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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XX Nº 226 JUN/JUL/AGO/SET 2013 Bahia FUTURO DO POLO EM CONSTRUçãO Plano Diretor e novas cadeias reescrevem a história do complexo de Camaçari

Bahia - Sistema Fieb · ... completando a cadeia produtiva em todos os seus ciclos. Formado na sua origem por grandes indústrias petroquímicas, grande parte delas, ainda hoje,

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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XX Nº 226 juN/jul/ago/Set 2013

Bahia

Futuro do Polo em construçãoPlano Diretor e novas cadeias reescrevem a história do complexo de Camaçari

Polo do amanhã já é uma realidadeAté bem pouco tempo, os analistas eram unânimes em alertar

para um problema que levantava preocupações no Polo Indus-

trial de Camaçari: a falta de indústrias transformadoras, fabri-

cantes de bens finais, completando a cadeia produtiva em todos

os seus ciclos. Formado na sua origem por grandes indústrias

petroquímicas, grande parte delas, ainda hoje, importantes for-

necedoras de matérias primas para o mercado interno e externo,

esta história começou a mudar com a vinda da Ford, nos anos

1990 e a implantação de um parque automotivo na Bahia.

A cadeia automotiva, entre promessas e desistências de mon-

tadoras de virem se instalar no estado, caminha para a consoli-

dação. Além da implantação da fábrica de motores da Ford na

Bahia, a primeira do gênero do Norte e Nordeste, a Jac Motors

está fincando bandeira no estado, bem como a Foton, fabricante

de ônibus e micro-ônibus.

O Polo Acrílico da Basf é um outro exemplo de diversificação

do parque industrial baiano com a atração de unidades transfor-

madoras, com investimentos robustos e perspectivas de geração

de empregos, além do aproveitamento de matéria-prima local,

no caso o propeno, antes destinado à exportação.

Somam-se a todas estas as indústrias de equipamentos eóli-

cos, que colocam a Bahia em destaque nacional com a presença

de várias gigantes do setor já instaladas em Camaçari.

A previsão é de que todas essas indústrias juntas possam ge-

rar, nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e

indiretos na área de influência do Complexo Industrial.

Inaugurado em 1978, o Polo de Camaçari é considerado o

maior complexo industrial do Hemisfério Sul, com 90 empresas,

35 químicas e petroquímicas. As demais são dos segmentos me-

tal-mecânico, automotivo, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas,

celulose, e energia eólica. Se ao completar 35 anos o complexo

responde por 20% do PIB da Bahia, o que esperar dos próximos

35 diante da perspectiva de que ele dobrou de tamanho, confor-

me anunciado na solenidade que marcou a data?

Com o plano de expansão anunciado pelo Governo do Estado,

o Polo de Camaçari ganhou mais 140 milhões de metros quadra-

dos. Trata-se da área que já está sendo ocupada pela Jac Motors e

encontra-se em fase de terraplenagem. Isso significa que o Polo

dobrou de tamanho. A duplicação da área destinada à ocupação

industrial também vem amparada por uma proposta de Plano

Diretor, que promete planejar a ocupação, oferecendo infraes-

trutura, tornando mais atraente a atração de indústrias para a

Bahia. Se o futuro ainda está por vir, seu traçado já se delineia.

edItorIAl

Nos próximos cinco anos, mais de 17 mil empregos diretos e indiretos devem ser gerados na área de influência do Complexo Industrial de Camaçari

Complexo vive um momento dinâmico,

com várias obras, como esta da

fabricante de ligas de cobre MGX

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação

e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da

indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de

ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da

cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,

PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-

triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-

trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS

no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro

de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria

da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-

caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-

coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,

SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS

e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-

to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e

itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,

BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]

fiEBPresidente José de freitas Mascarenhas. 1º ViCe-

Presidente: Victor fernando Ollero Ventin. ViCe-

Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante farias;

emmanuel silva Maluf; Reinaldo Dantas sampaio;

Vicente Mário Visco Mattos. diretores titulares alberto Cânovas Ruiz; antonio Ricardo alvarez al-

ban; andré Régis andrade; Carlos Henrique Jorge

Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; eduardo Ca-

tharino Gordilho; Josair santos Bastos; leovegildo

Oliveira De souza; luiz antonio de Oliveira; Manuel

Ventin Ventin; Maria eunice de souza Habibe; Re-

ginaldo Rossi; sérgio Pedreira de Oliveira souza;

Wilson Galvão andrade. diretores suPlentes adal-

berto de souza Coelho; alexi Pelagio Gonçalves

Portela Júnior; Carlos alberto Matos Vieira lima;

Juan José Rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira

lopes; Mário augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto

de almeida Daltro; Paulo José Cintra santos; Ricar-

do de agostini lagoeiro

conSElhoSConselho de eConoMia e desenVolViMento indus-

trial antônio sérgio alípio; Conselho de assun-

tos FisCais e tributários Cláudio Murilo Micheli

Xavier; Conselho de CoMérCio eXterior Reinaldo

Dantas sampaio; Conselho da MiCro e Pequena

eMPresa industrial Carlos Henrique Jorge Gan-

tois; Conselho de inFraestrutura Marcos Galindo

Pereira lopes; Conselho de Meio aMbiente Irun-

di sampaio edelweiss; CoMitê de Petróleo e Gás eduardo Rappel; Conselho de inoVação e teCno-

loGia José luís Gonçalves de almeida; Conselho

de resPonsabilidade soCial eMPresarial Marconi

andraos Oliveira; Conselho de relações traba-

lhistas Homero Ruben Rocha arandas; CoMitê de

Portos Reinaldo Dantas sampaio CoMitê de Jo-

Vens lideranças industriais eduardo faria Daltro

editada pela superintendência

de Comunicação Institucional

do sistema fieb

Conselho editorial Irundi ede-

lweiss, adriana Mira, Cleber Borges

e Patrícia Moreira. Coordenação

editorial Cleber Borges. editora

Patrícia Moreira. rePortaGeM Pa-

trícia Moreira, Carolina Mendonça,

Marta erhardt, Rafael Pereira. Pro-

Jeto GráFiCo e diaGraMação ana

Clélia Rebouças. FotoGraFia Rafael

Martins. ilustração e inFoGraFia Bamboo editora.

Federação das indÚstrias

do estado da bahiaRua edístio Pondé, 342 –

stiep, CeP.: 41770-395 / fone:

71 3343-1280

www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

as opiniões contidas em artigos

assinados não refletem necessa-

riamente o pensamento da fIeB.

filiada à

BahiaciEBdiretor-Presidente José de freitas Mascarenhas.

ViCe-Presidentes José Carlos Boulhosa Baqueiro;

Irundi sampaio edelweiss; Carlos antônio Borges

Cohim silva. diretores titulares Clovis torres Ju-

nior; fernando elias salamoni Cassis; João de tei-

ve e argollo; João Ricardo aquino; luís fernando

Galvão de almeida; luiz antunes athayde andrade

Nery; Marconi andraos Oliveira; Roberto fiamen-

ghi; Rogelio Golfarb; Ronaldo Marquez alcântara;

diretores suPlentes Davidson de Magalhães san-

tos; erwin Reis Coelho de araujo; Givaldo alves

sobrinho; Heitor Morais lima; Jorge Robledo de

Oliveira Chiachio; José luiz Poças leitão filho;

Mauricio lassmann diretor reGional oeste Pedro

Ovídio tassi diretor reGional Feira de santana João Baptista ferreira diretor reGional sudoeste

silvio Vittorio Corradi saavedra

SESi

Presidente do Conselho e diretor reGional

José de freitas Mascarenhas. suPerintendente José Wagner fernandes

SEnaiPresidente do Conselho José de freitas

Mascarenhas. diretor reGional: leone Peter andrade

iElPresidente do Conselho e diretor reGional

José de freitas Mascarenhas. suPerintendente armando da Costa Neto

diretor eXeCutiVo do sisteMa Fieb leone Peter andrade (interino)

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

sesi – serViço soCial da indÚstria

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senai – serViço naCional de aPrendizaGeM industrial

sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

iel – instituto euValdo lodi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

Cieb - Centro das indÚstrias do estado da bahia

sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

Fórum da Lide, realizado em parceria

com a FIEB, discutiu o cenário

econômico na Bahia, investimentos e

apontou soluções para os problemas

de infraestrutura

Lideranças discutem oportunidades na Bahia

SESI e Sinduscon disponibilizam

na internet vídeos que orientam a

indústria da construção para

promover a prevenção de acidentes

nos canteiros de obra

série de vídeos orienta soBre segurança na construção

Aplicativo Banca

FIEB está

disponível para

tablets e

smartphones

puBLicações da indústria

Ricardo Vargas

alerta para

importância do

planejamento

nas empresas

gestão de proJetos

Um novo plano

diretor, a

duplicação da

área industrial e

novas indústrias

marcam os 35

anos do Polo de

Camaçari

poLo 35 anos

sumárIo jun/jul/ago/set 2013

24

Vista do Polo de

Camaçari, a partir

do Mirante da

braskem

29

14

6 21

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

DIVulGaçãO

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Rafa

el M

aRtI

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Iste

Ma f

IeB

6 Bahia Indústria

entrevIstA Ricardo Viana Vargas

por patrícia moreira

Ricardo Viana Vargas é especialista em geren-

ciamento de projetos, portfólio e riscos. Chair-

man do Instituto PMI na América Latina, há

um ano ele vive em Copenhagen, na Dinamar-

ca, após ter sido convidado para ser diretor do Grupo

de Práticas de Projetos do Escritório de Serviços de

Projetos das Nações Unidas (UNOPS, na sigla em in-

glês). Nos últimos 15 anos, foi responsável por mais

de 80 projetos de grande porte em diversos países,

nas áreas de petróleo, energia, infraestrutura, teleco-

municações, informática e finanças, com um portfó-

lio de investimentos gerenciados superiores a US$ 18

bilhões. No dia 16 de julho, convidado para comandar

uma capacitação em gestão de projetos para os cola-

boradores do Sistema FIEB, ele concedeu esta entre-

vista ao Bahia Indústria.

que caminhos você trilhou até tornar-se chairman da

PMi e agora diretor das nações unidas?

A minha história com gerenciamento de projetos

tem quase 20 anos. Eu comecei muito cedo na área,

quando os softwares para gestão de projetos esta-

vam sendo lançados. Comecei pela porta dos fun-

dos: aprendendo o software para depois ver para que

servia. Minha carreira foi toda construída, até o ano

passado, com forte viés em projetos de investimento,

envolvendo construção de aeroporto, plataforma de

petróleo, refinaria, fábricas. Tinha também uma atu-

ação grande na área de fusões e aquisições. No ano

passado, recebi um convite para ser diretor de prá-

tica de projetos do Escritório de Projetos das Nações

Unidas, foi isso que me fez mudar

para a Dinamarca e hoje eu tenho

atuado como diplomata da ONU.

Cuido das práticas de projetos de

mais de 1.200 projetos no mundo,

em 80 países, que vão desde cons-

truir abrigos no Haiti a estrada no

Afeganistão, prisão na Libéria. To-

dos com foco humanitário.

qual é o grande desafio deste tra-

balho?

Nosso trabalho, enquanto prática

de projetos, tem o objetivo de fa-

zer cumprir o prazo, o orçamento,

para garantir como a gente vai

conseguir mais com menos, como

ser mais efetivo com menor risco.

Hoje a gente tem 300 gestores de

projetos no mundo e esse pessoal

é treinado e acompanhado pelo

nosso escritório. É um mundo bas-

tante diferente daquele em que

eu trabalhava. Acho que é uma

oportunidade grande de apoiar o

desenvolvimento da sociedade e

uma ótima oportunidade de vida.

Eu brinco que é viver uma outra

vida dentro de sua própria vida,

pois eu nunca imaginaria que iria

trabalhar na ONU.

o projeto nasce para o fracasso; só não dá errado porque você não deixaDiretor da ONu e chairman da PMI na américa latina esteve na Bahia a convite da federação das Indústrias

Como foi que surgiu esta oportu-

nidade?

Fui convidado. Um belo dia che-

gou um e-mail da ONU dizendo

que queriam conversar comigo.

Num primeiro momento, não dei

credibilidade.

Como você define este trabalho

nas nações unidas?

Eu acho que o que a gente busca

é dar experiências às pessoas. Os

projetos que nós temos na ONU,

basicamente, são os mesmos que

da indústria privada, com fins

diferentes, mas com os mesmos

desafios: não tem gente, não tem

prazo, tem os riscos, como é que

eu entrego no prazo, não tem di-

nheiro. É a mesma coisa. É lógico

que o objeto é diferente: mas o

problema de gestão é o mesmo. As

nossas deficiências são as mesmas

de uma empresa privada.

a onu já tinha esta estrutura de

escritório de Projetos?

Eu sou o primeiro diretor de proje-

tos da ONU. É a primeira vez que

as nações unidas tomam a deci-

são de ter uma pessoa no nível

Bahia Indústria 7

“acho que a maior parte das pessoas não acredita na própria capacidade de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um elemento do acaso

sênior, de diretoria, para exercer

este tipo de atividade. Claro que

os projetos são desafiadores. Nós

não queremos construir escola no

Sudão para dar apoio à Unicef ou a

algum doador como uma empresa

de construção civil. Nós queremos

construir a escola com princípios

de sustentabilidade. Como é que

eu construo a escola usando mão

de obra local? Porque, assim, eu

ensino às pessoas uma profissão.

Como é que eu consigo construir

esta escola respeitando a igualda-

de de gênero, assegurando opor-

tunidades iguais a mulheres e ho-

mens? Pra nós, isso é um aspecto

importante. Não é só empilhar

tijolo. Ao mesmo tempo, tem tam-

bém que respeitar o meio ambien-

te, criando uma construção para

durar. Como é a gente consegue

construir uma prisão respeitando

os princípios básicos de direitos humanos do preso?

Estes aspectos é que tornam o trabalho que a gente

faz diferente do de uma empresa de construção civil.

qual o grande segredo para ter sucesso no mundo

dos negócios?

Não quero soar autoajuda, mas eu acho que a maior

parte das pessoas não acredita na própria capacidade

de conduzir a vida. Muita gente acha que a vida é um

elemento do acaso. Eu acho que tem um componente

de acaso, mas acho que tem um componente fortíssi-

mo de você buscar aquilo que quer.

Acreditar em um valor e persegui-

-lo. Por exemplo, quando me tornei

chairman do PMI, em 2009, jamais

um latinoamericano ou brasileiro

tinha pensado que poderia chegar

tão longe. Eu fui o único e até hoje

não tem nenhum brasileiro. Então

é aquela coisa: você tem que acre-

ditar na sua capacidade.

Você colocou em prática a gestão

de projetos em sua vida pessoal?

Se eu te mostrar você vai achar que

eu sou doido. Eu uso isso na minha

vida. Quando eu vou escrever um

livro, eu adoto o processo do Do-

me. Tenho convicção de que sou o

agente, o gerente de processo da

minha própria vida. Mas a gente,

muitas vezes, não quer sair de uma

zona de conforto. A gente acha que

é muito melhor deixar a vida nos le-

ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

8 Bahia Indústria

var. Eu respeito, cada um tem uma

história. Por outro lado, eu tenho

um estresse muito grande, porque

eu não deixo a vida me levar. Eu le-

vo a vida. Se hoje eu estou vivendo

em Copenhagen é porque eu quis.

E isso começou lá atrás. Venho de

uma família com desafios, nasci

sem luxo. Quando eu estava pró-

ximo da adolescência, por volta

de 1985, minha família enfrentou

muita dificuldade financeira. Na-

quele momento, eu percebi que ti-

nha que quebrar aquela inércia. É a

primeira vez na minha vida que eu

tenho patrão, que é o diretor execu-

tivo da ONU.

Você vive em um país onde a cri-

minalidade é zero e as pessoas

vão trabalhar de bicicleta. Como

brasileiro, você acha que o brasil

tem jeito?

O Brasil é um país maravilhoso,

nós temos um clima formidável, os

desastres naturais são irrelevan-

tes, perto de um país que tem terre-

moto. Agora, nós temos um país de

dimensões continentais. Um dos

motivos pelo qual eu escrevo meus

livros ou gravo um poad cast é para

mostrar como é que a gente conse-

gue aumentar a experiência das

pessoas como gestor de projetos.

O Brasil só se moverá com bons

projetos, boas tomadas de decisão

e boa implementação. Vamos fazer

um aeroporto, uma rodovia, é fa-

zer e entregar. Isso é o que falta:

uma atividade de gestão de proje-

tos. É um país de oportunidades

singulares, mas temos todos estes

desafios.

o sistema Fieb está investindo na

capacitação dos seus colaborado-

res em gestão de projetos, qual a

importância disso?

Esta é uma iniciativa maravilhosa

entrevIstA Ricardo Viana Vargas

porque o Sistema FIEB permite esta visão sistêmica.

Gestão de projeto é lógica: antes de fazer, deixa eu

pensar. A gestão estruturada vai permitir uma abor-

dagem unificada do projeto e isso vai impactar dire-

tamente no resultado do que vocês fazem. O que se

quer é o resultado, o plano é só o caminho. Se o plano

não conduz a um resultado melhor, ele é dispensável.

é possível competir no mercado global sem adotar a

gestão de projetos?

Você pode competir sem ter gestão de projeto. É igual

a ir pra guerra pelado. O que a gente acredita é que

se você for com o armamento certo, suas chances de

sobreviver aumentam. Você pode construir sua casa

sem plano nenhum. Se você usar a gestão de projetos,

suas chances de construir algo que você quer, de um

modo mais razoável, aumentam.

quais as palavras-chaves da gestão de projetos?

A primeira palavra-chave é entender qual a razão

de aquele projeto existir. A segunda palavra-chave é

qual o trabalho que tem que ser feito. Se você não sa-

be o que tem que ser feito é muito difícil saber a abor-

dagem. É entender que você está lidando com pesso-

as e, debaixo desse guarda-chuva de pessoas, você

tem liderança, poder, tem que administrar estresse,

conflito, diferentes interesses. É preciso entender que

o projeto não é meramente um aspecto técnico, mas

um aspecto de gestão e que todo mundo não tem um

mesmo comprometimento. Como conseguir congre-

gar estes interesses em um resultado satisfatório?

Como se deve preparar uma equipe para gerenciar

projeto?

Passa primeiro pelo suporte executivo. É preciso que

os líderes acreditem nisso, apos-

tem nisso. Depois, é preciso que as

pessoas que vão gerenciar projetos

tenham capacitação, sejam treina-

das, entendam, sejam coerentes e

tenham entendimento do trabalho

que tem que ser feito. E, terceiro,

as pessoas têm que ser expostas

aos projetos. Não tem jeito, eu cos-

tumo citar uma frase do Machado

de Assis que eu acho sensacional:

“De nada adianta estudar toda a

teoria do amor se você nunca deu

um beijo”. Nada adianta estudar

tudo de projeto se você não viveu

o desafio, a dor do projeto.

que fatores levam um projeto ao

fracasso?

O projeto nasce para o fracasso,

ele só não dá errado porque você

não deixa ele dar errado. Gosto de

um exemplo clássico. Falo em en-

tropia, que é o nível de desordem

do sistema, e que tende ao infini-

to. Significa que para o projeto dar

errado não precisa fazer nada, só

deixar rolar. Agora, pra dar certo,

para evitar o fracasso, tem que

gastar energia, tempo, planejar. É

um esforço grande vencer a inér-

cia contrária de fazer com que tu-

do dê errado.

e o que você tem como conselho

para os pequenos empreendedo-

res?

O primeiro passo é entender a im-

portância de se comprar a ideia.

O segundo é se capacitar. Se sou

pequeno empreendedor, o prin-

cipal cérebro sou eu e tenho que

me capacitar. O terceiro passo

é implementar processos para

a gestão de projetos, processos

simples. Não transforme a gestão

num fator complicador. Estes são

os passos essenciais para quem

está começando. [bi]

“Competir sem ter gestão de projeto é igual a ir pra guerra pelado. o que a gente acredita é que se você for com o armamento certo, suas chances de sobreviver aumentam

circuito

Bahia Indústria 9

por cLeBer Borges

indústria emprega 36% das pessoas com deficiênciaO Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com, pelo menos, um tipo de deficiência, o

que representa 23,9% do total da população. E a indústria é o setor que,

proporcionalmente, mais emprega pessoas com deficiência, de acordo com

levantamento realizado pelo Departamento Nacional do SENAI. No total, o setor

emprega 25% do total de trabalhadores formais, porém utiliza 117 mil de um total de

324,4 mil profissionais com deficiência, o que representa 36% desse universo. E o

SENAI tem importante papel na qualificação de pessoas com deficiência, tendo

treinado quase 79 mil delas nos últimos seis anos.

“educação não é uma questão de faLar e ouvir, mas um processo ativo e construtivo”

John dewey (1859-1952), filósofo norte-americano, um dos expoentes do pragmatismo, teoria da verdade, pela qual uma afirmação é verdadeira se cumpre todas as premissas, inclusive se adequar a observações demonstradas

adicional representa r$ 270 milhões/mêsCom a manutenção do veto ao

Projeto de Lei Complementar que

previa acabar com o adicional de

10% do FGTS, o setor privado

continuará desembolsando a

cada mês R$ 270 milhões de

forma indevida. Dinheiro que

poderia ser revertido em

qualificação profissional, em

inovação e na ampliação da

capacidade produtiva. Criado em

2001, com a finalidade de

restabelecer o equilíbrio

econômico-financeiro do FGTS, o

adicional de 10% cumpriu há

muito sua finalidade, servindo

hoje apenas para aumentar a

arrecadação federal.

Construção permanece desaquecida segundo CniDesaquecida. É dessa forma que a

CNI avalia o nível de atividade do

segmento da construção civil no

país, conforme sondagem

divulgada em setembro. De

acordo com o estudo, a retração

da atividade nos últimos meses

tem sido maior entre as pequenas

empresas e menor entre as

grandes. O emprego setorial

também ficou retraído.

Ministro quer acelerar licenciamento ambientalO ministro de Minas e Energia,

Edison Lobão, trabalha com uma

iniciativa que pode acelerar o

licenciamento ambiental nos

projetos do setor elétrico em todo

o país. É a regulamentação da Lei

Complementar 140, que prevê

tornar mais claras as regras

ambientais. Por sua vez, o Ibama

está contratando mais analistas

para reforçar sua equipe.

10 Bahia Indústria

sindicatos

sindicafé e abic estimulam a inovação A necessidade de inovar pautou a reunião regional da As-

sociação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) na Bahia,

no dia 23 de agosto, na sede da FIEB. Representantes de

empresas do ramo, além de diretores da ABIC e do Sindi-

cato das Indústrias de Café do Estado da Bahia (Sindicafé-

-BA) discutiram como o atual momento do café pode estimular

a busca pela inovação. O presidente do Sindicafé-BA, Antônio Roberto da Almeida, defendeu que o momento é importante para pactuar práticas

saudáveis de negociação, favorecendo a união e a lealdade entre as indústrias da

Bahia. A quarta reunião regional da associação serviu também para o setor celebrar

conquistas recentes, como a inclusão do café na cesta básica brasileira, com desone-

ração de impostos, além da revogação da instrução normativa nº 16.

O Dia Mundial do Leite é celebrado mundialmente no dia 1º de junho

para incentivar o consumo de leite pela população e divulgar seus be-

nefícios à saúde. Para comemorar a data, o Sindicato das Indústrias de

Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite),

montou um estande no Shopping Paralela, onde o público pode conhe-

cer os benefícios dos laticínios e degustar derivados do leite. A Bahia

é o maior produtor do Nordeste e o 7º do país, entretanto, a cadeia tem

sofrido com os efeitos da estiagem.

O presidente do Sindileite, Paulo Cintra, explica que o sindicato tem

atuado na busca de políticas tributárias estaduais e de alternativas es-

tratégicas para o setor na época da estiagem. O apoio à cadeia produtiva

e o fortalecimento da indústria no estado serão discutidos, dias 20 e 21 de

setembro, no Catussaba Resort, em Salvador, no IV Encontro das Indús-

trias Baianas do Setor de Leite e Derivados, realizado pelo Sindileite-BA.

Sindicato comemora Dia Mundial do Leite

sindical promove encontro para discutir açõesPara discutir o atual cenário e as

próximas ações para o setor, o Sin-

dicato da Indústria de Mineração

de Calcário, Cal e Gesso no Estado

da Bahia (Sindical) realizou, dia 9

de agosto, no Restaurante Barba-

coa, em Salvador, almoço com a

presença da diretoria, empresas

associadas e da equipe da Supe-

rintendência de Relações Institu-

cionais da FIEB.

Durante o encontro, que con-

tou com a presença do deputado

Sandro Régis, que atua em prol

do segmento, foi realizada presta-

ção de contas, discutidas as ações

desenvolvidas pelo Sindical. Para

o presidente, Sérgio Pedreira, os

encontros são oportunidades de

reunir empresários de várias regi-

ões do Estado, trocar experiências

e alinhar ações futuras.

sinditabaco combate mercado ilegal Cerca de 54% do cigarro consumi-

do na Bahia é clandestino. Criar

alternativas para combater o con-

trabando e a pirataria é o foco do

grupo da Operação Integrado Co-

mércio Legal. Coordenado pelo

Ministério Público Estadual, par-

ticipam do grupo a FIEB, por meio

da Superintendência de Relações

Institucionais, CDL, FCDL, Recei-

ta Federal, Sefaz-BA e as Polícias

Civil, Militar, Federal e Rodoviária

Federal. Na 64ª reunião do grupo,

no dia 20 de agosto, foi apresen-

tado o mapeamento das áreas de

entrada, fábricas clandestinas e

pontos de venda do comércio ile-

gal no estado. Odacir Strada, pre-

sidente do sindicato, explica que a

meta é criar uma força-tarefa.

Programação

estimulou o

consumo de

leite e seus

derivados

ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

Bahia Indústria 11

eleições

Jorge

Cajazeira

apresentou

nova marca

do sindicato

uRaN R

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ulG

açãO

sinprocim assina convênio com o sesi Incentivar a realização integrada

de programas de educação, saúde,

lazer, cultura e responsabilidade

social é o objetivo do convênio de

cooperação firmado entre o Sindi-

cato das Indústrias de Produtos de

Cimento do Estado da Bahia (Sin-

procim) e o SESI Bahia.

O convênio, assinado dia 23 de

julho, na sede da Federação das

Indústrias, consiste em uma parce-

ria entre as duas entidades para a

sensibilização e implementação de

serviços e programas de Qualidade

de Vida e Educação junto às indús-

trias associadas ao sindicato.

Sindipeças. A nova diretoria do Sindicato Na-

cional da Indústria de Componentes para Veículos

Automotores (Sindipeças) para o triênio 2013/2016

é composta por João Ricardo de Aquino, da Valeo

Sistemas Automotivos, representante da Regional

na Bahia. O vice-diretor é Claudemir dos Santos,

da Benteler Componentes Automotivos.

Sindisabões. O empresário Juan José Rosário

Lorenzo, da Indeba, está à frente da nova direto-

ria do Sindicato das Indústrias de Sabões, Deter-

gentes e Produtos de Limpeza em Geral e Velas no

Estado da Bahia, eleita para o triênio 2013/2016. A

meta do novo presidente é apoiar as empresas do

setor, sobretudo no interior.

Sindpan. Tomou posse no dia 14 de junho, a

diretoria eleita do Sindicato da Indústria de Pa-

nificação e Confeitaria da Cidade do Salvador

(Sindpan). O empresário Mário Augusto Rocha

Pithon foi reconduzido à presidência e cumprirá

seu quarto mandato até 2016 e buscará intensifi-

car ações de articulação política.

Açúcar e Álcool. O presidente do Sindicato

da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado da

Bahia, Carlos Gilberto Cavalcante Farias, foi ree-

leito para o mandato 2013/2016, juntamente com

os novos integrantes da diretoria e do conselho

fiscal da entidade. A posse ocorreu dia 18 de ju-

nho e a perspectiva é a busca de soluções para os

atuais desafios do setor.

Sindcalçados. O Sindicato da Indústria de

Calçados, seus Componentes e Artefatos no Esta-

do da Bahia (Sindcalçados) realizou eleições em

junho para o mandato 2013/2016, reconduzindo o

atual presidente, o empresário Roberto Enzwei-

ler, da Calçados Malu, que concorre em chapa

única. Haroldo Ferreira foi mantido na função de

presidente executivo.

Sindióleos. Ricardo de Agostini Lagoeiro,

assumiu pela quinta vez a presidência do Sindió-

leos (Sindicato da Indústria de Extração de Óleos

Vegetais e Animais e de Produtos de Cacau e de

Balas no Estado da Bahia).

Atento às ações de visibilidade e modernização, o Sindicato das Indús-

trias de Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Arte-

fatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia (Sindpacel) apesentou,

dia 23 de julho, sua nova identidade visual e o novo site institucional.

Com linhas e traços que indicam modernidade e arrojo, a refor-

mulação da identidade institucional representa um novo conceito,

alinhado à governança da entidade. Durante o coquetel de lança-

mento, Jorge Cajazeira, presidente do Sindpacel, também apresentou

relatório gerencial do primeiro ano de gestão. Na oportunidade, foi

lançado o Anuário Estatístico Bahia Indústria Florestal, que traz o

panorama da cadeia produtiva do setor e apresenta dados referentes

à economia, conservação ambiental e ao papel social das empresas

envolvidas no processo.

Construtoras de itabuna e ilhéus participam de feira Itabuna sediou, de 14 a 16 de ju-

nho, a Feira da Casa Própria Ita-

buna-Ilhéus. Durante os três dias

de evento, realizado no centro da

cidade, cerca de 8 mil pessoas vi-

sitaram a feira, que gerou mais de

R$ 35 milhões em propostas de ne-

gócios. Mais de 600 imóveis foram

disponibilizados para venda e 180

comercializados. O Sindicato das

Indústrias de Construção Civil de

Itabuna e Ilhéus (SICC), dirigido

por Leovegildo Oliveira de Sousa,

participou da coordenação da fei-

ra e articulou a participação das

construtoras da região.

Sindpacel apresenta nova identidade visual e site

12 Bahia Indústria

a necessidade de expandir o

negócio fez a Indeba (indús-

tria de produtos de limpeza),

sediada em Salvador, adquirir um

novo terreno no Centro Industrial

de Aratu (CIA). Mas por causa de

uma manilha entupida, qualquer

chuva alagava o terreno. Para cor-

rigir o problema, a empresa preci-

sa de uma outorga do Instituto do

Meio Ambiente e Recursos Hídri-

cos (Inema). Sabendo que a FIEB

oferece capacitação em assuntos

relacionados a licenciamento am-

biental, por meio do Projeto Indús-

tria Baiana Sustentável, o diretor

da empresa, Adilson Ribeiro de

Almeida procurou a Federação.

“Desde outubro do ano passa-

do estamos tentando resolver isso.

Depois que entramos em contato

com a FIEB, em menos de 15 dias

recebemos uma resposta do Ine-

ma, sinalizando que, em até duas

semanas, teríamos um parecer”,

conta Almeida.

O Projeto Indústria Baiana Sus-

tentável é coordenado pela Ge-

rência de Desenvolvimento Sus-

tentável (GDS) da FIEB e vem con-

tribuindo para que as indústrias

baianas, especialmente as micro e

pequenas empresas (MPEs), aten-

dam às exigências legais e merca-

dológicas – com foco em meio am-

biente/licenciamento ambiental.

O programa oferece capacitação,

divulgação de informações, asses-

arlinda Coelho

destaca o site

criado para

manter os

empresários

sempre

atualizados

sobre a

legislação

ambiental

Por uma indústria mais sustentável

JOãO alVaRez/sIsteMa fIeB

Projeto da fIeB auxilia empresas para lidar com questões ambientais por meio de capacitações e suporte técnico

soria e articulações institucionais,

junto aos órgãos ambientais do Es-

tado e ao Sebrae.

A meta inicial era atender 12 em-

presas em 2013, mas até agosto, 18

já haviam sido atendidas. O site do

projeto traduz bem o sucesso que

ele vem fazendo entre os empresá-

rios, com 2.600 visitas em apenas

um mês. “O site disponibiliza todas

as informações que dispomos e

produzimos sobre o tema, além de

outros assuntos que convergem pa-

ra a sustentabilidade no segmento

industrial. É um canal que criamos

para que o empresário permaneça

sintonizado, bem informado e de-

vidamente subsidiado para tomar

suas decisões preventivamente”,

explica a gerente da GDS, Arlinda

Conceição Dias Coelho. [bi]

Outras ações da GDS

Evento FIEB de Meio Ambiente > promovido a cada dois anos, o evento é realizado pelo Conselho de Meio Ambiente da FIEB (COMAM/FIEB), com reuniões, debates e articulação sobre a temática ambiental.

Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental > Com a participação de empresas e órgãos interessados no tema, o evento também é bienal (intercalado com o Evento FIEB de Meio Ambiente) e premia empresas que se destacam na implementação de práticas de gestão e tecnologias em prol do desenvolvimento sustentável do Estado da Bahia.

COEMA Nacional sobre Licenciamento Ambiental > A GDS participou da elaboração do documento encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente com o posicionamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre licenciamento ambiental. O evento foi realizado em Ouro Preto (MG), em julho deste ano.

Pareceres de Projetos de Lei > A GDS emitiu 99 pareceres de Projetos de Lei em Meio Ambiente, nas instâncias municipal, estadual e nacional.

www.fieb.org.br/desenvolvimento_sustentavel

Bahia Indústria 13

aNGelO PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

em toda formatura, é natural que os discursos

enalteçam as conquistas, reconheçam esforços e

superações. A noite do dia 20 de agosto, em que

foi realizada a cerimônia de conclusão do processo de

formação socioeducativo do Programa ViraVida, no

SESI Itapagipe, quem fez uso da palavra procurou ir

além do convencional. Os 100 jovens que receberam

o diploma de conclusão dos cursos profissionalizan-

tes tinham muito mais na bagagem em termos de su-

peração. Quem chegou até ali, deixou para trás uma

história de risco social e exclusão.

O superintendente do SESI Bahia – entidade que

coordena o projeto no estado –, Wagner Fernandes,

citou Paulo Freire e falou da importância de se dar o

máximo de si para atingir objetivos. “Tenham espe-

rança, não de espera, mas aquela que a gente vai em

busca daquilo que se quer. Acreditem e continuem

nos incentivando, o SESI e as instituições parceiras,

a continuar com este projeto”.

O sucesso do Programa ViraVida, lembrou o supe-

rintendente, é a rede de suporte, formada por ONGs,

instituições do Sistema S (SENAI, Sesc, Senac e Se-

brae) e empresas. “Por maior que seja o SESI, se não

tivéssemos estas parcerias não daríamos conta desse

projeto”, acrescentou o presidente do Conselho Nacio-

nal do SESI, Jair Menegelli, idealizador do ViraVida.

Falando aos jovens, ele lembrou que agora é pre-

ciso ter persistência e dedicação. “Fizemos 40% e

60% dependeram de vocês. Daqui pra frente é 100%

com vocês”, destacou Meneguelli, que disse ainda:

“Quem estuda tem dificuldade no mercado de traba-

lho, mas quem não estuda está fora dele”.

E as conquistas não foram poucas. Completar a

formação foi uma delas, conforme destacou uma das

oradoras da turma, que lembrou os colegas que fica-

ram para trás. “Quando nos encontramos estávamos

sem perspectivas, solitários, muitas vezes vazios,

nos sentindo incapazes”, disse. Ela também falou do

esforço coletivo do grupo para que alguns não desis-

tissem, pois foram muitos os obstáculos enfrentados.

O ViraVida é um programa de educação integral,

que prevê a regularização do fluxo educacional, asso-

ciada a atividades de capacitação e atendimento psi-

cossocial. Os jovens atendidos pelo programa podem

optar entre os cursos de rotinas administrativas in-

dustriais, manutenção de microcomputadores, auxi-

liar de cabeleireiro e eletricidade industrial, ofereci-

dos pelas instituições parceiras. As famílias também

recebem apoio psicossocial e por meio do Sebrae são

orientadas para o empreendedorismo. [bi]

Virando a vidaPrograma ViraVida, criado pelo Conselho Nacional do sesI, está presente em 27 estados e soma 332 jovens atendidos na Bahia

Comemoração

dos jovens

atendidos

pelo programa

durante a

formatura

14 Bahia Indústria

por patrícia moreirafotos rafael martins

a atração de novas indústrias e a diversificação das cadeias produtivas, além de um plano diretor, reescrevem a história do Complexo de Camaçari

novos temPos PArA o Polo

Bahia Indústria 15

por patrícia moreirafotos rafael martins

anúncio da criação de uma

nova área de expansão, que

vai aumentar em 50% a área

destinada à implantação de

novas indústrias, e a apresen-

tação de um novo plano di-

retor, que aponta estratégias

de crescimento e atração de

novos investimentos, além de infraestrutura para

novas empresas se instalarem na Bahia, marcaram

as comemorações dos 35 anos do Polo Industrial

de Camaçari. O projeto, do Governo do Estado, foi

apresentado pelo secretário James Correia, duran-

te a solenidade realizada na sede da Federação

das Indústrias do Estado da Bahia, em 11 de julho,

com a presença do governador Jaques Wagner, de

industriais, autoridades e trabalhadores da indús-

tria. Durante a solenidade, o presidente da FIEB,

José de F. Mascarenhas, um dos engenheiros que

participaram da construção de Camaçari, foi ho-

menageado pelas empresas do Polo, por meio do

Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic).

O plano diretor, proposto pelo Governo do Esta-

do, por meio da Secretaria da Indústria e Comércio

e Mineração do Estado da Bahia (SICM), atende à

política de atração de novas indústrias, quando o

complexo de Camaçari se prepara para receber, até

2015, investimentos que somam mais de US$ 6,5 bi-

lhões. Isso inclui novas indústrias, a ampliação de

unidades e o adensamento de cadeias produtivas.

O plano diretor contempla premissas de infraes-

trutura, logística e proteção ambiental, dividindo

obras da Jac

Motors na área

de expansão

do Polo

16 Bahia Indústria

o distrito em sete zonas: Complexo

Básico, Oeste Dias D’Ávila, Oeste

Camaçari, Norte, Central, Leste e

Sul. Com isso, vai ser possível a or-

ganização de cadeias produtivas

integradas.

O presidente do Cofic, Marcelo

Cerqueira, afirmou que, desde a

sua implantação, o Polo vem pas-

sando por “círculos virtuosos de

inovação e crescimento”. Atual-

mente, o complexo gera 45 mil em-

pregos diretos e indiretos e a ex-

pansão, destaca ele, vai incremen-

tar esta demanda. “Nosso desafio é

continuar atraindo investimentos,

o outro, sem dúvida, é formação de

pessoas, é continuar preparando,

desenvolvendo pessoas que pos-

sam tocar os 35 anos do polo daqui

pra frente. Nós temos uma geração

que já está terminando o trabalho

que realizou ao longo desse tempo

e vamos precisar de mais pesso-

as”, observa.

Cerqueira acredita que o anún-

cio do plano diretor inscreve o Po-

lo de Camaçari em uma nova era:

“Esta nova área que está sendo

agregada vai, de forma organiza-

da, estruturada, reunindo uma

mesma cadeia produtiva integra-

da, permitir a atração de novos

investimentos. Se você tem área

adequada, água, energia e pesso-

as para trabalhar, o empresário

vem e o governo está disposto a

apoiar”, acrescentou.

POLO ACRÍLICOUm dos exemplos de formação

de uma nova cadeia de produção

em Camaçari é o Polo Acrílico da

Basf, o maior empreendimento da

companhia fora da Alemanha, que

representa R$ 1,5 bilhão em inves-

timentos em três novas unidades

industriais. Juntas, elas produzi-

rão em escala global o ácido acrí-

lico, acrilato de butila e polímeros

superabsorventes (SAP), utilizan-

do como matéria-prima o propeno

fornecido pela Braskem.

A perspectiva da Basf é iniciar

a operação da fábrica de Camaçari

em 2014 e, para isso, encontra-se

em estágio avançado o processo

de construção do complexo. Em

consequência da implantação do

Polo Acrílico, o Polo atraiu indús-

trias de transformação como a

Kimberly-Clark, que produz fral-

das descartáveis e produtos de hi-

giene pessoal.

A Braskem, principal fornece-

dora da Basf, também está sendo

levada a se preparar para atender

à demanda do novo cliente. Com

a perspectiva de fornecimento de

aproximadamente 150 mil tonela-

das de propeno para o Polo Acrí-

lico, a Braskem está concentrando

investimentos em logística, com a

construção de um conjunto de du-

tovias e interconexões com a fábri-

ca da Basf.

Os recursos somam-se aos

aportes realizados pela empresa

nas suas seis unidades industriais

em Camaçari, da ordem de R$ 230

milhões anuais. Dentre as ações

de modernização, a Braskem pla-

neja investir na especialização de

uma unidade de polietileno linear

do Polo, a fim de obter algum ga-

nho em volume de produção.

A implantação do Polo Acríli-

co será responsável por fazer com

que o propeno produzido pela

Braskem deixe de ser destina-

do exclusivamente à exportação

para ser consumido no mercado

interno. Neste sentido, conforme

explicou o presidente, Carlos Fa-

digas, uma das ações da empresa

tem sido trabalhar, em parceria

com o governo estadual, para

atrair novas empresas químicas

implantação do

Polo acrílico

da basf (acima)

e operários

trabalhando

nas obras da

futura fábrica

do Grupo o

boticário

para Camaçari. “Além do exem-

plo da cadeia do ácido acrílico, a

Braskem tem uma gama de produ-

tos que hoje são destinados à ex-

portação e que poderiam servir de

suprimentos para novas fábricas

aqui”, explica. Um desses conjun-

tos de clientes é o de indústrias de

plástico, que consomem resina de

polietileno (PE) e PVC.

Fadigas revela que existem in-

vestimentos sendo negociados,

mas ainda estão protegidos por

acordos de confidencialidade. “O

que dá para dizer é que existe uma

equipe da Braskem trabalhando

em caráter permanente para atrair

Bahia Indústria 17

novas indústrias para o complexo

de Camaçari.”

O evento, que comemorou os 35

anos do complexo, teve ainda como

foco o futuro do Polo. O governador

da Bahia, Jacques Wagner, afirmou

que a cadeia formadora do projeto,

a petroquímica, está sendo fortale-

cida por outros ciclos produtivos,

como o automotivo e o químico. O

gestor estadual enfatizou a impor-

tância do Porto de Aratu para o

escoamento da produção. Ele tam-

bém sugeriu que o distrito passe a

ter “um condomínio que adminis-

tre o Polo por meio de um conselho,

do qual o estado faria parte”.

No quesito infraestrutura, o presidente da FIEB, Jo-

sé Mascarenhas, destaca o alinhamento com o gover-

no estadual quanto à utilização do Porto de Aratu para

escoamento da produção industrial. “Quando da im-

plantação do polo, deveria ter sido criado um porto pa-

ra escoamento da produção industrial. Mas por fatores

de localização ele ficou em Aratu. Com a Lei Geral dos

Portos abre-se a possibilidade de se ter uma solução.

Discutimos recentemente com o governador e ele se

mostrou favorável a uma alternativa que nós julgamos

ser a melhor, que é a concessão geral do Porto de Aratu

e a adoção de uma gestão única para os terminais pri-

vatizados”, explica Mascarenhas.

A atração de indústrias de transformação para Ca-

maçari também é vista como indicativo de um novo

momento para o Polo, na avaliação do presidente da

FIEB. “É preciso que a gente aumente a transforma-

ção local da matéria prima, já que

boa parte dela é transferida para o

centro sul ou para exterior, porque

assim vamos dar mais renda ao es-

tado e à região”, observou.

Mascarenhas também observa

que, para construir o futuro do

Polo de Camaçari, é preciso inves-

tir em capacitação e inovação. Ele

lembra que o SENAI está desenvol-

vendo projetos nesta direção e as

empresas tendem também a parti-

cipar. Isso inclui ainda iniciativas

como a duplicação do SENAI Ci-

matec, que vai ampliar a formação

de mão de obra especializada para

a indústria baiana.

18 Bahia Indústria

O ativo total do Polo, que era de US$ 12 bilhões até

2008, saltou para US$ 16 bilhões em 2011 e deve su-

perar os US$ 22 bilhões até 2015, excluindo os apor-

tes do governo em infraestrutura e considerando um

montante de aproximadamente US$ 6,5 bilhões em

novos investimentos, de acordo com o Comitê de Fo-

mento Industrial de Camaçari (Cofic). Nos próximos

anos, com a implantação de novas indústrias, o Polo

também deverá gerar 17 mil novos postos de trabalho.

Além das indústrias de transformação trazidas pelo

complexo acrílico, outros segmentos também são res-

ponsáveis por esta transformação do Polo de Cama-

çari, que já se configura um grande canteiro de obras.

Além da implantação da unidade da Jac Motors,

cuja sobras estão em fase de terraplenagem, e que

prevê R$ 1 milhão em investimentos, o parque auto-

motivo baiano avança na sua consolidação com a ins-

talação de uma fábrica de motores da Ford, a primeira

do gênero no Norte/Nordeste, que representa R$ 400

milhões em investimentos. Outro investimento anun-

ciado é a fábrica de ônibus e micro-ônibus Foton, com

investimentos de R$ 209 milhões. A Foton anunciou o

início das obras para o segundo semestre e pretende

dar início à produção em 2015.

No segmento eólico, o Polo de Camaçari destaca-se

com quatro fabricantes instalados na Bahia, que en-

contram-se em um franco processo de verticalização

da cadeia. A Alston, presente desde 2011, e a Gamesa,

primeira indústria eólica a se instalar na Bahia, tam-

bém no ano de 2011, atuam na fabricação de aeroge-

radores. Esta última, está investindo R$ 100 milhões

numa segunda unidade de produção de naceles (tur-

binas), que deverá iniciar a operação em 2015.

Outra empresa presente em Camaçari é a Torre-

bras, fabricante de torres eólicas, e a Tecsis, produ-

tora de pás eólicas. Esta deve iniciar a operação em

2014, com um investimento de R$ 100 milhões na

unidade, que deve gerar cerca de R$ 3,5 mil empregos

diretos. Na área de insumos para a construção civil

está a Knauf, já em operação, e que recebeu R$ 150

milhões em investimentos. O Polo de Camaçari tam-

bém passará a contar com uma gigante da indústria

cosmética com a implantação da unidade do Grupo O

Boticário, com investimentos de R$ 355 milhões.

Novas cadeias produtivas

Vista

panorâmica

das indústrias

do Polo de

Camaçari,

a partir do

Mirante da

braskem

Bahia Indústria 19

20 Bahia Indústria

hOmenAGem. Por duas gestões secretário estadual das Minas e Energia, na década

de 1970, responsável pela implantação do Polo de Camaçari, o presidente da FIEB,

José de F. Mascarenhas, foi homenageado pelas empresas do Polo, representadas pelo

Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), durante a solenidade que marcou

os 35 anos do complexo e que reuniu governantes, políticos, empresários e

trabalhadores da indústria no auditório da Federação. Mascarenhas relembrou a

“aventura” de implantar o maior projeto de desenvolvimento regional do Brasil até

então, ressaltando a importância do economista baiano Rômulo Almeida no processo.

Ele foi saudado pelo ex-governador Roberto Santos, que fez uma retrospectiva

histórica do processo de implantação do Polo.

ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

Para atender à demanda das novas empresas que es-

tão sendo instaladas em Camaçari, o Serviço Nacio-

nal da Indústria (SENAI) tem reafirmado sua parceria

na qualificação dos profissionais. Assim como atuou

quando da implantação das primeiras unidades do

complexo automotivo e promove, nas suas unidades

– Cimatec, Cetind e Dendezeiros –, ações continua-

das para atender às indústrias, o SENAI já foi contra-

tado para preparar novos profissionais para atuar nos

novos polos do Complexo de Camaçari.

Dos 230 empregados diretos que a Basf planeja

contratar para atuar na sua nova planta, prevista

para iniciar as atividades ainda em 2014, 87 já es-

tão pré-selecionados, fazendo capacitação no SENAI

SENAI é parceiro do Polo na capacitação de pessoas

Cetind. Eles compõem um curso

de Formação de Operadores, en-

comendado pela empresa alemã,

com 1.306 horas/aula e previsão

de término em dezembro.

A consultora de RH da Basf

e líder para o projeto Complexo

Acrílico em Camaçari, Ligia Mora-

es, explicou que a parceria com o

SENAI na capacitação do pessoal é

fruto da excelência adquirida pelo

serviço. “O relacionamento que a

Basf tem com o SENAI, de muitos

anos, nos deixa numa situação

confortável. Temos certeza que a

capacitação será feita nos padrões

exigidos pela Basf, pois conhece-

mos a competência dos profissio-

nais do SENAI, assim como a sua

capacidade técnica”, explicou.

Atraída pela Basf para o Polo

Industrial de Camaçari, a Kim-

berly-Clark também já começou

a capacitar seu pessoal no SENAI

Cetind. A primeira turma enco-

mendada pela empresa foi forma-

da por 12 operadores de máquina

de fabricar papel. A previsão é que

a empresa contrate ainda outros

cursos.

Para o gerente do Núcleo Estra-

tégico do SENAI, Luís Breda Mas-

carenhas, a capacidade do SENAI

de qualificar os profissionais em

todos os níveis é o que faz dele um

parceiro tão forte. “O SENAI tem

competência para dar suporte às

empresas desde a sua implantação

até a sua operação, manutenção

e todas as fases da sua existên-

cia. Auxiliamos na formação dos

profissionais, das funções mais

básicas até as mais avançadas,

além de oferecer suporte técni-

co ao negócio, para melhoria dos

processos e produtos, pesquisas

aplicadas, consultorias e diversos

outros serviços”, explica. (Colabo-

rou Rafael Pereira) [bi]

> O SENAI atende mensalmente

eMPresas industriaiscom cursos, consultorias e serviços tecnológicos e de inovação. De 2011 até 2013, o SENAI realizou mais de

4 mil atendiMentos para as empresas do Polo Industrial de Camaçari

720

Bahia Indústria 21

PÁGInAS mAIS ACeSSADAS nA BAnCA1. Página principal2. Revista Bahia Indústria (lista)3. Cartilhas (lista)4. Livros (lista)5. Mapa Estratégico (lista)6. Cartilha de Eficiência Energética e Hídrica7. Estatísticas de Comércio Exterior – Julho 20138. Sondagem da Indústria da Construção (lista)9. Revista Bahia Indústria – Edição Abril /Maio 201310. Estatísticas de Comércio Exterior (lista)

»PARA ACESSAR A BANCA

http://www.fieb.org.br/bancafiebhttp://bit.ly/BancaiPhonehttp://bit.ly/Banca-Android

o Sistema FIEB disponibiliza gratuitamente o

aplicativo Banca FIEB, que reúne informações

do setor industrial. São centenas de revistas,

documentos, pesquisas e relatórios produzidos pe-

riodicamente pela instituição e seus parceiros. A

Banca FIEB pode ser acessada via web e também tem

versões para tablets e smartphones, nos sistemas iOS

e Android.

Para Marcus Verhine, superintendente interino

de Desenvolvimento Industrial do Sistema FIEB,

a Banca é um instrumento de contato mais direto e

amigável com o usuário. “Isto contribui para a defesa

de interesses e tomada de decisões dos empresários,

em prol da melhoria da competitividade da indústria

baiana”, explica.

A SDI disponibiliza, por exemplo, notas técnicas,

relatórios de análise econômica setorial, de comércio

exterior, de infraestrutura e da indústria da constru-

ção, dentre outros.

O usuário que instalar o aplicativo, ou acessá-

-lo via internet, poderá ler também todas as edições

da Revista Bahia Indústria, cartilhas do SESI, IEL

e outras gerências corporativas, assim como livros

como o Teatro-Fórum – Pedagogia da Intervenção na

Indústria, ou Rômulo - Desenvolvimento Regional e In-

dustrialização, ambos lançados em 2013.

A Banca FIEB é o primeiro de uma série de apli-

cativos que o Sistema FIEB pretende lançar, sempre

buscando uma aproximação com seus públicos. A

ideia é oferecer serviços e produtos, aproveitando o

potencial de mobilidade e seguindo as tendências do

mercado de comunicação.

“É nosso papel divulgar e propagar não apenas a

imagem da FIEB, mas também o conhecimento que

produzimos”, pontua Adriana Mira, superintendente

de Comunicação Institucional. ”Este acesso via plata-

forma móvel é um facilitador para disponibilizar todo

o conteúdo produzido aqui”, reforça. [bi]

Banca fIeB reúne asinformações da indústriaaplicativo disponibiliza as principais publicações sobre o setor industrial, produzidas pelas entidades e superintendências do sistema fIeB

» Todas as publicações do Sistema FIEB agora trazem o código acima. Use um leitor de QR-Code para acessar rapidamente a Banca, usando seu celular ou tablet

edições da

bahia indústria

estão entre

os conteúdos

que podem

ser acessados

pelo tablet ou

smartphone

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

22 Bahia Indústria

fOtOs: DIVulGaçãO / fCDl

Com o objetivo de ampliar a

oferta de educação de ex-

celência, o SESI dá início

a uma completa reestruturação

da unidade do bairro do Retiro,

em Salvador. O projeto permite a

ampliação de atendimento de 700

para 1.200 alunos, com possibili-

dade de expansão para até 1.500

estudantes por ano. Além disso,

vai tornar viável a oferta de uma

Educação Integral de Qualidade

em Tempo Integral e a Educação

de Jovens e Adultos –, com base

nas orientações da estratégia na-

cional de educação do SESI.

A nova escola será construída

de forma sustentável, numa área

de 10.007,89 m2, representando um

investimento de mais de R$ 34 mi-

lhões. A estrutura vai contemplar

46 salas de aula, auditório com ca-

pacidade para 300 pessoas, refei-

tório, “escovódromo”, ginásio po-

liesportivo, quiosques, anfiteatro,

sesI investe em nova escola

uma réplica de um sítio arqueoló-

gico, biblioteca com capacidade

para 15 mil títulos, sala de multi-

meios audiovisuais, salão de jo-

gos, sala de capacitação de pesso-

as, sala de karatê, piscina, núcleo

de EJA – Estudos Jovens e Adultos,

sala de recursos multifuncionais

para atendimento educacional es-

pecializado para alunos com ne-

cessidades especiais, e laborató-

rios de línguas estrangeiras, artes,

ciências humanas, informática e

robótica.

A obra de reconstrução envolve

a demolição da antiga estrutura do

SESI Retiro. Após análise técnica,

foram constatados aspectos estru-

turais que inviabilizariam a sim-

ples reforma do espaço para a nova

proposta escolar com caracterís-

ticas modernas e inovadoras. Por

isso, durante as férias escolares de

junho, a unidade escolar foi reloca-

da para uma estrutura provisória,

a 500 metros do local de origem,

que comporta de forma satisfatória

a demanda atual de alunos e pro-

fissionais para atender com quali-

dade os serviços ofertados. O pro-

cesso de mudança para a unidade

provisória foi gradativo e feito em

parceria com órgãos públicos, pro-

fessores e pais de alunos.

O SESI Retiro atua na área de

Educação Regular e Ensino Fun-

damental, níveis I e II, priorita-

riamente para os dependentes dos

industriários. O processo de ensi-

no é focado na formação básica e

preparação do aluno para ingres-

so no Ensino Médio articulado

com o Ensino Profissionalizante,

Programa EBEP, em parceria com

o SENAI, com oportunidade de in-

serção na indústria.

»superintendência de Comunicação institucional sesiMais informações: 3343-1477

unidade do Retiro será qualificada para atender os mais modernos parâmetros educacionais

Perspectivas

da nova planta

da escola do

retiro, que terá

capacidade

para 1.200

estudantes

Bahia Indústria 23

conselhos

A fim de dar suporte aos empresários que pre-

cisam atender as exigências legais na área de

meio ambiente e estimular a ecoeficiência, o

Sistema Indústria da Bahia desenvolveu proje-

tos voltados para empreendedores de todos os

portes. Um deles é o Projeto Indústria Baiana

Sustentável, que oferece capacitação, divulga-

ção de informações, assessoria em processos

de Licenciamento Ambiental e articulações

institucionais, junto ao Inema e demais órgãos

ambientais do Estado da Bahia e ao Sebrae.

O projeto foi apresentado durante o IV Evento

FIEB de Meio Ambiente, que contou com a pre-

sença do secretário estadual de Meio Ambiente,

Eugênio Spengler, representantes da FIEB, da

indústria e de outras entidades. O objetivo do

encontro foi debater o Licenciamento Ambien-

tal na Bahia.

O evento é uma iniciativa do Conselho de

Meio Ambiente (Comam) da Federação e teve o

objetivo de disseminar conhecimentos sobre o

processo de licenciamento. Representantes de

federações das indústrias, associações setoriais

e empresas entregaram à ministra do Meio Am-

biente, Izabella Teixeira, as 21 propostas de me-

lhoria nos processos de licenciamento ambien-

tal, elaboradas ao longo de um ano.

Comam apoia ações na área ambiental

Citec debate Código nacional de Ct&iPara debater o Projeto de Lei N° 2177/2011, que institui

o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação,

representantes da CNI e do Conselho de Inovação e

Tecnologia (Citec) da FIEB participaram de um encon-

tro com representantes do governo, do segmento em-

presarial e da comunidade acadêmica. Na oportuni-

dade foram discutidas as mudanças mais recentes no

texto do marco legal e coletadas novas contribuições

para o PL, que está em fase de finalização.

A previsão é que o texto seja validado pela Comis-

são na segunda quinzena de setembro e, até o dia 10

de outubro, seja votado em plenário. O debate contou

com a participação do vice-coordenador do Citec,

Ruben Delgado, do vice-coordenador regional do

Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Trans-

ferência de Tecnologia (Fortec) e membro do Citec,

Gesil Amarante Segundo, do presidente da Fiocruz,

Paulo Gadelha, do secretário estadual de Ciência e

Tecnologia, Paulo Câmera, além de parlamentares e

pesquisadores. Na Bahia, as discussões são promovi-

das pela Fiocruz Bahia, em parceria

com a Academia de Ciências da

Bahia, a Associação Brasileira

de Saúde Coletiva (Abrasco),

o próprio Citec, o Fortec e a

Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência – Regio-

nal Bahia.

a secretária

rosemma

Maluf foi

homenageada

pelo Conpem

Rafa

el M

aRtI

Ns/s

Iste

Ma f

IeBsecretária rosemma

Maluf é homenageadaRosemma Maluf, secretária Muni-

cipal de Ordem Pública de Salva-

dor, foi homenageada pelo Conse-

lho de Micro e Pequena Empresa

Industrial da FIEB, pelos serviços

prestados como ex-conselheira do

órgão consultivo. O coordenador

do Compem, Carlos Henrique Gan-

tois, ressaltou que a homenagem

foi mais do que justa, pois trata-se

de uma profissional competente e

dotada de espírito público. JuaRez MatIas/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

JOãO alVaRez/sIsteMa fIeB/2012

24 Bahia Indústria

a indústria da construção tem

à sua disposição uma nova

ferramenta para colocar em

prática a prevenção de acidentes

nos canteiros de obras, a série de

vídeos 100% Seguro, apresentada

aos empresários, em evento na se-

de da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB). A inicia-

tiva integra o Programa Nacional

de Segurança e Saúde no Trabalho

para a Indústria da Construção

(PNSST IC), desenvolvido pelo Ser-

viço Social da Indústria (SESI), em

parceria com a Câmara Brasileira

da Indústria da Construção (CBIC)

e o Sinduscon-Bahia.

Para o presidente da FIEB, José

de Freitas Mascarenhas, o grande

Vídeos educativos ajudam a prevenir acidentes na obraempresas da construção contam com nova ferramenta educativa produzida em parceria entre o sinduscon e o sesI: os vídeos 100% Seguro

operário

de obra da

Construtora

Civil, onofre

Marinho,

39 anos,

preparado

para um dia

de trabalho

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

desafio é reduzir a incidência de

acidentes de trabalho no setor,

ainda muito elevada, em relação

aos países mais desenvolvidos. “A

tarefa agora é distribuir esta série

a um número máximo de empre-

sas, sindicatos, governos, assim,

todos terão um mecanismo de re-

ferência para conduzir as ações de

prevenção”, destacou.

O presidente do Sinduscon,

Carlos Alberto Vieira Lima, elen-

cou as diversas ações do sindicato

para conscientização dos empre-

sários. Ele destacou que o setor

trabalha sob condições adversas,

com grande número de trabalha-

dores com baixa escolaridade,

mas deve persistir. “O grande de-

safio é tirar estes vídeos da pra-

teleira e colocá-los a serviço da

melhoria da qualidade de vida no

trabalho”, ressaltou Viera Lima.

A série 100% Seguro é composta

de 100 vídeos, que abordam situa-

ções corriqueiras do ambiente de

trabalho. A proposta é não apenas

evitar acidentes, como também

dar orientações de saúde. Dentre

os vídeos, 80 tratam de técnicas

de edificação, dez são educativos

e dez abordam infraestrutura. Os

vídeos estão disponíveis em kits

compostos por quatro DVDs, com

legendas em português, inglês e

espanhol e um Manual da Série,

mas também podem ser baixados

gratuitamente pelo site www.se-si.org.br/construcao.

O PNSST IC foi desenvolvido

pelo SESI Bahia. Com orçamento

de R$ 18 milhões, o programa pre-

vê, além do desenvolvimento de

tecnologias, suporte técnico aos

departamentos regionais do SESI

e operacionalização nas empresas

em todo o país.

No dia a dia dos canteiros,

segurança é item fundamental,

como atesta a gerente de obra da

construtora Civil, em Salvador,

Isabela Mota. “A segurança vem

à frente de qualquer outro item da

obra. Não adianta ter produção se

não houver segurança”, declara. A

construtora conta com o apoio do

SESI, que dá suporte na adoção de

um programa preventivo. [bi]

Bahia Indústria 25

Duas medalhas de ouro e uma de prata foi o resul-

tado da participação baiana nos Jogos Nacionais

do SESI 2013, realizado de 14 a 18 de agosto, no

Rio de Janeiro. A delegação do SESI Bahia foi represen-

tada na competição por 26 atletas de 8 empresas in-

dustriais, nas modalidades tênis de campo e de mesa,

natação, atletismo, futsal e vôlei de areia.

Os atletas campeões na natação foram Christian

Gianmmarino, da DHL Supply Chain, que conquistou

duas medalhas de ouro nos 50m livres e nos 50m bor-

boleta, na categoria 30+. Ainda na natação, a equipe

da Coelba, composta por Bruno Pimentel dos Anjos,

Frederico Nacor Frazão Carvalho, João Jodeval Pimen-

tel Filho e Vinicius Silva França, conquistou a prata no

revezamento 4x50m livres masculino absoluto.

Quem trouxe a medalha de prata no atletismo para

a Bahia foi o regulador de máquina injetora da Mon-

dial, Jodison Santana, atleta baiano de Conceição do

Jacuípe, que durante os jogos também experimen-

tou a emoção especial de se tornar pai pela primeira

vez. Longe de casa, ele ficou sabendo do nascimento

antecipado da filha no primeiro dia de competição.

Perdeu a disputa pelos 100m livres, mas recuperou-se

na prova dos 200m. Nos jogos de 2012, Jodison havia

conquistado a medalha de bronze nos 200m livres.

Os atletas do tênis de campo e de mesa não conse-

guiram medalhas. Angela Mondini, da Coelba, ficou

na 4ª colocação na classificação geral da modalidade,

categoria 45+. Bem como Paulo Souza, da Embasa,

que era favorito para levar o ouro no tênis de campo,

mas machucou-se durante os jogos, encerrando sua

participação ainda nas semifinais. No tênis de mesa,

Edjailson Arruda de Lima, da Xerox, também ficou

em 4º lugar. No vôlei de praia masculino, a equipe da

Cargill ficou com a quinta coloração, o mesmo para a

equipe de futsal da empresa Ibar, de Brumado.

Se nem todos trouxeram medalhas, o mais impor-

tante para os atletas da indústria foi a oportunidade

Baianos de ouro e prataatletas baianos marcam presença nos Jogos Nacionais do sesI e já se preparam para a etapa estadual

Christian

Gianmmarino

ficou com duas

medalhas

de ouro na

natação.

Jobison

santana foi

2º lugar no

atletismo, na

prova dos

200m livres

QuADRO De meDAlhAS natação>ouro - Christian Giammarino / DHL - 50m livres e 50m borboleta - categoria 30+>Prata - Equipe/COELBA - 4x50m livres masculino absoluto - categoria revezamento

Atletismo >Prata - Jobison Santana / MONDIAL- 200 m rasos – categoria 16+

de competir. Afinal, todos os 1.200 atletas da indús-

tria que chegaram à etapa nacional dos Jogos do SE-

SI, como fez questão de frisar a superintendente do

SESI Rio, Maria Lúcia Telles, na solenidade a abertu-

ra, já eram vencedores. Em todo o país, a competição

mobilizou cerca de 2 milhões de trabalhadores desde

as etapas municipais.

Também presente à solenidade, o diretor su-

perintendente nacional do SESI, Rafael Lucchesi,

ressaltou que os atletas ali presentes eram a razão

maior da realização da competição, observando que

o principal significado dos jogos é mostrar que “a

atividade laboral poder ser fonte de realização e de

qualidade de vida”.

Finda a etapa nacional, os atletas baianos prepa-

ram-se agora para a disputa estadual, marcada para

o final do mês de setembro, no SESI Simões Filho. [bi]

ROBeRtO aBReu/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

sel

My

yassuDa/f

IRJa

N

JOsé PaulO laCeRDa/CNI

embarque dos atletas da bahia; à esquerda, equipe de natação

da Coelba, medalha de prata

26 Bahia Indústria

IndIcAdores Números da Indústria

Produção industrial baiana supera desempenho de julhosetores automotivo, de refino e álcool e metalurgia são os que devem continuar alavancando a produção industrial no segundo semestre

em julho de 2013, a taxa anualizada da produ-

ção física da indústria de transformação da

Bahia alcançou 7,2%, acima da taxa registra-

da no mês anterior (6,1%), sinalizando acele-

ração no ritmo da atividade produtiva industrial. No

ranking dos 13 estados que participam da pesquisa

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB-

GE), sete estados apresentaram desempenho positi-

vo: Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de

Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Os outros seis

estados registraram resultados negativos: Espíri-

to Santo, Pará, Paraná, Amazonas, Pernambuco e

Santa Catarina.

Na Bahia, dos oito segmentos pesquisados, seis

apresentaram resultados positivos: Veículos Au-

tomotores (33,8%, com o aumento na produção de

veículos), Refino de Petróleo e Produção de Álcool

(16,7%, impulsionado pelo aumento na produção de

óleo diesel e outros óleos combustíveis e gasolina au-

tomotiva), Metalurgia Básica (13,5%, impulsionado

pela maior produção de barras, perfis e vergalhões

de cobre e de ligas de cobre e pela base de compara-

ção deprimida), Borracha e Plástico (11,1%), Produtos

Químicos/Petroquímicos (4,7%, com o aumento na

produção de hidróxido de sódio e policloreto de vini-

la) e Celulose e Papel (4,2%).

RETRAÇÃOEm sentido contrário, dois segmentos registra-

ram queda na produção: Alimentos e Bebidas (-3,1%,

pressionada principalmente pela menor produção de

refrigerantes, leite em pó, manteiga, gordura, óleo

Bahia Indústria 27

produção física por estado: indústria de transformação

Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI

estados VaRIaçãO (%)

Jul13/ Jan-Jul 13/ aGo12-Jul13/ Jul12 Jan-Jul 12 aGo11-Jul12

são Paulo 0,2 2,5 1,0

minas gerais -0,8 0,8 2,8

rio de Janeiro 4,4 3,9 0,8

paraná 9,8 2,6 -4,4

rio grande do sul 13,7 6,0 0,7

bahia 14,1 7,4 7,2

santa catarina 3,9 0,9 -0,2

amazonas 10,6 3,5 -1,2

espírito santo -6,2 -14,7 -12,3

pará -4,2 -9,2 -5,9

goiás 10,1 3,2 2,6

pernambuco 3,8 1,0 -0,3

ceará 5,5 2,2 0,3

brasil 2,3 2,5 0,9

de cacau e óleo de soja em bruto)

e Minerais não-metálicos (-1,1%).

Na comparação de julho de 2013

com igual mês do ano anterior, a

produção física da indústria de

transformação baiana apresentou

alta de 14,1% (contra um aumento

de 2,3% da média Brasil).

Sete dos oito segmentos da in-

dústria de transformação regis-

traram crescimento da atividade.

A Metalurgia Básica teve um cres-

cimento de produção de 100,3%

(barras, perfis e vergalhões de co-

bre e de ligas de cobre), por conta

também da baixa base de compa-

ração, uma vez que essa atividade

apontou recuo de 39,7% em julho

de 2012, em função de paralisa-

ção parcial ocorrida em uma im-

portante unidade produtiva do

segmento. Veículos Automotores

foi o segundo destaque, com in-

cremento de 66% na produção de

automóveis.

O segmento de Refino de Pe-

tróleo e Produção de Álcool cres-

ceu 14,9%, por conta do aumento

na produção de óleo diesel e ou-

tros óleos combustíveis, gasolina

automotiva e álcool. Os demais

segmentos que tiveram desempe-

Por outro lado, verificou-se

queda na produção de Minerais

não-metálicos (-2,5%, pressionado

pela queda na produção de massa

de concreto).

DESTAQUESTendo em conta o acumulado

dos sete primeiros meses des-

te ano, em comparação a igual

período de 2012, verifica-se um

crescimento de 7,4% na indústria

de transformação baiana. Tal de-

sempenho foi determinado pelo

resultado dos seguintes segmen-

tos: Veículos Automotores (32%),

Metalurgia Básica (28,9%), Refino

de Petróleo e Prod. Álcool (16,7%),

Borracha e Plástico (9,9%), Celu-

lose e Papel (4,5%), Produtos Quí-

micos/Petroquímicos (3,5%,). Por

outro lado, verificou-se queda na

produção de Alimentos e Bebidas

(-5,7%) e Minerais não-metálicos

(-3,8%).

A expectativa é que a indús-

tria baiana continue registrando

resultados positivos em 2013, em

função, sobretudo, do desempe-

nho dos segmentos Veículos Au-

tomotores, Refino de Petróleo e

Prod. Álcool e Metalurgia. [bi]

nho positivo foram Alimentos e

Bebidas (11%, influenciado prin-

cipalmente pela maior fabricação

de cervejas, chope e óleo de soja

refinado, na primeira atividade),

Produtos Químicos/Petroquí-

micos (9,7%, com a elevação na

produção de hidróxido de sódio

e misturas de alquilbenzenos ou

de alquilnaftalenos), Borracha e

Plástico (4,1%) e Celulose e Papel

(2,5%).

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

130

135

140

125

120

115

110

105

100

95

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14). Sem ajuste sazonal.

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2011 - 2013)

2012

2011

2013

28 Bahia Indústria

Segurança jurídica e proteção de investimentos

Gustavo Vilas boas é advogado e coordenador da Gerência Jurídica

jurídico

por Gustavo vilas Boas

Douglas C. North, vencedor do No-

bel de Economia, desenvolvendo o

pensamento institucionalista, ver-

sou sobre a relação entre o cresci-

mento econômico e um sistema

eficiente de proteção de direitos.

Caberia ao Estado especificar

os direitos e garantir as relações

deles decorrentes, destacando o

autor que quanto melhor definidos

e mais garantidos estes direitos,

mais eficiente seria o desenvolvi-

mento econômico.

Falamos, sem dúvida, em se-

gurança jurídica. Embora a ex-

pressão pareça abstrata, a sua

relevância concreta é facilmente

exemplificável, eis que, tem sido

tema central de destacadas dis-

cussões empresariais, como pode-

mos citar as que circundam o novo

marco regulatório da mineração;

a guerra fiscal; as concessões/

permissões públicas; as relações

envolvendo matéria ambiental e

a preservação dos direitos ante as

alterações de normas urbanísticas

(esta absolutamente patente na

realidade soteropolitana, visto o

emaranhado legislativo/judicial

com que a cidade padece).

A questão exsurge, assim, co-

mo ponto fundamental da discus-

são jurídica relacionada ao setor

produtivo.

Não por outro motivo, o SECOVI-

-SP apresentou, com grande reper-

cussão, parecer exarado pelo reno-

mado jurista português J. J. Gomes

Canotilho, tratando justamente so-

bre a segurança jurídica materiali-

zada nos conceitos constitucionais

de direito adquirido, ato jurídico

perfeito e coisa julgada.

A iniciativa atende à demanda

empresarial decorrente de reitera-

das alterações normativas que im-

pediam o início ou a continuidade

de obras frente à superveniência

de restrições diversas daquelas vi-

gentes ao tempo das emissões das

licenças.

O estudo aborda o sentido geral

da segurança jurídica, questio-

nando se as situações subsumidas

a esta insígnia estariam efetiva-

mente protegidas pela Constitui-

ção, enfrentando as dificuldades

de tal discussão, como a contrapo-

sição de argumentos de relativiza-

ção do direito adquirido.

Merece destaque a análise feita

sobre os critérios de revogabilida-

de do ato administrativo, ponto

relevante, sobretudo quando li-

damos com um Estado que ainda

vacila entre a posição de indutor

do desenvolvimento e o interven-

cionismo arbitrário.

Contudo, nos parecem mais

importantes as conclusões sobre

o dever estatal de responsabili-

zar-se pela justa compensação in-

denizatória aos prejudicados por

sua atuação legislativa e executi-

va, inclusive quanto a atos lícitos,

sendo este dever corolário da pró-

pria segurança.

Traz-se, assim, luz à discussão

sobre a segurança jurídica no Bra-

sil, pretendendo-se evitar conjun-

tura em que o investimento, em

vez de orientado e protegido pelo

Direito, se torne jogo de azar.

Afinal, na lição de Carnelutti, “o

direito ou é certo ou não é direito”.

Gerência Jurídica na bahia indústriaA Gerência Jurídica da

Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB) tem a

satisfação de inaugurar este

espaço na Revista Bahia Indústria para publicação

de artigos jurídicos e

notícias, com a finalidade

de difundir conhecimentos

sobre diversas áreas do

Direito que sejam relevantes

para o segmento empresarial.

Esperamos que as

informações divulgadas,

utilizando uma linguagem

simples e direta, municiem

as empresas de conteúdos

úteis para facilitar e orientar

as decisões rotineiras.

As notícias e artigos

veiculados neste espaço não

devem ser interpretados como

consultoria, salientando-se

que os conteúdos publicados

são elaborados com base na

legislação e jurisprudência

vigentes à data da sua

publicação.

A equipe do Jurídico

da FIEB é composta dos

seguintes profissionais:

Silvana Sapucaia

(Gerente)

Danusa Costa Lima

(Coordenadora)

Gustavo Vilas Boas

(Coordenador)

Betânia Trindade

Bianca Spínola

Cínthia Freitas

Fabiana Mendonça

Flávia Muniz

Leandro Mendonça

Tácio Cheab

Vaneide Souza

Bahia Indústria 29

as melhorias necessárias à

infraestrutura logística do

estado, os limites orçamen-

tários e burocráticos enfrentados

pelo governo, mas também as ca-

deias produtivas em expansão e as

oportunidades geradas pelo cres-

cimento destes segmentos indus-

triais dominaram as discussões

no Fórum de Oportunidades de

Investimento na Bahia, realizado

nos dias 8 e 9 de agosto, pelo Gru-

po de Líderes Empresariais – Lide

Bahia, em parceria com a Federa-

ção das Indústrias do Estado da

Bahia.

Em painéis temáticos, pales-

tras, workshops setoriais e ro-

dadas de negócios, a posição da

Bahia na economia brasileira foi

tema de debates e propostas de

solução para os problemas. “A

participação da iniciativa privada

e das esferas públicas é funda-

mental para a concretização de

parcerias que vão contribuir para

o desenvolvimento local”, disse o

presidente do Lide Brasil, João Dó-

rea Junior.

O presidente da FIEB, José Mas-

carenhas, ressaltou a necessidade

de se discutir soluções de infraes-

trutura da maior economia da re-

gião Nordeste, a fim de aumentar

a competitividade da produção

baiana, especialmente a indus-

trial. “Os gargalos na logística em-

perram e encarecem o escoamento

Oportunidades e negócios na Bahiafórum do lide, realizado em parceria com a fIeB, discutiu o cenário econômico na Bahia e soluções para os problemas de infraestrutura

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

da produção, prejudicando o se-

tor”, frisou.

O governador Jacques Wagner

lembrou que a Bahia é o terceiro

pior estado em arrecadação fiscal,

mas que a administração pública

deve articular alternativas para

superar a situação. Ele frisou que

se deve defender as produções lo-

cais de energia eólica, cobre e da

indústria naval, as quais sofrem

concorrência e são foco de disputa

com outros estados. Wagner disse

ainda estar otimista com as roda-

das de licitações que o governo

federal promoverá em setembro

para obras de infraestrutura.

DEBATESO ministro dos Transportes, Cé-

sar Borges, e o secretário estadual

de Planejamento, José Sergio Ga-

brielli, apresentaram dados atuais

sobre infraestrutura na Bahia e

mencionaram algumas das ini-

ciativas federais e estaduais em

andamento. Borges reconheceu a

dificuldade de escoar a produção,

devido à situação da malha logís-

tica, e elencou algumas das obras

do PAC e do PIL que poderão de-

safogar gargalos. “Mas temos que

resgatar o planejamento perma-

nente e cobrar os atrasos impostos

pelas empresas contratadas.”

Gabrielli afirmou que a Bahia

vive transformações na sua eco-

nomia, por conta da expansão de

segmentos como a mineração, a

energia eólica e a celulose fora

da RMS. O secretário defendeu

a ponte Salvador-Itaparica como

novo canal de integração entre

Recôncavo, capital e litoral Norte,

contribuindo para o dinamismo

econômico. [bi]

autoridades

e lideranças

empresariais

discutiram

o cenário

econômico

da bahia

30 Bahia Indústria

painel

Proaj oferece qualificação em ti a jovens da rede estadualCapacitar mais de 10 mil estudantes e egressos da rede pública estadual de ensino, no prazo de

quatro anos, é a meta do Programa de Aprendizado Jovem (Proaj). Fruto de uma parceria entre

o governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), e o

SENAI Bahia. O programa tem foco na capacitação em Tecnologia da Informação e

Comunicação (TIC), com carga horária de 600 horas, divididas entre disciplinas básicas –

português, matemática, inglês, conhecimentos gerais e introdução à ciência da computação

– e módulos de formação específica – desenvolvedor de web, java e jogos para dispositivos

móveis, comunicação de dados, suporte de hardware e redes de computadores. Na solenidade

de lançamento foram diplomados 60 jovens que participaram do projeto piloto do programa. O

Proaj está com três turmas em andamento, cada uma com 300 estudantes. Ao final de cada

uma, os melhores alunos serão identificados e poderão ministrar cursos no SENAI Bahia.

Jovens da turma piloto de 60 alunos, diplomados no lançamento do programa

sesi Matemática nas escolasO SESI Bahia assinou

convênio com a Secretaria da

Educação do Estado, para

implantar na rede pública o

programa SESI Matemática,

desenvolvido pelo SESI do

Rio de Janeiro, para melhorar

o desempenho dos

estudantes na disciplina. O

programa vai atender 300

escolas do Ensino Médio,

atingindo 9 mil estudantes.

As escolas do SESI também

adotarão o programa.

Ginástica laboral vence Prêmio Marca O SESI foi reconhecido pela

excelência dos serviços de

segurança e saúde pelo

Prêmio Marca Brasil 2013,

promovida pela Revista Cipa.

Venceu pela segunda vez

como melhor empresa de

serviços prestados durante a

Sipat e, pela oitava vez, na

categoria Ginástica Laboral.

Em todo o Brasil, o SESI

atende, diariamente, pelo

programa de Ginástica

Laboral, 700 mil

trabalhadores de 1.531

indústrias.

Case sobre inclusão é premiado O SESI Bahia foi vencedor, na

categoria Prestação de

Serviços, do 4º Prêmio de

Reabilitação e Readaptação

Profissional com um trabalho

sobre a criação de um

programa para inclusão de

pessoas com deficiência na

indústria. O prêmio será

entregue, dia 16 de setembro.

aNGelO PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

eliana Calmon discute ética A ministra do Supremo Tribunal Federal, eliana Calmon,

participou como convidada da reunião de diretoria da

FIEB, realizada no dia 25 de julho, quando proferiu

palestra sobre Ética e Regulação, fazendo uma leitura

histórica da política no Brasil contemporâneo e propondo,

ao final, formas de combater a corrupção, prática que se

banalizou nas esferas públicas do país. Na avaliação da

ministra, a Era Lula representou avanços na inclusão social,

mas, para governar, o PT promoveu transações a fim de garantir a

governabilidade. O resultado foi a manutenção de práticas corruptas históricas e a volta de uma

dinâmica de elitismo, o que tem causado eco no “grito das ruas”. A ex-corregedora do Conselho

Nacional de Justiça (CNJ) também teceu duras críticas ao Poder Judiciário.

ValteR PONtes/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

Bahia Indústria 31

AlunOS DO SeSI RePReSentAm A BAhIA nO COnGReSSO. Os estudantes, Fernanda Siqueira Vieira,

Luciana Moreno Borges e Luís Henrique de Almeida

Silva, da 3ª série do ensino médio EBEP da Escola

Djalma Pessoa, do SESI Bahia, estão entre os seis

estudantes baianos, de um total de 78 em todo o país,

selecionados pela Câmara dos Deputados para

participar do Parlamento Jovem Brasileiro 2013. Entre

23 e 27 de setembro, eles terão a oportunidade de atuar

como deputados federais, em Brasília, simulando a

rotina dos trabalhos legislativos e a representação

política por meio da vivência do processo democrático.

José Mascarenhas e Fernando barbosa formalizam parceria

senador defende inovação O senador Walter Pinheiro

(PT-BA) defendeu a

ampliação e a

desconcentração dos

investimentos em inovação a

fim de favorecer o

crescimento do setor

industrial. Ele foi o

convidado da reunião de

diretoria da FIEB de agosto.

Para o senador, o mais

importante agora é

identificar os gargalos que

impedem o desenvolvimento

econômico, sendo

necessários investimentos

em infraestrutura

(transportes, energia e

comunicações).

Fieb e estaleiro assinam contratoOs presidentes da Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), José de F. Mascarenhas, e do Estaleiro Enseada

do Paraguaçu (EEP), Fernando Barbosa, assinaram, dia 8 de

agosto, contrato de parceria com o objetivo de fortalecer a

cadeia de petróleo e gás e naval na Bahia. A assinatura

ocorreu na FIEB, quando também estiveram presentes o

diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade do

EEP, Humberto Rangel, além do superintendente do Instituto

Euvaldo Lodi (IEL), Armando Neto. O IEL, entidade do

Sistema FIEB, fará a gestão do projeto. A iniciativa faz parte

de convênio firmado com o Ministério de Desenvolvimento,

Indústria e Comercio Exterior (MDIC), que contempla 60

empresas baianas, incluindo as da cadeia automotiva. O

Superintendente do IEL-BA, Armando Neto, lembrou que

conta com a experiência de dez anos na capacitação de

fornecedores, por conta da metodologia do Programa de

Qualificação de Fornecedores (PQF).

ROBeRtO aBReu/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

Rafael MaRtINs/sIsteMa fIeB

Movimenta salvador busca novas adesõesEncontro na FIEB, em 29 de

agosto, reuniu empresários

de diversos segmentos,

interessados em conhecer o

Movimenta Salvador, que

visa articular ações de

fomento à prosperidade e à

qualidade de vida da

população da cidade. O

encontro contou com

apresentações do presidente

da FIEB e do Conselho

Deliberativo do Instituto,

José Mascarenhas, e do

diretor-geral do Movimenta,

Aldo Ramon. No final das

exposições, os interessados

na causa, receberam ficha

para futuras adesões.

líderes sindicais discutem desafios da indústria As expectativas dos sindicatos filiados ao Sistema FIEB quanto

aos desafios da indústria baiana para os próximos quatro anos

foram debatidas no III Encontro de Presidentes de Sindicatos, na

sede da Federação, dia 12 de julho. Divididos em grupos

temáticos e utilizando a metodologia JOIN, os dirigentes

sindicais foram estimulados a discutir e identificar os desafios

para o setor e o papel do Sistema FIEB, com foco em educação e

qualificação, infraestrutura e interiorização. As sugestões

servirão ao planejamento estratégico da entidade.

32 Bahia Indústria

a importância do estágio como ferramenta im-

prescindível para a formação profissional do

estudante ganhou destaque na 10ª edição do

Prêmio Melhores Práticas de Estágio, realizada em

parceria com o Fórum de Estágio da Bahia, em julho,

na sede do Sistema FIEB. A premiação foi criada em

2004 com o objetivo de reconhecer as boas práticas

de estágio desenvolvidas por empresas baianas e au-

xiliar as organizações a aprimorar seus programas de

treinamento e formação profissional.

“Neste trabalho de disseminação da cultura do

estágio de qualidade, tentamos levar a mensagem de

que o estágio faz parte da educação. O nosso desafio é

levar essa mensagem para as empresas que ainda não

conseguem enxergar desta forma”, destacou o supe-

rintendente do IEL, Armando Neto.

A edição de 2013 premiou a Petrobras na catego-

ria grande empresa. Já a média empresa contemplada

foi a Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da

Bahia. A Sicoob (Cooperativa Central de Crédito da

Bahia) levou o primeiro lugar entre as empresas de

pequeno porte. As finalistas de cada categoria e os

estagiários de destaque nos projetos inscritos no prê-

mio também foram homenageados.

O vice-presidente da FIEB, Reinaldo Sampaio, des-

tacou que o prêmio tem contribuído para a mudan-

ça da cultura de estágio nas organizações baianas.

“Tem havido um aprimoramento de visão do estágio,

principalmente entre pequenas e médias empresas.

Há o entendimento da importância deste processo de

treinamento profissional para os estudantes, que se

tornarão o futuro das empresas”, pontuou.

Também participaram da solenidade o secretário

do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia,

Nilton Vasconcelos, e o diretor geral da Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Ro-

berto Lopes. [bi]

estágio premiadoPetrobras, Desenbahia e sicoob foram vencedoras da 10ª edição do Prêmio Melhores Práticas de estágio

Grande empresa>Petrobras (vencedora)

Estudante reconhecido:

Daniel Gonçalves de

Souza Neto,

homenageado pelo

projeto “Utilização de

harmônicos de ranhuras

para estimação da

velocidade do motor

elétrico de uma unidade

de bombeio mecânico”.

>le Biscuit

Estudante reconhecido:

Diego Ribeiro Galvão,

homenageado pelo

projeto “Gestão de

metas”.

>tribunal de contas do

estado

Estudante reconhecido:

Iago Santos do Carmo,

homenageado pelo

projeto “Saúde e bem

estar no TCE”.

média empresa>desenbahia (vencedora)

Estudante reconhecido:

Israel Cerqueira

Santos, homenageado

pelo projeto “Proposição

de melhoria da gestão

de qualidade do

programa Credibahia”.

>cromex

Estudante reconhecido:

Jeferson Giovani de Lima

Alves, homenageado pelo

projeto “Reestruturação da

área de armazenamento de

resíduos”.

>Zoo de salvador

Estudante reconhecido:

Lalitha Coelho Cavalcante,

homenageada pelo “Projeto

de translocação do

mico-de-cheiro (Saimiri

sciureus) da mata do

Zoológico de Salvador-BA

para seu habitat de

origem”.

micro e pequena empresa>sicoob (Cooperativa

Central de Crédito da Bahia)

(vencedora)

Estudante reconhecido:

Erica Soraia Torres de

Sobral, homenageada pelo

projeto “Programa de

controle e monitoramento

de ações educacionais à

distância PCM – Sicoob

Educanet”.

>escola Kennedy

>laboratório Gontijo

PRemIAçãO

Confira a lista de finalistas e vencedores

armando neto

destacou a

importância de

mostrar que

estágio é parte

do processo

educacional

JuaRez MatIas/COPeRPHOtO/sIsteMa fIeB

Bahia Indústria 33

IdeIAs

por amaro f. apoluceno neto e antônio J. p. rivas

A Agência Nacional de Petróleo

(ANP), a partir de 1999, iniciou as

rodadas de blocos de exploração,

realizadas anualmente até 2007,

quando sofreu solução de continui-

dade. Somente em maio deste ano

foi realizado o BID 11, cujos resulta-

dos e impactos ora são analisados.

A importância da realização

dos leilões pode ser dimensionada

em termos de bônus e investimen-

tos, onde os números gerados por

essas licitações se mostram muito

expressivos, ilustrando de forma

inequívoca a pujança da indústria

de E&P.

Os bônus das onze rodadas

somaram cerca de US$ 4 bilhões,

dos quais US$ 1,4 bilhão foi oferta-

do neste último leilão. Os investi-

mentos do Programa Exploratório

Mínimo (PEM), totalizaram quase

US$ 6 bilhões.

Considerando a dinâmica do

processo exploratório, estima-se

que esses valores podem triplicar,

somente na fase de exploração, po-

dendo ter dimensões muito maio-

res, no caso de eventuais descober-

tas comerciais, onde a operadora

perfuraria poços adicionais e cons-

truiria instalações de superfície,

para o desenvolvimento da jazida,

o tratamento e escoamento dos flui-

dos. Os valores de PEM somam US$

179,8 milhões, dos quais cerca de

30% ou US$ 55 milhões deverão ser

aplicados no Recôncavo.

Das 64 empresas habilitadas,

39 participaram deste BID, sendo

originárias de 12 países. Foram 30

vencedoras, com 12 nacionais e 18

Boas perspectivas para o setor de P&G na Bahia

estrangeiras: Canadá (5), Reino

Unido (3), Estados Unidos (2), além

de Austrália, Bermudas, Colôm-

bia, Espanha, França, Guernesei,

Noruega, Portugal, cada um com

uma operadora. Resumidamente,

o BID 11 na Bahia teve 14 empresas

participantes, 7 no Recôncavo e 7

no Tucano Sul, que arremataram

36 blocos, 15 no Recôncavo e 21 no

de Tucano, dos 52 ofertados (16 no

Recôncavo e 36 no de Tucano).

Na Bahia, das nove empresas

que arremataram blocos, seis são

nacionais e três estrangeiras, sen-

do que destas, duas canadenses –

Gran Tierra e Alvopetro – já atuam

no Recôncavo, e apenas a GeoPark

(Bermudas) é estreante.

Das seis nacionais, cinco são

estreantes na Bahia e apenas a

Imetame já atua como operadora

no estado. A grande novidade foi

a ausência da Petrobras como ope-

radora, mesmo tendo a Bahia du-

as bacias sedimentares ofertadas

nesta rodada.

As operadoras que venceram

na Bahia, foram a Petra Energia,

para o bloco 15 de Tucano; Nova

Petróleo, bloco 5, no Recôncavo;

Gran Tierra, bloco 3, Recôncavo;

Cowan, bloco 3, Tucano; Alvope-

tro, bloco 2 em Recôncavo e um em

Tucano; GeoPark, com 2 blocos no

Recôncavo; Imetame, 2 bloco no

Recôncavo; Sabre, também 2 no

Recôncavo e Brasoil Manati, que

ficou com um bloco no Recôncavo.

A atual configuração deve mo-

dificar as relações com os fornece-

dores de bens e serviços, na medi-

da em que a maior e mais tradicio-

nal empresa estatal não vai atuar

como operadora, o que deverá mu-

antônio J. P. rivas é geólogo/Secretaria do Planejamento da Bahia

amaro F. apoluceno neto é geólogo/Geopex Consultoria

dar a forma de contratação, a es-

tratégia de investimento, o volume

de recursos, o ritmo de implanta-

ção dos projetos, enfim, um novo

ambiente de negócios pode estar

começando a se configurar, o que,

por sua vez, também vai exigir da

cadeia de fornecedores uma pos-

tura diferenciada para lidar com

contratantes exclusivamente do

setor privado.

Um exercício que pode ser fei-

to é na Bacia do Tucano, onde a

Petra Energia arrematou 15 (70%)

dos 21 blocos ofertados, o que

pode determinar um ritmo explo-

ratório diferenciado, bem como

haver desdobramentos com so-

luções alternativas, em havendo

descobertas, na fase de desenvol-

vimento da produção. Como exem-

plo, a Petra fez associação com a

GeoSol, tradicional empresa de

sondagem para mineração, criou

a Slim Drilling, empresa de perfu-

ração de poços delgados para gás

natural, já tendo perfurado alguns

poços, em Minas Gerais, com son-

da não convencional, atingindo a

profundidade de 2.100 metros.

Em resumo, a retomada das ro-

dadas de exploração é, certamen-

te, um fator importantíssimo para

o desenvolvimento do estado da

Bahia, gerando não só riquezas

na forma de petróleo e gás natu-

ral, mas propiciando a geração de

empregos e a demanda de servi-

ços que certamente impulsiona-

rão o desenvolvimento do estado.

Espera-se que este processo não

sofra solução de continuidade,

promovendo, assim, um ritmo

constante de crescimento e gera-

ção de renda. [bi]

livros

leitura&entretenimento

inovação e tecnologiaA trajetória da exploração de petróleo no

Brasil, a partir da evolução tecnológica da

Petrobras é o tema deste livro. Nele são

retratadas as principais inovações em

equipamentos e sistemas de produção

submarinas adotadas, desde as primeiras

descobertas até os desafios do pré-sal; as

atividades de pesquisa, desenvolvimento e

capacitação de recursos humanos e os

avanços tecnológicos que ajudaram a

construir a história da companhia que hoje

é uma das gigantes mundiais do setor.

Fotografia, poesia e féO fotógrafo Ricardo Prado está em cartaz no Foyer do Teatro

Castro Alves com a mostra Fé, que reúne 30 fotografias de sua

autoria. Nelas, o artista traduz sua experiência a partir do

contato com o universo dos romeiros de Bom Jesus da Lapa,

captando olhares, gestos, lágrimas, luz e sombras da

tradicional romaria. A mostra reúne, ainda, poemas de José

Inácio Vieira de Melo, que transformou em palavras os

sentimentos despertados pelas fotos. Ricardo Prado, há três

anos, registra a romaria realizada no mês de agosto. O registro

das expressões do sagrado é, segundo ele, uma maneira de

documentar a manifestação popular e mostrar a capacidade

dos peregrinos de manter viva uma crença secular. A cidade

do oeste baiano também receberá a mostra.

o homem e o visionárioA biografia de um dos maiores ícones do

século XX é registrada neste livro. Neal

Gabler, mostra como Walt Disney

transformou a indústria do

entretenimento, a partir da construção

de um império sinérgico que combinou

cinema, televisão, parques temáticos,

música e livros, numa iniciativa inédita e

vanguardista para a época. O livro traz à

tona também o lado humano de Disney,

revelando o homem solitário, ferido e

desapontado que ele foi.

Petróleo em águas Profundasjosé mauro de moraisIpea424 p. disponível na biblioteca da Fieb-sede

Walt disney: o triunfo da imaginação americanaNeal gablered. Novo Século911 p.disponível na biblioteca da Fieb-sede

fOtOs DIVulGaçãO

originais de debret em salvadorUm conjunto de 60 aquarelas e desenhos do artista francês

Jean-Baptiste Debret, que chegou ao Brasil em 1816, integrando

a Missão Artística Francesa, estão em exposição em Salvador,

na Caixa Cultural. A mostra Debret – Viagem ao sul do Brasil

traz os registros do artista sobre o Brasil imperial,

apresentando os tipos humanos, hábitos, costumes e festas

populares, além de paisagens da Mata Atlântica e marinas.

Toda a crônica do cotidiano do Rio de Janeiro imperial e de seus

habitantes, transparece nas aquarelas do artista. As obras, que

poucas vezes viajaram pelo país, pertencem ao acervo do

Museu Castro Maya.

não PercA Caixa Cultural Salvador, ter. a dom., 9 às 18h, até 13/10. Gratuito. Rua Carlos Gomes, 57 – Centro. Informações: (71) 3421-4200

não PercA TCA (Foyer), seg. a dom., 12 às 18h, até 8/10. Gratuito. Praça Dois de Julho, Campo Grande, Centro. Informações: (71) 3535-0600

exposição

34 Bahia Indústria

Bahia Indústria 35

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