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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 487 Montalegre, 16.02.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Câmara de Montalegre entrega casas do Prédio Albino Fidalgo II a famílias carenciadas Medalhar a corrupção não honra o chefe de Estado O Dr Cavaco Silva despede-se da pior forma. E voltamos a questionar para que serve o staff da Presidência que custa milhões aos cofres do Estado. Afinal, os partidos políticos é que ditam o caminho a seguir e o Presidente Cavaco, bom aluno, faz. Um Presidente que nunca devia ter sido, que se vai e não deixa saudades P3 Política municipal vista de fora O Dr Manuel Ramos escreve nesta edição o tex- to subordinado ao título «Trambolhão da Feira Fu- meiro». É um retrato fiel do que se passou e, recal- cando a crítica, deve ser entendido como um aviso para se arrepiar caminho do modelo imposto sob o risco de se acabar com tudo. P5 CURRENTE CALAMO Sempre em defesa dos valores da nossa civili- zação, Manuel Verdelho também aponta às “mon- struosidades” da direita. P4 “Histórias de Vidas” A obra do Dr João Soares Tavares foi apresenta- da pela Dra Isabel Viçoso com um trabalho notável que fica para a posteridade. P9 O Drama do suicídio O pe Vitor Pereira aborda o problema do suicí- dio numa altura em que este tipo de morte violenta aumenta de forma preocupante. P11 Mais um escândalo que envergonha o concelho de Montalegre. A Câmara Municipal de Montalegre já delega competências nas Juntas de Freguesia do PORTO. É o que se pode ler nas Normas de Execução do Orçamento do Município de Montlegre: “No ano de 2016 a Câmara Municipal é autorizada a delegar nas «Juntas de Freguesia do Porto» competências em todos os domínios dos interesses próprios das populações das freguesias”. A Câmara de Montalegre, perante o disparate, será acusada de plágio, tudo devido às fragilidades dum executivo que, em vez de trabalhar em prol do concelho, passa o tempo a pavonear-se em frente dos “media”, a colher louros para fins exclusivamente políticos. O resultado das comezainas e de tanto foguetório dá nisto. Não pense o leitor que se trata de retaliação por causa da falta de apoio da Câmara para com o NB. Nada disso. É Bento Monteiro que descobre o plágio e dele faz a sua análise crítica. Ver na P5 Plágio na elaboração das Normas de Execução do Orçamento Municipal para 2016 P2 À esquerda, a Associação Empresarial do Planalto Barrosão agraciou personalidades que dsenvolveram trabalho notável em prol do concelho. O director do NB e ex-presidente da Câmara foi um dos distinguidos. Ver mais na P7

Barroso - aoutravoz.info · meiro». É um retrato fiel do que se passou e, recal- ... atribuir oito fogos por isso num futuro próximo haverá um novo concurso». ... há remédio

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Page 1: Barroso - aoutravoz.info · meiro». É um retrato fiel do que se passou e, recal- ... atribuir oito fogos por isso num futuro próximo haverá um novo concurso». ... há remédio

Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 487Montalegre, 16.02.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Câmara de Montalegre entrega casas do Prédio Albino Fidalgo II a famílias carenciadas

Medalhar a corrupção não honra o chefe de

Estado

O Dr Cavaco Silva despede-se da pior forma.

E voltamos a questionar para que serve o staff da

Presidência que custa milhões aos cofres do Estado.

Afinal, os partidos políticos é que ditam o caminho

a seguir e o Presidente Cavaco, bom aluno, faz. Um

Presidente que nunca devia ter sido, que se vai e

não deixa saudades

P3

Política municipal vista de fora

O Dr Manuel Ramos escreve nesta edição o tex-

to subordinado ao título «Trambolhão da Feira Fu-

meiro». É um retrato fiel do que se passou e, recal-

cando a crítica, deve ser entendido como um aviso

para se arrepiar caminho do modelo imposto sob o

risco de se acabar com tudo.

P5

CURRENTE CALAMO

Sempre em defesa dos valores da nossa civili-

zação, Manuel Verdelho também aponta às “mon-

struosidades” da direita.

P4

“Histórias de Vidas”

A obra do Dr João Soares Tavares foi apresenta-

da pela Dra Isabel Viçoso com um trabalho notável

que fica para a posteridade.

P9

O Drama do suicídio

O pe Vitor Pereira aborda o problema do suicí-

dio numa altura em que este tipo de morte violenta

aumenta de forma preocupante.

P11

Mais um escândalo que

envergonha o concelho de Montalegre.

A Câmara Municipal de Montalegre

já delega competências nas Juntas

de Freguesia do PORTO. É o que se

pode ler nas Normas de Execução

do Orçamento do Município de

Montlegre: “No ano de 2016 a

Câmara Municipal é autorizada a

delegar nas «Juntas de Freguesia do

Porto» competências em todos os

domínios dos interesses próprios das

populações das freguesias”.

A Câmara de Montalegre, perante

o disparate, será acusada de plágio,

tudo devido às fragilidades dum

executivo que, em vez de trabalhar

em prol do concelho, passa o tempo a

pavonear-se em frente dos “media”, a

colher louros para fins exclusivamente

políticos.

O resultado das comezainas e de

tanto foguetório dá nisto. Não pense

o leitor que se trata de retaliação por

causa da falta de apoio da Câmara

para com o NB. Nada disso. É Bento

Monteiro que descobre o plágio e dele

faz a sua análise crítica.

Ver na P5

Plágio na elaboração das Normas de Execução do Orçamento Municipal para 2016

P2

À esquerda, a Associação Empresarial do Planalto Barrosão agraciou personalidades que dsenvolveram trabalho notável em prol do concelho. O director do NB e ex-presidente da Câmara foi um dos distinguidos. Ver mais na P7

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16 de Fevereiro de 20162 BarrosoNoticias de

CUSTÓDIO JOSÉ ALVES AFONSO, de

58 anos, casado com Fernanda Afonso

Pereira, natural de Negrões e residente em

Alturas de Barroso, concelho de Boticas,

faleceu no dia 6 de Fevereiro num Lar de

Vila Pouca de Aguiar e foi enterrado no

cemitério das Alturas.

JOSÉ LUÍS PEREIRA ALVES, de 49 anos,

casado com Maria da Conceição Gomes

Freitas Alves, natural da freguesia da Chã e

residente em Gridgeport, Connericut, USA,

onde faleceu no dia 6 de Janeiro sendo

sepultado em Trumbull deste mesmo

Estado norte americano

MARIA LOPES BAÍA, de 90 anos, viúva

de António Alves Patrão, natural de Covelo

do Gerês e residente em S. Vitor, Braga

onde faleceu no dia 29 de Janeiro, sendo

sepultada em Covelo do Gerês.

ANTÓNIO CASTRO MOURA, de

57 anos, casado, natural de Sabuzedo,

freguesia de Mourilhe e residente nos

Estados Unidos, faleceu no dia 12 de

fevereiro num acidente rodoviário cerca de

Mourilhe.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

CORTEJO CELESTIAL

MOURILHEMorte na Ponte da Pedreira

António de Castro Moura, de 57 anos, faleceu no dia 12 do corrente mês de fevereiro. Segundo informações recolhidas no local, o António deslocava-se de Frades para Mourilhe no seu jeep, na tarde desse dia de muita chuva e ventos fortes, e ao tentar dar a curva ainda antes da ponte da pedreira, a viatura despistou-se, capotou e ficou voltada com as rodas para cima. António que seguia sozinho acabaria por falecer. Foi descoberto por dois vizinhos de Mourilhe que, tempos depois, passavam com as vacas e viram as grades da ponte, do lado de cima, danificadas. Ao verificar o que se tinha passado deram com o jeep capotado e o condutor já sem vida.

António era natural de Sabuzedo, freguesia de Mourilhe, casado, tinha dois filhos e residia na América. Veio a Portugal passar uns dias e cá encontrou a morte. O corpo deve ser hoje autopsiado no Hospital de Chaves a que se seguirá o funeral. Deixa os familiares e os vizinhos em estado de choque.

VILAR DE PERDIZES“Testamento do galo”

Inserido na celebração da quadra

carnavalesca, a Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes recuperou um dos símbolos culturais da aldeia: o “testamento do galo”. A sessão, com muita sátira pelo meio, foi realizada no Centro Social da freguesia.

A juventude da localiddae aderiu e os organizadores dentre os quais Umbelina Moura mostraram-se satisfeitos declarando à RM que se trata de «uma tradição muito antiga» e que «estava totalmente parada». E adiantou que o espectáculo «deu uma ideia daquilo que se fazia no passado e que «vamos continuar com esta tradição...todo o mal foi começar».

O testamento do Galo é uma crítica social feita com base nas diferentes partes do galo que são atribuidas a determinadas pessoas com tiradas de humor à mistura.

TOURÉMCarnaval

À semelhança de anos anteriores,

a população de Tourém, saiu à rua para celebrar o Carnaval. Foi um desfile marcado pelos

típicos “felipeiros” e pela crítica a momentos da vida social e política do país.

Com alguma chuva e frio à mistura, desfilaram pelas ruas da freguesia os tradicionais “felipeiros” que têm como caraterística comum o pano rendado na cara.

PAREDES DO RIO“Sábado Filhoeiro”

A Associação Social e Cultural de Paredes do Rio cumpriu a tradição ao celebrar o “Sábado Filhoeiro – Dia do Pastor, uma atividade onde as filhoses são as rainhas da ementa, muito

apreciadas pelos participantes. As filhoses são feitas de sangue do

porco e fritas na sertã por um grupo de mulheres da aldeia em saudável colaboração com opovo do lugar.

O jantar foi servido tendo como prato principal um assado d porco bísaro e doces de sobremesa tudo regado com

um bom vinho tinto. O jantar convívio juntou a

população local e vários outros amigos convidados pela Associação.

FAFIÃOPlantação de árvores no Gerês barrosão

Vai realizar-se no dia 20 de fevereiro

de 2016 pelas 9:30h a iniciativa consagrada à PLANTAÇÃO de árvores no Gerês, Fafião, que é subordinada ao lema «o futuro está nas nossas mãos».

A associação vezeira de Fafião apela à participação numa actividade que, este ano, conta com o apoio de Oporto Adventure Tours.

Os interessados podem inscrever-se através do facebook.

VILA POUCA DE AGUIARCâmara firma protocolo com incentivo à fixação de empresas

A Câmara Municipal e a Parmontes, gestora do Parque Empresarial de Vila Pouca de Aguiar, vão estabelecer um protocolo de cooperação com o intuito de incentivar a fixação de empresas na área empresarial localizada junto à Estrada Nacional (EN2), a sul da sede de concelho.

A autarquia vai apoiar a fixação de novas empresas no Parque Empresarial de Vila Pouca de Aguiar, através da comparticipação em 33% do valor da renda relativa ao primeiro ano de

Câmara de Montalegre entrega casas do Prédio Albino Fidalgo II a famílias carenciadas

A Câmara Municipal de Montalegre, em simples cerimónia realizada no Salão Nobre, entregou as chaves das habitações

do Prédio Albino Fidalgo II a 10 famílias carenciadas do concelho.Esta dádiva resulta dum investimento próximo de um milhão de euros, cuja verba saiu do legado de Albino Fidalgo,

benemérito barrosão que fez fortuna em Moçambique e que encarregou o Estado português de promover habitação para os pobres em Montalegre.

Refira-se que o Legado começou a ser disponibilizado pelo Estado pelo ano de 2005 e a Câmara deu início à construção tendo inaugurado, em Maio de 2007, o Prédio Albino Fidalgo I, sito no lugar do Castro, a sueste do Bairro das Casas do Fundo de Fomento da Habitação.

O prédio Albino Fidalgo II, construido no loteamento da Quinta do Cerrado, em terrenos adquiridos pela Câmara Municipal, é «constituído por três blocos, um com seis espaços tipo T3 e dois com seis espaços tipo T2, distribuídos por três pisos. Tem uma cave com uma arrecadação para cada apartamento. Os materiais utilizados estão um pouco acima do que é habitual nas habitações sociais até porque foram aplicadas as novas exigências no que diz respeito à eficiência energética», indicações fornecidas pelo técnico responsável da Câmara.

Segundo declarações de Fátima Fernandes, vereadora da educação, «estes comodatos têm a validade de cinco anos e esperamos que

durante esse período as pessoas possam mudar as suas condições de vida. Vão para uma casa nova com todas as condições.... Ficam a pagar uma taxa de ocupação muito baixa, o que lhes dá a oportunidade de mobilizarem os fracos recursos que têm para outras necessidades. Falta ainda atribuir oito fogos por isso num futuro próximo haverá um novo concurso».

Os dois Blocos construidos terão na totalidade custos aproximados a dois milhões de euros, verba, como acima se diz, retirada do Legado do benemérito de Montalegre, Albino Fidalgo.

atividade da empresa que se instale no parque de empresas. Por sua vez, a Parmontes procederá à redução do valor da renda em igual percentagem e durante o mesmo período.

Nesse sentido, uma empresa que se venha a fixar no Parque Empresarial de Vila Pouca de Aguiar pode usufruir de uma redução da renda em 66% durante o primeiro ano de atividade e integrar as campanhas de divulgação do espaço e iniciativas do Parque Empresarial, que contarão com a colaboração do Município.

No reconvertido espaço da antiga Tabopan, o Parque Empresarial de Vila Pouca de Aguiar – que dista em cerca de seis quilómetros dos nós das autoestradas A24 e da A7 – é gerido pela Parmontes (Sociedade de Promoção e Gestão de Parques Empresariais de Trás-os-Montes) tem atualmente dez empresas instaladas e infraestruturas aptas para receber cerca de meia centena de empresas.

BRAGACapital Ibero-Americana da Juventude

A cidade de Braga foi distinguida como a Capital Ibero-americana da Juventude em 2016. É a primeira vez que uma cidade europeia ostenta o título de Capital Ibero-Americana da Juventude.

Ao longo do ano irão realizar-se-ão inúmeras iniciativas dedicadas às temáticas ibero-americanas, consolidando o processo de desenvolvimento de políticas de juventude e a afirmação de vectores como a multiculturalidade, cidadania activa, emprego, inovação social ou empreendedorismo.

O lema que dá visibilidade ao programa ´Colorir o Futuro´ diz o suficiente para se acreditar que Braga terá um ano de criatividade, de novidade e de atração de gente jovem não só de Portugal e da Espanha como também dos paises sul-americanos.

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16 de Fevereiro de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Medalhar a corrupção não honra um Chefe de Estado

Dia 12 deste mês ficará na

história como dia invernoso,

futebol do melhor da época

e mais uma escorregadela do

mais alto magistrado da Nação.

Se calhasse no dia 13

diríamos que foram as bruxas

vindas da Galiza e arrastadas

pelo vento, a mando do

mediático Padre para os lados

de Lisboa. Mas foi na véspera

do dia 13. E por isso não

houve intervenção demoníaca.

Contra o mau tempo não

podemos barafustar porque

estamos no auge do inverno

e o remédio é aguentar. Mas

há remédio para acabar com

esta anarquia antidemocrática

que transforma a corrupção

em modelo de virtudes e cava

um fosso na sociedade que

trabalha e a sociedade esbanja,

que protege e endeusa uns e

espezinha outros.

Após uma semana quase

completa a impingir futebol a crentes e a descrentes, realizou-se nessa noite um dos jogos mais mediáticos da primeira liga: Benfica e Porto. Ao que disseram os diversos canais televisivos e mostraram as imagens selecionadas, esse jogo foi um hino à futebol. Até a equipa de arbitragem, desta vez, mereceu elogios. Dizem ter ganho a equipa que foi mais feliz. E aos nortenhos, agradou a vitória do Porto.

Quanto àquilo que, a meio dessa tarde, as televisões mostraram, a partir da Presidência da República, já pela sexta vez, em 2016, foi a exaltação daquilo que todos os políticos gostam de prometer, nas campanhas eleitorais, mas logo esquecem e, de imediato, aplaudem: a corrupção.

O país está irreconhecível no tocante à desonestidade. Os políticos mudam de convicções como o vento muda de direção. Aqueles quatro vocábulos que António Costa tanto alardeou na campanha eleitoral, ao proclamar: «Palavra dada, palavra honrada», foram logo descontextualizados e reduzidos a gargalhadas carnavalescas. Demonstrei-o numa das minhas últimas

crónicas.Todos os Chefes de Estado

que tivemos, por eleição, desde a revolução dos cravos, usaram e abusaram das medalhas honoríficas, que desde 1802, foram instituídas para distinguir o mérito excecional. Durante o Estado Novo essas distinções eram entregues no dia 10 de Junho que, erradamente, continua a celebrar-se nessa data, quando deveria ser em 24 de Junho, muito bem traduzida pela «Primeira de Tarde Portuguesa». O dia de um país não se assinala quando nasce ou morre um filho desse país, mas quando esse país se liberta, se emancipa ou se torna independente. Portugal nasceu naquela primeira tarde Portuguesa, em 24 de Junho de 1128, na Batalha de S. Mamede. O 10 de Junho passou a assinalar o dia da morte de Luís de Camões que foi um nome grande da cultura mundial. Mas homens grandes houve, felizmente, muitos, sobretudo anteriores a Camões. Recentemente ressuscitou-se o 1º de Dezembro, dia da restauração, alusivo a 1640. Na altura alertámos os deputados para a incongruência, quase direi, disparate, porque apenas

se restaura aquilo que já existe. Quando se fez a restauração Portugal já tinha nascido há 512 anos. Anda muita gente pelos areópagos da vida nacional que imita os papagaios: limitam-se a proferir o que lhes ensinam...

Volto às oito personalidades que o chefe de Estado condecorou em 12 do corrente, colocando ao pescoço de oito cidadãos, distinções que foram pura e simplesmente banalizadas. Entre os ex-ministros que entraram na galeria das celebridades, houve uma diferença abismal. Exemplifico com dois do PS: enquanto Rui Carlos Pereira, desde há muito deveria ter sido agraciado, Maria de Lurdes Rodrigues, nunca, por nunca, deveria receber tal galardão. Chegou a ser condenada a três anos e meio de prisão, por irregularidades graves. Fez figura com dinheiros públicos que recomendariam a exclusão dessa docente da vida ativa do Estado. Cavaco Silva, talvez para equilibrar o ato político, com Nuno Crato, cometeu essa afronta, mesmo a quem, como eu próprio sempre o defendi, até por ter nascido no mesmo ano, ter sido alferes no mesmo tempo e ter cumprido o serviço

militar no Ultramar, sacrifício a que outros fugirem, alegando ter o pé raso.

Já noutra altura condecorara autarcas que viram os orçamentos chumbados pelos órgãos fiscalizadores; e até condecorou o costureiro da primeira dama.

Ao pretender nivelar um político da sua área política, com outro da área opositora, errou.

Sete dos oito agraciados deste dia 12, terão ficado ofuscados pelo critério político. Foi um péssimo serviço à moral, um incentivo à prevaricação e mais um abuso das competências do cargo. Vulgarizou em dez anos, como fizera Mário Soares e Jorge Sampaio («o rei das medalhas») o simbolismo e mérito das insígnias. Nunca condecorou representantes do povo que o elegeu: operários têxteis, camponeses, pastores, gente simples. A solidariedade com a gente da minha terra – esse Povo que sempre o recebeu com hospitalidade e que lhe garantiu vitórias sucessiva- foi sempre ignorado pelos sucessivos Presidentes. De Cavaco esperava respeito, gratidão e apreço.

Estatuto editorial

O Notícias de Barroso é um periódico de informação regional e local com

particular realce sobre as terras de Barroso. Publica-se quinzenalmente em

Montalegre, no meio e no fim de cada mês.

Notícias de Barroso, como voz independente do povo de Barroso, é um jornal

aberto a todos sem excepção, objectivo, rigoroso e combativo na defesa dos

interesses da comunidade e dos valores da paz, da justiça, da solidariedade, do

ambiente, do património, das tradições e da caracterização da nossa terra.

Notícias de Barroso coloca o bem comum acima dos interesses particulares,

respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional bem

como a boa fé dos leitores.

Notícias de Barroso tem a sua sede na Rua Miguel Torga, 492, 5470-211Montalegre

e é seu director e proprietário José António Carvalho de Moura com a carteira

profissional de jornalista n.º 3196, editor Nuno Moura com a carteira profissional

de jornalista n.º 9106 e administradora a Dra Maria de Lurdes Afonso Fernandes.

Os contactos são ps telefs n.ºs 91 452 17 40 e 276 512 285 e fax 276 512 281,

email é [email protected].

Está registado no ICS sob o n.º 108495 e tem a sua execução gráfica a cargo da

empresa Diário do Minho, de Braga.

DIA DOS NAMORADOSDescrever tua beleza

Teu charme e teu esplendor

É feito com tal firmeza

Nos meus poemas de amor.

És tu a flor delicada

Que quem te vê da janela

Na Primavera doirada

A mais fina e a mais bela.

Sem ti o mundo é vazio

E fraco em conteúdo

O Verão fica mais frio

E à vida falta-lhe tudo.

Deixa-me, amor, que te veja

Como dádiva do céu

Que por Deus bendito seja

Quem por amor se prendeu.

José Rodrigues, Bridgeport CT USA

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16 de Fevereiro de 20164 BarrosoNoticias de

O melhor do mundo são as crianças

E depois distosó Jesus Cristo

que não consta que tivesse biblioteca

nem sabia nada de finanças.

Fernando Pessoa o genial poeta-profeta.

A geringonça que nos governa também não percebe nada de finanças. Mas disfarça com iniciativas “fracturantes”. Essa fúrias sentem-se sobretudo quando estamos lá fora e podemos ir recebendo os noticiários da crise que cá deixamos.

Anoitecia já nesta iluminada Florença, alma mater do Renascimento italiano. Abancamos no Perseus, típico restaurante da Etrúria Romana, ao faro dos seus petiscos tradicionais, desde o incomparável presunto de Parma até às azeitonas e tostinhas de azeite toscano. O salão estava decorado com temas mitológicos alusivos a esse herói grego. Nos dias anteriores

estivemos no A Raposa e as Uvas, titulo de uma das Fabulas de Ésopo. E no Jasão, nome de outro lendário aventureiro da Tessália helénica.

É assim a Florença do Renascimento que todos os dias se renova fervilhante de vida e cultura, património cultural da humanidade, virada ao futuro mas sempre no rigoroso respeito dos valores históricos e das tradições morais que estiveram na base do progresso espiritual da espécie humana. E Jasão e Perseu, essas épicas figuras endeusadas pelo génio criador dos Gregos, vêm-me aqui ao caso.

Jazão, o chefe dos argonautas, em busca do Velo de Ouro que conquistou com a cumplicidade da mágica princesa Medeia, para o efeito seduzida e que, por isso, depois dele se vingou ao sentir-se preterida em favor da bela e doce Glauce.

Perseu, o deus híbrido, filho de Zeus e da ninfa Dánea, decapitou Medusa, a principal das Górgonas, terríficos vultos de mulher com serpentes no lugar de

cabelos e cujo olhar petrificava os mortais que a enfrentavam; afrontou as Erínias, deusas da vingança (a que os romanos designavam por fúrias), e de caminho, libertou Andrómeda de um monstro marinho, e casou com ela indo ambos constelar o céu.

Enquanto nos servem, neste onírico e fabuloso amesendamento do Perseus espreitamos o que se passa no nosso Portugal também à beira mar plantado.

O que vemos e ouvimos quase nos horrorizou.

A geringonça estardalha no parlamento novos abortos de leis sobre a matança de inocentes nascituros e propõe novas torturas culturais e mentais para algumas das poucas crianças que vão nascendo, permitindo a sua adopção por parelhas do mesmo sexo.

Com os apertos económicos e administrativos que Portugal enfrenta, qual o interesse de mexer agora na já excessiva Lei do aborto? E qual a abrangência

e oportunidade de adoção de crianças que nasceram de pai e mãe, pela sáfara gente “gayteira”, “casada”, ou não?

Não se vê já pelo resultado de insucessos que esses “casamentos” vão tendo que não tem estatura moral para se ampararem a eles próprios e, por isso, muito menos podem proporcionar um sadio ambiente a uma criança.

Todavia vemos circunspectos e despeitados tartufos a reincidirem nos incentivos à “lavagem” legal das práticas abortivas e a conspurcarem o generoso instituto da adopção com uma aberrante solução contranatura. O desígnio que os move parece ser a extinção da humanidade através da sistemática esterilização relacional dos humanos. A continuar assim irão desaparecendo os Homens e as Mulheres em Portugal para ficarem só andrognoides.

Nesse objectivo tem a colaboração não menos obsessiva de algumas parlamentares cuja condição de mulher lhes deveria

incutir mais decoro.Mas são estas as mais furiosas,

especialmente quando investem contra a “direita”. Porque a direita ousa não querer isto e por causa disto é a ré de todos os crimes que nos atingem. Sinceramente não sei o que será e onde estará essa “monstruosidade” que designam por “direita”. E também não entendo o que será esse nebuloso e paradisíaco buraco negro que proclamam de esquerda.

Nos meus atávicos conceitos sempre entendi “direita” associado a coisa linear, a regula, regra! Anteposto a sinistro, torto e barafunda.

E quando, do seu fofo assento anfiteátrico, certos perfis “engraçadinhos” se levantam para falarem das monstruosidades da “direita”, transformam-se, não se sabe porquê, com semelhanças às figuras irínicas do tipo daquelas aludidas pelo semi-deus Perseu.

Manuel Verdelho, advogado

CURRENTE CALAMO

MAS AS CRIANÇAS, SENHOR!...

A Associação Empresarial do Planalto Barrosão (AEPB) realizou, no pavilhão multiusos de Montalegre, um workshop com o objetivo de dar a conhecer os programas de incentivos às empresas e ao empreendedorismo, no âmbito do programa “Portugal 2020”.

A sessão serviu, também, para render homenagem à autarquia como tributo pelas “bodas de prata” da Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso.

Explicar aos empresários do concelho os programas e

incentivos que estão disponíveis de acordo com o programa Portugal 2020, foi o objetivo deste workshop promovido pela Associação Empresarial do Planalto Barrosão (AEPB). Os escçarecimentos foram prestados por responsáveis do grupo Rurisocieta – Desenvolvimento Lda e da empresa Gestão de Topo – Economia e Gestão Lda.

Durante a sessão, Orlando Alves, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Montalegre,

recebeu uma homenagem que invocou os 25 anos da Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso. Em relação à iniciativa da jovem associação, o autarca referiu que resultou numa «série de ensinamentos importantes para quem está no terreno com vontade de aproveitar os fundos comunitários». Segundo o edil, haverá uma estreita colaboração entre a autarquia e a coletividade até porque «deram provas de quererem dinamizar o território e trouxeram exemplos de sucesso, nomeadamente da

vizinha Galiza». Orlando Alves lembrou ainda que é preciso «um espírito de entreajuda e solidariedade financeira entre os agentes económicos locais».

Na base deste workshop está «uma grande lacuna de informação no sentido da evolução e desenvolvimento das empresas» afirmou Nuno Justo, presidente da AEPB. No mesmo sentido, o responsável afirmou que para o bom funcionamento da entidade é necessária a «adesão dos interessados» e o maior desafio é a «mudança de

mentalidades».O actual Presidente da

Câmara e os presidentes cessantes, Carvalho de Moura e Fernando Rodrigues foram agraciados pela direcção bem como António Reguera Repiso, presidente da Federação Provincial do Comércio de Pontevedra – Espanha.

Fonte: cm-montalegre

(Ver reportagem fotográfica na última página)

AEPB promoveu workshop

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16 de Fevereiro de 2016 5BarrosoNoticias de

Começa assim o art.º 36.º das Normas de Execução do Orçamento do Município de Montalegre, devidamente assinadas pelos senhor Presidente da Câmara e respetivo Vereador – este assinou com rúbrica ilegível, razão pela qual não me foi possível identificá-lo – na

reunião extraordinária do executivo Municipal de 30 de outubro de 2015:

“No ano de 2016 a Câmara Municipal é autorizada a delegar nas *Juntas de Freguesia do Porto* competências em todos os domínios dos interesses próprios das populações das freguesias” (o sublinhado é nosso).

O quê? Agora a Câmara Municipal de Montalegre já delega competências nas *juntas de Freguesia do PORTO*? Não pode ser, pensei eu, até porque estas não estarão para nos aturar.

Bem: se calhar até é possível!

Vejamos: não se chegou a pensar doar 100 000€ para construir uma escola em Moçambique, quando as do concelho de Montalegre estão a cair aos bocados? Não foi possível construir uma ponte – a dita “obra das obras” – no meio do monte, que serve coisa nenhuma? Não foi possível “inaugurar” a rigor o monumento ao emigrante (julgo até que deu direito a merenda) quando este foi transladado da Corujeira para a praça situada entre a Caixa Geral de Depósitos e as ruínas do Serrado, depois de já ter tido direito a festa aquando da inauguração do mesmo monumento na Corujeira, alguns anos antes? Não foi possível colocar um Burro (e restantes adereços) no Largo do Souto, em Vilar de Perdizes, para que o anterior autarca pudesse mostrar obra, tendo retirado o Burro (e os restantes adereços) do Largo do Souto dias depois da visita Presidencial, sem que a réplica

do pobre bicho (erestantes adereços) aí

voltasse a ser colocada? Não foi possível construir uma piscina Municipal para a manter “permanentemente” fechada? Não foi possível comprar candeeiros do “melhor que há no mercado”, para pouquíssimo tempo depois

desligar as lâmpadas porque, pensamos nós, não haverá dinheiro para pagar a luz? Não foi possível a Junta de Freguesia de Montalegre atribuir o nome a um Parque de Laser, depois de a Câmara Municipal já lhe ter atribuído o nome de Parque dos Planetas, quando esta é uma competência da Câmara Municipal?

Bem-vistas as coisas, (por cá) tudo parece ser possível!

Mas porque fui eu

bisbilhotar as Normas de Execução do Orçamento? A razão é simples: ao ler a última edição do Notícias de Barroso, confrontei-me com as declarações do Diretor do Agrupamento de Escolas que, sem rodeios, desfere um ataque cirúrgico na Câmara Municipal de Montalegre ao afirmar que esta será um caso único na democracia Portuguesa, pois “perdeu, por

excesso de faltas, o mandato no Conselho Geral, local onde se define a vida do Agrupamento, ou seja, da Educação no nosso Concelho”. Acrescentando que tal facto foi comunicado *por escrito* ao senhor Presidente da Câmara de então, solicitando-lhe que indicasses os seus substitutos, mas que este “não o fez”!

Ora, pensava eu, que as relações institucionais estariam normalizadas, até porque, tinha lido em anteriores edições do Notícias de Barroso que, para 2016, a Câmara Municipal de Montalegre (CMM) previa gastar na “Promoção ao sucesso escolar” perto de um milhão de euros. Mas, como o “sucesso escolar” se combate com os “dois pés na escola” e

não “de costas voltadas para aescola” fui à página

eletrónica da CMM tentar descobrir como é que esta instituição pretendia concretizar tal milagre. Constatei, de imediato, através de uma “notícia” aí colocada no dia 7 de dezembro de 2015, que uma das “principais apostas” do executivo é a “Promoção ao sucesso escolar”, onde se prevê gastar 910 710€ e a “Promoção do Sucesso Educativo”, onde prevê gastar 910 000€.

Fiquei confuso: não será

o sucesso escolar e o Sucesso Educativo a mesma coisa? Talvez não seja, até porque uma aparece com letra minúscula e a outra com letra maiúscula. Fui então procurar o orçamento municipal!

Aí deparei-me com o relatório relativo aos Documentos Previsionais onde estão inseridas as Normas de Execução do Orçamento que atrás referimos. Analisado o documento, sem que nada fizesse crer que estaríamos na presença de um claro plágio, na página dezasseis constatamos que “no ano de 2016 a Câmara Municipal é autorizada a delegar nas *Juntas de Freguesia do Porto*

competências”. Ora, Montalegre dista cerca de 200 KM do Porto. Logo, perante tal alarvidade fui investigar.

Vai daí, entrei na página eletrónica da Câmara do Porto e verifiquei que as Normas de Execução do Orçamento do Município de Montalegre, relativas ao ano de 2016, parecem ser uma cópia fidedigna das Normas de Execução do Orçamento da Câmara do Porto, relativas ao ano de 2015, tal como pode ser confirmado em http://www.cm-porto.pt/assets/misc/img/Ficheiros/NEO_2015.pdf por

comparação com http://w w w. c m - m o n t a l e g r e . p t /showPG.php?Id=1634. Posto isto, é claro que alguém copiou e, quem o fez, não parece ser digno de exercer funções públicas.

Assim, dando de borla que o Presidente de uma Câmara Municipal “tem mais do que fazer” do que elaborar as Normas de Execução do Orçamento - embora não se livre da responsabilidade de, pelo menos, as ler – delegando por isso nos seus subordinados, alguém do Staff de Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto, ou do Staff de Orlando Alves, Presidente da Câmara

Municipal de Montalegre, pôs em causa o seu Presidente, o que é gravíssimo tendo, obrigatoriamente, de ser identificado e severamente responsabilizado, a não ser, claro está, que o responsável pelo eventual plágio seja o respetivo Presidente da Câmara que, nesse caso, deve tirar

todas as consequências políticas que daí advém.

Chegados aqui, e por muito que isso nos custe, parece-nos que não foi ninguém da CM Porto que terá feito tão descarada cópia pois, é no art.º 36.º das Normas de Execução do Orçamento do Município de Montalegre, plasmado na página 16, que aparece a autorização da Câmara de Montalegre a delegar nas Juntas de Freguesia do Porto e não o contrário.

Assim, para além dos naturais pedidos de desculpa que têm de ser enviados à Câmara Municipal do Porto, na pessoa do seu Presidente, a população de Montalegre tem de ser claramente esclarecida.

Por outro lado, e para que não falte nenhum pormenor, devem ser escrupulosamente comparadas as Normas de Execução do Orçamento do Município de Montalegre, relativas ao ano de 2016, com as Normas de Execução do Orçamento do Município do Porto, relativas ao ano de 2015, do primeiro ao último artigo, exigindo a quem fez tão reles cópia os naturais pedidos de desculpa públicas e acionados todos os mecanismos legais contra os seus responsáveis.

Ao Município de Montalegre exige-se, no mínimo, explicações sobre “a delegação de competências nas Juntas de Freguesia do Porto”.

Terminamos, destacando o facto de, nas “principais apostas”

do Município de Montalegre para 2016, para além das candidaturas - julgamos que a fundos comunitários - da Casa do Justino (Montalegre) e do Largo do Souto (Vilar de Perdizes), estarem previstos o investimento de 800 000€ na piscina e 692 000€ na iluminação pública. Todos estes

quatro tópicos merecem sercabalmente explicados. Os

três últimos, por tudo aquilo que já aqui foi referido. O primeiro, por nunca termos ouvido falar nele.

Quanto ao facto de os representantes da Câmara Municipal de Montalegre perderem, por excesso de faltas, a sua representação num órgão com a importância do Conselho Geral do único Agrupamento de Escolas do Concelho, sem que se proceda à respetiva substituição, para além dos naturais

esclarecimentos que devem ser dados à população através da Assembleia Municipal urge, no mínimo, que por deliberação deste órgão, sejam tomadas todas as medidas para que através dos órgãos judiciais, nomeadamente o Ministério Público, sejam apuradas responsabilidades.

Não deixa de ser curioso que, em matérias de educação, sejam delegadas na Vereadora apenas a gestão(?) dos “recursos humanos dos estabelecimentos de educação” e “assegurar, organizar e gerir os transportes escolares”.

Será que os 1 820 710€ previstos para a Promoção do sucesso escolar e Promoção do Sucesso Educativo são para pagar aos funcionários e o transporte dos alunos?

Assim vai a Educação no nosso Concelho de Montalegre!

Bento Monteiro

Plágio na elaboração das Normas de Execução do Orçamento Municipal para 2016?

“as Normas de Execução do Orçamento do Município

de Montalegre, relativasao ano de 2016, parecem

ser uma cópia fidedigna das Normas de Execução do

Orçamento da Câmara do Porto, relativas ao ano de

2015. Posto isto, é claro que alguém copiou e, quem o

fez, não parece ser digno de exercer funções públicas”

“devem ser escrupulosamente analisadas as

Normas de Execução do Orçamento do Município de

Montalegre, relativas ao ano de 2016, com as Normas

de Execução do Orçamento do Município do Porto,

relativas ao ano de 2015, do primeiro ao último artigo,

exigindo a quem fez tão reles cópia os naturais pedidos

de desculpa públicas e acionados todos os mecanismos

legais. Ao Município de Montalegre exige-se, no mínimo,

explicações sobre a delegação de competências nas

Juntas de Freguesia do Porto”

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16 de Fevereiro de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 66 – Escuro

Navegamos por entre a escuridão de uma existência que nos tolhe o sentido de

tudo o que vale a pena. Sofremos, em êxtase, com o brilho efémero e periclitante

de pirilampos que nos enfeitiçam com o espaçamento breve do seu voo errático,

tecendo linhas inconstantes que nos aprisionam a vista e encandeiam os sentidos,

numa bebedeira de falsa cor, onde impera uma estranha obscuridade vinda de

tempos futuros. Sentimos a ténue realidade e absorvemos a aspereza do seu toque

com o contacto da pele, já que a visão está toldada pelo breu que nos envolve.

O escuro que entra por todos os poros, levando o frio insuportável aos fundos

mais recônditos de uma alma cansada e que anseia somente por fechar os olhos

e deixar-se cair... Deixar que o escuro se esvaia na claridade com que o fim nos

abençoa. Abraçar o final de uma existência sem história, esperando que nos traga

aquele calor que a vida foi, sistematicamente, negando. Aspirar a ver mais além

da névoa que torna difícil a respiração, neste labirinto escuro, sujo e desprovido

de qualquer sentido. Resta-nos esperar pelo fim, pois se é única coisa que não tem

remédio, é, irremediavelmente, o remédio para todas as coisas.

João Nuno Gusmão

Medronho: Para o bem da sua saúde, consuma-o!

Propriedades descobertas no medronho pelo Departamento de Química (DQ)

da Universidade de Aveiro(UA) revelam a capacidade de evitar os radicais livres

responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e

de melhorar a saúde da pele e dos ossos.

A caracterização química detalhada do medronho realizada na UA “destaca

a presença de ácidos

gordos insaturados,

nomeadamente ómega

3 e 6, fitoesteróis

e triterpenóides”,

compostos com

importante atividade

biológica.

São razões suficientes

para que a equipa

de investigadores da

Universidade de Aveiro,

em colaboração com a Cooperativa Portuguesa de Medronho, queira ver o

medronho nacional, aproveitado quase exclusivamente para a produção de

aguardentes e licores, também fora das garrafas e consumido fresco ou incluído

noutros alimentos.

Para a História da 1ª República em Montalegre(Continuação do n.º anterior)

O Montalegrense de 16 de Abril de 1914 publica a seguinte notícia:

“Pela Câmara Municipal foi requerida uma acção cível em processo ordinário contra o dr. Victor Manuel Gonçalves Branco por ter, quando era presidente da mesma Câmara, usurpado um pedaço de terreno ao Município e bem assim algum material que ao mesmo município pertencia, aplicando-o na obra da casa que tem em construção na rua Alexandre Herculano.” (actual Rua Dr Vitor Branco).

Na presidência do dr. Victor, da Comissão Administrativa Municipal, fizeram-se mais as seguintes obras: a Rua da Botica , com início no Toural e término onde hoje se situa o prédio em que funciona ou funcionou a Residência dos Estudantes da Direcção Regional de Educação do Norte. Chama-se hoje Rua Victor Branco. Só no Estado Novo, na Câmara presidida pelo

Tenente Canedo é que esta rua foi ligada à Rua do Reigoso, recebeu piso conveniente e passeios para peões devidamente pavimentados e arborizados. Pode dizer-se que essa rua da Botica, ao tempo, só servia a casa do Dr. Victor; outra rua construída na mesma ocasião e com a mesma serventia, foi a Rua Nova, hoje Travessa Victor Branco; e por fim a Avenida que liga o Toural à Pipela. A Avenida, com pavimento de terra batida, era um lamaçal no inverno e origem de grande poeirada no Verão. Distinguia-se pelos fortes e belos muros que a limitavam e vedavam a propriedade do dr. Victor. Apesar disso foi útil por facilitar a ligação da vila à Portela e as aldeias situadas para a banda do Larouco.

Foi também na presidência da Câmara do Tenente Canedo que a Avenida foi objecto da primeira grande reparação, recebendo um pavimento de macadame e abertura de valetas. Depois, mais tarde, recebeu ela as obras definitivas.

No dia 30 de Abril são publicadas duas notícias de interesse para a vila.

Diz a primeira: - “Já se encontra nesta vila uma força de 6 soldados e um cabo da Guarda Republicana. Conquanto nós entendamos que para bem se desempenhar da sua espinhosa missão, necessário se torna que o seu efectivo seja aumentado atendendo à grande área deste concelho, já, contudo, bom serviço nos pode prestar aquela força.

Bem andou a Câmara Municipal em facilitar a sua vinda pois que prontamente resolveu adquirir os artigos de mobília que ainda lhe faltavam para o alojamento da força, sem o que esta não poderia prestar a este concelho os seus serviços há muito reclamados.”

A outra notícia informa que: - “Começam amanhã a vigorar as novas posturas e bom será que todos quantos têm obrigação de fiscalizar a sua

execução se resolvam a que elas sejam cumpridas, embora com suavidade no princípio.”

Estas posturas vieram revogar as que foram aprovadas e entraram em vigor na sessão de câmara de 11 de Abril de 1891.

Em 14 de Maio, O Crente de Barroso publica uma notícia que sobressaltou todo o concelho:

- “Segundo os Echos do Minho ontem chegados, o deputado Sr. Augusto José Vieira já apresentou no “congresso” o projecto da anexação de Salto ao concelho de Cabeceiras de Basto.”

Estava iniciada a «Questão de Salto» que se iria arrastar por mais de dois anos.

O relógio oficial que havia em Montalegre há muito que estava incapaz de desempenhar a sua função, com evidente prejuízo para o público. Por isso foi recebida com regozijo a

seguinte notícia: - “Celebrou-se no último

Domingo o contrato de cedência que o Ministério da Guerra fêz à câmara deste concelho da torre oriental do Castelo desta vila, para o fim de nela se estabelecer o relógio oficial.”

A notícia tinha a data de 21 de Maio de 1914, o relógio já tinha sido comprado pela última câmara monárquica, estava, portanto, armazenado há quatro anos à espera de poder desempenhar a sua função.

Apesar de estarem reunidas as condições necessárias para o relógio começar a marcar o tempo na torre que tomou o seu nome, Torre do Relógio, isso só veio a acontecer uns anos mais tarde, em Novembro de 1920, devido às guerras políticas, que o Sr. Arcipreste classificou assim no seu jornal: - “a política do faze tu, que eu desfaço.”

(Continua no ano de 1914)José Enes Gonçalves

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16 de Fevereiro de 2016 7BarrosoNoticias de

Decorreu no final de janeiro a XXV Feira do Fumeiro de Montalegre, talvez o mais importante evento da região. De entre as várias feiras lançadas pela Câmara (vitela, cabrito…) esta foi a única que singrou. Das outras já ninguém se lembra, nem ninguém quer assumir a paternidade, nem a Câmara fala delas. Com a do Fumeiro, cuja autoria é disputada pelo Padre Fontes e pelo presidente Orlando Alves, acontecerá o mesmo: cairão no esquecimento, e a avaliar pela hecatombe deste ano, acho que isso está para breve. De facto, uma coisa é o que prometeram que a feira iria ser e outra, muito diferente, o que na verdade ela foi. Entre uma coisa e outra há uma grande diferença. O ano de 2016 marca de forma indelével o início do fim deste modelo de evento.

Havia sinais claros de que a feira não seria o que foi no ano passado, matéria sobre a qual eu já tinha chamado a atenção em anterior artigo (novembro), tal como já no ano passado tinha previsto a decadência deste evento. As razões do “trambolhão” foram: (1) os estudos da OMS que provaram que os alimentos fumados provocam cancro; (2) o surgimento de botulismo em Trás-os-Montes que acabou por contaminar um pouco as restantes sub-regiões; (3) por ser um tipo de evento “poveiro”, de modelo estereotipado e nada atrativo para os jovens, ou seja, por ser feira; (4) mas sobretudo pelo facto de haver muitas feiras e por este tipo de evento se ter vulgarizado e até já provoca náuseas. Por todas estas razões e por outras que têm sido apontadas, eu acho que a feira entrará em agonia e acentuada degradação.

Outro sinal claro de que a feira iria dar um “trambolhão” veio do Porto: quando a Câmara quis fazer a feira na Alfandega, tendo gasto “uma pipa de massa”, não apareceu ninguém. No entanto, o seu Gabinete de Propaganda disse que foi “aposta ganha” e que “é para repetir”. A Câmara não gosta que lhe lembrem isso

(e de facto é traumático), mas devia dizer por transparência quanto foi o prejuízo. Julgo que o negócio em Montalegre não dá para cobrir o fiasco. Não apareceu ninguém, excepto para o jantar que lá foi servido e que todos pagámos, porque os citadinos não se revêem no modelo “popularucho” de uma feira, muito menos de fumeiro, que é um alimento pouco consumido na cidade. Não confundam uma feira de tecnologias com uma feira

de chouriças, sangueiras e farinhotas. Não tem nada a ver.

Apesar desses sinais desencorajadores, a câmara previu números astronómicos e daí o ridículo em que caiu: 100 mil visitantes (sobretudo da classe média-alta), 999 porcos, 70 toneladas de fumeiro, 3 milhões em receitas. Só que, entre aquilo que a CMM conjecturou que a feira seria e o que efetivamente a feira foi, vai uma grande distância. Dizem as pessoas que teve apenas 15% das pessoas previstas, dizem que as vendas também andaram pelos 15% do previsto, pois cada consumidor comprou muito pouca quantidade, e sobretudo sobrou muito fumeiro. Sobre as sobras, eu posso testemunhar que é verdade porque fui ver. Feito o balanço, entre o que se gastou nas duas feiras (Porto e Montalegre) e o que as pessoas receberam, e que é uma ínfima parte da população concelhia, temo que a feira tenha dado prejuízo. Daí a pergunta de um jornalista, de entre os vários a quem o Presidente pediu uma entrevista em troca de publicidade: “A feira tem

retorno?”. Um aspeto desagradável,

do qual já falei no ano passado (e ainda fui maltratado), pode ter graves consequências sobre as próximas edições: ficou provada a fraca qualidade de algum fumeiro que entra no recinto, sobretudo das alheiras, que foram asperamente censuradas. O “mentor” da Feira quis recuperar o antigo concurso da melhor chouriça e alheira. Para isso, trouxe apreciadores de Lisboa e

pagou-lhes o cachê (quanto teria sido?) e a apreciação dos avaliadores foi catastrófica: as alheiras estavam muito verdes e tinham pedaços grandes de pão. Conclusão: sem querer e sem esperar as consequências, Orlando Alves, o mentor da feira, pôs a nu as fraquezas do fumeiro de Montalegre. E ainda pagou para isso! As consequências desta imprudência só vão ser sentidas na próxima edição.

Daí o meu conselho: não tragam gente de fora para avaliar o fumeiro de Montalegre. Não exponham, por favor, os produtores a provas de avaliação do seu fumeiro. Depois dá nisto… Daí as palavras Abílio Carneiro ao NB: “Vejam o caso do fumeiro de Montalegre, ou se conhece bem o seu fabricante, ou então se enfiam bons barretes! Sendo os enchidos e os presuntos bem mais baratos e bem melhores, comprados na fábrica do fumeiro, em Ponte do Lima ou em Boticas!”. Daí a opinião técnica do Dr. Domingos Moura à Rádio Montalegre: “Se não fosse pelo impacto social, eu não teria deixado entrar no

recinto da feira entre 50 a 60% das alheiras”.

Acontece assim, porque este modelo de evento tem gente a entrar e gente a sair; uns que são experientes e outros que são novatos e não sabem fazer fumeiro; uns que são sérios e outros gananciosos; uns que vendem fumeiro seco e outros que o vendem verde, esperando, dessa forma, vender água pelo preço de alheira. “Good deal!”. Eu sei daquilo que falo. Eu sei de dois produtores que fizeram as alheiras na segunda para as venderem na quinta, com tempo de chuva e nevoeiro.

Importa por isso reformar a feira, pois não a queremos ver “cair aos bocados”, a meter dó de ano para ano, cada vez com menos pessoas, e toda a gente, à frente do mentor, a lamentar a situação e a rir-se dele nas suas costas. A grande angústia desta CMM é assistir impotente, de ano para ano, à decadência da feira e andar pelas vielas da Vila a lamentar-se do que ela já foi e no que se tornou. Em alternativa, importa que os produtores avancem para um modelo de tipo empresarial,

em que o produto mantenha a mesma propriedade, mas com controlo de qualidade, sem gente a entrar e a sair, sem venderem água por alheira e com preços concorrenciais.

Todavia, este modelo empresarial tem um inconveniente e julgo que não apraz à Câmara: não sendo de tipo feira, não haverá “show”, nem política-espetáculo, de que a Câmara muito gosta, com as desvairadas entrevistas nos jornais (e o conluio entre “media” e câmaras), vídeos, cartazes, comparência em todas as televisões, no aeroporto, expos, casas regionais, alfândega do Porto, “Xantar” de Ourense… Ou seja, a CMM não poderá contar com os produtores para a encenação de um “show” e serem, a troca de pouco, marionetes de um espetáculo degradante, por sair fora das habituais competências de uma câmara e conduzir ao empobrecimento do município. As feiras, pagas com dinheiro do povo, são hoje o “reality show” dos autarcas.

MANUEL RAMOS

POLÍTICA MUNICIPAL VISTA DE FORA

O Trambolhão da Feira do Fumeiro 2016

“Uma coisa é o que prometeram que a feira iria ser e outra, muito diferente, o que na verdade ela foi. Entre uma coisa e outra há uma grande diferença, há um grande “trambolhão”, tanto por culpas externas, como por culpa de alguns produtores e restauração. O ano de 2016 marca de forma indelével o início do fim deste modelo de evento que terá de ser reformado ou, melhor ainda, substituído por um modelo de tipo empresarial. As feiras, pagas com dinheiro do povo, têm de deixar de ser o “reality show” dos autarcas.”

SOLIDÃOPerde-se a memória e a ambição

Em lenta letargia permanente

Vegeta-se e a vida nem se sente

E cada vez se tem mais solidão

Arreda-se o amor do coração

Esvai-se o pensamento lentamente

Há lampejos que nos surgem de repente

Mas são, ao os olhar, só ilusão

Em novos abraçamos mundo inteiro

E é nosso o que vemos a olhar

Mas ao curvar o último outeiro

Chega a noite mas já sem o luar

Depois o dia envolto em nevoeiro

E já se vê Caronte a acenar

Ctms

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BarrosoNoticias de

8 16 de Fevereiro de 2016

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BarrosoNoticias de

916 de Fevereiro de 2016

No passado dia 30 de janeiro, assistiu-se, em nosso entender, à melhor sessão de apresentação de livros realizada até hoje na vila de Montalegre. A obra – Histórias de Vidas - aqui anunciada com a devida antecedência - levou até ao auditório do Ecomuseu o Dr Barroso da Fonte, a Dra Isabel Viçoso, além de Orlando Alves, presidente da Câmara, e a Dra Gorete Afonso, directora da Biblioteca Municipal, além do autor Dr João Soares Tavares.

Todos, como é normal, usaram da palavra para enaltecer o autor e sua obra que tem a chancela da Chiado Editora, mas o trabalho apresentado pela Dra Isabel Viçoso é caso raro de clarividência e estudo profundo sobre uma obra de grande alcance nacional e de interesse para a região.

Por isso, entende-se que valerá a pena a sua transcrição na íntegra.

Depois de ler esta obra que tanto interesse me despertou, nesta apresentação pública, em Montalegre, coração do meu querido Barroso, é com elevado apreço pelo autor que me proponho destacar algumas das parcelas historiográficas que ponderei dever relevar, entre um importante todo que este trabalho representa.

Considero que este livro divulga uma interessantíssima História escondida nos meandros da importante História dos Descobrimentos Portugueses; essa força de um pequeno território, mas grande povo que conquistou tantos novos mundos, nos quatro pontos cardeais.

João Soares Tavares é um novo descobridor da gesta das nossas gentes distribuídas pelo, então, Reino de Portugal. Gentes que eram povo anónimo, sem brasões nem títulos. Navegou o nosso autor pelo mundo, em

recheadas Bibliotecas, Museus e territórios, por grande parte do espaço geográfico onde a pegada de qualquer anónimo português se encontra referida ou registada…

E nesse extenso percurso investigativo, entre as histórias protagonizadas por navegadores famosos, descobriu estas, muito surpreendentes, da autoria de tantos portugueses anónimos que ficaram na sombra, apesar do seu contributo ter sido determinante para a descoberta de valiosos territórios.

Sagas cativantes que o autor descreve, capítulo a capítulo, em estilo literário de curtas frases, muito claro e linear. E cada um desses capítulos, é introduzido por um título que em si sintetiza a sinopse do enredo da história das vidas em questão. Como também, tais capítulos, embora independentes entre si, se mostram complementares e alinhados temporalmente, sugestivos para uma leitura sequencial ou então de alternativa consultiva.

Devorei-os todos e deles arrecadei frutuosos conhecimentos, lições de vida e admiração pelo povo simples, nosso antepassado. E que algumas delas com os meus amigos aqui presentes vou partilhar, desprendidas de alguns dos capítulos, já que o todo ultrapassaria o âmbito temporal desta apresentação pela sua riqueza em profundidade histórica e imagiológica …

Assim:Logo no primeiro capítulo,

intitulado “A sina de um pequeno povo”, fala-nos do envolvimento dos portugueses com a navegação ao longo dos tempos, desde que Portugal é Portugal, referenciando a 1143; nas lutas travadas contra as Invasões Árabes; nas viagens exploratórias ao Atlântico Norte e Mediterrâneo; nas primeiras

cartografias elaboradas por Pedro Nunes expoente dos matemáticos portugueses do século XVI, cosmógrafo-mor do Reino de Portugal, inventor do nónio para melhorar a precisão dos instrumentos náuticos… Todo este texto ilustrado com as melhores imagens da época.

O segundo capítulo “Um povo voltado para o Mar”, informa que até ao século XIII, as viagens náuticas tinham cariz mercantilista, sendo o avistamento casuístico de terra que abriu os novos apetites, da descoberta; no século XIV, uma parceria de navegadores luso-genoveses encontram as Canárias; a partir do Séc. XV, com a conquista de Ceuta, novas ambições e mundos se abrirão e interessante é a descrição da chegada à Madeira associada à lenda do topónimo Machico, evidenciando que os grandes amores fazem parte da vida do homem, mesmo entre mares encapelados e tempestades revoltosas… Os homens desses séculos viveram realmente voltados para o Mar, tirando proveito das suas potencialidades num período em que o desconhecido era preponderante.

Nos capítulos imediatos, o autor brinda-nos com a apresentação de uma sequência de navegadores portugueses que se lançam na conquista marítima do Ocidente, pré-Colombo, onde bem se destaca a persistência desses homens em ultrapassar fortes dificuldades e a fortuna da chegada à ilha Antília e aos Açores. E o bacalhau tão nosso… João Vaz Corte Real e depois seus filhos atingiram a Terra Nova, a Terra dos Bacalhaus! Interessante capítulo abrilhantado com apelativas imagens cartográficas e da mais recente homenagem a João Vaz Corte Real prestada na Igreja do Convento de S. Francisco em

Angra do Heroísmo.E depois quantos de nós

sabemos e conhecemos:- A épica viagem de Fernão

Teles?- A histórica viagem luso-

dinamarquesa, protocolada entre os reis, Afonso V de Portugal e Cristiano I da Dinamarca?

- As controvérsias entre D. João II e Colombo que tanto interferiram nos descobrimentos a Ocidente?

- O Ilustre Afonso Sanches, o lendário navegador de Cascais, homenageado na toponímia daquela vila?

- João Coelho e o descobrimento das Antilhas, representadas em mapas da época registando topónimos bem portugueses?

- A história da designação “Terra do Lavrador”, no Atlântico Norte?

- A Terra Florida, actual Flórida, com toponímica de rios, ínsuas, baías, registada em português, na cartografia da época do seu descobrimento?

- Um dos maiores logros da História que envolve Américo Vespúcio na sua ambiciosa saga?

Tudo isto nos dá a conhecer este ilustre autor. E, os quatro últimos capítulos, como corolário bem feliz, marcam:

- Montalegre – com a grande aventura de João Rodrigues Cabrilho – homenageada e memorizada na história e património da Costa Oeste das Américas …

- O valor da arte portuguesa com Quirio Catanho, pintor e escultor de um “Cristo Negro”, que na história da Guatemala é divulgado.

- O desejo ou ambição de “A febre do ouro, da prata, das especiarias” que moveu tantos navegadores que de todos os territórios procuravam Lisboa para obter um lugar na tripulação das caravelas que

partiam à procura de fabulosas riquezas.

- A colónia de Sacramento, o último reduto português do Rio da Prata que em 1827 passou a integrar a República Oriental do Uruguai.

Em síntese, a obra de João Soares Tavares demonstra de facto a força de um pequeno grande povo. Investigação extensa, entusiástica na pesquisa de informação sobre navegadores portugueses que, tão bem interlaçados, retratam o desenrolar de aventuras, artimanhas, cobiças, traições, espionagem, para que cada navegador fosse o primeiro a chegar, nessa grande epopeia onde Portugal atingiu o estrelato.

Só o grande fascínio deste investigador, com trabalho acumulado de longos anos de profunda actividade, de organização e sistematização de tanta informação recolhida, poderia resultar numa obra desta envergadura historiográfica tão bem ilustrada cartograficamente. Lê-se com entusiasmo e estuda-se com vontade de tudo assimilar para reter as grandes lições desses heróis que enfrentaram os encapelados mares, as tempestades, as doenças, os monstros do imenso desconhecido…

Interessantíssimas histórias que mais completam a brilhante História de Portugal, coadjuvada pela excelente documentação e bibliografia. Por tudo isso me congratulo em apresentar este trabalho, endereçando ao autor as minhas mais consideradas homenagens.

Montalegre, Auditório do ECOMUSEU, 30 de Novembro

de 2016, 21.30 horas

Maria Isabel Viçoso

Apresentação do Livro “Histórias de Vidas“ Histórias fascinantes que estavam adormecidas no olhar do mundo de João Soares Tavares

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16 de Fevereiro de 201610 BarrosoNoticias de

Instituto dos Registos e do Notariado

Conservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATO

Para efeitos de publicação certifico que, por escritura de 10 de Fevereiro de 2016, exarada a folhas 52 e seguintes do livro 983-A,

lavrada no Cartório Notarial de Montalegre a cargo da Lic. Maria Carla de Morais Barros Fernandes, GUILHERME AFONSO DA SILVA

e mulher ERMELINDA FIDALGO DA SILVA, casados em comunhão geral, ele natural da freguesia de Covelo do Gerês, deste concelho,

onde residem na Rua Central, n.º 23 e ela da freguesia de Paradela, do mesmo concelho, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na freguesia de Covelo do Gerês, concelho de Montalegre:

- Prédio RÚSTICO situado em JOANECO, composto de lameiro, com a área de mil e duzentos metros quadrados, a confrontar do

norte com Guilherme Afonso da Silva, sul com Natividade Ferreira Antunes, nascente com Maria Rodrigues Pinto e poente com ribeiro,

inscrito na respetiva matriz sob o artigo 373.

Que este prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na matriz em nome

do justificante marido.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil

novecentos e noventa e cinco, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal a Manuel Freitas Pereira, solteiro, maior, residente

no lugar de Pisões, freguesia de Viade de Baixo deste concelho, Maria Cidália Freitas Pereira Carvalho e marido Júlio César Carvalho,

residentes em Parede, Cascais e António da Silva Pereira e mulher Eufémia Maria Penela Pureza Pereira, residentes em Agualva, Cacém,

Sintra.

Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, apascentando o gado e cortando o feno, pagando todas as

contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer

interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa

fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso

do mesmo no registo predial.

Montalegre, 10 de fevereiro de 2016

A 1.º Ajudante,

(Ilegível)

Conta: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €

Registado sob o n.º 58

Notícias de Barroso, n.º 487, de 16 de fevereiro de 2016

EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO

Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada em doze de Fevereiro

de dois mil e dezasseis, no Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do

Brasil, Loja 17, cidade de Chaves, a cargo da Notária Maria Cristina dos Reis Santos,

exarada a folhas 66, do respectivo Livro 267-A, JOÃO PINTO DIAS, N.I.F. 145 882 764

e mulher, ALZIRA DE JESUS DOS SANTOS DIAS, N.I.F. 182 909 875, casados sob

o regime de comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Chã, concelho de

Montalegre, onde residem, no lugar de Peirezes, na Rua Principal, nº60, 5470-068

DECLARARAM: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do

prédio urbano, situado em Rua Central, lugar de Peirezes, freguesia de Chã, concelho de

Montalegre, composto de casa de morada, rés do chão e primeiro andar, com a superfície

coberta de vinte e cinco metros quadrados, a confrontar do norte e do poente com João

Pinto Dias, do sul com o caminho público e do nascente com a Rua Principal, não descrito

na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, inscrito na respectiva matriz predial,

em nome do anterior possuidor, José Silva Salvador, sob o artigo 137.

Que não têm qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhes o direito de

propriedade sobre o mencionado prédio, mas iniciaram a sua posse no ano de mil

novecentos e noventa e cinco, já no estado de casados, ano em que o adquiriram por

compra meramente verbal que dele fizeram a José Silva Salvador, solteiro, maior, residente

no mencionado lugar de Peirezes.

Que, desde aquela data, sempre têm usado e fruído o prédio, ocupando-o com

pertences do casal e nele guardando alguns dos seus pertences, efectuando a sua limpeza,

fazendo obras de conservação, fazendo essa exploração com a consciência de serem os

seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição

há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de

boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o mencionado prédio por

USUCAPIÃO que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo

predial.

Está conforme certidão do respectivo original.

Chaves, 12 de Fevereiro de 2016.

A Colaboradora (reg. nº 95/03 de 31/12/2012), Emília Ribeiro.

Notícias de Barroso, n.º 487, de 16 de Fevereiro de 2016

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BarrosoNoticias de

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16 de Fevereiro de 2016 11BarrosoNoticias de

Ninguém terá dúvidas em aceitar que vivemos num nível de civilização muito bom, ou, pelo menos, razoável. Ainda há muitos progressos a fazer, no campo dos direitos e dos deveres humanos (seria bom que se falasse dos dois ao mesmo tempo), da justiça social, da igualdade, do trabalho, da educação, da saúde, dos direitos individuais, das oportunidades, mas o que já se alcançou até agora é assinalável. Mesmo uma pessoa pobre pode viver com o mínimo de dignidade. Temos hoje ao nosso dispor uma oferta de bens, produtos e serviços que nenhuma outra sociedade teve. A conclusão é óbvia: temos uma sociedade que vive com altos índices de satisfação, realização e felicidade. Mas, não é bem assim.

Vários estudos e relatórios de entidades portuguesas, de inquestionável competência e seriedade, que não vou nomear, traçam um cenário mais núbio e complexo da sociedade portuguesa. Reparem nestes dados: o suicídio aumentou 16 % no ano de 2014, com maior incidência sobre as mulheres. Os homens continuam a ser a esmagadora maioria, com grande ocorrência nos idosos, mas está a subir nas mulheres jovens. Estudiosos afirmam que o número ainda será superior, o que nos faz integrar o grupo dos países com mais suicídios no mundo, apesar de sermos um país do sul da Europa, região onde se registam menos suicídios. A faixa etária onde se registou o maior aumento foi entre os 55 anos e os 64 anos. Um em cada cinco portugueses vive com sofrimento psicológico. 23 % sofrem de doenças mentais, sobretudo perturbações depressivas e ansiedade, a mais alta da Europa. Andar em psiquiatras tornou-se um hábito. Aumentou o consumo de antidepressivos e de tranquilizantes, assim como do álcool, sobretudo da parte das mulheres, dos idosos

e das pessoas com menos escolaridade. Concluímos, assim, pungentemente que uma boa parte do Portugal profundo vive com sofrimento psíquico e está envolta num turbilhão de tristeza, nervosismo, insatisfação e desespero.

São dados que não nos podem deixar indiferentes. Um bom número de portugueses não vive, mas sobrevive na angústia e com grande desconforto, sem esperança, sem alegria de viver,

sem um sentido, sem prazer e felicidade. Chega-se mesmo ao ponto de não ter qualquer razão para continuar a viver, sem qualquer amor por nada nem por ninguém. Relativamente às causas desta tempestade melancólica e depressiva, seremos lestos em

apontar o arrastamento da crise económica, as permanentes dificuldades económicas, o desemprego crónico, que estão a fazer regredir a qualidade de vida e a promover a decapitação de perspetivas e desafios para o futuro. É inegável que a crise económica tem um peso muito grande nesta desesperança. Mas seria redutor ficarmos só por aí. Há pessoas pobres que não perderam o entusiasmo e a alegria de viver. Há outras causas mais profundas.

A verdade é que muitas pessoas, hoje em dia, vivem num grande vazio existencial. Têm como grande objetivo de vida atingir um certo nível de bem-estar e gozar uma série de prazeres mundanos considerados sagrados para se

ser feliz. E deixou-se de pensar a vida para além disto. Quando a segurança material cai, fica-se perdido numa encruzilhada, sem saber que rumo dar à vida. Estamos a perceber assim que reduzir a vida ao bem-estar, ao materialismo e ao hedonismo (prazer e menor esforço) leva-nos para um beco sem saída e chegamos à penosa conclusão de que a vida está construída com alicerces de areia. Temos de abordar e pensar a vida de outra maneira, com horizontes mais largos e com outra profundidade, que o pensamento curto atual não tem. Decretou-se que a fé era anacrónica, que a religião era uma perda de tempo e um passatempo de beatos e beatas, o tema de Deus passou a suscitar a maiores objeções, deitou-se fora o saber e a sabedoria milenar de santos e santas e das tradições religiosas, excomungaram-se a doutrina e a moral religiosas, calou-se a consciência, desprezou-se a espiritualidade sã e a interioridade humana, a troco de quê? Nada ou quase nada. Lá diz o cântico: «não é fome de pão, não é sede de água, são razões de viver, o que nos falta».

O Drama do Suicídio

Pe Vítor Pereira

BOTICAS,Autarquia entregou 30 bolsas de estudo

Decorreu, na passada sexta-feira, dia 5 de fevereiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal, a entrega de 30 bolsas de estudo aos jovens do concelho que frequentam o ensino superior.

O Presidente da Câmaral, Fernando Queiroga, realçou a importância que este tipo de apoio tem no orçamento das famílias. “A entrega destas bolsas são importantes para aliviar os encargos que os pais têm com os seus filhos. É importante incentivar os jovens a estudar e se os pudermos ajudar ainda melhor”, disse o autarca.

O valor total da bolsa atribuída a cada um dos estudantes é de 1000 euros por ano letivo.

No Carnaval os Foliões ainda desfilaram pelas ruas da vila

Foi num ambiente de muita animação e alegria que decorreu, no domingo, dia 7 de fevereiro, mais um Carnaval em Boticas. As centenas de

figurantes, acompanhados por carros alegóricos alusivos aos mais diversos temas, desfilaram e animaram as ruas da vila que se encheram de gente para

assistir ao corso carnavalesco.Apesar do frio e da chuva

que ameaçava cair a qualquer momento, os participantes “aqueceram” e alegraram, com as suas coreografias e trajes coloridos, todos aqueles que se deslocaram até Boticas para ver o cortejo.

A iniciativa foi organizada pela Junta de Freguesia de Boticas e contou com o apoio da Câmara Municipal.

O desfile de terça-feira de carnaval foi cancelado, devido às condições atmosféricas adversas, mas os botiquenses não perderam o espírito carnavalesco e reuniram-se na sede da Junta de Freguesia de Boticas para participar no habitual lanche convívio e matiné dançante, organizado por esta entidade.

Os grupos, que por motivos de força maior não puderam participar no cortejo do passado domingo, como foi o caso da Junta de Freguesia de Alturas do Barroso e Cerdedo, também se juntaram à festa animando todos aqueles que participaram na iniciativa.

Bombeiros de Zermatt ofereceram equipamento à Corporação botiquense

A Corporação dos Bombeiros de Zermatt, no Cantão de Wallis, na Suíça, ofereceu equipamento de proteção individual de combate a incêndios aos Bombeiros Voluntários de Boticas.

Foram doados à corporação 130 cintos largos, 8 cintos em cabedal, 21 fatos - macaco, 11 capacetes Gallet, 16 calças, 43 casacos, 10 pares de luvas de borracha e 18 pares de luvas. Todo o equipamento é composto por Nomex, uma fibra resistente ao fogo e a altas temperaturas, que permite uma maior proteção térmica.

O donativo só foi possível graças ao pedido de um botiquense e bombeiro do quadro de reserva emigrado em Zermatt, Filipe Silva, que expôs

ao comandante da corporação

local da Suiça que também

integra, Axel Schmidt e ao

chefe da divisão de material

e fardamento, Edgar Walter, o

problema da falta de material que afeta muitas corporações de bombeiros portuguesas.

Após a apreciação do pedido de Filipe Silva, os responsáveis dos Bombeiros de Zermatt decidiram oferecer aos soldados da paz botiquenses algum equipamento que já não era utilizado e que ainda estava em bom estado de conservação.

O material doado já se encontra no quartel e pode ser utilizado pelos bombeiros.

Temos hoje ao nosso dispor uma oferta de bens, produtos

e serviços que nenhuma outra sociedade teve. A conclusão é

óbvia: temos uma sociedade que vive com altos índices de

satisfação, realização e felicidade. Mas, não é bem assim

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16 de Fevereiro de 201612 BarrosoNoticias de

A nossa terra está, de forma gradual, a ganhar ritmo e consistência para readquirir o estatuto que temporariamente perdeu fruto do ostracismo que mentalidades “vilãs”, por revanchismo político tomaram em relação a esta terra que tem pessoas de coluna vertical que não se vergam, seja a que tipos de verdugos proliferem na arena política concelhia.

Os agentes políticos das outras vilas concelhias que têm sido os protagonistas da política concelhia têm desgovernado as gentes barrosãs em geral e esta terra em particular, com a qual mantêm, desde longa data, um “qui pro quo”; com Os Vilapontenses, em geral e com os homens e mulheres de letras do nosso torrão natal, fruto da mesquinhez intelectual e humana que aqueles demonstram, por razões políticas, desportivas e sociais que a natureza genérica deste articulado não permite escalpelizar, aqui e agora.

Mas retomemos, a razão deste texto, que é dar os parabéns a quem de forma

profissional e empenhada deu corpo à organização da festa estival de Vila da Ponte, de 5 e 6 de agosto do ano passado.

A Festa da Vila da Ponte, teve uma dupla comemoração, a saber:

1) A festividade d´Os emigrantes, que são o principal suporte corporal e material deste evento desportivo e

2) A comemoração da padroeira da terra, cujo orago é Santa Maria Madalena, que dá um cariz de religiosidade ao mesmo. Sendo de salientar

neste, a coreografia e sentimento de fé, espelhado na existência de seis(6) andores que integraram a procissão realizada pelo coração da aldeia, que constituíram um momento raro de fé. Talvez não tenha sido casualidade que o padre, Pedro Rei, tenha referenciado na homilia, a Senhora das Neves que se comemora dia cinco de agosto

e é reflexo da caída de neve no monte Esquino, para salientar a forma de um casal romano que era detentor de fortuna, gastar ou aplicar a mesma e no final

das suas vidas não sabia a quem deixar os seus bens. (Permitam e desculpem uma referência meramente pessoal, que um arrebatamento de consciência não me permite ocultar, pois é e talvez, não por acaso; a minha madrinha de batismo).

Em termos de evento, foi bem concebido e serviu de marketing e publicidade para dar visibilidade à nossa terra e projetar a mesma, quer no panorama concelhio e nacional, quer na diáspora dispersa pelos cinco cantos do mundo, servindo-me de referência a estrela de David.

Em termos globais, a Festa esteve excelente, mas creio que pode adquirir outra dimensão com um evento desportivo, entre as “velhas guardas” da terra, - os conquistadores de Torneios de Futebol de Salão, organizados pela Câmara Municipal de Montalegre - e os novos elementos, onde surgem novas coqueluches futebolísticas que com alguns ajustes táticos podem transformar-se em bons jogadores e dar continuidade

à geração de oiro dos anos

setenta e oitenta do século

passado. E acrescer aquilo que

constitui o desporto favorito

dos barrosões, uma chega de

bois de raça barrosã, entre

bovinos oriundos de casas

agrárias que felizmente existem

na nossa terra.

Como reflexão final,

apresentamos os parabéns aos

organizadores e mentores deste

evento e agradecemos a ordem

e participação dos forasteiros

que com a sua presença deram

grandeza e graciosidade à nossa

terra e à festa que também foi

de todos eles.

Talvez fosse justo

salientar alguns nomes que se

empenharam na organização,

mas creio que eles me

perdoarão por eu salientar

apenas o coletivo, ou seja, a

terra e as gentes de Vila da

Ponte.

Como porta-voz, d`Os

Vilapontenses, com amizade e

gratidão,

Lourenço Afonso

Festa da Vila da Ponte

Ponte Medieval – Símbolo e ex-libris da freguesia

Senhora das Candeias celebrada em Salto

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16 de Fevereiro de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Carnaval 2016 no Brasil

Domingos Dias

Em plena terça-feira de carnaval, escrevendo um artigo para o Noticias de Barroso, claro que o tema não podia ser outro.

É incrível como de repente um povo tão massacrado por toda a sorte de mazelas é capaz

de transformar uma nação sofrida em um conto de fadas . Como isto se explica?

A alma brasileira, a essência vital deste povo retém a possibilidade do Brasil vir a ser

uma grande nação. Um país com dimensões continentais, um solo fértil, no mínimo duas safras por ano de alimentos essenciais para alimentar este povo e exportar o excedente.

Um país de rara beleza, rico por natureza, iluminado por um sol generoso, regado por chuvas tropicais. Só não deu certo ainda por causa da má administração.

Quando o governo se afasta e entrega a pasta para o Rei Mono, um povo em paz, mostra do que é capaz. Aí estão as escolas de samba a mostrar porque este país não deu certo ainda. A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a primeira a trazer para a Avenida

Marquês de Sapucaí as mazelas que massacram esta nação. Dom Quixote de La Mancha chega ao Brasil com seu exército pronto para derrubar moinhos de vento, mas logo percebe que os moinhos

de vento, as batalhas imaginárias, aqui ganham forma.

Os moinhos de vento se transformam nas torres da Petrobrás, de onde saem cinco engravatados, sem cabeça, com suas pastas abarrotadas de dinheiro da corrupção. Quatro homens e uma mulher, isto para dizer que corrupção não tem gênero.

Vestidos de preto, para ficarem mais invisíveis ainda, o vermelho é o sangue. “Há muito sangue na nossa política” disse um dos coreógrafos.

A referência à corrupção se fez presente nos demais carros alegóricos. Destaque para o dos ratos, um dos maiores. Moscas e malas de dólares . Uma escola que deu um recado bem dado seguido por outras que no meio dos enredos ia colocando a corrupção que grassa pelo Brasil inteiro, que corrói a nação.

E a folia carnavalesca continuou pelo Brasil afora onde sempre esteve presente este flagelo a impedir o progresso de uma nação tão próspera, onde não se explica a fome, a miséria, a vida sem esperança.

Só a má administração, tanto neste quanto nos governos que o precederam, pode justificar um caos tamanho.

Entre os bonecos que animaram o carnaval de Olinda, o destaque parece ter sido para o Juiz Aldo Moro, o homem hoje à frente do combate à corrupção,

e do Japonês Newton Ishii, o Japonês da polícia Federal, famoso por aparecer na prisão de

políticos de grande porte.As homenagens do carnaval

em geral se centraram nas belezas da natureza, na alegria deste povo que não perde a esperança

em dias melhores, e nos santos ali invocados para chegarem com seu poder sobrenatural, e

luz bastante para iluminar este povo que precisa abrir caminhos que apontem para avanços econômicos, políticos, sociais e especialmente culturais.

Dos Estados Unidos

Eleições Presidenciais nos Estados Unidos

Atualmente estão a decorrer as eleições primárias para presidente dos Estados Unidos da América do Norte. Tiveram inicio há um ano e vão terminar em Julho do ano corrente. É um processo demasiado longo e muito dispendioso. Estas eleições são disputadas dentro dos dois partidos principais, democrático e republicano, nos 50 estados americanos.

O partido democrático começou com cinco candidatos,

mas três já desistiram. Continuam a concorrer Hillary Clinton, ex-ministra dos negócios estrangeiros, ex-senadora dos EUA pelo estado de Nova Iorque, e esposa do ex-presidente Bill Clinton e Bernie Sanders, atual senador dos EUA pelo estado de Vermont, com ideologia socialista, promete seguro de saúde nacional gratuito e propinas universitárias gratuitas e ainda aumentar o salário minimo para 15 dólares por hora.

O partido republicano começou com 17 candidatos, tendo 11 desistido. Seis continuam na corrida à Casa Branca: Donald Trump, empresário multimilionário de Nova Iorque, Ted Cruz, senador dos EUA pelo estado de Texas, Marco Rubio, senador dos EUA pelo estado da Florida, John Kasich, governador do estado de Ohio, Jeb Bush, ex-governador do estado da Florida e irmão do

ex-presidente George W. Bush e Ben Carson, ex-cirurgião.

Tem havido alguns debates televisivos entre os candidatos

de cada partido. O republicano Donald Trump tem ganho a maoiria dos debates e também a maioria dos votos, embora com alguma falta de educação e pouco respeito pelos seus adversários. Tem a vantagem de financiar a sua própria camapanha e de acusar

os opositores de se deixarem influenciar pelas grandes ofertas monetárias de empresas ricas. Donald Trump promete expulsar

os imigrantes ilegais, construir um muro na fronteira com o México, corrigir as leis dos negócios internacionais, principalmente para que as fábricas americanas voltem para os Estados Unidos, etc.

Os candidatos democratas

têm sido bastante equilibrados nos debates e nos votos. Bernie Sanders acusa Hillary Clinton de estar ligada às grandes empresas de finanças, as quais têm contribuido com grandes quantias de dinheiro para a campanha politica dela. Por outro lado, Hillary Clinton acusa Bernie Sanders de prometer muito sem saber se vai ser possivel concretizar o que promete, e de ser obrigado a aumentar os impostos aos contribuintes. A campanha de Bernie Sanders tem sido financiada básicamente com ofertas do povo, sendo a média de 27 dólares por pessoa.

No próximo mês de Julho, realizar-se-ão as convenções de cada partido, onde será escolhido o candidato que vai representar os republicanos e os democratas nas eleições finais que serão realizadas em Novembro deste ano, para escolher o próximo presidente dos Estados Unidos.

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16 de Fevereiro de 201614 BarrosoNoticias de

1

Nome do Centro de Emprego Nome da Profissão Nº Oferta

EMPREGADO/A DE MESA 588637728 CONTRATO 3 MESES RENOVÁVEL VILA POUCA DE AGUIAR

588637741 CONTRATO SEM TERMO VALPAÇOS

AGRICULTOR 588640714 VALPAÇOS

AJUDANTE DE MECÂNICO 588646918 CONTRATO 6 MESES CHAVES

588632079 CONTRATO 6 MESES CHAVES

SERRALHEIRO MECÂNICO 588635915 CONTRATO 6 MESES RENOVÁVEL CHAVES

SOLDADOR 588635903 CONTRATO 6 MESES RENOVÁVEL CHAVES

PEDREIRO 588644596 CONTRATO 6 MESES CHAVES

COZINEIRO/A 588645568 CONTRATO 6 MESES CHAVES

CABELEIREIRO/A 588643306 CONTRATO 6 MESES CHAVES

CABELEIREIRO/A 588626096 CONTRATO 6 MESES CHAVES

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.

Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de

emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua

disponibilização e a sua publicação.

Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e

Informações Complementares

Nome da Freguesia/Concelho a que respeita

o Posto Trabalho a ser preenchido

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO ALTO TÂMEGA

Serviço de Emprego de Chaves Morada: Rua Bispo Idácio, 50-54

5400-303 ChavesTelefone: 27 634 03 30

Fax: 27 634 03 38Email: [email protected]

ELECTRICISTA (INSTALAÇÕES ITED E ALARMES DE INTRUSÃO)

CONTRATO DE 6 MESES - DEVE POSSUIR CARTA DE CONDUÇÃO TRATOR

OPERADOR DE MÁQUINAS PARA TRABALHAR PEDRA

ANEDOTAS & CHISTES

Os enredos e as personagens

são ficcionados. Os episódios

são todos reais.

(Extrato do livro: “Angola

Noutros Tempos – por

terras do Golungo e de

Ambaquistas”

FILOSOFANDO

Nos dias de semana as

conversas iniciavam-se ao cair

da tarde. Os homens iam até

aos Bares para se refrescarem

com uma bebida e “cortarem

na casaca” dos ausentes. Por

esta razão, o melhor era estar

presente. Era nesse ambiente

descontraído que surgiam as

melhores anedotas.

Um dia, no Bar Traineira,

o Sr Zé Baldaia fazia uma

dissertação filosófica sobre um

determinado tema e terminou

com um certo ar enfático: «Quem disse isto foi Vitórugo!». Um jovem estudante que estava no grupo tocou-lhe ao de leve no braço e quase sussurrando disse: «Sr. Baldaia, não é Vitórugo, é Vitor Hugo!». O Sr Baldaia, com o semblante um pouco carregado, olhou para o jovem e retorquiu: «Oh rapaz, Vitor Hugo qualquer burro diz! Por isso eu digo Vitórugo».

A CAÇA

Três amigos combinaram fazer uma caçada noturna. No dia seguinte no Bar Traineira, o Vasconcelos perguntou ao Damião: «Então, caçaram alguma coisa?» «Claro que caçamos!» «Ai é? Então conta lá.» «É pá, íamos na picada lá para os lados de Cambondo quando o tipo do farolim bateu na cobertura da cabine.» «O que há agora?» «É pá,

não vês aqueles olhos lá em cima?» «Olhei, vi dois olhos, apontei, disparei e pumba...» Nesse preciso momento, o Vasconcelos, folgazão como era, abriu os braços e exclamou: «Enfim, uma avioneta!». Este acontecimento deu origem a uma moda: quando alguém exagerava na descrição dos fatos surgia, de imediato, o comentário - “enfim uma avioneta”.

O KING

Sempre que podiam, quatro parceiros jogavam o King numa mesa do Bar Equatorial. Naquele dia, já o serão ia muito avançado, o Sr. Zé Baldaia que tinha mau génio quando perdia a jogar às cartas, o que tinha acabado de acontecer, deu um forte murro na mesa e bramou: «Malditas cartas!». Todos os copos, já vazios e eram muitos,

caíram ao chão exceto um que ficou a rodar, a rodar sobre a sua base aguentando-se em cima da mesa. Quando parou completamente, o Sr. Baldaia clamou: «Filho da puta, também não vai ficar aqui!» E com uma palmada forte, atirou com ele ao chão estilhaçando-se totalmente. Risada geral. Eis que se aproxima a Dona Lisa, proprietária do Bar e diz:

«Amigo Baldaia, você iria pagar todos os copos mas como me fez rir, e a todos os outros também, não vai pagar nenhum».

Não teria sido essa a intenção, mas após este comentário nova gargalhada geral ecoou na sala.

O FLATO

O Telmo descia a rua principal acompanhado pelo seu amigo Jesualdo. Em sentido

contrário vinham duas bonitas

jovens em idade casadoira.

O Telmo, que tinha uma

característica peculiar, colocou

a mão direita na parte inferior

do abdômen (baixo ventre) do

lado esquerdo pressionou e

saíram, três flatos ritmados e

sonoros, no momento exato

em que se cruzavam com as

moças dizendo: «Oh Jesualdo,

não tens vergonha?! Logo à

frente destas meninas?». As

moças riram mas, uma delas

não deixou de comentar com

um certo ar critico: «Mal-

educado! Não tem pudor

nenhum!». O Jesualdo que ia

mudo comentou, um pouco

embaraçado: «Esses peidos não

foram meus, foi ele quem os

deu!»

Zemba, fevereiro de 2016

Arthur do Larouco

Pamplona.jeronimo@

gmail.com

De Angola p’ró Notícias de Barroso

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16 de Fevereiro de 2016 15BarrosoNoticias de

FUTEBOL

Campeonato Distrital da A.F. de Vila Real

16.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, de Montalegre, Dia 31.01.2016

MONTALEGRE 3 VILAR DE PERDIZES 1

As equipas:MONTALEGRE: Vieira;

Marcos, Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes; Vargas (Igor 76), Gabi (Tiago Santos 84), Zé Victor, Çleonel Costa, Renteria (Tiago Alves 66) e Zack.

Treinador: Zé Manuel ViageVILAR DE PERDIZES:

Bruno Martins; Rafa (Miguel Pintado 31), Tunes (Jorge 53), Vasques, Abreu, Michael Martins, Nacho, João Teixeira e Jonas; Bruno Madeira e Edu Paiva.

Treinador: CalinaGolos: Gabi, Renteria – 2;

Edu Paiva

Vitória não merece contestação. Montalegre foi superior em todos os capítulos do jogo.

Bruno Martins, o guarda-redes do Vilar, começou o jogo com uma grande intervenção. Ele terá sido o melhor do Vilar pese embora os três golos sofridos. Gabi abre o marcador com um golo de se tirar o chapéu. Foi mesmo um chapéu o que fez o jogador natural de Chaves ao guarda-redes adversário que saiu da baliza sem êxito… Depois de um lance de insistência o Montalegre chega ao 2-0 pelo colombiano Renteria.

Logo no início da etapa complementar, Renteria faz o 3-0 depois de uma grande jogada desenhada por Gabi e Vargas. O Vilar acusa o golo mas Jonas com um cruzamento milimétrico para Edu pões este à boca da baliza que não consegue marcar. Três minutos depois, aos 78 minutos, Edu faz mesmo o golo de honra da turma Vilarense, depois de cruzamento de Nacho.

Triunfo justo do Montalegre. Esperava-se um pouco mais do Vilar de Perdizes que está a

fazer um bom campeonato. Gabi foi o melhor em

campo, está em todos os golos do Montalegre e marcou um golo monumental…!

O Montalegre continua sem perder pontos está mais leader, já pode encomendar as faixas de campeão.

Arbitragem positiva em termos técnicos, menos bem no capitulo disciplinar.

17.ª Jornada, no Estádio Da Cruz, de Valpaços, Dia 07.02.2016

Valpaços 0 MONTALEGRE 4

As equipas:MONTALEGRE: Vieira;

Marcos, Asprilla, Zé Luís e Leonel Fernandes; Vargas (Zack 67), Zé Victor (Clayton 78), Renteria, Gabi, Badará (Roberto 80) e Tiago Gomes.

Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Tiago Gomes – 2 e

Badará – 2

O Montalegre passeou toda a sua classe.

A goleada barrosã começou a desenhar-se logo aos quinze minutos. Em lance individual Tiago Gomes faz um golo do outro mundo a mostrar toda a sua classe ao ultrapassar vários adversários… E o Montalegre animou com o golo e três minutos depois Badará faz o segundo depois de grande assistência do colombiano Vargas.

O Montalegre haveria de fazer o terceiro golo, ainda antes da meia hora, depois de excelente jogada colectiva. Marcos cruza para um pontapé fantástico de Badará fazer o 3 – 0.

Já na etapa complementar e com o jogo praticamente decidido, os barrosões foram em busca de mais golos e o Valpaços a procurar o tento de honra. Em cima dos 90 minutos, Tiago Gomes bisa num remate forte e colocado, num erro grave em termos defensivo dos Valpacenses

O Montalegre mostrou ser muito mais forte, está a jogar um futebol total e não perdoa

erros adversários. O Valpaços falhou muito na

defesa e Tiago Gomes e Badará não perdoaram. O Valpaços por aquilo que fez merecia o golo de honra.

18.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, de Montalegre, Dia 17.02.2016

MONTALEGRE 5 Atei 1

Equipa do CDC Montalegre:Ricardo; Leonel Costa;

Asprilla (Marcos 79), Zé Luís e Zack; Vargas, Gabi, Zé Victor (Tiago Santos 84), Tiago Gomes (Roberto 71), Renteria e Badará.

Treinador: Zé Manuel ViageGolos: Tiago Gomes,

Renteria – 3 e Vargas; Manuel pelo Atei

Como é habitual, a formação barrosã entrou muito forte na contenda e Tiago Gomes abriu o marcador, muito cedo (8m), depois de defesa incompleta de Grilo. E aos 19m, aumentou a vantagem num golo acrobático de Renteria. A equipa do Atei adaptou-se bem ao campo pesado, com muita água e neve – e reduziu por Manuel a aproveitar um deslize do guarda-redes local.

Na etapa complementar, o Atei teve muitas dificuldades e o Montalegre dominou por completo. E os golos apareceram com toda a naturalidade por Renteria e Vargas. Já perto do final, o mesmo Renteria voltou a marcar num 2chapéu” ao guarda redes, após bom passe de Gabi.

Vitória justa do Montalegre em tarde de neve, com grandes golos de Renteria e Vargas. O colombiano foi o melhor em campo…

Nuno Carvalho

FUTSAL

Benfica leva “Troféu Padre Fontes”

Jogo no Pavilhão Desportivo de Montalegre, dia 10.02.2016

Equipas:

Vilar de Perdizes – Luís (João Rebelo), João Miguel (Jorge Fidalgo), Catoia (Rui Madeira), Carlos, João Moreira, Manuel, Ptt, Miguel, Sérgio, Bruno e Ricardo. Treinador: Marinho

Benfica – Paulinho, Chaguinha, Joca, Gonçalo, Bruno Pinto, Cristiano, Mário Freitas, Gonçalo Sobral, Tiaguinho, Ré e Jeferson. Treinador: Joel Rocha

Grande jornada de promoção do futsal na região barrosã com a disputa do Troféu Padre Fontes que deu o pontapé inaugural na partida.

O Benfica, campeão nacional de Futsal, bateu com facilidade a equipa amadora do Vilar de Perdizes que milita nos distritais da A.F.Vila Real. Na primeira parte os barrosões bateram-se bem com João Miguel a brilhar na baliza

Vilarense e ao intervalo o Vilar perdia por 3 - 0.

Durante o período de descanso o Grupo Desportivo de Vilar de Perdizes apresentou as suas equipas, desde as escolas aos seniores e foi ainda homenageado o padre Carlos Rubens, natural de Ribeira de Pena e pároco no concelho de Montalegre, como bicampeão europeu de Padres.

Na segunda parte, o Benfica arrasou o Vilar com uma goleada que já nem se usa.

O resultado, porém, é o que menos importa. Tratou-se duma promoção de que o Benfica se aproveitou para cativar adeptos.

A organização coube ao GD Vilar de Perdizes que contou com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre.

Nuno Carvalho c/redacção

DESPORTO

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O atleta Paulo Pereira Retre, descendente de Barrosões, dá cartas na Austrália

O futebolista Paulo Pereira Retre já vinha dando nas vistas mas, no último jogo entre o Melbourne City e o Sydney West, no passado mês de Janeiro, ganhou estatuto de idolo dos australianos de Melbourne chegando a

ocupar as primeiras páginas dos jornais desportivos da cidade e do país.

O jogo que terminou com a vitória do Melbourne City por 3 a 2 foi muito bem disputado e juntou no estádio mais de 20.000 pessoas a seguir o espectáculo. Paulo

Pereira Retre com o número 8 na camisola foi um dos principais obreiros da vitória.

Paulo Pereira está cotado como um futebolista com largo futuro e, por isso, o Football Clube Melborne City já assinou com ele um

contrato por mais dois anos.Paulo Pereira Retre é

neto de Joaquim Gonçalves Pereira e de Ana de Moura Cima Pereira, ambos de Friães, freguesia de Viade de Baixo, concelho de Montalegre e sobrinho neto de Clemente Gonçalves de

Cima, comerciante na vila de Montalegre.

O Notícias de Barroso associa-se a esta família amiga e com ela deseja partilhar o orgulho sentido pelo trajecto encetado pelo jovem Paulo a quem augura para os maiores sucessos.

Workshop promovido pela Associação Empresarial do Planalto Barrosão

«Fronteira de Sendim

Reabre novo Restaurante «Sol da Fronteira»Na última edição, publicámos uma notícia acerca da reabertura do Restaurante na Fronteira de Sendim. E na mesma, por lapso, indicou-se como dono o sr. Manuel Castro quando o verdadeiro dono da Estação de Combustíveis é Filipe Castro. Fica deste modo reposta a verdade.Do erro cometido se pede desculpa aos visados em particular e aos leitores do NB em geral.A redacção