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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE ADAILTON MARTINS SILVA Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de Sida cordifolia (Malvaceae) em roedores São Cristóvão 2011

Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de …...cordifolia (Malvaceae) em roedores / Adailton Martins Silva. – São Cristóvão, 2011. 67 f. : il. Dissertação (Mestrado

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

ADAILTON MARTINS SILVA

Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de Sida

cordifolia (Malvaceae) em roedores

São Cristóvão

2011

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ADAILTON MARTINS SILVA

Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de Sida

cordifolia (Malvaceae) em roedores

Dissertação apresentada ao Núcleo de

Pós-graduação em Medicina (NPGME)

como um dos requisitos para a obtenção

do título de Mestre em Ciências da

Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim

São Cristóvão

2011

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

S586a

Silva, Adailton Martins Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de Sida cordifolia (Malvaceae) em roedores / Adailton Martins Silva. – São Cristóvão, 2011.

67 f. : il.

Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Núcleo de Pós-Graduação em Medicina, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe, 2011.

Orientador: Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim. 1. Dor orofacial. 2. Sida cordifolia. 3. Plantas

medicinais. I. Título.

CDU 616.314-009.7:582.685.2

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Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial de Sida

cordifolia (Malvaceae) em roedores

ADAILTON MARTINS SILVA

Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-graduação em Medicina (NPGME)

como um dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências da

Saúde.

Banca examinadora:

_________________________________________________

Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim - UFS

_________________________________________________

Prof. Dr. Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida - UNIVASF

_________________________________________________

Prof. Dr. Alexandre Sherley Casemiro Onofre - UFS

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Aprenda com o ontem, viva o hoje, tenha esperança no amanhã. O importante

é não parar de questionar.

Albert Einstein

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado persistência para que chegasse até aqui.

Aos meus amigos, Prof. Dr. Edivaldo Rosa e Dra. Leonair por terem aberto o

acesso desta caminhada.

Ao Prof. Dr. Ângelo Roberto Antoniolli por ter me dado a oportunidade de

realizar este sonho.

Ao Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim pela paciência, competência, incentivo

e ensinamentos.

Ao Prof. Dr. Lucindo Quintans pelo apoio, e ensinamentos.

Ao Prof. Dr. Adriano Antunes pelo apoio, incentivo e ensinamentos.

Ao Prof. Dr. Márcio Santos pelo material didático sobre fitoterapia e

ensinamentos.

Ao Prof. Dr. Charles pelo apoio e ensinamentos.

À minha querida amiga Martha Suzana pelo apoio e incentivo para alcançar

este objetivo.

Aos farmacêuticos Makson, Adriana, Mônica e Michelle pela colaboração.

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RESUMO SILVA, A. M. Avaliação do efeito antinociceptivo orofacial da Sida cordifolia L. (Malvaceae) em roedores. Dissertação de Mestrado em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Sergipe. A Sida cordifolia pertencente a família Malvaceae e gênero Sida L. com cerca de 250 espécies em todo mundo, tem sido utilizada na medicina popular como anti-inflamatória, antireumático e antipirético, laxante, diurético, analgésico e hipoglicemiante, antiviral, bactericida e antifúngica. O objetivo do presente estudo foi identificar a possível ação antinociceptiva do extrato etanólico (EE) e das frações clorofórmica (FC) e metanólica (FM) obtidas das folhas de Sida cordifolia, conhecida no Brasil como “malva branca”. As folhas de Sida cordifolia foram usadas para a preparação do extrato bruto e depois foi obtida frações a partir desse extrato. Os experimentos foram realizados com camundongos Swiss usando o glutamato e formalina como agentes de indução da nocicepção orofacial. No teste da formalina, todas as doses do EE, FC e FM significativamente reduziram o comportamento nociceptivo orofacial em ambas as fases do teste (p<0,001), as quais foram sensíveis a naloxona. A média percentual de redução para a primeira fase do teste da formalina foi 79,6% (EE), 78,4% (FC) e 65,6% (FM) e para a segunda fase 77,9% (EE), 69,7% (FC) e 81,1% (FM). No teste de nocicepção induzida por glutamanto, somente as FC e FM reduziram significativamente o comportamento nociceptivo orofacial com um percentual de inibição de 48,1% (100 mg/kg, FC), 56,1% (200 mg/kg, FC), 66,4% (400 mg/kg, FC), 48,2% (200 mg/kg, FM) e 60,1% (400 mg/kg, FM). O tratamento dos animais com EE, FC e FM não foi capaz de promover alterações na atividade motora. Esses resultados demonstraram que a S. cordifolia possui um pronunciado efeito sobre a nocicepção orofacial. No entanto, estudos químicos e farmacológicos são necessários a fim de caracterizar os mecanismos responsáveis por essa ação antinociceptiva, bem como identificar substâncias presentes dentro da S. cordifolia Palavras-chave: Plantas Medicinais, Sida cordifolia, dor orofacial.

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ABSTRACT SILVA, A. M. Evaluation of orofacial antinociceptive effect of Sida cordifolia L. (Malvaceae) in rodents. Dissertação de Mestrado em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Sergipe. ABSTRACT: Sida cordifolia from Malvaceae family (Sida L.) with about 250 species around the world, has been used in folk medicine as anti-inflammatory, antirheumatic and antipyretic, laxative, diuretic, analgesic and hypoglycemic, antiviral, bactericide and antifungal. In this study, we attempted to identify the possible antinociceptive action of the ethanol extract (EE), chloroform (CF) and methanol (MF) fractions obtained of Sida cordifolia, known in Brazil as “malva branca” or “malva branca sedosa”. Leaves of S. cordifolia were used to produce the crude ethanol extract and after CF and MF. Experiments were conducted on Swiss mice using the glutamate and formalin-induced orofacial nociception. In the formalin test, all doses of EE, CF and MF significantly reduced the orofacial nociception in the first (p < 0.001) and second phase (p < 0.001), which was also naloxone-sensitive. The percentage reduction average for the first phase of the formalin test was 79,6% (EE), 78,4% (CF) e 65,6% (MF) and for the second phase 77,9% (EE), 69,7% (CF) e 81,1% (MF). In the glutamate-induced nociception test, only CF and MF significantly reduced the orofacial nociceptive behavior with inhibition percentage values of 48.1% (100 mg/kg, CF), 56.1% (200 mg/kg, CF), 66.4% (400 mg/kg, CF), 48.2 (200 mg/kg, MF) and 60.1 (400 mg/kg, MF). Furthermore, treatment of the animals with EE, CF and MF was not able to promote motor activity changes. These data demonstrate that S. cordifolia has a pronounced antinociceptive activity against orofacial nociception. However, pharmacological and chemical studies are continuing in order to characterize the mechanism(s) responsible for this antinociceptive action and also to identify other active substances present in S. cordifolia. Key words: Medicinal plant, Sida cordifolia, orofacial pain

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Plantas medicinais

2.2 Plantas medicinais e seu uso na odontologia

2.3 Sida cordifolia

2.4 Dor Orofacial

12

12

14

18

23

3 OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

3.2 Objetivos Específicos

28

28

28

4 REFERÊNCIAS 29

5 CAPÍTULO 1 - Sida cordifolia leaves extract reduces orofacial

nociceptive response in mice

38

6 CONCLUSÃO 63

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 64

ANEXOS

65

66

67

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1- INTRODUÇÃO

Uma parte significativa das drogas são obtidas de plantas e uma

variedade das drogas sintéticas são obtidas usando os produtos naturais (De

SOUZA et al., 2009). O potencial da biodiversidade como fonte de novas

drogas é pouco explorado e de todas as espécies de plantas estimadas no

planeta (250.000-300.000), menos de 10% têm sido investigadas em relação à

sua atividade química e farmacológica. Embora nos últimos anos, tenha havido

um notável progresso no que se refere ao desenvolvimento de terapias naturais

(BOTELHO et al., 2009; BOTELHO et al., 2010), há uma necessidade urgente

de se descobrir analgésicos potentes e efetivos (CALIXTO et al., 2000). Além

do mais, devido ao baixo custo e fácil acesso à flora natural em vários países,

as plantas medicinais podem ser usadas para a síntese de drogas poderosas e

seletivas (ALMEIDA et al., 2001; QUINTANS JÚNIOR et al., 2008; MELO et al.,

2010).

Nesse contexto, a região orofacial, uma das áreas mais densamente

inervadas do nosso corpo, é o local de algumas das dores agudas mais

comuns que são aquelas acompanhadas de estados patológicos dos dentes, e

estruturas correlatas (RABOISSON; DALLEL, 2004). Muitas das dificuldades no

tratamento das condições da dor orofacial aguda e crônica vêm da falta de

reconhecimento e do não entendimento dos mecanismos da dor (MIRANDA et

al., 2009). Assim, o tratamento das desordens orofaciais é um dos maiores

desafios do campo da farmacologia (BOTELHO et al., 2008).

Embora as dores orofaciais sejam muito comuns na população geral,

estudos que investiguem a ação das plantas medicinais e/ou seus metabólitos

sobre essas dores são ainda escassos na literatura científica (HOLANDA-

PINTO et al., 2008; LI et al., 2009; MITTAL et al., 2009, QUINTANS JUNIOR et

al., 2010), visto que na área odontológica os trabalhos são concentrados na

atividade das plantas sobre o biofilme dental (BUFFON et al., 2001; PEREIRA

et al., 2006) e a periodontite (IAUK et al., 2003), aftas e inflamações gengivais

(PAIXÃO et al., 2007).

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Estudos pré-clínicos têm mostrado várias atividades da Sida cordifolia

como anti-inflamatória, antinociceptiva, hipoglicemiante (KANT; DIWAN, 1999),

hipotensora e bradicárdica (SILVEIRA et al., 2003; MEDEIROS et al., 2006),

antimicrobiana (NUNES et al., 2006) e depressora do Sistema Nervoso Central

(SNC) (FRANCO et al., 2005).

No entanto, não há na literatura científica relatos sobre a atividade da

Sida cordifolia sobre a dor orofacial. Nesse contexto, esse estudo se propõe a

investigar o efeito antinocipetivo da Sida cordifolia na região orofacial, em que a

prevalência de dor é alta e os tratamentos farmacológicos nem sempre

efetivos.

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2 - REVISÃO DA LITERATURA

2.1 - Plantas medicinais

O consumo de plantas medicinais nasceu com a humanidade, visto que

existem indícios do seu uso nas civilizações mais antigas. Além disso, é

conhecida como uma das práticas mais primitivas utilizada pelo homem para

cura, prevenção e tratamento de doenças, contribuindo como importante fonte

de compostos biologicamente ativos (VEIGA JUNIOR; PINTO, 2005;

ANDRADE et al., 2007).

O conhecimento e uso das plantas medicinais muitas vezes é o único

recurso de muitas comunidades e grupos étnicos para o tratamento e a cura de

enfermidades (MACIEL et al., 2002). Estimativas atuais sugerem que, em

muitos países em desenvolvimento, cerca de dois terços da população

depende fortemente das plantas medicinais para atender às necessidades

primárias de cuidados com a saúde (SOUZA; FELFILI, 2006; KUNWAR et al.,

2010).

Segundo a Oraganização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população

dos países em desenvolvimento utilizam de práticas tradicionais na atenção

primária, e desse total, 85% usam plantas medicinais ou preparações (BRASIL,

2006). No Brasil, embora não existam dados estatísticos, estima-se que 50%

das pessoas fazem uso de plantas medicinais e de produtos fitoterápicos

(SOARES, 2002).

Apesar de medicamentos modernos estarem disponíveis nesses países

em desenvolvimento, as plantas medicinais tradicionais ainda são usadas com

frequência pela população por razões históricas, culturais e ecológicas

(KUNWAR et al., 2010). O baixo nível socioeconômico e a falta de acesso aos

medicamentos, associada à facilidade e tradição do uso favorece o consumo

das plantas medicinais (VEIGA JUNIOR; PINTO, 2005).

Deve ser destacado também que o consumo de fitoterápicos e plantas

medicinais não é uma condição exclusiva dos países em desenvolvimento,

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visto que a Europa e os Estados Unidos destacam-se entre os maiores

consumidores destes produtos (CALIXTO, 2003).

No entanto, esse uso é, na maioria das vezes empírico, baseado na

crença de ausência de efeitos indesejáveis e não acompanhado de estudos

científicos que comprovem a sua eficácia farmacológica, bem como a ausência

de efeitos tóxicos. Associado a isso, existe uma grande comercialização não

acompanhada de uma eficiente fiscalização das plantas medicinais e chás, os

quais são vendidos livremente em feiras livres e mercados populares,

especialmente nas regiões mais pobres do Brasil (MACIEL et al., 2002).

Nesse contexto, percebe-se um crescente número de estudos que

investigam e tentam certificar o uso popular das plantas medicinais, ao passo

que se torna abusivo o uso desses produtos. Em paralelo a isso, políticas

públicas que fomentam ações sobre produtos naturais aplicados à saúde,

ganharam força em 21 de maio de 1993, onde a Portaria número 546 do

Ministério da Saúde criou o Grupo Consultor Técnico-Científico da Secretaria

de Vigilância Sanitária, com o intuito de estabelecer normas, controle de

serviços, controle de produção, armazenagem e utilização de substâncias e

produtos naturais (DI STASI, 1996)

Em 1995, a portaria n° 17, da Secretaria da Vigilância Sanitária do

Ministério da Saúde, instituiu o Programa Nacional de Inspeção em Indústrias

Farmacêuticas e Farmoquímicas – PNIF para avaliar a qualidade do processo

de produção de produtos farmacêuticos (ANVISA, 1995).

Em 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou

Resolução - RDC nº 17 que classifica os fitoterápicos como medicamentos em

virtude da grande procura pela população a esses produtos, aumentando por

conseguinte, a sua comercializaçao (ANVISA, 2000).

Em 2004, a ANVISA publicou a Resolução-RDC nº 48 que dispõe sobre

o registro de medicamentos fitoterápicos, indicando que todos os testes

referentes ao controle de qualidade desses medicamentos deveriam ser

executados em instituições credenciadas no sistema REBLAS-Rede Brasileira

de Laboratórios em Saúde ou por empresas fabricantes de medicamentos que

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tenham certificado de Boas Práticas de fabricação e controle (BPFC) atualizado

e satisfatório.

Em 2006, o Ministério da Saúde através da portaria Nº 971 estabeleceu

a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

normatizando no Sistema Único de Saúde (SUS), o uso de plantas medicinais

e fitoterapia dentre outras práticas terapêuticas (BRASIL, 2006).

Em 2010, a Portaria 886/MS instituiu a Farmácia Viva no âmbito do

Sistema Único de Saúde. Ainda nesse ano, através da portaria 1102/MS foi

constituída a ComissãoTécnica e Multidisciplinar de Elaboração e Atualização

da Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (BRASIL, 2010).

2.2 - Plantas medicinais e seu uso na odontologia

Apesar das inúmeras possibilidades de uso de plantas medicinais por

parte dos profissionais da área da saúde, na odontologia a sua utilização tem

sido pouco explorada seja para tratar doenças bucais ou para tratar doenças

sistêmicas com manifestações bucais (SOYAMA, 2007).

Tem sido verificado o uso de plantas em afecções bucais, dentre elas

destacam-se Punica granatum (Família Punicaceae – Romã) e a Calendula

officinalis (Família Asteraceae – Calêndula) que mostraram efetiva ação no

controle bacteriano em biofilme dental (BUFFON et al., 2001; PEREIRA et al.,

2006), bem como no tratamento de periodontite (Iauk et al., 2003; Sastravaha

et al., 2005); a Althaea officinalis (Família Malvaceae – malvavísco), que

demonstrou atividade contra bactérias envolvidas na periodontite (IAUK et al.,

2003). Ainda podemos citar a Malva sylvestris (Família Malvaceae), conhecida

popularmente como “malva”, com efeitos pré-clínicos antibacterianos no

controle da cárie dental (BUFFON ET AL., 2001).

Oliveira et al. (2007) realizaram uma revisão bibliográfica sobre plantas

medicinais indicadas na odontologia. Os autores encontraram 132 espécies,

distribuídas em 52 famílias botânicas citadas como úteis no tratamento de

afecções odontológicas. Os autores verificaram que as espécies mais citadas

foram Punica granatum L., Althaea officinalis L., Salvia officinalis L., Calendula

officinalis L., Malva sylvestris L., Plantago major L. As famílias com os maiores

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números de espécies citadas foram Asteraceae, Lamiaceae, Myrtaceae,

Rosaceae e Fabaceae.

De acordo com Paixão et al. (2007), a uva (Berberis vulgaris) é usada

através de bochechos do suco concentrado, três vezes ao dia, ou mascando-se

a fruta naturalmente, atuando como eficiente antiinflamatório, revertendo

quadros de aftas e de inflamações gengivais.

França et al. (2007) objetivaram verificar a percepção dos dentistas,

enfermeiros e médicos de um Programa de Saúde da Família (PSF) de Recife

acerca do uso das plantas medicinais, como terapêutica para as doenças

bucais. Utilizou-se para a coleta dos dados, um questionário semi-estruturado.

As doenças bucais mais comuns detectadas pelos profissionais do PSF foram

aftas, gengivites e candidíase; os profissionais mencionaram para o tratamento

destas doenças: a aroeira e a romã, como antiinflamatórios. Na percepção dos

profissionais, os agentes comunitários utilizam no tratamento das doenças

bucais as seguintes plantas: romã, alfavaca de caboclo, cabacinha, caju-roxo,

quixaba, gengibre, hortelã e a aroeira, sendo, esta última, a mais usada com

ação antiinflamatória. A principal forma de utilização foi o chá.

Santos et al. (2009) realizaram um estudo etnobotânico sobre a

indicação de plantas medicinais para tratamentos de patologias bucais, bem

como investigou sobre o uso de plantas medicinais entre raizeiros e usuários

de serviços odontológicos na cidade de João Pessoa. As plantas de uso

odontológico mais vendidas pelos raizeiros foram: babatenon (Pithecelobium

avaremotemo Mart.), aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), cajueiro roxo

(Anacardium occidentale L.) e quixaba (Bumelia sartorum Mart.). Dentre os

usuários, 80% afirmaramm utilizar plantas medicinais, sendo as mais citadas: a

romã (Punica granatum L.), cajueiro roxo (Anacardium occidentale L.), juá

(Zizyphus joazeiro Mart.), e hortelã de folha graúda (Plectrantus amboinicus

Lour). As formas de utilização mais citadas foram gargarejo, escovação e

infusão, sendo indicadas para limpeza dos dentes e inflamação, dentre outras.

Como visto anteriormente, percebe-se que as pesquisas com plantas

medicinais na odontologia estão focadas na sua grande maioria no controle do

crescimento bacteriano do biofilme dental, das aftas, das inflamações

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periodontais, no entanto, para o nosso conhecimento são poucos os estudos

que avaliam o efeito dos produtos de origem natural ou seus derivados na dor

orofacial, embora haja bastante pesquisa envolvendo as dores de outras

regiões do corpo.

Winocur et al. (2000) avaliaram a efetividade de um creme tópico de

capsaicina aplicado na região da articulação temporomandibular (ATM) sobre a

dor. Foram tratados 30 pacientes que possuíam dor na região da ATM,

divididos aleatoriamente em grupos controle e experimental. Todos foram

instruídos a aplicar o creme, com capsaicina ou veículo, na região da ATM

quatro vezes ao dia por um mês. Foram avaliados semanalmente os seguintes

parâmetros: intensidade da dor, sensibilidade à palpação nos músculos

mastigatórios e ATM e capacidade de abertura da boca. Os resultados

demonstraram para todos os parâmetros avaliados que não houve diferença

significativa entre o grupo que utilizou o creme à base de capsaicina e aquele

que usou o creme com seu veículo, no entanto, em ambos os grupos houve

uma melhora significativa das variáveis estudadas. Os autores sugerem que o

fator tempo foi o principal responsável pela melhora dos parâmetros avaliados,

além de reportarem que o efeito placebo tem um papel importante no

tratamento de pacientes com dor na ATM.

Liang et al. (2007) avaliaram os efeitos de um agonista canabinóide

sobre a alodinia mecânica e hiperalgesia térmica em um modelo de dor

neuropática trigeminal em ratos, provocada por uma constricção crônica do

ramo infraorbital do nervo trigêmio. Foi verificado que a administração do

agonista canabinóide WIN 55,212-2 aumentou de maneira dose-dependente,

os limiares de retirada mecânica e de calor, sem produzir um déficit importante

da performance motora avaliada pelo teste de rota-rod. WIN 55,212-2 (0,3-3

mg / kg, ip) não produziu nenhum déficit motor importante em animais por meio

do teste rotarod. Os autores sugereriram que os canabinóides pode ser uma

abordagem terapêutica útil para o manejo clínico dos transtornos da dor

neuropática originada no trigêmeo.

Holanda Pinto et al. (2008) observaram o efeito antiinflamatório do alfa e

beta-amirina, triterpenóides pentacíclicos isolados do Protium heptaphyllum,

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em modelos de dor orofacial em ratos induzidos pela formalina e capsaicina.

Os resultados demonstraram que este triterpenóide foi capaz de reduzir o

comportamento nociceptivo de coçar a região orofacial em ambos os testes. Os

autores mostraram que esse agente atenuou a nocicepção orofacial, sugerindo

que sua ação pode envolver, pelo menos em parte, um mecanismo opióide

periférico.

Estudo recente publicado por Li et al. (2009) comparou a eficácia de

uma pomada tópica contendo ervas naturais da medicina chinesa no

tratamento da dor muscular mastigatória e da ATM. Tratou-se de um estudo

randomizado, duplo-cego, controlado, onde 55 indivíduos com dor na ATM e/ou

músculos da mastigação receberam a pomada ou placebo durante quatro

semanas. Os indivíduos foram avaliados quanto à intensidade da dor utilizando

a escala analógica visual, no início e após 4 semanas de tratamento. Foi

verificado que a pomada reduziu significativamente os sintomas de dor na ATM

e/ou músculos mastigatórios.

Mittal et. al. (2009) avaliaram o efeito anti-hiperalgésico da curcumina

em um modelo de dor orofacial em ratos, induzido pela formalina. Foi

encontrado que o pré-tratamento com curcumina reduziu de maneira

significativa o comportamento nociceptivo orofacial em ambas as fases do teste

da formalina.

Quintans Júnior et al. (2010) avaliaram o efeito antinociceptivo do

monoterpeno citronelal em modelo de nocicepção orofacial induzido por

formalina, glutamato e capsaicina em camundongos. Os autores observaram

que o pré-tratamento com citronelal reduziu o comportamento nociceptivo

orofacial nas duas fases do teste da formalina, bem como nos testes de

nocicepção induzidos por glutamato e capsaicina.

Burgos et al. (2010) verificaram a antinocicepção de um agonista

canabinóide (WIN 55,212-2) em dois modelos de dor orofacial induzidos pela

formalina. Os autores verificaram que o pré-tratamento com o referido agonista

foi capaz de reduzir significativamente a nocicepção orofacial induzida por

formalina, a qual foi mediada pela ativação do receptor canabinoide CB1.

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2.3 - Sida cordifolia

Dentro da busca pela caracterização farmacológica da ação terapêutica

das diversas espécies, está inserido o estudo da Sida cordifolia, pertencente à

família Malvaceae (Figura 1). No Brasil, esta planta é conhecida popularmente

como “Malva Branca” e encontrada por todo país, principalmente na região

Nordeste. Ela cresce como um arbusto de até 2 m, e na medicina tradicional

tem sido utilizada para estomatite, gonorréia, congestal nasal, asma brônquica

(FRANZOTI et al., 2000). No Brasil também tem sido usada na inflamação

(SILVA et al., 2006). Ainda tem sido descrito o uso como anti-reumáticos,

antipiréticos (MUZAFFER et al., 1991), laxante, diurético, analgésico,

hipoglicemiantes (DIWAN; KANTH, 1999), antiviral (HATTORI et al., 1995),

bactericida (BOILY; PUYVELDE, 1986) e antifúngica (VIJAYALAKSHIMI et

al.,1979).

Figura 1 – Sida cordifolia (Malvaceae)

Fonte: http://www.agric.wa.gov.au/objtwr/imported_images/decplants/sida.gif

A Sida cordifolia contém principalmente alcalóides, óleos, esteróides,

resinas ácidas, mucina e nitrato de potássio (DIWAN; KANTH, 1999). Estudos

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fitoquímicos das folhas de S. cordifolia têm demonstrado a presença de

efedrina, pseudoefedrina (potentes vasoconstrictores), vasicinona (GHOSAL et

al., 1975), vasicinol e vasicina (broncodilatadores) (GHOSAL et al., 1975;

GUNATILAKA et al., 1980).

Estudos pré-clínicos usando o todo ou partes de Sida cordifolia tem sido

realizados. Em 1999, Kanth; Diwan avaliaram o efeito dos extratos das partes

aéreas e raízes de Sida cordifolia sobre a nocicepção, inflamação e nível

glicêmico. Os autores verificaram que o extrato etilacetato das raízes da S.

cordifolia mostraram atividade antiinflamatória semelhante à indometacina e

maior que o extrato metanólico. Além disso, o extrato etilacetato das partes

aéreas da referida planta mostraram boa atividade antinociceptiva central e

periférica na dose de 600 mg/kg. O extrato metanólico das raízes das plantas

mostram um potente efeito hipoglicemiante.

Franzotti et al. (2000) verificaram a atividade antiinflamatória, analgésica

e a toxicidade aguda do extrato aquoso (EA) das folhas de Sida cordifolia em

modelo murino. O EA mostrou uma redução significante do edema de pata

induzido por carragenina na dose de 400 mg/kg mas não bloqueou o edema

induzido pelo ácido araquidônico. O EA aumentou o período de latência em

que os camundongos permaneceram na placa quente, bem como reduziu

significativamente o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido

acético. O EA também mostrou baixa toxicidade aguda em camundongos.

Silveira et al. (2003) avaliaram os efeitos cardiovasculares da vasicina,

um alcalóide isolado das folhas de Sida cordifolia L.. em ratos não-

anestesiados, a vasicina induziu hipotensão associada com uma intensa

bradicardia. Ambas as respostas foram completamente abolidas após atropina

(2 mg/kg; i.v.) e atenuadas após hexametônio (20 mg/kg; i.v.). Em anéis de

artéria mesentérica isolada de rato, a vasicina induziu relaxamento

concentração-dependente de tônus promovido por fenilefrina. Em conclusão,

os autores sugeriram que a vasicina produz hipotensão e bradicardia, que

parecem ser decorrentes da excitação de receptores muscarínicos cardíacos

(direta e/ou indiretamente) e por uma diminuição das resistências periféricas.

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Franco et al. (2005) verificaram a toxicidade aguda do extrato

hidroalcólico das folhas de sida cordifolia e sua ação no Sistema Nervoso

Central (SNC). Foi feita a determinação da DL50 que mostrou baixa toxicidade

nos camundongos. Atividade depressora no SNC foi demonstrada por várias

alterações no comportamento dos camundongos através de uma triagem

farmacológica. No teste da atividade motora, o extrato hidroalcoólico mostrou

uma redução na atividade espontânea na dose de 1000mg/kg (i.p.) após 30 e

60 minutos. Da mesma forma, o extrato diminuiu a deambulação no teste do

campo aberto nos tempos de 30, 60, e 120 minutos na dose de 1000 mg/kg.

Medeiros et al. (2006) verificaram o efeito cardiovascular da fração

aquosa do extrato hidroacoólico de Sida cordifolia em ratos. Em ratos

normotensos e não anestesiados, a fração aquosa da Sida cordifolia induziu

hipotensão e bradicaria. A resposta hipotensiva foi completamente abolida

após administração da atropina, mas potencializada pelo hexametônio,

enquanto que a bradicardia foi abolida pela atropina, mas atenuada pelo

hexametônio. Em ratos tratados com hexametônio, L-NAME atenou

significativamente a resposta hipotensiva. O extrato também atenuou a

resposta hipotensiva e bradicárdica em ratos normotensos anestesiados e

vagotomizados. Os resultados mostram que o extrato hidroalcólico de Sida

cordifolia produz bradicardia e hipotensão pela ativação direta dos receptores

muscarínicos do endotélio vascular e ativação indireta dos receptores

muscarínicos cardíacos, respectivamente.

Santos et al. (2006) verificaram o efeito do extrato hidroalcoólico das

folhas de Sida cordifolia sobre a contração da artéria mesentérica superior de

ratos induzida por fenilefrina. Foi verificado que o extrato induziu um

relaxamento da artéria que foi significativamente atenuado após a remoção do

endotélio vascular, após administração de atropina, indometacina, altas

concentrações de potássio, tetraetilamômio, entre outros. Os resultados

comprovaram que fatores derivados do endotélio, pricipalmente o NO, PGI2 e

canais de potássio BK(Ca) e SK(Ca) tem um papel fundamental no

vasorelaxamento induzido pelo extrato hidroalcoólico de Sida cordifolia em

artéria mesentérica superior de ratos.

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Sutradhar et al. (2006) verificaram as atividades analgésica e

antiinflamatória de um alcalóide (5′-Hidroximetil-1′-(1,2,3,9-tetrahidro-pirrolo

[2,1-b] quinazolina-1-yl)-heptano-1-um), isolado de Sida cordifolia. A atividade

analgésica foi investigada usando os testes de contorções abdominais e de

retirada da cauda induzida por calor; a atividade antiinflamatória foi avaliada

através do teste de edema de pata induzida por carragenina. O alcalóide

isolado reduziu de maneira significativa o número de contorções abdominais,

ao passo que aumentou o tempo de retirada da cauda. Foi verificado também

uma redução significativa da inflamação, visto que reduziu o edema de pata.

Esses resultados indicam que o composto avaliado possui um potente efeito

analgésico e antiinflamatório.

Nunes et al. (2006) verificaram atividade antimicrobiana do óleo

essencial de Sida cordifolia contra quatro diferentes cepas de bactérias e nove

de fungos. O óleo essencial de S. cordifolia mostrou atividade inibitória contra

os microrganismos testados com eficácia de 80%, sendo os melhores

desempenhos contra Staphyllococus aureus, Staphyllococus epidermidis,

Candida guilliermondii e Trichosporon inkin. Os autores concluíram que o

referido óleo mostrou atividade antimicrobiana satisfatória com todos os fungos

e bactérias.

Silva et al. (2006) verificaram o efeito do extrato aquoso das folhas de

Sida cordifolia sobre a regeneração hepática. Para isso, todos os animais

receberam o pré-tratamento com o extrato ou o veículo e, imediatamente após,

foram submetidos a uma hepatectomia parcial. 24 h após, seus fígados

restantes foram removidos e a regeneração hepática foi avaliada por

imunohistoquímica. Foi verificado que os índices de reparação hepática foram

superiores em relação ao grupo controle. Os autores concluíram que o extrato

aquoso estimulou a regeração hepática após hepatectomia parcial.

Philip et al. (2008) verificaram o efeito antipirético e antiulcerogênico do

extrato metanólico das partes aéreas de Sida cordifolia em ratos. O extrato

metanólico na dose de 500 mg/kg reduziu tanto o efeito pirético induzido pela

vacina TAB quanto o efeito ulcerogênico induzidos pela administração de

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aspirina ou etanol. Ambos os efeitos foram similares aos conseguidos com a

droga de referência.

Sumanth; Mustafa (2009) verificaram o efeito do extrato etanólico das

raízes de Sida cordifolia em modelos animais de estresse induzido por frio e

natação bem como a sua prospecção fitoquímica. Os autores encontraram

vários constituintes como alcalóides, esteróides, açúcares, glicosídeos, fenóis,

taninos, entre outros. Ainda, observaram que o pré-tratamento dos animais

com o extrato aumentou de maneira significativa o tempo de natação associada

a uma diminuição dos níveis sanguíneos de glicose e cortisol, sugerindo um

efeito antiestresse.

Kubavat; Asdak (2009) verificaram o perfil bioquímico e antioxidante do

extrato hidroalcoólico das folhas de Sida cordifolia contra o infarto do miocárdio

em ratos. Sida cordifolia foi administrada nas doses de 100 e 500 mg/kg e

propanolol na dose de 10mg/kg, via oral, por 30 dias. No final desse

tratamento, o infarto do miocárdio foi induzido pela administração de

isoproterenol (ISO). Biomarcadores endógenos (LDH e CK-MB) e antioxidantes

(catalase e superóxido dismutase) foram verificados no plasma e no tecido

cardíaco. Os resultados mostraram que a atividade dos biomarcadores foram

aumentadas no tecido cardíaco e depletadas no sangue bem como ocorreu um

aumento dos antioxidantes endógenos no grupo em que foi administrado o

extrato de S. cordifolia. Os antioxidantes nos grupos em que o extrato foi

administrado, confirmam a ação de Sida cordifolia no tratamento do infarto do

miocádio. Os autores sugeriram que os resultados obtidos, pelo menos em

parte, confirmam o uso de Sida cordifolia na medicina alternativa para tratar o

infarto do miocárdio.

Swathy et al. (2010) avaliaram os efeitos do extrato etanólico das raízes

de Sida cordifolia (EERSC) sobre a neurotoxicidade induzida por ácido

quinolínico em cérebro de ratos. No final dos experimentos foram verificados

produtos de peroxidação lipídica e de proteínas, atividade seqüestradora de

enzimas e a atividade de marcadores inflamatórios. Os resultados mostraram

que o EERSC reduziu os produtos de lipoperoxidação lipídica, bem como

aumentou as atividades de seqüestro de enzimas no cérebro dos animais.

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Além disso, o EERSC diminuiu a atividade de marcadores inflamatórios como a

cicloxigenase e lipooxigenase. Os autores concluíram que o EERSC possui

potente atividade antioxidante e antiinflamatória.

2.4 - Dor Orofacial

A dor é o principal motivo pelo qual o paciente procura o tratamento

odontológico. A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define a

dor como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada à

injúria tecidual real ou potencial, ou descrita nesses termos (ZIMMERMAN,

1983).

A dor proveniente da região orofacial é um problema muito comum na

sociedade moderna e pode ser considerada uma das mais importantes razões

pelas quais a população procura tratamento nas clínicas odontológicas. Além

disso, a dor orofacial corresponde a mais de 25% dos casos de queixas de dor

(SESSLE, 1987) e, no Brasil, indica-se que mais de 10 milhões de pessoas

sofrem de algum tipo de dor nessa região (SBED, 2005).

Na maioria das vezes, a dor é precedida por injúria tecidual, que pode

ocorrer por trauma na ATM, exodontia dental, entre outros. A reação natural do

organismo frente a um trauma é uma resposta de proteção local, evitando uma

destruição ainda maior e ao mesmo tempo, um alerta para o cérebro do perigo

eminente, através da inflamação e dor respectivamente (COOPER, 1990).

Quando o paciente procura um dentista com dor orofacial, o profissional

não está lidando somente com um fenômeno sensorial envolvendo eventos

neurais periféricos provocados por uma lesão física identificável, mas com a

interação desses eventos com o sistema nervoso central (SNC) do paciente.

Com o intuito de diagnosticar e controlar a dor efetivamente, o dentista deve

estar familiarizado com a complexidade do processo de transmissão e

percepção da dor. Desse modo, a dor é uma experiência complexa que

envolve não só a transdução de estímulo nocivo ambiental, mas também o

processamento cognitivo e emocional pelo encéfalo (JÚLIUS; BASBAUM,

2001).

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As dores oriundas da região orofacial são percebidas através do sistema

sensorial trigeminal. Um trabalho de revisão recente mostrou que existem

muitas diferenças entre o sistema trigeminal e espinhal, incluindo aquelas de

natureza anatômica, neuroquímica o que pode contribuir para um padrão de

resposta distinta após um dano tecidual (HARGREAVES, 2011).

As terminações nervosas livres (TNL) encontradas nos tecidos

craniofaciais como pele, mucosa oral, articulação temporomandibular (ATM),

polpa dental, periósteo, periodonto e músculos suprem a base periférica para a

dor orofacial. Muitas terminações nervosas livres atuam como nociceptores,

que são órgãos sensoriais especializados ou receptores que respondem a

estímulos nocivos. A ativação dessas pode resultar na excitação da fibra

nervosa aferente com a qual eles estão associados, e na transmissão de

informações sensoriais e discriminativas sobre a característica espacial e

temporal de um estímulo nocivo ao SNC (SESSLE, 2000).

As TNL, as quais ocorrem em todos os tecidos craniofaciais incluindo

pele, mucosa oral, ATM, polpa dental, periodonto, periósteo e músculos são

associadas com algumas fibras aferentes de pequeno diâmetro, de condução

lenta, cujo corpo celular se localiza no gânglio trigeminal (SESSLE, 1996).

Essas fibras aferentes nociceptivas correspondem às fibras C, que são fibras

de 0,3 a 3m de diâmetro, amielinizadas de velocidade de condução 0,5 a 2m/s

e às fibras A-delta, de 2 a 5m de diâmetro, mielinizadas com velocidade de

condução de 5 a 30m/s (AGHABEIGI, 1992).

Grande parte dos aferentes primários que inerva a região orofacial tem

seus corpos celulares no gânglio trigeminal (V par de nervo craniano), e se

projetam centralmente para o complexo nuclear sensorial V do tronco

encefálico, de onde podem ascender ou descender no trato espinhal V. Nesse

local, dão origem a colaterais que terminam em uma ou mais subdivisões do

complexo nuclear sensorial V e ativam neurônios de segunda ordem, dentro ou

adjacentes a esse complexo V do tronco encefálico (LUND; LAVIGNE;

SESSLE, 2002).

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O complexo trigeminal do tronco encefálico pode ser subdividido em:

núcleo sensorial principal e núcleo do trato espinhal (NTE), o qual é formado

por três subnúcleos: oral, interpolar e caudal (CONTI et al., 2003).

O subnúcleo caudal é uma estrutura laminada semelhante ao corno

dorsal da medula espinhal, que se prolonga para a coluna dorsal cervical, onde

se funde com o corno dorsal espinhal. O subnúcleo caudal, dentre outros

subnúcleos do trato espinha,l é o mais estudado, sendo considerado o ponto

crucial do cérebro associado à dor orofacial (SESSLE, 2000).

Do tronco encefálico a informação nociceptiva proveniente da região

orofacial é conduzida ao tálamo e daí ao córtex cerebral. As regiões do tálamo

que recebem e retransmitem informações somatossensoriais da região

craniofacial são o complexo ventrobasal e o grupo posterior de núcleos e

tálamo medial. Os neurônios ventrobasais são em geral neurônios

mecanoceptores de baixo limiar, somatotopicamente organizados. As

informações táteis da face e da boca são transmitidas pelos neurônios que se

concentram na porção medial do tálamo ventrobasal, a região de tronco,

pescoço e membros são retransmitidas pelos neurônios que se localizam na

porção lateral do tálamo ventrobasal (LUND; LAVIGNE; SESSLE, 2002).

Os neurônios aferentes primários do trigêmio são quimicamente

heterogêneos e parecem utilizar vários neurotransmissores em suas sinapses.

Dentre eles, estão as substâncias „clássicas‟ (acetilcolina, dopamina,

serotonina, histamina) e transmissores peptídicos (glutamato, aspartato,

peptídeos opióides), purinérgicos (adenosina trifosfato, ATP,) e outras

moléculas neuroativas (substância P, neuropeptídeo Y) (LAZAROV, 2002).

A liberação de glutamato resultante da ativação das fibras aferentes

primárias é o evento mais importante da excitação neuronal no corno dorsal da

medula espinhal. Os receptores glutamatérgicos são divididos em duas famílias

diferentes, os receptores ionotrópicos e os receptores metabotrópicos. Os

receptores ionotrópicos são canais iônicos permeáveis a cátions, subdivididos

em três tipos que recebem os nomes de seus respectivos agonistas seletivos:

ácido N-Metil-D-Aspartato (NMDA), ácido α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-

isoxazolpropiônico (AMPA) e ácido caínico, ou cainato. Os receptores AMPA e

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cainato conduzem principalmente os íons Na+ e K+, e os receptores NMDA são

permeáveis principalmente ao Ca2+, com menor condutância ao Na+. A

ativação de receptores AMPA resulta em uma despolarização e

dessensibilização rápida, enquanto que a ativação dos receptores cainato

produz uma resposta de longa duração e que não sofre dessensibilização

(DINGLEDINE et al., 1999). O NMDA é o receptor ionotrópico mais finamente

regulado, sua ativação depende de cinco fatores diferentes, que consistem de

dois sítios de reconhecimento de agonistas diferentes (glutamato e glicina), um

sítio regulatório de poliaminas, que promove a ativação, e dois sítios separados

de reconhecimento para os íons zinco (Zn2+) e magnésio (Mg2+), que inibem o

fluxo iônico. A glicina é um co-agonista necessário para a ativação do receptor

NMDA e o Mg2+ exerce uma espécie de bloqueio do canal, que é removido

após uma despolarização prévia da membrana plasmática. Do mesmo modo

que a glicina, concentrações de Mg2+ bem menores do que as encontradas no

líquido extracelular são suficientes para bloquear as respostas induzidas pelo

receptor NMDA (DANYSZ; PARSONS, 1998). Os receptores glutamatérgicos

metabotrópicos são funcionalmente acoplados a proteínas-G, e a clonagem

molecular já revelou a existência de oito membros desta família, chamados de

receptores glutamatérgicos metabotrópicos mGluR1-8. Estes têm sido

classificados em três subgrupos, baseados nas semelhanças seqüenciais,

mecanismos de transdução de sinal e aspectos farmacológicos (CONN; PIN,

1997).

A substância P é um neurotransmissor da classe das taquicininas, de

estrutura peptídica, sintetizada pelos neurônios do DRG e liberada a partir dos

terminais centrais e periféricos das fibras-C. Ela é o ligante preferencial

endógeno para os os receptores para neurocininas NK1. A ativação destes

receptores presentes na membrana dos neurônios de projeção é responsável

pela geração de potenciais lentos, que somados contribuem para a

permanência da ativação de vias nociceptivas. Desta forma, pode-se dizer que

a substância P participa como coadjuvante na transmissão nociceptiva, ao lado

dos aminoácidos excitatórios.

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Assim como o glutamato, a substância P exerce não somente ações

pós-sinápticas nos neurônios do corno dorsal, mas também ações pré-

sinápticas, que determinam uma retro-alimentação positiva da sua própria

liberação a partir dos aferentes primários. Além disso, a substância P e o

receptor para neurocininas NK1 estão implicados na manutenção da

transmissão nociceptiva, através da formação do fenômeno de recrutamento

progressivo de neurônios de projeção, que ocorre em condições de dor

persistente (HERRERO, 2000).

Diversos estudos demonstram que a liberação de substância P no corno

dorsal está sujeita a modulação pela ação do glutamato em seus receptores

NMDA pré-sinápticos, cuja ativação pode facilitar a liberação de substância P a

partir dos aferentes primários e aumentar os efeitos pós-sinápticos do

glutamato na transmissão nociceptiva (LIU et al.,1994, 1997; AFRAH et al.,

2001).

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3 - OBJETIVOS

3.1 - Objetivo Geral

Avaliar o efeito antinociceptivo orofacial do extrato etanólico e frações obtidas

das folhas de Sida cordifolia.

3.2 - Objetivos Específicos

- Verificar sobre a nocicepção induzida por formalina e glutamato na região

orofacial:

* o efeito do extrato etanólico de S. cordifolia

* o efeito da fração clorofórmica de S. cordifolia

* o efeito da fração metanólica de S. cordifolia

- Contribuir para o estudo famacológico da espécie de S. cordifolia.

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Capítulo 1

Sida cordifolia leaves extract reduces orofacial nociceptive response

in mice

Artigo submetido para publicação na revista Phytotherapy Research

Fator de impacto: 1,746

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Sida cordifolia leaves extract reduces orofacial nociceptive response in

mice

LR Bonjardim1, AM Silva1, MGB Oliveira1, AG Guimarães1, AR Antoniolli1, MF

Santana1, MR Serafini1, RC Santos1, AAS Araújo1, CS Estevam1, MRV Santos1,

LJ Quintans-Júnior1 and MA Botelho*2

1Department of Physiology, Federal University of Sergipe (DFS/UFS), São

Cristóvão-SE, Brazil.

2Postgraduation Program in Odontology, School of Dentistry, Universidade

Potiguar UNP; Av. Salgado Filho, 1610 59056000 Natal-RN.

Short title: Sida cordifolia reduces orofacial pain

The Grant from CNPq (National Council for Technological and Scientific

Development, Brazil, Proc. No.: 506581/2010-1; 577214/2008-0; 551103/2007-

8 and 558017/2008-8) to the recepient MAB is gratefully acknowledged.

*Corresponding Author: Prof. Marco Antonio Botelho, Msc,PhD Post graduation Program in Odontology Universidade Potiguar Av. Salgado Filho, 1610 59056000 Natal-RN, Brasil. Phone: 55-84- 3215-1272 / Fax: 55-85- 3215-1234 e-mail: [email protected]

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ABSTRACT:

In this study, we attempted to identify the possible antinociceptive action of the

ethanol extract (EE), chloroform (CF) and methanol (MF) fractions obtained of

Sida cordifolia, known in Brazil as “malva branca” or “malva branca sedosa”.

Leaves of S. cordifolia were used to produce the crude ethanol extract and after

CF and MF. Experiments were conducted on Swiss mice using the glutamate

and formalin-induced orofacial nociception. In the formalin test, all doses of EE,

CF and MF significantly reduced the orofacial nociception in the first (p < 0.001)

and second phase (p < 0.001), which was also naloxone-sensitive. In the

glutamate-induced nociception test, only CF and MF significantly reduced the

orofacial nociceptive behavior with inhibition percentage values of 48.1% (100

mg/kg, CF), 56.1% (200 mg/kg, CF), 66.4% (400 mg/kg, CF), 48.2 (200 mg/kg,

MF) and 60.1 (400 mg/kg, MF). Furthermore, treatment of the animals with EE,

CF and MF was not able to promote motor activity changes. These data

demonstrate that S. cordifolia has a pronounced antinociceptive activity against

orofacial nociception. However, pharmacological and chemical studies are

continuing in order to characterize the mechanism(s) responsible for this

antinociceptive action and also to identify other active substances present in S.

cordifolia.

Key words: Medicinal plant, Sida cordifolia, orofacial pain

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INTRODUCTION

The orofacial region is one of the most densely innervated areas of the

body, which focuses some of the most common acute pains, i.e. those

accompanying the pathological states of the teeth and the related structures

(Raboisson and Dallel, 2004). Many of the difficulties in the management of

acute and chronic orofacial pain conditions stem from a lack of recognition and

understanding of pain mechanisms (Miranda et al., 2009). Thus, the

management of orofacial disorders is one of the most challenges in the

pharmacology field (Botelho et al., 2008).

A significant portion of the drugs are obtained from plants and several

synthetic drugs are obtained using natural products as models (De Souza et al.,

2009). The potential of the biodiversity as a source for new drugs remains

unexplored, since of all the species plants estimated on the planet (250,000-

300,000), less than 10% have been investigated in relation to their chemical

and pharmacological activities. Although in recent years, notable progress has

been made concerning the development of natural therapies (Botelho et al.,

2009; Botelho et al., 2010); there is an urgent need to discover effective and

potent analgesic agents (Calixto et al., 2000). Additionally, due of their low cost

and easy access in natural flora in several countries, medicinal plants, could be

used as synthesis models of more selective and powerful drugs (Almeida et al.,

2001; Quintans-Júnior et al., 2008; Melo et al., 2010).

Sida cordifolia L. (Malvaceae) is a native species of the Brazilian

Northeast, known popularly as “Malva branca”. It is used in folk medicine as

antirheumatic, antipyretic, antiasthmatic, nasal anticongestant (Silveira et al.,

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2003; Santos et al., 2005). In addition, it is reported to possess anticancer,

diuretic, laxative, hypoglycemic, hepatoprotective (Kubavat and Asdaq, 2009),

anti-inflammatory and analgesic (Sutradhar et al., 2006; Franzotti et al., 2000),

hypotension and bradycardia activities (Santos et al., 2005). It still has

depressant effect on the central nervous system without interfering with motor

coordination with a low toxicity (Franco et al., 2005).

The leaves of S. cordifolia L. contains mainly alkaloids, oils, resin acid,

mucin, potassium nitrate, sympathomimetic amines, ephedrine,

pseudoephedrine (vasoconstrictor), vasicinone, vasicinol, vasicine

(bronchodilator), steroids, flavonoids and saponins (Kubavat and Asdaq, 2009;

Franco et al., 2005; Franzotti et al., 2000). The aim of this study was to evaluate

the pharmacological activity of the extracts and fractions from S. cordifolia in

two animal model of orofacial nociception.

MATERIAL AND METHODS

Plant Collect

Leaves of Sida cordifolia (voucher specimen no. 30171, deposited in the

hebarium of the Department of Biology, Universidade Federal de Sergipe,

Brazil) were collected in the city of Lagarto (10° 55' 02'' S, 37° 39' 00''W), state

of Sergipe, Brazil.

Plant material and preparation of extracts

Preparation of the ethanol extract

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Leaves of S. cordifolia (1250 g) were dried in an oven at 40°C for 48 h,

then, powdered and macerated with 99.5% ethanol for 72 h. The solution was

filtered and concentrated under reduced pressure in a rotary evaporator at

54°C, producing the crude ethanol extract (EE).

Fractionation of the ethanol extract

The EE was submitted to liquid–liquid partitions successively with

hexane, chloroform and methanol:water. Thereafter, the solvents were

evaporated under reduced pressure in a rotary evaporator at 54°C, producing

chloroform (CF), and methanol fraction (MF).

Pharmacological assays

Animals

Experiments were conducted using adult males Swiss mice weighing 26-

31 g each, at about 8 weeks of age. The animals were maintained with free

access to food and water and kept at 25–27°C room under a controlled 12 h

light/dark cycle. The numbers of animals (8 per group) and intensities of

noxious stimuli used were the minimum necessary to demonstrate the

consistent effects of the drug treatments. All nociception tests were carried out

by the same visual observer. Experimental protocols were approved by the

Animal Care and Use Committee (CEPA/UFS # 14/08) at the Federal University

of Sergipe.

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44

Drugs and reagents

The chemicals and the drugs used in this study were morphine sulphate,

naloxone, diazepam, which were purchased from Cristalia (São Paulo, Brazil)

and glutamate from Sigma (USA). A solution of formalin (2.0%) was prepared

with formaldehyde (Merck) in distilled water. The phases were used as

suspensions in 0.2% Tween 80 concentration.

Formalin-induced orofacial nociception

The procedure used was described previously (Clavelou et al., 1995;

Luccarini et al., 2006; Quintans Junior et al., 2010). Animals received (s.c. into

the right upper lip, perinasal area) a dose of 20 µL of a 2.0% formalin solution

(formaldehyde, in distilled water). Animals were observed during 5 min

(neurogenic phase) and from 15 to 40 min (inflammatory phase) and the time

(seconds) that they spent rubbing the injected area with the ipsilateral fore-or

hindpaw and, was recorded and considered as indicative of nociception.

Animals (n = 8, per group) were pretreated systemically with EE, CF and MF

(100, 200 and 400 mg/kg, p.o.) 60 min before the formalin administration. The

reference drug utilized (morphine -MOR-, 5 mg/kg, i.p.) was administrated 30

min before the formalin administration. Control animals received only the

vehicle (saline + Tween 80 0.2%). The possible involvement of opioid system in

the antinociception produced by EE, CF and MF was tested by administration of

naloxone-NAL- (1.5 mg/kg), an opioid antagonist, 30 minutes before the

administration of drugs above mentioned.

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45

Glutamate-induced orofacial nociception

The procedure used was similar to that previously described by Beirith et

al. (2002) and Quintans Junior et al., 2010, with some alterations. A volume of

40 μl of glutamate (25 μM) was injected in the right upper lip (perinasal area).

Animals were observed individually for 15 min following glutamate injection.

Nociception quantification was performed at this period measuring the time (s)

that the animals spent face-rubbing the injected area with fore-or hindpaws.

Animals (n = 8, per group) were pretreated with EE, CF and MF (100, 200 and

400 mg/kg, p.o.) 60 min before the glutamate administration. The reference

drug utilized (morphine, 5 mg/kg, i.p.) was administrated 30 min before the

glutamate administration. Control animals received only the vehicle (saline +

0.2% Tween 80).

Evaluation of the motor activity

To investigate if the treatments influenced the motor activity of the

animals and consequently impaired the assessment of the nociceptive

behaviour in the experimental models, the motor performance of the animals

was evaluated in a rota-rod apparatus, according to Dunham and Miya (1957)

with some modifications. Initially, the mice able to remain on the Rota-rod

apparatus (AVS®, Brazil) longer than 180 s (7 rpm) were selected 24 h before

the test. Then, the selected animals were divided into five groups (n = 8) and

treated with vehicle (control, v.o.), EE, CF, MF (400 mg/kg, v.o.) and diazepam

(DZP, 1.5 mg/kg, i.p.). Each animal was tested on the rota-rod and the time(s)

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46

they remained on the bar for up to 180 s was recorded 60 min after

administration.

Statistics analysis

Data obtained from animal experiments were expressed as mean and

standard error of the mean (mean ± S.E.M.). Statistical differences between the

treated and the control groups were evaluated by ANOVA and Tukey‟s tests. In

all cases, p < 0.05 was considered to be significant. The percent of inhibition by

an antinociceptive agent was determined for the following formula:

control

erimentcontrolInhibition

exp100%

RESULTS

Administration of EE, CF and MF from S. cordifolia produced a reduction

in face-rubbing behavior induced by formalin (Table 1). All doses tested

significantly increased (p<0.001) antinociception both in the first and second

phase compared to control (vehicle). MOR was able to reduce nociceptive

behavior in both phases. The effects of EE, CF, MF and MOR were

antagonized by naloxone.

INSERT TABLE 1

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47

On average, the percentual inhibition of nociceptive behavior induced by

EE, CF and MF in the first phase was 79.6%, 78.4% and 65.6% respectively

and in second phase was of 77.9%, 69.7% and 81.1% respectively (Table 1).

Table 2 shows that the treatment with CF and MF significantly reduced

the nociceptive behavior induced by glutamate in relation to control group.

Conversely, these outcomes were not observed for EE which was not able to

inhibit the glutamate-induced nociception. On average, the percentual inhibition

of nociceptive behavior induced by CF and MF in the glutamate-induced

nociception test was of 56.9% and 54.2% respectively (Table 2).

INSERT TABLE 2

In the rota-rod test, the mice treated with EE, CF and MF (400 mg/kg) did

not show any significant motor performance alterations (Fig. 1). As might be

expected, the CNS depressant diazepam (1.5 mg ⁄ kg, i.p., standard drug),

reduced the time of treated animals on the rota-rod after 30 min. (7.9 ± 3.0 s)

compared with the control group.

INSERT FIGURE 1

DISCUSSION

The orofacial region is one of areas of the body most densely innervated

by the trigeminal nerve and focuses some of the most common acute pains. It is

also the site of frequent chronic post-herpetic neuralgia, migraine, and referred

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48

pains (Baron, 2009). Consequently, the orofacial painful condition is a major

concern for patients who are suffering and it is very difficult to treat by health

professionals (Merril, 2010).

Recent studies have shown that natural product, such as medicinal

plants, have been an important source to the development of new therapeutic

proposal to orofacial painful conditions (Botelho et al., 2007; Holanda Pinto et

al., 2008; Quintans-Júnior et al., 2010; Siqueira et al., 2010). Our study

assessed the pharmacological activity of extracts and fractions of S. cordifolia in

two most important experimental models of cutaneous orofacial nociception

(Raboisson and Dallel, 2004; Luccarini et al., 2006). Therefore, this research

sought to confirm its popular use (to orofacial pain disorders), and also to

contribute to the pharmacological knowledge about this plant using EE from its

leaves and partition fractions obtained with solvents of different polarities (CF

and MF).

The results of this study showed for the first time that ethanol extract of

S. cordifolia leaves, and its fractions, showing antinociceptive activity when

administered orally in different models of orofacial nociception in mice.

The orofacial formalin test represents a useful animal model of acute

inflammatory nociception in the trigeminal region (Raboisson and Dallel, 2004).

It generates behavioral as well as electrophysiological responses that last from

several minutes up to more than 1 h and which are sensitive to a wide range of

analgesics. The typical time course of the response to formalin is biphasic, with

an early and short-lasting first phase followed, after a quiescent period, by a

2nd prolonged (tonic) phase (Clavelou et al., 1995). In the first phase, the

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49

neurogenic pain is caused by direct activation of type fibers C nociceptive nerve

endings, releasing neuropeptides such as substance P, among others

(Luccarini et al., 2006). The second one is characterized as inflammatory pain,

related to the release of chemical mediators such as histamine, serotonin,

bradykinin, prostaglandins and excitatory amino acids, which can be inhibited

by non steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) and central analgesic

(Hunskaar and Hole, 1987; Pereira et al., 2010). In mice, formalin injection into

the upper lip induced sustained face-rubbing episodes with vigorous face-wash

strokes directed to the perinasal area with the ipsilateral forepaw, sometimes

with the hindpaw. Thus, the behavioral response followed the typical biphasic

time course seen in all formalin models.

In this study, ethanol extract of S. cordifolia leaves and its fractions

induced a reduction face-rubbing behavior in the first and second phases of the

formalin test. These results suggest that EE, CF and MF have a central

analgesic effect. To confirm such effect was used the NAL, a non-selective

opioid antagonist, on the formalin test (Belvisi et al., 1998). Because naloxone

reversed the effect of EE, CF and MF (400 mg/kg) may be suggested the

participation of the opioid system in the modulation of nociception induced by

EE of S. cordifolia leaves, as well as CF and MF.

It is well known that excitatory amino acids, primarily glutamate, are

involved in nociceptive transmission as excitatory neurotransmitters at the

spinal cord and trigeminal subnucleus caudalis. A recent study demonstrated

that peripheral glutamate participates in pain modulation (Ahn et al., 2004).

Glutamate is involved in nociceptive transmission through primary afferent

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fibers, as well as in the development and maintenance of the pain response. It

is well documented that glutamate acts on ionotropic receptors such as N-

methyl-D-aspartate (NMDA), located in the peripheral, spinal and supra spinal

structures, which can be directly linked to the release of nitric oxide at the spinal

cord level (Pereira et al., 2010).

The MF and CF exhibited significant activity when the glutamate model

was used. Thus, it is suggested that the constituents of this fractions could

interfere in glutamatergic system, through activation of NMDA receptors, which

would limit the production of nitric oxide and other mediators (Ribas et al.,

2008).

Previous studies suggested that the CNS depression and the non-

specific muscle relaxation effect can reduce the response of motor coordination

and might invalidate the behaviour tests results (De Sousa et al., 2006). Our

results revealed that all mice treated with EE, CF and MF (400 mg/kg) did not

have any performance alteration in the Rota-rod test.

The hydroalcoholic extract and total alkaloid fraction of S. cordifolia

induces hypotension and bradycardia, mediated by activation of muscarinic

receptors, with participation of nitric oxide (Medeiros et al., 2006; Santos et

al.,2005). These results, taken together with the study conducted by Silveira et

al. (2003) suggest that these effects appears to be mainly due to the presence

of vasicine, an alkaloid present in leaves of S. cordifolia. Moreover chemical

studies of the leaves of this plant revealed the presence of other alkaloids as

vasicinone and vasicinol. Furthermore, a large number of different kinds of

naturally occurring alkaloids with antinociceptive and anti-inflammatory activity

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51

have been reported, such as pronuciferine, glaucine, nuciferine and pukateine

(Calixto et al., 2000).

A recent study reported these same activity to compounds isolated from

S. cordifolia, as 5,7-dihydroxy-3-isoprenyl flavone and 5-hydroxy-3-isoprenyl

flavones isolated from the chloroform extract and 3‟-(3”,7”-dimethyl-2”,6”-

octadiene)-8-C-β-D-glucosyl-kaempferol 3-O-β-D-glucoside from ethyl acetate

extract (Sutradhar et al., 2006;2008)

Thus, it is suggested that the central and peripheral antinociceptive effect

presented by the ethanol extract from Sida cordifolia and its chloroform and

methanol fractions in the test of orofacial nociception induced by formalin and

glutamate could be because the presence of alkaloids and flavones described

for this species. Additionally, it seems, at least in part, that this antinociceptive

action of EE, CF and MF involve the opioid system and the glutamatergic

system. However, other mechanisms of action may be responsible for this effect

as the action on muscarinic receptors and nitrergic system, since previous

studies have demonstrated the action of S. cordifolia in on these systems.

CONCLUSION

Within the limitation of this trial, it was demonstrated that the extracts

from S. cordifolia produced a consistent antinociceptive activity in experimental

models of orofacial nociception that may be associated with central and

peripheral mechanism. These activities support the continued investigation of

this plant as a potential therapeutic agent in order to characterize the

mechanism responsible for the antinociceptive action and also to identify other

active compounds present in S. cordifolia for orofacial pain management. The

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results may have an important impact in order to create an effective and

inexpensive agent for use in health programs.

Declaration of interest: The authors report no conflicts of interest. The authors

alone are responsible for the content and writing of this paper.

Acknowledgements: We would like to thank the National Council of

Technological and Scientific Development (Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq/Brazil) and the Research

Supporting Foundation of State of Sergipe (Fundação de Amparo à Pesquisa

do Estado de Sergipe/FAPITEC-SE), for the financial support.

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59

TABLES

Table 1. Effects of EE, CF and MF of S. cordifolia in the formalin-induced rubbing response.

Treatment Dose (mg/kg) Time of face-rubbing(s)

0-5 min 15-40 min

Timea % inhibition % I.M* Timea % inhibition % I.M*

Vehicle - 84.3 ± 6.6 - - 170.2 ± 21.2 - -

EE 100 17.5 ± 3.2b 79.2 79.60 49.8 ± 15.6b 70.7 77.9

EE 200 23.9 ± 5.2b 71.6 38.2 ± 7.3b 77.6

EE 400 10.3 ± 3.0b 87.8 24.9 ± 6.5b 85.4

CF 100 24.5 ± 3.7b 70.9 78.40 55.6 ± 6.4b 67.3 69.7

CF 200 17.5 ± 4.6b 79.2 54.4 ± 14.1b 68.0

CF 400 12.6 ± 2.5b 85.1 44.6 ± 8.3b 73.8

MF 100 26.8 ± 4.4b 68.2 65.60 28.4 ± 5.8b 83.3 81.1

MF 200 36.1 ± 3.8b 57.2 57.6 ± 11.9b 66.2

MF 400 24.1 ± 3.5b 71.4 10.5 ± 3.0b 93.8

MOR 5 2.6 ± 0.9b 96.9 1.0 ± 0.5b 99.4

NAL + MOR 1.5 + 5 59.0 ± 5.6c 30.0 70.1 ± 0.9d 58.8

NAL + EE 1.5 + 400 56.8 ± 7.4e 32.6 80.5 ± 13.3f 52.7

NAL + CF 1.5 + 400 63.5 ± 7.7g 24.7 101.3 ± 6.9h 40.5

NAL + MF 1.5 + 400 50.7 ± 2.7i 39.9 87.5 ± 14.5j 48.6

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60

n = 8; * inhibition Mean

a Values represent mean S.E.M.; b p < 0.001 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from control; c p <

0.001 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from MOR (5 mg/kg); d p < 0.01 (one-way ANOVA and

Tukey`s test), significantly different from MOR (5 mg/kg); e p < 0.001 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different

from EE (400 mg/kg); f p < 0.05 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from EE (400 mg/kg); g p < 0.001

(one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from CF (400 mg/kg); h p < 0.05 (one-way ANOVA and Tukey`s

test), significantly different from CF (400 mg/kg); i p < 0.01 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from MF

(400 mg/kg); j p < 0.001 (one-way ANOVA and Tukey`s test), significantly different from MF (400 mg/kg).

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61

Table 2. Effects of EE, CF and MF of S. cordifolia in the glutamate-induced

nociception.

Treatment

Dose

(mg/kg)

Time of face-

rubbing(s)a

% inhibition %

inhibition

(Mean)

Vehicle - 68.4 ± 5.4 - -

EE 100 49.0 ± 4.8 28.4

20.0 EE 200 57.1 ± 11.3 16.5

EE 400 58.1 ± 9.6 15.1

CF 100 35.5 ± 6.5b 48.1

56.87 CF 200 30.0 ± 4.9c 56.1

CF 400 23.0 ± 5.4d 66.4

MF 100 49.4 ± 5.3 27.8

45.36 MF 200 35.4 ± 2.4b 48.2

MF 400 27.3 ± 5.0d 60.1

MOR 5 2.6 ± 1.2d 96.2 -

n = 8

a Values represent mean S.E.M.; b p < 0.05 (one-way ANOVA and Tukey`s

test), significantly different from control; c p < 0.01 (one-way ANOVA and

Tukey`s test), significantly different from control; d p < 0.001 (one-way ANOVA

and Tukey`s test), significantly different from control.

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Vehicle EE CF MF DZP0

100

200

__________________ 400 mg/kg

*

Tim

e (

s)

on

Ro

ta-R

od

Figure 1. Time (s) on the Rota-rod observed in mice after v.o. treatment with

vehicle, EE, CF and MF (400 mg ⁄ kg) or diazepam (DZP, 1.5 mg ⁄ kg). The

motor response was recorded for the following 180 sec. after drug treatment.

Statistical differences versus control group were calculated using ANOVA,

followed by Tukey‟s test (n = 8). *p < 0.001.

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6 - CONCLUSÃO

Diante dos resulatdos obtidos pode-se concluir que:

- O extrato etanonólico e as frações clorofórmica e metanólica

mostraram um potente efeito antinociceptivo orofacial;

- O efeito antinociceptivo orofacial do extrato etanólico sugere

mecanismos central e periférico que, pelo menos em parte, parece envolver o

sistema opióide;

- O efeito antinociceptivo orofacial das frações clorofórmica e metanólica

sugere mecanismos central e periférico, com o possível envolvimento do

sistema opióide e/ou glutamatérgico

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7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando em consideração a limitação deste estudo foi demonstrado que

os extratos da Sida Cordifólia produzem uma consistente atividade

antinociceptiva em modelos experimentais de nocicepção orofacial. Estas

atividades sugerem que sejam continuados os estudos desta planta que

caracterizem os mecanismos responsáveis pela ação antinociceptiva e também

para identificar os principais componentes ativos presentes nas folhas da Sida

Cordifólia efetivos na redução da dor orofacial. Estes resultados podem ter um

importante impacto efetivo e agente de baixo custo para ser usado em

programas de saúde.

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ANEXO I

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ANEXO II

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ANEXO III