35
COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nº 175664 Aplicabilidade de fibras naturais vegetais na produção de materiais têxteis Rayana Santiago de Queiroz Palestra apresentada na BELAS ARTES DESIGNS WEEK, 2018, São Paulo. Palestra... 33 slides. A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099 www.ipt.br

COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nº 175664

Aplicabilidade de fibras naturais vegetais na produção de materiais têxteis Rayana Santiago de Queiroz

Palestra apresentada na BELAS ARTES DESIGNS WEEK, 2018, São Paulo. Palestra... 33 slides.

A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou

Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901

Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099

www.ipt.br

Page 2: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,
Page 3: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

Aplicabilidade de fibras naturais vegetais na produção de materiais têxteis BADW RAYANA SANTIAGO DE QUEIROZ

Page 4: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Contexto histórico

Pri

rdio

s d

a ci

viliz

ação

(7

00

0ac

)

Fibras eram obtidas exclusivamente de plantas e animais

(KOSLOWSKI; BARANIECKI; BARRIGA-BEDOYA, 2010)

Até

19

20

As fibras mais importantes no mundo eram a lã, seda, algodão e linho

(HALL et al, 1995)

19

50

– 1

98

0

Significativos avanços no desenvolvimento de fibras manufaturadas

(SHISHOO, 2012)

Crescimento demográfico e de consumo

Progressivo deslocamento do mercado de fibras naturais em função das manufaturadas

Últ

imo

s an

os

Fibras sintéticas lideram o mercado, predominando o poliéster

(TEXTILE EXCHANGE, 2016)

Page 5: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

Figura 2 – Evolução do consumo mundial de fibras no setor de vestuário (mi tons) (Fonte: SHUI; PLASTINA, 2013)

Page 6: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

Figura 3 – Consumo mundial de fibras têxteis em 2015 (Fonte: PCI WOOD MACKENZIE apud TEXTILE EXCHAGE, 2016)

Page 7: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Contexto atual

Cenário mundial

Aumento da preocupação com os aspectos socioambientais: redução deimpactos ambientais e responsabilidade social

Políticas internacionais de desenvolvimento: 2009 foi eleito o Ano Internacional das Fibras Naturais pela FAO

Pesquisa e desenvolvimento:

• matérias primas naturais, biodegradáveis e de fontes renováveis em evidência

• diversas plantas fibrosas vêm sendo estudadas para o desenvolvimento de novos materiais como alternativa aos materiais sintéticos

Page 8: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Contexto atual

Cenário mundial

Megatendências (Copenhagen Institute for Futures Studies – CIFS 2014): “Desenvolvimento demográfico”, “Sustentabilidade”, “Foco na saúde” e “Imaterialização”

[...]cada vez mais as pessoas concentram seu consumo na autenticidade através de uma consideração de design, estética, moda, cultura, narração, valores e experiências [...] as associações simbólicas ou os valores imateriais dos bens materiais consumidos estão mudando e tornando-se mais importantes.

Page 9: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Contexto atual

Cenário nacional

Brasil está entre os 17 países megadiversos. Juntos concentram de 60 a 70 % da diversidade biológica do mundo (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; LEITE; CORADIN, 2011)

Brasil tem dois biomas considerados hotspots: Cerrado e Mata Atlântica (PRIMACK; RODRIGUES, 2001; LEITE; CORADIN, 2011)

Biodiversidade brasileira permanece ainda subutilizada (DIAS, 2011), predominando o cultivo de poucas espécies exóticas domesticadas (LEITE; CORADIN, 2011)

Page 10: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Principais características e vantagens

Propriedades mecânicas:

• Boa resistência à tração e alongamento

• Boa resistência à abrasão

Saúde e conforto:

• Toque macio

• Boa permeabilidade ao ar e ao vapor de água

• Não apresentam efeito alérgico

• São mais seguras em condições de fogo em comparação com fibras sintéticas ou artificiais

Page 11: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS Principais características e vantagens

Aspectos socioambientais

• Recursos de fontes renováveis

• Biodegradáveis

• Boas práticas de cultivo, geralmente, não geram danos aos ecossistemas

• Desenvolver em diferentes climas e são capazes de reciclar o dióxido de carbono (CO2).

• A cultura de algumas espécies podem melhorar a sua estrutura e controlando a erosão (FLETCHER, 2008) ou serem utilizadas na descontaminação de solos contaminados por metais pesados (KOZLOWSKI e MACKIEWICZ-TALARCZYK, 2012).

• Conservação e valorização dos patrimônios natural e cultural

• Desenvolvimento socioeconômico de populações rurais

Aspectos tecnológicos

• Desenvolvimento de novos materiais com desempenho diferenciado

Page 12: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

São as unidades primárias de tecidos e outras estruturas têxteis e definem-se por ter comprimento no mínimo cem vezes maior que o seu diâmetro e caracterizadas pela flexibilidade e finura (AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS, 2017; MCINTYRE; DANIELS, 1995).

Fibras naturais

Extraídas de recursos

Vegetais

Animais

Minerais

Fibras manufaturadas

Produzidas a partir de matérias primas diversas

Polímeros sintéticos

Polímeros naturais

Materiais de base inorgânica

FIBRAS TÊXTEIS Definição e classificação

Page 13: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,
Page 14: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

FIBRAS NATURAIS VEGETAIS Definição e origem

São células vegetais, de natureza lignocelulósica, encontradas em diferentes partes de plantas, que se caracterizam pela forma alongada, tendo seu comprimento igual a muitas vezes a largura (Medina, 1959).

Fibras vegetais

Sementes e frutos

Líber

Folha

Raiz

Page 15: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS

Estima-se a existência de cerca de 2.300 espécies fibrosas em todo o planeta (Schiling, 1924)

Maior abundância entre as angiospermas

Monocotiledôneas: fornecem fibras de folhas (conhecidas por fibras duras, fibras vasculares ou fibras estruturais)

Dicotiledôneas: fornecem fibras de entrecasca (conhecidas por fibras macias, fibras liberianas)

Fibras de semente e frutos são classificados pelos uni ou multicelulares e correm nos dois grupos

Page 16: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS

An

gio

sper

mas

Monocotiledôneas

Amaryllidaceae

Bromeliaceae

Liliaceae

Arecaceae

Poaceae

Cyperaceae

Dicotiledôneas

Malvaceae

Urticaceae

Bombacaceae

Tiliaceae

Moraceae

Thymelaeaceae

Page 17: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS Monocotiledôneas

Page 18: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS Dicotiledôneas

Page 19: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS Pelos uni ou multicelulares

Page 20: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS DO BRASIL

Levantamento realizado

(QUEIROZ, 2018)

Foram catalogadas 169 espécies fibrosas nativas do Brasil

Famílias de maior abundância: Arecaceas (palmeiras), Malvaceas e Bombacaceas

Bromeliaceas e Tiliaceas se destacam qualitativamente para a aplicação têxtil

Graph 1 – Native fibrous species distribution by

botanic family

12

9

55

14

1

6 4

10

30

25

3 Poaceae

Cyperaceae

Arecaceae

Bromeliaceae

Amaryllidaceae

Moraceae

Urticaceae

Tiliaceae

Malvaceae

Bombacaceae

Thymelaeaceae

Page 21: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS DO BRASIL

Levantamento realizado

(QUEIROZ, 2018)

A ocorrência das espécies predomina nos biomas Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado

Quase 30 % da espécies catalogadas são endêmicas, ou seja, ocorrem exclusivamente no Brasil

Graph 2 – Native fibrous species distribution by

phytogeographic domain

0

20

40

60

80

100

120

Amazonia

Caatinga

Cerrado

Atlantic forest

Pampa

Pantanal

73%

27%

Natives

Endemic native

Graph 3 – Endemism of native fibrous species

Page 22: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

PLANTAS FIBROSAS DO BRASIL Principais espécies fibrosas

Família botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta

Palmae Acrocomia aculeata Native AM, CA, CE, AF Leaf Palmae Astrocaryum vulgare Native AM, CE Leaf Palmae Bactris setosa Endemic CE, AF Leaf Palmae Bactris glaucescens Native AM, CE Leaf Palmae Bactris caryotifolia Endemic AF Leaf Palmae Mauritia flexuosa Native AM, CA, CE Leaf Bromeliaceae Ananas bracteatus Endemic CE, AF Leaf Bromeliaceae Ananas ananassoides Native AM, CA, CE, AF Leaf Bromeliaceae Ananas lucidus Native AM, AF Leaf Bromeliaceae Neoglaziovia variegata Endemic CA Leaf

Bromeliaceae Pseudananas sagenarius

Endemic CE, AF Leaf

Moraceae Cecropia peltata Native AM Bast Moraceae Cecropia pachystachya Native AM, CA, CE, AF, PA Bast Moraceae Ficus andhatodifolia Native CA, CE, AF, PA Bast Moraceae Trophis caucana Native AM Bast Urticaceae Boehmeria caudadta Native CE, AF, PA Bast Urticaceae Urera caracasana Native AM, CA, CE, AF Bast

Page 23: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

Família botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta

Tiliaceae Corchorus olitorius Native AF Bast Tiliaceae Triumfetta semitriloba Native AM, CA, CE, AF Bast Tiliaceae Triumfetta althaeoides Native AM, CA, CE, AF Bast Tiliaceae Triumfetta lappula Native AM Bast Malvaceae Abutillon ramiflorum Native CE, AF, PA Bast Malvaceae Herissantia crispa Native CA, CE Bast Malvaceae Callianthe bedfordiana Endemic AF Bast Malvaceae Hibiscus bifurcatus Native AM, AF Bast Malvaceae Malachra alceifolia Native AM Bast Malvaceae Malachra fasciata Native AM, CE, AF Bast Malvaceae Pavonia corymbosa Native AM, AF Bast Malvaceae Pavonia fruticosa Native AM, AF Bast Malvaceae Pavonia hastata Native AF Bast Malvaceae Briquetia spicata Native AM, CA, CE, AF, PA Bast Malvaceae Sida urens Native AM, CE, AF, PAM, PA Bast

Malvaceae Urena lobata Native AM, CA, CE, AF, PAM, PA

Bast

PLANTAS FIBROSAS DO BRASIL Principais espécies fibrosas

Page 24: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

Família botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta

Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM, CA, AF, PA Bast Malvaceae Wissadula amplissima Endemic CA, CE, AF, PA Bast Malvaceae Wissadula hernandióides Native AM, CE, AF, PA Bast Bombacaceae Pseudbombax munguba Native AM Bast, Fruits

Bombacaceae Eriotheca pubescens Native CE Bast, Fruits

Bombacaceae Cavanillesia umbellata Native AM, CA, AF Bast Bombacaceae Ceiba pentandra Native AM Fruits

Bombacaceae Ceiba samauma Native AM, CE Fruits

Bombacaceae Quararibea guianensis Native AM Bast Bombacaceae Septotheca tessmannii Native AM Bast Thymelaeaceae Daphnopsis brasiliensis Endemic CE, AF Bast Thymelaeaceae Funifera brasiliensis Endemic AF Bast

AM – Amazonia CA – Caatinga CE – Cerrado

AF – Atlantic Forest PA – Pantanal PAM – Pampa

PLANTAS FIBROSAS DO BRASIL Principais espécies fibrosas

Page 25: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

EXTRAÇÃO DAS FIBRAS

As fibras vegetais estão agregadas nas paredes celulares de plantas, unidas por um “cimento” vegetal (gomas e ceras)

Nas folhas formam filamentos contínuos em todo o sentido do comprimento

Nos caules localizam-se no tecido celular do floema e formam uma rede em que os feixes não têm identidade individual

A extração consiste na separação dos feixes de fibra destes elementos, por ação mecânica ou pela decomposição do “cimento” vegetal

Page 26: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODOS DE EXTRAÇÃO

O método adequado depende da parte da planta, suas características morfológicas e físico-químicas

Principais métodos:

Método mecânico

Método microbiológico

Método enzimático

Método químico

Método físico

Page 27: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODO MECÂNICO

Usado principalmente para extração de fibras de folha

Se dá pela remoção ou raspagem (manual ou em desfibradeira) da epiderme da folha fresca

Pode ser combinado com o método microbiológico antes ou depois

Page 28: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODO MICROBIOLÓGICO Maceração

Se dá pela decomposição da “cola” vegetal (especialmente a pectina) que une as fibras, por ação de microorganismos (fungos ou bactérias)

Tipos: maceração em orvalho, maceração em água

Page 29: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODO ENZIMÁTICO

Processo se dá como a maceração, porém enzimas específicas são adicionadas ao banho para acelerar/otimizar a decomposição

A enzima mais conhecida é a pectinase

Page 30: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODOS FÍSICOS

Métodos mais modernos, requerem equipamentos mais sofisticados, muitos ainda em desenvolvimento

Se dão por processos que usam radiação eletromagnética, alta pressão e temperatura

Explosão de vapor, método hidrotérmico, desengomagem osmótica

Page 31: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

MÉTODO QUÍMICO

Se dá por processo de alcalinização, removendo principalmente as hemiceluloses

Em geral usa-se hidróxido de sódio (NaOH), mas pode combinar outras bases para minimizar a agressão das fibras

Page 32: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

NOVAS APLICAÇÕES

Materiais têxteis nos mais diferentes tipos de estrutura e composição,

com aplicações que exigem desempenho específico

Page 33: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

“NOVOS” MATERIAIS TÊXTEIS

Kapok (paina) fabric – Samotoa Lotus Textiles Lotus fabric – Samotoa Lotus Textiles

Page 34: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

“NOVOS” MATERIAIS TÊXTEIS

Nettle (urtiga) fabric – Himalayan Wild Fibers

Piñatex fabric (folha do abacaxi) – Ananas Anam Ltd

Page 35: COMUNICAÇÃO TÉCNICAescriba.ipt.br/pdf/175664.pdfFamília botânica Nome científico Origem Domínio fitogeográfico Parte da planta Malvaceae Wissadula periplocifolia Native AM,

CONTATO

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO Centro de Química e Manufaturados – CQuiM Laboratório de Tecnologia Têxtil – LTT [email protected]