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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XX Nº 226 juN/jul/ago/Set 2013
Bahia
Futuro do Polo em construçãoPlano Diretor e novas cadeias reescrevem a história do complexo de Camaçari
Polo do amanhã já é uma realidadeAté bem pouco tempo, os analistas eram unânimes em alertar
para um problema que levantava preocupações no Polo Indus-
trial de Camaçari: a falta de indústrias transformadoras, fabri-
cantes de bens finais, completando a cadeia produtiva em todos
os seus ciclos. Formado na sua origem por grandes indústrias
petroquímicas, grande parte delas, ainda hoje, importantes for-
necedoras de matérias primas para o mercado interno e externo,
esta história começou a mudar com a vinda da Ford, nos anos
1990 e a implantação de um parque automotivo na Bahia.
A cadeia automotiva, entre promessas e desistências de mon-
tadoras de virem se instalar no estado, caminha para a consoli-
dação. Além da implantação da fábrica de motores da Ford na
Bahia, a primeira do gênero do Norte e Nordeste, a Jac Motors
está fincando bandeira no estado, bem como a Foton, fabricante
de ônibus e micro-ônibus.
O Polo Acrílico da Basf é um outro exemplo de diversificação
do parque industrial baiano com a atração de unidades transfor-
madoras, com investimentos robustos e perspectivas de geração
de empregos, além do aproveitamento de matéria-prima local,
no caso o propeno, antes destinado à exportação.
Somam-se a todas estas as indústrias de equipamentos eóli-
cos, que colocam a Bahia em destaque nacional com a presença
de várias gigantes do setor já instaladas em Camaçari.
A previsão é de que todas essas indústrias juntas possam ge-
rar, nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e
indiretos na área de influência do Complexo Industrial.
Inaugurado em 1978, o Polo de Camaçari é considerado o
maior complexo industrial do Hemisfério Sul, com 90 empresas,
35 químicas e petroquímicas. As demais são dos segmentos me-
tal-mecânico, automotivo, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas,
celulose, e energia eólica. Se ao completar 35 anos o complexo
responde por 20% do PIB da Bahia, o que esperar dos próximos
35 diante da perspectiva de que ele dobrou de tamanho, confor-
me anunciado na solenidade que marcou a data?
Com o plano de expansão anunciado pelo Governo do Estado,
o Polo de Camaçari ganhou mais 140 milhões de metros quadra-
dos. Trata-se da área que já está sendo ocupada pela Jac Motors e
encontra-se em fase de terraplenagem. Isso significa que o Polo
dobrou de tamanho. A duplicação da área destinada à ocupação
industrial também vem amparada por uma proposta de Plano
Diretor, que promete planejar a ocupação, oferecendo infraes-
trutura, tornando mais atraente a atração de indústrias para a
Bahia. Se o futuro ainda está por vir, seu traçado já se delineia.
edItorIAl
Nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos devem ser gerados na área de influência do Complexo Industrial de Camaçari
Complexo vive um momento dinâmico,
com várias obras, como esta da
fabricante de ligas de cobre MGX
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-
coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS
e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-
to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,
BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]
fiEBPresidente José de freitas Mascarenhas. 1º ViCe-
Presidente: Victor fernando Ollero Ventin. ViCe-
Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante farias;
emmanuel silva Maluf; Reinaldo Dantas sampaio;
Vicente Mário Visco Mattos. diretores titulares alberto Cânovas Ruiz; antonio Ricardo alvarez al-
ban; andré Régis andrade; Carlos Henrique Jorge
Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; eduardo Ca-
tharino Gordilho; Josair santos Bastos; leovegildo
Oliveira De souza; luiz antonio de Oliveira; Manuel
Ventin Ventin; Maria eunice de souza Habibe; Re-
ginaldo Rossi; sérgio Pedreira de Oliveira souza;
Wilson Galvão andrade. diretores suPlentes adal-
berto de souza Coelho; alexi Pelagio Gonçalves
Portela Júnior; Carlos alberto Matos Vieira lima;
Juan José Rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira
lopes; Mário augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto
de almeida Daltro; Paulo José Cintra santos; Ricar-
do de agostini lagoeiro
conSElhoSConselho de eConoMia e desenVolViMento indus-
trial antônio sérgio alípio; Conselho de assun-
tos FisCais e tributários Cláudio Murilo Micheli
Xavier; Conselho de CoMérCio eXterior Reinaldo
Dantas sampaio; Conselho da MiCro e Pequena
eMPresa industrial Carlos Henrique Jorge Gan-
tois; Conselho de inFraestrutura Marcos Galindo
Pereira lopes; Conselho de Meio aMbiente Irun-
di sampaio edelweiss; CoMitê de Petróleo e Gás eduardo Rappel; Conselho de inoVação e teCno-
loGia José luís Gonçalves de almeida; Conselho
de resPonsabilidade soCial eMPresarial Marconi
andraos Oliveira; Conselho de relações traba-
lhistas Homero Ruben Rocha arandas; CoMitê de
Portos Reinaldo Dantas sampaio CoMitê de Jo-
Vens lideranças industriais eduardo faria Daltro
editada pela superintendência
de Comunicação Institucional
do sistema fieb
Conselho editorial Irundi ede-
lweiss, adriana Mira, Cleber Borges
e Patrícia Moreira. Coordenação
editorial Cleber Borges. editora
Patrícia Moreira. rePortaGeM Pa-
trícia Moreira, Carolina Mendonça,
Marta erhardt, Rafael Pereira. Pro-
Jeto GráFiCo e diaGraMação ana
Clélia Rebouças. FotoGraFia Rafael
Martins. ilustração e inFoGraFia Bamboo editora.
Federação das indÚstrias
do estado da bahiaRua edístio Pondé, 342 –
stiep, CeP.: 41770-395 / fone:
71 3343-1280
www.f ieb.org.br/bahia_ indus-
tria_online
as opiniões contidas em artigos
assinados não refletem necessa-
riamente o pensamento da fIeB.
filiada à
BahiaciEBdiretor-Presidente José de freitas Mascarenhas.
ViCe-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;
Irundi sampaio edelweiss; Carlos antônio Borges
Cohim silva. diretores titulares Clovis torres Ju-
nior; fernando elias salamoni Cassis; João de tei-
ve e argollo; João Ricardo aquino; luís fernando
Galvão de almeida; luiz antunes athayde andrade
Nery; Marconi andraos Oliveira; Roberto fiamen-
ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez alcântara;
diretores suPlentes Davidson de Magalhães san-
tos; erwin Reis Coelho de araujo; Givaldo alves
sobrinho; Heitor Morais lima; Jorge Robledo de
Oliveira Chiachio; José luiz Poças leitão filho;
Mauricio lassmann diretor reGional oeste Pedro
Ovídio tassi diretor reGional Feira de santana João Baptista ferreira diretor reGional sudoeste
silvio Vittorio Corradi saavedra
SESi
Presidente do Conselho e diretor reGional
José de freitas Mascarenhas. suPerintendente José Wagner fernandes
SEnaiPresidente do Conselho José de freitas
Mascarenhas. diretor reGional: leone Peter andrade
iElPresidente do Conselho e diretor reGional
José de freitas Mascarenhas. suPerintendente armando da Costa Neto
diretor eXeCutiVo do sisteMa Fieb leone Peter andrade (interino)
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Cieb - Centro das indÚstrias do estado da bahia
sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
Fórum da Lide, realizado em parceria
com a FIEB, discutiu o cenário
econômico na Bahia, investimentos e
apontou soluções para os problemas
de infraestrutura
Lideranças discutem oportunidades na Bahia
SESI e Sinduscon disponibilizam
na internet vídeos que orientam a
indústria da construção para
promover a prevenção de acidentes
nos canteiros de obra
série de vídeos orienta soBre segurança na construção
Aplicativo Banca
FIEB está
disponível para
tablets e
smartphones
puBLicações da indústria
Ricardo Vargas
alerta para
importância do
planejamento
nas empresas
gestão de proJetos
Um novo plano
diretor, a
duplicação da
área industrial e
novas indústrias
marcam os 35
anos do Polo de
Camaçari
poLo 35 anos
sumárIo jun/jul/ago/set 2013
24
Vista do Polo de
Camaçari, a partir
do Mirante da
braskem
29
14
6 21
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
DIVulGaçãO
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Rafa
el M
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Ma f
IeB
6 Bahia Indústria
entrevIstA Ricardo Viana Vargas
por patrícia moreira
Ricardo Viana Vargas é especialista em geren-
ciamento de projetos, portfólio e riscos. Chair-
man do Instituto PMI na América Latina, há
um ano ele vive em Copenhagen, na Dinamar-
ca, após ter sido convidado para ser diretor do Grupo
de Práticas de Projetos do Escritório de Serviços de
Projetos das Nações Unidas (UNOPS, na sigla em in-
glês). Nos últimos 15 anos, foi responsável por mais
de 80 projetos de grande porte em diversos países,
nas áreas de petróleo, energia, infraestrutura, teleco-
municações, informática e finanças, com um portfó-
lio de investimentos gerenciados superiores a US$ 18
bilhões. No dia 16 de julho, convidado para comandar
uma capacitação em gestão de projetos para os cola-
boradores do Sistema FIEB, ele concedeu esta entre-
vista ao Bahia Indústria.
que caminhos você trilhou até tornar-se chairman da
PMi e agora diretor das nações unidas?
A minha história com gerenciamento de projetos
tem quase 20 anos. Eu comecei muito cedo na área,
quando os softwares para gestão de projetos esta-
vam sendo lançados. Comecei pela porta dos fun-
dos: aprendendo o software para depois ver para que
servia. Minha carreira foi toda construída, até o ano
passado, com forte viés em projetos de investimento,
envolvendo construção de aeroporto, plataforma de
petróleo, refinaria, fábricas. Tinha também uma atu-
ação grande na área de fusões e aquisições. No ano
passado, recebi um convite para ser diretor de prá-
tica de projetos do Escritório de Projetos das Nações
Unidas, foi isso que me fez mudar
para a Dinamarca e hoje eu tenho
atuado como diplomata da ONU.
Cuido das práticas de projetos de
mais de 1.200 projetos no mundo,
em 80 países, que vão desde cons-
truir abrigos no Haiti a estrada no
Afeganistão, prisão na Libéria. To-
dos com foco humanitário.
qual é o grande desafio deste tra-
balho?
Nosso trabalho, enquanto prática
de projetos, tem o objetivo de fa-
zer cumprir o prazo, o orçamento,
para garantir como a gente vai
conseguir mais com menos, como
ser mais efetivo com menor risco.
Hoje a gente tem 300 gestores de
projetos no mundo e esse pessoal
é treinado e acompanhado pelo
nosso escritório. É um mundo bas-
tante diferente daquele em que
eu trabalhava. Acho que é uma
oportunidade grande de apoiar o
desenvolvimento da sociedade e
uma ótima oportunidade de vida.
Eu brinco que é viver uma outra
vida dentro de sua própria vida,
pois eu nunca imaginaria que iria
trabalhar na ONU.
o projeto nasce para o fracasso; só não dá errado porque você não deixaDiretor da ONu e chairman da PMI na américa latina esteve na Bahia a convite da federação das Indústrias
Como foi que surgiu esta oportu-
nidade?
Fui convidado. Um belo dia che-
gou um e-mail da ONU dizendo
que queriam conversar comigo.
Num primeiro momento, não dei
credibilidade.
Como você define este trabalho
nas nações unidas?
Eu acho que o que a gente busca
é dar experiências às pessoas. Os
projetos que nós temos na ONU,
basicamente, são os mesmos que
da indústria privada, com fins
diferentes, mas com os mesmos
desafios: não tem gente, não tem
prazo, tem os riscos, como é que
eu entrego no prazo, não tem di-
nheiro. É a mesma coisa. É lógico
que o objeto é diferente: mas o
problema de gestão é o mesmo. As
nossas deficiências são as mesmas
de uma empresa privada.
a onu já tinha esta estrutura de
escritório de Projetos?
Eu sou o primeiro diretor de proje-
tos da ONU. É a primeira vez que
as nações unidas tomam a deci-
são de ter uma pessoa no nível
Bahia Indústria 7
“acho que a maior parte das pessoas não acredita na própria capacidade de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um elemento do acaso
sênior, de diretoria, para exercer
este tipo de atividade. Claro que
os projetos são desafiadores. Nós
não queremos construir escola no
Sudão para dar apoio à Unicef ou a
algum doador como uma empresa
de construção civil. Nós queremos
construir a escola com princípios
de sustentabilidade. Como é que
eu construo a escola usando mão
de obra local? Porque, assim, eu
ensino às pessoas uma profissão.
Como é que eu consigo construir
esta escola respeitando a igualda-
de de gênero, assegurando opor-
tunidades iguais a mulheres e ho-
mens? Pra nós, isso é um aspecto
importante. Não é só empilhar
tijolo. Ao mesmo tempo, tem tam-
bém que respeitar o meio ambien-
te, criando uma construção para
durar. Como é a gente consegue
construir uma prisão respeitando
os princípios básicos de direitos humanos do preso?
Estes aspectos é que tornam o trabalho que a gente
faz diferente do de uma empresa de construção civil.
qual o grande segredo para ter sucesso no mundo
dos negócios?
Não quero soar autoajuda, mas eu acho que a maior
parte das pessoas não acredita na própria capacidade
de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um
elemento do acaso. Eu acho que tem um componente
de acaso, mas acho que tem um componente fortíssi-
mo de você buscar aquilo que quer.
Acreditar em um valor e persegui-
-lo. Por exemplo, quando me tornei
chairman do PMI, em 2009, jamais
um latinoamericano ou brasileiro
tinha pensado que poderia chegar
tão longe. Eu fui o único e até hoje
não tem nenhum brasileiro. Então
é aquela coisa: você tem que acre-
ditar na sua capacidade.
Você colocou em prática a gestão
de projetos em sua vida pessoal?
Se eu te mostrar você vai achar que
eu sou doido. Eu uso isso na minha
vida. Quando eu vou escrever um
livro, eu adoto o processo do Do-
me. Tenho convicção de que sou o
agente, o gerente de processo da
minha própria vida. Mas a gente,
muitas vezes, não quer sair de uma
zona de conforto. A gente acha que
é muito melhor deixar a vida nos le-
ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
8 Bahia Indústria
var. Eu respeito, cada um tem uma
história. Por outro lado, eu tenho
um estresse muito grande, porque
eu não deixo a vida me levar. Eu le-
vo a vida. Se hoje eu estou vivendo
em Copenhagen é porque eu quis.
E isso começou lá atrás. Venho de
uma família com desafios, nasci
sem luxo. Quando eu estava pró-
ximo da adolescência, por volta
de 1985, minha família enfrentou
muita dificuldade financeira. Na-
quele momento, eu percebi que ti-
nha que quebrar aquela inércia. É a
primeira vez na minha vida que eu
tenho patrão, que é o diretor execu-
tivo da ONU.
Você vive em um país onde a cri-
minalidade é zero e as pessoas
vão trabalhar de bicicleta. Como
brasileiro, você acha que o brasil
tem jeito?
O Brasil é um país maravilhoso,
nós temos um clima formidável, os
desastres naturais são irrelevan-
tes, perto de um país que tem terre-
moto. Agora, nós temos um país de
dimensões continentais. Um dos
motivos pelo qual eu escrevo meus
livros ou gravo um poad cast é para
mostrar como é que a gente conse-
gue aumentar a experiência das
pessoas como gestor de projetos.
O Brasil só se moverá com bons
projetos, boas tomadas de decisão
e boa implementação. Vamos fazer
um aeroporto, uma rodovia, é fa-
zer e entregar. Isso é o que falta:
uma atividade de gestão de proje-
tos. É um país de oportunidades
singulares, mas temos todos estes
desafios.
o sistema Fieb está investindo na
capacitação dos seus colaborado-
res em gestão de projetos, qual a
importância disso?
Esta é uma iniciativa maravilhosa
entrevIstA Ricardo Viana Vargas
porque o Sistema FIEB permite esta visão sistêmica.
Gestão de projeto é lógica: antes de fazer, deixa eu
pensar. A gestão estruturada vai permitir uma abor-
dagem unificada do projeto e isso vai impactar dire-
tamente no resultado do que vocês fazem. O que se
quer é o resultado, o plano é só o caminho. Se o plano
não conduz a um resultado melhor, ele é dispensável.
é possível competir no mercado global sem adotar a
gestão de projetos?
Você pode competir sem ter gestão de projeto. É igual
a ir pra guerra pelado. O que a gente acredita é que
se você for com o armamento certo, suas chances de
sobreviver aumentam. Você pode construir sua casa
sem plano nenhum. Se você usar a gestão de projetos,
suas chances de construir algo que você quer, de um
modo mais razoável, aumentam.
quais as palavras-chaves da gestão de projetos?
A primeira palavra-chave é entender qual a razão
de aquele projeto existir. A segunda palavra-chave é
qual o trabalho que tem que ser feito. Se você não sa-
be o que tem que ser feito é muito difícil saber a abor-
dagem. É entender que você está lidando com pesso-
as e, debaixo desse guarda-chuva de pessoas, você
tem liderança, poder, tem que administrar estresse,
conflito, diferentes interesses. É preciso entender que
o projeto não é meramente um aspecto técnico, mas
um aspecto de gestão e que todo mundo não tem um
mesmo comprometimento. Como conseguir congre-
gar estes interesses em um resultado satisfatório?
Como se deve preparar uma equipe para gerenciar
projeto?
Passa primeiro pelo suporte executivo. É preciso que
os líderes acreditem nisso, apos-
tem nisso. Depois, é preciso que as
pessoas que vão gerenciar projetos
tenham capacitação, sejam treina-
das, entendam, sejam coerentes e
tenham entendimento do trabalho
que tem que ser feito. E, terceiro,
as pessoas têm que ser expostas
aos projetos. Não tem jeito, eu cos-
tumo citar uma frase do Machado
de Assis que eu acho sensacional:
“De nada adianta estudar toda a
teoria do amor se você nunca deu
um beijo”. Nada adianta estudar
tudo de projeto se você não viveu
o desafio, a dor do projeto.
que fatores levam um projeto ao
fracasso?
O projeto nasce para o fracasso,
ele só não dá errado porque você
não deixa ele dar errado. Gosto de
um exemplo clássico. Falo em en-
tropia, que é o nível de desordem
do sistema, e que tende ao infini-
to. Significa que para o projeto dar
errado não precisa fazer nada, só
deixar rolar. Agora, pra dar certo,
para evitar o fracasso, tem que
gastar energia, tempo, planejar. É
um esforço grande vencer a inér-
cia contrária de fazer com que tu-
do dê errado.
e o que você tem como conselho
para os pequenos empreendedo-
res?
O primeiro passo é entender a im-
portância de se comprar a ideia.
O segundo é se capacitar. Se sou
pequeno empreendedor, o prin-
cipal cérebro sou eu e tenho que
me capacitar. O terceiro passo
é implementar processos para
a gestão de projetos, processos
simples. Não transforme a gestão
num fator complicador. Estes são
os passos essenciais para quem
está começando. [bi]
“Competir sem ter gestão de projeto é igual a ir pra guerra pelado. o que a gente acredita é que se você for com o armamento certo, suas chances de sobreviver aumentam
circuito
Bahia Indústria 9
por cLeBer Borges
indústria emprega 36% das pessoas com deficiênciaO Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com, pelo menos, um tipo de deficiência, o
que representa 23,9% do total da população. E a indústria é o setor que,
proporcionalmente, mais emprega pessoas com deficiência, de acordo com
levantamento realizado pelo Departamento Nacional do SENAI. No total, o setor
emprega 25% do total de trabalhadores formais, porém utiliza 117 mil de um total de
324,4 mil profissionais com deficiência, o que representa 36% desse universo. E o
SENAI tem importante papel na qualificação de pessoas com deficiência, tendo
treinado quase 79 mil delas nos últimos seis anos.
“educação não é uma questão de faLar e ouvir, mas um processo ativo e construtivo”
John dewey (1859-1952), filósofo norte-americano, um dos expoentes do pragmatismo, teoria da verdade, pela qual uma afirmação é verdadeira se cumpre todas as premissas, inclusive se adequar a observações demonstradas
adicional representa r$ 270 milhões/mêsCom a manutenção do veto ao
Projeto de Lei Complementar que
previa acabar com o adicional de
10% do FGTS, o setor privado
continuará desembolsando a
cada mês R$ 270 milhões de
forma indevida. Dinheiro que
poderia ser revertido em
qualificação profissional, em
inovação e na ampliação da
capacidade produtiva. Criado em
2001, com a finalidade de
restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro do FGTS, o
adicional de 10% cumpriu há
muito sua finalidade, servindo
hoje apenas para aumentar a
arrecadação federal.
Construção permanece desaquecida segundo CniDesaquecida. É dessa forma que a
CNI avalia o nível de atividade do
segmento da construção civil no
país, conforme sondagem
divulgada em setembro. De
acordo com o estudo, a retração
da atividade nos últimos meses
tem sido maior entre as pequenas
empresas e menor entre as
grandes. O emprego setorial
também ficou retraído.
Ministro quer acelerar licenciamento ambientalO ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, trabalha com uma
iniciativa que pode acelerar o
licenciamento ambiental nos
projetos do setor elétrico em todo
o país. É a regulamentação da Lei
Complementar 140, que prevê
tornar mais claras as regras
ambientais. Por sua vez, o Ibama
está contratando mais analistas
para reforçar sua equipe.
10 Bahia Indústria
sindicatos
sindicafé e abic estimulam a inovação A necessidade de inovar pautou a reunião regional da As-
sociação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) na Bahia,
no dia 23 de agosto, na sede da FIEB. Representantes de
empresas do ramo, além de diretores da ABIC e do Sindi-
cato das Indústrias de Café do Estado da Bahia (Sindicafé-
-BA) discutiram como o atual momento do café pode estimular
a busca pela inovação. O presidente do Sindicafé-BA, Antônio Roberto da Almeida, defendeu que o momento é importante para pactuar práticas
saudáveis de negociação, favorecendo a união e a lealdade entre as indústrias da
Bahia. A quarta reunião regional da associação serviu também para o setor celebrar
conquistas recentes, como a inclusão do café na cesta básica brasileira, com desone-
ração de impostos, além da revogação da instrução normativa nº 16.
O Dia Mundial do Leite é celebrado mundialmente no dia 1º de junho
para incentivar o consumo de leite pela população e divulgar seus be-
nefícios à saúde. Para comemorar a data, o Sindicato das Indústrias de
Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite),
montou um estande no Shopping Paralela, onde o público pode conhe-
cer os benefícios dos laticínios e degustar derivados do leite. A Bahia
é o maior produtor do Nordeste e o 7º do país, entretanto, a cadeia tem
sofrido com os efeitos da estiagem.
O presidente do Sindileite, Paulo Cintra, explica que o sindicato tem
atuado na busca de políticas tributárias estaduais e de alternativas es-
tratégicas para o setor na época da estiagem. O apoio à cadeia produtiva
e o fortalecimento da indústria no estado serão discutidos, dias 20 e 21 de
setembro, no Catussaba Resort, em Salvador, no IV Encontro das Indús-
trias Baianas do Setor de Leite e Derivados, realizado pelo Sindileite-BA.
Sindicato comemora Dia Mundial do Leite
sindical promove encontro para discutir açõesPara discutir o atual cenário e as
próximas ações para o setor, o Sin-
dicato da Indústria de Mineração
de Calcário, Cal e Gesso no Estado
da Bahia (Sindical) realizou, dia 9
de agosto, no Restaurante Barba-
coa, em Salvador, almoço com a
presença da diretoria, empresas
associadas e da equipe da Supe-
rintendência de Relações Institu-
cionais da FIEB.
Durante o encontro, que con-
tou com a presença do deputado
Sandro Régis, que atua em prol
do segmento, foi realizada presta-
ção de contas, discutidas as ações
desenvolvidas pelo Sindical. Para
o presidente, Sérgio Pedreira, os
encontros são oportunidades de
reunir empresários de várias regi-
ões do Estado, trocar experiências
e alinhar ações futuras.
sinditabaco combate mercado ilegal Cerca de 54% do cigarro consumi-
do na Bahia é clandestino. Criar
alternativas para combater o con-
trabando e a pirataria é o foco do
grupo da Operação Integrado Co-
mércio Legal. Coordenado pelo
Ministério Público Estadual, par-
ticipam do grupo a FIEB, por meio
da Superintendência de Relações
Institucionais, CDL, FCDL, Recei-
ta Federal, Sefaz-BA e as Polícias
Civil, Militar, Federal e Rodoviária
Federal. Na 64ª reunião do grupo,
no dia 20 de agosto, foi apresen-
tado o mapeamento das áreas de
entrada, fábricas clandestinas e
pontos de venda do comércio ile-
gal no estado. Odacir Strada, pre-
sidente do sindicato, explica que a
meta é criar uma força-tarefa.
Programação
estimulou o
consumo de
leite e seus
derivados
ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
Bahia Indústria 11
eleições
Jorge
Cajazeira
apresentou
nova marca
do sindicato
uRaN R
ODRIG
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açãO
sinprocim assina convênio com o sesi Incentivar a realização integrada
de programas de educação, saúde,
lazer, cultura e responsabilidade
social é o objetivo do convênio de
cooperação firmado entre o Sindi-
cato das Indústrias de Produtos de
Cimento do Estado da Bahia (Sin-
procim) e o SESI Bahia.
O convênio, assinado dia 23 de
julho, na sede da Federação das
Indústrias, consiste em uma parce-
ria entre as duas entidades para a
sensibilização e implementação de
serviços e programas de Qualidade
de Vida e Educação junto às indús-
trias associadas ao sindicato.
Sindipeças. A nova diretoria do Sindicato Na-
cional da Indústria de Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças) para o triênio 2013/2016
é composta por João Ricardo de Aquino, da Valeo
Sistemas Automotivos, representante da Regional
na Bahia. O vice-diretor é Claudemir dos Santos,
da Benteler Componentes Automotivos.
Sindisabões. O empresário Juan José Rosário
Lorenzo, da Indeba, está à frente da nova direto-
ria do Sindicato das Indústrias de Sabões, Deter-
gentes e Produtos de Limpeza em Geral e Velas no
Estado da Bahia, eleita para o triênio 2013/2016. A
meta do novo presidente é apoiar as empresas do
setor, sobretudo no interior.
Sindpan. Tomou posse no dia 14 de junho, a
diretoria eleita do Sindicato da Indústria de Pa-
nificação e Confeitaria da Cidade do Salvador
(Sindpan). O empresário Mário Augusto Rocha
Pithon foi reconduzido à presidência e cumprirá
seu quarto mandato até 2016 e buscará intensifi-
car ações de articulação política.
Açúcar e Álcool. O presidente do Sindicato
da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado da
Bahia, Carlos Gilberto Cavalcante Farias, foi ree-
leito para o mandato 2013/2016, juntamente com
os novos integrantes da diretoria e do conselho
fiscal da entidade. A posse ocorreu dia 18 de ju-
nho e a perspectiva é a busca de soluções para os
atuais desafios do setor.
Sindcalçados. O Sindicato da Indústria de
Calçados, seus Componentes e Artefatos no Esta-
do da Bahia (Sindcalçados) realizou eleições em
junho para o mandato 2013/2016, reconduzindo o
atual presidente, o empresário Roberto Enzwei-
ler, da Calçados Malu, que concorre em chapa
única. Haroldo Ferreira foi mantido na função de
presidente executivo.
Sindióleos. Ricardo de Agostini Lagoeiro,
assumiu pela quinta vez a presidência do Sindió-
leos (Sindicato da Indústria de Extração de Óleos
Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e de
Balas no Estado da Bahia).
Atento às ações de visibilidade e modernização, o Sindicato das Indús-
trias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Arte-
fatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) apesentou,
dia 23 de julho, sua nova identidade visual e o novo site institucional.
Com linhas e traços que indicam modernidade e arrojo, a refor-
mulação da identidade institucional representa um novo conceito,
alinhado à governança da entidade. Durante o coquetel de lança-
mento, Jorge Cajazeira, presidente do Sindpacel, também apresentou
relatório gerencial do primeiro ano de gestão. Na oportunidade, foi
lançado o Anuário Estatístico Bahia Indústria Florestal, que traz o
panorama da cadeia produtiva do setor e apresenta dados referentes
à economia, conservação ambiental e ao papel social das empresas
envolvidas no processo.
Construtoras de itabuna e ilhéus participam de feira Itabuna sediou, de 14 a 16 de ju-
nho, a Feira da Casa Própria Ita-
buna-Ilhéus. Durante os três dias
de evento, realizado no centro da
cidade, cerca de 8 mil pessoas vi-
sitaram a feira, que gerou mais de
R$ 35 milhões em propostas de ne-
gócios. Mais de 600 imóveis foram
disponibilizados para venda e 180
comercializados. O Sindicato das
Indústrias de Construção Civil de
Itabuna e Ilhéus (SICC), dirigido
por Leovegildo Oliveira de Sousa,
participou da coordenação da fei-
ra e articulou a participação das
construtoras da região.
Sindpacel apresenta nova identidade visual e site
12 Bahia Indústria
a necessidade de expandir o
negócio fez a Indeba (indús-
tria de produtos de limpeza),
sediada em Salvador, adquirir um
novo terreno no Centro Industrial
de Aratu (CIA). Mas por causa de
uma manilha entupida, qualquer
chuva alagava o terreno. Para cor-
rigir o problema, a empresa preci-
sa de uma outorga do Instituto do
Meio Ambiente e Recursos Hídri-
cos (Inema). Sabendo que a FIEB
oferece capacitação em assuntos
relacionados a licenciamento am-
biental, por meio do Projeto Indús-
tria Baiana Sustentável, o diretor
da empresa, Adilson Ribeiro de
Almeida procurou a Federação.
“Desde outubro do ano passa-
do estamos tentando resolver isso.
Depois que entramos em contato
com a FIEB, em menos de 15 dias
recebemos uma resposta do Ine-
ma, sinalizando que, em até duas
semanas, teríamos um parecer”,
conta Almeida.
O Projeto Indústria Baiana Sus-
tentável é coordenado pela Ge-
rência de Desenvolvimento Sus-
tentável (GDS) da FIEB e vem con-
tribuindo para que as indústrias
baianas, especialmente as micro e
pequenas empresas (MPEs), aten-
dam às exigências legais e merca-
dológicas – com foco em meio am-
biente/licenciamento ambiental.
O programa oferece capacitação,
divulgação de informações, asses-
arlinda Coelho
destaca o site
criado para
manter os
empresários
sempre
atualizados
sobre a
legislação
ambiental
Por uma indústria mais sustentável
JOãO alVaRez/sIsteMa fIeB
Projeto da fIeB auxilia empresas para lidar com questões ambientais por meio de capacitações e suporte técnico
soria e articulações institucionais,
junto aos órgãos ambientais do Es-
tado e ao Sebrae.
A meta inicial era atender 12 em-
presas em 2013, mas até agosto, 18
já haviam sido atendidas. O site do
projeto traduz bem o sucesso que
ele vem fazendo entre os empresá-
rios, com 2.600 visitas em apenas
um mês. “O site disponibiliza todas
as informações que dispomos e
produzimos sobre o tema, além de
outros assuntos que convergem pa-
ra a sustentabilidade no segmento
industrial. É um canal que criamos
para que o empresário permaneça
sintonizado, bem informado e de-
vidamente subsidiado para tomar
suas decisões preventivamente”,
explica a gerente da GDS, Arlinda
Conceição Dias Coelho. [bi]
Outras ações da GDS
Evento FIEB de Meio Ambiente > promovido a cada dois anos, o evento é realizado pelo Conselho de Meio Ambiente da FIEB (COMAM/FIEB), com reuniões, debates e articulação sobre a temática ambiental.
Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental > Com a participação de empresas e órgãos interessados no tema, o evento também é bienal (intercalado com o Evento FIEB de Meio Ambiente) e premia empresas que se destacam na implementação de práticas de gestão e tecnologias em prol do desenvolvimento sustentável do Estado da Bahia.
COEMA Nacional sobre Licenciamento Ambiental > A GDS participou da elaboração do documento encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente com o posicionamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre licenciamento ambiental. O evento foi realizado em Ouro Preto (MG), em julho deste ano.
Pareceres de Projetos de Lei > A GDS emitiu 99 pareceres de Projetos de Lei em Meio Ambiente, nas instâncias municipal, estadual e nacional.
www.fieb.org.br/desenvolvimento_sustentavel
Bahia Indústria 13
aNGelO PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
em toda formatura, é natural que os discursos
enalteçam as conquistas, reconheçam esforços e
superações. A noite do dia 20 de agosto, em que
foi realizada a cerimônia de conclusão do processo de
formação socioeducativo do Programa ViraVida, no
SESI Itapagipe, quem fez uso da palavra procurou ir
além do convencional. Os 100 jovens que receberam
o diploma de conclusão dos cursos profissionalizan-
tes tinham muito mais na bagagem em termos de su-
peração. Quem chegou até ali, deixou para trás uma
história de risco social e exclusão.
O superintendente do SESI Bahia – entidade que
coordena o projeto no estado –, Wagner Fernandes,
citou Paulo Freire e falou da importância de se dar o
máximo de si para atingir objetivos. “Tenham espe-
rança, não de espera, mas aquela que a gente vai em
busca daquilo que se quer. Acreditem e continuem
nos incentivando, o SESI e as instituições parceiras,
a continuar com este projeto”.
O sucesso do Programa ViraVida, lembrou o supe-
rintendente, é a rede de suporte, formada por ONGs,
instituições do Sistema S (SENAI, Sesc, Senac e Se-
brae) e empresas. “Por maior que seja o SESI, se não
tivéssemos estas parcerias não daríamos conta desse
projeto”, acrescentou o presidente do Conselho Nacio-
nal do SESI, Jair Menegelli, idealizador do ViraVida.
Falando aos jovens, ele lembrou que agora é pre-
ciso ter persistência e dedicação. “Fizemos 40% e
60% dependeram de vocês. Daqui pra frente é 100%
com vocês”, destacou Meneguelli, que disse ainda:
“Quem estuda tem dificuldade no mercado de traba-
lho, mas quem não estuda está fora dele”.
E as conquistas não foram poucas. Completar a
formação foi uma delas, conforme destacou uma das
oradoras da turma, que lembrou os colegas que fica-
ram para trás. “Quando nos encontramos estávamos
sem perspectivas, solitários, muitas vezes vazios,
nos sentindo incapazes”, disse. Ela também falou do
esforço coletivo do grupo para que alguns não desis-
tissem, pois foram muitos os obstáculos enfrentados.
O ViraVida é um programa de educação integral,
que prevê a regularização do fluxo educacional, asso-
ciada a atividades de capacitação e atendimento psi-
cossocial. Os jovens atendidos pelo programa podem
optar entre os cursos de rotinas administrativas in-
dustriais, manutenção de microcomputadores, auxi-
liar de cabeleireiro e eletricidade industrial, ofereci-
dos pelas instituições parceiras. As famílias também
recebem apoio psicossocial e por meio do Sebrae são
orientadas para o empreendedorismo. [bi]
Virando a vidaPrograma ViraVida, criado pelo Conselho Nacional do sesI, está presente em 27 estados e soma 332 jovens atendidos na Bahia
Comemoração
dos jovens
atendidos
pelo programa
durante a
formatura
14 Bahia Indústria
por patrícia moreirafotos rafael martins
a atração de novas indústrias e a diversificação das cadeias produtivas, além de um plano diretor, reescrevem a história do Complexo de Camaçari
novos temPos PArA o Polo
Bahia Indústria 15
por patrícia moreirafotos rafael martins
anúncio da criação de uma
nova área de expansão, que
vai aumentar em 50% a área
destinada à implantação de
novas indústrias, e a apresen-
tação de um novo plano di-
retor, que aponta estratégias
de crescimento e atração de
novos investimentos, além de infraestrutura para
novas empresas se instalarem na Bahia, marcaram
as comemorações dos 35 anos do Polo Industrial
de Camaçari. O projeto, do Governo do Estado, foi
apresentado pelo secretário James Correia, duran-
te a solenidade realizada na sede da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia, em 11 de julho,
com a presença do governador Jaques Wagner, de
industriais, autoridades e trabalhadores da indús-
tria. Durante a solenidade, o presidente da FIEB,
José de F. Mascarenhas, um dos engenheiros que
participaram da construção de Camaçari, foi ho-
menageado pelas empresas do Polo, por meio do
Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic).
O plano diretor, proposto pelo Governo do Esta-
do, por meio da Secretaria da Indústria e Comércio
e Mineração do Estado da Bahia (SICM), atende à
política de atração de novas indústrias, quando o
complexo de Camaçari se prepara para receber, até
2015, investimentos que somam mais de US$ 6,5 bi-
lhões. Isso inclui novas indústrias, a ampliação de
unidades e o adensamento de cadeias produtivas.
O plano diretor contempla premissas de infraes-
trutura, logística e proteção ambiental, dividindo
obras da Jac
Motors na área
de expansão
do Polo
16 Bahia Indústria
o distrito em sete zonas: Complexo
Básico, Oeste Dias D’Ávila, Oeste
Camaçari, Norte, Central, Leste e
Sul. Com isso, vai ser possível a or-
ganização de cadeias produtivas
integradas.
O presidente do Cofic, Marcelo
Cerqueira, afirmou que, desde a
sua implantação, o Polo vem pas-
sando por “círculos virtuosos de
inovação e crescimento”. Atual-
mente, o complexo gera 45 mil em-
pregos diretos e indiretos e a ex-
pansão, destaca ele, vai incremen-
tar esta demanda. “Nosso desafio é
continuar atraindo investimentos,
o outro, sem dúvida, é formação de
pessoas, é continuar preparando,
desenvolvendo pessoas que pos-
sam tocar os 35 anos do polo daqui
pra frente. Nós temos uma geração
que já está terminando o trabalho
que realizou ao longo desse tempo
e vamos precisar de mais pesso-
as”, observa.
Cerqueira acredita que o anún-
cio do plano diretor inscreve o Po-
lo de Camaçari em uma nova era:
“Esta nova área que está sendo
agregada vai, de forma organiza-
da, estruturada, reunindo uma
mesma cadeia produtiva integra-
da, permitir a atração de novos
investimentos. Se você tem área
adequada, água, energia e pesso-
as para trabalhar, o empresário
vem e o governo está disposto a
apoiar”, acrescentou.
POLO ACRÍLICOUm dos exemplos de formação
de uma nova cadeia de produção
em Camaçari é o Polo Acrílico da
Basf, o maior empreendimento da
companhia fora da Alemanha, que
representa R$ 1,5 bilhão em inves-
timentos em três novas unidades
industriais. Juntas, elas produzi-
rão em escala global o ácido acrí-
lico, acrilato de butila e polímeros
superabsorventes (SAP), utilizan-
do como matéria-prima o propeno
fornecido pela Braskem.
A perspectiva da Basf é iniciar
a operação da fábrica de Camaçari
em 2014 e, para isso, encontra-se
em estágio avançado o processo
de construção do complexo. Em
consequência da implantação do
Polo Acrílico, o Polo atraiu indús-
trias de transformação como a
Kimberly-Clark, que produz fral-
das descartáveis e produtos de hi-
giene pessoal.
A Braskem, principal fornece-
dora da Basf, também está sendo
levada a se preparar para atender
à demanda do novo cliente. Com
a perspectiva de fornecimento de
aproximadamente 150 mil tonela-
das de propeno para o Polo Acrí-
lico, a Braskem está concentrando
investimentos em logística, com a
construção de um conjunto de du-
tovias e interconexões com a fábri-
ca da Basf.
Os recursos somam-se aos
aportes realizados pela empresa
nas suas seis unidades industriais
em Camaçari, da ordem de R$ 230
milhões anuais. Dentre as ações
de modernização, a Braskem pla-
neja investir na especialização de
uma unidade de polietileno linear
do Polo, a fim de obter algum ga-
nho em volume de produção.
A implantação do Polo Acríli-
co será responsável por fazer com
que o propeno produzido pela
Braskem deixe de ser destina-
do exclusivamente à exportação
para ser consumido no mercado
interno. Neste sentido, conforme
explicou o presidente, Carlos Fa-
digas, uma das ações da empresa
tem sido trabalhar, em parceria
com o governo estadual, para
atrair novas empresas químicas
implantação do
Polo acrílico
da basf (acima)
e operários
trabalhando
nas obras da
futura fábrica
do Grupo o
boticário
para Camaçari. “Além do exem-
plo da cadeia do ácido acrílico, a
Braskem tem uma gama de produ-
tos que hoje são destinados à ex-
portação e que poderiam servir de
suprimentos para novas fábricas
aqui”, explica. Um desses conjun-
tos de clientes é o de indústrias de
plástico, que consomem resina de
polietileno (PE) e PVC.
Fadigas revela que existem in-
vestimentos sendo negociados,
mas ainda estão protegidos por
acordos de confidencialidade. “O
que dá para dizer é que existe uma
equipe da Braskem trabalhando
em caráter permanente para atrair
Bahia Indústria 17
novas indústrias para o complexo
de Camaçari.”
O evento, que comemorou os 35
anos do complexo, teve ainda como
foco o futuro do Polo. O governador
da Bahia, Jacques Wagner, afirmou
que a cadeia formadora do projeto,
a petroquímica, está sendo fortale-
cida por outros ciclos produtivos,
como o automotivo e o químico. O
gestor estadual enfatizou a impor-
tância do Porto de Aratu para o
escoamento da produção. Ele tam-
bém sugeriu que o distrito passe a
ter “um condomínio que adminis-
tre o Polo por meio de um conselho,
do qual o estado faria parte”.
No quesito infraestrutura, o presidente da FIEB, Jo-
sé Mascarenhas, destaca o alinhamento com o gover-
no estadual quanto à utilização do Porto de Aratu para
escoamento da produção industrial. “Quando da im-
plantação do polo, deveria ter sido criado um porto pa-
ra escoamento da produção industrial. Mas por fatores
de localização ele ficou em Aratu. Com a Lei Geral dos
Portos abre-se a possibilidade de se ter uma solução.
Discutimos recentemente com o governador e ele se
mostrou favorável a uma alternativa que nós julgamos
ser a melhor, que é a concessão geral do Porto de Aratu
e a adoção de uma gestão única para os terminais pri-
vatizados”, explica Mascarenhas.
A atração de indústrias de transformação para Ca-
maçari também é vista como indicativo de um novo
momento para o Polo, na avaliação do presidente da
FIEB. “É preciso que a gente aumente a transforma-
ção local da matéria prima, já que
boa parte dela é transferida para o
centro sul ou para exterior, porque
assim vamos dar mais renda ao es-
tado e à região”, observou.
Mascarenhas também observa
que, para construir o futuro do
Polo de Camaçari, é preciso inves-
tir em capacitação e inovação. Ele
lembra que o SENAI está desenvol-
vendo projetos nesta direção e as
empresas tendem também a parti-
cipar. Isso inclui ainda iniciativas
como a duplicação do SENAI Ci-
matec, que vai ampliar a formação
de mão de obra especializada para
a indústria baiana.
18 Bahia Indústria
O ativo total do Polo, que era de US$ 12 bilhões até
2008, saltou para US$ 16 bilhões em 2011 e deve su-
perar os US$ 22 bilhões até 2015, excluindo os apor-
tes do governo em infraestrutura e considerando um
montante de aproximadamente US$ 6,5 bilhões em
novos investimentos, de acordo com o Comitê de Fo-
mento Industrial de Camaçari (Cofic). Nos próximos
anos, com a implantação de novas indústrias, o Polo
também deverá gerar 17 mil novos postos de trabalho.
Além das indústrias de transformação trazidas pelo
complexo acrílico, outros segmentos também são res-
ponsáveis por esta transformação do Polo de Cama-
çari, que já se configura um grande canteiro de obras.
Além da implantação da unidade da Jac Motors,
cuja sobras estão em fase de terraplenagem, e que
prevê R$ 1 milhão em investimentos, o parque auto-
motivo baiano avança na sua consolidação com a ins-
talação de uma fábrica de motores da Ford, a primeira
do gênero no Norte/Nordeste, que representa R$ 400
milhões em investimentos. Outro investimento anun-
ciado é a fábrica de ônibus e micro-ônibus Foton, com
investimentos de R$ 209 milhões. A Foton anunciou o
início das obras para o segundo semestre e pretende
dar início à produção em 2015.
No segmento eólico, o Polo de Camaçari destaca-se
com quatro fabricantes instalados na Bahia, que en-
contram-se em um franco processo de verticalização
da cadeia. A Alston, presente desde 2011, e a Gamesa,
primeira indústria eólica a se instalar na Bahia, tam-
bém no ano de 2011, atuam na fabricação de aeroge-
radores. Esta última, está investindo R$ 100 milhões
numa segunda unidade de produção de naceles (tur-
binas), que deverá iniciar a operação em 2015.
Outra empresa presente em Camaçari é a Torre-
bras, fabricante de torres eólicas, e a Tecsis, produ-
tora de pás eólicas. Esta deve iniciar a operação em
2014, com um investimento de R$ 100 milhões na
unidade, que deve gerar cerca de R$ 3,5 mil empregos
diretos. Na área de insumos para a construção civil
está a Knauf, já em operação, e que recebeu R$ 150
milhões em investimentos. O Polo de Camaçari tam-
bém passará a contar com uma gigante da indústria
cosmética com a implantação da unidade do Grupo O
Boticário, com investimentos de R$ 355 milhões.
Novas cadeias produtivas
Vista
panorâmica
das indústrias
do Polo de
Camaçari,
a partir do
Mirante da
braskem
20 Bahia Indústria
hOmenAGem. Por duas gestões secretário estadual das Minas e Energia, na década
de 1970, responsável pela implantação do Polo de Camaçari, o presidente da FIEB,
José de F. Mascarenhas, foi homenageado pelas empresas do Polo, representadas pelo
Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), durante a solenidade que marcou
os 35 anos do complexo e que reuniu governantes, políticos, empresários e
trabalhadores da indústria no auditório da Federação. Mascarenhas relembrou a
“aventura” de implantar o maior projeto de desenvolvimento regional do Brasil até
então, ressaltando a importância do economista baiano Rômulo Almeida no processo.
Ele foi saudado pelo ex-governador Roberto Santos, que fez uma retrospectiva
histórica do processo de implantação do Polo.
ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
Para atender à demanda das novas empresas que es-
tão sendo instaladas em Camaçari, o Serviço Nacio-
nal da Indústria (SENAI) tem reafirmado sua parceria
na qualificação dos profissionais. Assim como atuou
quando da implantação das primeiras unidades do
complexo automotivo e promove, nas suas unidades
– Cimatec, Cetind e Dendezeiros –, ações continua-
das para atender às indústrias, o SENAI já foi contra-
tado para preparar novos profissionais para atuar nos
novos polos do Complexo de Camaçari.
Dos 230 empregados diretos que a Basf planeja
contratar para atuar na sua nova planta, prevista
para iniciar as atividades ainda em 2014, 87 já es-
tão pré-selecionados, fazendo capacitação no SENAI
SENAI é parceiro do Polo na capacitação de pessoas
Cetind. Eles compõem um curso
de Formação de Operadores, en-
comendado pela empresa alemã,
com 1.306 horas/aula e previsão
de término em dezembro.
A consultora de RH da Basf
e líder para o projeto Complexo
Acrílico em Camaçari, Ligia Mora-
es, explicou que a parceria com o
SENAI na capacitação do pessoal é
fruto da excelência adquirida pelo
serviço. “O relacionamento que a
Basf tem com o SENAI, de muitos
anos, nos deixa numa situação
confortável. Temos certeza que a
capacitação será feita nos padrões
exigidos pela Basf, pois conhece-
mos a competência dos profissio-
nais do SENAI, assim como a sua
capacidade técnica”, explicou.
Atraída pela Basf para o Polo
Industrial de Camaçari, a Kim-
berly-Clark também já começou
a capacitar seu pessoal no SENAI
Cetind. A primeira turma enco-
mendada pela empresa foi forma-
da por 12 operadores de máquina
de fabricar papel. A previsão é que
a empresa contrate ainda outros
cursos.
Para o gerente do Núcleo Estra-
tégico do SENAI, Luís Breda Mas-
carenhas, a capacidade do SENAI
de qualificar os profissionais em
todos os níveis é o que faz dele um
parceiro tão forte. “O SENAI tem
competência para dar suporte às
empresas desde a sua implantação
até a sua operação, manutenção
e todas as fases da sua existên-
cia. Auxiliamos na formação dos
profissionais, das funções mais
básicas até as mais avançadas,
além de oferecer suporte técni-
co ao negócio, para melhoria dos
processos e produtos, pesquisas
aplicadas, consultorias e diversos
outros serviços”, explica. (Colabo-
rou Rafael Pereira) [bi]
> O SENAI atende mensalmente
eMPresas industriaiscom cursos, consultorias e serviços tecnológicos e de inovação. De 2011 até 2013, o SENAI realizou mais de
4 mil atendiMentos para as empresas do Polo Industrial de Camaçari
720
Bahia Indústria 21
PÁGInAS mAIS ACeSSADAS nA BAnCA1. Página principal2. Revista Bahia Indústria (lista)3. Cartilhas (lista)4. Livros (lista)5. Mapa Estratégico (lista)6. Cartilha de Eficiência Energética e Hídrica7. Estatísticas de Comércio Exterior – Julho 20138. Sondagem da Indústria da Construção (lista)9. Revista Bahia Indústria – Edição Abril /Maio 201310. Estatísticas de Comércio Exterior (lista)
»PARA ACESSAR A BANCA
http://www.fieb.org.br/bancafiebhttp://bit.ly/BancaiPhonehttp://bit.ly/Banca-Android
o Sistema FIEB disponibiliza gratuitamente o
aplicativo Banca FIEB, que reúne informações
do setor industrial. São centenas de revistas,
documentos, pesquisas e relatórios produzidos pe-
riodicamente pela instituição e seus parceiros. A
Banca FIEB pode ser acessada via web e também tem
versões para tablets e smartphones, nos sistemas iOS
e Android.
Para Marcus Verhine, superintendente interino
de Desenvolvimento Industrial do Sistema FIEB,
a Banca é um instrumento de contato mais direto e
amigável com o usuário. “Isto contribui para a defesa
de interesses e tomada de decisões dos empresários,
em prol da melhoria da competitividade da indústria
baiana”, explica.
A SDI disponibiliza, por exemplo, notas técnicas,
relatórios de análise econômica setorial, de comércio
exterior, de infraestrutura e da indústria da constru-
ção, dentre outros.
O usuário que instalar o aplicativo, ou acessá-
-lo via internet, poderá ler também todas as edições
da Revista Bahia Indústria, cartilhas do SESI, IEL
e outras gerências corporativas, assim como livros
como o Teatro-Fórum – Pedagogia da Intervenção na
Indústria, ou Rômulo - Desenvolvimento Regional e In-
dustrialização, ambos lançados em 2013.
A Banca FIEB é o primeiro de uma série de apli-
cativos que o Sistema FIEB pretende lançar, sempre
buscando uma aproximação com seus públicos. A
ideia é oferecer serviços e produtos, aproveitando o
potencial de mobilidade e seguindo as tendências do
mercado de comunicação.
“É nosso papel divulgar e propagar não apenas a
imagem da FIEB, mas também o conhecimento que
produzimos”, pontua Adriana Mira, superintendente
de Comunicação Institucional. ”Este acesso via plata-
forma móvel é um facilitador para disponibilizar todo
o conteúdo produzido aqui”, reforça. [bi]
Banca fIeB reúne asinformações da indústriaaplicativo disponibiliza as principais publicações sobre o setor industrial, produzidas pelas entidades e superintendências do sistema fIeB
» Todas as publicações do Sistema FIEB agora trazem o código acima. Use um leitor de QR-Code para acessar rapidamente a Banca, usando seu celular ou tablet
edições da
bahia indústria
estão entre
os conteúdos
que podem
ser acessados
pelo tablet ou
smartphone
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
22 Bahia Indústria
fOtOs: DIVulGaçãO / fCDl
Com o objetivo de ampliar a
oferta de educação de ex-
celência, o SESI dá início
a uma completa reestruturação
da unidade do bairro do Retiro,
em Salvador. O projeto permite a
ampliação de atendimento de 700
para 1.200 alunos, com possibili-
dade de expansão para até 1.500
estudantes por ano. Além disso,
vai tornar viável a oferta de uma
Educação Integral de Qualidade
em Tempo Integral e a Educação
de Jovens e Adultos –, com base
nas orientações da estratégia na-
cional de educação do SESI.
A nova escola será construída
de forma sustentável, numa área
de 10.007,89 m2, representando um
investimento de mais de R$ 34 mi-
lhões. A estrutura vai contemplar
46 salas de aula, auditório com ca-
pacidade para 300 pessoas, refei-
tório, “escovódromo”, ginásio po-
liesportivo, quiosques, anfiteatro,
sesI investe em nova escola
uma réplica de um sítio arqueoló-
gico, biblioteca com capacidade
para 15 mil títulos, sala de multi-
meios audiovisuais, salão de jo-
gos, sala de capacitação de pesso-
as, sala de karatê, piscina, núcleo
de EJA – Estudos Jovens e Adultos,
sala de recursos multifuncionais
para atendimento educacional es-
pecializado para alunos com ne-
cessidades especiais, e laborató-
rios de línguas estrangeiras, artes,
ciências humanas, informática e
robótica.
A obra de reconstrução envolve
a demolição da antiga estrutura do
SESI Retiro. Após análise técnica,
foram constatados aspectos estru-
turais que inviabilizariam a sim-
ples reforma do espaço para a nova
proposta escolar com caracterís-
ticas modernas e inovadoras. Por
isso, durante as férias escolares de
junho, a unidade escolar foi reloca-
da para uma estrutura provisória,
a 500 metros do local de origem,
que comporta de forma satisfatória
a demanda atual de alunos e pro-
fissionais para atender com quali-
dade os serviços ofertados. O pro-
cesso de mudança para a unidade
provisória foi gradativo e feito em
parceria com órgãos públicos, pro-
fessores e pais de alunos.
O SESI Retiro atua na área de
Educação Regular e Ensino Fun-
damental, níveis I e II, priorita-
riamente para os dependentes dos
industriários. O processo de ensi-
no é focado na formação básica e
preparação do aluno para ingres-
so no Ensino Médio articulado
com o Ensino Profissionalizante,
Programa EBEP, em parceria com
o SENAI, com oportunidade de in-
serção na indústria.
»superintendência de Comunicação institucional sesiMais informações: 3343-1477
unidade do Retiro será qualificada para atender os mais modernos parâmetros educacionais
Perspectivas
da nova planta
da escola do
retiro, que terá
capacidade
para 1.200
estudantes
Bahia Indústria 23
conselhos
A fim de dar suporte aos empresários que pre-
cisam atender as exigências legais na área de
meio ambiente e estimular a ecoeficiência, o
Sistema Indústria da Bahia desenvolveu proje-
tos voltados para empreendedores de todos os
portes. Um deles é o Projeto Indústria Baiana
Sustentável, que oferece capacitação, divulga-
ção de informações, assessoria em processos
de Licenciamento Ambiental e articulações
institucionais, junto ao Inema e demais órgãos
ambientais do Estado da Bahia e ao Sebrae.
O projeto foi apresentado durante o IV Evento
FIEB de Meio Ambiente, que contou com a pre-
sença do secretário estadual de Meio Ambiente,
Eugênio Spengler, representantes da FIEB, da
indústria e de outras entidades. O objetivo do
encontro foi debater o Licenciamento Ambien-
tal na Bahia.
O evento é uma iniciativa do Conselho de
Meio Ambiente (Comam) da Federação e teve o
objetivo de disseminar conhecimentos sobre o
processo de licenciamento. Representantes de
federações das indústrias, associações setoriais
e empresas entregaram à ministra do Meio Am-
biente, Izabella Teixeira, as 21 propostas de me-
lhoria nos processos de licenciamento ambien-
tal, elaboradas ao longo de um ano.
Comam apoia ações na área ambiental
Citec debate Código nacional de Ct&iPara debater o Projeto de Lei N° 2177/2011, que institui
o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação,
representantes da CNI e do Conselho de Inovação e
Tecnologia (Citec) da FIEB participaram de um encon-
tro com representantes do governo, do segmento em-
presarial e da comunidade acadêmica. Na oportuni-
dade foram discutidas as mudanças mais recentes no
texto do marco legal e coletadas novas contribuições
para o PL, que está em fase de finalização.
A previsão é que o texto seja validado pela Comis-
são na segunda quinzena de setembro e, até o dia 10
de outubro, seja votado em plenário. O debate contou
com a participação do vice-coordenador do Citec,
Ruben Delgado, do vice-coordenador regional do
Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Trans-
ferência de Tecnologia (Fortec) e membro do Citec,
Gesil Amarante Segundo, do presidente da Fiocruz,
Paulo Gadelha, do secretário estadual de Ciência e
Tecnologia, Paulo Câmera, além de parlamentares e
pesquisadores. Na Bahia, as discussões são promovi-
das pela Fiocruz Bahia, em parceria
com a Academia de Ciências da
Bahia, a Associação Brasileira
de Saúde Coletiva (Abrasco),
o próprio Citec, o Fortec e a
Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência – Regio-
nal Bahia.
a secretária
rosemma
Maluf foi
homenageada
pelo Conpem
Rafa
el M
aRtI
Ns/s
Iste
Ma f
IeBsecretária rosemma
Maluf é homenageadaRosemma Maluf, secretária Muni-
cipal de Ordem Pública de Salva-
dor, foi homenageada pelo Conse-
lho de Micro e Pequena Empresa
Industrial da FIEB, pelos serviços
prestados como ex-conselheira do
órgão consultivo. O coordenador
do Compem, Carlos Henrique Gan-
tois, ressaltou que a homenagem
foi mais do que justa, pois trata-se
de uma profissional competente e
dotada de espírito público. JuaRez MatIas/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
JOãO alVaRez/sIsteMa fIeB/2012
24 Bahia Indústria
a indústria da construção tem
à sua disposição uma nova
ferramenta para colocar em
prática a prevenção de acidentes
nos canteiros de obras, a série de
vídeos 100% Seguro, apresentada
aos empresários, em evento na se-
de da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB). A inicia-
tiva integra o Programa Nacional
de Segurança e Saúde no Trabalho
para a Indústria da Construção
(PNSST IC), desenvolvido pelo Ser-
viço Social da Indústria (SESI), em
parceria com a Câmara Brasileira
da Indústria da Construção (CBIC)
e o Sinduscon-Bahia.
Para o presidente da FIEB, José
de Freitas Mascarenhas, o grande
Vídeos educativos ajudam a prevenir acidentes na obraempresas da construção contam com nova ferramenta educativa produzida em parceria entre o sinduscon e o sesI: os vídeos 100% Seguro
operário
de obra da
Construtora
Civil, onofre
Marinho,
39 anos,
preparado
para um dia
de trabalho
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
desafio é reduzir a incidência de
acidentes de trabalho no setor,
ainda muito elevada, em relação
aos países mais desenvolvidos. “A
tarefa agora é distribuir esta série
a um número máximo de empre-
sas, sindicatos, governos, assim,
todos terão um mecanismo de re-
ferência para conduzir as ações de
prevenção”, destacou.
O presidente do Sinduscon,
Carlos Alberto Vieira Lima, elen-
cou as diversas ações do sindicato
para conscientização dos empre-
sários. Ele destacou que o setor
trabalha sob condições adversas,
com grande número de trabalha-
dores com baixa escolaridade,
mas deve persistir. “O grande de-
safio é tirar estes vídeos da pra-
teleira e colocá-los a serviço da
melhoria da qualidade de vida no
trabalho”, ressaltou Viera Lima.
A série 100% Seguro é composta
de 100 vídeos, que abordam situa-
ções corriqueiras do ambiente de
trabalho. A proposta é não apenas
evitar acidentes, como também
dar orientações de saúde. Dentre
os vídeos, 80 tratam de técnicas
de edificação, dez são educativos
e dez abordam infraestrutura. Os
vídeos estão disponíveis em kits
compostos por quatro DVDs, com
legendas em português, inglês e
espanhol e um Manual da Série,
mas também podem ser baixados
gratuitamente pelo site www.se-si.org.br/construcao.
O PNSST IC foi desenvolvido
pelo SESI Bahia. Com orçamento
de R$ 18 milhões, o programa pre-
vê, além do desenvolvimento de
tecnologias, suporte técnico aos
departamentos regionais do SESI
e operacionalização nas empresas
em todo o país.
No dia a dia dos canteiros,
segurança é item fundamental,
como atesta a gerente de obra da
construtora Civil, em Salvador,
Isabela Mota. “A segurança vem
à frente de qualquer outro item da
obra. Não adianta ter produção se
não houver segurança”, declara. A
construtora conta com o apoio do
SESI, que dá suporte na adoção de
um programa preventivo. [bi]
Bahia Indústria 25
Duas medalhas de ouro e uma de prata foi o resul-
tado da participação baiana nos Jogos Nacionais
do SESI 2013, realizado de 14 a 18 de agosto, no
Rio de Janeiro. A delegação do SESI Bahia foi represen-
tada na competição por 26 atletas de 8 empresas in-
dustriais, nas modalidades tênis de campo e de mesa,
natação, atletismo, futsal e vôlei de areia.
Os atletas campeões na natação foram Christian
Gianmmarino, da DHL Supply Chain, que conquistou
duas medalhas de ouro nos 50m livres e nos 50m bor-
boleta, na categoria 30+. Ainda na natação, a equipe
da Coelba, composta por Bruno Pimentel dos Anjos,
Frederico Nacor Frazão Carvalho, João Jodeval Pimen-
tel Filho e Vinicius Silva França, conquistou a prata no
revezamento 4x50m livres masculino absoluto.
Quem trouxe a medalha de prata no atletismo para
a Bahia foi o regulador de máquina injetora da Mon-
dial, Jodison Santana, atleta baiano de Conceição do
Jacuípe, que durante os jogos também experimen-
tou a emoção especial de se tornar pai pela primeira
vez. Longe de casa, ele ficou sabendo do nascimento
antecipado da filha no primeiro dia de competição.
Perdeu a disputa pelos 100m livres, mas recuperou-se
na prova dos 200m. Nos jogos de 2012, Jodison havia
conquistado a medalha de bronze nos 200m livres.
Os atletas do tênis de campo e de mesa não conse-
guiram medalhas. Angela Mondini, da Coelba, ficou
na 4ª colocação na classificação geral da modalidade,
categoria 45+. Bem como Paulo Souza, da Embasa,
que era favorito para levar o ouro no tênis de campo,
mas machucou-se durante os jogos, encerrando sua
participação ainda nas semifinais. No tênis de mesa,
Edjailson Arruda de Lima, da Xerox, também ficou
em 4º lugar. No vôlei de praia masculino, a equipe da
Cargill ficou com a quinta coloração, o mesmo para a
equipe de futsal da empresa Ibar, de Brumado.
Se nem todos trouxeram medalhas, o mais impor-
tante para os atletas da indústria foi a oportunidade
Baianos de ouro e prataatletas baianos marcam presença nos Jogos Nacionais do sesI e já se preparam para a etapa estadual
Christian
Gianmmarino
ficou com duas
medalhas
de ouro na
natação.
Jobison
santana foi
2º lugar no
atletismo, na
prova dos
200m livres
QuADRO De meDAlhAS natação>ouro - Christian Giammarino / DHL - 50m livres e 50m borboleta - categoria 30+>Prata - Equipe/COELBA - 4x50m livres masculino absoluto - categoria revezamento
Atletismo >Prata - Jobison Santana / MONDIAL- 200 m rasos – categoria 16+
de competir. Afinal, todos os 1.200 atletas da indús-
tria que chegaram à etapa nacional dos Jogos do SE-
SI, como fez questão de frisar a superintendente do
SESI Rio, Maria Lúcia Telles, na solenidade a abertu-
ra, já eram vencedores. Em todo o país, a competição
mobilizou cerca de 2 milhões de trabalhadores desde
as etapas municipais.
Também presente à solenidade, o diretor su-
perintendente nacional do SESI, Rafael Lucchesi,
ressaltou que os atletas ali presentes eram a razão
maior da realização da competição, observando que
o principal significado dos jogos é mostrar que “a
atividade laboral poder ser fonte de realização e de
qualidade de vida”.
Finda a etapa nacional, os atletas baianos prepa-
ram-se agora para a disputa estadual, marcada para
o final do mês de setembro, no SESI Simões Filho. [bi]
ROBeRtO aBReu/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
sel
My
yassuDa/f
IRJa
N
JOsé PaulO laCeRDa/CNI
embarque dos atletas da bahia; à esquerda, equipe de natação
da Coelba, medalha de prata
26 Bahia Indústria
IndIcAdores Números da Indústria
Produção industrial baiana supera desempenho de julhosetores automotivo, de refino e álcool e metalurgia são os que devem continuar alavancando a produção industrial no segundo semestre
em julho de 2013, a taxa anualizada da produ-
ção física da indústria de transformação da
Bahia alcançou 7,2%, acima da taxa registra-
da no mês anterior (6,1%), sinalizando acele-
ração no ritmo da atividade produtiva industrial. No
ranking dos 13 estados que participam da pesquisa
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB-
GE), sete estados apresentaram desempenho positi-
vo: Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Os outros seis
estados registraram resultados negativos: Espíri-
to Santo, Pará, Paraná, Amazonas, Pernambuco e
Santa Catarina.
Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis
apresentaram resultados positivos: Veículos Au-
tomotores (33,8%, com o aumento na produção de
veículos), Refino de Petróleo e Produção de Álcool
(16,7%, impulsionado pelo aumento na produção de
óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina au-
tomotiva), Metalurgia Básica (13,5%, impulsionado
pela maior produção de barras, perfis e vergalhões
de cobre e de ligas de cobre e pela base de compara-
ção deprimida), Borracha e Plástico (11,1%), Produtos
Químicos/Petroquímicos (4,7%, com o aumento na
produção de hidróxido de sódio e policloreto de vini-
la) e Celulose e Papel (4,2%).
RETRAÇÃOEm sentido contrário, dois segmentos registra-
ram queda na produção: Alimentos e Bebidas (-3,1%,
pressionada principalmente pela menor produção de
refrigerantes, leite em pó, manteiga, gordura, óleo
Bahia Indústria 27
produção física por estado: indústria de transformação
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
estados VaRIaçãO (%)
Jul13/ Jan-Jul 13/ aGo12-Jul13/ Jul12 Jan-Jul 12 aGo11-Jul12
são Paulo 0,2 2,5 1,0
minas gerais -0,8 0,8 2,8
rio de Janeiro 4,4 3,9 0,8
paraná 9,8 2,6 -4,4
rio grande do sul 13,7 6,0 0,7
bahia 14,1 7,4 7,2
santa catarina 3,9 0,9 -0,2
amazonas 10,6 3,5 -1,2
espírito santo -6,2 -14,7 -12,3
pará -4,2 -9,2 -5,9
goiás 10,1 3,2 2,6
pernambuco 3,8 1,0 -0,3
ceará 5,5 2,2 0,3
brasil 2,3 2,5 0,9
de cacau e óleo de soja em bruto)
e Minerais não-metálicos (-1,1%).
Na comparação de julho de 2013
com igual mês do ano anterior, a
produção física da indústria de
transformação baiana apresentou
alta de 14,1% (contra um aumento
de 2,3% da média Brasil).
Sete dos oito segmentos da in-
dústria de transformação regis-
traram crescimento da atividade.
A Metalurgia Básica teve um cres-
cimento de produção de 100,3%
(barras, perfis e vergalhões de co-
bre e de ligas de cobre), por conta
também da baixa base de compa-
ração, uma vez que essa atividade
apontou recuo de 39,7% em julho
de 2012, em função de paralisa-
ção parcial ocorrida em uma im-
portante unidade produtiva do
segmento. Veículos Automotores
foi o segundo destaque, com in-
cremento de 66% na produção de
automóveis.
O segmento de Refino de Pe-
tróleo e Produção de Álcool cres-
ceu 14,9%, por conta do aumento
na produção de óleo diesel e ou-
tros óleos combustíveis, gasolina
automotiva e álcool. Os demais
segmentos que tiveram desempe-
Por outro lado, verificou-se
queda na produção de Minerais
não-metálicos (-2,5%, pressionado
pela queda na produção de massa
de concreto).
DESTAQUESTendo em conta o acumulado
dos sete primeiros meses des-
te ano, em comparação a igual
período de 2012, verifica-se um
crescimento de 7,4% na indústria
de transformação baiana. Tal de-
sempenho foi determinado pelo
resultado dos seguintes segmen-
tos: Veículos Automotores (32%),
Metalurgia Básica (28,9%), Refino
de Petróleo e Prod. Álcool (16,7%),
Borracha e Plástico (9,9%), Celu-
lose e Papel (4,5%), Produtos Quí-
micos/Petroquímicos (3,5%,). Por
outro lado, verificou-se queda na
produção de Alimentos e Bebidas
(-5,7%) e Minerais não-metálicos
(-3,8%).
A expectativa é que a indús-
tria baiana continue registrando
resultados positivos em 2013, em
função, sobretudo, do desempe-
nho dos segmentos Veículos Au-
tomotores, Refino de Petróleo e
Prod. Álcool e Metalurgia. [bi]
nho positivo foram Alimentos e
Bebidas (11%, influenciado prin-
cipalmente pela maior fabricação
de cervejas, chope e óleo de soja
refinado, na primeira atividade),
Produtos Químicos/Petroquí-
micos (9,7%, com a elevação na
produção de hidróxido de sódio
e misturas de alquilbenzenos ou
de alquilnaftalenos), Borracha e
Plástico (4,1%) e Celulose e Papel
(2,5%).
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
130
135
140
125
120
115
110
105
100
95
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013)
2012
2011
2013
28 Bahia Indústria
Segurança jurídica e proteção de investimentos
Gustavo Vilas boas é advogado e coordenador da Gerência Jurídica
jurídico
por Gustavo vilas Boas
Douglas C. North, vencedor do No-
bel de Economia, desenvolvendo o
pensamento institucionalista, ver-
sou sobre a relação entre o cresci-
mento econômico e um sistema
eficiente de proteção de direitos.
Caberia ao Estado especificar
os direitos e garantir as relações
deles decorrentes, destacando o
autor que quanto melhor definidos
e mais garantidos estes direitos,
mais eficiente seria o desenvolvi-
mento econômico.
Falamos, sem dúvida, em se-
gurança jurídica. Embora a ex-
pressão pareça abstrata, a sua
relevância concreta é facilmente
exemplificável, eis que, tem sido
tema central de destacadas dis-
cussões empresariais, como pode-
mos citar as que circundam o novo
marco regulatório da mineração;
a guerra fiscal; as concessões/
permissões públicas; as relações
envolvendo matéria ambiental e
a preservação dos direitos ante as
alterações de normas urbanísticas
(esta absolutamente patente na
realidade soteropolitana, visto o
emaranhado legislativo/judicial
com que a cidade padece).
A questão exsurge, assim, co-
mo ponto fundamental da discus-
são jurídica relacionada ao setor
produtivo.
Não por outro motivo, o SECOVI-
-SP apresentou, com grande reper-
cussão, parecer exarado pelo reno-
mado jurista português J. J. Gomes
Canotilho, tratando justamente so-
bre a segurança jurídica materiali-
zada nos conceitos constitucionais
de direito adquirido, ato jurídico
perfeito e coisa julgada.
A iniciativa atende à demanda
empresarial decorrente de reitera-
das alterações normativas que im-
pediam o início ou a continuidade
de obras frente à superveniência
de restrições diversas daquelas vi-
gentes ao tempo das emissões das
licenças.
O estudo aborda o sentido geral
da segurança jurídica, questio-
nando se as situações subsumidas
a esta insígnia estariam efetiva-
mente protegidas pela Constitui-
ção, enfrentando as dificuldades
de tal discussão, como a contrapo-
sição de argumentos de relativiza-
ção do direito adquirido.
Merece destaque a análise feita
sobre os critérios de revogabilida-
de do ato administrativo, ponto
relevante, sobretudo quando li-
damos com um Estado que ainda
vacila entre a posição de indutor
do desenvolvimento e o interven-
cionismo arbitrário.
Contudo, nos parecem mais
importantes as conclusões sobre
o dever estatal de responsabili-
zar-se pela justa compensação in-
denizatória aos prejudicados por
sua atuação legislativa e executi-
va, inclusive quanto a atos lícitos,
sendo este dever corolário da pró-
pria segurança.
Traz-se, assim, luz à discussão
sobre a segurança jurídica no Bra-
sil, pretendendo-se evitar conjun-
tura em que o investimento, em
vez de orientado e protegido pelo
Direito, se torne jogo de azar.
Afinal, na lição de Carnelutti, “o
direito ou é certo ou não é direito”.
Gerência Jurídica na bahia indústriaA Gerência Jurídica da
Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB) tem a
satisfação de inaugurar este
espaço na Revista Bahia Indústria para publicação
de artigos jurídicos e
notícias, com a finalidade
de difundir conhecimentos
sobre diversas áreas do
Direito que sejam relevantes
para o segmento empresarial.
Esperamos que as
informações divulgadas,
utilizando uma linguagem
simples e direta, municiem
as empresas de conteúdos
úteis para facilitar e orientar
as decisões rotineiras.
As notícias e artigos
veiculados neste espaço não
devem ser interpretados como
consultoria, salientando-se
que os conteúdos publicados
são elaborados com base na
legislação e jurisprudência
vigentes à data da sua
publicação.
A equipe do Jurídico
da FIEB é composta dos
seguintes profissionais:
Silvana Sapucaia
(Gerente)
Danusa Costa Lima
(Coordenadora)
Gustavo Vilas Boas
(Coordenador)
Betânia Trindade
Bianca Spínola
Cínthia Freitas
Fabiana Mendonça
Flávia Muniz
Leandro Mendonça
Tácio Cheab
Vaneide Souza
Bahia Indústria 29
as melhorias necessárias à
infraestrutura logística do
estado, os limites orçamen-
tários e burocráticos enfrentados
pelo governo, mas também as ca-
deias produtivas em expansão e as
oportunidades geradas pelo cres-
cimento destes segmentos indus-
triais dominaram as discussões
no Fórum de Oportunidades de
Investimento na Bahia, realizado
nos dias 8 e 9 de agosto, pelo Gru-
po de Líderes Empresariais – Lide
Bahia, em parceria com a Federa-
ção das Indústrias do Estado da
Bahia.
Em painéis temáticos, pales-
tras, workshops setoriais e ro-
dadas de negócios, a posição da
Bahia na economia brasileira foi
tema de debates e propostas de
solução para os problemas. “A
participação da iniciativa privada
e das esferas públicas é funda-
mental para a concretização de
parcerias que vão contribuir para
o desenvolvimento local”, disse o
presidente do Lide Brasil, João Dó-
rea Junior.
O presidente da FIEB, José Mas-
carenhas, ressaltou a necessidade
de se discutir soluções de infraes-
trutura da maior economia da re-
gião Nordeste, a fim de aumentar
a competitividade da produção
baiana, especialmente a indus-
trial. “Os gargalos na logística em-
perram e encarecem o escoamento
Oportunidades e negócios na Bahiafórum do lide, realizado em parceria com a fIeB, discutiu o cenário econômico na Bahia e soluções para os problemas de infraestrutura
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
da produção, prejudicando o se-
tor”, frisou.
O governador Jacques Wagner
lembrou que a Bahia é o terceiro
pior estado em arrecadação fiscal,
mas que a administração pública
deve articular alternativas para
superar a situação. Ele frisou que
se deve defender as produções lo-
cais de energia eólica, cobre e da
indústria naval, as quais sofrem
concorrência e são foco de disputa
com outros estados. Wagner disse
ainda estar otimista com as roda-
das de licitações que o governo
federal promoverá em setembro
para obras de infraestrutura.
DEBATESO ministro dos Transportes, Cé-
sar Borges, e o secretário estadual
de Planejamento, José Sergio Ga-
brielli, apresentaram dados atuais
sobre infraestrutura na Bahia e
mencionaram algumas das ini-
ciativas federais e estaduais em
andamento. Borges reconheceu a
dificuldade de escoar a produção,
devido à situação da malha logís-
tica, e elencou algumas das obras
do PAC e do PIL que poderão de-
safogar gargalos. “Mas temos que
resgatar o planejamento perma-
nente e cobrar os atrasos impostos
pelas empresas contratadas.”
Gabrielli afirmou que a Bahia
vive transformações na sua eco-
nomia, por conta da expansão de
segmentos como a mineração, a
energia eólica e a celulose fora
da RMS. O secretário defendeu
a ponte Salvador-Itaparica como
novo canal de integração entre
Recôncavo, capital e litoral Norte,
contribuindo para o dinamismo
econômico. [bi]
autoridades
e lideranças
empresariais
discutiram
o cenário
econômico
da bahia
30 Bahia Indústria
painel
Proaj oferece qualificação em ti a jovens da rede estadualCapacitar mais de 10 mil estudantes e egressos da rede pública estadual de ensino, no prazo de
quatro anos, é a meta do Programa de Aprendizado Jovem (Proaj). Fruto de uma parceria entre
o governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), e o
SENAI Bahia. O programa tem foco na capacitação em Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), com carga horária de 600 horas, divididas entre disciplinas básicas –
português, matemática, inglês, conhecimentos gerais e introdução à ciência da computação
– e módulos de formação específica – desenvolvedor de web, java e jogos para dispositivos
móveis, comunicação de dados, suporte de hardware e redes de computadores. Na solenidade
de lançamento foram diplomados 60 jovens que participaram do projeto piloto do programa. O
Proaj está com três turmas em andamento, cada uma com 300 estudantes. Ao final de cada
uma, os melhores alunos serão identificados e poderão ministrar cursos no SENAI Bahia.
Jovens da turma piloto de 60 alunos, diplomados no lançamento do programa
sesi Matemática nas escolasO SESI Bahia assinou
convênio com a Secretaria da
Educação do Estado, para
implantar na rede pública o
programa SESI Matemática,
desenvolvido pelo SESI do
Rio de Janeiro, para melhorar
o desempenho dos
estudantes na disciplina. O
programa vai atender 300
escolas do Ensino Médio,
atingindo 9 mil estudantes.
As escolas do SESI também
adotarão o programa.
Ginástica laboral vence Prêmio Marca O SESI foi reconhecido pela
excelência dos serviços de
segurança e saúde pelo
Prêmio Marca Brasil 2013,
promovida pela Revista Cipa.
Venceu pela segunda vez
como melhor empresa de
serviços prestados durante a
Sipat e, pela oitava vez, na
categoria Ginástica Laboral.
Em todo o Brasil, o SESI
atende, diariamente, pelo
programa de Ginástica
Laboral, 700 mil
trabalhadores de 1.531
indústrias.
Case sobre inclusão é premiado O SESI Bahia foi vencedor, na
categoria Prestação de
Serviços, do 4º Prêmio de
Reabilitação e Readaptação
Profissional com um trabalho
sobre a criação de um
programa para inclusão de
pessoas com deficiência na
indústria. O prêmio será
entregue, dia 16 de setembro.
aNGelO PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
eliana Calmon discute ética A ministra do Supremo Tribunal Federal, eliana Calmon,
participou como convidada da reunião de diretoria da
FIEB, realizada no dia 25 de julho, quando proferiu
palestra sobre Ética e Regulação, fazendo uma leitura
histórica da política no Brasil contemporâneo e propondo,
ao final, formas de combater a corrupção, prática que se
banalizou nas esferas públicas do país. Na avaliação da
ministra, a Era Lula representou avanços na inclusão social,
mas, para governar, o PT promoveu transações a fim de garantir a
governabilidade. O resultado foi a manutenção de práticas corruptas históricas e a volta de uma
dinâmica de elitismo, o que tem causado eco no “grito das ruas”. A ex-corregedora do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) também teceu duras críticas ao Poder Judiciário.
ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
Bahia Indústria 31
AlunOS DO SeSI RePReSentAm A BAhIA nO COnGReSSO. Os estudantes, Fernanda Siqueira Vieira,
Luciana Moreno Borges e Luís Henrique de Almeida
Silva, da 3ª série do ensino médio EBEP da Escola
Djalma Pessoa, do SESI Bahia, estão entre os seis
estudantes baianos, de um total de 78 em todo o país,
selecionados pela Câmara dos Deputados para
participar do Parlamento Jovem Brasileiro 2013. Entre
23 e 27 de setembro, eles terão a oportunidade de atuar
como deputados federais, em Brasília, simulando a
rotina dos trabalhos legislativos e a representação
política por meio da vivência do processo democrático.
José Mascarenhas e Fernando barbosa formalizam parceria
senador defende inovação O senador Walter Pinheiro
(PT-BA) defendeu a
ampliação e a
desconcentração dos
investimentos em inovação a
fim de favorecer o
crescimento do setor
industrial. Ele foi o
convidado da reunião de
diretoria da FIEB de agosto.
Para o senador, o mais
importante agora é
identificar os gargalos que
impedem o desenvolvimento
econômico, sendo
necessários investimentos
em infraestrutura
(transportes, energia e
comunicações).
Fieb e estaleiro assinam contratoOs presidentes da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), José de F. Mascarenhas, e do Estaleiro Enseada
do Paraguaçu (EEP), Fernando Barbosa, assinaram, dia 8 de
agosto, contrato de parceria com o objetivo de fortalecer a
cadeia de petróleo e gás e naval na Bahia. A assinatura
ocorreu na FIEB, quando também estiveram presentes o
diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade do
EEP, Humberto Rangel, além do superintendente do Instituto
Euvaldo Lodi (IEL), Armando Neto. O IEL, entidade do
Sistema FIEB, fará a gestão do projeto. A iniciativa faz parte
de convênio firmado com o Ministério de Desenvolvimento,
Indústria e Comercio Exterior (MDIC), que contempla 60
empresas baianas, incluindo as da cadeia automotiva. O
Superintendente do IEL-BA, Armando Neto, lembrou que
conta com a experiência de dez anos na capacitação de
fornecedores, por conta da metodologia do Programa de
Qualificação de Fornecedores (PQF).
ROBeRtO aBReu/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB
Movimenta salvador busca novas adesõesEncontro na FIEB, em 29 de
agosto, reuniu empresários
de diversos segmentos,
interessados em conhecer o
Movimenta Salvador, que
visa articular ações de
fomento à prosperidade e à
qualidade de vida da
população da cidade. O
encontro contou com
apresentações do presidente
da FIEB e do Conselho
Deliberativo do Instituto,
José Mascarenhas, e do
diretor-geral do Movimenta,
Aldo Ramon. No final das
exposições, os interessados
na causa, receberam ficha
para futuras adesões.
líderes sindicais discutem desafios da indústria As expectativas dos sindicatos filiados ao Sistema FIEB quanto
aos desafios da indústria baiana para os próximos quatro anos
foram debatidas no III Encontro de Presidentes de Sindicatos, na
sede da Federação, dia 12 de julho. Divididos em grupos
temáticos e utilizando a metodologia JOIN, os dirigentes
sindicais foram estimulados a discutir e identificar os desafios
para o setor e o papel do Sistema FIEB, com foco em educação e
qualificação, infraestrutura e interiorização. As sugestões
servirão ao planejamento estratégico da entidade.
32 Bahia Indústria
a importância do estágio como ferramenta im-
prescindível para a formação profissional do
estudante ganhou destaque na 10ª edição do
Prêmio Melhores Práticas de Estágio, realizada em
parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, em julho,
na sede do Sistema FIEB. A premiação foi criada em
2004 com o objetivo de reconhecer as boas práticas
de estágio desenvolvidas por empresas baianas e au-
xiliar as organizações a aprimorar seus programas de
treinamento e formação profissional.
“Neste trabalho de disseminação da cultura do
estágio de qualidade, tentamos levar a mensagem de
que o estágio faz parte da educação. O nosso desafio é
levar essa mensagem para as empresas que ainda não
conseguem enxergar desta forma”, destacou o supe-
rintendente do IEL, Armando Neto.
A edição de 2013 premiou a Petrobras na catego-
ria grande empresa. Já a média empresa contemplada
foi a Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da
Bahia. A Sicoob (Cooperativa Central de Crédito da
Bahia) levou o primeiro lugar entre as empresas de
pequeno porte. As finalistas de cada categoria e os
estagiários de destaque nos projetos inscritos no prê-
mio também foram homenageados.
O vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, des-
tacou que o prêmio tem contribuído para a mudan-
ça da cultura de estágio nas organizações baianas.
“Tem havido um aprimoramento de visão do estágio,
principalmente entre pequenas e médias empresas.
Há o entendimento da importância deste processo de
treinamento profissional para os estudantes, que se
tornarão o futuro das empresas”, pontuou.
Também participaram da solenidade o secretário
do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia,
Nilton Vasconcelos, e o diretor geral da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Ro-
berto Lopes. [bi]
estágio premiadoPetrobras, Desenbahia e sicoob foram vencedoras da 10ª edição do Prêmio Melhores Práticas de estágio
Grande empresa>Petrobras (vencedora)
Estudante reconhecido:
Daniel Gonçalves de
Souza Neto,
homenageado pelo
projeto “Utilização de
harmônicos de ranhuras
para estimação da
velocidade do motor
elétrico de uma unidade
de bombeio mecânico”.
>le Biscuit
Estudante reconhecido:
Diego Ribeiro Galvão,
homenageado pelo
projeto “Gestão de
metas”.
>tribunal de contas do
estado
Estudante reconhecido:
Iago Santos do Carmo,
homenageado pelo
projeto “Saúde e bem
estar no TCE”.
média empresa>desenbahia (vencedora)
Estudante reconhecido:
Israel Cerqueira
Santos, homenageado
pelo projeto “Proposição
de melhoria da gestão
de qualidade do
programa Credibahia”.
>cromex
Estudante reconhecido:
Jeferson Giovani de Lima
Alves, homenageado pelo
projeto “Reestruturação da
área de armazenamento de
resíduos”.
>Zoo de salvador
Estudante reconhecido:
Lalitha Coelho Cavalcante,
homenageada pelo “Projeto
de translocação do
mico-de-cheiro (Saimiri
sciureus) da mata do
Zoológico de Salvador-BA
para seu habitat de
origem”.
micro e pequena empresa>sicoob (Cooperativa
Central de Crédito da Bahia)
(vencedora)
Estudante reconhecido:
Erica Soraia Torres de
Sobral, homenageada pelo
projeto “Programa de
controle e monitoramento
de ações educacionais à
distância PCM – Sicoob
Educanet”.
>escola Kennedy
>laboratório Gontijo
PRemIAçãO
Confira a lista de finalistas e vencedores
armando neto
destacou a
importância de
mostrar que
estágio é parte
do processo
educacional
JuaRez MatIas/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB
Bahia Indústria 33
IdeIAs
por amaro f. apoluceno neto e antônio J. p. rivas
A Agência Nacional de Petróleo
(ANP), a partir de 1999, iniciou as
rodadas de blocos de exploração,
realizadas anualmente até 2007,
quando sofreu solução de continui-
dade. Somente em maio deste ano
foi realizado o BID 11, cujos resulta-
dos e impactos ora são analisados.
A importância da realização
dos leilões pode ser dimensionada
em termos de bônus e investimen-
tos, onde os números gerados por
essas licitações se mostram muito
expressivos, ilustrando de forma
inequívoca a pujança da indústria
de E&P.
Os bônus das onze rodadas
somaram cerca de US$ 4 bilhões,
dos quais US$ 1,4 bilhão foi oferta-
do neste último leilão. Os investi-
mentos do Programa Exploratório
Mínimo (PEM), totalizaram quase
US$ 6 bilhões.
Considerando a dinâmica do
processo exploratório, estima-se
que esses valores podem triplicar,
somente na fase de exploração, po-
dendo ter dimensões muito maio-
res, no caso de eventuais descober-
tas comerciais, onde a operadora
perfuraria poços adicionais e cons-
truiria instalações de superfície,
para o desenvolvimento da jazida,
o tratamento e escoamento dos flui-
dos. Os valores de PEM somam US$
179,8 milhões, dos quais cerca de
30% ou US$ 55 milhões deverão ser
aplicados no Recôncavo.
Das 64 empresas habilitadas,
39 participaram deste BID, sendo
originárias de 12 países. Foram 30
vencedoras, com 12 nacionais e 18
Boas perspectivas para o setor de P&G na Bahia
estrangeiras: Canadá (5), Reino
Unido (3), Estados Unidos (2), além
de Austrália, Bermudas, Colôm-
bia, Espanha, França, Guernesei,
Noruega, Portugal, cada um com
uma operadora. Resumidamente,
o BID 11 na Bahia teve 14 empresas
participantes, 7 no Recôncavo e 7
no Tucano Sul, que arremataram
36 blocos, 15 no Recôncavo e 21 no
de Tucano, dos 52 ofertados (16 no
Recôncavo e 36 no de Tucano).
Na Bahia, das nove empresas
que arremataram blocos, seis são
nacionais e três estrangeiras, sen-
do que destas, duas canadenses –
Gran Tierra e Alvopetro – já atuam
no Recôncavo, e apenas a GeoPark
(Bermudas) é estreante.
Das seis nacionais, cinco são
estreantes na Bahia e apenas a
Imetame já atua como operadora
no estado. A grande novidade foi
a ausência da Petrobras como ope-
radora, mesmo tendo a Bahia du-
as bacias sedimentares ofertadas
nesta rodada.
As operadoras que venceram
na Bahia, foram a Petra Energia,
para o bloco 15 de Tucano; Nova
Petróleo, bloco 5, no Recôncavo;
Gran Tierra, bloco 3, Recôncavo;
Cowan, bloco 3, Tucano; Alvope-
tro, bloco 2 em Recôncavo e um em
Tucano; GeoPark, com 2 blocos no
Recôncavo; Imetame, 2 bloco no
Recôncavo; Sabre, também 2 no
Recôncavo e Brasoil Manati, que
ficou com um bloco no Recôncavo.
A atual configuração deve mo-
dificar as relações com os fornece-
dores de bens e serviços, na medi-
da em que a maior e mais tradicio-
nal empresa estatal não vai atuar
como operadora, o que deverá mu-
antônio J. P. rivas é geólogo/Secretaria do Planejamento da Bahia
amaro F. apoluceno neto é geólogo/Geopex Consultoria
dar a forma de contratação, a es-
tratégia de investimento, o volume
de recursos, o ritmo de implanta-
ção dos projetos, enfim, um novo
ambiente de negócios pode estar
começando a se configurar, o que,
por sua vez, também vai exigir da
cadeia de fornecedores uma pos-
tura diferenciada para lidar com
contratantes exclusivamente do
setor privado.
Um exercício que pode ser fei-
to é na Bacia do Tucano, onde a
Petra Energia arrematou 15 (70%)
dos 21 blocos ofertados, o que
pode determinar um ritmo explo-
ratório diferenciado, bem como
haver desdobramentos com so-
luções alternativas, em havendo
descobertas, na fase de desenvol-
vimento da produção. Como exem-
plo, a Petra fez associação com a
GeoSol, tradicional empresa de
sondagem para mineração, criou
a Slim Drilling, empresa de perfu-
ração de poços delgados para gás
natural, já tendo perfurado alguns
poços, em Minas Gerais, com son-
da não convencional, atingindo a
profundidade de 2.100 metros.
Em resumo, a retomada das ro-
dadas de exploração é, certamen-
te, um fator importantíssimo para
o desenvolvimento do estado da
Bahia, gerando não só riquezas
na forma de petróleo e gás natu-
ral, mas propiciando a geração de
empregos e a demanda de servi-
ços que certamente impulsiona-
rão o desenvolvimento do estado.
Espera-se que este processo não
sofra solução de continuidade,
promovendo, assim, um ritmo
constante de crescimento e gera-
ção de renda. [bi]
livros
leitura&entretenimento
inovação e tecnologiaA trajetória da exploração de petróleo no
Brasil, a partir da evolução tecnológica da
Petrobras é o tema deste livro. Nele são
retratadas as principais inovações em
equipamentos e sistemas de produção
submarinas adotadas, desde as primeiras
descobertas até os desafios do pré-sal; as
atividades de pesquisa, desenvolvimento e
capacitação de recursos humanos e os
avanços tecnológicos que ajudaram a
construir a história da companhia que hoje
é uma das gigantes mundiais do setor.
Fotografia, poesia e féO fotógrafo Ricardo Prado está em cartaz no Foyer do Teatro
Castro Alves com a mostra Fé, que reúne 30 fotografias de sua
autoria. Nelas, o artista traduz sua experiência a partir do
contato com o universo dos romeiros de Bom Jesus da Lapa,
captando olhares, gestos, lágrimas, luz e sombras da
tradicional romaria. A mostra reúne, ainda, poemas de José
Inácio Vieira de Melo, que transformou em palavras os
sentimentos despertados pelas fotos. Ricardo Prado, há três
anos, registra a romaria realizada no mês de agosto. O registro
das expressões do sagrado é, segundo ele, uma maneira de
documentar a manifestação popular e mostrar a capacidade
dos peregrinos de manter viva uma crença secular. A cidade
do oeste baiano também receberá a mostra.
o homem e o visionárioA biografia de um dos maiores ícones do
século XX é registrada neste livro. Neal
Gabler, mostra como Walt Disney
transformou a indústria do
entretenimento, a partir da construção
de um império sinérgico que combinou
cinema, televisão, parques temáticos,
música e livros, numa iniciativa inédita e
vanguardista para a época. O livro traz à
tona também o lado humano de Disney,
revelando o homem solitário, ferido e
desapontado que ele foi.
Petróleo em águas Profundasjosé mauro de moraisIpea424 p. disponível na biblioteca da Fieb-sede
Walt disney: o triunfo da imaginação americanaNeal gablered. Novo Século911 p.disponível na biblioteca da Fieb-sede
fOtOs DIVulGaçãO
originais de debret em salvadorUm conjunto de 60 aquarelas e desenhos do artista francês
Jean-Baptiste Debret, que chegou ao Brasil em 1816, integrando
a Missão Artística Francesa, estão em exposição em Salvador,
na Caixa Cultural. A mostra Debret – Viagem ao sul do Brasil
traz os registros do artista sobre o Brasil imperial,
apresentando os tipos humanos, hábitos, costumes e festas
populares, além de paisagens da Mata Atlântica e marinas.
Toda a crônica do cotidiano do Rio de Janeiro imperial e de seus
habitantes, transparece nas aquarelas do artista. As obras, que
poucas vezes viajaram pelo país, pertencem ao acervo do
Museu Castro Maya.
não PercA Caixa Cultural Salvador, ter. a dom., 9 às 18h, até 13/10. Gratuito. Rua Carlos Gomes, 57 – Centro. Informações: (71) 3421-4200
não PercA TCA (Foyer), seg. a dom., 12 às 18h, até 8/10. Gratuito. Praça Dois de Julho, Campo Grande, Centro. Informações: (71) 3535-0600
exposição
34 Bahia Indústria
FELIPE ANDRADEALUNO DO CURSO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES
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