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Matriz de atividade individual * Módulo: 2 Atividade: AI Título: Balanço Patrimonial: Uma ferramenta estratégica para o contexto organizacional. Aluno: Vanusa dos Reis Coêlho Rodrigues Disciplina: Contabilidade Financeira Turma: CFQFEAD T0080 0512 E3 Introdução O Balanço Patrimonial tem como alvo indicar a situação patrimonial da empresa em um determinado período de tempo. Com este recurso é possível mensurar o quanto de bens, direitos e obrigações a empresa possui, tornando possível uma análise sobre a situação financeira e patrimonial do empreendimento no exercício. Assim sendo, este texto tem como objetivo, a partir do Balanço Patrimonial da empresa CBD Grupo Pão de Açúcar, períodos 2006 e 2007, determinar os ativos circulantes e realizável à longo prazo (ativos não circulantes) da referida corporação apontando a semelhança entre eles. Deste modo, este estudo está dividido em três partes e desenvolve-se da seguinte forma: A primeira parte tratará do que vem a ser um Balanço Patrimonial e da definição das Ciências Contábeis. Em seguida, na segunda parte, faremos um breve e sucinto reconhecimento do Balanço Patrimonial e sua estrutura para, na terceira parte, procedermos com a apreciação do Balanço Patrimonial da empresa CBD Grupo Pão de Açúcar, períodos 2006 e 2007, determinando os ativos circulantes e realizável à longo prazo (ativos não 1

Balanço Patrimonial: Uma ferramenta estratégica para o contexto organizacional

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O Balanço Patrimonial tem como alvo indicar a situação patrimonial da empresa em um determinado período de tempo. Com este recurso é possível mensurar o quanto de bens, direitos e obrigações a empresa possui, tornando possível uma análise sobre a situação financeira e patrimonial do empreendimento no exercício.

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 2 Atividade: AITítulo: Balanço Patrimonial: Uma ferramenta estratégica para o contexto organizacional.Aluno: Vanusa dos Reis Coêlho RodriguesDisciplina: Contabilidade Financeira Turma: CFQFEAD T0080 0512 E3Introdução

O Balanço Patrimonial tem como alvo indicar a situação patrimonial da

empresa em um determinado período de tempo. Com este recurso é possível

mensurar o quanto de bens, direitos e obrigações a empresa possui, tornando

possível uma análise sobre a situação financeira e patrimonial do

empreendimento no exercício.

Assim sendo, este texto tem como objetivo, a partir do Balanço

Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar, períodos 2006 e 2007,

determinar os ativos circulantes e realizável à longo prazo (ativos não

circulantes) da referida corporação apontando a semelhança entre eles.

Deste modo, este estudo está dividido em três partes e desenvolve-se

da seguinte forma: A primeira parte tratará do que vem a ser um Balanço

Patrimonial e da definição das Ciências Contábeis. Em seguida, na segunda

parte, faremos um breve e sucinto reconhecimento do Balanço Patrimonial e

sua estrutura para, na terceira parte, procedermos com a apreciação do

Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar, períodos 2006 e

2007, determinando os ativos circulantes e realizável à longo prazo (ativos não

circulantes) da referida corporação apontando a semelhança entre eles para,

então, finalizarmos o texto com a conclusão deste estudo.

Justificativa

Sabemos que através da análise do Balanço Patrimonial podemos

comparar uma empresa com outra ou a própria empresa com ela mesma,

averiguando, deste modo, a evolução do seu patrimônio em um determinado

espaço de tempo.

Para as comparações das empresas com elas mesmas, é possível

considerar se os recursos das empresas estão aumentando, se os débitos

estão diminuindo, se a organização está adquirindo mais ativos fixos do que

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mercadorias etc.

Assim, com este método torna-se possível criar rapidamente um rol de

informações que demonstre a situação financeira da empresa agilizando, deste

modo, o processo de decisão.

Portanto, em nosso estudo efetuaremos, a partir do Balanço Patrimonial,

a comparação do Grupo Pão de Açúcar com ele próprio, identificando as

categorias de ativos contábeis, apontando as semelhanças existentes entre

elas.

A comparação será feita entre os exercícios de 2006 e 2007 o que nos

dará uma visão do desenvolvimento (ou não) da empresa neste período,

confirmando, deste modo, a afirmação de que através do Balanço Patrimonial é

possível mensurar o quanto de bens, direitos e obrigações a empresa possui,

tornando possível uma análise sobre a situação financeira e patrimonial da

organização o que justifica a importância deste estudo, assim como, o seu

título: Balanço Patrimonial: Uma ferramenta estratégica para o contexto

organizacional.

Desenvolvimento

1. O Balanço Patrimonial e as Ciências Contábeis

O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira utilizada pela

contabilidade que tem como finalidade indicar a situação patrimonial da

empresa em um determinado período de tempo.

A resolução do CFC de nº 1.121/2008 descreve o objetivo das

demonstrações contábeis como sendo o de “fornecer informações sobre a

posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição

financeira da entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em

suas avaliações e tomadas de decisão econômica”.

Assim, a contabilidade utiliza este recurso para sintetizar as informações

contábeis de modo que, após analisar os dados contidos no balanço, seja

possível tomar boas decisões privilegiando, deste modo, a saúde e

longevidade da empresa.

Porém, sendo o Balanço Patrimonial um recurso da contabilidade, o que

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vem a ser contabilidade?

Definindo a contabilidade de maneira mais completa:

“podemos dizer que é uma ciência social cujo objetivo é identificar,

registrar, demonstrar e analisar todos os fatos econômicos e

financeiros que afetam direta ou indiretamente o patrimônio de uma

entidade, gerando informações úteis para o seu processo decisório”.

(Costa, 2010, p.11).

Deste modo, podemos dizer que a contabilidade é uma ciência social por

afetar toda a sociedade, como por exemplo, as empresas, pessoas, governo,

bancos etc.

Assim sendo, a contabilidade trabalha, inicialmente, identificando o que

se passa com o patrimônio da entidade para saber o que realmente deve ser

contabilizado, seja ela uma empresa, um conjunto de empresas ou uma pessoa

física.

Portanto, depois de identificados e devidamente registrados, os fatos

acontecidos nas empresas são demonstrados, isto é, evidenciados em

demonstrações contábeis, que são uma forma sintetizada e estruturada de

tornar públicas as informações contábeis.

Assim, os dados apresentados nas demonstrações contábeis serão

analisados, interpretados e reestruturados de maneira que seja considerado o

tipo de decisão e estratégia mais adequada para a saúde da empresa

provendo, deste modo, os seus usuários de informações úteis para o processo

decisório.

Destarte, a seguir, antes de determinar os ativos circulantes e o

realizável à longo prazo (ativos não circulantes) da empresa CBD – Grupo Pão

de Açúcar faz-se necessário conhecer a estrutura dessa demonstração contábil

tão necessária e importante para as empresas em geral.

2. O Balanço Patrimonial e sua estrutura.

O Balanço Patrimonial é composto, basicamente, pelo Ativo, Passivo e

Patrimônio Líquido. Assim sendo, para melhor compreendermos esta

importante demonstração contábil iremos fazer um breve e sucinto “passeio”

explicativo pelos seus componentes para em seguida podermos determinar os

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ativos circulantes e o realizável à longo prazo (ativos não circulantes) da

empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar.

Assim, no Ativo são alocados os bens e direitos da empresa, aqui estão

representados as aplicações de recursos que são geradas no Passivo. O Ativo

é classificado por ordem de liquidez, sendo composto pelo Ativo Circulante e

Não Circulante.

No Passivo estão alocadas as obrigações ou diminuições do patrimônio

da empresa e aqui estão representadas as procedências de recursos que

podem ser de terceiros ou de recursos próprios da empresa. O Passivo é

subdivido, basicamente, em Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.

O Patrimônio Líquido é a diferença entre o Ativo e o Passivo e

representa o capital próprio da empresa.

Portanto, veremos a seguir os subgrupos correspondentes a cada um

dos grupos citados enfatizando, porém, os grupos do Ativo por ser este o foco

de nosso estudo.

2.1 Ativo Circulante

O Ativo Circulante está subdividido em Disponibilidades, Direitos

Realizáveis e Despesas do Exercício Seguinte.

2.1.1 Disponibilidades ou Disponível

As Disponibilidades ou Disponível são consideradas os ativos de maior

liquidez e, por isso, vem em primeiro lugar no Balanço Patrimonial.

O Disponível abrange os valores que as empresas têm prontamente a

sua disposição, ou seja, a empresa consegue liquidá-las com maior facilidade.

Assim, o caixa, os bancos e as aplicações de liquidez imediata, como a

caderneta de poupança fazem parte do Disponível.

2.1.2 Direitos Realizáveis

Os Direitos Realizáveis são os valores que a empresa tem a receber e é

dividido em Créditos e Estoques.

São alocados no subgrupo dos Créditos todos os direitos que a empresa

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tiver até o final do exercício subseqüente a data do Balanço Patrimonial.

Assim, são exemplos de créditos as vendas a prazo, impostos como

ICMS, IPI, PIS e Cofins, dentre outros. Outros créditos podem ser alocados

nesse subgrupo, mas deve-se atentar se os direitos correspondem ou não ao

final do exercício subseqüente a data do Balanço Patrimonial, pois, se

corresponderem a uma data que esteja após o término do exercício

subseqüente a data do Balanço, serão alocados no “Realizável a Longo Prazo”.

Os Estoques podem ser considerados como a principal fonte de geração

de riqueza das empresas. Existe um ciclo no qual a empresa compra seus

estoques, vende para seus clientes e recebe dinheiro. Compra mais estoques

para serem vendidos novamente a seus clientes, recebe mais dinheiro e assim

por diante. Quanto maior for a eficiência nesse ciclo, maior será a riqueza

gerada pela empresa.

2.1.3 Despesas do Exercício Seguinte ou Despesas Antecipadas

No que diz respeito às Despesas do Exercício Seguinte ou Despesas

Antecipadas, apesar da denominação “despesas”, essas contas são direitos

das empresas e, portanto, devem ser entendidas como Ativo. Assim, a cada

mês a entidade irá amortecer do lucro a parcela que corresponde aquele mês

até que, ao final do exercício, o saldo da conta Despesas Antecipadas esteja

zerado. Como exemplo de casos que podem gerar despesas antecipadas

temos o IPTU, IPVA, seguros etc.

Devemos observar que no Balanço Patrimonial da empresa CBD –

Grupo Pão de Açúcar não há esta conta.

2.2 Ativo Não Circulante

Os Ativos que não forem considerados como Circulantes farão parte do

Ativo Não Circulante de acordo com a Lei nº 11.638/2007. Assim, dentro do

Ativo Não Circulante, estão o Realizável a Longo Prazo e os componentes

remanescentes do antigo Ativo Permanente com exceção do “Diferido”, ou

seja, permaneceram os Investimentos, o Imobilizado e o Intangível. O Diferido,

também componente do Ativo Permanente, foi extinto mais tarde pela Lei nº

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11.941/2009.

2.2.1 Ativo Realizável a Longo Prazo

Estarão no Ativo Realizável a Longo Prazo, com exceção do Disponível,

todas as contas do Ativo Circulante que tenham os seus prazos de recebimento

após o conclusão do exercício subseqüente ao Balanço. Assim, no Balanço

Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar vemos como Ativo

Realizável a Longo Prazo: Créditos Diversos e Créditos com Pessoas Ligadas.

2.2.2 Investimentos, Imobilizado e Intangível (antigo Ativo Permanente)

No Ativo Circulante estão alocados os bens e diretos que a empresa tem

a receber no prazo de um ano. O Ativo Realizável a Longo Prazo são os que a

empresa tem a receber em um prazo superior a um ano. No entanto, existem

Ativos que a empresa não precisa receber, pois, já são de sua propriedade.

Eles irão contribuir por mais de um exercício social. Esses Ativos são

considerados como Investimentos, Imobilizado e Intangível.

A partir da Lei 11.638/07, o grupo “Ativo Permanente” foi eliminado do

Balanço Patrimonial, passando seus componentes a serem classificados dentro

do grupo Ativo Não Circulante, ou seja, após essa lei a nomenclatura “Ativo

Permanente” foi eliminada sobrando apenas suas contas: Investimentos,

Imobilizado, Intangível e o Diferido, sendo está última conta extinta

posteriormente pela Lei de nº 11.941/2009.

Deste modo, devemos observar que o Balanço Patrimonial da empresa

CBD – Grupo Pão de Açúcar ainda há o grupo “Ativo Permanente”, assim

como, a conta “Diferido”, por ser esta estrutura de um exercício anterior à

promulgação da referida lei.

Assim, nos “Investimentos” encontram-se ações de outras companhias,

jóias, quadros, obras de arte, terrenos, imóveis que não estiverem em uso,

dentre outros tipos de investimentos.

Quanto ao “Imobilizado”, fazem parte dessa conta todos os bens que,

naquele momento, a empresa não possui a intenção de se desfazer deles. Os

imóveis, instalações, máquinas, equipamentos, veículos, ferramentas e etc. são

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exemplos de bens imobilizados.

Com o passar do tempo, existe uma deterioração natural desses ativos,

seja pelo uso ou simplesmente pelo tempo. Portanto, as empresas precisam

considerar essa degradação no seu Balanço Patrimonial. A nomenclatura

utilizada no Balanço Patrimonial para essa deterioração é “depreciação” que

será acumulada, período a período e passará a absorver os valores em uma

conta chamada “Depreciação Acumulada”, que será disposta logo abaixo do

ativo a ela correspondente e terá saldo negativo.

A conta “depreciação” nos mostra o quanto um bem está depreciado,

deste modo, quando a depreciação atingir 100% do bem, ela deverá ser extinta

juntamente com o ativo a ela correspondente.

Além da depreciação, utilizada para os bens tangíveis, existe a conta

“amortização” utilizada para os bens intangíveis e a “exaustão” utilizada para os

recursos naturais.

Neste subgrupo denominado “Intangível” são alocados os bens que não

possuem corpo físico como, por exemplo, as marcas e patentes.

2.2.3 Diferido

A Lei 11.638/2007, que alterou a Lei 6.404/1976 em seu artigo 179,

inciso V determinou que:

“no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de

reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do

resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-

somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência

operacional”

Porém, no ano de 2009, o Diferido foi extinto pela Lei nº 11.941/2009 e

seus valores passaram a ser realocados em outros grupos.

No Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar

verificamos a existência dessa conta e, por esse motivo, mencionamos o

extinto “Diferido” em nossos comentários.

2.3Passivo Circulante

O Passivo Circulante é caracterizado pelas obrigações da empresa para

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com terceiros cujo período de pagamento esteja dentro do prazo do exercício

subseqüente ao término do Balanço Patrimonial.

2.4Passivo Não Circulante

No Passivo Não Circulante estão alocadas as obrigações situadas após

o término do período subseqüente ao Balanço Patrimonial.

O Passivo Não Circulante é composto praticamente pelo antigo “Passivo

Exigível a Longo Prazo”, que foi extinto pela Medida Provisória de nº 449/08,

ou seja, a denominação “Passivo Exigível a Longo Prazo” foi abolida após a

edição dessa medida provisória sobrando apenas suas contas. Note-se que no

Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar ainda

encontramos a denominação “Passivo Exigível a Longo Prazo”.

2.5Patrimônio Líquido

De acordo com o artigo 1º da Resolução do Conselho Federal de

Contabilidade – CFC nº 1049, de 7/10/2005, alínea C:

“O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e

seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do

Passivo. Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o

resultado é denominado Passivo a Descoberto. Portanto, a expressão

Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto”.

Logo, o “Passivo a Descoberto” é na verdade o valor negativo do

Patrimônio Líquido.

O Patrimônio Líquido é composto pelo Capital Social, menos os gastos

com Emissão de Ações, Reservas de Capital, Opções Outorgadas

Reconhecidas, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria, Ajustes de

Avaliação Patrimonial, Ajustes Acumulados de Conversão e Prejuízos

Acumulados. Porém, neste estudo, versaremos apenas sobre o Capital Social,

Reservas de Capital e Reservas de Lucro, pois, são as contas que se

encontram no Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar.

O Capital Social é a quantia dos recursos que os sócios colocam na

empresa. O Capital Social também é conhecido como capital inicial ou capital

subscrito. Existe ainda o capital autorizado, que aparece apenas no estatuto

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das companhias abertas e representa o montante previamente estabelecido de

Capital Social que pode ser aumentado sem a necessidade de uma alteração

no estatuto da empresa, mas que não é colocado no Balanço Patrimonial.

As Reservas de Capital são utilizadas para aumentar o capital social das

empresas, como, por exemplo, o recebimento de doações.

As Reservas de Lucro são as contas de reservas formadas pela

apropriação de lucros da corporação destacam-se como reservas de lucro a

reserva legal, estatutária, para contingência, de incentivos fiscais, retenção de

lucros e a reserva de lucros a realizar.

Assim, após este breve e muito sucinto “passeio” pelos componentes

estruturais desta demonstração financeira, iremos, em seguida, identificar as

categoria de ativos contábeis existentes no Balanço Patrimonial da empresa

CBD – Grupo Pão de Açúcar, apontando as semelhanças entre elas.

3. Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar

O Balanço Patrimonial tem como alvo indicar a situação patrimonial da

empresa em um determinado período de tempo. Com este recurso é possível

mensurar o quanto de bens, direitos e obrigações a empresa possui, tornando

possível uma análise sobre a situação financeira e patrimonial do

empreendimento naquele exercício.

Deste modo, a seguir, a partir do Balanço Patrimonial da empresa CBD

– Grupo Pão de Açúcar, períodos de 2006 e 2007, identificaremos as

categorias de ativos contábeis apontando as semelhanças entre elas

O Grupo Pão de Açúcar que em sua razão social denomina-se

Companhia Brasileira de Distribuição, é uma empresa de capital aberto

controlada por Abílio Diniz e pelo Grupo Casino, de capital francês.

Assim sendo, a seguir apresentamos o Balanço Patrimonial da empresa

CBD – Grupo Pão de Açúcar para que possamos identificar as categorias de

ativos contábeis referentes aos períodos citados para posteriormente

procedermos com a análise das semelhanças.

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Cia. Brasileira de Distribuição 2007 2006

Balanço Patrimonial (Ativo) R$ milhares R$ milhares

Ativo Circulante

Disponibilidades 1.064.132 1.281.511

Clientes 1.816.362 1.621.592

Créditos Diversos 594.396 743.350

Estoques 1.534.242 1.231.963

Total do Ativo Circulante 5.009.132 4.878.416

Ativo Não Circulante

Ativo Realizável a Longo Prazo

Créditos Diversos 1.800.889 1.448.592

Créditos com Pessoas Ligadas 252.890 245.606

Total do Ativo Realizável a Longo Prazo 2.053.779 1.694.198

Ativo Permanente

Investimentos 110.987 79.557

Imobilizado 4.820.179 4.241.040

Intangível 674.852 630.945

Diferido 77.177 76.281

Total do Ativo Permanente 5.683.195 5.027.823

Total do Ativo Não Circulante 7.736.974 6.722.021

Ativo Total 12.746.106 11.600.437

Balanço patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar

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Cia. Brasileira de Distribuição 2007 2006

Balanço Patrimonial (Passivo + PL) R$ milhares R$ milhares

Passivo Circulante

Empréstimos, Financiamentos e Debêntures 1.466.910 1.286.082

Fornecedores 2.324.975 2.027.268

Impostos, Taxas e Contribuições 102.418 68.675

Dividendos a Pagar 50.084 20.312

Outros 408.327 421.572

Passivo Circulante 4.352.714 3.823.909

Passivo Não Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo

Empréstimos, Financiamentos e Debêntures 1.698.944 1.382.152

Provisão para Contingencias 1.216.189 1.137.627

Impostos Parcelados 250.837 261.101

Demais Contas a Pagar 77.612 25.105

Total do Passivo Exigível a Longo Prazo 3.243.582 2.805.985

Total do Passivo Não Circulante 3.243.582 2.805.985

Part. de Acionistas Não Controladores 137.818 128.416

Patrimônio Líquido

Capital Social Realizado 4.149.858 3.954.629

Reservas de Capital 517.331 517.331

Reservas de Lucro 344.803 370.167

Total do Patrimônio Líquido 5.011.992 4.842.127

Passivo Total + Patrimônio Líquido 12.746.106 11.600.437

Fonte: Balanço patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de Açúcar. Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br>. Acesso em: 01 abr. 2008.

Deste modo, analisando o Balanço Patrimonial em questão podemos

notar que estão presentes no Ativo Circulante de ambos os exercícios, 2006 e

2007, as seguintes contas: Disponibilidades, Clientes, Créditos Diversos e

Estoques. Sendo o total do Ativo Circulante no exercício do ano de 2006 de R$

4.878.416,00 e no exercício do ano de 2007 de R$ 5.009.132,00

Nesse Balanço Patrimonial visualizamos uma estrutura anterior a Lei nº

11.941/2009. Assim sendo, verificamos na composição do Ativo Não Circulante

a presença do antigo Ativo Permanente, eliminado pela referida lei, onde

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encontramos Investimentos, Imobilizado, Intangível e também o Diferido,

extinto pela mesma lei. Portanto, a soma total do Ativo Permanente no ano de

2006 foi de R$ 5.027.823,00 e R$ 5.683.195,00 no ano de 2007.

No Ativo Realizável a Longo Prazo estão inclusas as seguintes contas:

Créditos Diversos e Créditos com Pessoas Ligadas. Seus valores nos

exercícios de 2006 e 2007 totalizam R$ 1.694.198,00 e R$ 2.053.779,00

respectivamente.

O total do Ativo Não Circulante no exercício do ano 2006 foi de R$

6.722.021,00 e no exercício de 2007 foi de R$ 7.736.974,00.

Assim sendo, observa-se que no final do exercício de 2006 o Ativo total

foi de R$11.600.437,00 e, no fim de 2007 totalizou R$ 12.746.106,00

demonstrando que o Ativo evoluiu positivamente de um exercício para outro.

Deste modo, sendo o objetivo deste estudo determinar os ativos

circulantes e realizável à longo prazo (ativos não circulantes), prosseguiremos

verificando suas semelhanças e deixaremos o Passivo e o Patrimônio Líquido

para quem sabe, um estudo posterior.

Assim, o total do Ativo Circulante no exercício de 2007 obteve um

acréscimo de 2,6% em comparação ao exercício de 2006, com uma ampliação

no número de clientes e de estoques. Já os créditos diversos, referentes ao

Ativo Circulante, apresentaram um decréscimo de 20%, passando de R$

743.350,00, em 2006, para R$ 594.396,00 no exercício de 2007.

O Ativo Não-Circulante referente ao exercício de 2007 obteve um

aumento de 15% em comparação ao balanço do exercício de 2006, pois,

somente em investimentos, o Grupo obteve um aumento de 39,5% passando

de R$ 79.557,00 em 2006 para R$ 110.987,00 em 2007.

Portanto, observando o Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo

Pão de Açúcar, períodos de 2006 e 2007, verificamos, de um modo geral, um

bom desempenho dentro do período analisado, pois, obteve um acréscimo em

seus investimentos, no número de clientes e estoques. Seu Ativo se manteve

acima do Passivo, apresentando um saldo positivo ao final de cada exercício.

Conclusão Ao final deste estudo é chegado o momento de fazer um balanço dos

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elementos estudados e das conclusões extraídas. Assim, o objetivo deste

estudo era, a partir do Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo Pão de

Açúcar, períodos 2006 e 2007, determinar os ativos circulantes e realizável à

longo prazo (ativos não circulantes) da referida corporação apontando a

semelhança entre eles.

Para alcançar nossos objetivos primeiro definimos o Balanço Patrimonial

e as Ciências Contábeis. Em seguida, fizemos um breve e sucinto

reconhecimento do Balanço Patrimonial e sua estrutura para podermos

proceder com a apreciação do Balanço Patrimonial da empresa CBD – Grupo

Pão de Açúcar, determinando os ativos circulantes e realizável à longo prazo

(ativos não circulantes) da referida corporação apontando a semelhança entre

eles.

Assim, após os procedimentos de identificação dos ativos e analise das

semelhanças identificamos que, de um modo geral, a empresa obteve um bom

desempenho dentro do período analisado, pois, obteve um acréscimo em seus

investimentos, no número de clientes e estoques. E mantendo o seu Ativo

acima do Passivo, apresentou um saldo positivo ao final de cada exercício.

Referências bibliográficas

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<http://www.cvm.gov.br>. Acesso em: 01 abr. 2008.

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dezembro de 1976. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,

DF, 28 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.

Acesso em: 22 mai 2012, às 20h20.

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BRASIL3. Resolução CFC nº 1.121/2008. Aprova a NBC T1 – Estrutura

conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis.

Ata CFC nº 910, Brasília, DF, 28 de março de 2008.

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Contábeis de 2008. Ata CPC, Brasília, DF, 30 de janeiro de 2009.

BRASIL5. Lei nº 11.941/2009. Altera a legislação tributária federal relativa ao

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que especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto nº

70.235, de 6 de março de 1972, as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991,

8.213, de 24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 9.249, de 26 de

dezembro de 1995, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho

de 1997, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002,

10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.887, de 18

de junho de 2004, e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o Decreto-Lei nº

1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis nºs 8.981, de 20 de janeiro de

1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de dezembro de 2002,

10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732,

de 30 de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de

novembro de 1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de

setembro de 2006; prorroga a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de

1995; revoga dispositivos das Leis nºs 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e

8.620, de 5 de janeiro de 1993, do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de

1966, das Leis nºs 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de

novembro de 1998, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de

2000, e, a partir da instalação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais,

os Decretos nºs 83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2 de julho de

1984, e o art. 112 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005; e dá outras

providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28

de maio de 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 23

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Page 15: Balanço Patrimonial: Uma ferramenta estratégica para o contexto organizacional

mai 2012, às 22h02.

BRASIL6. Resolução CFC nº 1.049/2005. Altera a redação a NBC T3 –

Conceito, conteúdo, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis.

Ata CFC nº 878, Brasília, DF, 7 de outubro de 2005.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 1.159 de 4 de

março de 2009. Aprova o comunicado técnico CT 01 que aborda como os

ajustes das novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei nº

11.638/07 e MP nº 449/08 devem ser tratados. Disponível em:

<http://www.cfc.gov.br>. Acesso em: 23 mai 2012, às 22h35.

COSTA, Rodrigo S. Contabilidade para iniciantes em ciências contábeis e

cursos afins. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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