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ERMESINDE N.º 896 ANO LII/LIV 30 de setembro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE MAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE BASQUETEBOL XIII Torneio Internacional do CPN (camadas jovens feminino) DESPORTO “A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” online no facebook e no google+ ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE Continua a dança das cadeiras Pág. 3 Associações de Campo contra extinção da freguesia Pág. 6 Nuno Crato na inauguração da escola EBJI do Mirante de Sonhos Pág. 7 I Jornadas dos Caminhos de Santiago Pág. 8 XXI edição do MagicValongo Pág. 9 Acampamento do Terra Viva contesta mini-hídrica do Alto do Castelo Pág. 11 Depois de um interminável tempo de espera que permitis- se quantificar as vantagens trazidas por um PAEL que nun- ca mais chegava, redigir uma proposta mais de acordo com a realidade e contrair •um em- préstimo em condições menos gravosas do que as da banca, a CMV apresentou e viu finalmen- te aprovado o Plano de Ajusta- mento Financeiro e o Orçamen- to. Surpreendentemente o PS recusou votar os documentos. DESTAQUE Orçamento finalmente apresentado (e aprovado! FOTO URSULA ZANGGER Orçamento finalmente apresentado (e aprovado!

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 1

ERMESINDEN.º 896 • ANO LII/LIV 30 de setembro de 2012 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

A VOZ DEA VOZ DEERMESINDEMAIS DE 50 ANOS – QUASE 900 NÚMEROS M E N S Á R I O

TAXA PAGAPORTUGAL

4440 VALONGO

DESTAQUE

BASQUETEBOL

XIII TorneioInternacionaldo CPN(camadas jovensfeminino)

DESPORTO

“ A V o z d e E r m e s i n d e ” - p á g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

A c o m p a n h e t a m b é m “ A Vo z d e E r m e s i n d e ” o n l i n e n o f a c e b o o k e n o g o o g l e +

ASSEMBLEIADE FREGUESIADE ERMESINDEContinuaa dançadas cadeiras

Pág. 3

Associaçõesde Campocontra extinçãoda freguesia

Pág. 6

Nuno Cratona inauguraçãoda escola EBJIdo Mirantede Sonhos

Pág. 7

I Jornadasdos Caminhosde Santiago

Pág. 8

XXI edição doMagicValongo

Pág. 9

Acampamentodo Terra Vivacontestamini-hídrica doAlto do Castelo

Pág. 11

Depois de um intermináveltempo de espera que permitis-se quantificar as vantagenstrazidas por um PAEL que nun-ca mais chegava, redigir umaproposta mais de acordo coma realidade e contrair •um em-préstimo em condições menosgravosas do que as da banca, aCMV apresentou e viu finalmen-te aprovado o Plano de Ajusta-mento Financeiro e o Orçamen-to. Surpreendentemente o PSrecusou votar os documentos.

DESTAQUE

Orçamento finalmenteapresentado (e aprovado!

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Orçamento finalmenteapresentado (e aprovado!

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2 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Destaque

FERNANDA LAGEDIRETORA

Tempo de outono

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ITO

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aparelhos eletrodomésticos. Com a generalização do crédi-to a maioria das pessoas passou a adquirir bens indepen-dentemente das suas posses.

No entanto este tempo da «felicidade paradoxal atrai so-luções igualmente paradoxais. Precisamos, claramente, demenos consumo, entendido como imaginário proliferante dasatisfação, como esbanjamento de energia e comoexcrescência desregrada dos comportamentos individuais.

(…) Precisamos igualmente,sob certos aspetos, de mais con-sumo: para combater a pobreza,para auxiliar os idosos e oferecercuidados de saúde melhores àspopulações, para utilizar melhor otempo e os recursos, para nosabrimos ao mundo». (1)

Terceiro período com início nosfinais da década de 70:

Gilles Lipovetsky chama-lhe «so-ciedade do hiperconsumo com quecaracteriza os novos comporta-mentos, ostentatórios, consumis-tas, vorazes, hedonistas».

Paralelamente a este hipercon-sumo surgem muitas críticas e umanova classe social de hipercon-sumidores preocupados com a éti-ca!...

São muitas as contradições emque vivemos neste mundo, nestaEuropa, neste país. Ainda há diaso próprio Governo caiu nesta

esparrela. Foi-nos pedido que poupássemos e agora lamen-tam que a economia decline …

Penso que ainda vai levar algum tempo para que surjamnovas maneiras «de produzir, de efetuar trocas, mas tam-bém de avaliar o consumo e de pensar a felicidade». (1)

E é no meio destas contradições que encontramos umacrise económica e financeira que para ser ultrapassada eaportar em bom porto terá que encontrar uma outra forma deviver em sociedade.

Eu por mim continuo a fazer o meu outono, a apanhar le-nha, caruma e pinhas, nozes, avelãs, castanhas, marmelos erosa brava.(1) Lipovetsky Gilles, “A Felicidade Paradoxal: ensaio sobre a sociedade do

hiperconsumo”, Edições 70, LDA Junho de 2010.

no outono que se prepara o inverno –fazem-se as colheitas, armazenam-seos cereais e o vinho, guarda-se a le-nha, preparam-se compotas, marmela-das e licores para adoçar as noites deinverno.É

Há séculos que é assim, o tempo organizado segundoum calendário que se repete de acordo com a posição dosol e da lua em relação à terra.

E mais uma vez é outono, al-guns ainda cumprem estes rituaisde guardar e conservar produtospara consumir ao longo do ano,vão às feiras de S. Miguel e dascolheitas que se repetem pelopaís, fazem a marmelada, com-potas e conservas, cada vez me-nos e por diferentes razões, omundo mudou nos últimos tem-pos, rápido demais para o meugosto, mas é neste mundo quevivemos e com o qual temos delidar.

Hoje dizem os sociólogos quevivemos numa sociedade capita-lista de consumo, mas esta for-ma de viver não foi sempre iguale o próprio consumismo tambémapresenta variantes.

Gilles Lipovetsky, professor deFilosofia na Universidade deGrenoble considera três fases nochamado capitalismo de consumo.

O primeiro ciclo surge no século XIX e termina na Segun-da Guerra Mundial: Corresponde ao período de desenvolvi-mento da revolução industrial, caracterizado pelo apareci-mento dos grandes mercados e armazéns, o desenvolvimen-to de infraestruturas modernas de transportes e de comuni-cação, caminhos-de-ferro, telégrafo, telefone, que permitemo desenvolvimento do comércio em grande escala.

O segundo ciclo inicia-se no Pós-Guerra, por volta de1950, e é muitas vezes apelidado de «sociedade daabundância»:

Corresponde a um período de um grande crescimentoeconómico, de um certo modo a uma democratização dopoder de compra de bens como o automóvel, televisão,

“OUTONO”, PINTURA ARCIMBOLDO

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

Dança das cadeiras foi novamente exibida na Juntae na Assembleia de Freguesia de Ermesinde

MIGUEL BARROS

Olhando para a Ordem deTrabalhos (OT) da reunião de sex-ta feira passada da Assembleia deFreguesia de Ermesinde (AFE) acuriosidade centrava-se em saberquem iria desta vez abandonar oexecutivo e quem seria a cara novaa integrar o elenco liderado porLuís Ramalho. Curiosidade sacia-da quando o presidente da mesada AFE, Raul Santos, anunciouque por motivos de ordem pro-fissional a socialista Diva Ribeirorenunciava ao seu cargo de vogaldo executivo, sendo proposto parao seu lugar António Mota. Pelaterceira vez no atual mandato oexecutivo da JFE sofria mudan-ças, e recuando no tempo, é curio-so constatar que o nome de DivaRibeiro, do PS, esteve em focoaquando da primeira substituiçãoverificada no elenco da Junta, ten-do na altura, cerca de três mesesapós as autárquicas de 2009, subs-tituído Américo Silva nas funçõesde vogal. PS que um ano depoisseria novamente o “responsável”por nova mudança no “tabulei-ro”, cabendo então a ManuelCosta a tarefa de substituir AnaLuísa Calafate, que alegando mo-tivos de ordem pessoal renunciouao cargo. No entanto, e apesar desair de cena do executivo, DivaRibeiro não irá desligar-se da vidada edilidade ermesindense, umavez que regressa à função demembro da bancada do PS naAFE. Caminho inverso fez Antó-nio Mota, cuja inclusão no execu-tivo recebeu a aprovação, atravésde voto secreto, da maioria daassembleia, com 13 votos a favor,2 brancos, e 3 contra. Mas asmexidas não se ficaram por aqui.Do lado da bancada PSD/CDS foianunciado, pela voz do presiden-te da AFE, que Armindo Ramalho,ausente desta sessão pedia a sus-pensão do seu mandato em virtu-de de estar num período de con-clusão dos seus estudos universi-tários, e como tal não reunir a dis-ponibilidade de tempo necessáriapara desempenhar com afinco assuas funções. Para ocupar o seulugar na bancada da coligação en-trou Manuel Coelho.

Antes dos pontos alusivos aestas substituições – isto é, noperíodo antes da OT – Raul San-tos abriu a sessão dando a palavraao público. Claudino Custódioquestionou a JFE para quando aabertura das casas de banho doParque Socer, há muito ali instala-das mas ainda de portas fechadas!Por seu turno José Fernando deuconta de um caso de “perigo imi-nente” verificado num candeeiropúblico no largo da antiga feira deErmesinde. Há sensivelmente ummês, e quando ali passeava o seucão, o paroquiano deu conta deque num dos candeeiros do local

havia passagem de corrente elétri-ca, situação que denunciou de ime-diato à JFE, mais precisamente aRomeu Maia, a quem lembraria operigo de alguém ali poder ficar“agarrado”. Do tesoureiro teve aresposta de que a situação iria serverificada de imediato. Os dias fo-ram passando e a situação mante-ve-se. José Fernando deslocou-senovamente à sede da Junta parareforçar a necessidade de ser repa-rado o problema, tendo então fica-do indignado com a resposta dopresidente da edilidade, Luís Ra-malho, o qual lhe teria dito que asituação já tinha sido encaminhadapara a EDP, e que caso ele – oparoquiano – conseguisse resolvero problema de uma forma maiscélere, que o fizesse! Entretanto,e respostas “amargas” à parte, oproblema ficou efetivamente resol-vido no dia 26 de setembro, após aintervenção da EDP. Sem tecerqualquer comentário à intervençãodo paroquiano, Luís Ramalho ape-nas referiu que já havia lembrado àCâmara a necessidade de as casasde banho do Parque Socer seremabertas ao público, sendo que daautarquia recebeu a resposta quetal não havia sido ainda possíveldevido a um problema técnico como saneamento. No entanto, o pre-sidente da Junta prometeu que irianovamente abordar a edilidadevalonguense sobre a questão.

Posto isto, foi a vez dos mem-bros da AFE usarem da palavra.Manuel Dias (PSD) deixou elogi-os ao último passeio dos idosos –à Nossa Senhora dos Remédios –organizado pela JFE, no qual par-ticiparam mais de 660 cidadãosseniores da nossa freguesia. Elogi-os esses endereçados ao executivosobretudo pela atenção – e pelasações levadas a cabo – que estetem tido para com a populaçãosénior, terminando a sua interven-ção com um agradecimento públi-co aos que contribuíram para o êxitodo último passeio dos idosos, comdestaque neste aspeto para os sem-pre presentes Bombeiros.

A visita do ministroe a situação da ESE

Por seu turno André Teixeira(PS) levantou duas questões, a pri-meira saber se aquando da recentevisita do Ministro da Educação,Nuno Crato, a Ermesinde, para ainauguração do Complexo Escolar

de Mirante de Sonhos, lhe haviasido dada a conhecer (ou a recor-dar) a contínua e preocupante si-tuação da Escola Secundária deErmesinde (ESE). O socialista re-cordou então que a escola se en-contra em profunda degradação, eque já este ano letivo foram mui-tos os alunos a deixar a ESE rumoa outras escolas com melhorescondições, como a de Águas San-tas, por exemplo, querendo entãosaber qual a posição do ministrosobre o assunto (mais concreta-mente para quando a urgente in-tervenção de requalificação do es-tabelecimento, há muito agendada,mas entretanto adiada pelo Go-verno por falta de verbas).

A segunda questão colocadaprendeu-se com a também velha ecaricata situação da cabine de altatensão posicionada em pleno cru-zamento entre as ruas Fontes Pe-reira de Melo e Camélias, proble-

ma cuja resolução vai sendo adia-da… adiada...! E por falar na visi-ta do ministro a Ermesinde, DivaRibeiro, já na qualidade de mem-bro da AFE, criticou o facto de aCâmara Municipal de Valongoapenas ter convidado para a inau-guração do Complexo Escolar deMirante de Sonhos o presidenteda Junta, esquecendo-se dos res-tantes órgãos deste organismo, istoé, o restante executivo e os mem-bros da AFE.

Bastante interventiva nestasessão – como aliás é seu apanágio– esteve Sónia Sousa (CDU), quecolocou um cima da mesa uma sériede assuntos, com realce para duas

recomendações apresentadas.Uma aludia a melhorias no merca-do de Ermesinde, no sentido que aJFE encetasse esforços na me-lhoria das condições de salubrida-de do mercado, tais como o arran-jo do chão e a colocação de novasbancadas de venda. A segunda fa-zia referência à recente medida to-mada pela Câmara no sentido dedesligar uma série de candeeirosde iluminação pública com vista àpoupança da fatura da eletricida-de. Por um lado, como Sónia Sousafez questão de sublinhar, são com-preensíveis esta e todas as medi-das de poupança de recursos, nãoapenas devido à crise mas tam-bém como atitude permanente naadministração local, que gere o di-nheiro que é de todos. Por outrolado, «e tendo em conta que o apa-gamento de parte da iluminaçãopública deve ser encarada comouma medida transitória para aju-

dar a recuperar as contas daautarquia, e sem exageros, comoaconteceu já em alguns locais, eque originou reclamações dos mo-radores e a – consequente – repo-sição da iluminação», não com-preendias «o descuido continua-do em acender a iluminação públi-ca demasiado cedo, quando aindaé dia, e apagá-la quando o dia já vaialto, como acontece em vários lo-cais de Ermesinde». E punha emdúvida a eficácia das poupançascom tal gestão da iluminação pú-blica. No que toca à má ilumina-ção recomendava que seja melho-rada a iluminação no exterior dasescolas Secundária, de S. Louren-

ço, e Primária da Costa, «bastantedeficiente». Com a diminuição dodia e a próxima mudança de hora,as saídas das escolas a partir das17h30 são feitas já de noite e emmás condições de iluminação, su-blinhava a recomendação da CDU.Quer esta quer a anterior recomen-dação seriam colocadas à votaçãono final da reunião, tendo ambassido aprovadas por unanimidade.

As respostasdo presidente

Em resposta a algumas des-tas intervenções Luís Ramalhodiria que, de modo informal o mi-nistro da Educação teria sido ques-tionado sobre a situação da ESE, eque na resposta a essa interpela-ção teria dito que assim que o Go-verno tivesse verba disponível oreferido estabelecimento de ensi-

no seria dos primeiros a avançarpara obras de remodelação. Rela-tivamente à cabine de alta tensãoconfessaria já ter vergonha destasituação, tantas foram já as vezesque a EDP disse que ia avançarpara a sua resolução. E ao queparece a EDP, à semelhança doque tem feito, prometeu encon-trar uma solução para a questãono final do mês. A ver vamos... ELuís Ramalho mais não disse.

No período da OT destaqueainda para dois pontos alusivos àvertente social, ambos referentesà celebração de acordos e colabo-ração entre a JFE e a CMV para acomponente de apoio à família nos

agrupamentos das escolas deErmesinde e de S. Lourenço. Pro-tocolos que receberam algumascríticas da oposição, tendo a CM,por intermédio de João Arcângelo,ficado indignada pelo facto de aautarquia ter transferido para aJunta um serviço que é da sua res-ponsabilidade. «A Câmara não temcapacidade para assumir esta ver-ba e agora passa a pasta para aJFE!», frisou o independente,acrescentando que apesar de assi-nar por baixo tudo o que seja feitoem prol da educação esperava ago-ra que a Junta, sem experiêncianeste setor, estivesse à altura dodesafio. Felicitada pela bancadaPSD/CDS-PP, esta colaboraçãoseria ainda duramente criticadapela CDU, que não entendia comoé que a CMV, que outrora tinharetirado a concessão da limpezadas bermas e valetas às juntas,passando essa pasta a um priva-do, pedia agora ajuda à JFE paraeste setor e não contratava um pri-vado como fez na questão da lim-peza. A coligação foi mais no lon-ge na sua discórdia após constatarque os trabalhadores que irão sus-tentar este serviço terão um vín-culo a curto prazo, uma vez quetal como Luís Ramalho adiantaria,a Junta não teria possibilidade decontratar esses mesmos trabalha-dores no final dos protocolos es-tabelecidos com o Centro de Em-prego. «Temos, e mais uma vez, oPoder Local a viver do expedientegarantido pela utilização de forçado trabalho desempregada (atra-vés dos programas CEI e CEI+),sem possibilitar a estes trabalha-dores um vínculo minimamenteseguro, por meio do estabeleci-mento de um contrato de traba-lho». Nesse sentido a CDU vo-tava contra a proposta, apelan-do à responsabilidade social dosrestantes partidos, no sentidode também dizerem basta!, «aesta forma de exploração, queem vez de aproximar os desem-pregados do mercado de traba-lho, só prolonga a sua situaçãonas margens do mesmo, man-tendo-as na esperança de umacontratação futura e desvalori-zando o seu investimento naprocura de situações de empre-go mais favoráveis». Mesmocom o voto contra desta forçapolítica, a proposta seria apro-vada com os votos favoráveisdas restantes bancadas.

• REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE •

Pela terceira vez no atual mandato as “peças do tabuleiro” da Junta e da Assembleia de Freguesia deErmesinde voltaram a sofrer mudanças! Alegando motivos de índole profissional a socialista Diva Ribeirorenunciou ao seu cargo no executivo liderado por Luís Ramalho, sendo substituída nas funções por AntónioMota, ao passo que na bancada da coligação PSD/CDS-PP Armindo Ramalho pediu a suspensão do seumandato por se encontrar em fase de conclusão dos seus estudos, e consequentemente não reunir as condi-ções de disponibilidade necessárias para acompanhar a vida política da freguesia, tendo para o seu lugarentrado Manuel Coelho. Questões de caráter educacional merecerem igualmente alguma atenção na sessãoda Assembleia de Freguesia de Ermesinde ocorrida na noite de 28 de setembro último.

MANUEL VALDREZ

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4 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Destaque

Grandes Opções do Plano e Orçamento 2012e Plano de Ajustamento Financeiro aprovados

Não estando presente fisicamente na últimasessão da Câmara Municipal de Valongo (CMV),realizada na passada sexta-feira, dia 27 de setem-bro, o presidente da Comissão Concelhia do Parti-do Socialista, José Manuel Ribeiro, acabou por sera figura em destaque, já que terão sido provenien-tes da sua pessoa ou do órgão por si coordenado,as instruções para que os vereadores do PS(Luísa Oliveira e José Miranda) recusassem parti-cipar na votação dos dois pontos mais quentes daOrdem de Trabalhos – as Grandes Opções doPlano, Orçamento e Mapa de Pessoal para o anode 2012 e o Plano de Ajustamento Financeiro econtratação de empréstimo de médio e longoprazo até ao montante de 18 324 497,98 euros, noâmbito do Programa de Apoio à Economia Local.Tal atitude mereceria repúdio por parte do presi-dente da CMV, João Paulo Baltazar, apanhado desurpresa, e acusações de «insanidade» por partedo vereador da Coragem de Mudar Pedro Panzina.O Plano de Ajustamento Financeiro seria aprovadopor sete votos a favor, zero abstenções, zerovotos contra e duas “ausências” dos vereadoresdo PS. O agora independente Afonso Lobão votoua favor. Por sua vez o documento das GrandesOpções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoalseria também aprovado, mas com quatro votos afavor (PSD), três abstenções (Coragem de Mudare Afonso Lobão) e duas ausências.

LC

Ainda João Paulo Baltazarnão tinha acabado de introdu-zir estes dois importantes pon-tos da Ordem de Trabalhos jáLuísa Oliveira avisava que o PSnão os votaria.

O presidente da Câmaracomeçaria por prestar um agra-decimento público à técnica,aposentada desde junho, Fáti-ma Maia, pela «dedicação ines-gotável» com que esta tinhaabraçado o trabalho de prepa-ração dos documentos vindos àreunião, mesmo apesar da suaatual situação contratual. Agra-deceu também a todos os vere-adores o terem aceite esperarpela clarificação da situação doprograma de ajustamento finan-ceiro que permitisse elaborarum Plano e Orçamento maisrealista, o que finalmente se es-tava agora a cumprir.

Esclareceu depois que tinhasido há 15 dias que o Governotinha publicado a Portaria so-

bre o PAEL, a qual exigia umprazo de 20 dias para a apre-sentação das candidaturas, e queeste plano de ajustamento teriaque ser posteriormente presen-te à Assembleia Municipal deValongo (AMV).

O PAEL seria uma grandeoportunidade para a CMV, queteria agora possibilidades decontrair um empréstimo a umataxa muito mais baixa do que a dabanca, situada entre 2,7 e 4,15%,a fixar na contratualização do em-préstimo. Com o PAEL não ha-verá contudo um período de ca-rência, começando-se desde logoa pagar os juros.

A prática atual da CMV é ade que todas as despesas têmque ser muito bem justificadas,quer quanto à sua importância,quer quanto à sua urgência.

Luísa Oliveira, de imediato,avisaria que o PS estaria ausen-te da discussão dos pontos so-bre o Plano de Ajustamento Fi-nanceiro e o Plano e Orçamen-to, já que a maioria PSD não ti-

nha cumprido com os direitosda Oposição, por não ter res-peitado o prazo estipulado de15 dias para o envio destes do-cumentos.

João Paulo Baltazar respon-deria que tal era materialmenteimpossível e que a decisão doPS não fazia qualquer sentido.O presidente da Câmara tinhacontactado José Luís Catarino(que substitui Afonso Lobãoenquanto líder da vereação so-cialista) para o informar de tudoo que respeitava a estas matéri-as. Além do mais, o PS tinhatodo o conforto em tomar umadecisão prévia, já que, então commais tempo, tinha a AssembleiaMunicipal marcada para o dia 3de outubro.

Mas Luísa Oliveira mante-ve a sua posição, isto apesar deuma interrupção pedida paraconferenciar com o outro vere-ador eleito pelo PS, JoséMiranda. Este esclareceria ain-da que, embora eleito como in-dependente nas listas do PS,

mantinha a solidariedade de votoda vereação.

Pedro Panzina interviria deseguida, também ele surpreen-dido com o anúncio do PS eperante a acusação de irrespon-sabilidade dos vereadores soci-alistas e o protesto destes portais acusações, quis saber dequem emanava a decisão, é deAntónio José Seguro?, José LuísCarneiro?, ou da Concelhia? DaConcelhia, admitiram os doiseleitos do PS, após o que PedroPanzina prosseguiu a sua inter-venção: «Já foi dito que as re-gras são para se cumprir. Osdocumentos estruturantes de-vem, de facto, ser conhecidospor todos [os membros daCMV] com 15 dias de antece-dência. Tal como é exigido queuma ambulância não passe ossinais vermelhos». Mas em si-tuações de verdadeira emergên-cia, continuou Panzina, umaambulância pode passar essesinal. Estava-se então aqui, de-fendia o vereador da Coragem

FOTOS URSULA ZANGGER

de Mudar, numa situação dessetipo. Em que não havia tempoútil para uma prática diferente.Sendo assim, a posição do PSera um «ato insano» da respon-sabilidade de quem tal ordenou,e lamentava que os vereadoresdo PS tivessem sido colocadosnessa situação.

«Pela primeira vez – apon-tou o autarca – estes instrumen-tos têm uma adesão à realidade.

O PS não quer votar estes do-cumentos porque, pela primei-ra vez, eles são sérios?». E in-dignado ainda com a posiçãopolítica do PS concluiu: «O di-rigente concelhio do PS tornou-se um perigo público!».

João Paulo Baltazar tambémnão escondia a sua indignação.E explicava que tinha estado, navéspera, em conferência de lí-deres da AMV, na qual estive-

CONCELHIA DO PS ISOLA-SE AO DEFENDER APLICAÇÃO CEGA DO DIREITO DE OPOSIÇÃO

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 5Destaque

• CÂMARA

MUNICIPAL DE VALONGO •

Reunião do Executivo municipalcom Comissão Técnica de Revisão do PDM

LC

O Executivo municipalvalonguense reuniu, no dia 17 desetembro, com a Comissão Téc-nica responsável pela revisão doPlano Diretor Municipal (PDM)de Valongo, dirigida por Paulo Pi-nho, professor catedrático daFaculdade de Engenharia da Uni-versidade do Porto. Esta reunião,que atualiza a informação sobre oestado da revisão, pelo volumede informação agora disponi-bilizado não permitiu contudouma discussão muito aprofun-dada, já que a última sessão daComissão Técnica com a Câmararemontava já há dois anos atrás,tendo agora os vereadores muitomaterial sobre o qual se debruçar,situação que merece, aliás, a críti-ca da Oposição municipal.

Neste processo, que intro-duz muitas novidades relativa-mente ao anterior, todo o Regu-lamento do PDM será novo, epor isso a apresentação exausti-va da proposta de PDM tal comoela está, não permitiu que nashoras de reunião havidas, essadiscussão aprofundada pudesse

Segundo João Paulo Bal-tazar, o presidente da CâmaraMunicipal de Valongo, ao con-trário do que se passava antiga-mente, existe uma preocupaçãode harmonização dos PDM's,de forma a não se criaremdescontinuidades flagrantes declassificação de territórioem municípios adjacentes.

Existem paralelamentealgumas questões em aber-to no que respeita à per-tença de algumas parcelasde território entre o muni-cípio de Valongo e os vizi-nhos de Paredes e da Maia,situações para as quais setenta chegar ao estabeleci-mento de critérios clarosque permitam a reparaçãode incorreções, mas paralevar até ao fim esse pro-cesso de reparação, exige-se a recuperação dos ele-mentos históricos impres-cindíveis.

Recorde-se que, alémdestas questões de territó-rio transmunicipais emaberto, que importa resolver econsagrar na CAOP (Carta Ad-ministrativa Oficial de Portu-

gal), subsistem ainda as ques-tões relativas às inconformi-dades e problemas intramuni-cipais sobretudo entre as fre-guesias de Alfena, Valongo eSobrado.

E ainda além destas, háquem aponte também questões

mal resolvidas entre Valongo eGondomar, nos limites das fre-

Mas voltando ao referidoprocesso de revisão, passadacerca de uma semana, no dia 25de setembro, realizou-se a 5ª eúltima reunião da Comissão deAcompanhamento do PDM.

Reunião esta que, de acor-do com a informação do verea-

Mudar, aliás, faria uma inter-venção, no peroído antes da Or-dem do Dia, na sessão camaráriade 27 de setembro, na qual refe-rindo a existência de posiçõescríticas sobre o documento, eapontava ainda para estudos so-bre o PDM em que se concluía

que o período ideal para oinício da discussão públicadeste importantíssimo docu-mento de gestão territorialera logo na primeira fase dasua preparação. Numa fasemais avançada, não só asideias já estariam mais cris-talizadas, como seriam ain-da de mais difícil compreen-são técnica pelosinterlocutores comuns.

Bom, de qualquer modo,concluído o processo de re-dação do PDM, este seránecessariamente obrigado aobter o Parecer favorável daCCDRN (Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimen-to Regional do Norte, a queterá que se seguir a discussãopolítica em sede da Câmara

Municipal de Valongo e, poste-riormente, só então,o processo

ter lugar.

Para ir afinando um melhorconhecimento deste dossier, JoãoPaulo Baltazar adiantou ao jornal“A Voz de Ermesinde” ter já reu-nido com os presidentes de Jun-ta do concelho e com os mem-bros da Assembleia Municipal.

Reorganizaçãoda macroestruturaconcelhia

João Paulo Baltazar reve-lou ainda ao jornal “A Voz deErmesinde” que está a entrar nasua reta final a reorganização damacroestrutura concelhia, rela-tivamente à qual muito em bre-ve as várias forças políticas pre-sentes no Executivo deveriamfinalmentedebruçar-se.

São, assim, juntamente comas grandes Opções do Plano eOrçamento, e o plano de Ajusta-mento Financeiro, vários dossiersimportantes a avançar simulta-neamente, num processo que opresidente da edilidade valon-guense estima que, em muitopouco tempo, menos de um mês,todas as grandes decisõesestruturantes relativas ao con-celho, deverão estar tomadas.guesias de Ermesinde e Baguim.

dor João Ruas, não terá sidocompletamente consensual.

O vereador da Coragem de de discussão pública.

ram representadas todas as for-ças políticas concelhias comassento naquele órgão além dasua mesa (isto é: PSD, CDS, PS,CM, CDU, BE e UPA). Toda agente teria sido ouvida, masdado o prazo muito apertado,tinha sido materialmente impos-sível fazer mais do que aquiloque se tinha feito.

Passados estes comentári-os e explicações decorrentes daposição socialista, passou-seentão à discussão propriamen-te dita dos documentos.

Afonso Lobão lembrou oserros do passado, a incompe-tência na CMV, em anos suces-sivos. Lembrou que os fornece-dores continuam à espera de serpagos e que o PAEL aparecia ago-ra, e era visto como uma espécie

Orçamentosde anosanterioreseram «fraude,mentira,logro»

Mas o PAEL era, de facto,um recurso menos gravoso paraa CMV que, no futuro teria quereduzir despesas, embora o vere-ador se opusesse ao encerramen-to de equipamentos (como as pis-cinas de Sobrado e Campo). Em-bora não vendo um projeto coe-rente, o vereador agora indepen-dente reconhecia «maior diálogocom a oposição, contenção dadespesa e mais transparência». Eterminou apontando que se aCMV começa a trilhar novos ca-

minhos, a Oposição muito tinhacontribuído para isso.

Por sua vez, Pedro Panzinaapontou que havia aqui duasquestões interligadas – por umlado, este Orçamento agora pro-posto era diferente dos anterio-res que vieram à CMV (dife-rença de dois tipos: na filosofiada construção e na consonânciacom a realidade). E qualifican-do estas diferenças, ele era fran-camente melhor, com adesão àrealidade, enquanto os anterio-res não passavam de «fraude»,«mentira», «logro».

O Orçamento era agora de35 milhões e não de 90 milhões!

Quanto ao outro ponto,sobre a Plano de AjustamentoFinanceiro, o vereador da CMconsiderava vantajosa a adesãoao PAEL. E precisando, depois:

«É um orçamento (para este ano– sublinhou), que deve refletiro que aconteceu nos meses jádecorridos.

Há aqui uma herança quenão se pode repudiar (emborase possa criticar)». E repetindouma ideia já expressa por Afon-so Lobão: «O Orçamento écomo é porque a Oposição tam-bém o impôs».

A margem para opções se-ria muito reduzida. Contudoeste não seria o Orçamento daCM, pois era também fruto deanteriores decisões ruinosas, aténeste mandato, como as conces-sões acordadas, a pesada ma-croestrutrura da CMV, o dese-quilíbrio financeiro sempre, atéagora, em que finalmente se apon-ta como estrutural, definido como

Mas havia que reconhecerque este Orçamento introduziauma diferença significativa paraos anteriores.

João Ruas, secundando aintervenção do seu companhei-ro de vereação, colocou a ques-tão de querer saber se este orça-mento estava preparado para aeventualidade do montante a seratribuído no quadro do PAELfosse, não para os 90% da dívi-da, mas apenas para 50% (o ce-nário extremo possível). Ficari-am então 7 milhões da dívida semfinanciamento. Há um plano B?

As respostasdo presidente

João Paulo Baltazar res-ponderia considerando queprovavelmente não haveria ne-

cessidade de rateio dos apoiosdo PAEL, pois várias autar-quias teriam decidido não apre-sentar candidaturas. Mas nocaso de tal ocorrer, para o mon-tante em falta haveria então derecorrer a outros empréstimos.Aceitando também o reparo deJoão Ruas de que esta saída emtermos de financiamento nãoera mérito da CMV, mas doPAEL, apontava contudo queera mérito da CMV já ter redu-zido o montante da dívida de 25para 16 milhões de euros, e quehavia agora que esperar as conse-quências quer das alterações aintroduzir na Lei das FinançasLocais, quer do destino das re-ceitas do IMI.

Arménio Pedro, da maiorialaranja também lembrou que,sendo ele o vereador com opelouro das Obras, queria dei-xar evidente que a Obra desteexecutivo é regularizar as con-tas, este era um Orçamento demargem zero, com plena ade-são à realidade.

Procedeu-se então à vota-ção, sendo o Plano de Ajusta-mento Financeiro aprovadocom os votos do PSD, CM eAfonso Lobão (sete). Os doisvereadores socialistas não par-ticiparam na votação.

Quanto às Grandes Opçõesdo Plano e Orçamento, foi estetambém aprovado, mas apenascom os votos a favor do PSD(quatro), três abstenções (CMe Afonso Lobão) e a ausênciado PS (dois).de tábua de salvação. meramente conjuntural.

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6 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Destaque

Associações de Campo manifestam-secontra extinção da freguesia

LC

Por iniciativa das associa-ções sociais, culturais e des-portivas da freguesia, com des-taque para a Associação de Re-formados, Pensionistas eIdosos (ARPI) e com o apoioda Junta de Freguesia local, apopulação de Campo reuniu napassada sexta-feira à noite, dia14 de setembro, para debater asituação e apontar formas deluta preventivas contra o cená-rio muito plausível que apontapara uma decisão da adminis-tração central no sentido daextinção da freguesia de Cam-po no concelho de Valongo.

Com a sala de sessões da sededa Junta de Freguesia a transbor-dar, havendo pessoas que tive-ram que ficar no corredor tal aafluência popular registada, a ses-são de protesto contra a extinçãoda freguesia de Campo foi abertapor Adriano Ribeiro, na sua qua-lidade de dirigente da Associaçãode Reformados (ele que é tam-bém dirigente da Associação dasColetividades do concelho, e de-putado municipal eleito pelaCDU), que começou por saudaro povo presente, os órgãos deimprensa e, sobretudo, as asso-ciações da freguesia, explicandoque aquela sessão, organizadapelas associações, tinha contadocom o apoio da Junta.

Adriano Ribeiro traçou de-pois uma panorâmica do traje-to das propostas de reforma da

Administração Local – que seconcretizam em pouco mais doque a extinção de freguesias –desde o chamado Livro Verde,primeiro esboço da proposta delei agora em cima da mesa – eno qual o concelho de Valongonão saía beliscado –, até à atualsituação, em que se aponta paraa diminuição de uma freguesiano concelho, tendo sido a lei(geral) aprovada em abril de2012 e já publicada em “Diárioda República” em 30 de maio.

Adriano Ribeiro, além desalientar que não há ninguémque aponte as vantagens destadiminuição de freguesias, apon-tou também o facto de a Juntade Freguesia de Campo, a Câ-mara Municipal de Valongo(CMV) e a Assembleia Muni-cipal de Valongo (AMV) já te-rem repudiado tal pretensão.

Mesmo na situação de Bar-celos, com 89 freguesias, AdrianoRibeiro chamou a atenção de que88 destas se tinham manifesta-do publicamente contra a altera-ção do mapa administrativo.

Por fim pôs à apreciação daassembleia uma proposta demoção que, submeteu primeira-mente às associações presentese depois ao público em geral.

As intervenções

Tomam então a palavra al-guns representantes das asso-ciações locais, entre elas, e alémda própria ARPI (agora através

de Maria da Conceição) GrupoDramático e Musical de Cam-po e Sport Club de Campo, to-dos unânimes na condenação daeventual ideia da extinção da fre-guesia de Campo.

Mas o povo presente, que emmais do que uma intervenção, que-ria ir mais além do que “simplespapéis”, ia apontando outrasideias («proponho que seencharque de e-mails todo o siste-ma, em protesto», outro munícipede Campo acrescentava: «... e tam-bém o MAI»). À sugestão de umreferendo, Alfredo Sousa, o presi-dente da Junta, esclareceu: «Umreferendo não é possível»; «às ve-zes é», corrigiu Adriano Ribeiro.

Outro morador, mais à fren-te, apontava a realização de umamegamanifestação em Valongo,tipo procissão de velas ou mar-cha lenta. Talvez em dia deAssembleia Municipal, sugeriuAlfredo Sousa.

Mas Adriano Ribeiro pu-nha água na fervura, era precisover que em ocasião anterior séele e a sua companheira de ban-cada da CDU na Assembleia deFreguesia, se tinham mantidofirmes em ir à Assembleia Mu-nicipal. E acrescentava que ha-via associações com centenas deassociados, mas que não tinhamsequer uma pessoa para estarali agora naquela ocasião.

José Manuel Ribeiro, pre-sidente da Concelhia socialistae também deputado municipal,igualmente presente apontou

que a questão não diria respei-to só a Campo e defendeu que aúnica forma de provocar um re-cuo era endurecer a luta, massem se chegar a vias de facto.«É importante que se saiba queesta lei só foi aprovada pela di-reita, nem PS, nem PCP nemBloco de Esquerda a aprova-ram». E defendeu que já que aJunta e a Câmara se opunham aela era preciso exigir-lhes queusassem todos os trunfos, no-meadamente no plano jurídicoindo até ao recurso à providên-cia cautelar. «Vamos entrar emtempos de muita dureza e é pre-ciso dizer quem é responsável».E acrescentou que, com esta leiestava instalada a confusão eque perante a confusão as pes-soas não podiam ficar em casa,porque «a maior arma que te-mos é o voto», defendeu, apon-tando já para outros voos.

Por fim, propôs a introdu-ção de um terceiro na propostade moção inicial, solicitando queo deputado do círculo do Portoligado ao município de Valongo[Miguel Santos] votasse con-tra a redução de freguesias noconcelho.

O presidente da Junta deFreguesia, Alfredo Sousa, apon-tou que a lei era cega, e que nemse poderiam aplicar integralmen-te os seus critérios ao concelhode Valongo. E acusou depois:«Por vontade deste Governoextinguiam-se as freguesias to-das!». E admitiu que as provi-

dências cautelares seriam a últi-ma arma da Junta de Freguesia.

Joaquim Oliveira, da Associ-ação das Coletividades, salientouo papel desta estrutura no conce-lho e a importância das coletivi-dades na freguesia de Campo.

Adriano Ribeiro aceitava aintrodução do 3º ponto, pro-posto por José Manuel Ribei-ro e insistia, precisando, queaquela era uma iniciativa das

Moção (aprovada) das Associaçõesda Freguesia de Campo

LC

«Considerando a neces-sidade de respeitar a identi-dade, história, a cultura e apopulação, enquanto agre-gadora da coesão territoriale demográfica.

Tendo presente a ne-cessidade de manter a ca-pacidade de resposta dosserviços de proximidade eapoios prestados pelaJunta de Freguesia deCampo às suas associações

e população em geral.Considerando também que

é extremamente importante darvoz às populações, para queestas contribuam de forma sig-nificativa para uma melhor re-flexão e discussão de algunsparâmetros da lei n.° 22/2012.

Tendo em conta que se a lein.° 22/2012 for aplicada no con-celho de Valongo, os serviçosde proximidade, os valores cul-turais e históricos, a identidadeda Freguesia de Campo, num

As associações da Freguesiade Campo reunidas em conjuntocom a população, no dia 14 deSetembro de 2012, decidiram:

1. Manifestar o seu totaldesacordo com a aplicação daLei n.° 22/2012, no que envol-ve a Freguesia de Campo e pro-por a rejeição da agregação danossa freguesia a qualquer ou-tra do concelho de Valongo.

2. Apelar ao Deputado doConcelho de Valongo, eleitopelo PSD, que vote contra qual-quer alteração de freguesias no

Concelho de Valongo.3. Apelar à Câmara Muni-

cipal de Valongo e Junta de Fre-guesia de Campo, que desenca-deie todos os meios legais aoseu alcance, para impedir que aLei 22/2012, seja aplicada noConcelho de Valongo.

A ser aprovado, este docu-mento será enviado à CâmaraMunicipal de Valongo e Assem-bleia Municipal de Valongo».

As associaçõesda Freguesia de Campofuturo próximo perder-se-á.

A moção seria aprovada porunanimidade e aclamação.

Quanto a outras iniciativas,timidamente discutidas ainda,ficariam para outra ocasião (aproposta dos e-mails não che-garia sequer a ser abordada).

A moção aprovada ficou deser reelaborada de acordo comas alterações nela introduzidas,ficando a Junta de Freguesia deCampo de a publicar na sua pá-gina web.

FOTOS URSULA ZANGGER

associações e não da Junta.

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 7Destaque

Nuno Castro na inauguraçãodo Centro Escolar do Mirante de Sonhos

LC

Com o ministro da Educa-ção resguardado atrás de um for-te dispositivo policial que circun-dava o novo complexo escolarem inauguração, o sorridente mi-nistro da Educação, Nuno Crato,respondendo positivamente aoconvite do presidente da Câma-ra (CMV), João Paulo Baltazar,inaugurou, no dia 25 de setem-bro o Centro Escolar do Mirantede Sonhos, o mais moderno equi-pamento do Ensino Básico emErmesinde e no concelho.

Antes das intervenções nacerimónia de inauguração, umcoro de cerca de três dezenas decrianças deu as boas vindas aoministro, interpretando uma rap-sódia de canções que culminoucom uma salva de palmas e queantecedeu o momento da consa-

gração religiosa do edifício pelopároco católico de Ermesinde,cónego João Peixoto.

Nuno Crato, agradecendo oconvite endereçado pelo autar-ca valonguense, sublinhou quea escola era de todos, e gracejoucom as crianças, «surpreendi-do» com as suas artes de can-tar, estudar e aprender.

Garantiu depois estar-se,passo a passo, cautelosamen-te, a melhorar a educação, comdestaque para o papel dos pro-fessores, que tinha que ser va-lorizado, acima de tudo, pelosalunos, pelos pais e por toda acomunidade.

João Paulo Baltazar, por suavez, agradecendo a aceitação doconvite ao ministro da Educa-ção, e ainda a presença dosautarcas presidentes de Juntade Ermesinde, Alfena e Sobra-

do, fez uma referência elogiosaao trabalho do arquiteto CesárioMoreira, destacando ser esteum centro escolar de qualidadebem acima da média, concluin-do-se com ele a fase de renova-ção e requalificação do parqueescolar do concelho, durante aqual foram construídas cinconovas escolas e requalificadasonze das existentes, permitin-do assim cumprir o objetivopretendido de se concretizar aescola a tempo inteiro e onivelamento do parque escolarpor cima.

Todavia este era um perío-do de grandes dificuldades finan-ceiras (para o concelho e para opaís), que obrigava a uma gestãocriteriosa assente sobretudo nospilares da manutenção dos pos-tos de trabalho e no investimen-to nas pessoas, o que implicava

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sobretudo as áreas da Educaçãoe da Ação Social.

O autarca agradeceu depoisa grande disponibilidade do mi-nistro para uma reunião de tra-balho com os diretores dos agru-pamentos escolares concelhios,apontando haver uma grandequebra de qualidade no concelhodos equipamentos de nível su-perior relativamente aos do en-sino básico, o que representavauma grande perca de compe-titividade do município relativa-mente a outros. Por isso, mes-mo conhecendo a difícil conjun-tura, pedia um compromisso cla-ro ao ministro, nomeadamentena resolução dos problemas queafetam as Secundárias de Er-mesinde e Valongo e a EB 2/3da capital do concelho, proble-mas estes que desanimam toda

Miguel Marques, diretor doAgrupamento de Escolas de S.Lourenço, também tomou bre-vemente a palavra para consi-derar ficar a ser esta escola umex-libris do concelho, e peloqual agradecia à Câmara Muni-cipal de Valongo.

As crianças, agora em nú-mero muito maior do que as dogrupo inicial que recebeu o mi-nistro (muito bem dirigidas pelajovem professora Patrícia Sil-va), voltaram nesta fase dacerimónia a cantar, escutandodepois as palavras das referi-das personalidades. Seguiu-seuma visita às instalações doCentro Escolar do Mirante deSonhos, incluindo a visita desurpresa a algumas salas de aulaem funcionamento. Lá fora ogrupo de manifestantes que sepropunha protestar contra a

política educativa, foi o brigadoa ficar longe do ministro.

Cena presenciada pela re-portagem de “A Voz de Erme-sinde” foi a situação em que opresidente da Federação de Paisconcelhia (FAPEVAL) ter sido,de forma um pouco relutanteautorizado a assistir à cerimó-nia, mas com o conselho polici-al de que interviesse junto dospais e pessoas presentes, paraque não se manifestassem!

O complexo escolar agorainaugurado abarca 10 salas deensino básico, duas salas de jar-dim de infância, uma sala recur-sos, uma sala de repouso, umasala de atendimento, uma salade professores, um posto mé-dico, um polivalente, uma can-tina e um recreio coberto. O in-vestimento neste equipamentoorçou os dois milhões de euros.a gente, inclusive os autarcas.

Reunião de trabalho com agrupamentosA reunião de trabalho que o

ministro da Educação Nuno Cratoaceitou ter, sob o patrocínio daCMV, com os diretores de agrupa-mento, era sem dúvida, de opor-tunidade mais do que justificada.

Entre os presentes à ceri-mónia de inauguração do Cen-tro Escolar de Mirante de So-nhos encontravam-se alguns di-retores de escola cujas razõesde queixa são bem conhecidas.

Entre eles, Álvaro Pereira, daEscola Secundária de Ermesinde,um dos equipamentos escolaresprevistos para entrar em obras na2ª fase de requalificação escolar,adiada como se sabe, mantinha umotimismo comedido, agora que ostécnicos da DREN visitaram a es-

cola, há cerca de um mês, visitaessa da qual é suposto haver fi-nalmente fumo branco para arran-que dos trabalhos bem necessári-os e urgentes, de requalificação. Odiretor da Secundária de Ermesinde(ESE) apontava, por exemplo,que é inadmissível haver na Se-cundária de Águas Santas maiscomputadores na sala de profes-sores do que em toda a ESE!

Miguel Marques, o diretor doAgrupamento de Escolas de S.Lourenço, feliz com a inaugura-ção do Centro Escolar do Miran-te de Sonhos, não esquecia contu-do os problemas na EB 2/3 de S.Lourenço, nomeadamente a faltade funcionários e a suspensão das

Por sua vez, Artur Oliveira,diretor da EB 2,3 Vallis Longus,preparava-se para apresentar aoministro um longo dossier repor-tando o estado de degradação da-quela escola, pouco melhor do quena altura de uma reportagem dojornal “A Voz de Ermesinde” emJunho de 2010.

Além dos professores, comquem Nuno Crato iria reunir, aAssociação de Pais da Escola Se-cundária de Ermesinde (APESE),também fez chegar à assessorado ministro da Educação, umacarta, assinada pelo seu presi-dente do Conselho Executivo,João Arcângelo, na qual se lem-bravam os «graves problemas deracionalidade e otimização de

meios e recursos» daquela esco-la, que aguardavam «sine die» o«já garantido investimento pre-visto e aceite pela tutela».

Apontando depois que «em-bora todos os indicadores apon-tassem para uma data prevista ecom o processo pronto mesesantes da demissão do anteriorgoverno», se assistia agora aoencalhar deste dossier, «com asnegativas consequências previ-síveis que o congelamento dadecisão acarreta».

Continuava a carta: «Na ex-pectativa que o novo governo vi-abilizasse os trabalhos de requalifi-cação da Escola Secundária deErmesinde, tal não aconteceria. Aimediata suspensão de todos os

processos em curso – independen-temente do seu nível de priorida-de – possibilitou, uma vez mais,adiar indefinidamente, a resoluçãode um problema cujo alcance darutura das próprias instalações,não será mais que a deterioraçãodas mínimas condições de traba-lho, ensino e de educação para comtoda a comunidade escolar.

O avançado estado de degra-dação das suas instalações e ainexistência de espaços condignos,face às novas necessidades e quepossam configurar uma melhorescola, deixam em profundo esta-do de abandono, as desejadasmelhorias que todas as partes en-volvidas reconheceram ser efeti-vamente prioritárias e inadiáveis.

Atendendo à dimensão daescola e à sua longevidade, a legí-tima expectativa criada torna ne-

cessária uma resposta, mesmo co-nhecendo e compreendendo a notado ministro em que este, reconhe-cendo «(...) a necessidade e da im-portância de promover a requa-lificação e modernização do par-que escolar (…)» ordenava «sus-pender todas as intervenções quenão estivessem abrangidas porcontratos de empreitada em curso– e, como tal a suspensão da inter-venção na ES de Ermesinde –», aAPESE acha que «na medida dopossível, este assunto carece deser tão rapidamente implemen-tado e que a sua demora (demasi-adamente demorada) como temsido, provocou este ano letivo, oabandono de cerca de duzentosalunos desta escola (..)» idos paraum concelho limítrofe. Pelo queinsiste na atenção do ministro aocaso particular desta escola.obras no pavilhão daquela escola.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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8 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Destaque

Uma imaginação... à deriva

MIGUEL BARROS

Um considerável públicoacorreu ao Fórum Cultural deErmesinde para as I Jornadas dosCaminhos de Santiago. O eventofoi inaugurado com a exposiçãodocumental “Pelos Caminhos deSantiago”. Composta por um con-junto de imagens vivas de Manu-el valdrez e Jorge Torres, ondeeram resgatados momentos de inú-meras etapas dos Caminhos deSantiago levadas a cabo pelo gru-po Terra Verde, imagens essas quese faziam acompanhar de objetos,de brochuras, de indumentárias,etc., personificadores da místicadas épicas jornadas. Seguidamen-te, e já no interior do auditório dacasa de espetáculos, o presidenteda Direção da Ágorarte, CarlosFaria, daria as boas vindas a to-dos, ressalvando a importância queestas jornadas teriam para Erme-sinde, passando posteriormente apalavra ao outro “parceiro” da or-ganização do evento, o grupo Ter-ra Verde, que na voz de Jorge Tor-res começou por dar conta da hon-ra que a sua associação sentia empromover estas jornadas, recor-dando em seguida que após o iní-cio de atividade, em 2008, e de-pois da realização de mais de umacentena de percursos por todo opaís, a Terra Verde decidiu focar asua atenção noutros caminhos, osde Santiago. Uma nova aventuraque teve início em 2009, e de lápara cá foram já realizadas duasjornadas, estando a terceira já naforja para o próximo mês de outu-bro. Jorge Torres deixou em segui-da uma série de agradecimentospúblicos a pessoas ou entidadesque tornaram possível a realiza-ção destas I Jornadas.

Entre o muito público presen-te destacavam-se algumas figuraspúblicas locais, entre outros o pre-sidente da autarquia de Valongo,João Paulo Baltazar. Presentesigualmente algumas personalida-des ligadas à temática dos cami-nhos de Santiago, desde logo LuísFreixo, grande impulsionador edivulgador dos Caminhos da Cos-ta, António Fernández Pablos,Manuel Rocha e Manuel Pinho,

três membros da arquiconfraria deSantiago de Compostela, e aindaMaria da Graça, membro do Cen-tro Jacobeo do Porto.

No seu discurso, o presiden-te da Câmara de Valongo além deenaltecer o evento, recordaria quedas pessoas que algum dia já fize-ram os caminhos de Santiago ecom quem já teve a oportunidadede falar, todas elas lhe transmiti-ram a sensação de terem feito algode profundamente marcante, umaexperiência única, testemunhosque levam o autarca a sentir umaguçado interesse em o experi-mentar, conforme confessou, dei-xando a promessa que num qual-quer dias destes acompanhará oTerra Verde numa das suas cami-nhadas/peregrinações a Santiago.

Dualidade caminhada/pere-grinação que serviria precisamen-te de mote para o momento se-guinte destas jornadas. “Peregri-no ou Caminheiro?”, o nome dodocumentário realizado por JoséBeça, uma presença habitual nasjornadas levadas a cabo pelo Ter-ra Verde, que transpôs para ovídeo uma série de imagens e de-poimentos de pessoas que vi-venciaram as várias etapas orga-nizadas pela associação ermesin-dense. Seriam essas pessoas de-votos peregrinos ou meros cami-nheiros? Precisamente a essênciadeste mesmo documentário, des-cobrir com que espírito estas pes-soas percorrem os caminhos deSantiago, e a resposta que encon-trámos após visionar o trabalhode José Beça – excelente por sinal–, é que esta é uma jornada quepode ser abraçada com a mesmacarga de emoção e entrega tantopor peregrinos como por cami-nheiros. Peregrinos fazem-no pro-curando refletir sobre a sua vidacristã, procurando a fé que muitasvezes julgam perdida, tentando en-contrar a paz de espírito que farácom que se sintam bem consigopróprios, enquanto que caminhei-ros o fazem para descobrir cultu-ras, saberes, mas também para se(re)descobrirem a si próprios,

Factos e lendasem volta de Santiago

E marcantes foram igualmen-te as intervenções do rico painelde oradores presentes, interven-ções que giraram em torno da his-tória e da lenda do apóstolo Tiago.

Alcina Martins, vice-reitorada Universidade do Porto e cominúmeras publicações e participa-ções relacionadas com os Cami-nhos de Santiago, foi a primeira aintervir. E fê-lo com o tema “OsVotos de Santiago na Idade Mé-dia: um tributo gerador deconflitos”, uma temática tãoantiga e ao mesmo tão atualem certos aspetos, comomais à frente iremos ver. Ahistoriadora centrou a sua co-municação na questão dostributos – ou impostos – quea igreja criou na Idade Médiacomo forma de “alimentar”toda a estrutura, digamos as-sim, em volta de Santiago.Para compreender melhor aquestão dos votos de Santia-go fez uma deliciosa e por-menorizada viagem no tem-po, recordado a lendária ba-talha de Clavijo, no ano de834, na qual o rei Ramiro I,das Astúrias, se viu ajudadopor um desconhecido cava-leiro montado num cavalobranco que, com a sua espada, ata-cava os mouros que até então nun-ca haviam sido derrotados peloscatólicos que ocupavam a regiãonorte da Península Ibérica. Con-victo de que esse desconhecidocavaleiro que ajudou os cristãos aderrotar os mouros era nem maisnem menos do que Santiago, o reiRamiro I, para demonstrar a grati-dão ao apóstolo, prometeu doar àigreja de Santiago um dízimo domelhor vinho e trigo provenientesdas terras da região pertencentesaos cristãos. Dali em diante todosos camponeses da região deveri-am pagar à igreja uma medida depão e outra de vinho. As diocesesde Braga e do Porto não concorda-riam (mais tarde) com esta medi-da, e como eram pontos impor-tantes de passagem dos peregri-nos a caminho de Santiago acha-

vam-se no direito de cobrar os seuspróprios votos. Fizeram-se juntodos camponeses cristãos dasrespetivas regiões, sob pena decaso estes não pagassem o referi-do tributo serem excomungados edeixarem de viver em paz e gozarda liberdade religiosa que possuí-am. No século XVI, e numa altu-ra de profunda crise, este tributoa Santiago sofreu um aumento –onde é que já ouvimos isto nosdias de hoje?, gracejou a historia-dora – e originou a revolta dopovo, merecendo a intervençãode reis, de bispos, e até do papa.Houve uma luta enorme na ten-tativa de travar o ímpeto da igre-ja, acabando os votos a Santiagopor conhecer o seu fim já no sé-culo XVIII, e o curioso nesta his-tória é o facto de que mesmo re-voltados com o(s) aumento(s) dotributo a Santiago o povo católi-co nunca deixou de mostrar de-voção pelo apóstolo de Cristo.

Caminhos de Santiago que seespalham por toda a Europa e vãode encontro aos caminhos espa-nhóis. Entre os caminhos trilha-dos no Velho Continente encon-tram-se os caminhos portugueses,percursos que tocam várias locali-dades do nosso país e sobre asquais foram deixadas marcas aolongo de vários séculos. A cidadedo Porto guarda inúmeras marcasdos Caminhos de Santiago, sendoprecisamente este o tema que deuorigem à intervenção seguinte, ade Manuel Araújo, técnico supe-rior do Arquivo Histórico Muni-cipal do Porto, que trouxe a estasjornadas a comunicação intitulada“Os Caminhos de Santiago no

Porto”. Um trabalho que expõeprecisamente as várias marcas queo Porto guarda, ou guardou e quejá não existem, relacionadas comeste ritual que carrega já 12 sécu-los de existência. Marcas várias,como por exemplo a imagem deSantiago esculpida em madeira quese encontra nos claustros da Séportuense, fazem parte desse ricoespólio. Manuel Araújo traçouainda os caminhos que os peregri-nos faziam na Idade Média quan-do passavam pelo Porto rumo aSantiago de Compostela. Recor-dou que numa época em que oDouro não era atravessado porpontes o trajeto da ligação Gaia-Porto era feito através de barcas,as quais atracavam no cais da Ri-beira deixando peregrinos que daliseguiam por ruas específicas dacidade onde as marcas de Santiago

estavam tão vincadas. Recordou,por exemplo, o primeiro albergueexistente no Porto a acolher osperegrinos, ou meros caminheiros,a Albergaria de S. Crispim, ou S.Crispiniano, datada de 1301. Lem-brou ainda a passagem do rei D.Manuel I pelo Porto, em outubrode 1502, quando este se dirigia emperegrinação rumo a Santiago, his-tória esta que aliás serviu de pon-to de partida para a elaboração des-ta comunicação apresentada emErmesinde. Uma passagem realenvolta em alguma polémica, naépoca, já que o rei criou um im-posto específico, chamado definta, para custear as despesas dasua estadia – e da restante corte –na cidade portuense.

Histórias lendárias que tive-ram seguimento na intervençãoseguinte, a do reputado arqueólo-go e historiador portuense JoelCleto, que nestas jornadas abor-dou a lenda envolta sobre Santia-go. História e lenda que muitas dasvezes surgem de mãos dadas, con-

forme o historiador deu a enten-der, aludindo à origem de Santia-go, e do mito em seu redor, comouma lenda. A longevidade do tem-po provoca a imprecisão quanto àdata de início do mito de Santiago,o da descoberta do túmulo doapostolo na Galiza e do que dalidaria origem, a construção do san-tuário e o início das peregrinações.Documentos há que mostram da-tas como 814, ou 816, enquantoque outros apontam para o ano de820, ano este apontado como o dadescoberta do sepulcro apostóli-co por parte do ermitão de nomePelaio. Sobre este dado histórico,Joel Cleto lembraria que em toda aEuropa só existem duas sepultu-ras de apóstolos de Cristo, a de S.Pedro, em Roma, e a de S. Tiago(ou Santiago) na Galiza. A Santia-go é pois atribuída a responsabili-

dade da evangelização da Penín-sula Ibérica, pese embora o histo-riador tenha referido que as refe-rências mais antigas da civilizaçãonão falam no apóstolo Tiago comoo introdutor, por assim dizer, dacristianização da Península Ibéri-ca. Reza a lenda que a primeirareferência cristã na península ocor-re na Carta aos Romanos porparte de S. Paulo, no ano de 58,na qual este dá conta da sua in-tenção em visitar esta região. Nãose sabe porém se de facto esteapóstolo terá ou não visitado apenínsula, uma vez que não teráficado qualquer vestígio da suahipotética vinda. Há portanto umleque variado de versões, ou len-das, como Joel Cleto inicialmen-te aludiu à história de Santiago,bem ao estilo da igreja, que se-gundo o historiador sempre teveo hábito de cristianizar sepultu-ras – e consequentemente criarmitos – ao longo da história.

E como peregrinação – ou ca-minhadas – não estão dissociadas

de hospitalidade a última in-tervenção da tarde, que abor-dou precisamente esta partefundamental dos Caminhosde Santiago, precisamente ahospitalidade. Tema introdu-zido pelo historiador galegoCelestino Rosal, também eleum especialista em questõesrelacionadas com Santiago, eque em Ermesinde estabele-ceu a ligação que existe entrea hospitalidade e os cami-nhantes/peregrinos. Descre-veu as albergarias das váriasépocas e o que ofereciam aoscaminhantes/peregrinos, oscuidados que lhes prestavame a importância que foramtendo ao longo de séculos nasustentação do ritual dos ca-minhos de Santiago.

Posteriormente a este desfi-lar de factos históricos e lendáriosem redor de Santiago foi apresen-tado o livro de António Sá Gué,escritor habitualmente presente naFeira do Livro de Ermesinde, quea convite da organização destas jor-nadas deu a conhecer “Ultreia! Ca-minhos sem Bermas”. Com pala-vras do próprio autor, o livro éuma espécie de simbiose entre ocaminho físico e o caminho interi-or, onde a personagem, ao percor-rer os caminhos de Santiago, vairecolhendo aspetos de tudo aqui-lo o que o rodeia, estabelecendouma ponte entre o caminho físicoe o caminho interior.

Já no cair do pano destas IJornadas dos Caminhos de Santi-ago, o presidente da Direção daÁgorarte elogiou e agradeceu a ini-ciativa do grupo Terra Verde.

Classificados pela UNESCO como Património da Humani-dade, os Caminhos de Santiago vão muito além de um simplesritual cristão seguido por peregrinos do Mundo inteiro que aCompostela se deslocam no sentido de venerar ou prestartributo ao apóstolo São Tiago. Na verdade este ritual – conti-nuemos a denominá-lo desta forma – transcende as fronteirasde cristandade, calcorreando os patamares da culturalidade,ou mesmo da introspeção que caminheiros – cristãos ouateus, homens e mulheres com mais ou menos fé – vindosdos mais diversos pontos da aldeia global procuram, natentativa de se (re)descobrir a si próprios ou simplesmente detestar as suas capacidades físicas e mentais ao embarcarnesta longa jornada. Esta múltipla essência dos Caminhos deSantiago, por assim dizer, esteve a descoberto em Erme-sinde, no passado dia 15, durante as I Jornadas dos Cami-nhos de Santiago, evento organizado pelo Terra Verde –Grupo de Pedestrianismo de Ermesinde e pela Ágorarte –Associação Cultural e Artística.

NO ÂMBITO DAS I JORNADAS DOS CAMINHOS DE SANTIAGO

FOTOS MANUEL VALDREZ

meditarem sobre a vida, testaremos seus limites físicos e mentaisnuma longa jornada.

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 9Destaque

• XXI MAGICVALONGO • XXI MAGICVALONGO •FESTIVAL LUSO-ESPANHOL DE ILUSIONISMO

Magic de 2012...em versão ibéricasó em Ermesinde

AVE

A vigésima-primeira edição doMagicValongo, agora com o subtí-tulo Festival Luso-Espanhol deIlusionismo, decorreu este fim-de-semana, a 29 e 30 de setembro, no

Fórum Cultural de Ermesinde.Carecido de apoios que pudessem

projetá-lo mais, como merece, este gran-de evento do Ilusionismo trouxe, aindaassim ao palco de Ermesinde – aondeficou este ano exclusivamente sediado,uma mão cheia de artistas da Magia,

que trocaram os olhos aos espetadorese os encantaram e surpreenderam coma sua habilidade, engenho e criatividade.

O Magic teve a sua abertura oficialàs 10h00 de sábado, dia 29 de setem-bro, tendo-se logo aí aberto a FeiraMágica, um espaço sempre de muitoagrado dos iniciados da Magia.

O primeiro evento sumarento tevelugar logo a seguir, com a 1ª Conferên-cia/Workshop de Jarri Marquerie.

E ainda na manhã de sábado, antesdo intervalo para almoço, teve lugarum dos momentos mais aguardados doMagic, a Gala de Close-up.

Foi ainda com o prolongamento dofoco do Magic no Close-up que come-

çou o programa da tarde de sábado,com a realização do Concurso deClose-up, a que se seguiu, cerca de duashoras depois, outro concurso, o dePalco.

Após o jantar foi então a vez domomento mais esperado e grandiosodo Magic 2012 – a Gala Internacional.

O programa de domingo, mais leve,proporcionava mais um dia de exposi-ção para os stands da Feira Mágica,tendo decorrido da parte da manhã a 2ªConferência, da responsabilidade doMago Kiko.

O almoço convívio entre orga-nizadores, artistas e convidados ter-minou com chave de ouro mais este

evento mágico que aproveitou a velhafábrica da telha para a transformar, pordois dias, numa fábrica de ilusões.

Além dos conferencistas do XXIMagicValongo (Jarri Marquerie e Ma-go Kiko, de Espanha), estiveram pre-sentes os ilusionistas Artur Santos eFrancisca Marques Vidal (Portugal) eos espanhóis Martin Camiña, RomanPastur, Jose Carlos, Gérman Martinez,Conde Ropherman e Albert.

Ao certame compareceu o presi-dente da Câmara Municipal de Valongo,João Paulo Baltazar.

Outra personalidade presente noevento foi o presidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, Luís Ramalho.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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10 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Local

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

Jantar-convíviodo PSD de Alfena

O PSD de Alfena juntou nopassado dia 22 de setembro,num restaurante em Alfena,centena e meia de militantesnum jantar convívio.

O evento serviu para mar-car o arranque do novo anopolítico da Comissão Políticado PSD de Alfena, eleita emjunho último.

O evento contou com inú-meros militantes e simpatizan-tes do PSD entre os quais sedestacam algumas “referênci-as”, como Guilherme Roque,Manuel Oliveira ou MoazyrMarques.

Marcaram ainda presençaMiguel Santos, vicepresidenteda Comissão Política Distrital

do Porto do PSD e ainda vi-cepresidente do Grupo Parla-mentar do PSD na Assembleiada República, Simão Ribeiro,deputado e presidente da JSDDistrital, João Paulo Baltazar,presidente da Secção de Va-longo do PSD e presidente daCâmara Municipal de Valongo,Trindade Vale, vicepresidenteda mesma autarquia, e CésarVasconcelos da JSD/Valongo,entre outros.

Daniel Feliz, o recém-elei-to presidente do PSD de Al-fena, destacou na sua interven-ção a capacidade de mobi-lização dos militantes do PSDe o entusiasmo crescente quese começa a sentir nas ruas de

Alfena em torno do partido,«…aumentando por isso asnossas responsabilidades…».O novo líder afirmou ainda deforma clara perante os presen-tes que «…o PSD vai concor-rer nas próximas eleiçõesautárquicas à Junta de Fregue-sia de Alfena com o seu candi-dato…».

O jantar ficou ainda marca-do pelo anúncio feito pelo pre-sidente da Câmara Municipal deValongo de que o Executivocamarário liderado pelo PSDpassa agora a contar com SérgioSousa, que também é vicepre-sidente da Comissão Política doPSD de Alfena.

A entrada de Sérgio Sousa évista como um reforço na equi-pa de vereadores do PSD paraas lutas que se avizinham, e«…merece o total apoio do par-tido em Alfena», porque se sabe«que estará à altura dos desafi-os» esperados, «muito em es-pecial aqui em Alfena…», refe-riu Daniel Feliz.

Miguel Santos, por seulado, deixou uma palavra degrande confiança em Daniel Fe-liz, que conhece muito bem,depositando inteira confiança«…na capacidade do jovem lí-der em congregar a família soci-al democrata alfenense, para queo PSD volte a ser a primeiraforça política da Cidade...».

Festa-convíviodo PS emAlfena

LC

Decorreu no passado sá-bado, dia 8 de setembro, noCentro Cultural de Alfena, aFesta Convívio do PS deAlfena – Mudar Alfena. Oevento, no qual esteve presen-te o atual presidente da Co-missão Política Distrital, JoséLuís Carneiro e o presidenteda Concelhia, José ManuelRibeiro, pretendia ser uma es-pécie de novo arranque do Par-tido Socialista em Alfena, de-pois dos “estragos” provoca-dos há dois anos pela candida-tura da Coragem de Mudar.

De notar que, para alémdeste convívio razoavelmenteparticipado – acima das ex-petativas do seu principal diri-gente concelhio, como nosconfidenciou – o PS de Alfenatambém abriu a sua nova sedeem Alfena, situada não muitolonge do centro Cultural, masna direção de Cabeda.

Quanto à Festa Convíviodo PS de Alfena propriamentedita, esta contou com músicaao vivo – Tony Garcia (queabriu e fechou o evento artís-tico) e MTV Dance –, anima-ção para as crianças, incluindofacepainting, insufláveis e co-mes e bebes para todos, inclu-

indo porco noespeto e bifanas.

Entre ou-tras personali-dades locais doPS, a festa con-tou também coma presença dosocialista Alfre-do Sousa, o pre-sidente da Jun-ta de Freguesiade Campo e Pau-lo Gomes, depu-tado municipal edirigente localde Alfena.

Usaram da palavra o líderdistrital José Luís Carneiro, queabordou as questões do momen-to político e da situação nacio-

nal, o líder valonguense José Ma-nuel Ribeiro, focando mais a atu-al realidade do concelho, e PauloGomes, sobre a renovada reali-dade socialista local.

FOTO PSD ALFENA

FOTOS URSULA ZANGGER

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 11

TCalho

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Acampamento do Terra Vivacondena mini-hídricano Alto do Castelo

LC

Decorreu de 7 a 9 de setem-bro, no lugar da Queiva, juntoao rio Ferreira, num «local fre-quentado tradicionalmentecomo local de lazer pela popu-lação local e grupos de atividadede ar livre, junto às ruínas deantigas azenhas, nolugar da Azenha, nafreguesia de Campo»,o AcampamentoLibertário/Alternati-vo do Terra Viva, ini-ciativa cujos objeti-vos eram a «sensibi-lização geral para adefesa do local e daszonas protegidasenvolventes (ParquePaleozoico de Va-longo, Biotipo Co-rine – parte da RedeNatura 2000) contraas ameaças de cons-trução de uma mini-hídrica im-posta pelo governo central –entre outras ameaças anti-eco-lógicas locais; a promoção do«convívio e reforçar os laçosentre pessoas e coletivos desensibilidade libertária/alterna-tiva socialmente interveni-entes»; e, finalmente «divul-gar ideias, práticas e linhas ge-rais de intervenção libertária em

geral e anarco-sindicalista emparticular».

O acampamento, que de-correu com base em decisõesassembleárias em democraciadireta, era gerido com base emprincípios de autogestão, an-tipatriarcalismo, antisexismo eantirracismo, apoio mútuo,

ecologismo radical, auto-res-ponsabilidade, antielitismo eanti-hierarquias e interação po-pular positiva.

Do programa constaram, namanhã do dia 7, a receção aosparticipantes, com apresenta-ção dos coletivos e passeio pelaárea envolvente e a assembleiade participantes, com apresen-tação, discussão e eventuaismelhoramentos ao programa

proposto; seguiu-se o almoçocomunitário, e da parte da tardea montagem de bancas de divul-gação e a montagem de exposi-ção de cartazes, cartoons li-bertários e documentação his-tórica; realizou-se ainda um pi-quete de distribuição de folhe-tos à população local, terminan-

do o programa oficialdo dia com o jantarcomunitário.

Na manhã de sá-bado realizou-se opasseio pedestre “Tri-lho de interpretaçãoflorestal e ambientaldo Alto do Castelo”e parte da “Trilhaecossocial do vale doFerreira”.

Após o almoçohouve convívio entreos participantes e ànoite discussões acer-

ca dos vários temas entretantopropostos.

No domingo, após o almo-ço, realizou-se uma assembleiapara aprovação das conclusõesdeste acampamento e umaautoavaliação deste.

Entre as conclusões ressal-ta a aprovação da declaração“Não ao Projeto de Mini-Hídrica no Alto do Castelo”, quese divulga ao lado.

CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGOPRÉMIO NACIONAL DE BOAS PRÁTICAS LOCAIS – CATEGORIA AMBIENTE

EDITAL

CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA DE AQUEDUTO PÚBLICO

SUBTERRÂNEO SOBRE PARCELA DE TERRENO NECESSÁRIA À EXECUÇÃO

DA OBRA “CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE ÁGUAS

PLUVIAIS: LARGO DA PAZ - CAMPO”

Arménio Pedro Silva, Vereador com delegação de competência conferida por des-pacho do Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Valongo, faz público:

Nos termos do Art.º 17º da Lei n.º 168/99 de 18 de setembro (Código de Expropria-ções) e demais legislação especial, que por despacho do Senhor Secretário de Estadodo Ambiente e Ordenamento do Território de 21 de agosto de 2012, publicado no Diário daRepública 2ª série, n.º 177 de 12 de setembro de 2012, foi determinada a constituição, afavor da Câmara Municipal de Valongo, de servidão administrativa de aqueduto públicosubterrâneo com vista à execução da obra “Construção, conservação e reparação deáguas pluviais, no Largo da Paz, em Campo, sob o prédio sito na Freguesia de Campo,inscrito na matriz predial rústica da referida freguesia sob o artigo 591 e descrito naConservatória do Registo Predial de Valongo sob o n-º 3344/20060106, propriedade deAdelina Alves Mendes Pereira, na extensão de 24m de comprimento e 1m de largura.

Nestes termos, vai proceder-se em conformidade com o preconizado nas citadasleis, a fim de se efetuar a posse administrativa da parcela acima, com vista à concretizaçãoda obra.

Valongo e Paços do Concelho, aos 19 de setembro de 2012O Vereador,

Arménio Pedro

@s participantes e visitantes do Acampamento Libertário/Alternativo 2012, na zona de Alto doCastelo, Azenha, Valongo, provenientes das seguintes cidades: Atenas, Berlim, Dusseldorf, Ermesinde,Faro, Grenoble, Lisboa, Porto, Timisoara, Valongo, reunid@s em assembleia no dia 9 de setembro de 2012e cientes do autêntico atentado sócio-ambiental e cultural que significa a resolução do atual Governoportuguês de impor, contra a vontade da população local, de várias associações sócio-ambientais e culturais,da Faculdade de Ciências do Porto, da Freguesia de Campo e do próprio Município de Valongo, um projetode aproveitamento hidro-elétrico (mini-hídrica) no rio Ferreira, na Zona Protegida do Alto do Castelo – lugarda Queiva (parte integrante da Rede Natura 2000 e do Parque Paleozoico de Valongo), projeto esse jácontestado legalmente e reprovado em 2011 pelas entidades acima referidas, vêm por este meio:

1º- Alertar a opinião pública contra esta decisão autoritária e arbitrária do atual Governo, que a ser postaem prática terá consequências irreversíveis sobre o património ambiental, biológico, científico e culturaldaquele local;

2º- Apelar à visita ao local de todas as pessoas interessadas na sua defesa de forma a observarem e aconhecerem melhor as razões desta nossa tomada de posição;

3º- Apelar também, de forma veemente, à mobilização da chamada “sociedade civil”, das associaçõesjuvenis, populares, culturais, ambientais e das estruturas e coletivos locais, formais ou informais, da regiãodo Porto Metropolitano, de forma a que possamos impedir este atentado;

4º- Iniciar desde já uma Campanha à escala local, regional, nacional e internacional para que esta resoluçãoautoritária do atual Governo não se concretize.

Defendamos as áreas Protegidas – e a proteger – das serras de Valongo!!Bem vindas as decisões da Câmara Municipal de Valongo – que esperamos se mantenham ao longo do

tempo – de oposição a este projeto!Organizemos encontros e sessões de informação e mobilização popular!Não ao projetto de mini-hídrica na Queiva – Alto do Castelo!

Valongo, 9 de Setembro de 2012

FOTOS URSULA ZANGGER Apelo/Protesto

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12 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Música

Regressaram osConcertos Promenadeao Coliseu do Porto

FILIPE CERQUEIRA

O concerto inaugural da 8ª temporada decorreu dia 16 de Se-tembro com a Orquestra Clássica de Espinho, dirigida pelo maes-tro Jean Marc Burfin, a interpretar obras de Antonín Dvorák,Camille Saint-Saëns, Paul Dukas e Leroy Anderson.

Este ano a presente temporada conta com a seguinte programação:

14/10/2012Prelúdio à sesta de um Fauno de DebussyOrquestra Filarmonia das Beiras

18/11Concerto para violoncelo e orquestra de Saint-SaënsOrquestra do Norte

30/12Semper Fidelis de J. Philip de SousaBanda Sinfónica Portuguesa e Monumental Circo do Coliseu do Porto

20/01/2013Concerto para violino de Max BruchOrquestra Académica Metropolitana

17/02Um americano em Paris de GershwinOrquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo

17/03Pedro e o Lobo de ProkofievOrquestra ARTAVE

14/04Quadros de uma Exposição de MussorgskyOrquestra Sinfónica da ESMAE

12/05In C de Terry RileyDrumming Grupo de Percussão

02/06Carmina Burana de Carl OrffOrquestra Filarmonia das Beiras e Coro da Universidade de Aveiro

Os concertos começam sempre pelas 11h30h, a hora habitual aque já nos habituaram uma vez por mês aos domingos, com a dura-ção aproximada de uma hora, com intervalo. É uma oportunidade dedescobrir obras importantes de compositores de referência que aju-dam à formação do público mais jovem. Em todas as orquestras eagrupamentos a formação é quase toda portuguesa e a sua diversida-de regional demonstra o ecletismo da escolha que se mantém deoutras temporadas. É uma aposta clara e uma necessidade de darcada vez mais lugar aos mais novos para mostrarem o seu trabalho.

Para este concerto, os músicos reuniram-se em estágio duranteuma semana com o maestro francês Jean Marc Burfin, professorda Academia Superior de Orquestra e maestro titular da Orques-tra Académica Metropolitana, sendo na temporada 2003/2004

diretor artístico desta última.Nas palavras de alguns mú-

sicos entrevistados «foi um tra-balho muito intenso que se reali-zou», a que se juntou uma formamais «aberta de diálogo» com to-dos os elementos de cada naipe/grupo de instrumentos por par-te do maestro. No entender des-tes músicos, já habituados a li-dar com vários maestros ao lon-go de uma temporada, «foi ummaestro preocupado em ouvir asnossas preocupações estilísticase formais e que explicava o por-quê das suas decisões». A únicanota negativa era a constataçãode não saberem quando iriam re-ceber os seus honorários.

Houve uma introdução ao espírito destes concertos por partedo comentador Jorge Castro Ribeiro, antecedida de pequenas per-guntas que apareceram na tela de modo a introduzir a personagemdo Mickey Mouse ao palco, personagem central deste concertocom o qual o comentador fez algumas brincadeiras, para delícia dopúblico, que preencheu boa parte dos lugares do Coliseu, trazendopais e avós, num simbiose de 3 gerações.

A orquestra apresentou-se primeiramente com a Dança EslavaOpus 72 n.º 2. Uma dança muito ao estilo romântico de valsa, cheiade floreados por parte do violinista solista. Nesta interpretação osrestantes elementos das cordas acompanhavam com um pizzicatomuito tímido e quase inaudível por vezes. A parte central lembrapor vezes o estilo vienense de Mahler.

De seguida ouviu-se a Dança Macabra de Saint-Säens. À partealgumas hesitações na entrada de alguns elementos de metais e dafalta de vivacidade do violinista solista, que foi muito respeitadorpara com o tempo e pouco afeito ao efeito dantesco e subversivo deuma morte que andava por todo o lado (como contraponto aotempo inflexível das cordas), as madeiras estiveram impecáveis nocaráter jocoso e nas entradas e a parte dos xilofones que se asseme-lha ao som de ossos a bater, de um esqueleto a dançar lembrououtras peças relacionadas com a Morte, como o são as obras parapiano e orquestra "Malédiction" e "Totentanz", ambas de FranzLiszt, compositor e pianista húngaro idolatrado por Saint-Säens.

A peça central mostrou como música e imagem podem serunidas numa obra prima.

Enquanto se ouvia o Poema Sinfónico "O Aprendiz de Feiticei-ro" de Dukas, eram projetadas na tela partes do filme "Fantasia",de Walt Disney (1940).

A melhor forma de compreender este filme e a sua música seráusando a analogia da "moral que aparece no final de cada históriainfantil". Um excelente filme de introdução das crianças ao que é ovalor do trabalho feito passo a passo, da música enquantocaracterizadora de todos os nossos momentos vivenciados a cadadia e da importância que devemos dar aos nossos sonhos.

Por fim, foram apresentadas três peças do norte-americanoLeroy Anderson, introduzidas pelo comentador, como lembrando

Esta referência remeterá para filmes sobre casos amorosos,dúvidas existenciais e o mundo meio louco nova-iorquino? Talvezfosse melhor referir a música da Pantera Cor-de-Rosa ou as inesgo-táveis aventuras de Tom & Jerry, conhecidas por todos.

E se era música para banda que queriam apresentar, por que nãoapresentar excelente música portuguesa para Banda, já que até muitosdos elementos da orquestra por lá tocam e estão mais familiarizados?

Fica aqui o reparo para próximos concertos.

.

"os filmes de Woody Allen".

FOTOS FC

ERMESINDEA VOZ DE

Comunica-se aos Senhores Assinantes de

“A Voz de Ermesinde” que o pagamento da assina-

tura (12 números = 9 euros) deve ser feito através

de uma das seguintes modalidades, à sua escolha:

• Cheque - Centro Social de Ermesinde

• Vale do correio

• Tesouraria do Centro Social de Ermesinde

• Transferência bancária para o Montepio Geral- NIB 0036 0090 99100069476 62

• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto

AnuncieAqui

Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 896 • 30 de setembro de 2012 • Coordenação: Miguel Barros

13º Torneio Internacionalde Basquetebol do CPN13º Torneio Internacionalde Basquetebol do CPN

Ermesinde foidurante seis diasa capital nacional

do basquetebolde formação. Maisde 400 atletas, em

representação de34 equipas nacionais

e internacionaisparticiparam

na 13ª ediçãodo Torneio

Internacionalde Basquetebol

do CPN. O eventoevidenciou o clubeda nossa freguesia

como umdos GRANDES

do país ao nível dosetor da formação

de basquetebolistas,e a prova dissoé o facto de os

cepeenistas teremarrecadado a

maioria dos títulosem disputa.

Ao alcance demuito poucos,não

há dúvidas.FOTO MANUEL VALDREZ

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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012DesportoII

BILHAR

FOTO VOXX CAFFÉ

TÉNIS

CORRESPONDENTESCORRESPONDENTESSE TEM UM GOSTO PARTICULAR

POR ALGUMA MODALIDADE

E GOSTA DE ESCREVER,

PORQUE NÃO NOS AJUDA A FAZER

UM “ERMESINDE DESPORTIVO”

MELHOR?

A tacada de abertura da SuperligaBilharsinde 2012/13…

MB

Podem até parecerrepetitivas as palavrasque aplicamos no iníciode cada época à Super-liga Bilharsinde (SB), ouao universo de competi-ções que a rodeiam, mascomo se costuma dizer,contra factos não há ar-gumentos, e o que é cer-to é que a competição ra-inha do Voxx Caffé conti-nua a crescer de ano paraano. Senão vejamos. Em2012/13 a prova, que teveinício no passado dia 24de setembro conheceu oseu início, irá contar coma participação histórica de71 equipas (!), as quais se-rão divididas por sete gru-pos de nove equipas cadae um de oito. Paralelamen-te à SB o Voxx Caffé vaivoltar a organizar estatemporada a Liga Bi-lharsinde (a qual serácomposta por 20 conjun-

tos), a Liga BilharsindeJúnior (com cinco equi-pas), e a sua grande novi-dade que dá pelo nome deBilharsinde Cup, prova des-tinada à vertente feminina, eque neste ano de estreia con-tará com a presença de umamão cheia de equipas.

Mas viajando agora atéàs incidências da 1ª rondada SB, comecemos pela Sé-rie A, onde se registou omaior número de triunfosforasteiros, três para ser-mos mais precisos. CaféQuinta Amarela (no salãodo Café Laser, por 10-6),Café Novo Espaço/T.E. (emcasa dos estreantes Café Pop,por 9-7), e o Café S. Brás “B”(no salão do Estrela de Ba-guim, também por 9-7) foramentão os combinados que fi-zeram a festa fora de portasneste arranque de competi-ção. A única vitória caseiradesta série pertenceu ao es-treante Clube Bilhar Bola 3,que diante do seu público

derrotou o C.S. Trofa/GM-LUX por 10-6.

Arranque positivo tive-ram igualmente os campe-ões em título da 1ª Divisãoda temporada passada, oClube Bilhar Pedro Grilo,que, na Série B, bateram noseu reduto o New Academypor expressivos 11-5.

Neste grupo apenas umaequipa não conseguiu bene-ficiar do fator casa, maisconcretamente o Abba, quenão foi além de um empate(a oito pontos) com os ca-loiros do Café Castor. Todosos outros conjuntos recebe-ram e derrotaram os seusoponentes. Na Série C des-taque para a vitória expres-siva (12-4) obtida pela CasaVieira – uma das boas sur-presas da época passada –no salão do Café Cantinho.Pela negativa há que desta-car o mau arranque das equi-pas do Voxx Caffé. Na SérieD o Voxx Club Bilhar “C”perdeu no salão do Café

Novo Espaço por 6-10, aopasso que na Série F ( a úni-ca que tem oito equipas) oVoxx Club Bilhar/Gesto foiderrotado em casa da Asso-ciação Recreativa de RioTinto por 9-7.

Outro dos grandes candi-datos ao título do escalãomaior da SB, a turma doPaparugui, bateu em casa – naSérie H – o Clube Bilhar Bola1 por inequívocos 12-4.

ClubeBilhar PedroGrilovence Supertaça

Como habitualmente a-contece antes do início decada época bilharística dascompetições organizadaspelo Voxx Caffé, decorreuno passado dia 10 de se-tembro a final da SupertaçaBilharsinde, prova que o-

pôs os campeões da 1ªDivisão da Superliga Bi-lharsinde e da Taça Bi-lharsinde da temporadatransata. E num encon-tro que se antevia degrande emoção o ClubeBilhar Pedro Grilo (naimagem), campeão da 1ªDivisão, bateu por 9-7 oPaparugui, levando paracasa o primeiro troféu datemporada 2012/13.

C.T. Ermesinde festeja seis anosde vida e entrega prémiosdo Torneio Escada 2011/12

FOTO CTE

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Decorreu a 29 de setembro último o jantar anual do Clube de Ténis de Ermesinde (CTE),evento que serviu não só para assinalar a passagem de mais um aniversário da coletividade– que este ano celebrou seis anos de vida – mas também para premiar os atletas que partici-param no Torneio Escada da época anterior, evento interno que o clube vem organizandotodos os anos. Presentes neste jantar – realizado na Churrasqueira da Estação – estiverammais de 70 atletas. Além dos “parabéns a você” ao menino CTE a noite seria aproveitada paraa realização do sorteio do Torneio Escada da época 2012/13.

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde Desporto III

FUTEBOL

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializado separadamente).Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto, João Queirós e Luís Dias.

Ermesinde com arranque muito aquémdo esperado no regresso à Divisão de Honrada Associação de Futebol do Porto

Não está a ser o regresso ao escalão maior da Associaçãode Futebol do Porto mais desejado por parte da famíliaermesindista.

Em três jogos realizados até à data a turma dos Sonhossoma apena um ponto em nove possíveis, fruto de um empatea zero bolas em Baião, à 2ª jornada, tendo nos outros doisencontros averbado outros tantos desaires caseiros.

O último deles aconteceu precisamente hoje (dia 30), anteo Nogueirense, por 1-3.

É certo que a procissão ainda vai no adro, mas não é menoscerto que os maus arranques muitas das vezes conduzem afinais menos desejados…

Dia 30 de setembro, o Ermesinde jogou de novo di-ante do seu público, desta feita recebendo o Nogueirenseem partida (na imagem de cima) alusiva à 3ª jornada, eonde mais uma vez pairou no ar a sensação de a turma danossa freguesia padecer de algum síndrome estranhoquando joga na qualidade de anfitrião. Desta vez, o No-gueirense parecia estar a jogar em casa, tal foi o seu as-cendente durante os primeiros 45 minutos da partida.

Disfrutando de inúmeros pontapés de canto, o pri-meiro golo dos visitantes surge num desses lances, a-pontados sempre pelo lado direito do ataque da equipavisitante. E após a execução do terceiro canto con-secutivo, aos 21 minutos, o capitão Ratinho surge aosegundo poste e sem grande oposição fez o primeirogolo da tarde. No minuto seguinte o mesmo jogador iafazendo o segundo para a equipa visitante não fosseuma excecional defesa do jovem guarda-redes er-mesindista, Pedro Magalhães. O Ermesinde só a espa-ços e sempre com grandes dificuldades conseguia che-gar à baliza adversária, desta forma chegando ao inter-valo em desvantagem no marcador.

Com o recomeço da partida, Leça, um dos mais in-conformados jogadores do Ermesinde em campo, temum lance em que cai na grande área, mas o árbitro nadaassinala. O mesmo Leça desfere, aos 60 minutos, umremate forte de longe, mas o guarda-redes do Noguei-rense, Ivo, defende sem dificuldades.

Quem não marca sofre, e aos 65 minutos os maiatosampliam a vantagem através de Fábio, que se isolou napequena área e só teve que encostar, tendo os jogadoresdo Ermesinde ficado a reclamar um alegado fora de jogo.

O treinador da casa tentou reverter o sinal mais daequipa visitante com a entrada de três jogadores aos 70minutos. Alterações no “xadrez” ermesindista que deramos seus frutos, já que aos 80 minutos Guedes reduziu adesvantagem.

No entanto foi a equipa do concelho da Maia, que an-tes do final da partida voltou a marcar por César, jogadorentrado na segunda parte, o qual aproveitou um lance emque o guarda-redes do Ermesinde esteve menos bem aoaliviar a bola, e fechou o resultado final com 1-3.

Nesta partida o Ermesinde alinhou com: Pedro Guima-rães; David (Castro, aos 70m), André Ribeiro, Dias e Del-fim; Guedes, Leça e João Silva (Sousa, aos 70m); Borges

(Flávio, aos 70m), Rui Pedro (André Vale, aos 62m) e Hugo. Trei-nador: Luís Magalhães. LUÍS DIAS

Ponto conquistado em Baião

No dia 23 de setembro os verde e brancos conquistaramentão o seu único ponto até à data, no reduto do Baião, e nasequência de uma igualdade a zero golos.

A Associação Desportiva de Baião começou melhor o jogoa tentar reduzir o Ermesinde apenas à defesa, porém os verde ebrancos nunca perderam o norte, mesmo com o forte vento e achuva constante. Houve períodos de muita agressividade no en-contro em que os jogadores, tanto de uma como de outra equipa,passavam mais tempo no chão que no jogo. Mais uma vez umapartida bastante sofrida por parte dos jogadores forasteiros quenunca baixaram os braços. O árbitro do encontro acabou com ojogo quando faltava ainda um minuto para o fim da mesma, istonuma altura em que o ermesindista Miguel seguia isolado para abaliza adversária! Com este empate o Ermesinde continua semvencer e soma agora 1 ponto em 6 possíveis.

Alinharam pelo Ermesinde os seguintes jogadores: PedroMagalhães, David (Miguel, aos 81m), Delfim, Dias, André Vale,Borges (Sousa, aos 63m), André Ribeiro, Leça (Flávio, aos63m), João Silva, Rui Pedro, e Hugo. Treinador: Luís Maga-lhães. MÁRCIO CASTRO

A derrota na estreia

No dia 16 de setembro o Ermesinde voltava a jogar no es-calão maior da Associação de Futebol do Porto, recebendoneste seu regresso o Oliveira do Douro (partida da imagemde baixo). Com bastante gente nas bancadas estava lançado orepto para um bom final de tarde a fazer lembrar outros voos daequipa verde e branca.

A equipa do Ermesinde apresentou-se para este jogo anteo Oliveira do Douro com uma equipa profundamente alteradatendo em conta a última época desportiva. A primeira partedesenrolou-se de uma forma bastante dura e com os jogado-res a obrigarem o árbitro a constantes interrupções na partida.Já não muito longe do final da primeira parte, ao minuto 38, deu--se um lance que acabaria por marcar o encontro. O clube visi-tante beneficiou de uma grande penalidade, muito contestadanas bancadas, convertida por Hugo e, no mesmo instanteGuedes foi expulso por uma falta cometida pouco tempo an-

tes. Desta forma a equipa da casa foi para o intervalocom menos um jogador e em desvantagem no encontro.

No reinício da 2ª parte, mesmo reduzido a 10 ele-mentos, o Ermesinde ainda conseguiu empatar por An-dré Ribeiro, aproveitando uma jogada de belo efeito, masaos 71 minutos Hugo bisou para a equipa de Vila Novade Gaia e ofereceu, assim, os 3 pontos à sua equipa. Apóso golo da formação visitante a equipa do Ermesinde vol-tou a pegar no jogo e a tentar, uma vez mais, o empate napartida, acabando com Sousa a realizar um pontapé debicicleta e a enviar a bola ao poste adversário.

No encontro com o Oliveira do Douro os verde ebrancos alinharam com: Pedro Guimarães; David, Del-fim, Dias e André Vale; Guedes, André Ribeiro e Leça(Flávio, 70); João Silva, Rui Pedro (Sousa, 66) e Hugo.Treinador: Luís Magalhães. LUÍS DIAS

Nota: Todos os resultados e classificações des-ta competição podem ser consultados na nossaedição on-line.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Desporto

BASQUETEBOL

Ecos da memorável 13ª edição do TorneioInternacional de Basquetebol do CPN…

É sem margem para dúvidas um dos grandes eventosdesportivos que anualmente tem lugar na nossa cidade. Um cer-tame destinado ao basquetebol de formação que tem catapultadoo nome de Ermesinde não só para os quatro cantos do nossoPortugal como também para o estrangeiro, de há uns anos a estaparte. E este ano este facto ficou – uma vez mais – nitidamenteevidente. Falamos do Torneio Internacional de Basquetebol doCPN, que este ano cumpriu a sua 13ª edição, e que pela primei-ra vez na sua história foi dividido por dois fins de semana conse-cutivos, tendo reunido à sua volta mais de 400 atletas nacionaise internacionais, as quais durante seis dias (21, 22, 23, 28, 29, e30 de setembro) vivenciaram momentos inolvidáveis diante depavilhões (Gimnodesportivo de Ermesinde e do CPN) quasesempre repletos de público – aqui reside mais uma nota muitopositiva do evento, a forte adesão de espetadores –, momentosnão só de grandes espetáculos desportivos mas também de sa-lutar convívio e amizade entre todos. Em termos de equipasestiveram em Ermesinde durante este período 34, oriundas devários pontos do país, bem como de Espanha e França.

Desportivamente falando o CPN foi digamos que o grandevencedor desta 13ª edição, já que venceu quatro (!) dos cincoescalões em competição. Começando pelo torneio de juniores aturma da nossa freguesia não deu chances à concorrência, ba-tendo na final da competição o Coimbrões por 47-32. Coimbrõesque ficaria com o 2º lugar do pódio final, seguidos – de formaclassificativa – do Seis Nadal (de Espanha), Sporting de Braga,C.T.M. de Vila Pouca de Aguiar e da Juvemaia. O CPN viu aindaa sua atleta Sofia Almeida vencer o prémio de jogadora maisvaliosa da competição.

Tanto em cadetes como em iniciados o torneio desenrolou--se em duas provas, A e B. Em cadetes as cepeenistas foramimperiais, conquistando os dois torneios, o A e o B. No primeiroderrotaram na final o Carnide por 43-24, ao passo que no segun-do venceram no jogo decisivo o Guifões por 55-30. Em termosclassificativos o torneio de cadetes A ficou assim definido:

1º CPN, 2º Carnide, 3º Seleção Distrital de Viana do Caste-lo, 4º Quinta dos Lombos, 5º José Régio, 6º Montgermont (deFrança). Quanto à jogadora mais valiosa, o título foi para acepeenista Catarina Rolo.

Já em cadetes B a classificação ficou assim ordenada:1º CPN, 2º Guifões, 3º António Aroso, 4º A.T.C. Famalicão. A

melhor jogadora foi Catarina Miranda, do CPN.Em iniciadas o título do torneio principal, isto é, a competi-

ção A, ficou em casa, tendo as ermesindenses batido na final aSeleção Distrital de Viana do Castelo por 50-25. No 3º lugardesta prova ficou o Lousada, ao passo que nas restantes posi-ções quedaram-se Desportivo de Leça, Cortegada (Espanha), eCaril (também de Espanha). A melhor jogadora foi a propagan-dista Eva Pereira.

Iniciadas B foi a única competição em que o CPN não feste-jou o título de campeão, acabando por ficar na 4ª e última posi-ção, atrás de C.T.M. Vila Pouca de Aguiar (1º), Juvemaia (2º), eVagos (3º). Dulce Duarte (Vila Pouca de Aguiar) venceu o prémiode melhor jogadora.

Paralelamente às competições de juniores, cadetes e inicia-das (todos eles na variante feminina) decorreram ao longo dotorneio várias demonstrações de mini-basquete, contando coma presença de várias equipas da região, neste caso com atletasmasculinos e femininos.

Agostinho Pinto, o coordenador da Secção de Basquete-bol do CPN, era no final deste 13º torneio internacional umhomem naturalmente feliz e orgulhoso pela forma comotudo tinha decorrido, classificando a edição como fantástica– a todos os níveis – e indiscutivelmente um dos melhorestorneios alusivos ao basquetebol de formação que anual-mente se realizam em Portugal, tendo ainda endereçado umagradecimento público a todos os patrocinadores, à CâmaraMunicipal de Valongo, à Junta de Freguesia de Ermesinde, emuito em especial aos pais de todas as atletas do CPN pelaajuda importante que deram ao longo destes dois fins de sema-na. Na cerimónia de encerramento e de entrega de prémiosmarcaram presença diversas personalidades públicas locais,entre outras os presidentes da Câmara e da Junta, res-petivamente João Paulo Baltazar e Luís Ramalho, bem como oanfitrião da festa, Paulo Sousa, presidente do CPN.

FOTOS MANUEL VALDREZ

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 13Património

Alfena na Terra da Maia• TEMAS ALFENENSES •

RICARDORIBEIRO (*)

ponderia diretamente ao Senado do Porto, dispunha de juiz parajulgamento de algumas questões e de uma companhia de ordenan-ças (milícia local extinta com o Liberalismo a que voltaremos emfutura oportunidade).

A atestar a importância de Alfena dentro da Terra da Maia está areferência do Pe. Luís Cardoso à existência de Pelourinho (símbolo depoder judicial local) no seu “Dicionário Geográfico” publicado em 1747:

«Esta Rua conserva ainda o antigo nome de Alfena, e tem nomeyo seu Pelourinho, que por descuido dos officiaes públicos daJustiça se vay cada vez arruinando mais, e mostra pela sua facturaser obra antiga.

Pertencem a esta freguesia o Lugares seguintes: Tres-Leça, Fer-raria, Oiteiro, Sisto, Codeceira, Rua, Baguim, Bargem, Igreja, Punhete,e Cabeda, e todos fazem o número de duzentos e trinta e sete fogos».

Pela discrição efetuada pelo Pe. Luís Cardoso, o Pelourinhosituar-se-ia no centro do Lugar da Rua, possivelmente no entronca-mento da estrada real Porto-Guimarães com a estrada medievalpara Valongo (atuais Rua de São Lázaro e Travessa do Moinho).

Mais à frente, o Pe. Luís Cardoso refere:«Sòmente no que respeita às sizas

reconhece sogeição esta Freguesia aoOuvidor do concelho da Maya, porser este Juiz das Sizas.

No mais tem ella seu Ouvidorparticular, que conhece de coimas, eacções de pouca quantia: tem seuProcurador da Ouvidoria, Meirinhoque também serve de Porteiro, dousQuadrilheiros, e quatro Jurados,tudo por eleição do povo, e confirma-ção do Senado do Porto: temalmotacé, que serve dous mezes, edesta sorte se vay seguindo por todoo ano, que conhece da almotaçaria,feito, e confirmado da mesma forma.»

Acerca da função do Almotacé,citamos Germano Silva, na sua obra«Porto, histórias e memórias»: «Eram

funcionários municipais, por regra dois, eleitos mensalmente,a quem cabiam as funções de obrigarem as padeiras, os carni-ceiros e os pescadores a abastecerem com abundância os mer-cados da cidade».

Assim, nas vésperas do Liberalismo, o «antigo concelho» daMaia (a Terra da Maia, para além do concelho incluía ainda Honrase Coutos menores, como eram os casos do Bailio de Leça, o Coutode Rio Tinto e a Honra de Aveleda, só para citar os principais), naComarca do Porto e Província do Minho correspondia, aproxima-damente, ao território entre o Ave e o Leça, integrando 48 paróqui-as: Águas Santas (atuais Águas Santas e Pedrouços), Alfena,Alvarelhos, Árvore, S. Lourenço de Asmes (atual Ermesinde), San-ta Maria de Avioso, São Pedro de Avioso, Barca, Barreiros (atual S.Miguel da Maia), São Martinho de Bougado, São Tiago de Bougado,Canidelo, São Mamede do Coronado, São Romão do Coronado,Covelas, Fajozes, Folgosa (antigas paróquias de São Salvador deFelgosa e de Santa Cristina do Vale Coronado, entretanto unidas,apesar da descontinuidade territorial), Fornelo, Gemunde, Gião,Gondim, Guidões, Guifães (actual Gueifães), Guilhabreu, Labruge,Lavra, Macieira, Milheirós, Mindelo, Modivas, Moreira, Mosteiró,Muro, Nogueira, Paranhos, Perafita, Retorta, Santa Cruz do Bis-po, Sanfins do Coronado (atual São Pedro de Fins), Silva Escura,Tougues, Vairão, Valongo, Vermoim, Vila Chã, Vila Nova da Telha,Vilar e Vilar do Pinheiro.

De notar que ao longo do tempo a sede do poder (a cabeçade Concelho) não foi sempre a mesma. Originalmente o castroda Maia localizava-se numa elevação na linha de cumeada quesepara os vales do Leça e do Douro e que ainda hoje designamosde Alto da Maia (na freguesia de Águas Santas). Foi lá que osMendes da Maia fixaram a sua residência. Posteriormente asede do poder municipal fixou-se na Vila do Castêlo da Maia

(freguesias de São Pedro e Santa Maria de Avioso e Gemunde) para,mais recentemente, se ter fixado na freguesia de Barreiros (a moder-na cidade da Maia). Ocorreram ainda algumas oscilações no territó-rio motivadas, fundamentalmente pela perda de importância doBailio de Leça ao longo dos séculos, o qual foi “perdendo” paróqui-as em favor do Concelho da Maia.

Como curiosidade, o primeiro ponto de território continentallibertado pelo Exército Liberal comandado por D. Pedro IV, em 08de julho de 1832, a “Praia dos Ladrões” (atual Praia da Memória),junto à aldeia de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra ePerafita, situava-se na Terra da Maia, avançando o Exército Liber-tador, no dia seguinte, para a Invicta Cidade.

Após a Guerra Civil, com a Reforma Administrativa do Liberalis-mo (1836) e graças a influências de “caciques” locais, as Terras da Maia

foram desmembradas em favor de novos concelhos então surgidos.

(*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Patri-mónio de Alfena.

Pe. Domingos Moreira, na sua obra “Alfena, a terrae o seu povo”, de 1973, refere que «o diploma data-do mais antigo que conhecemos sobre Alfena é o doArquivo Distrital de Braga (Cabido, Gaveta dosTestamentos, n.º 10), do ano de 1214, no qual D.Stefanina (Esteuaínha) fala dos “Leprosis de Alfena

et le Leprosis Portugali”».Por aqui se vê a importância da Gafaria de Alfena na história dafreguesia, importância que justificou a abordagem já efetuada, bemcomo o regresso a esse tema em futuras oportunidades.No presente artigo vamos privilegiar a evolução histórico-adminis-trativa da atual freguesia de Alfena durante o chamado Antigo Regime(Monarquia Absoluta), período em que integrou a Terra da Maia.

As Inquirições do “Bolonhês”

Por esta altura, Alfena era apenas um lugar da paróquiamedieval de “Sancti Vincentij de Queimadela”, como se podeverificar nas Inquirições de D. Afonso III de 1258. Nelas é-nosapresentado um quadro do que seria Alfena, ou melhor, São Vicentede Queimadela na Idade Média.

Sumariamente, S. Vicente de Queimadela é-nos apresentada comdividida em quatro lugares: a norte as “Ferrarias”, onde se localizavauma importante feira medieval e cujos terrenos eram pertença,maioritariament,e do Rei e da Gafaria de Alfena; a ocidente “Baguimde Alfena”, cujos terrenos eram maioritariamente pertença da Comendade Águas Santas e do Rei; a sul “Caveda”, cujos terrenos erammaioritariamente pertença do Rei (daí a expressão Reguengo deCabeda) e do Mosteiro de Santo Tirso (que, por esta altura, detinhao direito de padroado sobre a Igreja Paroquial); e ao cento e oriente a“Villa de Alfena” e “Traslecia”, cujos terrenos pertenciam, na totali-dade à Gafaria («totta villa Alfene est Leprosorum»). Acerca do lugarde Alfena e Traslecia é ainda referida a Honra de “Johannis PetriMadie” (João Pires da Maia) que, em 1307, vem novamente referidanuma Inquirição de D. Dinis: «Freeguesia de sam vicente daqueimadela ho Paaço dalffena com todaa villa dizem as testemu-nhas, que o tragem os gaffos por honra por rrazom que foy de domjoham pirez da Maia e deulha por sa alma. E porque era honradaem tempo de dom joham pirez, tragemna eles assy. Estê come está».

João Pires da Maia, filho de Pedro Pais da Maia, sobrinho-bisneto do “Lidador” Gonçalo Mendes da Maia e neto de EgasMoniz, foi um “rico-homem” do Reino de Portugal que teve a seucargo o governo da Tenência da Maia entre 1217 e 1226 e que terálegado no seu testamento a Honra de Alfena à Gafaria.

Foral Manuelino

No foral manuelino da Maia (1519) existem algumas referênci-as a casais e leiras reguengas em “Cabeda”, “Vagoim” e “Ferrarias”,a casais na aldeia de Cabeda que são pertença do Mosteiro de SantoTirso, e à própria “igreja de São Vicente dalfena”, que pagaria«duas galinhas» de foro.

A aparente omissão quanto ao lugar de Alfena apenas vem con-firmar a autonomia de que gozava este lugar face ao Julgado da Maia.

Alfena, como bem refere o Pe. Domingos Moreira, seria «umavila filial ou sufragânea da da Maia», que em alguns assuntos res-

Não se esqueça de pôr em diaa sua assinatura

de “A Voz de Ermesinde”.

ERMESINDE CIDADE ABERTAAssociação de Solidariedade Social

Está aberto concurso externo para provimento de vaga para Ajudante de Acção Directa(Ajudante de Lar/Ajudante Familiar), para integrar equipa do RSI

Condições gerais e específicas de admissão: 9º Ano de escolaridade; Formação e perfil adequado;Idade máxima 45 anos; Espírito de trabalho em equipa; Sensibilidade social.

As candidaturas deverão ser dirigidas ao Centro Social de Ermesinde (Departamento de RecursosHumanos – D. Júlia Almeida), Rua Rodrigues de Freitas, 2200, 4445-637 Ermesinde, em envelope fechadoacompanhado de curriculum vitae, fotocópias do bilhete de identidade, até 15 de Outubro de 2012.

Ermesinde, 28 de Setembro 2012

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14 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012História

Há 220 anos a França torna-se uma República

tos; quebra no comércio colo-nial (que resultou da perda deterritórios coloniais e de trata-dos comerciais cujas expetati-vas não se concretizaram) queprovocou um défice na balançacomercial francesa; falência in-dustrial e desemprego urbano(a política fisiocrática abriu omercado francês aos têxteis in-gleses e provocou desempre-go) provocando a fome e máscondições de vida à populaçãourbana; crise financeira e a ban-carrota estatal (os orçamentoseram cronicamente deficitários)o que provocou uma situaçãode insolvência financeira.

Ao mesmo tempo em quese manifestava a crise econó-mica e financeira, viveu-se tam-bém uma crescente agitação einstabilidade social. O Clero ea Nobreza mantinham-se comoordens privilegiadas, com to-dos os direitos senhoriais, en-quanto o Terceiro Estado (povoe burguesia) suportava quasetoda a carga fiscal e não tinhaquaisquer direitos políticos.

Esta situação de injustiçaera reclamada pela burguesia,inspirada nos ideais iluministas.Ela tinha consciência do seu efe-tivo valor económico, financei-ro e cultural. O povo, sucessi-vamente castigado com as su-jeições feudais, também estavacada vez mais descontente.

A Convocação dos EstadosGerais em janeiro de 1789, pararesolver a grave crise financei-ra, seria aproveitada pelo Ter-ceiro Estado para fazer as suas

MANUELAUGUSTO DIAS

EFEMÉRIDESSETEMBRO de 1929, em Ermesinde

recebia o snr. governador civil do Porto.(…) Com um ambiente de quase escuridade – não chegára

ez no passadodia 21 de setem-bro de 2012,precisamente220 anos sobre

reivindicações. Era o início daRevolução Francesa e o fim daMonarquia Absoluta.

Reunidos eno palácio deVersalhes, a partir de maio de1789, os representantes do 3.º

Estado assumiram-se comoAssembleia Nacional Constitu-inte. O povo aderiu ao movi-mento revolucionário, e no dia14 de julho de 1789, tomou aprincipal prisão do Estado – aBastilha, o que teve um impor-tante significado simbólico.

A Assembleia Nacional Cons-tituinte, entretanto, ia tomando

a data em que aFrança, na sequência da sua Re-volução de 1789, se tornou umaRepública.

É o 1º regime deste tipo quese instala num país europeu (re-cordamos que os Estados Uni-dos da América já o tinham im-plantado com a independência hámais de uma década). Quer numcaso, quer noutro, a filosofia po-lítica em que assenta o novo regi-me é a que foi desenvolvida edivulgada pelos iluministas fran-ceses setecentistas.

Convém recordar que, aotempo, a França era um dos pa-íses mais importantes da Euro-pa e do Mundo. Todas as gran-des transformações que lá ocor-ressem teriam influência nosoutros países europeus.

Entre 1730 e 1770, a Fran-ça viveu em crescente desen-volvimento e progresso, a ní-vel cultural e a nível económico.

A partir de 1770, porém,manifestou-se uma tendênciadepressiva que se carateriza pormaus anos agrícolas (uma sériede anos seguidos, de mau tem-po, provocou uma dramáticadiminuição de produção que serefletiu numa crise cerealífera,numa crise da viticultura e aténa criação de gado) que provo-caram a ruína dos pequenos agri-cultores e a carestia dos alimen-

decisões que punham fim aoAntigo Regime. Entre as novasleis aprovadas, merecem desta-que os Decretos de 4 e 5/8/1789que acabaram com as taxas feu-dais, extinguiram as dízimas ecle-

siásticas e estabeleceram o prin-cípio da igualdade fiscal.

Mas um dos documentosmais importantes, até pelo seucaráter universalista, foi, sem dú-vida, a “Declaração dos Direitosdo Homem e do Cidadão” que seinspira nos princípios iluministase declara o princípio da igualdade

Fez no passado dia 21 de setembro de 2012, precisamente 220 anos sobre a data emque a França, na sequência da sua Revolução de 1789, se tornou uma República.

É o 1º regime deste tipo que se instala num país europeu (recordamos que os EstadosUnidos da América já o tinham implantado com a independência há mais de uma década).

tes recebidos á entrada do jardim que dá acesso ao edificioda junta pelo presidente e outros membros d’esta.

Entretanto, a banda de musica de Paços de Ferreira,postada no jardim, executa “A Portuguesa”, subindo ao arfoguetes.

(…) Junto da cabine, vistosamente engalanada, premia-se avultada multidão. Os bombeiros fazem a guarda de hon-ra, em grande uniforme e a banda toca o hymno nacional.

Cabeças descobertas, um ar de grande emoção em to-das as physionomias. Um representante da empreza A. E.G., subindo ao degrau da central, convida o chefe dodistricto a abrir a luz, a illuminar Ermezinde. O snr. tenen-te-coronel Nunes da Ponte, acercando-se, faz pressão so-bre a alavanca. A luz jorra das lampadas, simultaneamen-te. O povo enthusiasmado victoria o acto. O chefe dodistricto levanta dois vivas, correspondendo.

As restantes duas cabines, instaladas em outros pontosde Ermezinde, em conjunto com a central, produzemtambem a illuminação das demais ruas da freguezia (…)».

No dia 29 de setembro de 1929, há 83 anos, a iluminaçãoelétrica era, festivamente, inaugurada nas principais ruas deErmesinde.

“O Comércio do Porto”, de 1 de outubro de 1929, na suapágina 3, deu ao acontecimento destacada reportagem, queilustrou com uma fotografia (a 3 colunas) da mesa que presi-diu à sessão de boas vindas que decorreu na sala da Juntada Freguesia.

Dessa notícia, intitulada “Luz por toda a parte / EmErmezinde”, transcrevemos um pequeno excerto que se se-gue, com a ortografia desse tempo:

«(...) Ora a valorisar mais e mais Ermezinde, que já en-trou decididamente na avenida larga do progresso, está oultimo melhoramento por que a freguezia acaba de passar,ou seja a illuminação electrica, publica e particular, que nodomingo foi solemnemente inaugurada.

(…) cerca das 8 teve começo o cerimonial da inaugura-ção com a chegada do chefe do districto snr. tenente-coro-nel Nunes da Ponte, que á mesma vinha presidir, e do presi-dente da Camara Municipal de Vallongo, que officialmente

Inauguração da eletricidade em Ermesinde – 29 de setembro

O “Porto de Honra” foi servido neste edifício, defronte à Estação

ainda o momento do Fiat Lux... – foram os distinctos visitan-

A Declaração dos Direitos doHomem, parte do novo conceitode “Homem” e de “cidadão”, de-clarando o princípio da igualdadenatural entre todos os homens e asoberania do povo. Defende tam-

bém, de acordo com o ideárioiluminista, a tripartição do poderpolítico (cada função deve seratribuída a órgãos diferentese independentes). Esta “De-claração” assumiu claramen-te um caráter universalista einspirou outros movimentos

te da “Declaração dos Direitos doHomem” e funda, em termospolíticos, uma Monarquia Cons-titucional (o rei fica apenas como poder executivo, cabendo opoder legislativo a umaAssembleia eletiva e o poder ju-dicial aos Tribunais). O sufrá-gio é censitário, ou seja, limita-do aos que pagam para cimaduma certa importância de “cen-so” (imposto devido pelo factode se ser proprietário ou de terum contrato de usufrutário).

Com a aprovação da Cons-tituição entrou em funciona-mento a Monarquia Constitu-cional, mas a agitação social epolítica continuaram e havia aameaça de invasão por tropasestrangeiras (uma coligação depaíses pretendia acabar com aRevolução Francesa).

A fim de manter as refor-mas políticas e fazer impor aConstituição, a AssembleiaLegislativa obrigou os emigradospolíticos a regressar a França,sob pena de serem consideradostraidores e obrigou os padres adeclararem-se favoráveis ao Go-verno e à Constituição.

O Rei não concordou, demi-tiu o Governo e nomeou outrode maioria girondina. Com a in-vasão da França por forças aus-tríacas e prussianas, o Rei demi-tiu o Governo e caiu em desgra-ça acusado de estar ligado aosinvasores. Em agosto de 1792, afamília real é presa e declarada aRepública a 21 de setembro. Orastilho revolucionário estavaaceso no continente europeu.

A Tomada da Bastilha foi um dos momentos mais marcantes da Revolução Francesa

natural entre todos os homens.revolucionários na Europa.

A Constituição de 1791, par-

FOTO ARQUIVO MAD

FOTO ARQUIVO MAD

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 15Crónicas

Tesouros por descobrirocultos em “falsos das paredes” ou enterradasem locais de acesso imprevisível.

O tio Carlos conhecia muitas dessas históri-as contadas ao longo dos serões de inverno ouem tardes de domingo à sombra das árvores nosquintalejos familiares. Algumas já eram bem co-nhecidas dos adultos mas os pequenos de-liciavam-se com os pormenores e a maneira decontar dos mais idosos. As mouras encantadasque apareciam em certos lugares prometiam ri-quezas a quem as desencantasse, dizia-se que osantigos possuíam esconderijos muito bem camu-flados nas paredes das habitações ou dos currais,davam notícia de que, em tal parte assim-assim,quando procediam à reconstrução de uma casaantiga, tinham encontrado moedas em ouro numpote de ferro a que tinham removido as asas; queo Amaral, homem que vivera noutro tempo, márês por sinal, dizia a quem o quisesse ouvir que,à sua morte, havia de esconder tudo quanto pos-suía num chocalho que ficaria enterrado em localpor onde as pessoas transitariam a todo o mo-mento mas que nunca conseguiriam descobrir;que uns padres pertencentes a uma das famíliasmais abastadas da aldeia – outros diziam que erasó um que ali fora pároco em fins do século XIXe que não existia parentesco entre ele e a dita famí-lia – tinha(m) deixado os seus bens a esses famili-ares, incluindo a casa onde habitaram (habitou),que possuía capela, e que por baixo do soalhodessa casa havia uma sineta de ouro escondida.

O tio Carlos sabia todas essas “contas” (1) e,tal como os restantes moradores, dava-lhes rela-tivo crédito. No entanto, como diriam os espa-nhóis, “yo no creo en brujas, pero que las ay, lasay”, alimentava o sonho de um dia confrontar-secom esse dilema e – quem sabe? – levá-lo devencida e dele sair triunfante que é como quemdiz, dar de cara com a fortuna. Não sabia muitobem o que havia de fazer com ela como os traba-lhadores das minas de volfrâmio que se sentiamricos porque recebiam boas (?) compensações emdinheiro eles que nunca tinham “abesado” (2) maisque umas c’roas (3) para mercar botas espanholasde contrabando ou dois metros de pana (4), paramandar fazer um par de calças ao Chico Canteiro

de Vila Boa ou ao Sá de Castrelos massaobtida com a venda de uns bácoros ou unsalqueires de centeio mas compravam agoracanetas Pelikan de “tinta permanente” nalivraria do sr. Mário Péricles em Bragançae ostentavam-nas no bolsinho do casacoque de nada lhes serviam porque não co-nheciam uma letra do tamanho do castelo.Também não lhe passou pela mente que,em tempos idos, outros já tinhamdespendido tempo e energias com a mes-ma motivação que agora lhe inflamava odesejo. Aqueles escombros eram um desa-fio igual à luz imóvel que todas as noites sevia, igualmente para além do rio, mormen-te no outono e no inverno. Talvez um géniobom lhe viesse trazer algo de muito valor,género Lâmpada de Aladino, que lhe per-mitisse satisfazer todas as suas veleidades.

Logo que teve oportunidade, pegou numenxadão, numas ganchas e numa pá e pôs-se aotrabalho com afinco. Enquanto cavava e removiao entulho, ia conclamando os tais génios para oajudarem na empreitada:

Ó mouros da mourama,Vinde à cristandade,Trazei-nos a riqueza,Fazei-nos a vontade

O tio Carlos gostava de versejar. No dia-a-dia,muitas vezes trocava o “Deus le dê bôs-dias” poruns versinhos patuscamente combinados, a mar-telar rimas ao cruzar com alguém. Neste caso, erauma fórmula, um abracadabra capaz de despertara generosidade de qualquer génio mouroestranhamente inclinado para os praticantes docristianismo. Porém, se génio havia, não se deixoucomover e o tio Carlos, após uns dias de exaltaçãoe muito suor vertido, convenceu-se de que maisvalia prosseguir na sua lide habitual. A proprieda-de d’ó Cachão, inclinada para o rio, era “a meninados seus olhos” e ali gastava dias a cuidar da vinhae a cultivar batatas, couves e o que mais ela lhepudesse dar. Morta a ilusão do enriquecimentofácil nas escavações d’ó Couto, nem por sombraslhe assomou ao espírito que ali pudesse existir

inda o dia se espreguiçavae os finos cabelos do soltentavam romper por de-trás das touças da Devesa,já o tio Carlos, ganchas aoalto, desferia golpes enér-

gicos em torno das cepas e desfazia os tor-rões, aconchegando os caules com a terrade molde a permitir que as raízes pudes-sem, com mais facilidade, encontrar alimen-to. Era tempo de escavar a vinha, nessapassagem de testemunho do inverno para aprimavera com céu limpo de nuvens e solbrilhante mas incapaz de contrariar o efeitode um ventinho arisco que impedia o traba-lhador de tirar a jaqueta não obstante o es-forço despendido.

Cada vez que o tio Carlos, desferido ogolpe, erguia o tronco para recobrar fôlego,pelo rabo do olho alcançava, do outro ladodo rio, aquele amontoado de pedras em meioa uma vegetação rasteira que o povo cha-mava “as muradelhas d’ó Couto”. E vá deruminar sonhos fagueiros enquanto puxavapelo corpo, esta sim a realidade que sem-pre conhecera desde que, menino, seguia opai e com ele aprendia o duro mester delavrar e cultivar, de cavar e recolher o avarofruto desse labor e tudo quanto a ele diziarespeito. As privações e os anseios não sa-tisfeitos constituem alimento e estímulo daimaginação. Esse é o húmus em que se cri-am as lendas que falam de tesouros escon-didos, histórias de potes cheios de libras

NUNOAFONSO

algo valioso mas de outra natureza. Diz-se que,ao fazer as valas (5) para plantar os bacelos dafutura vinha, teria encontrado testos de panelasde barro, provavelmente objetos de cerâmica depovos antigos que ali teriam vivido. Uma vezque “quem conta um conto, acrescenta um pon-to” constava que outros achados teriam sido ati-rados fora: rodelas de couro (antigas moedas emcabedal?), uma pedra redonda furada no centro,porventura ainda outras “relíquias”. Certo é quehá notícia arqueológica de uma pedra com deter-minadas características que se encontra incrusta-da numa das paredes da casa que o tio Carloshabitou e atualmente pertence a um filho seu.Esse documento está registado no Museu doAbade de Baçal em Bragança. Pena é que os estu-dos arqueológicos, neste país, sejam tão limita-dos, impedindo que se faça luz sobre os nossosremotos antepassados.

(1) Histórias, contos.(2) Conseguido, obtido, alcançado.(3) Pouco dinheiro, pequena economia.(4) Nomes dado pelos galegos a uma espécie de

tecido semelhante à bombazine e introduzido nalíngua portuguesa pelos contrabandistas.

(5) Fossos com maior profundidade do que osnormais para lavrar ou para conduzir água de regaa terras e lameiros.

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Farmácia de SampaioDirecção Técnica - Drª Maria Helena Santos Pires

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ARQUIVO

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16 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

GLÓRIALEITÃO

“Não matem o mensageiro”

prendi que as diferençastambém se completam em simesmas se forem encaradasde forma construtiva. Hádias, numa “tertúlia” interes-sante com uma pessoa ligada

à área de Produção de uma empresa que semantém saudável e produtiva, foi-me feitauma pergunta de rajada: “A senhora é deesquerda?”. Não soube responder no imedi-ato, porque nem mesmo eu sabia muito aquiloque era e a procura desta resposta tornou-seno meu desafio para os dias seguintes.

Penso que os meus 52 anos de vida, alia-dos ao facto de ter ficado ligada aos recursoshumanos a partir dos meus 17 anos me leva-ram a uma “apartidarização” natural, tendoem conta que nesta área temos que ser isentose este exercício é mesmo difícil. “Ausentarmo-nos” das nossas crenças e convicções parapartilhar mundos com os quais muitas vezesnão concordamos não é propriamente tarefafácil e, se calhar, muitas vezes falhamos nestepropósito e aqui falamos de “meter a mão naconsciência” e não responder à toa dizendo“eu não, isso nunca me aconteceu”.

Ao atrever-me a abordar um assunto de-licado e muito sensível, política, e no tantoque a vida me tem ensinado no respeitante aeste tema, fica um entendimento muito meu– um respeito tremendo pelos políticos, osque sabem fazer política, e isto quer sejamgoverno ou oposição, pois são todos preci-sos lá, no hemiciclo, a desempenhar commestria um papel que as pessoas lhes confi-aram. E se ao lerem me disserem “não o fa-zem” eu teria que responder “têm que o fa-zer, é o seu trabalho, aquilo com que se com-prometeram em quem confiou neles”.

Neste ponto a minha “máxima” é mes-mo a liberdade e o respeito pelas crenças edefesas que cada um faz das suas convicções,hasteando o bastião da democracia, convicçõesque devem estar muito para lá dos seus própri-os interesses pessoais porque, isso sim, temque ser muitas vezes relegado para segundo pla-

no – o “preço” por se ter abraçado aquele tipo deprofissão.

Eu tento estar atenta ao que me rodeia, gostode ouvir programas de intervenção onde se sen-tam pessoas de diversas ideologias, “girando portodas elas”, tentando apanhar o melhor de cadauma e cruzá-lo com a realidade que conheço sobe-jamente, porque são mais de 30 anos a viver econviver junto de pessoas a quem na sua maioriachamamos “povo” e ouvir as suas opiniões, osseus desalentos, mas também as suas motivaçõese crenças, ainda mais que sou fã incondicional davisão sistémica, tendo em conta que todos estamosinterligados e todos somos precisos, quer seja namáquina humana, quer seja numa empresa, querseja numa associação, mesmo num pequeno negó-cio e também, acima de tudo, num País.

Na minha visão política de cidadã, resumi emcrónica anterior a base em que me sustento – ademocracia, representada no ato de votar, o únicoque é genuinamente nosso, porque em sociedademuita gente diz e desdiz conforme o ondular damaré, mas naquele momento em que se está napequena cabine com o boletim de voto na mão aísim, é o voto na crença, o voto de confiança emquem se acredita ou o ajuste de contas com quemfalhou. Acredito que muitas vezes essa decisãonem sequer tem a ver com os partidos políticosem que se está filiado, um dos fortes motivos por-que são as sondagens feitas à “boca das urnas”que conseguem extrapolar os resultados pratica-mente garantidos dos resultados eleitorais.

A liberdade de imprensa é também um dos pi-lares onde assenta a democracia e por gostar deouvir pessoas de pensares distintos é que me preo-cupo com os órgãos de comunicação social e o seudever de informar, mesmo que se calhar um poucodistantes da isenção que nós lhes cobramos. Possi-velmente teremos que admitir que simpatizarmosmais com os que tratam as notícias num formatoque converge mais com as nossas ideias e que setransformam assim nas nossas verdades diferentes- correntes de opinião que formam o equilíbrio deuma sociedade e nos obrigam a negociar, a ceder, arepensar, recuar para depois avançar.

A mim, com carácter pessoal, assustam-me osextremos e os extremistas - aqueles que não dãoespaço de manobra ao outro, o que pensa e que édiferente. Impõem e implementam à força as idei-as que foram construindo nas suas mentes. Há tem-pos ouvia um senhor de idade falar com revolta doque faria ele às crianças que têm comportamentosmais rebeldes e entusiasmando-se, não se dava con-ta do ódio que deixava transparecer e que só vinhacarregado com a sua própria frustração, isto aoponto de eu ter que lhe dizer “o senhor está a falarde crianças!”. A resposta foi: “e então?”.

O meu grande medo é este mesmo, as pessoasde maior “poder” seja ele de capital, de força fisica,ou mesmo os que gostam de manejar a “força da suainfluência” - formas de tirania que muitas vezes exer-cem com dureza, pensando “ter os seus a salvo”,protegidos das consequências deste tipo de atuações.

Na realidade não se dão conta que ninguémprotege ninguém do ódio que é fabricado e geradopor uma sociedade da qual todos fazemos parte e,se calhar seria mais sensato adotar-se outro tipode atitude, com a consciência de que os que lhessucederem, mais tarde ou mais cedo ficarão ex-postos e por sua conta, nesta mesma sociedadeque a “inverter-se” transformará, de forma impla-cável a “caça” em “caçador” .

Liberdade de imprensa

Pelo amadurecimento da idade também fui ad-quirindo uma responsabilidade social que pensoestá a crescer paredes meias com a “crise”, e fi-quei contente porque atenuei alguns dos meusmedos e avancei numa atitude que adotei ao res-ponder ao pedido de ajuda feita aos colaborado-res deste jornal, que decidi apoiar de forma volun-tária e porque também foi uma forma justa dedevolver o que recebi durante um ano letivo emque, apoiada, pude frequentar uma faculdade.

Disponibilizei-me para a angariação de publici-dade e de novos assinantes, para que se continue adivulgar e apoiar este jornal que há mais de 50anos se mantém a informar-nos. Ao abordar pesso-as e comerciantes verifiquei que eles também que-rem que isso aconteça, reforçando o que escrevi auma dada altura: «… Escrevendo enquanto me ialevantando do chão, motivada por sentir que iampublicando as minhas reflexões e que tem significa-do para mim reconhecimento e respeito por partedo jornal “A Voz de Ermesinde”, uma das valênciasdo Centro Social, preciso de deixar expresso o meuprofundo respeito pelo facto de nunca me ter sidoperguntada a minha conotação política, a minha ori-entação religiosa ou qualquer outra coisa que eu sen-tisse privar-me da minha liberdade que esse sim é osegundo maior bem depois da saúde…».

Foi exatamente o que senti por parte das pesso-as com quem vou falando - ninguém, que eu tenhacontactado em representação do jornal me fez qual-quer tipo de reparo em relação a conotações políti-cas, nem mesmo tendências religiosas, e essa não é aprincipal motivação que os leva a aceitarem com-prar publicidade, serem seus assinantes ou mesmoamigos do facebook.

Sentem sim ser uma causa comum: apoiar o“jornal da terra”, e que pode ser de uma qualquerterra, por isso é encarada como um “bocadinho detodos”, pois tenho verificado que são pessoas de

todo o lado, de freguesias e concelhos diferentese mesmo espalhadas por esse mundo fora queestão solidariamente ao seu lado.

Enterneceu-me ver esta atitude de respei-to e de solidariedade por este jornal regional elembro-me muitas vezes da frase que tive ex-posta por trás da minha mesa de trabalho eque era atribuída a Confúcio, que dizia: «Todoo Homem deve aprender o que é de seu de-ver», e eu aprendi que não importa de quepartido somos ou de que departamento somosou de que terra somos – o todo vai ser sempremais importante que a soma das partes.

Respondendo à sua questão Sr. Pereira, esem querer ser evasiva, eu digo-lhe que,atualmente e como cidadã, eu penso ter o de-ver de pensar e refletir com objetividade, pon-deração e também muita racionalidade. Estarcada vez mais atenta às minhas escolhas nadelegação que faço em representantes políti-cos para o meu país e também pela necessi-dade e obrigação que tenho de me manter emconstante atualização e em movimento sobrepensares diferentes de pessoas que têm ide-ais diferentes, colocando a minha cruz no quemais se ajustar à minha consciência.

Aprendi que isso só possível se estiver aten-ta e seguir o que se vai ouvindo e lendo nosdiferentes órgãos de comunicação social que dãovoz às correntes de opinião, também diferen-tes. Confesso que às vezes me preocupo que aoabrigo da palavra “crise” e com o intuito de noscondicionarem o pensamento, tentem “mataros mensageiros”, mesmo sabendo que apesarde tudo não matariam a palavra, pois a históriamostra-nos que isso nunca foi possível.

Acredito que proteger e salvaguardar aliberdade de imprensa, ajudando a que semantenha ativa, acutilante e transparente éuma forma de preservarmos um bem pessoale precioso de todos nós, a liberdade, mesmoque de “pequenos arautos” como este.

Crónicas

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

iz o Povo que onde háfumo há fogo. Interpe-lado na Assembleia daRepública no passadodia 21 do corrente, Pas-sos Coelho “fugiu” à

pergunta e não respondeu se o gover-no pensa, ou não, privatizar a Caixa Ge-ral de Depósitos. O semanário Expres-so, porém, melhor informado que o PMinteira os seus leitores que a hipótesede privatizar 40% da CGD é tema em aná-lise, admitindo que o “bolo” será repar-tido em partes iguais por privados epúblico em geral.

Na destemperada avidez que este PMrevela em reduzir os portugueses à condi-ção de miseráveis e o país a cinzas, nãocusta acreditar que um dia destes seja-mos confrontados com um qualquer anún-cio, enquadrado numa qualquer inventa-da “ordem” da Troika, que o banco do“Povo” iniciará a sua transferência para aesfera do capital: primeiro com o “analgé-sico” que a maioria do capital continuaráa ser estatal, para num momento seguintealienar a totalidade ou uma fração que as-segure a privados o controlo da institui-ção, desta vez com o argumentário de quenão estarão a privatizar a CGD, porqueisso já tinha acontecido.

A política de step by step, persis-tentemente praticada pelo atual gover-

A. ÁLVAROSOUSA (*)

no, tem produzido os seus resultados parao seu condutor com os correspondentes de-sastres para o património do Estado e sig-nificativas quebras de receitas futuras paraos OE, tudo conseguido sem que tenha havi-do qualquer sobressalto dos portugueses.Foi assim com as privatizações da EDP e RENe assim continuará com as privatizações daANA e da TAP, se aparecer alguém que semostre interessado nesta última.

Por tudo isto apelamos às redes sociaispara acordarem para o “esbulho” que rumo-res públicos levam a recear que o governose prepara efetivamente concretizar, levan-do por diante a privatização da CGD, entre-gando as pequenas poupanças de milhõesde portugueses à gula de interesses priva-dos, vendendo um valioso, histórico eemblemático património nacional a preço dauva mijona, como infelizmente se verá.

Os excelentes resultados obtidos com amobilização da sociedade civil contra a TSU(*), certamente que se repetirão se adotadospara esta outra nobre causa: a defesa do pa-trimónio nacional das garras de terroristaseconómicos, assim alcunhados por MiguelSousa Tavares na edição do Expresso de 22de Setembro. Se esperarmos pelos resulta-dos da ação partidária, quando mal nosdesprecatarmos já era! As novas ferramentascomunicacionais poderão substituir com van-tagem as velhas organizações partidárias que,inventadas para defender e gerir a coisa pú-blica, transformaram-se em máquinasdevoradoras dos recursos estatais em bene-fício de amigos, colegas e camaradas, prote-gidos por legislação por eles próprios apro-vada, que os defendem de todos os abusosde poder ou de suspeitos negócios.

(*) MODELAÇÃO DA TSU

A estratégia de Passos Coelho de conti-nuar a empobrecer os portugueses, desen-volvida de forma camuflada, acabou em

insucesso graças a três circunstâncias: terconfrontado Portas com um facto consuma-do, obrigando-o a “assinar por baixo” umaproposta que sabia que ele não subscreve-ria, rejeição das entidades patronais do mo-delo, mobilização das redes sociais que sur-preenderam o PM com manifestações da so-ciedade civil reunindo muitos milhares depessoas em diversas cidades do país, a tudoacrescendo a manifestação às portas do Pa-lácio de Belém enquanto decorria a reuniãodo Conselho de Estado.

Ao que tudo indica, a TSU, tal como foiapresentada por Passos Coelho, terá morridoem Belém, restando uma janela de salvamentoda face em reunião da Concertação Social, sal-tando para a comunicação social a hipótesede restar um subsídio para as empresas quevenham a registar saldos líquidos de trabalha-dores, medida que a confirmar-se, trará comela dois perniciosos vírus: a mais que certahabilidade dos empresários em “enganarem”

Apelo às redes sociais

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as autoridades com contratações em fimde ano para demonstrarem aumento do sal-do físico no encerramento dos exercícios,com rescisões no mês seguinte; o outroveneno será a “quadratura do círculo” dasempresas públicas que se debaterão com odilema de lhes fazer um jeitão a redução daTSU mas que a não poderão obter sem au-mentar os recursos humanos em temposde precisarem de os reduzir.

Face a isto, mandará o bom senso e ossuperiores interesses nacionais, que seabandone, pura e simplesmente, a anunci-ada alteração da TSU, se acabe com asubsidiação das empresas e se oriente asdisponibilidades financeiras do Estadopara apoiar as empresas exportadoras atra-vés de processo taxa de benefício/valorexportado, havendo o cuidado de não in-cluir no universo as empresas energética.

(*) [email protected]

URSULA ZANGGER

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18 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012

• 4 bananas;• 2 chávenas de chá de

farinha de trigo integral;• 1 pitada de sal;• 1 chávena de chá de

açúcar mascavado;• 2 colheres de sopa de

coco ralado;• 4 colheres de sopa de

água gelada;• 1 colher de sopa de

canela em pó;• ½ chávena de chá de

passas pretas sem se-mentes;

• óleo de milho q.b..(Preparação para 8 por-

ções).

Numa tigela grande amassam-se as bananas com o garfo. Acrescenta-se afarinha, o sal, o açúcar, o coco, a água, a canela e as passas. Misturam-se beme deixa-se a massa a descansar durante 30 minutos.

Modelam-se os biscoitos. Distribuem-se os biscoitos numa forma untada epolvilhada com farinha, e assam-se em forno quente (200°C) até que fiquemligeiramente dourados no fundo.

Lazer

15 OUTUBRO 912 – Falecimento de Abdallah ibn Muhammad, 7º Emir de Córdova(Espanha), nascido em 842.

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: HOCÃS.

Rua de Chãos.Anagrama

01 - Instituição distinguida com Prémio Nobel da Paz em 1954.02 - Tribo germânica que habitava a atual Holanda no tempo de César.03 - Cineasta francês, autor de “Adeus, Minha Rainha” (2012).04 - Rio que nasce na serra do Caldeirão e passa por Silves.05 - A que classe de animais pertence a preguiça?06 - A que continente pertencem os Estados Unidos?07 - Em que país fica a cidade de Salamanca?08 - Qual é a capital da Samoa?09 - A abreviatura Scl corresponde a qual constelação?10 - Elemento metálico radioativo, n.º 90 da Tabela Periódica (Th).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – UNHCR.02 – Catos.03 – Benoît Jacquot.04 – Rio Arade.05 – Mamíferos.06 – América do Norte.07 – Espanha.08 – Apia.09 – Escultor.10 – Tório.

Em outubro sê prudente, guarda pão, guarda semente. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Causaram admiração. 2.Curou-se; batalha. 3. Televi-são espanhola; magnete. 4.Repele; quociente de inteli-gência. 5. Ligação; lugar deErmesinde; nome de anti-go grupo económico portu-guês. 6. Sozinho; antecedeuUnião Europeia. 7. Algumacoisa; surgi de parto. 8. Vol-tar a ver; antiga nota musi-cal dó. 9. Partir; tumor detecido muscular. 10. Atirar.

1. Cavalariça. 2. Peixe; inter-preta a escrita. 3. Valorespecuniários; aproximar-se.4. Contração de preposiçãoe artigo; sobrecarrega. 5. In-válidas; atmosfera. 6. Confu-são; pronome pessoal. 7.Une; doca. 8. Bebida alcoó-lica; duzentos e um (rom.); ar-tigo (pl.). 9. Investida; artigoindefinido. 10. Declarar.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. Estrebaria. 2. Savel; le. 3.Precos; vir. 4. Ao; onere. 5.Nulas; ar. 6. Caos; me. 7. Alia;cais. 8.Rum; CCI; Os. 9.Ataque; uma. 10. Manifestar.

Sudoku (soluções)

Sudoku

154 154 154 154 154

15

41

54

15

41

54

15

4

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Pedra.02. Pergaminho.03. Pena.04. Tinteiro.05. Cogumelo.06. Arbusto.07. Mocassim.08. Orelha.09. Erva.10. Fivela.

Biscoitos de bananacom passas

ILUSTRAÇÃO HTTP://WWW.PDCLIPART.ORG

1. Espantaram. 2. Sarou; luta.3. TVE; iman. 4. Rechaca; QI.5. Elo; Sa; CUF. 6. So; CEE. 7.Al; nasci. 8. Rever; Ut. 9. Ir;mioma. 10. Arremessar.

FOTO ARQUIVO

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 19Tecnologias

Muitas novidadesno lançamentodo Expresso 2.4-2 Beta

Com uma série de novas funcionalidades,a versão 2.4-2 Beta do Expresso foi lançadaoficialmente em agosto e está disponível nasecção de downloads do site do Expresso Li-vre: http://goo.gl/Dp1jC.

O Expresso Livre é uma solução comple-ta de comunicação que reúne e-mail, agenda,catálogo de contactos, workflow e mensagensinstantâneas num único ambiente.

O sistema de anexos agora está «maisbonito e completo» e os arquivos podem sermanipulados utilizando recurso de drag-and-drop (arrastar e soltar).

Entre as novidades destacam-se:Possibilidade de alertas desktop ao

utilizador; Considerar assunto de mensagenscomo nome de arquivo ao exportá-las indivi-dualmente; Edição de pastas compartilhadasna própria árvore de pastas; Melhorias nadisposição da listagem de anexos.

Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/nl1347377799.html

Unicamp abre processoseletivo para analistasde sistemas e engenheirode telecomunicações

A Unicamp – Universidade Estadual deCampinas, no Brasil, abriu um processoseletivo público para contratação de analistade sistemas e engenheiro de Ttlecomunicações.O texto integral dos editais pode ser consul-tado em:

• Analista de Sistemas: http://goo.gl/B1xwb

• Engenheiro de Telecomunicações: http://goo.gl/LYpGY

Fonte: http://goo.gl/ae8Fn

Lançado PostgreSQL 9.2

O Grupo de Desenvolvimento Global doPostgreSQL anunciou o PostgreSQL 9.2, aúltima versão do líder dos bancos de dados decódigo aberto. Desde que a versão beta foianunciada em maio, desenvolvedores e forne-cedores têm-no elogiado como um salto emperformance, escalabilidade e flexibilidade.O PostgreSQL 9.2 vem com suporte nativo aJSON, índices abrangentes, melhorias nareplicação e no desempenho, e muitos outrasfuncionalidades.

Fonte: http://www.postgresql.org/about/press/presskit92/pt/

Vaga na ONU em Timor-Leste:Oportunidade Sysadmin Linux

O Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento (UNDP) está a procurade um administrador de sistemas Linux quefale Português para atuar na expansão dossistemas e serviços de TI nos Tribunais deTimor-Leste.“Esta é uma grande oportuni-dade de trabalhar para uma organização in-ternacional (ONU), num novo país com di-ferentes culturas e novos desafios eoportunidades.“Os interessados podem en-viar CV e Cover Letter para [email protected]“Os Termos de Referên-cia com detalhes (em Português e Inglês)encontram-sew no site da UNDP/Timor-Leste, em http://www.tl.undp.org/justice/(no item "Job Opportunities" à esquerda).

Fonte: http://www.noticiaslinux.com.br/

Aproveitando uma conjugação de fatores muitointeressante – a miniaturização eletrónica dasboards, o surgimento de processadores de muitobaixo consumo de energia, a disponibilidade depequenos discos muito rápidos SSD, os acessíveisrecursos da net e a disponibilidade de sistemasoperativos livres e gratuitos –, uma geração de no-vos minicomputadores tem vindo a fazer o seu apa-recimento com uma cada vez maior frequência.

Este é o terceiro de alguns artigos que apontamexemplos desta nova tendência na informática pessoal.

A informática no reino de Liliput– a moda dos minicomputadores (3)

LC (*)

Recordemos os supermicrocomputadoresaté agora apresentados na primeira e segun-da parte deste artigo, nos dois últimos nú-meros de “A Voz de Ermesinde” (em papel).Falámos do Cotton Candy, do Raspberry Pi,do CuBox, do Mele A-1000 e do MK802, to-dos eles pequens pens, simples cartas, oucomputadores de muito pequena dimensão.Ficam hoje aqui mais alguns exemplos destanova tendência crescente.

O Via APC 8750

O Via APC 8750 é um computador em for-ma de placa (tal como o Raspberry Pi), base-ado num processador ARM11. Vem com 512MB de RAM DDR3 e 2 GB de memória flash.Quanto a ligações, oferece quatro portas USB2.0, um slot para microSD e duas saídas devideo, uma VGA e outra HDMI. Vem aindacom uma porta Ethernet e uma tomada jackpara entrada e saída de áudio. Mede 17 por8,5 cm, consumindo de 4 a 13 watts, na máxi-ma carga. Como sistema operativo, vem comAndroid 2.3, podendo eventualmente acei-tar Arch Linux ou Fedora.

O VIA APC 8750 é vendido a 49 dólares(cerca de 40 euros), no que é uma das solu-ções mis económicas do mercado.

O MintBox

Um pouco maior e muito mais poderoso,com um aspeto a fazer lembrar um rooter, ou-tro dos computadores de baixo custo maisinteressantes é o MintBox, um computador

pessoal realizado pela Compulab que traz pré-instalado o Linux Mint 12 Lisa, com ambien-te de desktop Mate 1.2. O MintBox é basea-do num processador AMD 1.65 GHZ DualCore, com GPU Radon HD 6250, 4GB deRAM DDR3 e um disco rígido de 250 GB.Vem ainda com quatro portas USB 2.0, umaporta HDMI, duas portas eSATA, LAN ewifi. O preçlo do MintBox deve ser de 425 a589 dólares (342 a 474 euros).

O Mini X

Bastante mais pequeno que o MintBox,outra proposta é a do Mini X, ainda um com-putador com processador ARM (A10 All-winner Cortex-A8), com GPU Mali-400, 512MB de RAM DDR3, e 4GB de armazena-

mento, tudo isto numtamanho de apenas6x6c1,3 cm., que cabeperfeitamente na pal-ma de uma mão. OMini X vem com Wifi802.11b/g/n, uma por-ta HDMI, duas portasUSB 2.0 e um slotmicroSD. Como siste-ma operativo traz oAndroid 2.3, persona-lizado e com um tele-

comando IR. O preço do Mini X anda pelos78 dólares (cerca de 62 euros). Uma atualiza-ção do sistema operativo prevê a sua “pro-moção” para Android 4.0.

O AdvantechRSB-4210

O Raspberry Pi, um dos pionei-ros desta nova tendência rapida-mente começou a ter os seusémulos. Além do Via APC 8750 deque falámos atrás, outra propostanum sentido semelhante é oAdvantech RSB-4210, apontadocomo uma “versão profissional” doRaspberry. O Advantech é baseadonum processador FreescaleARMCortex-A8i.MX536, de 800MHz e vem com 512 MB de RAMDDR3. Suporta OpenGL ES 2.0 eOpenVG 1.1, o que permite a repro-dução de video de alta definiçãoHD 1080p. Vem com uma portaVGA, duas portas USB 2.0, duasportas Ethernet, e uma porta de

série RS232. Permite ainda ser equipado comum disco rígido SATA. Os produtores desteequipamento declaram que ele é capaz desuporatr temperaturas dos 40 negativos até85 graus centígrados!

O CX-01

Ainda no domínio da extrema redução decustos (e tamanho) apresentamos também oCX-01, uma pequena pen de 90x40x29 mm, comum peso de 80 gramas, mas que oferece es-paço de armazenamento fixo de 4GB. Comoprocessador tem o Telechips TCC8923 CortexA5 de 1 GHz, vem com carta gráfica Mali400, com suporte para video de alta defini-ção (1 920x1 080p) e 412 de memória RAM.

O CX-01 vem com uma porta USB e umamicroUSB, e ainda ligação HDMI. O sistemaoperativo é o Android 4.0. O preço do CX-01é de 27 euros!

(*) Com base em informações recolhidassobretudo no site http://www.lffl.org/ e nossites dos respetivos fabricantes.

O MintBox, ao lado.Acima o Mini X.

O CX-01.

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20 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Arte Nona

Homenagemdo blogue portuguêsdo Tex (texwillerblog)a Sergio Bonellifoi alargada

O blogue português do Tex tinhaprevisto dedicar, de 26 de setembroa 2 de outubro, uma Semana de Ho-menagem a Sergio Bonelli, comoforma de homenagear o Homem quefez sonhar gerações de leitores defumetti um pouco por todo o mundo,por ocasião do 1º aniversário do seufalecimento, mas o sucesso da ini-ciativa foi tão grande que o eventoirá ser prolongado em mais algunsdias, anunciam os organizadores.

A homenagem pública conta in-clusive com a participação de váriosautores da Sergio Bonelli Editore, emque os desenhadores contribuíramcom uma ilustração inédita na qualestão presentes por vezes persona-gens da Editora Bonelli e até o pró-prio autor/editor Sergio Bonelli. Por suavez os argumentistas bonellianosaproveitaram a iniciativa do bloguepara recordar Sergio Bonelli e paracontar algumas facetas menos co-nhecidas do autor e editor, sobretudoa nível pessoal, através de textos,poemas, fotografias, vídeo ou mesmode um desenho.

Mas para além dos autoresbonellianos a iniciativa do Texwillerblogtambém se estendeu aos leitores ecolaboradores, possibilitando assimuma maior participação e abrangênciaa esta homenagem a que se associa-ram também dezenas e dezenas defãs e admiradores de Sergio Bonelli ecujo resultado final será uma combi-nação que celebrará um dos mais im-portantes ícones da banda desenha-da mundial seja como editor, seja comocriador de personagens históricas,como Zagor e Mister No.

As homenagens irão suceder-sea um ritmo de quatro por dia,intervaladas por algumas horas, demodo a que todas tenham a devidae merecida visibilidade, sendo ain-da muitas delas publicadas não so-mente em português, mas tambémem italiano.

Fonte: http://texwillerblog.com/wordpress/?p=40371

Entretanto 5º Encontro Nacionalde Ilustraçãode S. João da Madeira

Organizado pela junta de Freguesia de S. Joãoda Madeira, vai decorrer, de 15 a 20 de outubro de2012 o 5º Encontro Nacional de Ilustração de S.João da Madeira, o evento contará com numerosasexposições, individuais e coletivas, com origem emPortugal, Angola, Suíça, Polónia, Panamá. E contarácom a presença de vários ilustradores, como os por-tugueses Ana Biscaia, Anabela Dias, Carla Nazareth,Diana Marques, Elsa Lé, Evelina Oliveira, FláviaLeitão, Helena Zália, Isaura Rosa, José Emídio, Mar-garida Botelho, Marta Ribeiro, Natalina Cóias, Pau-lo Galindro, Susana Leite, Susana Lemos, VeraPyrrait, e ainda Albertine (Suíça), Lindomar Sousa(Angola), Olímpio Sousa (Angola), Ologwagdi (Pa-namá) e Oswaldo de Leon (Panamá).

Programa Provisório

15 de OUTUBRO08h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas

escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nasescolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos.

16 de OUTUBRO18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas

escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nasescolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos.

Na Biblioteca da Junta de Freguesia:21h30-23h00 – Lançamento de livros, com a

ilustradora Ana Biscaia, o escritor Clóvis Levi e aEditora Lápis de Memórias;

“A cadeira que queria ser sofá”, com a ilustra-dora Tânia Clímaco, o escritor António Torrado,e a Editora Soregra;

“Colecção Ver e Ler”, com os ilustradoresPedro Seromenho e Sebastião Peixoto;

“A Grande Fábrica das Palavras”. Debate e Sessão de autógrafos e dedicatórias

pelos autores e ilustradores.

17 de OUTUBRO18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas

escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h00-16h00 – Oficinas de Ilustração nasescolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h30-16h30 – Oficinas de Ilustração naUniversidade Sénior;

Oficinas de Ilustração na CERCI;Na Biblioteca da Junta de Freguesia:17h30-19h00 – Mesa-Redonda – “Da cria-

ção à edição”;Reflexão e debate sobre os problemas e as

dificuldades dos profissionais.No Hotel WR****:20h00-24h00 – Receção aos ilustradores;Jantar convívio com os ilustradores.

18 de OUTUBRO18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas

escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

09h30-11h30 – Oficinas de Ilustração na CERCI;14h00-17h00 – Oficinas de Ilustração nas es-

colas da cidade com turmas do Ensino Pré-Primá-rio e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h00-16h00 – Visitas guiadas – TurismoIndustrial;

17h00- Ilustradora Elsa Lé, escritores José Jor-ge Letria, João Manuel Ribeiro, João Pedro Més-seder e arquiteta Paula Araújo da Silva, diretoraRegional de Cultura do Norte e arqueólogo LuísSebastian, coordenador do Projecto Vale do Varosa;

Lançamento de Livros:Sessão de autógrafos e dedicatórias- “O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas,

as Formigas, o Gaio e as Pedras”;- “O Anjo do Pintor” (Mosteiro de Ferreirim);- “O Mosteiro de S. João de Tarouca” (co-

edição entre a Trinta por uma Linha e a DireçãoRegional da Cultura do Norte).

Nos Paços da Cultura:16h45-17h45 – Abertura do secretariado;Abertura da Feira do Livro;Arruada pelos “Ecos Urbanos”;Receção e entrega de pastas aos participantes;Animação pelos “Ecos Urbanos”;17h45-18h00 – Apresentação de trabalhos do

ESMAE/IPP;Retrospetiva do 4º Encontro Nacional de Ilus-

tração;18h00-19h45 – Inauguração Oficial do 5º

Encontro Nacional de Ilustração;Sessão Solene;Lançamento Oficial da Agenda/Catálogo;Inauguração da Exposição das Ilustrações do

5º Encontro “Lápis”;Inauguração da Exposição Coletiva na Bibli-

oteca Municipal;19h45-21h30 – Pausa para jantar.Nos Paços da Cultura:21h30-23h30 – 1º Painel de Conferências

temáticas “Da criação à edição”- Germano Zulo e Albertine (Suíça);- Diálogo a 4 mãos;- Corinne Rochat (Suíça);- Dos Kamishibai à criação da editora Paloma;- Sylvie Neeman – Institut de Jeunesse et

Médias da Suíça e Arole;- A palavra ainda ao papel através da revista

“Parole”.Debate.

19 de OUTUBRO18h30-13h00 – Oficinas de Ilustração nas

escolas da cidade com turmas do Ensino Pré-Pri-mário e 1º, 2º e 3º Ciclos;

14h00-16h30 – Visitas guiadas às diversasexposições patentes ao público;

Nos Paços da Cultura:14h00-24h00 – Feira do Livro;14h00-16h30 – Mesa redonda com Bibliote-

cários (Bibliotecas Municipais, escolares e outras);Lançamento de Livros;16h30-18h15 – Mesa redonda para ilustradores:As diferentes técnicas da Ilustração(moderadora Sylviane Rigolet);Outros assuntos de interesse;18h30-20h00 – 2º Painel de Conferências

temáticas “Da edição à divulgação”:Ana Maria Witzig-Marinho – Interbiblio(uma organização de 22 BM especificas, na

Suíça, apresentada pela sua responsável);Corinne Rochat – CREDE(Centro de Recursos Educativos, apresenta-

do pela sua responsável, em Lausanne);Debate;20h00-21h30 – Pausa para jantar;21h30-22h15 – Lançamento de livros:Ilustradora Evelina Oliveira“Livros de artista para crianças”, projeto in-

serido na Tese de Mestrado;Olímpio Sousa e Lindomar Sousa;Debate;22h15-23h45 – Espetáculo Multimédia.

20 de OUTUBRONo Shopping 8ª Avenida:10h00-23h00 – Feira do Livro.No Centro Empresarial e Tecnológico (CET):09h30-12h00 – Dia da Ilustração InternacionalANGOLA - Lindomar Sousa, Olímpio Sousa

e João Mascarenhas;PANAMÁ - Oswaldo de Leon, Ologwagdi

de Agganusadub; A Ilustração de la Nacion Kuna-panameña. Vive, ama, pinta y sueña;

SUÍÇA - Pascal Luy;Osons les Histoires (Filme) apresentação do

livro nos bairros junto de populações desfavo-recidas e migrantes em prol da integração;

POLÓNIA - José Carlos Dias Costa Albuquer-que (diretor do Instituto Camões na Polónia);

Atividades importantes e numerosas, mas nemsempre (re)conhecidas;

PORTUGAL - José Emídio: Lápis - Era uma vez;BRASIL - Yara Kono, A ilustração brasileira;Debate;12h00-12h30 – Sessão de Encerramento;12h30-14h00 – Pausa para almoço.No Shopping 8ª Avenida:10h00-23h00 – Feira do Livro;14h30-18h00 – Lançamento de livros - ilus-

tradora Catarina Garcia, escritora Paula Sá, Edito-ra Opera Omnia (“O velho que Pintava Pombas”),ilustradora Marta Neto, escritora Suzana Ramos,Editora Dinalivro (“Histórias de Pontuar”;

Sessão de autógrafos e dedicatórias pelos ar-tistas;

15h00-17H00 – Espetáculo multimédiaMúsica e ilustração;15h30-17h30 – Oficinas para o público em geral;17h00-18h00 – Sessão de entrega de prémios

– Concurso de ilustração das escolas;18H00-18H30 – Encerramento do 5º Encon-

tro Nacional de Ilustração.Entrega de prémios.

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 21Arte Nona

autor:PA

ULO

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ajudante de cangalheiro (13/14)•

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22 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Serviços

A VOZ DE

ERMESINDEJORNAL MENSAL

Nov 2012Nov 2012Nov 2012Nov 2012Nov 2012 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 2828282828; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 77777;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 1313131313; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 2020202020.....

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: 29; Q. Minguante: 8;ua Cheia: 29; Q. Minguante: 8;ua Cheia: 29; Q. Minguante: 8;ua Cheia: 29; Q. Minguante: 8;ua Cheia: 29; Q. Minguante: 8;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 1515151515; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 2222222222.....

Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaOut 20Out 20Out 20Out 20Out 201111122222

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cân-dida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Fariade Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, GlóriaLeitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gon-çalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, JoanaViterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gon-çalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias,Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nu-no Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, RuiLaiginha, Rui Sousa, Sara Amaral.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosNIB 0036 0090 99100069476 62R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Centro de Explicações de Ermesinde ...................................... 22 971 5108Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

Dias Farmácias de ServiçoVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

SobradoBessaCentral

Marques SantosMarques Cunha

Outeiro LinhoSobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Outeiro LinhoSobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Marques CunhaSobradoBessaCentral

Marques SantosVilardell

Marques CunhaOuteiro Linho

BessaCentral

Marques SantosVilardell

Marques Cunha

010203040506070809101112131415161718192021222324252627282930010203

SampaioSanta JoanaTravagem

AlfenaAscensãoConfiançaFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensãoConfiançaFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheiraSampaio

Santa JoanaTravagem

AlfenaAscensãoConfiançaFormigaGarcêsMAG

Nova AlfenaPalmilheira

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuartaQuintaSexta

SábadoDomingoSegunda

TerçaQuarta

De 01/10/12 a 03/11/12

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30 de setembro de 2012 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 Out - 30 Out01 Out - 30 Out01 Out - 30 Out01 Out - 30 Out01 Out - 30 Out

DE 5 A 27 DE OUTUBRO, 21H45Centro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de AlfenaCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de CampoCentro Cultural de SobradoCentro Cultural de SobradoCentro Cultural de SobradoCentro Cultural de SobradoCentro Cultural de SobradoFórFórFórFórFórum um um um um VVVVVallis Longusallis Longusallis Longusallis Longusallis LongusFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de Ermesinde- - - - - ALMA DO FALMA DO FALMA DO FALMA DO FALMA DO FADO - 2ª ediçãoADO - 2ª ediçãoADO - 2ª ediçãoADO - 2ª ediçãoADO - 2ª ediçãoConcurso de fado amador, que visa promover e divulgar amúsica, o fado em particular, e divulgar novos talentos.Eliminatórias a 5/10 no Centro Cultural de Alfena; a 12/10no Centro Cultural de Campo; a 13/10 no Fórum Culturalde Ermesinde; a 19/10 no Centro Cultural de Sobrado; e a20/10 no Fórum Vallis Longus.Final, a 27/10, no Fórum Cultural de Ermesinde.(Agenda da Área Metropolitana do Porto).

6 DE JULHO A 15 DE JULHOFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeA LINHA DO DOURO E DO MINHOA LINHA DO DOURO E DO MINHOA LINHA DO DOURO E DO MINHOA LINHA DO DOURO E DO MINHOA LINHA DO DOURO E DO MINHO- EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTAL- EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTAL- EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTAL- EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTAL- EXPOSIÇÃO HISTÓRICO-DOCUMENTALExposição sobre a Linha do Douro e do Minho compostapor fotografias, textos e maquetas, entre outros documen-tos de grande interesse histórico-documental realizada emparceria com a AVAFER – Associação Valonguense dosAmigos da Ferrovia. Complementam esta mostra telas so-bre a Linha do Douro do pintor Ferreira da Silva.(Agenda da Área Metropolitana do Porto).

MúsicaDesporto

FUTEBOL21 OUTUBRO, 15H00Estádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de SonhosEstádio de Sonhos– – – – – ERMESINDE SC-CANIDELOERMESINDE SC-CANIDELOERMESINDE SC-CANIDELOERMESINDE SC-CANIDELOERMESINDE SC-CANIDELOJogo a contar para a sexta jornada do Campeonato Distrital– Divisão de Honra, da Associação de Futebol do Porto. .(Agenda Associação de Futebol do Porto).

Exposições

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24 A Voz de Ermesinde • 30 de setembro de 2012Última

É verdade que o Magic não teve, este ano, acossa-do como tudo tem sido, pela crise, a pujança que nou-tros anos chegou a exibir. Mas não deixou de ser, em-bora mais limitado, o Magic, na sua programação es-

MagicValongo: surpresa,encantamento e ilusão

sencial, pretexto para encontro de ilusionistas e des-tes com o seu público, momento de festa e encanta-mento. Também a sua nova vestimenta ibérica podeser um caminho. Veremos! Viva o MagicValongo! LC

FOTOS MANUEL VALDREZ