipo de revisão, pode ser tendenciosa

e não fornece respostas quantitativas para questões clínicas específicas. Já a

revisão sistemática é um tipo de estudo secundário que facilita a elaboração de

diretrizes clínicas, utilizando padrões explícitos, avaliações e síntese de múltiplos

estudos primários, usando estratégias que diminuam e limitam as tendências e erros

(NEEDLEMAN, 2002).

As revisões sistemáticas são chamadas de estudos secundários porque os

“sujeitos” da investigação (unidade de análise) são os estudos primários

selecionados através de metodologia sistemática e pré-definida. Os estudos

primários podem ser ensaios clínicos aleatórios, estudos de acurácia, estudos

longitudinais ou qualquer outro tipo de estudo

(http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

A revisão sistemática é uma técnica científica objetiva, eficiente e

reprodutível, que permite extrapolar achados de estudos independentes, melhorando

a precisão das estimativas de efeito de uma determinada intervenção clínica

Page 46: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

44

(MULROW, 1994). Além disso, reúne de forma organizada grande quantidade de

resultados de pesquisas clínicas, e auxiliam na explicação de diferenças

encontradas entre estudos primários que investigam a mesma questão. Em suma,

as diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas consistem no elo entre as

pesquisas e a prática clínica, sendo extremamente úteis no processo de decisão na

área de saúde (http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

6.1.3. Revisões Sistemáticas com ou sem Metanálises

A metanálise é o método estatístico aplicado à revisão sistemática que integra

os resultados de dois ou mais estudos primários. Uma revisão sistemática não

envolve obrigatoriamente uma ou mais metanálises, seu planejamento precisa ser

delineado antes do início da revisão sistemática. A análise estatística (metanálise)

só pode ser executada se os estudos incluídos forem semelhantes, ou seja, se a

amostra, a intervenção e os desfechos clínicos forem homogêneos. Se a

combinação dos estudos não fizer sentido clínico e metodológico, a metanálise não

deve ser executada. (http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

A principal justificativa para a avaliação da qualidade dos estudos incluídos é

a detecção de semelhanças (homogeneidades) e diferenças (heterogeneidades)

entre eles. Os aspectos analisados envolvem método, participantes, intervenção e

desfechos clínicos.

Esta avaliação é fundamental para identificar os estudos que podem ser

agrupados para a metanálise - e é ela que vai determinar se os estudos incluídos

possuem amostra, intervenção e desfechos clínicos homogêneos. A metanálise só é

executada se houver sentido clínico e metodológico na combinação dos estudos

(análise qualitativa).

Page 47: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

45

A metanálise combina os resultados de cada estudo para obter uma

estimativa global do efeito do tratamento, possibilitando a análise das fontes de

heterogeneidade. Se os pacientes, intervenções e desfechos clínicos de cada

estudo são semelhantes, provavelmente, os resultados podem ser combinados.

(http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

Em relação ao tipo de acompanhamento feito, os estudos podem ser

prospectivos ou retrospectivos. Nos primeiros, são estabelecidos critérios mais

rígidos de avaliação de uma dada intervenção, sendo que a metodologia fica

estabelecida previamente ao estudo. Dessa forma, as circunstâncias do estudo

acabam por expressar a taxa de sucesso da intervenção. Já nos estudos

retrospectivos, não existe um controle efetivo da amostra e não existe um

estabelecimento prévio dos critérios de avaliação (VIDIGAL JR, 1998, p.28).

Os ensaios clínicos controlados randomizados tratam-se de estudos

prospectivos que comparam o efeito e valor de uma intervenção (profilática ou

terapêutica) com controles em seres humanos, no qual o investigador distribui o fator

de intervenção de forma randomizada. Autores mais conservadores aceitam o termo

“ensaio clínico” apenas para estudos controlados randomizados, não aceitando o

uso do termo para ensaios controlados, entretanto não randomizados (Miettinem,

1985).

6.1.4. Características dos Estudos Primários da Pesquisa

6.1.4.1. Método

No presente trabalho, de acordo com a metodologia sistemática descrita,

nenhum ensaio clínico controlado randomizado foi publicado ou estava em vias de

publicação, sobre o tema proposto. Idealmente esses trabalhos deveriam, estar nos

critérios de inclusão propostos, não estar em nenhum critério de exclusão e ainda

Page 48: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

46

tratar de forma aleatória e controlada, com pelo menos dois grupos distintos de

técnicas de tratamento, os pacientes aptos para o estudo. A existência de mais de

um trabalho com as características supra-citadas, levaria os mesmos a serem

submetidos a análise de qualidade, na presente pesquisa.

Na análise da qualidade dos estudos são observados a validade interna, a

validade externa e o método estatístico usado em cada estudo e no conjunto. A

validade externa dos estudos é avaliada pelo conhecimento da situação clínica. Já a

validade interna é verificada pelo conhecimento do método científico. Por mais que

se queira simplificar e separar estas avaliações, na maior parte das vezes, os

conhecimentos clínico e científico não podem ser separados sendo portanto,

indissociáveis. (http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise/).

Em função da baixa qualidade metodológica dos estudos selecionados, não

foi possível a realização de metanálise na presente pesquisa. Algumas hipóteses

poderiam explicar a ausência de RCTs (do inglês randomized controlled trial =

ensaio clínico randomizado controlado) sobre o tema pesquisado:

1) Estrutural: Para uma pesquisa envolvendo tratamento de pacientes com

atrofias totais de maxila, em que se utilize no mínimo 2 técnicas distintas, impõe-se a

necessidade de logística adequada, na dependência da complexidade dessas

técnicas, podendo incluir: ambientes ambulatoriais e de centro cirúrgico; equipe

multi-disciplinar composta por: médicos e dentistas de várias especialidades,

pessoal auxiliar da área médica (como enfermeiros, auxiliares de consultório,

fonoaudiólogos, fisioterapeutas etc - para auxiliarem na dinâmica dos tratamentos) e

de pesquisa (acadêmicos e pós-graduandos – para auxiliarem na dinâmica da

pesquisa);

2) Custos Financeiros: Os custos dos tratamentos envolvendo técnicas de

enxertos e ou implantes + próteses, pode ser um fator limitante à realização de

estudos que envolvam tais tratamentos;

Page 49: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

47

3) Condições Sistêmicas dos Pacientes: Atua como fator excludente para

muitos pacientes portadores de atrofias totais maxilares se submeterem a algumas

técnicas cirúrgicas reconstrutivas. Uma vez que o processo seletivo é complexo,

pode haver redução da quantidade de pacientes aptos ao estudo;

4) Técnicas Recentes: Algumas técnicas de tratamento são relativamente

recentes (como cirurgias virtuais guiadas e implantes zigomáticos por exemplo,

descritos em 2002 e 1998 respectivamente) (IISUKA et al, 2008; GIL et al, 2007)

não tendo havido muito tempo em termos de estruturação e realização de estudos

prospectivos aleatórios controlados. Hipótese embasada por ESPOSITO et al

(2009), em revisão sistemática realizada sobre implantes zigomáticos. Até a data da

revisão, não havia nenhum ensaio clínico controlado randomizado comparando

tratamento de maxilas atróficas com implantes zigomáticos versus técnicas

convencionais que utilizem enxertos ósseos.

6.1.4.2. Índice de Sobrevida x Índice de Sucesso

A partir dos estudos primários desta pesquisa, 2 trabalhos definem e

discutem seus resultados com base em índice de sucesso dos implantes: a partir

dos critérios definidos por ALBREKTSON (1986) (APARICIO et al, 2001;

PEÑARROCHA et al 2009) e 1 trabalho a partir de definição própria (DAVÓ et al,

2007). Porém a grande maioria considerou o índice de sobrevida dos implantes,

como forma de expressar seus resultados. Essa também foi a opção de análise da

presente pesquisa, em função da objetividade pretendida, em se tratando da ampla

busca realizada na literatura. Cabe ressaltar que a definição utilizada neste trabalho

para índice de sobrevida foi a de não remoção do(s) implante(s) em função de não

osseointegração, durante o período de acompanhamento.

Page 50: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

48

6.2. Tratamentos com Enxertos

6.2.1. Osso enxertado x Sobrevida dos Implantes

Para as reconstruções de maxilares edêntulos e atróficos por meio de

enxertos, faz-se necessário um volume considerável de osso, incompatível na

marioria dos casos com doação autógena intra-oral exclusivamente (LUNDGREN et

al, 2008). Os estudos selecionados nesta pesquisa, utilizaram como sítios doadores

autógenos o quadril (crista ilíaca) (NYSTÖM et al, 1993; KREKMANOV, 1995;

NYSTÖM et al, 1995; NYSTÖM et al, 1996; NYSTÖM et al, 1997; KAHNBERG,

1999; JOHANSSON, 2001; NYSTÖM et al, 2002; YERIT et al, 2004) e a costela

(KÖNDEL, 1996). CONTAR et al, 2009 utilizou osso alógeno fresco congelado,

proveniente de um banco de ossos e tecidos (Hospital das Clínicas da Universidade

Federal do Paraná), sendo esse o que apresentou maior sobrevida dos implantes:

100% com acompanhamento de 24 a 35 meses. Seguido do quadril (crista ilíaca),

enquanto fonte doadora, que foi em média 88,0% com acompanhamento variando

de 1 a 5 anos, e da costela cujo índice de sucesso foi de 73,3% com período de

acompanhamento de 5,2 anos.

Os resultados acima, não devem ser extrapolados para a prática clínica

objetivando análises comparativas entre as diferentes fontes de tecido ósseo. Não

devem ser extrapolados, em função da baixa qualidade metodológica empregada

nos estudos primários para fins comparativos.

As vantagens na utilização de osso autógeno, estão relacionadas às

propriedades combinadas de: osteogênese (formação de osso diretamente, pelo

transporte de osteoblastos viáveis. Esta possibilidade ainda é controversa),

osteoindução (estimulação às células mesenquimais indiferenciadas a se

diferenciarem em osteoblastos) e osteocondução (servir de “arcabouço” para neo-

formação óssea), à ausência de rejeição modulada por resposta imunológica e a

rápida revascularização. A principal desvantagem é o uso de um outro sítio cirúrgico,

Page 51: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

49

com conseqüente aumento da morbidade cirúrgica (KELLER & TRIPLETT, 1987;

LUNDGREN et al, 2008).

As vantagens da utilização de osso alógeno fresco congelado são:

Quantidade ilimitada; características físicas muito similares ao osso autógeno e

propriedade osteoindutiva, através da preservação das proteínas ósseas

morfogentéticas (POGREL MA, 1988; PERROT et al, 1992; ACCETURI et al, 2002;

SIMPSON et al, 2007). As desvantagens são: possível potencial imunogênico e risco

de transmissão de doenças (1:200.000 para hepatite C e 1:1.000.000 para HIV,

segundo ALBERT et al, 2006) (PERROT et al, 1992 ; Contar et al, 2009).

6.2.2. Técnicas Cirúrgicas x Sobrevida dos Implantes

ESPOSITO et al, 2010, em pesquisa de revisão sistemática sobre aumento

horizontal e vertical de rebordo ósseo, visando tratamento com implantes dentais,

concluíram não haver até então, evidências científicas que apontem alguma técnica

como sendo melhor do que as demais, para aumento horizontal e para aumento

vertical de rebordo alveolar. A revisão abordou as atrofias totais e parciais, tanto em

maxila como em mandíbula.

No que tange aos pacientes portadores de atrofias maxilares totais, há

variações da influência do processo de reabsorção óssea sobre a inter-relação

maxilo-mandibular. Em alguns, a reabsorção cria uma relação reversa, aumentando

a distância entre os maxilares. Em outros pacientes, o resultado da reabsorção

óssea se apresenta como um rebordo alveolar extremamente delgado. Em outros

ainda, nota-se a perda completa da altura do processo alveolar. A severidade da

perda óssea e as alterações das relações maxilo-mandibulares é que irão

determinar o tipo de técnica para as reconstruções dos maxilares edêntulos

(LUNDGREN et al, 2008).

Page 52: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

50

No presente trabalho, para as técnicas que utilizaram a osteotomia Le Fort I, a

média do índice de sobrevida de implantes foi 89,9% com período de

acompanhamento variando de 1 a 5 anos, enquanto que para as técnicas que não

utilizaram osteotomia, a média foi de 86,2% com período de acompanhamento

variando de 1 a 5,2 anos. Uma hipótese para a pouca diferença entre os índices de

sobrevida dos implantes a partir das técnicas com e sem osteotomia, seria

fundamentada nas semelhanças dos processos biológicos de re-vascularização/

integração dos enxertos e osseointegração dos implantes em ambas as

modalidades cirúrgicas; partindo-se do princípio que os enxertos ósseos utilizados

são livres (não vascularizados) até a fixação rígida ao leito receptor. A re-

vascularização ocorrerá às expensas dos vasos do leito receptor e dos tecidos

adjacentes (KAHNENBERG, 2006; PELEGRINE et al, 2008). Com relação aos

implantes, uma vez o enxerto estando viável, o processo de osseointegração seguirá

de acordo com os fenômenos biológicos descritos por Branemark em 1977

(BRANEMARK et al, 1977 apud ESPOSITO et al, 2010).

6.2.3. Técnicas Cirúrgicas com Implantes Simultâneos x Técnicas

Cirúrgicas com Implantes Tardios

No presente estudo, os resultados (Quadro 4) indicam um índice de sobrevida

maior para os implantes instalados de forma tardia (93,3%), comparados àqueles

instalados no mesmo tempo cirúrgico em que a osteotomia Le Fort I e o enxerto

foram executados (78,1%). Esses resultados coincidem com os estudos primários

em que há uma comparação direta, a partir de 2 grupos distintos de pacientes, das 2

técnicas: GÖSSWEINER et al (1999) obtiveram índice de sobrevida dos implantes

de 88% para a técnica de instalação simultânea e 90% para a técnica de instalação

tardia. O período de acompanhamento médio foi de 58 meses. YERIT et al (2004a)

também em estudo comparativo obtiveram índices de sobrevida dos implantes de

86,9% para instalações simultâneas e 91,3% para instalações tardias, com período

de acompanhamento de 5 anos.

Page 53: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

51

Os autores concordam que há uma redução do tempo de tratamento por meio

da técnica que utiliza a instalação simultânea de implantes, o que se traduz como

uma vantagem real para o paciente; entretanto a abordagem cirúrgica em 2 tempos

distintos, oferece como vantagem a possibilidade de instalação dos implantes em

um rebordo ósseo já estabilizado e cicatrizado, que permite em conseqüência um

melhor posicionamento, um risco menor de perda do enxerto e dos implantes, e

ainda a possibilidade de enxertia adicional (de tecido ósseo, biomateriais e ou tecido

conjuntivo) no momento das instalações, melhorando sobremaneira a previsibilidade

dos resultados (GÖSSWEINER et al, 1999; YERIT et al, 2004a).

A justificativa biológica para que se aguardar a integração do enxerto antes

das instalações dos implantes, se dá em função dos processos de re-

vascularização, remodelamento do tecido ósseo enxertado e neo-formação óssea,

para que o volume final possa ser adequadamento avaliado, objetivando os

melhores posicionamentos tri-dimensionais possíveis dos implantes (LUNDGREN et

al, 2008).

6.3. Tratamentos sem Enxertos

Com base nos resultados obtidos na presente revisão sistemática (Quadro

3a), para tratamentos sem enxertos, a técnica que obteve o maior índice de

sobrevida dos implantes foi a que utilizou implantes estreitos (sobrevida de 100%,

com acompanhamento de 1 ano), seguida pelos implantes inclinados (média de

sobrevida de 97,9%, com período de acompanhamento de 3 a 12 anos) e pela

técnica dos implantes inclinados com próteses fixas imediatas (96% com

acompanhamento de 1 ano).

Page 54: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

52

Não indica-se transpor essa sequência de resultados para a prática clínica,

uma vez que não houve comparação aleatória de técnicas em um mesmo grupo de

pacientes.

Há de se considerar também, que a técnica que obteve o maior índice de

sobrevida dos implantes foi a que utilizou implantes estreitos (VELTRI et al, 2008);

Para que os mesmos fossem instalados, havia a necessidade de que o rebordo

tivesse no mínimo o mesmo diâmetro dos implantes estreitos usados (3.5mm de

diâmetro e não mais que 4mm, de acordo com o critério de inclusão dos autores),

com altura mínima de 9mm (altura do menor implante instalado). Esses rebordos

estavam incluídos na classificação IV de Cawood e Howell (CAWWOD & HOWELL,

1988). Para a técnica de implantes inclinados, os pacientes selecionados eram

portadores de maxilas classe IV e V (MATTSON et al, 1999) e classe V e VI,

segundo a classificação de Cawood & Howell (ROSÉN & GYNTHER, 2007). As

maxilas dos pacientes eram classe IV para a técnica de implantes inclinados +

prótese fixa imediata (TOLJANIC et al, 2009). Outra diferença significativa, que

impede parâmetros comparativos igualitários, é o período de acompanhamento dos

estudos que integram o grupo de tratamento sem enxertos, que variou de 1 ano

(VELTRI et al, 2008 e TOLJANIC et al, 2009) a 12 anos (ROSÉN & GYNTHER,

2007).

Independentemente das possibilidades comparativas, observa-se taxas altas

de sobrevida de implantes para as técnicas sem enxertos. Esses resultados podem

ser devido à possibilidade de se instalar implantes mais longos, inclinando-os. Em

muitos sítios com 8 mm de altura, há possibilidade de instalação de implantes com

15mm, através da inclinação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). Um outro aspecto

favorável é a ancoragem em osso denso (cortical das paredes do seio maxilar, das

fossas nasais e da curvatura do palato). Uma outra vantagem é o direcionamento

distal da emergência do implante no rebordo, reduzindo assim os cantiléveres.

(ROSÉN & GYNTHER, 2007).

Estudos conduzidos “in vitro” desencorajam o uso de conectores protéticos

angulados (KREKMANOV, 2000), entretanto os testes biomecânicos nesses

Page 55: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

53

estudos, foram conduzidos em protótipos unitários; a distribuição clínica de carga em

implantes múltiplos permite uma melhor distribuição dessa carga aos componentes

protéticos (CLELLAND et al, 1993) e ao também ao osso, tanto é que os níveis de

perda óssea marginal observados são similares àqueles encontrados em implantes

sem inclinações axiais (YERIT et al, 2004a; ROSÉN & GYNTHER, 2007).

As inclinações dos implantes, tanto em sentido mesio-distal quanto vestíbulo-

palatino, em relação ao posicionamento convencional, traz ao protesista maior

dificuldade técnica na confecção das próteses sobre esses implantes. É fundamental

passividade entre: implantes, componentes protéticos e infra-estruturas protéticas,

sob o risco de estabelecimento de tensões, desfavoráveis aos parafusos dos

componentes, aos próprios implantes e ao tecido ósseo peri-implantar (MATTSSON

et al, 1999).

6.4. Comparação entre os Tratamentos com e sem Enxertos

Os resultados obtidos a partir dos estudos primário selecionados (Quadro 5),

indicam uma sobrevida maior dos implantes nos tratamentos sem enxerto (97,9%

com período de acompanhamento de 1 a 12 anos) do que nos tratamentos com

enxerto (87,6% com período de acompanhamento de 1 a 5,2 anos).

Também nesse caso, não está indicada nenhuma transferência que vise

aplicabilidade clínica, a partir de comparações entre os 2 grupos (com e sem

enxertos). As metodologias dos estudos selecionados, conforme já discutido, não

produziram evidências científicas para tal.

WIDMARK et al, 2002 em estudo prospectivo conduzido em 43 pacientes,

com atrofias maxilares classe D, segundo a classificação de Lekholm e Zarb de

1985 (atrofia severa, perda do osso basal, maxila plana) (MISCH, 2004), com

período de acompanhamento de 5 anos, foram os únicos autores a comparar

Page 56: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

54

diretamente: Índice de sucesso de implantes em pacientes submetidos a enxertos

(16 pacientes), e em pacientes não submetidos a enxertos (20 pacientes), onde

nesses casos, os implantes foram inclinados, ou ainda implantes curtos foram

utilizados. Houve também neste trabalho um grupo que não recebeu implantes

(grupo sem implantes – 7 pacientes), sendo tratados com próteses totais

convencionais. Os resultados foram: 74% para o grupo que recebeu enxertos e 87%

para o grupo que não recebeu. Cabe ressaltar que 2 pacientes de cada grupo eram

edentados parciais, sendo esse o motivo da exclusão do artigo da presente revisão

sistemática; não invalidando porém, a avaliação qualitativa de seus resultados.

A análise restrita dos resultados do estudo de WIDMARK et al, 2002 e

também dos resultados dos estudos desta revisão sistemática, pode indicar uma

possibilidade de maior sobrevida dos implantes para as técnicas que não utilizam

enxertos, o que traria aos pacientes edêntulos, portadores de atrofias totais

maxilares vantagens consideráveis como: redução do tempo cirúrgico e total de

tratamento; redução da morbidade cirúrgica (por exemplo envolvendo outros sítios

cirúrgicos); períodos pós-operatórios mais confortáveis e menor tempo de

recuperação; além de redução ou ausência da necessidade de anestesia geral,

internações hospitalares, custos financeiros relacionados aos procedimentos

medico-hospitalares, e ao tratamento em geral.

Page 57: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

55

7. CONCLUSÕES

A partir avaliação da sobrevida de implantes em maxilas edêntulas com e sem

enxertos ósseos, conclui-se:

a) Com Relação aos estudos primários:

- Possuem baixa qualidade metodológica para que análises comparativas

inter-grupos, gerem resultados cientificamente substanciais.

b) Com relação à estabilidade dos resultados estetico-funcionais

- Os resultados apontam para uma possibilidade de maior sobrevida dos

implantes nas técnicas que não envolvem enxertos ósseos;

- Não é possível, com base nos estudos selecionados, indicar a técnica mais

eficaz de tratamento.

c) Com relação ao Estado da Arte

- Há necessidade de pesquisas sobre o tema, que contemplem ensaios

clínicos prospectivos, multicêntricos, randomizados e controlados; contendo grupos

que envolvam técnicas de tratamento com e sem enxertos.

Page 58: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

56

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Acceturi E, Germani KB, Cavalca D. Reconstruction of bone defects in the maxilla and mandíbula through the use of frozen human bone. Transplant Proc. 2002; 34(2): 531-533.

Acocella A, Sacco R, Nardi P. et al. Simultaneous implant placement in sinus floor augmentation using iliac bone block grafts in severe maxillary atrophies:case report. Implant Dentistry. 2008;17(4):382-388.

Albert A, Leemruse T, Druez V, et al. Are bone autografts stillnecessary in 2006? A three-year retrospective study of bone grafting. Acta Orthop Belg. 2006; 72(6):734-740.

Al-Nawas B, Weneger J, Bender C et al. Critical soft tissue parameters of the zygomatic implant. J Clinical Periodontol. 2004; 31:497-500.

Aparicio C, Ouazzani W, Hatano N. The use of zygomatic implants for prosthetic rehabilitation of the severely resorbed maxilla. Periodontology 2000. 2008; 47:162-171.

Aparicio C, Perales P, Rangert B et al. Tilted implants as an alternative to maxillary sinus grafting: a clinical, radiologic, and periotest study. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2001; 3(1):39-49.

Astrand P, Nord PG, Branemark P-I. Titanium implants and onlay bone graft to the atrophic edentulous maxilla. A 3-year longitudinal study. Int J Oral Maxillofac Surg.1996; 25:25-29.

Barboza EP. Manual para elaboração de dissertação e tese. Niterói: UFF, 2010, 52p.

Barcelos MJR. Avaliação da perda óssea marginal ao redor de implantes dentários de um e dois estágios cirúrgicos: uma revisão sistemática. Dissertação de Mestrado, Duque de Caxias (RJ): Universidade do Grande Rio, 2006, 125p.

Barone A, Covani U. Maxillary alveolar ridge reconstruction with nonvascularized autogenous block bone: clinical results. J Oral Maxillofac Surg. 2007; 65:2039-2046.

Barone A, Varanini P, Orland B et al. Deep-frozen allogeneic onlay bone grafts for reconstruction of atrophic maxillary alveolar ridges: a preliminary study. J Oral Maxillofac Surg. 2009; 67:1300-1306.

Becktor JP, Isaksson S, Abrahamsson P, et al. Evaluation of 31 zygomatic implants and 74 regular dental implants used in 16 patients for prosthetic reconstruction of the atrophic maxilla with cross-arch fixed bridges. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2005; 7(3):159-165.

Bell WH, Buckles RL. Correction of the atrophic alveolar ridge by interpositional bone grafting: a progress report. J Oral Maxillofac Surgery. 1978; 36:693-700.

Page 59: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

57

Bergendal T, Engquist B. Implant-supported overdentures: a longitudinal prospective study. Int. J. Oral Maxillofac Implants. 1998; 13:253-262.

Borone A, Crespi R, Aldini NN et al. Maxillary sinus augmentation: histologic and histomorphometric analysis. Int J Oral Maxillofac Implants. 2005; 20:519-525.

Brandão ML. Avaliação da perda óssea perimplantar, em próteses cimentadas e aparafusadas. Revisao sistematica e meta-analise. Dissertação de Mestrado, Duque de Caxias (RJ): Universidade do Grande Rio, 2009, 62p.

Branemark P-I, Adell R, Albrektsson T et al. An experimental and clinical study of osseointegrated implants penetrating the nasal cavity and maxillary sinus. J Oral Maxillofac Surg. 1994; 42:497-505.

Branemark P-I. Surgery and fixture installation. Zygomaticus fixture clinical procedures (ed 1). Goteborg, Sweden: Nobel Biocare AB; 1998. p.1 apud Gil SG, Diago MP, Martínez EM et al. Rehabilitation of severely resorbed maxillae with zygomatic implants: an update. Med Oral Patol Cir Bucal. 2007; 12: E216-E220

Branemark P-I, Grondhal K, Ohrnel L-O et al. Zygoma fixture in the management of advanced atrophy of the maxilla: technique and long-term results. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg. 2004; 38:70-85.

Branemark PI, Hansson BO, Adell R et al. Osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaws. Experience from a 10-year period. Scand J Plast Reconstr Surg. Supplementum. 1977; 16: 1-132 apud Esposito M, Grusovin MG, Felice P et al. Interventions for replacing missing teeth: horizontal and vertical boné augmentation techniques for dental implant treatment. Cochrane Database of Systematic reviews. In: The Cochrane Library, Issue 10, Art No. CD003607. DOI: 10.1002/14651858.CD003607.pub3.

Breine U, Brånemark P-I. Reconstruction of alveolar jaw bone: An experimental and clinical study of immediate and preformed autologous bone grafts in combination with osseointegrated implants. Scand J Plast Reconstr Surg. 1980; 14:23-48.

Calandriello R, Tomatis M. Simplified treatment of the atrophic posterior maxilla via immediate/early function and tilted implants: a prospective 1-year clinical study. Clinical Implant dentistry and Related Research. 2005; 7(Supplement 1): s2-s12.

Cawood JI, Howell RA. A Classification of the edentulous jaws. Int J Oral Maxillofac Surg. 1988; 17:232-236.

Cawood JI, Stoelinga PJW, Brouns JJA. Reconstruction of the severely resorbed (Class VI) maxilla. A two-step procedure. Int J Oral Maxillofac Surg. 1994; 23:219-225.

Chan MFW-Y. Howell RA, Cawood JI. Prosthetic rehabilitation of the atrophic maxilla using pre-implant surgery and endosseous implants. Britsh Dental Journal 1996;181: 51-58.

Chiapasco M, Brusati R, Rochi P. Le fort I osteotomy with interpositional bone grafts and delayed oral implants for the rehabilitation of extremely atrophic maxillae: a I-9-year clinical follow-up study on humans. Clin Oral Implant Res. 2007; 18:74-85.

Page 60: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

58

Clelland NL, Gilat A, McGlumphy EA et al. A photoelastic and strain gauge analysis of angled abutments for an implant system. Int J Oral Maxillofac Implants. 1993; 8:541-548.

De Clercq C, Neyt L, Mommaerts M, et al. Reconstruction of the extremely atrophic maxilla with onlay-and inlay bone graft techniques in combination with implants. Acta Stomatol Belg. 1994; 91(1):5-15

Contar CMM, Sarot JR, Jr JB et al. Maxillary ridge augmentation wit fresh-frozen bone allografts. J Oral Maxillofac Surg 2009; 67:1280-1285.

Cordaro L, Torsello F, Ribeiro CA et al. Inlay-onlay grafting for three-dimensional reconstruction of the posterior atrophic maxilla with mandibular bone. Int J Oral Maxillofac Surg. 2010; 39:350-357.

Davó R, Malevez CH, Rojas J. Immediate function in the atrophic maxilla using zygoma implants: a preliminary study. J Prosthet Dent 2007; 97:s44-s51.

Davó R, Malevez CH, Rojas J et al. Clinical outcome of 42 patients treated with 81 immediateli loaded zygomatic implants: a 12-to 42- month retrospective study. Eur J Oral Implantol. 2008; 1(2):141-150.

Demitri V, Polini F, Robiony M et al. Prognostic trend in advanced implant surgery. Minerva Stomatol. 2002; 51:65-72.

Esposito M, Grusovin MG, Felice P et al. Interventions for replacing missing teeth: horizontal and vertical bone augmentation techniques for dental implant treatment. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 10, Art. No. CD003607. DOI: 10.1002/14651858.CD003607.pub3

Esposito M, Worthington HV, Coulthard P. Interventions for replacing missing teeth: dental implants in zygomatic bone for the rehabilitation of the severely deficient edentulous maxilla. Cochrane database of systematic Reviews. In: The Cochrane Library, issue 10, Art. No. CD004151. DOI: 10.1002/14651858.CD004151.pub3

Farmand M. Long-term results after horseshoe sandwich osteotomy of the edentulous maxilla as a preprosthetic procedure. Journal of Cranio-maxillo-facial Surgery. 1992; 20:171-177.

Farmand M. Horse- shoe sandwich osteotomy of the edentulous maxilla as a preprosthetic procedure. J Oral Maxillofac Surg. 1986; 14:238-244.

Farzad P, Andersson L, Gunnarsson S et al. Rehabilitation of severely resorbed maxillae with zygomatic implants: an evaluation of implant stability, tissue conditions, and patients opinion before and after treatment. Int J Oral Maxillofac Implants. 2006; 21:399-404.

Ferreira EJ, Kuabara MR, Gulinelli JL. “All-on-four” concept and immediate loading for simultaneous rehabilitation of the atrophic maxilla and mandible with conventional and zygomatic implants. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2010; 48:218-220.

Page 61: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

59

Gbara A, Darwich K, Li L et al. Long-term results of jaw reconstruction with microsurgical fibula grafts and dental implants. J Oral Maxillofac Surg. 2007; 65: 1005-1009.

Gerressen M, Hermanns-Sachweh B, Riediger D et al. Purely cancellous vs. corticocancellous bone in sinus floor augmentation with autogenous iliac crest: a prospective clinical trial. Clin. Oral impl. Res. 2009; 20:I 09-I 15.

Gil JN, Claus JDP, Campos FEB et al. Management of the severely resorbed maxilla using Le fort I osteotomy. Int J Oral Maxillofac Surg. 2008; 37:1153-1155.

Gil S.G, Diago M.P, Martínez JB et al. Rehabilitation of severely resorbed maxillae with zygomatic implants: an update. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2007; 12:E216-E220.

Gleizal AM, Beziat J-L. Maxillary and mandibular reconstruction using bicortical calvarial bone grafts: a retrospective study of 122 reconstructions in 73 patients. Plastic Reconstr Surg. 2007; 119:542-548.

Gossweiner S, Watzinger F, Ackerman K.L et al. Horseshoe le fort I osteotomy: an augmentation technique for the severely atrophied maxilla an eight-year follow-up. Journal of Long-term Effects of Medical Implants. 1999; 9(3):193-202.

Grecchi F, Zollino I, Parafioriti A, et al. One-step oral rehabilitation by means of implants’ insertion, Le fort I, grafts, and immediate loading. J Craniofac surg. 2009; 20:2205-2210.

Gutta R, Waite PD. Outcomes of calvarial bone grafting for alveolar ridge reconstruction. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:131-136.

Hallman M. A prospective study of treatment of severely resorbed maxillae with narrow nonsubmerged implants: results after 1 year of loading. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001; 16: 731-736.

Hallman M, Mordenfeld A, Strandkvist T. A retrospective 5-year follow-up study of two different titanium implant surfaces used after interpositional bone grafting for reconstruction of the atrophic edentulous maxilla. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2005; 7(3):121-126.

Hising P, Bolin A, Branting CH. Reconstruction of severely resorbed alveolar ridge crests with dental implants using a bovine bone mineral for augmentation. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001; 16:90-97.

Hanlin SM. Bone grafting from a restorative perspective – are we winnig the space race? Ann Roy Australas Coll Dent Surg. 2000; 15:98-101.

Hirsch JM, Örnell LO, Henry P et al. A clinical evaluation of the zygoma fixture: One-tear follow-up at 16 clinics. J Oral Maxillofac Surg. 2004; 62:22-29.

http://www.virtual.epm.br/cursos/metanalise. Curso de Revisão Sistemática e Metanálise - Laboratório de Ensino a Distância - LED-DIS – UNIFESP.

Page 62: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

60

Isaksson S, Alberius P. Maxillary alveolar ridge augmentation with onlay bone-grafts and immediate endosseus implants. Journal of Cranio-maxillo-facial surgery. 1992; 20:2-7.

Isaksson S, Ekfeldt A, Alberius P et al. Early results from reconstruction of severely atrophic (classVI) maxillas by immediate endosseus implants in conjunction with bone grafting and Le Fort I osteotomy. Int J Oral Maxillofac Surg. 1993; 22:144-148.

Iizuka T, Smolka W, Halhermann W et al. Extensive augmentation of the alveolar ridge using autogenous calvarial split bone grafts for dental rehabilitation. Clin Oral Impl Res. 2004; 15:607-615.

Johansson B, Grepe A, Wannfors K et al. A clinical study of changes in the volume of bone grafts in the atrophic maxilla. Dentomaxillofacial Radiology. 2001; 30:157-161.

Kahnberg K-E. Enxertos ósseos para implantes na maxila. Tradução: Ludmila C. Fruchi. 1.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, 110p.

Kahnber K-E, Lofqvist LV. Maxillary osteotomy with an interpositional bone graft and implants for reconstruction of the severely resorbed maxilla: a clinical report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2005; 20:938-945.

Kahnberg K-E, Nilson P, Rasmusson L et al. Le Fort l osteotomy with interpositional bone grafts and implants for rehabilitation of the severely resorbed maxilla: a 2-stage procedure. Int J Oral Maxillofac Implants. 1999; 14:571-578.

Kahnberg K-E, Nyström E, Bartholdsson L. Combined use of bone grafts and branemark fixtures in the treatment of severely resobed maxillae. Int J Oral Maxillofac Implants. 1989; 4:297-304.

Kaptein MLA, Lange GL, Blijdorp PA. Peri-implant tissue health in reconstructed atrophic maxillae - report of 88 patients and 470 implants. Journal of Oral Rehabilitation. 1999; 26:464-474.

Keller EE, Triplett WW. Iliac bone grafting: Review of 160 cases. J Oral Maxillofac Surg. 1987; 45:11-14.

Keller EE, Van Roekel NB, Desjardins RP, Tolman DE. Prosthetic surgical reconstruction of the severely resorbed maxilla with iliac bone grafting and tissue-integrated prostheses. Int J Oral Maxillofac Implants. 1987; 2:155-165.

Kondell PA, Nordenram A, Moberg LE et al. Reconstruction of the resorbed edentulous maxilla using autogenous rib grafts and osseointegrated implants. Clin Oral Impl Res. 1996; 7:286-290.

Komiyama A, Klinge B, Hultin M. Treatment outcome of immediately loaded implants installed in edentulous jaws following computer-assisted virtual treatment planning and flapless surgery. Clin Oral Impl Res. 2008; 19(7):677-685.

Krekmanov L. Placement of posterior mandibular and maxillary implants in patients with severe bone deficiency: a clinical report of procedure. Int J Oral Maxillofac Implants 2000; 15(5):722-730.

Page 63: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

61

Krekmanov L. A modified method of simultaneous bone grafting and placement of endosseous implants in the severely atrophic maxilla. Int J Oral Maxillofac Implants. 1995; 10:682-688.

Krekmanov L, Kahn M, Ranger B et al. Tilting of posterior mandibular and maxillary implants for improved prosthesis support. Int J Oral Maxillofac Implants. 2000; 15(3):405-414.

Kuabara MR, Ferreira EJ, Gulinelli JL et al. Use of 4 immediately loaded zygomatic fixtures for retreatment of atrophic edentulous maxilla after complications of maxillary reconstruction. J Craniofac Surg. 2010; 21:803-805.

Laster Z, Jensen OT. Secondarily stabilized dental implants: an alternative to sinus grafting - early clinical results of 63 consecutively placed implants. J Oral Maxillofac Surg 2008; 66:2136-2139.

Lekholm U, Wannfors K. Isaksson S et al. Oral implants in combination with bone grafts. A 3-year retrospective multicenter study using the Branemark implant system. Int J Oral Maxillofac Surg. 1999; 28:181-187.

Li KK, Stephens WL, Gliklich R. Reconstruction of the severely atrophic edentulous maxilla using le fort I osteotomy with simultaneous bone graft and implant placement. J Oral Maxillofac Surg 1996; 54:542-546.

Lundgren S, Nyström E, Nilson H. Bone grafting to the maxillary sinuses, nasal floor and anterior maxilla in the atrophic edentulous maxilla. A two-stage technique. J Oral Maxillofac Surg.1997; 26:428-434.

Lundgren S, Sjöström M, Nyström E et al. Strategies in reconstruction of the atrophic maxilla with autogenous bone grafts and endosseous implants. Periodontology 2000. 2008; 47:143-161.

McFaddem DD. Pre-prosthetic surgery options for fixed dental implant reconstruction of the atrophic maxilla. Ann Roy Australas Coll Dent Surg. 2000; 15:61-64.

Maiorana C, Santoro F, Rabagliati M et al. Evaluation of the use of iliac cancellous bone and anorganic bovine bone in the reconstruction of the atrophic maxilla with titanium mesh: a clinical and histologic investigation. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001; 16:427-432.

Maló P, Nobre MA, Lopes I. A new approach to rehabilitate the severely atrophic maxilla using extramaxillary anchored implants in immediate function: A pilot study. J Prosthet Dent. 2008; 100(5):355-366.

Maló P, Ranger B, Nobre M. All-on-4 immediate-function concept with Branemark system implants for completely edentulous maxillae: a 1-year retrospective clinical study. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2005; 7(Supplement 1):S88-S94.

Mannai CH. Early implant loading in severely resorbed maxilla using xenograft, autograft, and platelet-rich plasma in 97 patients. J Oral Maxillofac Surg. 2006; 64:1420-1426.

Page 64: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

62

Marchetti C, Pieri F, Corinaldesi G et al. A long-term retrospective study of two different implant surfaces placed after reconstruction of the severely resorbed maxilla using le fort I osteotomy and interpositional bone grafting. Int J Oral Maxillofac Implants 2008; 23:911-918.

Mardinger O, Nissan J, Ghaushu G. Sinus floor augmentation with simultaneous implant placement in the severely atrophic maxilla: technical problems and complications. J Periodontol. 2007; 78:1872-1877.

Mattsson T, Kondell P-A, Gynther GW et al. Implant treatment without bone grafting in severely resorbed edentulous maxillae. J Oral Maxillofac Surg. 1999; 57:281-287.

Mazor Z, Peleg M, Garg AK et al. Platelet-rich plasma for bone graft enhancement in sinus floor augmentation with simultaneous implant placement: patient series study. Implant Dentistry. 2004;13(1):65-72.

Miettinem OS. Design of the study base. In: Miettinem OS. Theoretical epidemiology 1st ed. New York: John Wiley & Sons, 1985, 46-67.

Mish CE. Implantes dentários contemporâneos. Tradução: Maria de Lourdes Giannini. 2.ed. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2004, 685p.

Misch CE. Prótese sobre implantes. Tradução: Paulo Henrique Orlattto Rosseti, Marli Aico Ataka Uchida, Eliane dos Santos Barboza e cols. 1 ed. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2006, 625p.

Misch CE, Dietsh F. Endosteal Implants and Iliac crest grafts to restore severely resorbed totally edentulous maxillae - a retrospective study. Journal of Oral Implantology. 1994; 20(2):100-110.

Mulrow CD. Systematic reviews: Rationale for systematic reviews. BMJ. 1994; 309:597-599.

Muñoz-Guerra MF, Naval-Gías L, Capote-Moreno A. Le Fort I osteotomy, bilateral sinus lift, and inlay bone-grafting for reconstruction in the severely atrophic maxilla: a new vision of the sandwich technique, using bone scrapers and piezosurgery. J Oral Maxillofac Surg. 2009; 67:613-618.

Nakai H, Okazaki Y, Ueda M. Clinical application of zygomatic implants for rehabilitation of the severely resorbed maxilla: a clinical report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003; 18:566-570.

Needleman IG. A guide to systematic reviews. J Clin Periodontol. 2002; 29:6-9.

Neyt L, De Clercq C, Abeloos J et al. Reconstruction of the severely resorbed maxilla with a combination of sinus augmentation, onlay bone grafting, and implants. J Oral Maxilofac Surg. 1997; 55:1397-1401.

Nyström E, Ahlqvist J, Kahnberg K-E. Autogenous onlay bone grafts fixed with screw implants for the treatment of severely resorbed maxillae. Int J Oral Maxillofac Surg. 1996; 25:351-359.

Page 65: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

63

Nyström E, Ahlqvist J, Legrell PE et al. Bone graft remodeling and implant success rate in the treatment of the severely resorbed maxilla: a 5-year longitudinal study. J Oral Maxillofac Surg. 2002; 31:158-164.

Nyström E, Kahnberg K-E, Gunne J. Bone grafts and Branemark implants in the treatment of the severely resorbed maxilla: a 2- year longitudinal study. Int J Oral Maxillofac Implants. 1993; 8:45-53.

Nyström E, Legrell PE, Forssell A et al. Combined use of bone grafts and implants in the severely resorbed maxilla. Postoperative evaluation by computed tomography. Int Oral Maxillofac Surg. 1995; 24:20-25.

Nyström E, Lundgren S, Gunne J et al. Interpositional bone grafting and Le Fort I osteotomy for reconstruction of the atrophic edentulous maxilla. Int J Oral Maxillofac Surg. 1997; 26:423-427.

Nyström M, Nilson H, Gunne J et al. Reconstruction of the atrophic maxilla with interpositional bone grafting / Le Fort I osteotomy and endosteal implants: a 11-16 year follow-up. Int J Oral Maxillofac Surg. 2009; 38:1-6.

Palmqvist S. Sondell K. Swartz B et al. Marginal bone levels around maxillary implants supporting overdentures or fixed prostheses: a comparative study using detailed narrow-beam radiographs. Int J Oral Maxillofac Implants. 1996; 11:223-227.

Peleg M, Garg AK, Mazor Z. Predictability of simultaneous implant placement in the severely atrophic posterior maxilla: a 9-year longitudinal experience study of 2132 implants placed into 731 human sinus grafts. Int J Oral Maxillofac Implants 2006; 21:94-102.

Pelegrine AA, de Macedo LGS, Cosmo LAM. Transplantes ósseos na odontologia: Aplicabilidade clínica e evidências científicas sobre o uso de tecidos provenientes de banco de ossos.1.ed. Nova Odessa: Napoleão, 2008, 274p.

Peñarrocha M, Boronat A, Cervera R et al. Fixed ceramometallic prostheses over anterior and transzygomatic implants by using solt technique-report of a case. Journal of Oral Implantology. 2006; 32(1):38-40.

Peñarrocha M, Carrillo C, Boronat A et al. Palatal positioning of implants in severely resorbed edentulous maxillae. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:527-533.

Peñarrocha M, Carrillo C, Uribe R et al. The nasopalatine canal as an anatomic buttress for implant placement in the severely atrophic maxilla: a pilot study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:936-942.

Peruzzo DC, Ambrosano GMB, Junior FHN, Filho GRN. Revisão sistemática: Um guia da melhor evidência para a prática clínica. R. Periodontia. 2006; 16(3):79-84.

Piecuch JF, Segal D, Grasso E. Augmentation of the atrophic maxilla with interpositional autogenous bone grafts. J Maxillofac Surg. 1984; 12(3):133-138.

Pinholt EM. Branemark and ITI dental implants in the human bone-grafted maxilla: a comparative evaluation. Clin Oral Impl Res. 2003; 14:584-592.

Page 66: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

64

Piecuch JF, Segal D, Grasso JE. Augmentation of the atrophic maxilla with interpositional autogenous bone grafts. J Oral Maxillofac Surg. 1984; 12:133-138.

Perrott DH, Smith RA, Kaban LB. The use of fresh frozen allogeneic bone for maxillary and mandibular reconstruction. Int J Oral Maxillofac Surg. 1992; 21:260-265.

Petruson B. Sinuscopy in patients with titanium implants in the nose and sinuses. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg. 2004; 38:86-93.

Pogrel MA. The lower border rib grafts for mandibular atrophy. J Oral Maxillofac Surg. 1988; 46:95-99.

Pradel W, Mai R, Hagedorn GM et al. The biomaterial influences the ossification after sinus floor elevation using tissue-engineered bone grafts. Biomed Tech 2008; 53:224-228.

Raghoebar GM, Timmenga NM, Reintsema H et al. Maxillary bone grafting for insertion of endosseous implants: results after I2 – 24 months. Cin Oral Impl Res. 2001; 12(3):279-286.

Reinert S, Konig S, Bremerich A et al. Stability of bone grafting and placement of implants in the severely atrophic maxilla. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery. 2003; 41:249-255.

Renouard F, Nisand D. Short implants in the severely resorbed maxilla; a 2-year retrospective clinical study. Clinical Implant Dentistry end Related Research. 2005; 7(Supplement 1):s104-s110.

Rodriguez A, Anastassov GE, Lee H et al. Maxillary sinus augmentation with deproteinated bovine bone and platelet rich plasma with simultaneous insertion of endosseous implants. J Oral Maxillofac Surg. 2003; 61(2):157-163.

Rosen A, Gynther G. Implant treatment without bone grafting in edentulous severely resorbed maxillas: a long-term follow-up study. J Oral Maxillofac Surg.1999; 57:281-287.

Sailer HF. A new method of inserting endosseus implants in totally atrophic maxillae. J Craniomaxillofac Surg. 1989; 17:299-305.

Sailer HF. Discussion: Reconstruction of the severely atrophic edentulous maxilla using Le Fort I osteotomy with simultaneous bone graft and implant placement. J Oral Maxillofac Surg. 1996; 54:547.

Santis G, Nocini PF, Chiarini L et al. Functional rehabilitation of the atrophic mandible and maxilla with fibula flaps and implant-supported prosthesis. Plast Reconstr Surg. 2004; 113(1):88-98.

Santoro F, Maiorana C, Rabagliati M. Long-term results with autogenous onlay grafts in maxillary and mandibular atrophy. Journal of Long-term Effects of Medical Implants. 1999; 9(3):215-222.

Simpson D, Kakarala G, Hampson K et al. Viable cells survive in fresh frozen human bone allografts. Acta Orthop. 2007; 78(1):26-30.

Page 67: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

65

Sbordone L, Toti P, Menchini-Fabris GB et al. Implant survival in maxillary and mandibular osseous onlay grafts and native bone: a 3-year clinical and computerized tomografphic follow-up. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:695-703.

Sbordone L, Toti P, Menchini-Fabris GB et al. Implant success in sinus-lifted maxillae and native bone: a 3-year clinical and computerized tomographic follow-up. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:316-324.

Schaaf H, Streckbein P, Lendeckel S et al. Sinus lift augmentation using autogenous bone grafts and platelet-rich plasma: radiographic results. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2008; 106:673-8.

Schliephake H, Newkam FW, Wichmann M. Survival analysis of endosseous implants in bone grafts used for the treatment of severe alveolar ridge atrophy. J Oral Maxillofac Surg. 1997; 55:1227-1233.

Schultze-Mosgau S, Keweloch M, Weltfang Jet al. Histomorphometric and densitometric changes in bone volume and structure after avascular bone grafting in the estremely atrophic maxilla. Br J Oral and Maxillofac Surg. 2001; 39: 439-447.

Schultze-Mosgau S, Schliephake H, Schultze-Mosgou S et al. Soft tissue profile changes after autogenous iliac crest onlay grafting for the extremely atrophic maxilla. J Oral Maxillofac Surg. 2000; 58:971-975.

Schwartz-Arad D, Levin L. Intraoral autogenous block onlay bone grafting for extensive reconstruction of atrophic maxillary alveolar ridges. J Periodontol. 2005; 76:636-641.

Scortecci G. Immediate function of cortically anchored disk-design implants without bone augmentation in moderately to severely resorbed completely edentulous maxillae. Journal of Oral Implantology. 1999; 25(2):70-79.

Sherry JS, Balshi TJ, Sims LO et al. Treatment of a severely atrophic maxilla using an immediately loaded, implant-supported fixed prosthesis without the use of bone grafts: A clinical report. J Prosthet Dent. 2010; 103:133-138.

Sjöström M, Sennerby L, Nilson H, et al. Reconstruction of the atrophic edentulous maxilla with free iliac crest grafts and implants: a 3-year report of a prospective clinical study. Clinical Implant Dentistry and Related Research. 2009; 9(1):46-59.

Smedberg JI, Johansson B. Ekenback J et al. Implants and sinus-inlay graft in a 1-stage procedure in severely atrophied maxillae: prosthodontc aspects in a 3-year follow-up study. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001; 16:668-674.

Sorní M, Guarinos J, Peñarrocha M. Implants in anatomical buttresses of the upper jaw. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2005; 10:163–168.

Van Steenberghe D, Naert I, Bossuyt M et al. The rehabilitation of the severely resorbed maxilla by simultaneous placement of autogenous bone grafts and implants: a 10-year evaluation. Clin Oral Invest. 1997; 1:102-108.

Thor A, Wannfors K, Sennerby L et al. Reconstruction of the severely resorbed maxilla with autogenous bone, platelet-rich plasma, and implants: 1-year results of a

Page 68: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

66

controlled prospective 5-year study. Clinical implant Dentistry and Related Research. 2005; 7(4):209-220.

Toljanic JA, Bear RA, Ekstrand K et al. Implant rehabilitation of the atrophic edentulous maxilla including immediate fixed provisional restoration without the of bone grafting: a review of 1-year outcome data from a long-term prospective clinical trial. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24:518-526.

Tolman DE. Reconstructive procedures with endosseous implants in grafted bone: a review of the literature. Int J Oral Maxillofac Implants. 1995; 10:275-294.

Triplett RG, Schow SR. Autologous bone grafts and endosseous implants: complementary techniques. J o]Oral Maxillofac Surg. 1996; 54:486-494.

Urgell JP, Gutiérrez VR, Escoda CG. Rehabilitation of atrophic maxilla: a review of 101 zygomatic implants. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2008; Jun 13(6):E363-E370.

Veltri M, Ferrari M, Balleri P. One-year outcome of narrow diameter blasted implantes for rehabilitation of maxillas with knife-edge resorption. Clin Oral Impl Res. 2008; 19(10):1069-1073.

Vidigal Jr, GM. Análise crítica dos estudos longitudinais em Implantodontia. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro (RJ): Universidade Gama Filho, 1998.

Watzek G, Weber R, Bernhart TH et al. Treatment of patients with extreme maxillary atrophy using sinus floor augmentation and implants: preliminary results. Int J Oral Maxillofac Surg. 1998; 27:428-434.

Weibrich G, Buch RSR, Wegener J et al. Five-year prospective follow-up repot of the astra tech standard dental implant in clinical treatment. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001; 16: 557-562.

Widmark G, Andersson B, Andrup B et al. Rehabilitation of patients with severely resorbed maxillae by means with or without bone grafts. A 1-year follow-up study. Int J Oral Maxillofac Implants. 1998; 13:474-482.

Wiltfang J, Schultze-Mosgau S, Nkenke E et al. Onlay augmentation versus sinus lift procedure in the treatment of the severely resorbed maxilla: a 5-year comparative longitudinal study. Int J Oral Maxillofac Surg. 2005; 34:885-889.

Yerit KC, Posch M, Guserl U et al. Rehabilitation of the severely atrophied maxilla by horseshoe Le Fort I osteotomy (HLFO). Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2004a; 97:683-692.

Yerit KC, Posch M, Hainich S et al Long-term implant survival in the rafted maxilla: results of a I2-year retrospective study. Clin Oral impl Res. 2004b; 15:693-699.

Zosky JG. Use of autogenous bone graft from the iliac crest to restore an atrophic maxilla with implant-retained prothesis. J Can Dent Assoc. 2006; 72(6):521-524.

Page 69: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

67

9. ANEXOS FLUXOGRAMA 1

340 Resumos de artigos obtidos a partir

da busca

3 artigos não foram obtidos por estarem em

vias de publicação 91 artigos

selecionados para pré-qualificação

56 artigos excluídos por se enquadrarem nos critérios de

exclusão:

- Follow-up: n = 19

- Tipo de Edentulismo: n = 36

- No Pacientes: n = 4

- No Implantes: n =5

35 artigos selecionados

16 artigos foram excluídos por serem

retrospectivos 19 artigos prospectivos selecionados

15 artigos: Tratamento com Enxertos

4 artigos:Tratamento sem Enxertos

246 artigos excluídos por se enquadrarem nos critérios de inclusão:

- Não Idioma Inglês: n = 29

- Não Estudos Longitudinais: n = 126

- Sem Atrofias Maxilares: n = 26

- Sem Implantes: n = 65

Fluxograma 1 – Etapas da seleção dos estudos

Page 70: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

68

QUADRO 1

Autor / Ano

Estudo Multicêntrico RCT N Pacientes N Implantes Edentulismo Tratamento Follow-up Sobrevida

Implantes

Maló P et al

(2001)

Retrospectivo Não Não 32 128 Total Protocolo “All on four” 1 ano 97,6%

Marchetti C et

al (2008)

Retrospectivo Não Não 12 104 Total Sinus Lift + Lefort I + Enxerto C.

Ilíaca

6-12 anos 89,4%

Krekmanov L

(1995)

Prospectivo Não Não 35 225 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Lefort I +

Enxerto C. Ilíaca

1 - 4 anos 86,6%

Maló P et al

(2008)

Prospectivo Não Não 29 67

I.zigomáticos

57 I.

convencionais

Total Implantes Zigomáticos +

Implantes Convencionais ou

Implantes Zigomáticos

6-18

meses

98,5%

(I.zigomáti

cos)

100% (I.

convencio

nais)

Hallman M

(2001)

Prospectivo Não Não 40 182 Total + Parcial Implantes curtos e estreitos 1 ano 99,4%

Nyström E et

al. (1996)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

3 anos 75,7%

Page 71: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

69

Nyström E et

al. (2002)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

5 anos 74,6%

Lundgren S et

al. (1997)

Prospectivo Não Não 20 136 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Enxerto tipo

inlay ou inlay/onlay C. Ilíaca

12 - 32

meses

76,5%

Nyström E et

al. (1993)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 77,4%

Pinholt EM

(2003)

Prospectivo Não Não 25 158 Total Sinus Lift, Nasal Lift e ou Enxerto

onlay pré-maxila – C. Ilíaca ou

Mandíbula

20 - 67

meses

89,2%

Nakai H et al

(2003)

Prospectivo Não Não 9 15 Total + Parcial Implante(s) Zigomático(s) 18 - 48

meses

100%

Davó R et AL

(2008)

Retrospectivo Não Não 42 81

I.zigomáticos

140 I.

convencionais

Total + Parcial Implante(s) Zigomático(s) e ou

implantes convencionais

12 - 42

meses

100%

(I.zigomáti

cos)

97% (I.

convencio

nais)

Kahnberg K-E

et al (1989)

Prospectivo Não Não 10 57 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

10 - 20

meses

86%

Barone A et al

(2009)

Prospectivo Não Não 13 38 Parcial Sinus Lift e ou Enxerto onlay –

Osso Alógeno

6 meses 99,2%

Page 72: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

70

Mannai C

(2006)

Prospectivo Não Não 97 314 Parcial Sinus Lift e ou enxerto autógeno

+ bovino + PRP _ Inst simultânea

Implantes

3 - 5 anos 97,8%

Bektor JP et al

(2005)

Rretrospectivo Não Não 16 31I.zigomático

s

74 I.

convencionais

Total Implante(s) Zigomático(s) +

implantes convencionais

9 - 69

meses

90,3%

(I.zigomáti

cos)

95.9% (I.

convencio

nais

Maiorana C et

al (2001)

Prospectivo Não Não 14 59 Total + Parcial Sinus Lift e ou enxerto particulado

(50% C.Ilíaca – 50% bovino) +

malha de titânio

3 - 7 anos 98,3%

Iisuka T et al

(2004)

Prospectivo Não Não 4 18 Total Enxertos tipo inlay e onlay em

maxila - Calvária

11 - 23

meses

100%

Weibrich G et

al (2004)

Prospectivo Não Não 107 511 Total + Parcial Osso nativo em mandíbula e

maxila / Enxerto autógeno intra-

oral / Enxerto C. Ilíaca

2.8 - 4.8

anos

95,9%

De Santis G et

al (2004)

Prospectivo Não Não 18 62 Total Enxerto vascularizados da tíbia em

mandíbula e maxila

14 – 86

meses

100%

Page 73: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

71

Davo R et al

(2007)

Retrospectivo Não Não 18 36

I.zigomáticos

68 I.

convencionais

Total Implantes Zigomáticos +

implantes convencionais +

Provisório Imediato

6 - 29

meses

100%

(I.zigomáti

cos)

95.6% (I.

convencio

nais

Toljanic JÁ et al

(2009)

Prospectivo Não Não 51 306 Total Implantes inclinados múltiplos +

prótese fixa imediata

1 ano 96%

Sbordone L

(2009)

Restrospectivo Não Não 28 70 Total + Parcial Sinus Lift + Implantes 3 anos 95,8%

(osso

nativo)

85% e

100%

(grupos)

Sbordone L

(2009)

Retrospectivo Não Não 40 109 Total + Parcial Enxertos em bloco: mandíbula e

maxila + Implantes

3 anos 98,9%

(osso

nativo) e

99,1%

(blocos)

Mattsson T et

al (1999)

Prospectivo Não Não 15 86 Total Implantes Inclinados 36-54

meses

98,8%

Page 74: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

72

Rosén A &

Gynther G

(2007)

Prospectivo Não Não 19 103 Total Implantes Inclinados 8 -12

anos

97%

Bergendal T &

Engquist B

(1998)

Prospectivo Não Não 18 54 Total Implantes: mandibula e maxila +

Overdenture

7 anos 75,4%

Cordaro L et al

(2010)

Prospectivo Não Não 16 49 Parcial Sinus Lift + Blocos osso autógeno

+ Implantes

32 – 48

meses

100%

Nyström E et al

(1997)

Prospectivo Não Não 10 60 Total Sinus Lift + Lefort I + Enxerto C.

Ilíaca

15-39

meses

95%

Kahnberg K-E

et al (1999)

Prospectivo Não Não 25 181 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C.

Ilíaca

5 anos 83,4%

Chiapasco M et

al (2007)

Retrospectivo Não Não 39 281 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C.

Ilíaca

12-108

meses

94,5%

Yerit KC et al

(2004)

Retrospectivo Não Não 35 324 Total Sinus Lift + Lefort I + Enxerto C.

Ilíaca + implantes imediatos e

mediatos

0,5 – 141

meses

91,1%

Gbara A et al

(2007)

Retrospectivo Não Não 30 128 Total + Parcial Enxerto vascularizados da tíbia em

mandíbula e maxila

10 anos 96,6%

Palmquist et al

(1996)

Prospectivo Não Não 15 30 Total 2 Implantes + Overdenture 2 – 6 anos 100%

Page 75: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

73

Barone A &

Covani U

(2007)

Prospectivo Não Não 55 162 Total + Parcial Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

Implantes

6 meses 95,7%

Gleizal AM &

Beziat J-L E

(2007)

Prospectivo Não Não 69 291 Total + Parcial Enxertos tipo inlay e onlay em

mandibula e maxila - Calvária

5 anos 99,3%

Raghoebar GM

et al (2001)

Prospectivo Não Não 99 392 Total + Parcial Sinus Lift + Enxerto tipo onlay

autógeno (C.Ilíaca, Mento e

Tuberosidade)

12-124

meses

91,8%

Kahnberg K-E

&Vannas-

Löfqvist L

(2005)

Retrospectivo Não Não 22 176 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I +

Enxerto tipo onlay (C. Ilíaca)

5 anos 96,6%

Contar CM et al

(2009)

Prospectivo Não Não 15 51 Total Enxertos tipo onlay osso alógeno

fresco congelado

24 – 35

meses

100%

Rodriguez A et

al (2003)

Prospectivo Não Não 15 70 Total + Parcial Sinus lift: enxerto bovino + prp 10-36

meses

92,9%

Grecchi et al

(2009)

Retrospectivo Não Não 11 84 Total Sinus Lift + Lefort I + Enxerto

Homógeno (Doadores Vivos)

17 meses 97,6%

Veltri M et al

(2008)

Prospectivo Não Não 12 73 Total Implantes Estreitos 1 ano 100%

Page 76: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

74

Wiltfang J et al

(2005)

Retrospectivo Não Não 100 584 Total + Parcial Sinus Lift ou Enxertos tipo onlay –

C. Ilíaca

5 anos 93,1%

Lekholm U et al

(1999)

Retrospectivo Sim Não 150 781 Total + Parcial Enxertos tipo inlay e ou onlay e ou

Le Fort I + Implantes (simultâneos

ou tardios)

3 anos 80%

Gutta R &

Waite PD

(2009)

Retrospectivo Não Não 13 53 Total Enxertos em bloco: mandíbula e

maxila - Calvária

5 – 82

meses

96,2%

Peñarrocha M

et al (2009)

Retrospectivo Não Não 69 490 Total Implantes Palatinizados 24 meses 97,8%

Kaptein MLA &

Blijdorp PA

(1999)

Prospectivo Não Não 88 470 Total + Parcial Sinus Lift 10,7 –

32,5

meses

100%

Krekmanov L

(2000)

Prospectivo Não Não 22 75 Total + Parcial Sinus Lift + Implantes inclinados 12 – 123

meses

94,6%

Peleg M et al

(2006)

Prospectivo Não Não 731 2132 Total + Parcial Sinus Lift + Implantes simultâneos 9 anos 97,9%

Mazor Z et al

(2004)

Prospectivo Não Não 105 276 Total + Parcial Sinus Lift + Implantes simultâneos 16 – 32

meses

99,3%

Kasey et al

(1996)

Retrospectivo Não Não 20 139 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I +

Enxerto tipo onlay (C. Ilíaca) +

Implantes Simultâneos

6 – 38

meses

82%

Page 77: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

75

Hising P et al

(2001)

Prospectivo Não Não 61 231 Total + Parcial Enxertos ósseos (autógeno +

bovino): mandíbula e maxila

12 – 113

meses

80,5%

Sjöström M et

al (2007)

Prospectivo Não Não 25 192 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Le fort I +

Enxerto tipo onlay ou inlay/onlay

C. Ilíaca

3 anos 90%

Nyström E et al

(2009)

Prospectivo Não Não 26 167 Total + Parcial Sinus Lift, Nasal Lift + Le fort I +

Enxerto onlay C. Ilíaca

11 – 16

anos

85%

Thor A et al

(2005)

Prospectivo Não Não 19 152 Total Sinus Lift, nasal lift + Enxerto inlay

e onlay (C. Ilíaca) + PRP

1 ano 98,7%

Neyt LF et al

(1997)

Retrospectivo Não Não 17 123 Total Sinus Lift+ Enxerto inlay e

enxertos onlay em forma de L

6 meses

após

protése

97,5%

Li KK et al

(1996)

Retrospectivo Não Não 20 139 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I +

Enxerto onlay tipo ferradura (C.

Ilíaca) + Implantes Simultâneos

6 – 38

meses

82%

Urgell JP (2008) Retrospectivo Não Não 54 101I.zigomátic

os

221 I.

convencionais

Total Implantes Zigomáticos +Enxertos

ósseos eventuais em região

anterior + Implantes

Convencionais

1 – 72

meses

96,04%

(I.zigomáti

cos)

93.22% (I.

convencio

nais

Page 78: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

76

Widmark G et

al (1998)

Prospectivo Não Não 36 221 Total Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca) ou

Implantes sem enxertia prévia

1 ano 90%

Widmark G et

al (2001)

Prospectivo Não Não 36 221 Total Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca) ou

Implantes sem enxertia prévia

5 anos 82%

Farzad P et al

(2006)

Retrospectivo Não Não 11 22 Total Implantes Zigomáticos 18 – 46

meses

100%

Yerit KC em al

(2004)

Prospectivo Não Não 36 276 Total Sinus Lift + Le Fort I tipo Ferradura

+ Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca)

5 anos 89,3%

Johansson et al

(2001)

Prospectivo Não Não 10 68 Total Sinus Lift + Enxertos tipo inlay e

onlay C. Ilíaca

1 ano 97%

Triplett RG &

Schow SR

(1996)

Retrospectivo Não Não 99 364 Total + Parcial Sinus Lift e ou Enxertos tipo inlay

e onlay – C. Ilíaca, calvária e

mandíbula

1 ano 87,9%

Nyström E et al

(1995)

Prospectivo Não Não 20 120 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 88,3%

Isaksson S et al

(1993)

Prospectivo Não Não 12 67 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I +

Enxerto tipo onlay (C. Ilíaca) +

Implantes Simultâneos

11 – 24

meses

79%

Misch CE

&Dietsh FD

(1994)

Retrospectivo Não Não 20 148 Total Sinus Lift + Enxerto Inlay e onlay +

Implantes (simultaneos ou

tardios)

26 – 97

meses

98%

Page 79: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

77

Gössweiner S

et al (1999)

Retrospectivo Não Não 23 178 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I tipo

Ferradura + Enxertos tipo onlay

(C. Ilíaca) + Implantes

(simultâneos ou tardios)

5 anos 91,6%

Scortecci G

(1999)

Retrospectivo Não Não 72 783 Total Implantes com “design de disco” 6 – 48

meses

98%

Isaksson S &

Alberius P

( 1992)

Retrospectivo Não Não 8 46 Total Enxertos tipo onlay osso autógeno

(C. ilíaca) + Implantes simultâneos

32 – 64

meses

83%

Demitri V et al

(2002)

Retrospectivo Não Não 43 146 Total + Parcial Sinus lift + Enxertos tipo inlay e ou

onlay (mento, c.ilíaca e calvária)

1 ano 93,8%

Chan MFW-Y et

al (1996)

Retrospectivo Não Não 20 105 Total Sinus lift + Le Fort I + Enxerto(s)

tipo onlay – C. Ilíaca

5 anos 84%

De Clercq et al

(1994)

Retrospectivo Não Não 47 198 Total Sinus lift + Le fort I + enxerto

onlay e inlay (osso autógeno ou

osso homólogo ou osso

heterólogo) +implantes

(simultâneos ou tardios)

14 meses 92,9%

Köndel PA et al

(1996)

Prospectivo Não Não 14 75 Total Enxerto tipo onlay - Costela +

Implantes simultâneos

5,2 anos 73,3%

Cawood JI et al

(1994)

Prospectivo Não Não 12 64 Total Sinus Lift, nasal lift + Le Fort I +

Enxerto particulado (C. Ilíaca) +

HA.

6 – 30

meses

84,4%

Page 80: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

78

Perrot DH et al

(1992)

Prospectivo Não Não 10 29 Total + Parcial Enxertos tipo onlay

(Autógenos:C.Ilíaca, Costela e

Homógenos) mandíbula e maxila

20,9 –

31,7

meses

96,5%

Laster Z &

Jensen OT

(2008)

Retrospectivo Não Não 25 63 Parcial Implantes com parafuso

transversal inseridos

intencionalmente no seio maxilar

3 anos 92,1%

Renouard F &

Nisand D

(2005)

Retrospectivo Não Não 85 96 Parcial Implantes curtos 2 – 4 anos 94,6%

Mardinger O et

al (2007)

Retrospectivo Não Não 55 164 Parcial Sinus Lift + Implantes simultâneos 14 – 66

meses

95,1%

Schaaf H et al

(2008)

Prospectivo Sim Sim 34 245 NA Sinus Lift + Enxerto Particulado C.

Ilíaca (com ou sem PRP)

6 meses 96,3%

Reinert S et al

(2003)

Retrospectivo Não Não 30 200 Total Sinus Lift + Enxertos inlay e onlay

C. Ilíaca

3 anos 94,5%

Schliephake H

et al (1997)

Retrospectivo Não Não 137 871 Total + Parcial Enxerto tipo onlay e ou Sinus Lift +

enxerto tipo inlay - C. Ilíaca ou

mento.

5 anos 67,8%

Peñarrocha M

et al (2009)

Prospectivo Não Não 7 36 Total Implante canal nasopalatino +

Implantes Zigomáticos e

Pterigóides

3 – 7 anos 97,2%

Page 81: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

79

Van

Steenberghe et

al (1997)

Prospectivo Não Não 20 93 Total + Parcial Sinus Lift + Enxertos tipo inlay ou

Enxertos tipo onlay – C. Ilíaca –

Implantes simultâneos

10 anos 95%

Aparicio C et al

(2001)

Prospectivo Não Não 25 42 inclinados e

59 axiais

Parcial Implantes inclinados e implantes

axialmente posicionados

21 – 87

meses

100% (I.

inclinados)

96,5% (I.

axiais

Astrand P et al

(1996)

Retrospectivo Não Não 17 92 Total Enxerto tipo onlay (C.Ilíaca) +

Implantes simultâneos

3 anos 75%

Watzek et al

(1998)

Prospectivo Não Não 20 155 Total + Parcial Sinus Lift – C. Ilíaca + HA 1 – 6 anos 95,4%

Komiyama A et

al (2008)

Retrospectivo Não Não 21 124 Total Cirurgia virtual guiada + próteses

fixas imediatas: maxila e

mandíbula

44 meses 91,6%

Branemark P-I

et al (2004)

Retrospectivo Não Não 28 52

I.zigomáticos

106 I.

convencionais

Total Implantes Zigomáticos +

implantes convencionais

Mínimo

de 5 anos

94,2%

(I.zigomáti

cos)

73% (I.

convencio

nais

Page 82: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

80

Jensen J et al

(1994)

Retrospectivo Não Não 98 291 Total + Parcial Sinus Lift, Nasal Lift + Enxertos

tipo onlay e ou inlay (parede

lateral do seio ou sínfise)

12 – 58

meses

93,5%

Quadro 1. Características dos Estudos Originais

Page 83: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

81

QUADRO 2

Autor / Ano

Estudo Multicêntrico RCT N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-up Sobrevida

Implantes

Krekmanov L

(1995)

Prospectivo Não Não 35 225 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Lefort I + Enxerto C.

Ilíaca + Implantes simultâneos

1 - 4 anos 86,6%

Nyström E et

al. (1996)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

3 anos 75,7%

Nyström E et

al. (2002)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

5 anos 74,6%

Lundgren S et

al. (1997)

Prospectivo Não Não 20 136 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Enxerto tipo inlay ou

inlay/onlay C. Ilíaca

12 - 32

meses

76,5%

Nyström E et

al. (1993)

Prospectivo Não Não 30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 77,4%

Pinholt EM

(2003)

Prospectivo Não Não 25 158 Total Sinus Lift, Nasal Lift e ou Enxerto onlay

pré-maxila – C. Ilíaca ou Mandíbula

20 - 67

meses

89,2%

Toljanic JÁ et al

(2009)

Prospectivo Não Não 51 306 Total Implantes inclinados múltiplos +

Provisório fixo imediato

1 ano 96%

Mattsson T et

al (1999)

Prospectivo Não Não 15 86 Total Implantes Inclinados 36-54

meses

98,8%

Page 84: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

82

Rosén A &

Gynther G

(2007)

Prospectivo Não Não 19 103 Total Implantes Inclinados 8 -12

anos

97%

Nyström E et al

(1997)

Prospectivo Não Não 10 60 Total Sinus Lift + Lefort I + Enxerto C. Ilíaca 15-39

meses

95%

Kahnberg K-E

et al (1999)

Prospectivo Não Não 25 181 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C. Ilíaca 5 anos 83,4%

Contar CM et al

(2009)

Prospectivo Não Não 15 51 Total Enxertos tipo onlay osso alógeno fresco

congelado

24 – 35

meses

100%

Veltri M et al

(2008)

Prospectivo Não Não 12 73 Total Implantes Estreitos 1 ano 100%

Sjöström M et

al (2007)

Prospectivo Não Não 25 192 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Le fort I + Enxerto

tipo onlay ou inlay/onlay C. Ilíaca

3 anos 90%

Thor A et al

(2005)

Prospectivo Não Não 19 152 Total Sinus Lift, nasal lift + Enxerto inlay e onlay

(C. Ilíaca) + PRP

1 ano 98,7%

Widmark G et

al (1998)

Prospectivo Não Não 36 221 Total Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca) ou

Implantes sem enxertia prévia

1 ano 90%

Widmark G et

al (2001)

Prospectivo Não Não 36 221 Total Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca) ou

Implantes sem enxertia prévia

5 anos 82%

Page 85: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

83

Yerit KC em al

(2004)

Prospectivo Não Não 36 276 Total Sinus Lift + Le Fort I tipo Ferradura +

Enxertos tipo onlay (C. Ilíaca)

5 anos 89,3%

Johansson et al

(2001)

Prospectivo Não Não 10 68 Total Sinus Lift + Enxertos tipo inlay e onlay C.

Ilíaca

1 ano 97%

Nyström E et al

(1995)

Prospectivo Não Não 20 120 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 88,3%

Köndel PA et al

(1996)

Prospectivo Não Não 14 75 Total Enxerto tipo onlay - Costela + Implantes

simultâneos

5,2 anos 73,3%

Komiyama A et

al (2008)

Prospectivo Não Não 21 124 Total Cirurgia virtual guiada + próteses fixas

imediatas

44 meses 91,6%

Quadro 2. Estudos Prospectivos Selecionados

Page 86: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

84

QUADRO 3a

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Nyström E et al.

(1993)

30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 77,4%

***Nyström E et

al (1995)

20 120 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

2 anos 88,3%

Nyström E et al.

(1996)

30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

3 anos 75,7%

Nyström E et al.

(2002)

30 177 Total Enxerto tipo onlay C. Ilíaca + Inst

simultânea Implantes

5 anos 74,6%

*** Este estudo se refere exclusivamente ao “grupo de rotina”

TRATAMENTO COM ENXERTOS

Page 87: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

85

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Nyström E et al

(1997)

10 60 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C. Ilíaca 15-39

meses

95%

Kahnberg K-E et

al (1999)

25 181 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C. Ilíaca 5 anos 83,4%

Yerit KC et al ( 2004)

24 176 Total Le Fort I + Enxerto tipo onlay C. Ilíaca 5 anos 91,3%

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Contar CM et al

(2009)

15 51 Total Enxertos tipo onlay osso alógeno fresco

congelado

24 – 35

meses

100%

Page 88: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

86

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Köndel PA et al

(1996)

14 75 Total Enxerto tipo onlay - Costela + Implantes

simultâneos

5,2

anos

73,3%

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Johansson et al

(2001)

10 68 Total Sinus Lift + Enxertos tipo inlay e onlay C.

Ilíaca

1 ano 97%

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Krekmanov L

(1995)

35 225 Total Sinus Lift, Nasal Lift + Lefort I + Enxerto C.

Ilíaca + Implantes simultâneos

1 - 4

anos

86,6%

Page 89: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

87

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Mattsson T et al

(1999)

15 86 Total Implantes Inclinados 36-54

meses

98,8%

Rosén A &

Gynther G

(2007)

19 103 Total Implantes Inclinados 8 -12

anos

97%

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Toljanic et al

(2009)

51 306 Total Implantes inclinados múltiplos + Pótese

fixa imediata

1 ano 96%

TRATAMENTO SEM ENXERTOS

Page 90: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

88

Autor / Ano

N

Pacientes

N

Implantes

Edentulismo Tratamento Follow-

up

Sobrevida

Implantes

Veltri M et al

(2008)

12 73 Total Implantes Estreitos 1 ano 100%

Quadro 3. Estudos Divididos por Técnicas de Tratamento

Page 91: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

89

QUADRO 3b

Autor / Ano

Grupo (sobrevida implantes) Grupo (sobrevida implantes) Grupo (sobrevida implantes)

Lundgren S et al (1997) Sinus Lift, Nasal Lift + Enxerto tipo inlay C. Ilíaca (83.3%)

Sinus Lift, Nasal Lift + Enxerto tipo inlay/onlay C. Ilíaca

(82,9%)

-

Pinholt EM (2003) Implantes Branemark (81%) Implantes ITI (98%) -

Thor A et al (2005) Enxerto autógeno C. Ilíaca +

PRP (100%)

Enxerto autógeno C. Ilíaca

(97,4%)

-

Sjöström M et al (2007) Sinus Lift, Nasal Lift + Le fort I + Enxerto tipo onlay ou

inlay/onlay C. Ilíaca (84%)

Enxerto ósseo tipo onlay C.

Ilíaca (84%)

Sinus Lift + Enxerto tipo inlay

C. Ilíaca (82%)

Quadro 3a. Estudos com mais de uma técnica de tratamento

Page 92: Avaliação da Sobrevida de Implantes em Maxilas Edêntulas …§ão... · 2019. 12. 18. · de instalação dos mesmos (APARICIO et al, 2001). 2.1. Classificação de Cawood & Howell

90

QUADRO 4

Tratamentos com Enxertos +

Implantes Simultâneos

Tratamentos com Enxertos + Implantes

Tardios

Pacientes 79 84

Implantes 477 536

Follow-up 1 a 5,2 anos 1 a 5 anos

Sobrevida 78,1% 93,3%

Quadro 4. Momento de Instalação dos Implantes

QUADRO 5

Tratamentos com Enxertos Tratamentos sem Enxertos

Pacientes 163 97

Implantes 1013 568

Follow-up 1 A 5,2 anos 1 A 12 anos

Sobrevida 87,6% 97,9%

Quadro 5. Comparação das Técnicas