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Avançam as pesquisas genéticas PÁGINAS 4,5, 6 e 7 Avançam as pesquisas genéticas PÁGINAS 4,5, 6 e 7 www.pucrs.br/pucinformacao Publicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Assessoria de Comunicação Social – Ano XXIII – Nº 101 – Setembro-Outubro/2000 www.pucrs.br/pucinformacao Publicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Assessoria de Comunicação Social – Ano XXIII – Nº 101 – Setembro-Outubro/2000

Avançam as pesquisas - Pucrs · mos febre, por exemplo, estas proteí-nas ajudam o organismo a se proteger dos danos causados por temperaturas elevadas”, explica Cristina. A proteína

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  • Avançam aspesquisasgenéticas PÁGINAS 4,5, 6 e 7

    Avançam aspesquisasgenéticas PÁGINAS 4,5, 6 e 7

    www.pucrs.br/pucinformacaoPublicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulAssessoria de Comunicação Social – Ano XXIII – Nº 101 – Setembro-Outubro/2000 www.pucrs.br/pucinformacaoPublicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

    Assessoria de Comunicação Social – Ano XXIII – Nº 101 – Setembro-Outubro/2000

  • Reitor: Norberto Francisco Rauch • Vice-Reitor: Joaquim Clotet • Coordenador da Assessoria de Comunicação Social e Diretor-Editorda PUCRS Informação: Carlos Alberto Carvalho – Reg. Prof. 1276 • Editora Executiva: Magda Achutti – Reg. Prof. 6232 • Repórteres:Ana Paula Acauan - Reg. Prof. 8474 e Paula Oliveira de Sá – Reg. Prof. 8575 • Arquivo Fotográfico: Maria Rosalia Rech – Reg. Prof. 6088• Circulação: Mirela Vieira da Cunha Carvalho • Documentação: Lauro Dias • Estagiária: Carine Simas • Relações Públicas: Sandra Becker• Fotografia: Marcos Colombo e Gilson de Oliveira • Revisão: José Renato Schmaedecke • Projeto gráfico: Completa Arquitetura eIdentidade Corporativa – Fone: (51) 321-4677 • Impressão: Epecê-Gráfica – Fone: (51) 339-1308 • PUCRS Informação é editada pelaAssessoria de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Avenida Ipiranga, 6681, Prédio 1, 5º andar –CEP 90619-900 – Fone: (51) 320-3503 – Fax: (51) 320-3603 – E-mail: [email protected] – Home page da PUCRS: www.pucrs.br –Home page do PUCRS Informação: www.pucrs.br/pucinformacao – Porto Alegre – Rio Grande do Sul - Brasil

    2PUCRS Expe

    dien

    te

    Morre diretordo Institutode CulturaHispânica

    Clotet (esq.), Hochscheidt e Arbués

    Ir. Dionísio Fuertes Alvarez, diretor do Ins-tituto de Cultura Hispânica do Rio Grande doSul e professor emérito da PUCRS, faleceu aos87 anos. Natural de León, na Espanha, Ir.Dionísio realizou sua formação marista na Itá-lia e, atendendo ao chamado institucional,veio para o Brasil em 1930. Um ano depoiscomeçou a lecionar no Colégio Nossa Senhorado Rosário, em Porto Alegre. Em 1945, vincu-lou-se à PUCRS, onde lecionou várias disci-plinas, entre elas a de Cultura Hispânica atéabril deste ano.

    Ir. Dionísio foi um dos fundadores, em1956, e diretor, nos últimos 35 anos, do Ins-tituto de Cultura Hispânica do Rio Grande doSul. Também dirigiu por duas décadas e con-tribuiu para o planejamento e organização daBiblioteca Irmão José Otão da Universidade.Foi condecorado cidadão de Porto Alegre egaúcho honorário. Escreveu os livros de poe-mas Salmos do Silêncio, Terra Habitada, CasaDourada e Escuro Labirinto. Pelos méritos li-terários, era membro da Academia Rio-Gran-dense de Letras desde 1968.

    Superior Geral dosMaristas visita a PUCRS

    Clotet, no exercício da Reitoria, e pelo Pro-vincial, Ir. Lauro Hochscheidt, da ProvínciaMarista de Porto Alegre.

    Arbués conheceu detalhes sobre as áreasde Ensino de Graduação, Pesquisa e Pós-Gra-duação, Assuntos Comunitários, Extensão Uni-versitária e Administração e as principais ini-ciativas desenvolvidas pela Universidade, es-pecialmente na área social. Foram apresenta-das também as ações do Hospital São Lucas,Projeto Solidariedade, Pastoral Universitária eo ensino de Cultura Religiosa na Instituição.

    "Toda universidade deve formar pessoas ca-pacitadas a serem líderes sociais. Mas a missãoda PUCRS é maior, deve formar profissionaisbem preparados para o Brasil e bons cristãos",declarou o Superior Geral dos Maristas. Confor-me Arbués, o ensino superior deve formar aconsciência da solidariedade. "Sinto-me alegrepelo que vocês estão oferecendo. Precisa-se depessoas com alma".

    Em visita ao Rio Grande do Sul por oca-sião das comemorações dos 100 anos da pre-sença marista no Sul do Brasil, Ir. BenitoArbués, Superior Geral dos Irmãos Maristas,esteve na PUCRS. Na oportunidade, foi recep-cionado pelo Vice-Reitor Ir. JoaquimPe

    lo C

    ampu

    sIr. Dionísio (dir.) chegou ao Brasil em 1930

  • 3

    José Fernando Azevedo, supervisor da AgênciaExperimental de Publicidade e Propaganda, queestá desenvolvendo o trabalho. “Organização eacesso rápido são algumas das vantagens”, com-plementa Azevedo.

    Os conteúdos podem ser procurados pelo aces-so direto ou pelos menus: Conheça a PUCRS,Administração Superior, Unidades Universitárias,Órgãos Suplementares, Vestibular 2000 e CanalPUCRS. Também consta na homepage um link paraa Biblioteca Central. Outra novidade é o mapa dosite, com dupla função. A representação gráficado Campus mostra a localização das diferentesunidades universitárias e remete aos endereços naInternet.

    A maioria das páginas foi gerada em HTML(linguagem de programação para montar sites naInternet) e fez uso de recursos visuais como oflash (programa que permite a criação de efeitos,em tecnologia multimídia) e o javascript (lingua-gem de programação que traz técnicas adicionais,como palavras que acendem ao passar com o mou-se possibilitando ao usuário interagir).

    A página da PUCRS na Internet foi reformuladacom o objetivo de se tornar mais dinâmica eobjetiva. O novo design proporciona uma identi-dade visual para o site, utilizando a cor padrão(azul), o brasão da Universidade e a marca PUCRSparte da sua vida. "Buscamos dar unidade às pági-nas e apresentá-las de forma agradável", explica

    Site da PUCRS ficou mais dinâmico

    Pelo Campus

    Uma exposição de painéis que resgatam par-te da história da Universidade contada nas pági-nas da Revista PUCRS Informação comemorou a100ª edição do veículo. A publicação começou acircular em 1978 como boletim, evoluiu parajornal até chegar ao atual estágio de revista.Promovida pela Assessoria de Comunicação Soci-al, a exposição ocupou o saguão do prédio daReitoria durante a segunda quinzena de agosto.

    Os painéis mostram fatos marcantes na traje-tória da Universidade registrados nas diversasfases de PUCRS Informação. Até alcançar cemedições, a publicação mudou várias vezes de for-mato, periodicidade, projetos gráfico e editorial,procurando atender seus diversos públicos. Atu-almente, a revista é bimestral, tem tiragem de40 mil exemplares e suas matérias também po-dem ser acessadas pela Internet no sitewww.pucrs.br/pucinformacao.

    O abertura da exposição foi realizada peloReitor Norberto Rauch que salientou a importân-cia do veículo e sua constante qualificação. O

    Nova página na Internet

    evento contou ainda com palestra do jornalistaMarco Antônio Kraemer, gerente de Relações Pú-blicas e Governamentais da GM, abordando o temaInstituição e Imprensa: a importância de um re-lacionamento eficaz.

    Painéis resgatam a história da publicação

    A trajetória daPUCRS Informação

  • por PAULA OLIVEIRA DE SÁ

    Pode influenciaro equilíbrio dosistemaimunológico, quevaria entre osextremosinflamatório eantiinflamatório

    Quando o assunto é saúde, quem nãogostaria de saber se tem predisposiçãopara uma doença e tentar evitar o seuaparecimento? Felizmente, hoje já é pos-sível investigar alguns dos genes envol-vidos em certos males que atingem o ho-mem. A PUCRS desenvolve pesquisas nes-ta área e se prepara para ingressar noséculo 21 detectando genes relacionadosa enfermidades comocâncer, trombose, arte-riosclerose, osteoporo-se e doenças neurode-generativas.

    No momento, oInstituto de Geriatriae Gerontologia, Insti-tuto de Pesquisas Bio-médicas, as faculdadesde Medicina, Biociên-cias, Farmácia e o Hospital São Lucas,empenham-se nos estudos ligados à ques-tão. Os testes se baseiam na análise doexame de DNA (material genético herda-do que se encontra no núcleo da célulae determina as características de cada in-divíduo, como cor dos olhos e da pele e

    Unidade hereditária,situada no cromossomo,

    que determina ascaracterísticas de um

    indivíduo

    Capa

    Testes se baseiamna análise do

    exame de DNA

    PUCRS investe noestudode genes

    Os avançossignificativos dagenética humana estãocausando um grandeimpacto na medicina

    as doenças). O exame permite identificara suscetibilidade a problemas genéticosajudando a preveni-los ou tratá-los.

    Os avanços significativos da genéticahumana nas ultimas décadas estão pro-piciando um grande impacto na medici-na. A recente conclusão do seqüencia-mento do genoma humano, isto é, dasbases do DNA de cada cromossomo, apre-

    senta um desafioainda maior: o dedesvendar as por-ções responsáveispelos caracteres ge-néticos, suas fun-ções e regulações.Os progressos talvezpermitam que, naspróximas décadas,as pessoas carre-

    guem um cartão registrando todas as in-formações sobre seu material genético.Com base no conhecimento desta peculia-ridade de cada um, o médico ou o far-macêutico poderá adequar medicamentose dosagens a cada paciente.

    A bióloga Cristina Bonorino, profes-sora da Faculdade de Biociências da Uni-versidade, realiza pesquisas no Laborató-rio de Imunorreumatologia, localizado noInstituto de Pesquisas Biomédicas noHospital da PUCRS. O estudo se caracte-riza pela clonagem e expressão (estudoda síntese da proteína) de genes deHSP70 , uma proteína fundamental para

  • É o meio de transportede segmentos de DNAespecíficos para dentrode uma célula,geralmente vírus oulipossomas

    1

    5

    A genética não trarátodas as respostas, masos fatores ambientais eculturais têm forteinfluência na vida e nocomportamento daherança genética

    EXAME DE DNAIDENTIFICASUSCETIBILIDADEA PROBLEMASGENÉTICOS 2

    PUCRSPARTICIPARÁDO CENTRO DETERAPIAGÊNICA DO RS 3

    TERAPIAGÊNICASUBSTITUIGENES DOENTESPOR SAUDÁVEIS

    Terapia gênica éuma nova formade tratamentopara diferentestipos de doenças

    o sistema imune em bactérias e célulashumanas. “Quando ficamos doentes e te-mos febre, por exemplo, estas proteí-nas ajudam o organismo a se protegerdos danos causados por temperaturaselevadas”, explica Cristina.

    A proteína está sendo utilizada comobase para desenvolver um exame de san-gue que não existe no Brasil e auxiliaráa diagnosticar um tipo especial de sur-dez, com origem auto-imune. A desco-berta está em processo de patenteamen-to. “Também estamostestando a HSP70como estimulantenuma vacina genéti-ca, feita com DNA,como serão as futurasvacinas”, esclarece abióloga.

    A PUCRS participaatualmente de umgrupo de instituiçõesque visa criar um Cen-tro de Terapia Gênica no Estado. O re-presentante pela PUCRS é o neurologis-ta Jaderson da Costa, diretor do Insti-tuto de Pesquisas Biomédicas da PUCRS.O grupo também conta com participan-tes da Secretaria de Ciência e Tecnolo-gia do Estado. A terapia gênica é umanova forma de tratamento para diferen-tes tipos de doenças. Baseia-se na in-trodução de genes normais com o obje-tivo de substituir, corrigir ou comple-mentar genes alterados. Atualmente éum procedimento experimental. Os tra-balhos estudados, em sua maioria, estãovoltados para certos tipos de câncer,doenças cardiovasculares e alguns dis-túrbios genéticos.

    A equipe da bióloga Cristina está en-gajada num projeto, em conjunto com aUFRGS, submetido à Fapergs e ao CNPq,

    para iniciar um protocolo de terapia gê-nica num modelo de imunodeficiênciacanina. O trabalho permitirá a constru-ção de um vetor para inserir genes eexpressá-los em células mamíferas. Ospesquisadores do Instituto de PesquisasBiomédicas serão responsáveis pelas eta-pas de preparação do DNA com o geneque corrige a doença imune em cachor-ros, isolando células caninas e trans-formando-as.

    No Laboratório de Biologia Molecu-lar do Instituto dePesquisas Biomédi-cas, a farmacêuticaRosane MachadoScheibe estuda ge-nes envolvidos napredisposição adoenças multifato-riais como demên-cia de Alzheimer,trombose e doençascardiovasculares.

    Outro projeto envolve uma enfermidadegenética bastante severa que afeta me-ninos, a distrofia muscular de Duchenne.A doença é transmitida por mulheres por-tadoras, ou seja, que contêm um cro-mossoma normal e um alterado. Rosaneexplica que, como não há tratamento,identificar a alteração se torna impor-tante para a prevenção da doença.

    O Centro de Pesquisa de Mama daPUCRS, chefiado pelo mastologis-ta Antonio Frasson, desenvol-ve pesquisas populacionais so-bre a relação de câncer demama com fatores ambientais,como a nutrição associada apolimorfismos genéticos. Umdos genes estudados pelo pes-quisador é o de uma enzimaanti-oxidante produzida pelo

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    organismo, chamada Superóxido Dismutase. Masexistem mulheres com determinado tipo de ge-nótipo (material genético), que produzem umaenzima menos funcional. Neste caso, se elascomem poucos vegetais e frutas, têm quatrovezes mais chance de contrair câncer de mama.

    Os pesquisadores pretendem descobrir se amaior freqüência deste genótipo na popula-ção gaúcha – consumidora de muita carne epoucas verduras, legumes e frutas – não seriauma das causas do grande número de casosde câncer de mama no Estado. A tese de dou-torado da bióloga Maristela Taufer responderáem breve essa hipótese. Investigação parale-la, associando o gene de enzima anti-oxidan-te ao câncer de próstata, também está sendo

    conduzida pela pesquisadora e pelo urologistaGustavo Sá.

    “Assistimos ao nascimento de uma nova áreacientífica e farmacogenética”, observa a biólo-ga Ivana da Cruz. “A genética, entretanto, nãotrará todas as respostas, mas os fatores ambien-tais e culturais têm forte influência na vida e nocomportamento da herança genética”. Há aindao temor de que o conhecimento proporcionadopelo Projeto Genoma seja mal empregado. Com-panhias de seguro poderiam exigir o mapa ge-nético de um potencial cliente para avaliar orisco de doenças de tratamento dispendioso.Casais escolheriam as características do filhodesejado. Tais perspectivas levam a antever osgrandes dilemas éticos do século 21.

    4ª- Submete-se oDNA a umacorrente elétrica,(para melhorvisualizá-lo)usando para issoum gel. Depois,pode-se observá-lo usando umcorante que seliga ao DNA etorna-o visível em luz ultravioleta

    O DNA agora está pronto para ser usado no diagnóstico de variantesgenéticas relacionadas com doenças ou outras características, pormeio de técnicas que amplificam os genes

    2ª- Com o auxílio decentrífugas, detergentese água quente, as célulasbrancas do sangue sãorompidas e o DNA é obtido

    1ª- Extração de uma amostra de sangue 3ª- Para visualizar o DNA recém-extraído,coloca-se álcool gelado na solução. Em contatocom o álcool, o DNA se aglomera, precipita-se efica no fundo do tubo, permitindo que se possaobservá-lo a olho nu. O resultado é uma massaesbranquiçada contendo milhões de cópiasdo material genético

    Etapas da extração de DNA, no Laboratório do Institutode Geriatria e Gerontologia da PUCRS:

    COMO É EXTRAÍDO O DNA

    Capa

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    RESULTADOS OBTIDOSATÉ AGORA

    Pessoas com variante DDparecem ser mais suscetíveisà doença cardiovascular

    Pessoas que herdam oalelo A estão maisprotegidas contra as doençascardiovasculares

    Não mostraram vantagem anenhuma das variantesgenéticas

    Em fase de análises.Resultados preliminaresprevistos para 2001

    Em fase de análises.Resultados preliminaresprevistos para 2001

    Estudo com idosos deVeranópolis mostrou que oestilo de vida pode diminuiros efeitos negativos daspessoas que possuem o aleloE4

    Mutações de Leiden e naprotrombina estãoassociadas à trombose

    Verificação da mutaçãoauxilia na prevenção dadoença

    Estudo piloto indicou umaassociação entre este alelo eo desenvolvimento de câncerde colo uterino em presençade HPV

    QUEMPESQUISA

    IPBFaMedIGG

    IGGPG em ClínicaMédicaFaBio

    IGG

    FaBioIGG

    FaBio

    IGG, HSL,PG em ClínicaMédicaPG emGerontologiaBiomédica

    IPB

    IPB

    IPB

    GENES

    AGT(angiotensinogênio)e ECA (enzima conversorade angiotensina)

    Estudo do gene daenzimaPDK4

    Gene da enzima PON1

    Gene do NOS

    Gene GPBS

    Gene da proteína APOE

    Fator V e Protombina

    Distrofina

    HLA DQBG1

    PESQUISAS QUERELACIONAM

    VARIANTES GENÉTICAS

    Doenças cardiovascularese longevidade

    Doenças cardiovasculares

    Doenças cardiovasculares

    Operação coronária etratamento contra infecçãogeneralizada (septicemia)

    Herança de capacidadevasodilatadora

    Doenças demenciais ecardiovasculares,osteoporose e longevidade

    Trombose

    Distrofia Muscular deDuchenne

    Suscetibilidade à infecçãopelo papilomavírushumano, envolvido nodesenvolvimento de câncerde cérvice uterina

    Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB), Faculdade de Medicina (FaMed),Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG),Pós-Graduação (PG), Faculdade de Biociências (FaBio) e Hospital São Lucas (HSL)

    GENES PESQUISADOS PELA PUCRS

    Estudosenvolvem

    várias áreas daUniversidade

    Alguns dos genes, responsáveis ou associados a doenças, que estãosendo estudados pelos pesquisadores da Universidade:

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    Pesquisa em Foco

    A ditadura militar no Brasil foiuma época de censura para aimprensa. A dissertação de mestradoA guerrilha do riso. Humor x Canhãona ditadura militar brasileira,defendida pelo professor MarcoAntônio Villalobos, no Pós-graduação em História da PUCRS,analisou o período a partir do pontode vista humorístico do jornalistagaúcho Carlos Nobre. A obra será

    publicada em breve, pela editoraMercado Aberto.

    O objeto de estudo foram todasas colunas de Nobre publicadasdesde 1963, período anterior aogolpe de Estado que depôs JoãoGoulart, até o início da NovaRepública, em março de 1985.

    Marcos centrou sua abordagemna maneira como a ditadura militarbrasileira foi criticada. "O jornalistaCarlos Nobre encontrou no humor, amunição para fustigar, sem tréguas,um regime político com o qualclaramente não concordava",destaca o docente. Na opinião doprofessor, apesar de nãoenvelhecerem na essência, asmanifestações humorísticasevoluem. Uma das linhas dedesenvolvimento da sátira do século20 serviu para julgar as ditaduras,ridicularizar mitos sociais e coerçõesreligiosas.

    As 7.310 colunas de Carlos Nobreforam publicadas nos jornais ÚltimaHora, Folha da Tarde e Zero Hora.Uma das marcas registradas dacoluna era a foto diária de mulheresbonitas e sensuais, sempreacompanhadas por uma mensagemsubliminar ou mesmo direta emaliciosa. Marcos selecionou aspiadas referentes a questõespolíticas por temas. A divisãocontemplou observações sobreproblemas políticos, repressão, aação dos estudantes contra o novogoverno, problemas econômicos,personagens da revolução,especialmente os cinco presidentesmilitares, o ministro Delfim Netto eo deputado paulista Paulo Maluf.Também foram destacados osataques aos problemas sociais e àsquestões militares.

    MARCOANTÔNIOVILLALOBOSProfessor daFaculdade deComunicaçãoSocial

    O riso como armapara enfrentar aditadura

    Foto: Arquivo Pessoal

    Colunas deCarlos Nobrepublicadasem Zero Hora,em 1965

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    NOVOS MESTRES E DOUTORESAutora: Vera Müller, professora da Faculdade de LetrasDissertação: O uso de dicionários como recurso pedagógico na salade aula de língua estrangeiraLocal da defesa: Instituto de Letras da UFRGS

    Autor: Paulo Anselmo Ziani Suarez, professor da Faculdade de QuímicaDoutorado: Preparação e caracterização de materiais iônicos e sua utilizaçãocomo meio reacional em processos catalíticosLocal da defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Autor: Conrado Abreu Chagas, professor da Faculdade de LetrasDissertação: A sintaxe verbal na tradição gerativa: uma resenha críticaLocal da defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Autor: Paulo César Santana Nunes, professor da Faculdade de Ciências Políticase EconômicasDissertação: Balanço social dos bancosLocal da defesa: Pós-graduação em Ciências Políticas e Econômicas da PUCRS

    Autor: José Roberto Meister Mussnich, professor da Faculdadede Ciências Políticas e EconômicasDissertação: Marketing de relacionamento no varejoLocal da defesa: Pós-graduação em Ciências Políticas e Econômicas da PUCRS

    Autor: Paulo Renato Figueiredo Ferreira, professor da Faculdade de OdontologiaTese: Efeito protetor do tocoferol (vitamina E) na estomatite radioinduzida:um ensaio clínico randomizado e duplo-cegoLocal da defesa: Pós-graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRGS

    Autora: Vera Regina Silva da Silva, professora da Faculdade de LetrasDissertação: Caracterização de competências de um melhor professor de língua espanholasegundo testemunho de docentesLocal da Defesa: Pós-graduação da Faculdade de Educação da PUCRS

    Autor: Mário Sérgio Fernandes, professor da Faculdade de MedicinaDissertação: Observações preliminares sobre a segurança e a atividade anti-tumoral dacombinação do agente hipometilador do DNA Decitabina com Daunorubicina comotratamento de primeira linha em pacientes com leucemia mielóide agudaLocal da defesa: Pós-graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFRGS

    As empresas exportadorasgaúchas, em sua maioria, atuamno ramo de calçados, veículos emáquinas. Existem há duas décadas,têm tamanho médio (até 499funcionários), não utilizam toda asua capacidade produtiva e são poucocompetitivas - preferem destinar aexportação para mercados próximos etradicionais. Quase não adotamparcerias, convênios e estratégias decomercialização, não planejam suasexportações - grande parte atende apedidos - e não julgam importantedivulgar e ter uma boa rede dedistribuição de seus produtos noexterior.

    "Falta ao empresário gaúcho criaruma mentalidade exportadora. Aindahá pouco conhecimento e preparopara atuar no mercado internacional,que é visto como complementar aointerno", define a professora daPUCRS Dionise Magna Juchem, autorada tese de doutorado O perfil daempresa exportadora gaúcha:estratégia e ação, defendida naUniversidad de Léon, Espanha, onderecebeu distinção especial de láurea,"Sobresaliente Cum Laude" .

    A pesquisa foi realizada durantetrês anos, investigando parte douniverso das 1.450 empresas queexportam continuamente no RioGrande do Sul, sendo responsáveis por12% do Produto Interno Bruto (PIB)gaúcho. Apesar do perfil poucoagressivo de seus negócios em termosde exportações, 40% dos empresáriosentrevistados consideram aglobalização um benefício e estãopreocupados em melhorar a qualidadede seus produtos, informatizarprocessos e comprar novosequipamentos.

    Mais de 60% das companhias têmdepartamento de comércio exterior,mas geralmente são setores poucoatuantes na busca de mercados,

    estratégias, planejamento, promoçãoe publicidade. Um bom exemplo dissoé o pouco que o Estado exporta paraa União Européia e o Nafta, secomparado ao Mercosul. "Asempresas exportadoras poderiamvender mais para esses dois primeirosblocos econômicos se elaborassemestratégias efetivas a longo prazo",observa Dionise.

    A exportação é a primeira etapade internacionalização de umaempresa, pois gera, num curtoespaço de tempo empregos,desenvolvimento, aumento do PIB,além de trazer modernização àempresa, à região e ao país. "Amudança de mentalidade doempresariado só virá com um esforçoconjunto de órgãos governamentais,entidades de classe e universidades",conclui Dionise Juchem.

    O perfil da empresaexportadora gaúcha

    DIONISEMAGNA

    JUCHEMProfessora dasfaculdades de

    Administração,Contabilidade e

    Economia, CiênciasAeronáuticas e doPós-Graduação em

    SecretariadoExecutivo

  • 10

    Saúd

    e

    por PAULA OLIVEIRA DE SÁ

    O implante desementes

    radioativas écontrolado

    pelo ultra-som

    O Serviço de Braquiterapia da SaintLouis Griffon, inaugurado no Centro Clínicoda PUCRS, trata o câncer de próstata comsementes de iodo radioativo introduzidas naglândula e orientadas sob controle de eco-grafia. O índice de cura, em torno de 90%,é semelhante ao da radioterapia externa eao da cirurgia. O novo serviço é resultadode um intercâmbio científico entre o Hospi-tal São Lucas da PUCRS e o Detroit MedicalCenter, da Wayne State University (EUA). Ométodo vem obtendo crescente aceitaçãointernacional, graças ao elevado índice decontrole local da doença, preservação dacontinência urinária e diminuição da impo-tência sexual.

    Todos os casos são estudados e discutidospelos médicos da Wayne State University ecolegas brasileiros, entre os quais urologistasde outros hospitais que encaminham seus pa-cientes.

    A braquiterapiaconsiste na

    colocação depequenas fontes de

    iodo radioativo,dentro da próstata,

    para destruir ascélulas cancerosas

    Novo tratamento para ocâncer de próstata

    Foto

    : Arq

    uivo

    Pes

    soal

    O procedimento consiste na colocaçãode várias sementes de iodo dentro da prós-tata, utilizando agulhas especiais introdu-zidas através do períneo e orientadas pelavisão direta do ultra-som. A braquiterapiapara o câncer de próstata pode ser execu-tada de forma isolada ou associada à radio-terapia. Nos EUA, o método é desenvolvidohá cerca de 10 anos.

    Antes de ser iniciado o tratamento, rea-liza-se um estudo da próstata por meio deum ultra-som que fotografa suas imagens.Elas são transferidas para o computador que,alimentado com software especialmente de-senvolvido para a técnica, definirá, confor-me o caso, o número ideal de sementes e aperfeita posição das fontes radioativas den-tro da próstata.

    As taxas de complicações dos implantesde sementes radioativas são menores que asda cirurgia e da radioterapia. Depois do im-plante, apenas 5% dos pacientes que nãofizeram uma cirurgia prévia de próstata te-rão incontinência urinária e 15% dos ho-mens tratados, com menos de 70 anos, apre-sentarão impotência sexual. Os pacientespodem retornar à atividade normal (incluin-do trabalho) dentro de um a três dias, compouca ou nenhuma dor.

    SERVIÇO DE BRAQUITERAPIADA SAINT LOUIS GRIFFON

    Local: 1º andar, sala 109, Centro Clínico da PUCRSAtendimento: segunda, terça e sexta-feira, das 10h às 12hInformações: (51) 339-4260 e 336-1043

  • 11

    Atletas veteranas estão mais protegidas

    grupo de atletas veteranas da Sociedade Gi-nástica de Porto Alegre (Sogipa). As outras 21nunca haviam praticado esporte de forma re-gular. A avaliação, realizada no Laboratório deDesintometria Óssea do HSL, constatou densi-dade superior em todas as regiões do esquele-to das mulheres que praticavam voleibol. “Ati-vidades físicas de impacto no chão, como ovôlei, são capazes de reforçar ou manter aestrutura dos ossos", afirma Karam.

    Segundo o ortopedista, na segunda dé-cada de vida os exercícios de impacto au-mentam o pico de massa óssea (máxima den-sidade e força dos ossos, ocorrido por voltados 20 aos 35 anos). Isso significa uma re-serva para a fragilização que geralmente ocor-re numa idade avançada, quando o esportecontribui apenas para a conservação do teci-do esquelético. E lembra: "A atividade físicana menopausa é apenas um complemento dareposição hormonal e de uma dieta rica emcálcio, fundamentais quando o assunto é com-bater a osteoporose".

    Mulheres que praticam esportes de impac-to, como o voleibol, têm cerca de 20% a maisde massa óssea e, assim, menos chance dedesenvolver osteoporose . Esta foi uma dasconclusões da pesquisa de mestrado desen-volvida pelo ortopedista Francisco Karam, doHospital São Lucas (HSL) da PUCRS.

    O médico examinou 42 mulheres com maisde 60 anos. Metade delas foram jogadoras devôlei entre os 10 e 19 anos e pertenciam a um

    Provoca adiminuição da

    consistência dosossos, tornando-os

    porosos e maisfrágeis. Evolui

    quase sempre semapresentar

    sintomas e ocorreprincipalmente

    nas mulheresdepois da

    menopausa,quando há uma

    redução da açãoprotetora do

    hormônioestrógeno

    Dieta leva à longevidadecomo a hipófise, tireóide e pâncreas. Issosignifica que alguns genes ligados às altera-ções características do envelhecimento teri-am uma ativação ou desativação diferente emratos ad libitum e em ratos com dieta restrita.

    Conforme o pesquisador, os resultados doestudo não podem ser transferidos direta-mente aos seres humanos. “O recomendávelpara os homens seria uma dieta equilibrada,com todos os nutrientes necessários, só queem quantidade menor daquela que provoca asensação de barriga cheia", aconselha EmílioJeckel Neto.

    Jeckel faz oestudo em ratos

    Emílio Jeckel Neto, biólogo e pesquisadordo Instituto de Geriatria e Gerontologia daPUCRS, está estudando como uma dieta restri-ta pode aumentar a longevidade de ratos. Du-rante a pesquisa, foi possível observar que osratos de laboratório que recebem dietaad libitum vivem de 20% a 40% menos do queos que comem apenas 60% do volume diárioingerido pelos outros. Segundo o pesquisador,isso ocorre porque os animais criados em cati-veiro têm um estilo de vida muito diferentedaqueles silvestres da mesma espécie, que pre-cisam buscar seu próprio alimento.

    Até o momento, a única manipulação quemostrou a capacidade de afetar a longevidadeem animais homeotermos , modificando otempo máximo de vida, foi a restrição dedieta. O efeito de ter a ração diminuída nãose explica apenas pelo fato de os animaisapresentarem menos doenças graves, comocâncer, e viverem mais. A restrição de dietaprovoca uma alteração drástica na produçãode alguns tipos de hormônios de glândulas

    Animais detemperatura

    constante,impropriamentedenominados de

    sangue quente

    Animais quetêm alimentodisponível em

    grandequantidade

    até seremsaciados

    Foto

    : Di

    vulg

    ação

    Voleibol diminui os riscos daosteoporose

  • 12

    Doentes com Aidsdeverão tomarmenos remédiosS

    aúde

    HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

    Cândida Neves participoude conferência

    na África do Sul

    Deflagrou uma campanhamundial, capitaneada pela

    Organização Mundial de Saúde(OMS), para diminuir o númerode casos na África. De cada trêspessoas infectadas no planeta,duas são africanas. A OMS estápreocupada, sobretudo, com atransmissão da doença da mãe

    para o bebê, ainda no útero. Nocontinente africano nascem

    1.800 crianças infectadas, pordia. Com o valor de um

    refrigerante e de um sanduícheé possível tratar três mulheres

    grávidas com Aids

    que tomavam o coquetel e atingiam oponto alto da terapia (carga viral in-detectável), quando interrompiam amedicação, mesmo involuntariamente,a doença permanecia estabilizada.

    Experimentos realizados nos EUAagora tentam definir quanto tempo ousuário pode ficar sem remédios, evi-tando que interrupções tornem o ví-rus mais resistente. "Os benefícios se-rão a melhor aderência do paciente àterapia, diminuição de efeitos colate-rais e menor custo", avalia a pneu-mologista.

    Na França, conforme Cândida, es-tão sendo desenvolvidas pesquisas so-bre a recuperação imunológica dequem toma o coquetel antivírus. Osresultados são animadores. O organis-mo do doente repõe as células de de-fesa, que conseguem desempenhar suafunção de forma adequada. Isso sig-nifica que o paciente não precisa to-mar uma quantidade tão grande e con-tínua de antibióticos, por exemplo, setiver uma infecção. Seu corpo, maisfortalecido, reagirá com a ajuda demenos remédios.

    Infectados com o vírus HIV, cau-sador da Aids, poderão vir a tomarmenos medicamentos contra a doen-ça. A novidade foi anunciada por es-pecialistas norte-americanos e france-ses na 13ª Conferência sobre Aids ,realizada em Durban, África do Sul, naqual participou a pneumologista Cân-dida Neves, dos serviços de Pneumo-logia e Infectologia do Hospital SãoLucas e professora da Faculdade de Me-dicina da PUCRS - a primeira médica arealizar um diagnóstico de Aids no RioGrande do Sul.

    A Aids teve sua mortalidade bas-tante reduzida desde que começou aser tratada com o coquetel de remédi-os antivírus, há quatro anos, e passoua ser uma doença de evolução crôni-ca. O tratamento contínuo diminui aquantidade de HIV no organismo, au-mentando a expectativa e a qualidadede vida do paciente. "Na conferência,Anthony Faucci, imunologista norte-americano, apresentou estudos sobreo tratamento intermitente", relata Cân-dida. Os cientistas observaram, poracaso, que portadores do vírus HIV

    Ir. Erno Christ, diretor administrativo adjunto do Hospital São Lucas daPUCRS, participou de visita organizada pela instituição camiliana aoMedical Center, em Houston, Texas (EUA), um dos maiores complexoshospitalares do mundo, com 42 hospitais, duas faculdades de Medicina, umade Odontologia e quatro de Enfermagem. A instituição norte-americana éreconhecida pelo atendimento de alta qualidade com calor humano. Osucesso é fruto de treinamento permanente para novas tecnologias,diminuição de custos, abordagem do paciente e gerenciamento dosresultados. Além de seu quadro profissional, conta ainda com o apoio de 20mil voluntários. Como resultado das observações de viagem, Ir. Erno informaque o São Lucas vai introduzir novas técnicas de treinamento parafuncionários visando a humanização, melhorar a sinalização nos corredoresdo hospital e começar o planejamento do serviço de home care - equipemédica e de enfermagem atende o paciente em casa.

    Foto

    : Arq

    uivo

    Pes

    soal

  • 13

    partamento de cirurgia oral daUniversidade de Frankfurt, fezessa espera cair para três meses.Passado esse período, numa mi-crocirurgia é feito o encaixe docicatrizador (parafuso em formade cone que melhora a estética ea forma do dente) e em duas se-manas a pessoa recebe a prótese.

    Para viabilizar a implantaçãoda nova tecnologia, a Faculdadede Odontologia da PUCRS recebeapoio financeiro da Degussa Den-tal, empresa que doou equipa-mentos como brocas, motores efresas especiais necessários pararealizar este tipo de implante.

    O responsável pela coopera-ção científica da PUCRS com aUniversidade de Frankfurt é o pro-fessor Fernando Cauduro. A Fa-culdade de Odontologia oferececursos de mestrado e doutoradoem cirurgia. Dentro do programa,desenvolve a implantodontia jácom este novo sistema, além dosdemais tradicionais.

    Cauduro (à dir. ao lado de Loro),Nentwig e Patrícia Scolleta (Degussa) A Faculdade de Odontologia

    da PUCRS e a Universidade deFrankfurt, na Alemanha, iniciaramuma parceria de cooperação cien-tífica que torna a faculdade umdos dois centros de referência noBrasil no estudo de uma nova tec-nologia de implante dentário .A novidade resolve de forma maisrápida, fácil e barata o problemade pessoas que perdem os dentesprematuramente ou ao longo dosanos. "O convênio também pro-porcionará intercâmbio de profes-sores e alunos de pós-graduaçãocom a instituição alemã", infor-ma o diretor da Odontologia, Ra-phael Loro.

    Na cirurgia tradicional de im-plante dentário, um parafuso compino (em forma hexagonal) de su-porte é colocado no osso. O tem-po necessário à adaptação da es-trutura metálica até a colocaçãoda prótese é de seis meses. A novatécnica, desenvolvida pelo den-tista G.-H Nentwig, chefe do de-

    Utiliza um cilindro com roscasprogressivas que propicia melhor

    cicatrização óssea e facilita oajuste à gengiva

    Odontologiadesenvolve modernatécnica de implante

    FUNCIONÁRIOS DO HSL INAUGURAM SEDE SOCIALA Associação dos Servidores do Hospital São Lucas

    da PUCRS realiza um sonho antigo: a construção da suasede social , com inauguração marcada para 25 de outubro.Localizada em Viamão, será um espaço de lazer e confrater-nização dos funcionários e suas famílias. Quadras deesporte, cancha de bocha, pavilhão com vestiário, cozinha,quiosques com churrasqueiras, praça, playground e umamplo estacionamento ocupam o terreno de três mil metrosquadrados.

    A construção está em fase final. Para viabilizá-la, foramrealizadas rifas e campanhas de doação, com o apoio doHSL, da PUCRS e de empresas conveniadas. A sede tambémpoderá ser alugada pelo público para a realização deeventos. "Será um espaço de lazer que proporcionará aintegração de todo o quadro de funcionários, sócios e não-sócios", afirma Aldacir Oliboni, presidente da associação.

    Rua Senador SalgadoFilho, 3070, parada

    39 (Viamão)

    Foto: Divulgação

  • 1414

    nadas necessidades individuais. “Desejar o de-sempenho dos campeões é uma característicainerente aos seres humanos”, observa Nara Lima,professora da Faculdade de Psicologia e coor-denadora do Grupo de Estudos sobre Psicologiado Esporte da PUCRS. “A sociedade desenvolveum processo de identidade com a vitória, so-bretudo as crianças”.

    Mas é preciso respeitar habilidades e limi-tes, principalmente quando se trata da garota-da. “Os pais e educadores têm papel funda-mental, devem incentivar sem exigir demais”ressalta Nara, lembrando que o desempenho dotenista Guga, do nadador Xuxa ou do jogadorde futebol Ronaldinho Gaúcho, por exemplo,resulta de um treinamento longo e intenso.

    “Cobranças exageradas e grandes decepçõespodem comprometer a vida pessoal, além dedistorcer o sentido de praticar esportes”, ex-plica a psicóloga. Antes de qualquer outra coi-sa, a atividade física deve ser fonte de saúde,satisfação e desenvolvimento pessoal.

    Objetivos, características físicas e psicoló-gicas são importantes na hora de escolher umaatividade esportiva e planejar o tempo parainvestir nela. Os esportes da moda, principal-mente em época de Olimpíadas ou Copa doMundo, nem sempre são adequados a determi-

    Identificação com a vitóriainfluencia escolha do esporte

    Saúd

    e

    Cursoalcançou

    condiçõesmuito boas

    em dois dostrês itens

    Avaliação do MEC destacaFaculdadede Medicina

    Ao analisar a boa posição da Faculdade, seudiretor, Luiz Carlos Bodanese, destacou o empe-nho dos professores em atender as metas daUniversidade, na busca de maior qualificação.

    As Condições de Oferta dos Cursos de Gradu-ação em Medicina, juntamente com o ExameNacional de Cursos (Provão), integram o Siste-ma de Avaliação do Ensino Superior do MECvisando identificar problemas e apontar solu-ções para a melhoria do ensino. Referindo-seespecificamente ao Provão, Bodanese lamentoua atitude de vários alunos da Famed que serecusaram a participar daquela avaliação. “Talfato determinará, certamente, uma situação di-ferente da realidade, com reflexos negativos tam-bém para a Instituição”, diz o diretor.

    A última avaliaçãorealizada pelo Ministérioda Educação (MEC), refe-rente às Condições deOfertas dos Cursos de Gra-duação em Medicina doRio Grande do Sul, no anode 2000, colocou a Fa-culdade de Medicina daPUCRS (Famed) em posi-ção destacada. Segundo

    o Ministério, a Famed alcançou o conceito CMB(condições muito boas) em dois dos três itensavaliados (organização didático-pedagógica einstalações), ficando com os conceitos CB (con-dições boas) quanto ao corpo docente.

    Criançasdesejam

    desempenhodos campeões

  • 15

    Começa o mestradoprofissional emCiências SociaisPós-Graduação

    Teve início, em agosto, o Mestra-do em Ciências Sociais da PUCRS, oprimeiro programa profissional doBrasil na área, recomendado pelaCoordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes).O curso, que focaliza o temaOrganizações e Sociedade , é dire-cionado a quem está inserido no mer-cado e procura aprimorar a sua atua-ção. “Enquanto no mestrado acadê-mico a ênfase é teórica, o ponto departida no profissional é a problemá-tica do dia-a-dia das organizações,tratada de forma multidisciplinar”, ex-plica o coordenador Emil Sobottka.

    Os alunos são de campos distin-tos e o que há em comum é o estudode assuntos vinculados a instituições.Conforme o cientista político FlavioSilveira, um dos professores, o mes-trado segue as novas perspectivas domundo do trabalho: “Os profissionaisprecisam conhecer diferentes especia-lidades e deve haver uma intercone-xão entre as áreas do saber”. É o casode Luiz Ferreira, bacharel em Admi-nistração de Empresas e psicólogo.Ele presta consultoria em Recursos Hu-manos e pretende identificar o perfildesejado pelas empresas. A aluna Vâ-nia Moletta buscará embasamento na

    Sociologia e na Antropologia paraconscientizar as comunidades gaúchassobre o desenvolvimento a partir doTurismo, sua profissão. Na opinião deSilveira, as Ciências Sociais que an-tes estavam à margem, com o papelde análise crítica, assumem a centra-lidade do processo. “A área é relevan-te no desempenho de uma organiza-ção”, salienta.

    A possibilidade de se fazer disci-plinas optativas (um terço do total)em outros programas de pós-gradua-ção dentro e fora da PUCRS é novida-de. Desde o primeiro semestre os alu-nos começam a dissertação. A pesqui-sa é submetida a uma banca compostapelo orientador e dois argüidores, umligado à PUCRS. “Para escolher o se-gundo nome, procuraremos levar emconta a biografia profissional e nãoapenas a titulação acadêmica”, infor-ma o coordenador Sobottka.

    Há a perspectiva de se estabelecerparcerias para o desenvolvimento deprojetos específicos. Por enquanto, oMestrado em Ciências Sociais e a Fa-culdade de Serviço Social entraram emacordo com a Federação Internacionalde Universidades Católicas, uma ONG,para investigar a exclusão social nopaís e as políticas públicas.

    • Local: Prédio 5 -• segundo andar• Telefone: (51) 320-3555• E-mail: [email protected]

    INFORMAÇÕESSOBRE O CURSO

    O tema pode ser visualizadopela figura conhecida como

    panótico. Originalmente,simboliza um estudo sobre a

    prisão realizado por MichelFoucault. No caso do mestradoem Ciências Sociais, o desenhorepresenta a ambigüidade dasinstituições: sua organização

    racional para alcançar objetivosdeterminados e, ao mesmo

    tempo, o exercício de um certocontrole sobre os indivíduos

    A primeiraturma do

    novo curso

  • 16

    Engenharia desenvolveveículo elétrico

    Alunos de Engenharia Mecânica e Mecatrônica da PUCRSpromoveram o III Congresso Nacional de Engenharia deControle e Automação (Conet) no teatro do prédio 40. Naabertura do evento, Ricardo Felizola, diretor-executivo daAltus Sistemas de Informática, falou sobre o futuro daautomação industrial no Brasil.

    Outro assunto que mereceu destaque no Conet foi aaplicação da robótica na área médica. “Ainda não foiprojetado um robô específico para hospitais”, informou opalestrante, Flávio Lorini, professor da Faculdade deEngenharia da UFRGS. Segundo ele, um sistema automatizadotraz melhora na precisão, maior confiabilidade nosdiagnósticos e possibilidade de realização de cirurgias adistância. Durante o congresso também ocorreram minicursos,palestras e uma mesa-redonda sobre as experiênciasprofissionais de engenheiros mecatrônicos da PUCRS.

    ESTUDANTES DISCUTEM CONTROLE E AUTOMAÇÃO

    Alunos da Engenharia promoveram o Conet

    O veículo parece uma motocicleta

    Estrutura deaço na qual

    se montatoda a

    carroceria deveículo

    motorizado

    Tecn

    olog

    ia

    Econômico, baixo custo de manutenção, altorendimento e não-poluente. No futuro, o veí-culo elétrico pode ser uma boa opção de trans-porte. A Faculdade de Engenharia da PUCRSdesenvolve um protótipo de veículo elétricomultimotor. “A idéia é construir um equipa-mento de tração elétrica, que permita estudarrendimento, autonomia e novas técnicas deacionamento”, informa Vicente Canalli, profes-sor do Departamento de Engenharia Elétrica eum dos coordenadores do projeto.

    Protótipos de tração elétrica geralmentesão pesados e caros, estando disponíveis empoucas universidades do país e do mundo,conforme Canalli. A proposta sugere a utili-zação de chassi e caixa de mudanças de umamotocicleta de baixa cilindrada. Na primeirafase do projeto, foi utilizada uma moto àgasolina de dois tempos que sofreu modifi-cações no seu sistema de tração e estrutura.As peças do motor à gasolina, como válvu-las, pistão, volante e bielas foram retiradas.No seu lugar entrou um conjunto de supor-tes para bateria, empregando-se um retifica-dor de alta potência para testes.

    O projeto deve ser concluído até o finaldo ano. Até lá, várias etapas e ajustes de-vem ser seguidos, como carregador de bate-rias, otimização do conversor, sistema de re-generação de energia na frenagem, marcharé, análise de potências e curvas de torque,elaboração do design do equipamento e a re-alização de testes no Campus da PUCRS.

    A execução do veículo contou, na pri-meira fase, com o bolsista de graduação Ri-cardo Dürks, da Mecatrônica, e atualmente,com Cristiano D'Almeida da Rosa, aluno daEngenharia Elétrica, técnicos da EngenhariaMecânica e funcionários da Prefeitura Uni-versitária.

  • 17

    A Agência de Gestão Tecnológica e de Pro-priedade Intelectual da PUCRS (AGTPI) surgiucom a finalidade de servir de interface entre ospesquisadores da Universidade e as empresas. En-tre suas tarefas está a de incentivar o desenvol-vimento de projetos pela PUCRS, reconhecendoas demandas da comunidade externa e obtendorecursos financeiros. Desde a criação do órgão,em outubro de 1999, foram assinados 33 contra-tos de pesquisa e de prestação de serviços. Outrafunção refere-se à questão da propriedade inte-lectual dentro da instituição. Dois processos deregistro de patentes estão em andamento e trêsem tramitação.

    Enquanto os professores e técnicos se envol-vem com a pesquisa propriamente dita, a AGTPIcuida dos trâmites administrativos. “A agênciavem a facilitar a assinatura e a execução doscontratos”, esclarece o diretor do órgão, profes-sor Paulo Franco. Até agora, as iniciativas envol-veram aproximadamente R$ 1,6 milhão que co-brem os custeios dos projetos, os benefícios paraos pesquisadores e suas equipes, as unidadesuniversitárias envolvidas nos estudos e a PUCRS.

    Um exemplo é o Projeto de Uso Inteligente

    Funciona no 3ºandar do prédio30 do Campus,telefone (51)

    320-3565

    O Centro de Ensaios e Qualificação deProdutos Eletroeletrônicos (CQPE), criado porconvênio entre a PUCRS e a Fundação de Ciênciae Tecnologia (Cientec), será uma referência naprestação de serviços à indústriaeletroeletrônica do Brasil e da América Latina. Oacordo prevê a integração de sete laboratórios

    do Labelo (Laboratório Especializado emEletroeletrônica da PUCRS) e três da Cientec, narealização de ensaios de desempenho, segurançae compatibilidade eletromagnética paraprodutos das áreas eletromédica etelecomunicações, eletrodomésticos eferramentas elétricas, entre outros.

    O CQPE permitirá que a demanda do setor sejaatendida por uma única via. “Não existe noBrasil um centro com essa infra-estrutura”,afirma o engenheiro do Labelo Álvaro Thiesen.Para entrar no mercado argentino, por exemplo,produtos eletroeletrônicos precisam seguirnormas de segurança. No Brasil, alguns testesprévios à comercialização são obrigatórios comono caso de fios, cabos, cordões elétricos,plugues, tomadas e interruptores.Laboratórios do Labelo serão utilizados

    PUCRS E CIENTEC CRIAM CENTRO DE REFERÊNCIA EM ELETROELETRÔNICOS

    de Energia, desenvolvido pela Faculdade de Co-municação Social para a AES Sul. “O trabalho daagência traz benefícios à Universidade, em ter-mos de imagem; aos profissionais, em acréscimosalarial; e aos alunos, que ganham experiência esão remunerados com bolsas”, explica a coorde-nadora da iniciativa, Souvenir Dornelles. Profes-sores e alunos de Comunicação Social realizarampesquisas de opinião, boletins informativos econcurso de redação direcionados à comunidadede uma das regiões de atuação da empresa no RioGrande do Sul. “O que fizemos é um retrato doque ocorre no mercado”, resume Souvenir.

    Agênciaestimula projetos entrea Universidade e empresas

    Equipe que desenvolveu projeto para a AES Sul

    Tecn

    olog

    ia

  • 18

    FENÔMENO: UMA TEIACOMPLEXA DE RELAÇÕESJulieta Beatriz RamosDesaulniers (org.)217p.

    O conteúdo desta coletânea detextos gira em torno das palavrasdiscurso - conhecimento - ciência.Os trabalhos apresentados foramproduzidos por estudantes ligadosao Programa de Pós-Graduação emServiço Social da PUCRS, a partirdos conhecimentos acumulados edos conteúdos obtidos em duasdisciplinas, durante 1998:Seminário Temático e TeoriasSociais - do racionalismo ao caos.

    GÊNERO E HISTÓRIA NO ROMANCEPORTUGUÊS - NOVOS SUJEITOS NA

    CENA CONTEMPORÂNEASimone Pereira Schmidt

    215p. - Coleção Memória das Letras 4

    Realizando um cruzamento original e fértil entretextos ficcionais da literatura portuguesa

    contemporânea e textos teóricos clássicos da críticafeminista das décadas de 60 e 90, o trabalho discute

    relações de gênero a partir de sua historicidade. Procuramostrar os espaços textuais e extratextuais em que

    diferentes vozes se articulam e superam asestratificações sociais.

    CONSTRUTIVISMO E ENSINODE CIÊNCIAS - REFLEXÕESEPISTEMOLÓGICAS EMETODOLÓGICASRoque Moraes (org.)230p.

    O livro busca aprofundar leiturase discussões capazes depreparar autores e leitorespara a construção eexplicitação de pressupostosepistemológicos emetodológicos. Os textosfocalizam temasrelacionados à educaçãoem ciências.

    CONSENTIMENTO INFORMADO E ASUA PRÁTICA NA ASSISTÊNCIA EPESQUISA NO BRASILJoaquim ClotetJosé Roberto Goldim (org.)Carlos Fernando Franscisconi130p.

    Os autores, profissionais engajados ematividades de Bioética na PUCRS e na UFRGS,expõem e analisam alguns aspectosrelevantes do consentimento informado, deacordo com o princípio básico do respeitopela pessoas nos seus valores fundamentais.A obra é o resultado da experiênciaacumulada nesta área, nas atividades deensino, pesquisa e assistência durante osúltimos anos.

    FILOSOFIA MEDIEVAL- TEXTOSLuis Alberto De Boni418p. - Coleção Filosofia 110

    A obra tem o objetivodidático de possibilitar aosalunos o contato direto comos textos de alguns dosprincipais pensadoresmedievais. Cada texto vemacompanhado de umapequena biografia do autor,na qual são apontadas, depreferência, suas obras emlíngua portuguesa.

    Lançamentos da EDIPUCRS

    Cinconovos títulos

  • 19

    Itá é a maiorobra em

    andamento naAmérica Latina

    Museu faz consultoriaambiental paraHidrelétricade Itá

    as medidas que podem ser adotadas, sob aforma de programas ambientais.

    Com base nos estudos do MCT, foram elabo-rados vários programas. O de salvamento daflora trabalhou no resgate de sementes e plan-tas, produção de novas mudas e a reposição emhortos e reservas florestais, além de compensaras perdas. O programa sobre a fauna tratou dasformas de resgate, relocação, salvamento e apro-veitamento científico dos animais existentesna área inundada. O de adequação da infra-estrutura de serviços e recomposição das áreasda obra, resultou na construção de uma novacidade de Itá, planejada para oferecer melhori-as à qualidade de vida da população local.

    “Depois de aprovada a implantação, o em-preendedor executou todos os programas pre-vistos, visando a garantir a indenização oureassentamento das famílias desalojadas e com-pensando os danos ambientais causados”, in-forma o diretor do MCT, Jeter Bertoletti. "Entreos vários grandes projetos elaborados pelo MCT,Itá representa um referencial notável de nossacapacitação técnica e científica a serviço dobem-estar comum", conclui Bertoletti.

    A implantação da Usina Hidrelétrica de Itácontou com a consultoria ambiental do Museude Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT). Maiorobra de engenharia em andamento na Américado Sul, terá potência instalada de 1.450 MW,que seriam suficientes para atender mais de umterço do consumo gaúcho. O MCT realizou oslevantamentos de fauna, flora e qualidade daágua, sendo responsável pelo Estudo e Relatóriode Impacto Ambiental. Estes documentos foramnecessários para que o empreendimento rece-besse a licença do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA).

    O trabalho do Museu foi realizado por umaequipe de 98 pesquisadores, das áreas de bio-logia, arqueologia, agronomia, geologia, me-dicina, veterinária, engenharia química, entreoutras, além de estudantes de Biologia e En-genharia Química da Universidade. O estudo eo relatório são documentos de planejamentocom detalhado inventário do ambiente físico,biótico e socioeconômico elaborado antes doinício das obras. Contam ainda com a previsãoe análise dos impactos passíveis de ocorrer e

    Pesquisadores do MCT fizeramum inventário do ambiente

    Localizada no rioUruguai, divisa doRio Grande do Sul

    com Santa Catarina.Quando as

    comportas foramfechadas, em

    dezembro de 1999,começou a formação

    de um lago de 141quilômetros

    quadrados quealagou a área de 11

    municípios dos doisestados. Na fase

    inicial, apenas umdos cinco geradoresestá funcionando eproduz 290 MW deenergia, capaz de

    abastecer umacidade com mais de900 mil habitantes.A previsão é de que

    até maio de 2001todas as turbinas

    estejam emfuncionamento

    Ecologia

    FotoImagem – (47)4252049

  • 20

    Eleitor é levado pelaimagem docandidato

    Entrevista

    FLAVIO EDUARDO SILVEIRA

    Às vésperas das eleiçõesmunicipais para eleger oprefeito e os vereadores doséculo 21, a revista PUCRSInformação foi conversar comum especialista sobrecomportamento eleitoral. Autordo livro A decisão do voto noBrasil, Flavio Eduardo Silveira édoutor em Sociologia, professorda graduação e do pós-graduação de Ciências Sociais eCiência Política da Faculdade deFilosofia e Ciências Humanas daPUCRS e sócio-diretor doInstituto de Pesquisa META, noqual coordena projetos depesquisa nas áreas eleitoral,comportamental emercadológica. Em tempos depoder da mídia e do marketingpolítico, Silveira observa aformação de um eleitormoderno: um novo eleitor não-racional, que decide seu votonão pela razão, mas pelo gosto.

    sam simbolicamente as intenções doscandidatos – são muito valorizados.

    A classe social interfere na prefe-rência eleitoral?

    A inserção social tem pouca influên-cia no voto. Nota-se numa mesma faixade renda uma distribuição de preferên-cia por diferentes candidatos. Não exis-te a relação de classes mais pobres vo-tarem nos partidos de esquerda e osmais ricos nos de direita, porque os elei-tores não pensam em política dessemodo. As pessoas se vêem como indiví-duos num universo fragmentado, e nãocomo membros de uma comunidade oude uma classe. Decidem por percepçõesindividuais como gosto e caráter moral.

    Que dimensão a mídia ocupa hojenas campanhas?

    Embora os candidatos ainda façamcomícios e corpo-a-corpo com o eleitor,a importância desses contatos pessoaisdiminuiu muito, sendo substituídos pelamídia eletrônica. A televisão é o princi-pal instrumento para os candidatos con-quistarem eleitores. A crescente influên-cia da mídia fortaleceu a relação diretaentre candidato e eleitor, enfraquecen-do a influência das burocracias partidá-rias e antigas formas de aliciamento elei-toral, como o clientelismo. Muitos atése aproveitam de uma forma oportunis-ta de “favores” de um candidato, masnão votam nele. As pesquisas deixamclaro que os cidadãos têm o seu votocomo uma posse, uma forma de expres-são de sua identidade. Assim como apessoa sente prazer em dizer que é gre-mista ou colorado, também o sente emvotar segundo a sua vontade.

    Como o eleitor brasileiro decideem quem votar?

    Cerca de 50% da população se ba-seia na imagem dos candidatos (comoele é percebido em relação à sua con-duta), na sua capacidade de sensibili-zação (gerar empatia com o eleitor) e

    na percepção de seusvalores (com a obser-vação do modo comoele se porta). O fatorpartidário motiva, nomáximo, 5% dos elei-tores. Simpatizar comum partido não sig-nifica votar em fun-ção dessa preferência.

    O nível de esco-laridade do eleitorinfluencia na sua es-colha?

    De modo geral,quanto maior for o ní-vel de escolaridade,mais informações te-rão os eleitores. Pes-soas menos escolari-zadas, que apreendemos significados domundo político demaneira mais prática,valem-se de um co-nhecimento intuitivo,de uma percepçãoimediata dos fatos, deum juízo de gosto. Aimagem e os chama-dos fatos simbólicos– ações de grandeefeito e repercussãopública que conden-

  • “Aspesquisasfortalecemos maisfortes”

    “Cerca de 30%dos eleitoresdecidem seuvoto próximodas eleições”

    “Metade dapopulaçãodecide seuvoto com basena imagem docandidato”

    “O marketing e a TV sãoapenas instrumentos. Àsvezes são manipulados,mas também podem serusados como uma formade conquista legítima”

    As pesquisas influenciam a opi-nião do eleitor?

    As pesquisas fortalecem os mais for-tes. O correto seria divulgar não só aintenção de voto, mas também outrosfatores importantes para a decisão elei-toral. As pesquisas também influenciamindiretamente, quando levantam dadosnão divulgados mas utilizados pelos can-didatos para definir suas estratégias nadisputa.

    Eleitores indecisos podem ser con-quistados de última hora?

    Cerca de 30% dos eleitores decidemseu voto próximo das eleições. Por isso,tudo o que acontece durante as cam-panhas é muito importante, assim comoa capacidade de persuasão dos candi-datos.

    Pode-se generalizar o modo de es-colha do voto em todo o país ou noRio Grande do Sul é diferente?

    Características comuns nos permitempensar no perfil do eleitor em nível na-cional. Mas existem diferenças culturaisque influenciam. Por exemplo, uma per-gunta freqüente em pesquisas é se vocêprefere um candidato que rouba mas fazou que é honesto e não tão bom admi-nistrador. Em São Paulo verifica-se umamaior aceitação ao “rouba mas faz”, en-quanto no Rio Grande do Sul não.

    O marketing político é capaz defazer uma campanha vitoriosa?

    A política é cada vez mais um espe-táculo: um conjunto depessoas que assistemcomo espectadores e ou-tras que fazem o jogo

    político acontecer, no grande cenárioda mídia. O agir político é dramatúrgi-co e tem melhores resultados aquelesque sabem lidar com isso. Um exemploé o Collor. A estratégia de marketingtambém conta, quando o candidato sabeo que a população quer e busca agirconforme as expectativas dominantes.Mas não devemos condenar o marketinge a TV, que são apenas instrumentos.Podem ser manipulados, mas tambémpodem ser usados como uma forma deconquista legítima.

    Os eleitores conseguem perceberquando estão sendo manipulados?

    Os eleitores têm capacidade de ob-servação e intuição. Quando captam asimagens dos candidatos na mídia, pro-curam perceber autenticidade. Ninguémconsegue ser falso o tempo todo. Há orisco de as pessoasperceberem, mes-mo que poste-riormente, e ocandidato per-der a credibi-lidade.

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    por ANA PAULA ACAUAN

    Gent

    eInstrumentospara tocar a vidacom emoção

    Constantino épianista daNew Band

    gia. Durante muito tempo combinou a con-dução de corais e orquestras com o trabalhode professor e diretor financeiro de banco ede companhia de seguros. Segundo ele, le-cionar e fazer música têm pontos em co-mum: “Ambos comunicam com a alma, im-

    pulsionando o enrique-cimento humano”. Commais de 100 apresenta-ções de ópera e 500 con-certos na PUCRS, recor-da inesquecíveis mo-mentos de reconheci-mento do público. “Des-sa forma sinto-me vivo”,diz o maestro, que tam-bém é autor de váriascomposições.

    Outro rumo tomou Luiz Antonio de As-sis Brasil, 55, renomado escritor, professordo Curso de Pós-Graduação em Letras e mi-nistrante da Oficina de Criação Literária daPUCRS. Depois de integrar, por 15 anos, aOrquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA)como violoncelista, resolveu desligar-se.“Percebi que na OSPA eu seria músico deestante por toda a vida”, explica. Se exer-cesse a arte como amador, estaria insatis-feito com os resultados. Descobriu que se-ria mais fiel à sua vocação como escritor.

    O pulsar do coração e o ato de respirarlembram a música. Além destes ritmos na-turais da vida, alguns professores da PUCRSusam instrumentos sonoros para transmitiremoção, conhecer novos amigos e expres-sar seu talento. Uns driblam a falta de tem-po e levam a atividadecomo hobby ou profissão.Outros desistiram de seguircom as duas (ou mais) fa-cetas, mas continuam fir-mes na sua paixão, pelomenos como ouvintes.

    Na PUCRS, música lem-bra o maestro Frederico Ger-

    ling Junior, 75anos. A vindapara a Universi-dade, em junho de 1972, foi ummarco na sua trajetória, quandoele deixou o Rio de Janeiro parase dedicar exclusivamente à re-gência. Em 1973 começou a atu-ar como diretor do Instituto deCultura Musical e regente do Co-ral e Orquestra da Instituição.“Foi a melhor coisa que me acon-teceu”, enfatiza.

    Gerling Junior formou-se emCiências Econômicas e Pedago-

    Foto: Arquivo Pessoal

    Gerling Juniorregeu mais de500 concertos

    na PUCRS

    "Lecionar e fazermúsica comunicamcom a alma eimpulsionam oenriquecimentohumano" (FredericoGerling Junior)

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    “Com a literatura eu poderia ser solista”.Assis Brasil acredita estar mais próximo daarte agora. “É possível que eu não tenhamais contato com o meu instrumento, masa música me é tão necessária quanto o arque respiro".

    Também fez essa opção Ricardo Aronne,32, professor da Faculdade de Direito. “Hojefunciona como um espaço de convívio comos amigos ou de solidão, no contato comigomesmo”, afirma. Aronne tocou guitarra, vio-lão e contrabaixo em várias bandas e parouem 1992 por considerar que estava se des-virtuando da sua proposta, como músico deestúdio. “Quero crer que a minha contribui-ção no Direito seja melhor”, revela.

    Seu colega na Faculdade e pianista daNew Band, Lúcio Santoro de Constantino,34, acha que a profissão o impulsiona paraa música e vice-versa. Durante uma déca-da, por exemplo, foi presidente e tesourei-ro do Sindicato dos Músicos do Rio Grandedo Sul. Em suas constantes viagens, Con-stantino passa por situações curiosas. Aos20 anos, no Rio de Janeiro, trocou o paga-mento num restaurante por uma apresenta-ção ao piano. Tentou o mesmo na Itália,em Nápoles. Ficou até à madrugada e, nasaída, teve que desembolsar. “Trata-se deuma linguagem universal. Independente-mente do idioma, empolga e reúne as pes-soas”, opina.

    Em vez de bares, igrejas. Marcelo Vi-centini, 34, organista titular da Igreja SãoPedro, em Porto Alegre, já tocou na Basí-lica de São Pedro, no Vaticano, e na Cate-dral de Saint Patrick, em Nova York. Do-cente do Direito, cursa Bacharelado emMúsica na UFRGS. Vicentini orgulha-se deter participado de mais de mil casamen-tos. “Sinto-me tão importante quanto opadre”. Apesar da experiência, ainda se im-pressiona com a diversidade de sons queo órgão emite. “Existe um número limita-do do instrumento e de músicos especiali-zados em tocá-lo. Quero conscientizar so-bre a sua importância", afirma.

    Bem mais popular, Roberto Carlos es-teve pela primeira vez na capital gaúchaem 21 de dezembro de 1964. O dia élembrado pelo professor da Fa-culdade de Comunicação Social(Famecos) Sérgio Stosch, 54. Elefazia parte da banda The Dazz-les, cover dos Beatles, que acom-panhou o cantor da Jovem Guar-da em O Calhambeque. Na épocacomeçava a realizar o que maisgosta: tocar e atuar em rádio.Stosch passou por várias emis-soras e conjuntos, no piano, con-trabaixo, guitarra e teclado, eintegra Os Animais desde 1989.

    Outra geração, a dos jovens da décadade 80, acompanhou o surgimento de Os Re-plicantes, que inauguraram um novo estilono Rio Grande do Sul - o punk-rock. O quecomeçou numa reunião de amigos na gara-gem da casa de Carlos Gerbase, 41, da Fame-cos, causou uma forte reação. “Queríamosapenas nos divertir”, conta Gerbase, bate-rista no início e vocalista a partir de1991. Atualmente o grupo conti-nua fazendo shows dentro efora do Estado, preocupadocom a própria estética.“Não temos compro-misso de fazer suces-so a qualquer preço”,diz o jornalista e ci-neasta, que lançará em bre-ve o filme Tolerância, do qualé inclusive diretor musical.

    "A música é umalinguagem universal.Independentementedo idioma, empolgae reúne as pessoas"(Lúcio Santoro deConstantino)

    Vicentini tocaórgão em

    igrejas

    Assis Brasil foivioloncelistada OSPA

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    uma revista na Internet, atualizadaquinzenalmente de modo que todos osalunos pudessem ter acesso. Mauro daRosa, um dos acadêmicos, é webdesignere elaborou a www.direitopuc.com.br.

    Quando o site foi ao ar, estudantes,professores e profissionais da áreapassaram a enviar material para publicar,mostrando terem aprovado a idéia."Percebemos que tínhamos montado umnegócio promissor e que o trabalhoestava apenas começando", diz JerônimoRoveda, um dos 12 estudantes do 7ºsemestre envolvidos na execução darevista on line.

    A Direito PUCRS dispõe ainda dechat, cadastro de e-mails e um fórum dediscussão que possibilita aos internautastrocarem informações compersonalidades do mundo jurídico.

    Agendar matérias de aula, datas deprovas, trabalhos e eventos queinteressassem à turma 489 do curso deDireito da PUCRS foi o objetivo inicial.Cada colega colaborou para ser elaborada

    CURSO DE DIREITO NA WEB

    24

    apenas uma idéia, foi preciso se preocuparcom os produtos e com a montagem dahomepage. Daniel Valler era proprietário deum minimercado, o que facilitou nocontato com fornecedores, e uma empresafoi contratada para elaborar o site.

    Eles investiram dinheiro, tempo eesforço. "Quando vemos na mídia jovensque colocam empresas na Internet e ficamricos, parece muito fácil. Mas nósencontramos muitas portas fechadas epassamos por desafios psicológicos efísicos. É preciso ter autoconfiança e forçade vontade para arriscar e não desistir",afirma Leandro Pereira. Hoje owww.superdarede.com.br tem sociedadecom a loja de conveniências General Storee mais de 400 clientes cadastrados.

    Os alunos de Administração deEmpresas da PUCRS Leandro Pinto Pereira,Daniel Valler e Gustavo Vauthier fazemparte da nova geração de jovense-comerciantes, que apostam em"negócios virtuais" e estão conquistandoconsumidores reais. Os estudantescolocaram em prática o projeto de umsupermercado com vendas pela Internet,feito para a disciplina de Introdução àMicroinformática, e criaram oSuperdarede.

    As teorias estudadas no cursoajudaram a realizar um levantamento dedados sobre o mercado on line e a colocarna ponta do lápis a contabilidade e oscustos do empreendimento. Depois depesquisar a viabilidade do que era então

    Alunos da PUCRS

    Valler (esq.),Pereira

    e Vauthier sãoe-comerciantes

    Comissãoresponsável

    pelo site

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    A RBS TV, canal 12 de Porto Alegre, exibiu em agosto ofilme Fora de Controle, produzido pelos alunos de Curso deEspecialização em Produção Cinematográfica da Famecos. Ofilme também foi apresentado no 28º Festival de Cinema deGramado, na Mostra Internacional de Cinema de São Pauloe na Quinta Cinematográfica, realizada no Bar Ocidente, emPorto Alegre.

    FILME REALIZADO PELAFAMECOS RECEBE DESTAQUE

    As estações Cristo Redentor e Lindóia, daLinha 2 da Trensurb - que será construída dasavenidas Assis Brasil até Azenha, em PortoAlegre - ganharam vida em miniatura namostra Arquitetura do Metrô de Porto Alegre. Aexposição, uma parceria entre Ministério dosTransportes – Trensurb, PUCRS e UFRGS, contoucom nove projetos arquitetônicos de alunos dadisciplina Projeto de Edificações IV daFaculdade de Arquitetura da PUCRS.

    A mostra é itinerante. Esteve no LindóiaShopping e será realizada, em outubro, naCâmara Municipal de Porto Alegre e no MercadoPúblico.

    ALUNOS ARQUITETAMESTAÇÕES DA TRENSURB

    A sexta edição do Festival de Talentos da PUCRS reuniu 32bandas de alunos – a maior participação registrada. As bandasanimaram o público, que lotou o auditório do prédio 9 durante ostrês dias de apresentações. Os ritmos das composições covers epróprias foram os mais variados, do heavy metal ao pagode. Oevento foi promovido pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários.

    Estudantes de Arquitetura da PUCRSajudaram os moradores da Comunidade dosAnjos – vila do bairro Santa Cecília, em PortoAlegre – a visualizar suas residências.A construção de um conjunto habitacional foiconquistada no Orçamento Participativo, mas as60 famílias beneficiadas não entendiam, pelosprojetos, como seria o condomínio pronto.

    O professor Marcos Pereira Diligenti, daFaculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidade, propôs exercitar uma atividade dadisciplina de Maquete e Fotografia, do 3ºsemestre, construindo uma maquete da obra.

    Segundo o presidente da Associação deMoradores, João Alberto Souza, o trabalho ajudouas famílias a fazerem planos para seus futuroslares. “Com a maquete tivemos noção do espaçodas peças. Alguns pensavam em dividir umdormitório em dois, mas o tamanho erainsuficiente para isso.”

    MAQUETES AUXILIAMMORADORES DE VILA

    BANDA QUEDALIVRE GANHA PRÊMIO

    A música faz parte da vida de Murilo Juchem, aluno deMestrado em Computação da PUCRS, desde seus 11 anos de idade.Hoje, aos 23, o estudante é uma espécie de curinga da bandaQueda Livre, de Venâncio Aires, atuando no vocal, teclado eguitarra base. A Queda Livre conquistou este ano o título decampeã no Concurso de Bandas Fenachim 2000, realizadonaquele município.

    O grupo se formou em 1991, nas horas de lazer de Murilo e seusamigos de colégio. Com o tempo, a equipe modificou-se e aatividade, que era brincadeira, se aperfeiçoou. “Meusconhecimentos em informática ajudam na composição musical,que é feita com o auxílio do computador”, diz Murilo. Paraconhecer melhor o grupo, visite o sitewww.quedalivre.homepage.com.

    FESTIVAL REVELATALENTOS MUSICAIS

  • 26

    UM JORNAL PARAA VILA FÁTIMA

    os moradores da vila queriam dizer, ajudamosa identificarem seus problemas e a buscarauxílio”, observa. Alex Trindade, integrante daAssociação de Amigos da Vila Fátima, diz que ainiciativa foi bem aceita pela comunidade. “Omural facilitou o contato entre os moradores,pois a associação não conseguia estar emtodos os lares”.

    O trabalho foi incorporado à disciplina deRedação Jornalística II, ministrada pelosprofessores Bete Duarte e Luciano Klöckner, edeve tornar-se mensal. “Temos a ambição deestender a atividade para outras vilas e fazerum trabalho multimídia, integrando nossosalunos com os de foto e radiojornalismo ecolocando o jornal também na Internet”,anuncia Bete.

    A segunda edição, de agosto deste ano, foiem dose dupla para comemorar os 20 anos dotrabalho da PUCRS na Vila Fátima. Os alunos deuma escola da localidade sugeriram pautas eatuaram como repórteres de um segundo mural.Eles tiveram a oportunidade de aprender umpouco de Jornalismo, comparando seu trabalhoao dos acadêmicos.

    A professora da Famecos Bete Duarte propôsaos seus alunos de Redação do quinto semestreaprender Jornalismo na vida real. A idéiaresultou num projeto comunitário: registrar asdificuldades e conquistas da Vila NossaSenhora de Fátima e expor o trabalho nospostos de saúde, igrejas e mercados. A equipeelaborou um jornal mural.

    O primeiro número teve a participação de15 estudantes e foi afixado em 50 pontos. Naavaliação da aluna Estela Facchin, a atividadedemonstrou aos futuros jornalistas a funçãosocial da profissão. “Ao colocar no papel o que

    Alun

    os d

    a PU

    CRS

    A Companhia de Processamento de Dadosdo Rio Grande do Sul (Procergs) implantou esteano um novo Sistema de Comunicação Interna.Boletins digitais e impressosdivulgam decisões da diretoria,eventos, questõesoperacionais e iniciativasdos diversos setores dacompanhia. O processo foibaseado numa atividadeda disciplina de ProjetoExperimental, 8º semestrede Relações Públicas (RP)da PUCRS, desenvolvidopelas alunas - hoje recém-formadas - Daniela Tesche,Gabriele Arizio, Juliana Merker eCristina Fernandez.

    A professora Marisa de Carvalho Soaresorientou a equipe. Durante dois meses, elasrealizaram visitas semanais à empresa para

    coletar informações e conversar comrepresentantes de departamentos. “Osfuncionários sentiam falta de organizar a

    comunicação interna, que muitas vezesse dava em forma de boatos. Duas

    divisões chegavam a planejarprojetos parecidos, sem ter

    conhecimento um do outro",diz Juliana.

    A diretoria da Procergsadequou a proposta econvidou as estudantes paraconhecerem o resultado final.Para Patricia Pessi, assessora

    de comunicação da Procergs eque supervisionou o trabalho -

    com a colaboração da estagiária daempresa e também aluna de RP da

    Famecos, Loimar Vianna – foi importantecontar com uma visão de fora da companhia.“Hoje já observamos resultados positivos”.

    PROJETO DE ALUNAS DE RP MELHORACOMUNICAÇÃO DA PROCERGS

  • 27

    A secretaria da Faculdade deCiências Aeronáuticas funciona nasala 104 do prédio 10 do CampusCentral da PUCRS. Sitewww.pucrs.br/faca.Telefone (51) 320-3542.E-mail: [email protected]

    uma formação com qualidadediferenciada, porque trazem para o cursoo conhecimento e a experiência de cadauma das entidades conveniadas.

    Para um bom desempenho acadêmicoe profissional é importante umentrosamento com as novas tecnologias(aeronaves equipadas com modernossistemas) e com línguas estrangeiras -principalmente a inglesa. O sucessoprofissional também depende deequilíbrio emocional, de harmonia detrabalho em equipe e com os passageiros,bem como de atualização deconhecimentos.

    No Brasil, a profissão de piloto delinha aérea e de instrutor de vôo aindanão exige diploma universitário, mas ocurso abre as portas para o mercado detrabalho. Os formados podem atuar emtáxis aéreos, na aviação executiva ecomercial como pilotos ou em postosadministrativos. A carreira é promissora.O salário médio para iniciantes está emtorno de R$ 1.700 e para profissionaisexperientes ultrapassa R$ 12 mil.

    INFORMAÇÕES

    Mer

    cado

    de

    Trab

    alho

    A Faculdade de Ciências Aeronáuticasda PUCRS tem o único curso de formaçãode pilotos de linha aérea e de instrutoresde vôo (avião) reconhecido peloMinistério da Educação e homologadopelo Departamento de Aviação Civil(DAC). Implantar o bacharelado compioneirismo na América do Sul resultoude uma proposta de parceria com a Varig,que visava aprimorar a formação de seusfuncionários. A PUCRS aceitou o desafio einiciou o curso, em 1994.

    Os requisitos para a matrícula nocurso de Ciências Aeronáuticas, além daclassificação no vestibular, sãoapresentação da licença de piloto privadode avião e certificado de saúde deprimeira classe, emitidos pelo Ministérioda Aeronáutica, além de ser reservista.

    O curso dura três anos (2.640 horas-aula). Os alunos estudam, em aulasteóricas e práticas, disciplinas gerais(Sociologia, Física, Matemática, Filosofia,entre outras), técnicas (pilotagem dejato, teoria de vôo, peso ebalanceamento de aeronaves,meteorologia aeronáutica) e gerenciais(administração e planejamento detransporte aéreo, estrutura de operaçõese segurança de vôo, emergência esobrevivência).

    A Faculdade tem modernoslaboratórios e simuladores de vôo emantém convênios com importantesinstituições de aviação nacionais einternacionais (Aeroclubes do RGS e deSão Leopoldo, DAC, AeronauticalUniversity, entre outras) que asseguram

    Em tempo deglobalização eevoluçõestecnológicas,agilidade ecompetitividadesão vitais para asempresas detransporte aéreo. Voaré muito mais do quearte: é conhecimento,gerenciamentoe técnica

    Aer

    onáu

    tica

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    as

    PILOTOS DE AVIÃOTÊM CARREIRA PROMISSORA

  • 28

    Edgar Moriné Doutor Honoris Causa

    28

    Cultura por ANA PAULA ACAUAN

    Um dos grandes pensadores mundiaisdo final do século, o francês Edgar Morinrecebeu, no dia 1º de setembro, o títulode Doutor Honoris Causa pela PUCRS.A distinção foi concedida durante sessãodo Conselho Universitário. Morin não es-condeu a emoção, cantou o hino nacionalda França e reforçou a sua cruzada poruma reforma do pensamento baseada numavisão complexa da realidade. “É um mo-mento de honra, amizade e alegria”, co-mentou, desculpando-se por falar numa lín-gua bastarda, uma mistura de portuguêscom fritanhol (francês, italiano e espanhol).

    Graduado em História, Geografia e Di-reito, Morin interessou-se em entender osproblemas fundamentais da condição hu-mana e passou a se dedicar à Filosofia, àSociologia e à Epistemologia, constituin-do-se num pensador transdisciplinar. Au-tor de mais de 30 obras, entre elas osquatro volumes de O Método, Terra-Pátria,Ciência com consciência e Para sair do sé-culo XX, ele atraiu um público de váriasáreas para a sua homenagem pela manhã

    e, à noite, lotou

    o teatro do prédio 40, quando proferiu aAula Magna da Faculdade de ComunicaçãoSocial.

    Na oportunidade, abordou o que cha-ma de duas globalizações (uma de domi-nação e outra que incentiva manifesta-ções de cidadania planetária), a crise daciência e a necessidade de maior compre-ensão no mundo atual. Aplaudido quasesem cessar no final, clamou pela resistên-cia a uma vida utilitária, abrindo espaço àbusca poética, ou seja, ao amor, à paixãoe ao prazer.

    Aos 79 anos, Edgar Morin demonstrouvitalidade e simpatia nos dias movimenta-dos em que esteve em Porto Alegre. Alémdos compromissos na Universidade, conce-deu entrevistas e distribuiu autógrafos.O Doutor Honoris Causa também recebeu areportagem da revista PUCRS Informação.

    O senhor fala que a universidade éuma escola de luto. Como a vida podeprevalecer?

    A situação como um todo deve mudar.A universidade é uma escola de luto por-que é formada por equipes especializadasque trabalham com um fragmento do sa-ber. Ao se buscar um pedacinho das coi-

    sas, abandona-se as aspirações funda-mentais do conhecimento. É precisoque haja uma reforma no ensino ba-seada não apenas nas disciplinas,mas na questão do cosmos, davida e da humanidade.

    O ambiente universitário épropício para formar pessoas quedêem conta de problemas tão am-plos?

    O estudante deve buscar não sóno seu curso, mas em vários outros

    e em leituras pessoais, o seu próprioconhecimento. Ele necessita de au-

    tonomia, de não obedecer to-

    Conselho Universitárioaprovou, por

    unanimidade,a distinção

    Diretor emérito depesquisas do Centre

    National de la RechercheScientifique da França e

    diretor emérito do CentroEstudos Transdisciplinares

    – Sociologia, Antropologia,Comunicação, ligado à

    Escola de Altos Estudos emCiências Sociais de Paris

    O título é concedido apersonalidades ilustresque se distinguem pelo

    notório saber e pelaexpressiva contribuiçãoao desenvolvimento do

    conhecimento embenefício dahumanidade

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    talmente às categorias. A universidade nãodeve oferecer unicamente uma formaçãoprofissional especializada, mas tambémpreparar para os desafios da vida.

    A verdade absoluta é uma impossi-bilidade?

    Não há uma verdade fundamental ab-soluta na ciência. Há na religião, para osque crêem. Até agora as questões funda-mentais continuam sem esclarecimento enão se pode dizer que um dia encontrare-mos a verdade última sobre a vida.

    Existe uma força onisciente criado-ra do universo?

    Tradicionalmente, concebe-se um Deuscriador do mundo exterior a ele. Pensocomo Espinosa: a força de criação vem domundo. O que há é um grande mistério,um poder de criatividade e de destruição.Parece-me que a divindade é uma formade chamar o desconhecido usando um ape-lido preciso.

    Segundo sua concepção, devemosbuscar um mundo melhor e não o me-lhor dos mundos. Caminhamos em di-reção a essa perspectiva?

    Caminhamos para um mundo pior, emalguns casos. Melhor, em outros. Se hou-ver mais consciência e uma mudança dementalidade, podemos ajudar na formaçãode um mundo melhor.

    No dia 22 de setembro, a PUCRS também concederá o título de Doutor Honoris Causaa Otfried Höffe, 57 anos, um dos expoentes da Filosofia alemã contemporânea. Professorda Universidade de Tübingen, Höffe aborda temas ligados à Ética e Filosofia Política e éuma referência para os estudiosos de Aristóteles e Kant. Suas obras são encontradas emmais de 10 idiomas, inclusive em português. O seu principal livro, Justiça Política, foitraduzido por Ernildo Stein, professor da PUCRS.

    O PRÓXIMO HOMENAGEADO O pensadorfrancês defendeuma visãocomplexa darealidade

    PENSAR A VIDA,VIVER O PENSAMENTO (*)

    Juremir Machado da SilvaProfessor da Faculdade de Comunicação Social

    Morin é meu mestre. Mestre na arte de fazer caminhos aocaminhar, pensador da complexidade, do imaginário, da com-preensão e de uma sociologia do cotidiano e do presente. Aparte está no todo, assim como o todo está na parte. EdgarMorin é formado na tradição complexa de B. Pascal. Para ele, avida está no pensamento que pensa a vida.

    Resistente ao invasor nazista, opositor de primeira hora aoestalinismo, humanista por excelência, Morin aprendeu cedo,lendo A. Rimbaud, que o “eu é um outro”. Sem ressentimento,sem lições a dar, tece junto com outros uma leitura sensível,capaz de acender lâmpadas serenas onde alguns só enxergam osfogos da tempestade. Caminhante pelos caminhos do conheci-mento, em busca, como certos gigantes, da “morada do ser”,descobriu que o fundamental está na reforma do fazer científico.

    Ao ler a sua obra, não é possível deixar de pensar em versosde T. S. Elliot: “O tempo presente e o tempo passado/Estãoambos talvez presentes no tempo futuro”. Morin, com certeza,já está inscrito no futuro da nossa instituição.

    *Trecho extraído do discurso em homenagem a EdgarMorin

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    O Centro de Memória Literária do Curso dePós-Graduação em Letras da PUCRS trouxe à Uni-versidade um pouco da vida de um dos maiorespoetas brasileiros. O Acervo Literário do escri-tor gaúcho Mario Quintana – que nasceu emAlegrete, mas espalhou para além do Brasil suapoesia falando das coisas simples da vida – de-verá ser inaugurado oficialmente em outubro,no terceiro andar do prédio 8 do Campus.

    Cerca de um terço do acervo total - hojedividido entre a Casa de Cultura Mario Quintana,a PUCRS e a residência da sobrinha do poeta,Elena Quintana – já está na Universidade. Sãolivros (incluindo 12 primeiras edições doadaspelo bibliófilo Waldemar Torres), objetos pesso-ais, recortes de jornais, correspondências emiti-das e recebidas, material audiovisual como gra-vações em discos, vídeo e fitas cassetes.

    De acordo com o pesquisador responsávelpelo acervo, Eduardo Dall'Alba, doutor em Lite-ratura Brasileira, o objetivo é trazer todo omaterial para o Campus, inclusive as roupas eos móveis de Mario Quintana. “Reunido numúnico local, o material será melhor conservadoe proporcionará acesso mais fácil a estudio-sos”, observa Dall'Alba.

    O Acervo na PUCRS estará em fase de cata-logação até meados do próximo ano, quandoserá aberto para pesquisas. Pessoas que te-nham autógrafos, fotos e cartas podem enviarfac-símiles (xerox), que serão registrados como nome do colaborador. O material deve serencaminhado aos cuidados de Eduardo Dall'Albapara a sala 429 do prédio 8 – Centro deMemória Literária, que tem coordenação da pro-fessora Maria da Glória Bordini.

    A PUCRS colabora com o Memorial do RioGrande do Sul na sua missão de preservar ahistória e a cultura gaúcha. A participação daUniversidade se dá por meio do Centro deMemória Literária, da Faculdade de Letras, queemprestou, temporariamente, materialdocumental do Acervo Literário Erico Verissimo

    para exposição em vitrine. Originais, livros, fotoe uma garrucha do acervo do escritor ficarão noMemorial pelo menos até o final deste ano.Inaugurado em Porto Alegre pela SecretariaEstadual da Cultura, o Memorial resgata umpouco da trajetória de grandes personagens docenário artístico, político e social do Estado.

    ERICO VERISSIMO NO MEMORIAL

    Um terço do material está na Universidade Objetos do escritor na Casa de Cultura

    Cult

    ura

    PUCRS organizaAcervo Literário deMarioQuintana

  • 31

    Wilson Moreira Dutra Júnior, professor da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomiado Campus II, em Uruguaiana, recebeu o Prêmio Serrana Nutrição Animal com o trabalhoPredição de curvas de crescimento de tecidos de suínos por intermédio da função alométricaestendida. A distinção foi entregue durante a 37ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira deZootecnia, realizada em Viçosa, Minas Gerais. O estudo é inédito no Brasil e faz parte da tesede doutorado do professor sobre a Avaliação de carcaças de suínos pela técnica de ultra-sonografia em tempo real.

    ZOOTECNIA RECEBE PRÊMIO

    Proteínas artificiais obtidaspor processos industriais com

    a utilização de ingredientesnaturais. Aumentam a

    digestibilidade de nutrientesespecíficos das matérias-

    primas ou da ração

    Cam

    pus

    II

    Professores da Faculdade de Zootecnia, Ve-terinária e Agronomia (FZVA) do Campus IIda PUCRS desenvolvem pesquisas que contri-buem para o desenvolvimento do setor pri-mário da região da Fronteira Oeste do Esta-do. A avaliação genética de reprodutores ovi-nos foi conduzida durante o 5º Teste Centra-lizado de Desempenho de Cordeiros Tipo Car-ne, realizado pela Universidade em convêniocom a Associação Brasileira de Criadores deOvinos e a Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária. Outro estudo de destaque refe-re-se à utilização de resíduos da lavoura dearroz em rações para frangos de corte.

    O teste que identificou os reprodutoresovinos com maior potencial genético paraproduzir carne de qualidade com rentabilida-de ocorreu em Bagé. Os professoresWilson Moreira Dutra Júnior e Mário Hamil-ton Vilela Filho mediram a composiçãocorporal dos animais pela técnica de ultra-sonografia em tempo real , comparando os

    cordeiros das raças Hampshire Down, Île deFrance, Suffolk e Texel (provenientes de dife-rentes origens e mantidas no mesmo ambien-te de criação). O próximo passo é a forma-ção de um banco de dados sobre os resulta-dos e a coleta do sêmen dos animais vence-dores para melhorar a produtividade dos ovi-nos tipo carne criados no Brasil.

    O Campus II também investiga alternati-vas para aumentar a produção de frangos decorte na região com a redução dos custos dealimentação, que chegam a 70% do total."Buscamos integrar o binômio lavoura-pecu-ária, incentivando a agroindústria e aumen-tando a renda e a ocupação da população",explica o professor Wilson Dutra, criador doexperimento. O estudo integra uma n