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QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N. o 682 30.OUTUBRO.2014 Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00 (Continua na pág. 2) CORREIO DO PLANALTO Prolegómeno [email protected] ATENÇÃO CORREIO DO PLANALTO já pode ser lido em versão digital Consulte o site: Quando olha para este primeiro ano de mandato, o que lhe ocorre dizer? Orlando Alves (OA) - Soube estar à altura com aquilo que me era exigido. Cumpri com os objetivos a que me propus e, sobretudo, concluí e dei início a todos os propósitos e promessas que constavam do com- promisso eleitoral com que eu e a equipa que me acompanha nos apresentamos às eleições autárquicas de 2013. Uma das linhas orientadoras do programa é o retorno à terra. Nesse sentido, lançou para o terreno dois projetos: a valorização da batata de semente e a aposta nos pequenos ruminantes. Está satisfeito com o andamento destas iniciativas? OA - Estou muito satisfeito. Quer a propriedade agrícola quer a floresta têm um grande potencial e uma função social a desempenhar. Considero até criminoso que haja tanta terra arável, abandonada, e onde muita dela já nem se sabe quem são os seus proprietários, e com o país a estar nesta situação humilhante. Uma situação de “pelintrice” vergonhosa e que ninguém se preocupa em produzir aquilo que as bocas dos portugueses precisam para sobreviver. Estamos numa situação de mendicidade absoluta e vergonhosa “pelintrice” a que urge por cobro. No meu entender, não há outra forma que não seja virarmo-nos para os “tesouros” que estão escondidos dentro do nosso espaço: potencial agrícola e florestal. Há muita gente que considera que isto é lirismo. Será, mas a verdade é que eu só vejo empresas a fechar, não só em Portugal como pela Europa fora Prometia apoio a todos os empresários que decidissem investir nos parques industriais (Montalegre e Salto) do concelho. Oferecia terreno e construía o pavilhão a quem garantisse 10 a 15 postos de trabalho. Alguém bateu à porta? OA - Não! Nunca ninguém apareceu nem aqui e, estou certo, em nenhuma zona do interior do país. Porventura, é o espaço mais recomendável para o ser humano viver e ter qualidade de vida e é, ao mesmo tempo, infelizmente, um espaço que está a definhar a olhos vistos. Ficou satisfeito com a revisão do PDM (Plano Diretor Municipal)? OA - Muito satisfeito. O PDM é hoje um instrumento que não tem as restrições que a primeira versão continha. Hoje em solo rural é praticamente tudo permitido, cumprindo, naturalmente, algumas regras. Orlando Alves - Um Ano de Presidente Autarca faz balanço do primeiro ano de mandato RICARDO MOURA - (Texto e Fotos) Na semana que carimba um ano à frente da presidência da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves fala em dever cumprido. Uma entrevista de fundo onde são abordados os principais temas que marcaram o primeiro ano de mandato como presidente da Câmara. Simbolicamente, o executivo decidiu assinalar a data com uma visita a um lar carenciado, situado no lugar de Nogueiró, freguesia de Ferral, onde residem oito pessoas sem as mínimas condições de habitabilidade. Uma das apostas deste ano foi avançar para o programa “(co) empreende” onde foram escolhidos mais de 70 projetos. De que forma o concelho pode potenciar este interesse e aplicá-lo no seu desenvolvimento? OA - Quero felicitar todos estes projetos. É gente jovem. São jovens que têm a vontade de se fixar à nossa terra. Isto é fundamental e só por isto, o município tem que estar ao lado deles. São portadores de ideias extraordinárias e ricas que são potenciadoras de serem traduzidas em projetos concretos. Nem todos irão vingar, mas o que vingar é tudo lucro. O município de Montalegre está muito contente e muito honrado por ter feito esta parceria com a Universidade do Minho. São ideias que vão ser trabalhadas durante dois/três anos, onde os projetos vão ser estruturados e que podem ter “janelas de financiamento” com o novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA). Sabendo que não vai ter 1 euro para betão, como tem olhado para o novo QCA? OA - O que para já se sabe é que o dinheiro do quadro “2014-2020” será canalizado, preferencialmente, para as universidades. E muito bem! Já era isto que devia ser feito há muitos anos. Vai também ser canalizado para as empresas e aqui já estou de pé atrás. Já no passado a experiência não correu bem, onde apareceram empresários sem escrúpulos e gabinetes a manobrar este “bolo” de muitos milhões de euros para criar, porventura, desmandos. Um dos dossiers que marcou este ano de mandato foi a estrada Montalegre- Chaves. A meio está erguida a “Ponte da Assureira” que a classificou como um «monumento ao desprezo». A notícia teve impacto na comunicação social mas continua tudo na mesma. Como pensa resolver este impasse? OA - Esta situação não se resolveu porque quem manda está lá longe, em Lisboa, e não quer saber de nós. Andamos a eleger governos que descuram a regionalização. Se estivesse instituído um governo regional, este nunca iria esquecer a estrada de Montalegre a Chaves. Isto é desonroso e enquanto continuarmos assim, não vamos a lado nenhum. O que posso dizer é que a estrada, na parte que toca ao município de Montalegre, vai ser feita. Não vamos optar pelo traçado novo, mas vamos, até ao limite do concelho (por Meixide), introduzir os melhoramentos que a estrada necessita. Esta é a promessa que aqui fica! No entanto, eu ainda vislumbro uma luzinha muito ténue, lá muito longe, a anos luz de nós, que pode vir a alumiar todo este processo. Se isto acontecer, iremos encaminhar a estrada para a ponte que está há muitos anos a aguardar, como um noivo que está à espera da sua noiva. Vamos ser pacientes. Nada de pressas. Fiz tudo aquilo que me competia fazer. Tivemos um amplo espaço nos órgãos de comunicação social do país, denunciando toda esta vergonha. Estávamos nós ainda extasiados com auréola celeste dos píncaros do Gerês, acorre de lá o senhor Castro, dono do hotel, homem simpático, a receber o Dr. José Lestra com todas as honras e atenções devidas às altas personalidades. O Zé apresentou-me. O senhor Castro disse que já me conhecia de nome. -Que ricos figos! – disse eu de olho guloso numa bela figueira de figos lampos, logo à entrada. O simpático hoteleiro esticou-se todo, colheu um e ofereceu-mo: -Se quiser mais? -Obrigado. Antigamente, quando um papalvo qualquer ia pela primeira vez a uma terra, metiam-lhe uma pedra na boca. A mim metem-me um figo. Oxalá não me engasgue com ele. -Ainda me queria rir – disse o Zé -Não te rias muito, não te vá acontecer como a um filósofo grego que morreu de tanto rir ao deparar com um burro a comer figos – retorqui. E depois, voltado para o senhor Castro: -Tem aqui um belo pomar! -Ainda vocês não viram nada. Venham comigo. E foi-nos mostrar o seu “hortus conclusus”. Esta de “hortus conclusus” remete-nos para os mosteiros medievais com os seus mimosos hortos e respetivos hortelões. Esqueci-me de perguntar ao senhor Castro se tinha algum hortelão ao seu serviço ou era ele próprio que tratava do pomar. Mas exclamei: -Estou banzado com a abundância, variedade e bom aspeto da fruta. -Isto é terra abençoada. Tudo o que nela semeie ou plante navega a olhos vistos- disse o Senhor Castro. -E as uvas? – perguntou o Zé. -Estão um mimo. Ora venham ver. E foi-nos mostrar um renque de videiras alvarinho pejadas de uvas brancas que pareciam estar mesmo a rir-se para a gente. Neste comenos chamaram o senhor Castro à receção. O Zé aproveitou para mostrar-me o hotel. Desaseis quartos, incluindo duas “suites”, todos eles de luxo e com uma varanda onde os hóspedes podem gozar, de camarote, a sinfonia do silêncio da serra e dos bosques. Duas piscinas, uma interior, aquecida, outra ao ar livre. Um salão de jogos. Um lago. Jardins. Muito espaço relvado. Um bosque decorativo. Sala de jantar e sala de pequenos- almoços envidraçadas a toda a volta e ainda ... Empresas Familiares - pág. 2 Vespa Asiática Sessão de esclarecimento - pág. 5 A importância da Memória dos povos - pág. 6 Futebol - pág. 6 “Sexta 13” e Ecomuseu de Barroso premiados - pág. 7 NOTÍCIAS - pág. 8 Viagem pelas Freguesias - Pitões das Júnias e Chã - pág. 4 Aniversário da Cruz Vermelha - pág. 7 Futuro do PNPG discutido no Ecomuseu de Barroso - pág. 5 (Continua na pág. 3) CONVERSANDO - pág. 7 Salto - poema - pág. 6 Para RIR - pág.3

CORREIO DO PL ANAL TO - aoutravoz.info · Nunca ninguém apareceu nem aqui e, estou certo, em nenhuma zona do interior do país. Porventura, é o espaço mais recomendável para o

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QUINZENÁRIO - ANO XXXVIII - N.o 682 30.OUTUBRO.2014 w Director: Bento da Cruz - Editor: José Dias Baptista w Preço Avulso: E 0,70 - Assinatura Anual: Território Nacional E 15,00 / Estrangeiro E 45,00

(Continua na pág. 2)

CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno

a o u t r a v o z 0 @ g m a i l . c o m

ATENÇÃO

CORREIO DO PLANALTOjá pode ser lido em versão digital

Consulte o site:

Quando olha para este primeiro ano demandato, o que lhe ocorre dizer?

Orlando Alves (OA) - Soube estar à alturacom aquilo que me era exigido. Cumpri comos objetivos a que me propus e, sobretudo,concluí e dei início a todos os propósitos epromessas que constavam do com-promisso eleitoral com que eu e a equipaque me acompanha nos apresentamos àseleições autárquicas de 2013.

Uma das linhas orientadoras do programaé o retorno à terra. Nesse sentido, lançoupara o terreno dois projetos: a valorizaçãoda batata de semente e a aposta nospequenos ruminantes. Está satisfeito como andamento destas iniciativas?

OA - Estou muito satisfeito. Quer apropriedade agrícola quer a floresta têm umgrande potencial e uma função social adesempenhar.

Considero até criminoso que haja tantaterra arável, abandonada, e onde muita delajá nem se sabe quem são os seusproprietários, e com o país a estar nestasituação humilhante.

Uma situação de “pelintrice” vergonhosae que ninguém se preocupa em produziraquilo que as bocas dos portuguesesprecisam para sobreviver. Estamos numasituação de mendicidade absoluta evergonhosa “pelintrice” a que urge porcobro.

No meu entender, não há outra forma quenão seja virarmo-nos para os “tesouros”que estão escondidos dentro do nossoespaço: potencial agrícola e florestal. Hámuita gente que considera que isto élirismo. Será, mas a verdade é que eu sóvejo empresas a fechar, não só em Portugalcomo pela Europa fora

 Prometia apoio a todos os empresáriosque decidissem investir nos parquesindustriais (Montalegre e Salto) doconcelho. Oferecia terreno e construía opavilhão a quem garantisse 10 a 15 postosde trabalho. Alguém bateu à porta?

OA - Não! Nunca ninguém apareceu nemaqui e, estou certo, em nenhuma zona dointerior do país.

Porventura, é o espaço maisrecomendável para o ser humano viver eter qualidade de vida e é, ao mesmo tempo,infelizmente, um espaço que está adefinhar a olhos vistos.

Ficou satisfeito com a revisão do PDM(Plano Diretor Municipal)?

OA - Muito satisfeito.O PDM é hoje um instrumento que não

tem as restrições que a primeira versãocontinha. Hoje em solo rural é praticamentetudo permitido, cumprindo, naturalmente,algumas regras.

Orlando Alves - Um Ano de Presidente

Autarca faz balanço do primeiro ano de mandato

RICARDO MOURA - (Texto e Fotos)Na semana que carimba um ano à frente da presidência da CâmaraMunicipal de Montalegre, Orlando Alves fala em dever cumprido. Umaentrevista de fundo onde são abordados os principais temas que marcaram oprimeiro ano de mandato como presidente da Câmara.

Simbolicamente, o executivo decidiu assinalar a data com uma visita a umlar carenciado, situado no lugar de Nogueiró, freguesia de Ferral, onde residemoito pessoas sem as mínimas condições de habitabilidade.

Uma das apostas deste ano foi avançarpara o programa “(co) empreende” ondeforam escolhidos mais de 70 projetos.De que forma o concelho pode potenciareste interesse e aplicá-lo no seudesenvolvimento?

OA - Quero felicitar todos estes projetos.É gente jovem. São jovens que têm avontade de se fixar à nossa terra. Isto éfundamental e só por isto, o município temque estar ao lado deles. São portadores deideias extraordinárias e ricas que sãopotenciadoras de serem traduzidas emprojetos concretos. Nem todos irão vingar,mas o que vingar é tudo lucro. O municípiode Montalegre está muito contente e muitohonrado por ter feito esta parceria com aUniversidade do Minho. São ideias que vãoser trabalhadas durante dois/três anos,onde os projetos vão ser estruturados e quepodem ter “janelas de financiamento” como novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA).

Sabendo que não vai ter 1 euro para betão,como tem olhado para o novo QCA?

OA - O que para já se sabe é que odinheiro do quadro “2014-2020” serácanalizado, preferencialmente, para asuniversidades. E muito bem! Já era isto quedevia ser feito há muitos anos. Vai tambémser canalizado para as empresas e aqui jáestou de pé atrás. Já no passado aexperiência não correu bem, ondeapareceram empresários sem escrúpulose gabinetes a manobrar este “bolo” demuitos milhões de euros para criar,porventura, desmandos.

Um dos dossiers que marcou este ano demandato foi a estrada Montalegre-Chaves. A meio está erguida a “Ponte daAssureira” que a classificou como um«monumento ao desprezo». A notícia teveimpacto na comunicação social mascontinua tudo na mesma. Como pensaresolver este impasse?

OA - Esta situação não se resolveuporque quem manda está lá longe, emLisboa, e não quer saber de nós. Andamosa eleger governos que descuram aregionalização. Se estivesse instituído umgoverno regional, este nunca iria esquecera estrada de Montalegre a Chaves. Isto édesonroso e enquanto continuarmosassim, não vamos a lado nenhum. O queposso dizer é que a estrada, na parte quetoca ao município de Montalegre, vai serfeita. Não vamos optar pelo traçado novo,mas vamos, até ao limite do concelho (porMeixide), introduzir os melhoramentos quea estrada necessita. Esta é a promessaque aqui fica! No entanto, eu aindavislumbro uma luzinha muito ténue, lá muitolonge, a anos luz de nós, que pode vir aalumiar todo este processo.

Se isto acontecer, iremos encaminhar aestrada para a ponte que está há muitosanos a aguardar, como um noivo que estáà espera da sua noiva. Vamos serpacientes. Nada de pressas. Fiz tudo aquiloque me competia fazer. Tivemos um amploespaço nos órgãos de comunicação socialdo país, denunciando toda esta vergonha.

Estávamos nós ainda extasiados comauréola celeste dos píncaros do Gerês,acorre de lá o senhor Castro, dono dohotel, homem simpático, a receber oDr. José Lestra com todas as honras eatenções devidas às altaspersonalidades. O Zé apresentou-me.O senhor Castro disse que já meconhecia de nome.

-Que ricos figos! – disse eu de olhoguloso numa bela figueira de figoslampos, logo à entrada.

O simpático hoteleiro esticou-setodo, colheu um e ofereceu-mo:

-Se quiser mais?-Obrigado. Antigamente, quando um

papalvo qualquer ia pela primeira vez auma terra, metiam-lhe uma pedra naboca. A mim metem-me um figo. Oxalánão me engasgue com ele.

-Ainda me queria rir – disse o Zé-Não te rias muito, não te vá

acontecer como a um filósofo grego quemorreu de tanto rir ao deparar com umburro a comer figos – retorqui.

E depois, voltado para o senhorCastro:

-Tem aqui um belo pomar!-Ainda vocês não viram nada.

Venham comigo.E foi-nos mostrar o seu “hortus

conclusus”. Esta de “hortus conclusus”remete-nos para os mosteiros medievaiscom os seus mimosos hortos erespetivos hortelões. Esqueci-me deperguntar ao senhor Castro se tinhaalgum hortelão ao seu serviço ou eraele próprio que tratava do pomar. Masexclamei:

-Estou banzado com a abundância,variedade e bom aspeto da fruta.

-Isto é terra abençoada. Tudo o quenela semeie ou plante navega a olhosvistos- disse o Senhor Castro.

-E as uvas? – perguntou o Zé.-Estão um mimo. Ora venham ver.E foi-nos mostrar um renque de

videiras alvarinho pejadas de uvasbrancas que pareciam estar mesmo arir-se para a gente.

Neste comenos chamaram o senhorCastro à receção. O Zé aproveitou paramostrar-me o hotel. Desaseis quartos,incluindo duas “suites”, todos eles deluxo e com uma varanda onde oshóspedes podem gozar, de camarote,a sinfonia do silêncio da serra e dosbosques. Duas piscinas, uma interior,aquecida, outra ao ar livre. Um salãode jogos. Um lago. Jardins. Muitoespaço relvado. Um bosque decorativo.Sala de jantar e sala de pequenos-almoços envidraçadas a toda a volta

e ainda ...

Empresas Familiares - pág. 2

Vespa AsiáticaSessão de esclarecimento - pág. 5

A importância da Memóriados povos - pág. 6

Futebol - pág. 6

“Sexta 13” e Ecomuseu deBarroso premiados - pág. 7

NOTÍCIAS - pág. 8

Viagem pelas Freguesias- Pitões das Júnias e Chã - pág. 4

Aniversário da CruzVermelha - pág. 7

Futuro do PNPG discutido noEcomuseu de Barroso - pág. 5

(Continua na pág. 3)

CONVERSANDO - pág. 7

Salto - poema - pág. 6

Para RIR - pág.3

2 – CORREIO DO PLANALTO

Prolegómeno(Continuação da pág. 1)

Empresas Familiares por: João Medeiros Pereira

(Continuação do número anterior)

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—Tiragem deste número: 1000 ex.

—Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus Autores

Os Administradores ideais, nãopertencentes à família, devem serexperientes, independentes e não deveexistir qualquer conflito de interesses coma empresa ou com a família. Esteselementos devem ter competências quecomplementem a do proprietário e vice-versa. O administrador ideal deve ter aastúcia necessária para ultrapassar osdilemas que a gestão enfrenta actualmente.O conhecimento do sector em que aempresa actua é fundamental mas nãoindispensável.

“Para que o CA cumpra as funções váriasvezes referidas, não é suficiente terconseguido uma composição acertada demembros. Além disso, é necessário queestes membros estejam bem informados etrabalhem com intensidade e continuidade”(Gallo, Ribeiro, 1996: 95).

Contudo, administradores nãopertencentes à família, devem terconhecimento das questões quetipicamente assolam as empresasfamiliares como sejam a sucessão, acontinuidade, o desenvolvimento da carreirae a dinâmica familiar.

Finalmente, os membros daadministração devem ter empatia com osproprietário, ser entusiastas em relação aofuturo da empresa, e apoiar os valores eprincípios com que a família se identifica.

Gersick et al (1997: 232) “Ao longo detodas as etapas da propriedade o Conselhode Administração assessoria nas politicasque ajudam o presidente a pensar asdecisões complexas e desenvolverobjectivos de longo prazo e monitorizar aperformance da empresa”.

4.2.2.1.1. A evolução do Conselho deAdministração em cada etapa daempresa familiar

Na etapa da propriedade, PC, e na etapaStart-Up da empresa, as funções do CApodem ser centrais. Questões como: onosso produto ou serviço são viáveis?Quando e como devemos diversificar?Temos o talento de produzir ao mais baixocusto possível? Quanto risco podemosassumir, e quais os nossos recursos decapital? O que precisamos saber parasobreviver? Podem ser respondidas maisfacilmente depois da reflexão de umconselho.

A passagem da propriedade para AIprevisivelmente colocará na agenda do CAas respostas a dar à dispersão dadimensão da propriedade e da gestão. Namaioria das Associações de Irmãosexistirão proprietários importantes cujaúnica ligação à empresa será através dapropriedade e não pela gestão. Pelaprimeira vez o CA deve reflectir sobre umnovo relacionamento entre os accionistase os gestores. Ou seja, poderá desenvolvernovos processos através dos quais osinteresses dos proprietários sejamtransmitidos aos executivos e integradosna estratégia da empresa, mas ao mesmo

tempo, protegendo a capacidade dosproprietários de gerir sem interferências. OCA tem as decisões finais sobre osdividendos, endividamento e salários. Quera AI seja “quase-parental”, primeiro entreiguais, ou democrática, estas questõessuscitam divisão entre os membros. Sema participação de um CA forte e dequalidade, dominado por elementoscompetentes, não pertencentes à família, apressão no relacionamento familiar àmedida que a AI se confronta com estasquestões, potenciadoras de divisão, pode-se tornar problemática (Gersick et al, 1997:233).

Adicionalmente se a empresa semovimenta, simultaneamente, para a etapaExpansão/Formalização dodesenvolvimento do negócio a capacidadetécnica do CA será colocada à prova pararesponder a questões como a organizaçãoda empresa ou o desenvolvimento doproduto. Qual o objectivo de crescimento?Que volume de novos produtos deve sercriado? Qual será a melhor estruturaorganizativa face a posição actual nomercado? O que precisamos saber sobreos novos palcos para onde o crescimentonos direcciona como sejam novosmercados, internacionalização, oudiversificação? Como podemos ajudar opresidente a descentralizar e a integrar umcírculo maior de gestores senioresprofissionais?

Se existia um CA, na etapa PC, a transiçãopara uma empresa familiar AI na etapa daempresa Expansão/Formalização vairequerer, provavelmente, um conjunto decompetências diferentes ao CA. Aadequação de cada membro do conselhopara a próxima etapa deve ser revista pelosaccionistas e pelo presidente. A nova fasepode exigir uma substituição dos membros.Por esse motivo os órgãos do CA devem terum mandato limitado desde o inicio naexpectativa de que só os membrosextraordinariamente versáteis serãoconvidados a ficar para um segundo outerceiro mandato. Por este motivo umexcesso de MF, no CA, pode restringir acapacidade de adaptação do conselhodeixando poucas vagas disponíveis paramudar face às novas exigências (Gersick et al, 1997: 233).

Finalmente o CP requer uma evoluçãomaior na natureza do CA. O sistema derepresentação da família terá que ser maisformalizado, com boas regras queassegurem tanto a igualdade como oacesso. Ainda mais do que na AI, é precisoque sejam estabelecidos critérios para aadmissão ao CA. Muitos CA no CP exigemque os candidatos à administraçãopossuam experiência no negócio, tenhamparticipado em programas educacionaissobre a empresa ou dediquem uma partedo seu tempo á empresa.

É importante que as famílias entendamque os membros do CA não devem apenassupervisionar, devem desempenhar todasas funções do CA, ou seja, devem auxiliarestas empresas complexas. Portanto osrepresentantes devem ser escolhidos de

acordo com a adequação às exigências dolugar, não apenas pelo seu estatuto nafamília.

Também na AI, e mais ainda no CP, asucessão da gestão é uma preocupaçãodo CA. Uma das tarefas chave daadministração é definir e implementar o seupapel na selecção de candidatos,acompanhar o seu progresso nodesenvolvimento e decidir sobre ossucessores. Este esforço possivelmenteserá comum ao CA e ao Conselho deFamília (CF). Muitas destas políticasdelicadas devem ser resolvidas antes queseja necessário.

Na etapa CP a família deve questionar,constantemente, a situação financeira e osinvestimentos da empresa: Qual a situaçãofinanceira da empresa? Qual o retorno paraa família e para o proprietário em seraccionista da empresa?

É preferível a família optar por outroinvestimento alternativo em vez de seraccionista da empresa familiar? Quais asnecessidades financeiras da família, nofuturo, sendo que os MF a trabalhar naempresa são cada vez menos? A políticade dividendos será adequada paraestabelecer o equilíbrio óptimo entre asnecessidades da família e da empresa?

Em qualquer das fases em que osproprietários decidam criar um CA a tarefapoderá ser demorada. A procura decandidatos deve passar por várias etapascomo: identificar os candidatos, investigara sua experiência e conhecimentos,convidá-los a conhecer os quadros ou osoutros membros do CA e um período deconvívio com o presidente e com os outrosMF. Para além dos requisitos mencionadosanteriormente deve existir uma boacomunicação interpessoal entre osgestores da família e os futuros membrosdo CA.

4.2.2.2. O planeamento levado acabo pelo Conselho de Administração

Nas empresas familiares, com um CAactivo, uma das suas responsabilidadesdeve ser o de participar na elaboração doplaneamento que oriente a evolução daempresa.

Este planeamento depend erá da etapade desenvolvimento em que a EF seencontra e do tipo de liderança que possuiu.Nas empresas em que o CA exerça as suasfunções e compreenda a necessidade deexistir planeamento, o conselho deverá criarpelo menos quatro planos importantes(Gersick et al, 1997: 236):

- O plano estratégico– Neste, como em qualquer planeamento

efectuado pelo CA, este é guiado pelasorientações que advém da famíliaaccionista, formulada pelo CF e transmitidaao CA através dos seus membros ou doslíderes familiares.

- O plano de desenvolvimento degestores

– O papel a desempenhar pelo CA seráde supervisionar. Confiando na direcção derecursos humanos para identificar asnecessidades de recursos humanos e oseu potencial, quer sejam ou não da família,para ocupar cargos chave da empresa.

com largas vistas para a floresta, aalbufeira e a serra. Pessoal simpático ecompetente. Um lugar ideal para uma curado “stresse” ou de qualquer outra doençado corpo ou da alma.

Ao almoço serviram-nos um belosalmão, belamente cozinhado. O Zéescolheu um delicioso vinho madurobranco das encostas do Douro. Umrepasto de príncipes.

O senhor Castro teve o cuidado depassar pela nossa mesa a perguntar seestava tudo bem.

-Ótimo! - respondemos ambos emuníssono.

Para sobremesa o Zé escolheu um docecaseiro e um café. Eu uma peça de frutae a conta.

Em atenção ao Dr. José Lestra o senhorCastro não nos levou nada.

Despedimo-nos contentes e satisfeitose seguimos viagem.

Entre Outeiro e Paradela, a estradaziguezagueia por entre bosques sagradosde carvalhos, pinheiros e bétulas. O Zéia-me chamando a atenção para os sítiosmais bonitos e as casas de recreiorecentemente construídas por indivíduosda cidade bem instalados na vida.

Atravessámos a barragem epercorremos, a bem dizer, toda afreguesia de Cabril. Estive em aldeias queeu conhecia apenas de nome. O Zé, bomconhecedor da região, ia-me servindo decicerone. Regalei-me de o ouvir.

Em Fafião cortámos para a estrada deBraga. Tínhamos combinado eu regressarde comboio ao Porto. Mas o Zé fezquestão de me trazer a casa.

Quem se pode gabar de ter um amigoassim?

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CORREIO DO PLANALTO

CORREIO DO PLANALTO – 3

Temos um Estado umbiguista, excessivamente centralista que nos corredores dopoder se esquece que existimos.

Este ano ficou marcado pela estreia de dois desígnios de referência: Volta a Portugalem bicicleta e “Semana do Barrosão”. A par destes, a prova inaugural do Campeonatodo Mundo de Rallycross. Saiu satisfeito com o impacto destes eventos?

OA - Sim. O Mundial de Rallycross foi um sucesso e vai continuar. A “Semana doBarrosão” foi algo que nasceu muito bem. Vai continuar e tudo iremos fazer para ter avisibilidade que o gado barrosão merece. A primeira edição foi de êxito retumbante eabsoluto. Em relação à Volta a Portugal em bicicleta foi uma promessa eleitoral que estácumprida. Foi uma aposta que ficou consolidada no primeiro ano. Trazer a Volta ao cimoda serra do Larouco, foi projetar turisticamente Montalegre e toda a região do Barroso. Oêxito foi de tal forma que em termos de reportagem televisiva, foi a etapa mais visionadapelos telespetadores da televisão portuguesa. A seguir ao final da etapa na capital dopaís, em Lisboa, foi a que teve maiores referências. Foi de tal forma impactante que, jáposso anunciar, em 2015 voltaremos a ter um final de etapa na serra do Larouco, tal comoa prova da Volta a Portugal do Futuro. Foram acontecimentos de grande dinamismo e degrande projeção mediática.

A serra do Larouco, como miradouro por excelência, foi muito promovida ao longo doano. De que forma pode ser rentabilizada turisticamente?

OA - O êxito retumbante dos eventos que o município desenvolve e programa resultada parceria espontânea que envolveu os agentes locais, nomeadamente a área darestauração e da hotelaria. Chegará um dia o vislumbre de ideias novas para a serra doLarouco. Projetos, porventura, que não estarão alcance de qualquer bolsa. Deixo aqui odesafio aos nossos emigrantes.

Há muitos que têm uma grande capacidade financeira. O Larouco tem um potencialenorme. Basta pensarmos no Inverno onde é possível fazermos pistas de neve, criarespaços para o gelo e para a patinagem. Eu não tenho dúvida nenhuma que um bomhotel, no cimo da serra do Larouco, seria “ouro sobre azul” para a nossa terra e para aregião. Quem investisse lá, arranjaria, em mim, um “braço de força” para o acompanhar eajudar a abrir as portas todas que têm que ser abertas para que esse sonho possa tornar-se em realidade.

Este ano arrancou com a reorganização administrativa na Câmara Municipal. Entre asvárias operações, o avanço para o balcão único. Pelo meio, a inauguração do Espaçodo Cidadão em Salto e outro em Montalegre para abrir em breve. Qual o ponto desituação desta matéria?

OA - A reorganização administrativa está em marcha. Foi iniciada com adesmaterialização procedimental. Eu próprio, que era um inepto e que não estava nadaenfarinhado em matéria de informática, tive que aprender e fazer o meu caminho. Hojetodos os assuntos que são tratados internamente já não têm papel. Foi um esforçosignificativo de adaptação como foi profundamente enriquecedor. Até ao Natal, vamosfazer o esforço de adaptar fisicamente uma parte do edifício para instalarmos o balcãoúnico.

As pessoas terão maior conforto e uma melhor recetividade no tratamento dos assuntos.Ao lado será instalado o Espaço do Cidadão. Houve aqui uma lógica de agarrar os temposdo futuro, preocupação agarrada por todos os funcionários da Câmara, facto que saúdoporque tive de todos um grande apoio e uma grande abertura para agarrarem todas estasnossas ideias.

Neste primeiro ano de mandato, tornou-se no Presidente da Câmara que acabou como salário mínimo dos funcionários...

OA - Tenho consciência que nenhuma casa funciona bem se os seus funcionários nãoforem acarinhados pelos gestores. Tendo consciência disso, uma das primeiras coisasque fiz foi acabar com a vergonha do ordenado mínimo nacional que era o sustento de 78pessoas. Foi uma promessa que foi cumprida. A ideia foi retirá-los da indignidade e davergonha de levarem para casa 400 e poucos euros. Logo de uma assentada foram todosaumentados. Uns 50, outros 70, outros 80 e outros até 200 e tal euros!

O ano ficou também marcado pelo “bater de pé” contra o eventual encerramento deserviços, entre eles a repartição de finanças de Montalegre. Como recorda estesepisódios?

OA - O que o governo tem dito ultimamente, e isto vale o que vale, é que nenhumserviço será fechado. Estou convencido que é verdade. Houve uma deriva perigosa depensar mal o país. Tardiamente aperceberam-se que se queremos o interior do paíspovoado, não lhe podemos retirar os serviços. Depois de muito encerramento, criminososem alguns casos, o governo lá sentiu a palavra “Basta!” nas pessoas.

No campo social o executivo investiu cerca de 150 mil euros. O presidente disse que«há casos dramáticos no concelho». Está surpreendido com o que tem visto?

OA - Estou muito surpreendido. Não contava que a situação fosse tão tremendamenteindigna como é em alguns casos. Para assinalar este primeiro ano de mandato, fui,juntamente com uma equipa da Câmara, saudar uma família que vive em condiçõeshumilhantes, ultrajantes e indignas.

Uma família com oito pessoas que vive num cubículo, sem condições nenhumas.Ficou lá a promessa de que este caso, como outros, irá ter solução muito rápida. Este anojá avançamos com cinco iniciativas no valor de 150 mil euros. Temos mais quatro emcurso. Tudo fará com que, ainda este ano, seja ultrapassada a verba de 250 mil euros. Nopróximo ano iremos aumentar este número porque as situações que têm sido apontadassão verdadeiramente dramáticas.

Foram aplicados mais de 100 mil euros no fomento da atividade desportiva. É umaverba simpática ou uma verba significativa tendo em conta a realidade do concelho?

OA - É uma verba simpática porque revela a abertura que temos para estar com quemestá a fazer a dinamização social e desportiva. Os clubes são nossos aliados numadinâmica que eles agarram e desenvolvem muito bem. Temos que ter a simpatia porquetemos a obrigação de estar ao lado deles.

Temos consciência que a nossa verba não chega para as necessidades. Convémlembrar que foi o Estado que acabou com o associativismo. Até as cooperativas foram porágua abaixo. Onde o Estado meter nariz, mais dia menos dia, vai tudo por água abaixo.

Como tem convivido com a oposição num ano marcado pela polémica em volta doServiço de Urgência Básica (SUB) de Montalegre?

OA - Eu convivo bem com toda a gente. Convivo bem com os que me adulam, com osque me batem com as mãos nas costas e com os que me criticam, respeitando todos porigual. Desconfio até mais daqueles que me batem com as mãos nas costas. A situaçãodo Centro de Saúde é uma inventona, uma farsa pobremente montada por quem não temcabeça para fazer mais nada. É a política no seu expoente mais reles e mais baixo. É apolítica desenhada por quem de política não percebe nada e que não tem tempo pararefletir que o santo pode virar-se contra a esmola ou o feitiço contra o feiticeiro. Estãodesmascarados! Devem-me um pedido de desculpa por me envolverem nesta inventona.Devem um pedido de desculpa a todo o povo barrosão por andarem com fantasmas quenão existem. De resto, a minha relação com a oposição é de cortesia, de respeito dequem já foi oposição e, felizmente, onde soube ser oposição assumindo ser um agenteconstrutivo e participativo e não um fabricante de factos políticos como aconteceu nestecaso.

Qual foi o aspeto mais positivo e menos conseguido ao longo do ano?

OA - O mais positivo foi ter sentido - juntamente com os vereadores David Teixeira,Fátima Fernandes, António Araújo e Paulo Cruz - que tivemos capacidade e inteligênciapara saber estar à altura daquilo que se exigia de nós. Isto acontece numa altura difícilporquanto vínhamos de uma forma muito própria de se fazer politica por parte do professorFernando, que muito bem governou nos anos todos que aqui esteve. Deixou um legadodifícil. Penso que soube estar ao nível daquilo que se exigia de mim e dos meuscolaboradores. Soubemos ter a Câmara de Montalegre lá no alto. Sem dívidas, com opagamento aos fornecedores a 30 dias, com capacidade de realização que permitiu que,em pouco tempo, por exemplo, se fizesse a estrada para o Larouco. Conseguimos ter aCâmara com a mesma visibilidade que tinha. Conseguimos que o país falasse deMontalegre como se vinha fazendo. Isto não é fácil! Não deslustramos, não defraudamos!Continuar a subir exige muita tática e muito saber estar.Por outro lado, o facto mais negativoé sentir que vivemos num momento tão difícil, que passa pela casa de todos. Abro aqui aporta e vejo a quantidade de pessoas que aparecem aqui expor os seus problemasdifíceis e terríveis em alguns casos, que envolvem situações de doença, de abandono, dealguma fome, de carência absoluta, de não haver dinheiro para comprar o pacote de leitepara os filhos...isto é terrivelmente desanimador, é castrador de toda a vontade que agente possa ter para definir um desígnio para a nossa terra...algumas destas situaçõesestamos a intervencioná-las. Mas sentir que não há dia nenhum que não venha aquigente a pedir emprego, gente a expor situações de divórcio e que deixam as pessoas namaior insegurança e fragilidade... mas isto faz com que tenha uma certa “pica” de tentarengendrar uma palavra de esperança e tentar arranjar alguma forma de ir ao encontro dasnecessidades dessas pessoas. Uma coisa garanto: estamos aqui a pensar e a trabalharpara as pessoas.

Orlando Alves - Um Ano de Presidente

Autarca faz balanço do primeiro ano de mandato

(Continuação da pág. 1)

R. Central, Edifício Igreja Nova, nº 77 - A, Loja 3

JORNAIS e REVISTASLIVRARIA – MATERIAL ESCOLAR

SALTO

PAPELARIA MILÉNIOPAPELARIA MILÉNIO

Para RIR...

Uma família de sádicos vai dar uma volta de carro. No automóvel vai o mari-do, a mulher, o filho, o avô e a avó. De repente o pai abre a porta e empurra aavó, que se esborracha toda no chão. O resto da família começa a bater pal-mas muito contentes. Passado mais alguns instantes o puto abre a porta e em-purra o avô, que fica debaixo de um camião. O jovem delira, assim como o res-to da família. Mais à frente, a porta do carro abre-se e fecha-se logo a seguir eo puto pergunta: - Papá, o que foi isto? - Fui eu que empurrei a tua mãe.

O jovem começa a chorar. - Estás a chorar de quê, filho da pu*a?- É que eu não vi.

4 – CORREIO DO PLANALTO

“Viagem pelas Freguesias”

Aldeia turística por excelência, Pitões das Júnias recebeu o executivo municipal deMontalegre por entre um sol radioso que acompanhou o percurso da comitiva. Umacaminhada que percorreu todo o coração da freguesia onde foi possível contemplar abeleza extraordinária desta localidade do concelho de Montalegre, verdadeiro emblemado Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).

Depois das anotações, o presidente da autarquia abordou desta forma a presença doexecutivo em Pitões das Júnias: «fizemos esta visita, na companhia dos senhoresmembros da junta de freguesia, que já se impunha há muito tempo. Fizemos, in loco, aapalpação dos principais impulsos e carências que, no entender dos autarcas destafreguesia, exigem intervenção. Presenciamos localmente as principais prioridades eanseios. Já fizemos aqui a hierarquia do que vai ser realizado». Orlando Alves anunciouobras concretas: «ficou o “Largo da Escola” como sendo o ponto de intervenção prioritárioassim como estender o ramal de energia elétrica ao antigo posto da Guarda Fiscal, que jáestá adaptado para funcionar como albergue turístico». No seguimento do raciocínio, oedil acrescentou: «tivemos, também, a oportunidade de verificar algo a que temos quedeitar mãos e engendrar uma solução... refiro-me à zona da “Cerdeira”... aquele lago, e acircundante, terá que merecer uma intervenção programada por forma a que haja umpouco mais de dignidade àquela entrada na aldeia».

Pitões das JúniasProssegue a caminhada por todas as freguesias do concelho de Montalegre

levada a cabo pelo executivo municipal. Desta feita, a viagem foi ao encontroda conhecida e turística freguesia de Pitões das Júnias. Da troca de impressões,saíram algumas obras para concretizar: “Largo da Escola” e ramal de energiaelétrica ao antigo posto da Guarda Fiscal.

Membros do Executivo:

Presidente: Lúcia Araújo JorgeSecretário: António Manuel Cascais FernandesTesoureiro: José Miguel Cunha ReisMembros da Assembleia de Freguesia:Presidente: António Gregório Azevedo DiasCarlos Alexandre Dias PereiraMário Dias VelosoDiogo Dário Pereira Gonçalves DiasArmando Azevedo PereiraJoaquim Fernandes MartinsMarcelo Isidoro Fernandes

RICARDO MOURA - (Textos e Fotos) “Viagem pelas Freguesias”

ELOGIOS AO PRESIDENTELúcia Jorge é das raras mulheres que exerce a presidência de uma junta de freguesia

no concelho de Montalegre. Determinada, desfaz-se em elogios ao apoio que a Câmarade Montalegre, na figura do presidente Orlando Alves, deposita na terra que lidera: «avinda do senhor Presidente é sempre positiva porque é uma pessoa que contribui para odesenvolvimento local e bem estar das populações. É sempre um prazer porque trássempre algo de bom e de benefício da freguesia». Lúcia Jorge sintetizou os pedidos queelaborou no caderno que fez questão de ler à comitiva: «pedi-lhe a obra para o largo queenvolve a escola primária; a abertura do Centro Interpretativo do Planalto da Mourela emelhoramentos na zona envolvente da Cerdeira».

DADOS A RETER NA FREGUESIA

Área: 33.5 km2 - Densidade Populacional: 4.3 hab/km2 - População Presente: 145Orago: São RosendoPontos Turísticos: Capela de S. João da Fraga; Cascata; Mosteiro de Santa Maria das Júnias;

Vestígios da aldeia de São Vicente do GerêsLugares da Freguesia (1): PitõesMorada:Junta de Freguesia de Pitões das Júnias - Largo do Eiró, n.º 35470-370 Pitões das Júnias - Montalegre. - Telefone: 966 563 939Email: [email protected] - Website: http://jf-pitoesdasjunias.org

Localizada a escassos quilómetros da sede do concelho, a freguesia da Chã estende-se por uma vasta área territorial onde «felizmente ainda é muito povoada», como fezquestão de sublinhar o presidente da Câmara de Montalegre. Orlando Alves, acompanhadopela vereadora da educação, Fátima Fernandes, no diálogo que travou com o jovempresidente da junta de freguesia, Rui Duarte, recolheu a certeza que o mandato nestalocalidade irá ser cumprido com distinção: «é uma grande freguesia, que dá muito trabalhoao Rui Duarte mas sendo um jovem, tem pedalada e conhecimentos suficientes para daro melhor de si próprio e fazer um bom trabalho nesta freguesia».

Constituída por uma dúzia de lugares - Aldeia Nova, Castanheira, Fírvidas, Gorda,Gralhós, Medeiros, Peireses, Penedones, São Mateus, São Vicente, Torgueda e Travaçosda Chã - a gestão da freguesia é um desafio que tem que ser encarado com confiança.Orlando Alves deposita muita fé no líder da junta de freguesia que lhe comunicou algumasprioridades que terão que ser agora enquadradas no mapa hierárquico das decisões:«do conjunto dos problemas que nos foram apresentados, teremos que agora saberenquadrá-los nas programações anuais que temos que fazer em termos de Câmara. Hácoisas que têm uma prioridade maior e é nessas que, em articulação com a junta defreguesia, vamos atuar». A área é de tal ordem que «se fossemos a atender a todos osanseios que ainda se manifestam e que ainda estão por satisfazer, gastávamos aqui oorçamento do ano», ressalva o autarca. Para Orlando Alves «teremos que ser ponderadose saber hierarquizar os problemas». Do todo, esclarece, «há um problema grave naestrada municipal, na reta de São Vicente, que tem causado algum transtorno e comalguns acidentes». Nesse âmbito «fará algum sentido, na zona do cruzamento para aigreja de São Vicente, colocar um sinal de orientação de tráfego, como já existe emMedeiros», observa Orlando Alves para de seguida rematar: «a segurança dosautomobilistas, e das pessoas que andam a pé, merece-nos o maior cuidado e respeito».

ChãConstituída por 12 lugares, a freguesia da Chã é das mais extensas do

município de Montalegre. Próxima da sede concelhia, teve a visita do executivomunicipal onde o presidente Orlando Alves tomou notas de um conjunto desolicitações comunicadas pelo jovem presidente da junta, Rui Duarte.

Membros do Executivo:

Presidente: Rui Pereira DuarteSecretário: Sandra Rua Gonçalves PintoTesoureiro: Manuel Cândido MirandaMembros da Assembleia de Freguesia:Presidente: Manuel Pereira DuarteMaria Cristina Gonçalves dos Reis DiasAlípio Gonçalves TeixeiraJorge Dias da CostaRui Pedro da Costa GonçalvesPaulo Alexandre da Costa DiasAna Patrícia da Silva Barros

«INDICAR PRIORIDADES»Atento e observador, o presidente da junta de freguesia da Chã aproveitou a presença

do executivo para chamar a atenção para questões que urge tomar mão. Solicitaçõesponderadas, avança Rui Duarte: «tendo consciência dos limites orçamentais, fomosindicando algumas questões que poderão resolver, até de uma forma rápida e sem grandescustos, algumas das nossas necessidades. As outras obras, que exigem orçamentosmais avultados, temos consciência que irão demorar mais algum tempo». Todavia, «anossa principal missão foi indicar algumas prioridades no sentido de, em conjunto,conseguirmos fazer um mandato digno», destaca o jovem autarca. Por fim, Rui Duarterelatou, em síntese, o que pediu ao executivo municipal: «pedimos o melhoramento dealguns arruamentos, nomeadamente em Penedones, Medeiros e Fírvidas. Temos umaquestão nos caminhos agrícolas em Travassos da Chã. É um pequeno problema jurídicopara resolver e onde pedimos a intervenção do município. Temos, também, um problemade velocidade na estrada municipal em São Vicente onde, por exemplo, este mês houvedois acidentes. Na passagem para peões, junto ao cruzamento, há uma situação que temque ser melhorada. Depois há outras questões como, por exemplo, a degradação dasplacas da toponímia, embora não sejam muito antigas».

DADOS A RETER NA FREGUESIA

Área: 51 km2 - Densidade Populacional: 14.7 hab/km2 - População Presente: 752Orago: S. VicentePontos Turísticos: Igreja Românica e Inscrição votiva a Júpiter (S. Vicente); Ponte Velha

(Peireses); Sepulturas Antropomórficas e Ara (Penedones); Via Romana (Gralhós); Cascata de Fírvidasl;Parque de lazer de Penedones.

Lugares da Freguesia (12): Aldeia Nova, Castanheira, Fírvidas, Gorda, Gralhós, Medeiros,Peireses, Penedones, São Mateus, São Vicente, Torgueda e Travaços da Chã.

Morada:Junta de Freguesia da Chã - Travessa do Gonçalo n.º 13- -5470-071 Chã - MontalegreTelefone: 936 511 495 - Email: [email protected]

CORREIO DO PLANALTO – 5

Chegou à Europa em 2004 (França) e foi vista, pela primeira vez, em Portugal em2011. No concelho de Montalegre, apesar de ainda não haver qualquer dado oficial, temprovocado alarido suficiente a ponto de ter sido promovida uma sessão pública deesclarecimento nas instalações do quartel dos bombeiros de Montalegre. Falamos davespa velutina, mais conhecida por “vespa asiática” ou até “vespa assassina”. O alarmena população é de tal ordem que chegam aos telefones dos bombeiros uma média deseis chamadas diárias. Uma praga que surgiu na China e que tem colocado os “olhos embico” à comunidade portuguesa, em grande parte alicerçada pelo que tem sido transmitidona imprensa, defende João Paulo Costa, um dos oradores desta sessão pública, quefalou em nome do Agrupamento de Produtores de Mel de Barroso, coadjuvado pela técnicaCarla Teixeira, responsável pela exposição apresentada.

«NO NOSSO CONCELHO NÃO HÁ QUALQUER REGISTO»Particularmente atento esteve David Teixeira, vice-presidente da Câmara Municipal de

Montalegre e Comandante dos Bombeiros Voluntários de Montalegre. Para o autarca feztodo o sentido avançar para esta sessão de esclarecimento: «foi importante esclarecer apopulação, os agentes que, no fundo, são responsáveis por ajudar a resolver esta situaçãoda “vespa asiática”. Felizmente, no nosso concelho ainda não há qualquer registo». DavidTeixeira fez questão de esclarecer que a “vespa asiática” «tem sido confundida com avespa crabro (vespa europeia)». Daí que tenha deixado o alerta: «vamos tentar não destruir,de forma indiscriminada, tudo que aparece». Neste sentido, «foi importante esta ação deformação e de sensibilização porque foram afinados procedimentos entre a Direção Geralde Veterinária, Câmaras Municipais e os agentes da Proteção Civil, sejam privados sejamos bombeiros que são os que estão mais próximos das populações».

RIGOR NAS INTERVENÇÕESO autarca referiu ainda que «sai daqui o compromisso de a comunicação circular

melhor entre todos os agentes e de apenas intervir onde haja perigo de ataque às pessoas(casas, armazéns, palheiros...) ou em áreas muito próximas às casas». Não se verificandoestes pressupostos «não vamos continuar a queimar os ninhos de vespas crabro eesperemos que tão cedo não se verifique o aparecimento da vespa asiática».

Até ao momento, não há qualquer registo no concelho

Vespa Asiática - Sessão de esclarecimentoAinda sem registo oficial no concelho de Montalegre, a vulgarmente

conhecida “vespa asiática” mereceu uma sessão de esclarecimento que teveo envolvimento da autarquia na figura do vice-presidente David Teixeira. Apalestra, feita nas instalações do quartel dos bombeiros de Montalegre, tevecomo foco os agentes que terão de intervir nas solicitações dos particulares etentar sensibilizar a comunicação social para esmorecer o alarmismo querodeia esta matéria.

Montalegre acolheu a última das cinco reuniões agendadas, que apareceu noseguimento dos trabalhos realizados na primeira reunião do Fórum Permanente doTurismo Sustentável que teve lugar em Montalegre, no passado 8 de setembro. Umencontro dirigido aos membros do Fórum pertencentes aos municípios que integram oterritório CETS (Carta Europeia de Turismo Sustentável) do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG). Por outras palavras, foram convocados todos os agentes públicos eprivados do setor do turismo (e/ou com interesse nesta matéria) dos municípios deMelgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre (alojamento,restauração, animação, pontos de venda, produtores agrícolas, artesanato, associaçõessocio culturais, etc.).

A reunião teve por missão identificar as linhas de atuação prioritárias para o futuroplano de ação da CETS do PNPG. Tratou-se de sinalizar as linhas de atuação que irãopotenciar os fatores positivos e aquelas que irão diminuir os fatores negativos identificadose validados na primeira reunião do Fórum.

TRABALHO EM REDEIdeia forte do grupo de trabalho é avançar para um trabalho «em rede» de forma a

potenciar o que existe de bom e corrigir o que trava o desenvolvimento de um território quegira, em grande parte, em torno de uma marca reconhecida como é o PNPG. Sofia Alves,uma das oradoras, referiu que estivemos perante «uma reunião territorial» onde foisolicitado às pessoas para se «organizarem em grupos temáticos (alojamento,restauração, animação turística...) e identificarem os pontos positivos e negativos». Apóseste trabalho, «juntaram-se todas as conclusões dos diferentes grupos temáticos e, comisto, foram realizadas as reuniões territoriais». Aqui também se pediu que «identificassempossíveis soluções que permitam aproveitar os pontos positivos e resolver os pontosnegativos». «Tivemos um grupo considerável de pessoas, agentes do território,económicos, que identificaram um conjunto de caminhos para seguir», reforçou.

PNPG: MARCA QUE VENDENuno Rodrigues, em nome do Ecomuseu de Barroso, destacou a importância do

encontro de modo a potenciar a marca PNPG: «o Ecomuseu de Barroso e o município deMontalegre fazem parte do grupo de trabalho da CETS (Carta Europeia de TurismoSustentável). Foi aqui realizada a primeira reunião do Fórum Permanente do TurismoSustentável, onde foram abordadas muitas temáticas deste projeto. Houve bastanteparticipação por parte das populações locais, onde tiveram oportunidade de colocar osseus problemas e dar ideias para o futuro do concelho e do Gerês». Sem se deter,continuou: «o PNPG é uma marca que vende e que nós temos que aproveitar para promoverainda mais a nossa região. Está em jogo muito do futuro da nossa região. Em conjuntocom todos os atores deste projeto, devemos corrigir as falhas e potenciar esta magníficamarca que é o PNPG».

CETS PNPGA candidatura à Carta Europeia de Turismo Sustentável do PNPG integra o território

constituído pelos municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barcae Terras de Bouro, o qual abrange cinco Áreas Protegidas e Classificadas. Para que oParque Nacional da Peneda Gerês seja novamente galardoado com a Carta Europeia deTurismo Sustentável, os parceiros institucionais do território e os agentes económicos esociais ligados ao setor do turismo, deverão trabalhar em conjunto para o desenvolvimentodos princípios de sustentabilidade da CETS. Para o efeito é necessário:

- Reativar o processo de participação pública durante a elaboração da candidatura quedeverá perdurar ao longo dos cinco anos da vigência da CETS, através da criação deestruturas participativas permanentes que colaboram na discussão e validação dasdiferentes fases da CETS, mais especificamente uma Equipa Técnica de Projeto e umFórum Permanente Turismo Sustentável; 

- Elaborar um dossier de candidatura, que consta de um formulário de candidatura,uma caraterização e diagnóstico do território, uma estratégia e objetivos para odesenvolvimento turístico sustentável a cinco anos e o respetivo plano de ação. 

Cada candidatura é objeto de uma verificação que é realizada por um auditor externonomeado pela Federação EUROPARC. Após visita de dois dias ao território, o verificadornomeado elabora um relatório para o Comité de Avaliação da CETS que decide e propõeao Conselho Diretivo da Federação a outorga do galardão. A CETS é renovável cada 5anos através da apresentação de uma reavaliação. No caso do PNPG, a renovação deveriater tido lugar no ano de 2011, no entanto, diferentes constrangimentos atrasaram o processopelo que, dado o atraso, metodologicamente a opção mais vantajosa é a apresentação deuma nova candidatura. No entanto, mantém-se entre os objetivos a realização de umaavaliação do processo anterior.

O processo da Carta Europeia de Turismo Sustentável no território do PNPG nãoculminará com a apresentação da candidatura à Federação EUROPARC, muito pelocontrário, a partir desse momento iniciar-se-á a segunda fase deste processo, onde seránecessário manter ativas as estruturas participativas constituídas, permitindo umacompanhamento e monitorização contínua da implementação do Plano de Ação proposto.Passados os cinco anos de implementação deste segundo Plano de Ação, se for dointeresse de todos os atores locais implicados no processo renovar-se-á a Carta,elaborando-se uma nova Estratégia e respetivo Plano de Ação por mais cinco anos.

Futuro do PNPG discutido no Ecomuseu de BarrosoNo seguimento dos trabalhos realizados na primeira reunião do “Fórum

Permanente de Turismo Sustentável”, feita em Setembro na vila de Montalegre,as temáticas voltaram a ser discutidas pelos membros do Fórum pertencentesaos municípios que integram o território CETS do PNPG. O encontro acontecena sede do Ecomuseu de Barroso onde marcou presença um númeroapreciável de agentes locais.

«VESPA ASIÁTICA IRÁ CHEGAR»Por sua vez, o veterinário João Paulo Costa confessou que mais tarde ou mais cedo irá

chegar a “vespa velutina”. O aparecimento terá mais dificuldade em vigar nas zonas friase altas do Barroso em contraponto com as zonas baixas e de maior temperatura. Um factoque exige preparo e afinco na capacidade de resposta: «nada melhor do que a gente estarpreparado para algo que possa surgir. Isto nem sequer é perigoso demais. Temos é queter algum cuidado e saber o que temos que fazer, porque se algum ninho for mal destruído,iremos originar uma série deles». A ideia «é criar equipas que saibam ir para o terreno eque saibam identificar bem as abelha», sublinha o técnico. João Paulo Costa aproveitoupara colocar travão no alarme em volta desta matéria: «é importante dizer que as notíciasquando aparecem na televisão, aparecem sempre com grande dramatismo. Dizem, porexemplo, que a picada desta abelha é muito pior, o que não é verdade. A toxicidade é amesma. São é um pouco mais agressivas e perseguem mais as pessoas. Não há relatosque as pessoas tenham ficado pior só porque foi picado pela vespa asiática».

6 – CORREIO DO PLANALTO

Sabroso 0 - Montalegre 4

28-09-2014

por: Nuno CarvalhoF U T E B O L

Campeonato Distrital da A. F. Vila Real - 5ª jornada - 26.10.2014

Estádio Dr. Diogo Vaz PereiraARBITRO: André Santos auxiliado por Fernando Nunes e Fábio Nunes

Sem memória não há passado nem futuro. Tudo se reduz ao imediatismo.- Que importa a memória do passado, das pessoas e dos povos, se tudo isso pertence

já ao domínio do inalterável?Évariste Galois é um caso trágico mas revelador da importância da memória. Aos vinte

anos, e apenas cinco depois de se dedicar em exclusivo a estudar matemática, conseguefazer frutificar uma original e ardente paixão, ao determinar a condição necessária esuficiente para que um polinómio possa ser resolvido por raízes; não só resolveu umantigo problema em aberto, como criou um domínio inteiramente novo da álgebra abstrata:a teoria dos grupos.

Por essa altura é atraído por uma dama que estava noiva. Stephanie já estavacomprometida com um cidadão chamado Pescheux d’Herbinville, que descobriu ainfidelidade de sua noiva. Furioso e sendo um dos melhores atiradores da França nãohesitou em desafiar Galois para um duelo ao raiar do dia seguinte. Évariste conhecia aperícia de seu desafiante, com a pistola. Na noite anterior ao confronto, que acreditava sera última oportunidade para registrar suas ideias no papel; ele escreveu cartas para osamigos explicando as circunstâncias...”eu cedi à provocação que tentei evitar por todos osmeios”. Um dos seus maiores temores era que sua pesquisa, rejeitada pela Academia,se perdesse para sempre. Numa tentativa desesperada de conseguir reconhecimento,ele trabalhou a noite toda, escrevendo o teorema que, acreditava, explicaria o enigma deuma equação do quinto grau. As páginas eram, na maior parte, uma transcrição dasideias que ele já enviara a Cauchy e Fourier, mas sem os detalhes explicativos da complexaálgebra explanada. Naquele turbilhão da noite foi fazendo referências ocasionais obre oseu estado de espírito e exprimindo exclamações de desespero.

– “Eu não tenho tempo, eu não tenho tempo!” No final da noite, quando seus cálculosestavam completos, ele escreveu uma carta explicativa ao seu amigo Auguste Chevalier,pedindo que, caso morresse, aquelas páginas fossem enviadas aos grandes matemáticosda Europa.

Na manhã seguinte, Quarta-feira, 30 de maio de 1832 num campo isolado, Galois ed’Herbinville enfrentaram-se a uma distância de vinte e seis passos, armados com pistolas.D’Herbinville viera acompanhado de dois assistentes, Évariste Galois estava sozinho. Elenão contara a ninguém o seu drama. As pistolas erguidas, dispararam. D’Herbinvillecontinuou de pé. Galois foi atingido no estômago. Ficou a agonizar no chão. Não havianenhum cirurgião por perto e o vencedor foi embora calmamente, deixando seu oponenteferido para morrer. Algumas horas depois Alfred chegou ao local e levou seu irmão para ohospital. Era muito tarde, já ocorrera uma peritonite e no dia seguinte Galois faleceu.Antes de morrer disse para seu irmão: “- Não chore, preciso de toda a minha coragempara morrer aos vinte anos”.

O contributo para o progresso do conhecimento humano não teria sido o mesmo senão tivesse passado a noite a registá-lo, como memória. E aqui surge uma outra dimensãoda mesma memória: a sua passagem a escrito que, de outra forma, não poderia perdurar.

Ocorre-me o que sobre este tema disse um dos mais distintos pedagogos de sempre,em Portugal - João de Deus: - A palavra falada é o encanto de mães e filhos; mas averdadeira palavra do homem é a palavra escrita, porque só ela é imortal.

Quando temos pela frente um povo sem voz, na sua grande maioria analfabeto, temosjá hoje, felizmente a possibilidade de prolongar o seu pensamento, de conservar o relatoda sua experiência e das condições de vida, da angústia e da esperança, imortalizandoum tempo e uma forma de viver, que se poderá sempre revisitar.

Os nossos antepassados celtas desenvolveram uma civilização avançada. Foraminovadores na tecnologia do bronze e do ferro, criaram um dos maiores domínios territoriaisde sempre na Europa, venceram e saquearam Roma. Mas hoje sabe-se pouco sobre asua história, a sua trajetória, a sua cultura.

- Porque é que isso aconteceu e que reflexão nos pode aportar? – Satisfação de uma simples curiosidade?- Muito mais que isso!A primeira tarefa da educação é saber quem somos, é aprender a olhar para nós

mesmos e saber como produzir mudanças.Os chefes celtas entenderam que cultivar a escrita da língua, era desenvolver menos

a memória. Júlio César refere esse aspeto, dizendo: eles não desejam que o seu sistemase torne comummente conhecido, nem que os seus aprendizes, apoiados pelo registoescrito, deixem de exercitar a sua memória; e de facto acontece que os que dependem dedocumentos escritos são menos industriosos em aprender de cor e têm uma memóriamais fraca.

Quando não falamos nós, alguém fala por nós e sobre nós. Foi o que aconteceu aosceltas. O pouco que sabemos devemo-lo em grande medida aos historiadores e geógrafosgregos e romanos que os referiram nos seus relatos. Todavia é hoje entendido quemuitas das suas análises são culturalmente erróneas e depreciativas da civilização celta,como acontece frequentemente quando se fala de opositores e inimigos. Os gregos e osromanos representam os celtas como um povo bárbaro, como uma sociedade destemidae guerreira, orgulhosa e ignorante, vivendo sem opulência, dados a entretenimentos puerise frequentemente embriagados.

Estudos recentes dão-nos conta de que 55% dos portugueses atuais são descendentesdos celtas. Alguém sente orgulho ao ouvir o que gregos e romanos disseram sobre osceltas? Felizmente hoje são conhecias realidades desta civilização que repõem assuntono lugar que ela merece. Infelizmente, em Portugal continuam escassos os conhecimentossobre estes nossos antepassados, mais uma vez porque não se deram ao trabalho deregistar por escrito o tempo que viveram.

Que nos sirva de exemplo e não permitamos que que gente menos escrupulosa digaatoardas sobe o povo barrosão que somos, muitas vezes exagerando sem conta, com aúnica pretensão de impressionar o leitor e mostrar o seu talento para a escrita. Se nãosoubermos de onde viemos não saberemos também para onde vamos. E essa é, a meuver, a maior dificuldade com que presentemente nos debatemos, vacilando na escolha docaminho a trilhar, sem auto estima bastante para cimentarmos, no seio da sociedade, umsentimento de confiança básica, indispensável para seguir em frente.

A importância da Memória dos povospor: António Chaves

À CONSIDERAÇÃO DOS NOSSOS PREZADOS ASSINANTESDevido a problemas levantados no banco, a pretexto de que são normas

da CEE, solicitamos aos nossos prezados assinantes e anunciantesque, sempre que nos passem cheques NÃO ENDOSSÁVEIS, o façam emnome do proprietário do jornal, Bento Gonçalves da Cruz.

Muito obrigado.

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AO INTERVALO: 0-3

Golos : Bruno Madeira (20) , Fidalgo (32 e 38) e Zack (90)

GoleadaO Montalegre resolveu o jogo logo na primeira parteDepois de algumas dificuldades iniciais o Montalegre abre o activo aos vinte minutos -

Veras ganha a bola pelo ar, assiste Fidalgo que oferece o golo a Bruno Madeira. JorgeFidalgo foi a grande figura do jogo, pois, além de uma assistência para golo, ainda marcoudois tentos de belo efeito aos 32 e 38 minutos. O Sabroso cometeu erros defensivosimperdoáveis e saiu para o intervalo já com a derrota no bolso. Na etapa complementar e aperder por 0-3 pouco podia fazer a equipa treinada por Rui Fernandes, senão jogar umfutebol positivo… Honra seja feita ao Sabroso que tentou sempre jogar bem, já o Montalegrea vencer por 0-3 passou a gerir o jogo a seu belo prazer. Zack, um dos reforços, estreou-sea marcar aos 90 e no minuto seguinte, isolado, atira ao lado.

Nas ultimas duas partidas o Montalegre marcou 8 golos (!) e não sofreu nenhum…Está portanto no bom caminho a equipa barrosã ….!

Campeonato Distrital da A. F. Vila Real - 4ª jornada - 19.10.2014Campo da Avenida

ARBITRO: Hugo Araújo auxiliado por José Teixeira e Júlio Gouveia

AO INTERVALO: 2-0Golos : Bruno Madeira (11) , Veras (43) , Henrique (65)

Grande triunfoGraças a um primeiro tempo de grande nível o Montalegre somou a terceira vitória

consecutivaA equipa barrosã entrou muito forte nesta partida e dominou a primeira parte, não

deixou Dani e João Miguel pensar, e o Mondinense acabou por ficar manietado e a falharmuitos passes. O Montalegre a jogar um futebol objectivo e dinâmico faz o primeiro golologo aos onze minutos por intermédio de Bruno Madeira a passe de Fidalgo… Muito bemo Montalegre a defender e a atacar e Rendeiro está perto do segundo. Depois Veras faz o2-0 num pontapé comprido com grande chapéu a César. Um golão a mais de trinta metros!Ao intervalo 2-0. Na etapa complementar o Montalegre não conseguiu manter o mesmonível do primeiro tempo, o Mondinense soltou-se das amarras e passou a chegar maisperto da baliza de Vieira. Depois de um pontapé longo Henrique reduz a desvantagem dosvisitantes. O Montalegre treme um pouco e Zé Henrique está perto do empate. Já emperíodo de compensação Bigodes atira à barra barrosã… O Montalegre acaba o jogo como credo na boca mas consegue o objectivo. Vitória justa graças a uma primeira partesoberba.

Montalegre 2 - Mondinense 1

A minha terra!O meu chão!Este cheiro!Que sem venenoSe sente longeSem estar presente.É no frio...É na gente...Que se sente!Ver-te faz-nos crerQue a tua belezaÉ a herança farta no meu berço ...Que existe nos rostos,Nas esquinas, nos montes e em todos

os ventos.

Nunca teria reservasEm dizer que me orgulhoEm ter nas veiasO fermento da genteE das gentes que sentemO que um Barrosão pode ser.

Deleito agresteQue Nas vestes transmitesAos olhos o horizonte.Vêem longe os singelos pastos, as

arcaicas casas,

o silêncio seguro das ruas, o respirardos sonhos secretiados aos seus velhoscarvalhos, pelas findadas gentes, onde ariqueza nao se mostra crua à suapermanente beleza, em cada traço do seutemperamento marcado por cada filhoesquecido.

Que de todos os olfatos e gostosNenhum é mais risonho

Que o ouvir do caminhar certo dos seusrios desbravando os seus trilhos, águasessas que levam sonhos e carregamesperanças.

Quem nao te achar bela...Aldeia de ontem...Simplesmente é cega!Porque nenhuma beleza é mais segura

do que tua.

Gente! gentes guerreiras, construídasem cada pilar do seu suor heróico.

Nao temas porque nenhuma alma teesquece, quando conhece a tua belezaplanar.

O infinito sentirDesse orgulhoSentido por dentro e cá dentro.De todas as verdadesEssa paz que tanta tranquilidade trás

Ao povo que te admiraQue acolheQue se inflamaCom todas as conquistas,Essa verdade sem mentira

Que nenhuma aldeia e mais seguraQue o abraço dado ao chegar, em um

simples olhar, Por mim, por ti e por todosos que te amarem.

Mafalda Barroso

SALTO ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CORREIO DO PLANALTO – 7

A festejar mais um ano de existência no concelho, a delegação da Cruz Vermelhade Montalegre abriu portas à comunidade para comemorar o aniversário. Do eventoconstou a apresentação do livro “A voz que nos chama”, da autoria de Deolinda Silva,presidente da instituição.

Delegação de Montalegre em festa

Aniversário da Cruz VermelhaA delegação da Cruz Vermelha de Montalegre assinalou mais um

aniversário. Nas instalações do antigo ciclo, na vila, foram muitos aquelesque se juntaram para celebrar a efeméride. A festa, muito animada, foiacompanhada, entre outros, pelo executivo municipal. Orlando Alves,presidente da edilidade, reconheceu o «trabalho feito» e fez «votos decontinuidade».

Para a autora, «o inicio é sempre difícil em qualquer situação». Todavia, «nós játemos a estrutura montada, temos instalações e um bom grupo de trabalho devoluntários».

A qualidade «está assegurada», porém, «não temos quantidade», lamentou. Atocontínuo, salientou que «estamos a crescer, com muitos projetos para abraçar... masprecisamos de gente para ajudar».

Por sua vez, Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, saudoutodos os presentes e felicitou a Cruz Vermelha «por ser incansável» e reconheceu «oexcelente trabalho que tem vindo a ser feito».

Para rematar, o edil fez votos de que a instituição continue com «esta dinâmica».

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, João Paulo Abreu, 41 anos,foi encontrado inanimado em sua casa, sendo transportado para o Hospital de Cha-ves e dando entrada já cadáver.

O alerta foi dado por um grupo de pessoas que o esperavam para a realizaçãode uma reunião e que estranharam o seu atraso. João Paulo Abreu foi encontradopelo INEM na sua residência ainda com vida, no entanto já terá dado entrada noHospital de Chaves já cadáver e sem indícios de violência.

Segundo fonte hospitalar supõe-se que terá sido vítima de ataque cardíaco, oque só poderá ser confirmado depois da autópsia.

Morreu o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Chaves

Em Outubro o lume já é amigo. Também na cama um cobertor já dá o seu jeito, vãofrias as noites, acabaram-se as esplanadas repletas de gente, e os dias, não havendosol, requerem um agasalho por cima da camisa. Foi-se o verão, que pouco se viu, nãohouve canículas e até choveu em demasia. Temos aí o triste Outono, com a sua palidez deluar, e as chuvas caindo em força, inundando as ruas da cidade, a minha Braga peniquinhodo céu, com ruas e túneis fazendo lembrar o mar da Palha. Só mesmo de barco seconseguia andar pela rodovia e os túneis ficaram entupidos de água e lama. Foi um Deusnos acuda, as tampas do saneamento levantadas pela água, ai Jesus, aquilo era água etrampa, um pivete de arrepiar, valeu ser de noite e o pessoal estar já recolhido em suascasas.

O meu Borda de Água, que consulto uma vez por outra diz-me que «em Novembro põetudo a secar, que pode o sol não voltar». Voltar ele volta, quando mais não seja pelo verãode S. Martinho, mas é bom estar precavido conta as intempéries, que Novembro, eDezembro também, são meses sacanas e de poucos amigos. Com a mudança de hora,em finais de Outubro, último domingo do mês, os dias ficam tão pequeninos que não dágosto passar por eles. Apetece fazer como os lagartos, hibernar e dormir uma soneca demeses para não ver o tempo passar. Que tempo, qual carapuça? Tempo de merda, comvossa licença, eu detesto estes dias, fico perdido por entre o temporal, não sei onde hei-de meter-me para fugir às intempéries. Inda por cima ter que atrasar os relógios todos cáde casa uma hora, atrasar, senhores, andar com os ponteiros para trás, que é umamaneira de estragar os relógios. Pergunto a mim próprio qual a necessidade e o propósitode, todos os anos, no último domingo de Outubro, termos de atrasar os relógios umahora. É de doidos esta mania de atrasar o tempo e logo uma hora, podiam ser duas outrês, ou apenas meia hora, já agora não vinha daí mal algum ao mundo. Quem fica aganhar com este despropósito? Os comerciantes? Os industriais? Os notívagos? A arraiamiúda? Ou finalmente a EDP, onde campeia a arraia graúda, se assim se pode dizer?Seja como for este atraso da hora não deixa de ser uma palermice, no meu fraco entender,claro, que não tem cabimento no diário das altas sumidades do país. Eles traçam edecretam, bem ou mal, a nós resta-nos cumprir e sair da cama ainda de noite, quando osgalos dormem o sono dos justos. Pax vobiscum.

Por falar em galos reparo que o do Ambrósio desapareceu. Era um galo de cincoestrelas, um galaroz de primeira, com umas esporas de cavaleiro e uma crista que mefazia lembrar a rainha de Inglaterra. Um galo e tanto que impunha respeito e que euandava com ideias de comprar para com ele fazer

uma arrozada de cabidela. Pois o frango foi-se e o arroz também, ficaram os convidadosa apitar, tende paciência, meus velhos, lamento muito, mas sem frango não há arroz.Culpa minha que devia ter falado a tempo com a senhora Laurinda, mulher do Ambrósio,para não vender o frango sem falar comigo, nunca pensei que se desfizessem do galosem mais nem menos. Às tantas comeram-no e se assim foi só me posso regozijar, quelhes tenha feito bom proveito. Adeus galo, adeus galador de trinta ou mais galinhas, lá sefoi a pila, não há mais catarinas para galar.

No ano da graça em que estamos, 2014 número par, faz cem anos que rebentou aprimeira guerra mundial. Cem anos é muito ou pouco tempo, tudo é relativo e dependedos critérios de cada um, de qualquer maneira devemos gravar na memória aqueles quemorreram nos campos de França, onde milhares de portugueses entregaram a alma aocriador. Rotos, esfarrapados, sem armas que prestassem, tombaram ingloriamente noscampos de batalha. Paz aos seus ossos e às suas almas.

Meu pai foi mobilizado, ele e o tio Manuel da Forja, para irem à guerra, mas meu pai foiesperto e fugiu e a verdade é que nunca ninguém o procurou ou lhe fez mal. Morreu demorte natural aos oitenta anos de idade. Já o tio Manuel da Forja andou por África adefender as terras lusas e contava histórias de pretos, não esteve em França, foi mobilizadopara o Ultramar onde cumpriu a sua missão de soldado da pátria. Por entre umas boascigarradas fartei-me de conversar com ele nos lameiros de Bargela, onde ambos íamostapar a água para regar a erva ou guardar as vacas que, nessa altura, toda a gente tinha.Não é agora o caso, ninguém quer saber de vacas, para que as vacas, se o senhor priorda Mata Mourisca dá o leite de graça.

Pois o tio Manuel da Forja morreu com a provecta idade de noventa e tal anos, semprea falar da guerra e dos pretos. Paz à sua alma. Morreu pobre, sem uma pensão ou umsubsídio de qualquer espécie, é assim que a pátria trata os seus filhos que por ela derama vida e a pele. Agora há pensões por tudo a por nada, até para não trabalhar elas existem.E ainda dizem mal dos tempos que correm. Voltem os olhos para o tio Manel da Forja,soldado recruta da primeira guerra mundial.

F. M.

Conversando...Conversando...

“Sexta 13” e Ecomuseu de Barroso premiadosO nome de Montalegre ecoou, por estes dias, em dois festivais no Norte do

país. “Sexta 13 – Noite das Bruxas”, na categoria Comercial TV, arrecadou amenção Honrosa no VII ART&TUR - Festival Internacional de Cinema e Turismoe “Pão Lêvedo”, documentário do Ecomuseu de Barroso, recebeu o PrémioUNESCO no FAFE FILM FEST- Festival de Cinema de Fafe

A qualidade das produções do municípiode Montalegre continua a ser distinguidaalém fronteiras. Dois trabalhos foram,recentemente, galardoados em doisfestivais.

“Sexta 13 – Noite das Bruxas”, publi-cidade alusiva ao evento, foi premiada pelojúri do VII ART&TUR - FestivalInternacional de Cinema e Turismo, quelhe atribuiu a Menção Honrosa nacategoria de Eventos, Feiras eCongressos.

Por sua vez, “Pão Lêvedo”,documentário do Ecomuseu de Barrosorealizado por João Sardinha, recebeu oPrémio UNESCO na quarta edição doFAFE FILM FEST - Festival de Cinemade Fafe, organizado pelo Cineclube deFafe, em parceria com o município local.

Presidente da Câmara mostra um dos prémiosconquistados

8 – CORREIO DO PLANALTO

por: Maria José Afonso

NOTÍC IAS - NOT ÍC I AS - NOTÍC IAS - NOT ÍC I AS -NOTÍC IAS

Decorreu no passado dia 18 de outubro em Ribeira dePena o XVI Congresso Federativo, onde foi intensamentedebatida e aprovada, por unanimidade, a moção deorientação política “afirmar o distrito | criar futuro” cujoprimeiro subscritor é Francisco Rocha, Presidente daFederação Distrital.

De igual modo foi aprovada a moção setorial “PeloAcesso à Saúde em Trás-os-Montes e Alto Douro” daautoria do atual deputado Ivo Oliveira.

REGIÃO:

XVI Congresso Federativo do Partido Socialista

Já foi animador turístico, professor e agora é costureiro.«Quando decidi regressar, arranjei trabalho como professor. A leccionar uma hora por

dia, não era o suficiente para ter estabilidade financeira», afirma. E se as ocasiões fazemas oportunidades, numa altura de crise, Carlos arregaçou as mangas, pegou na máquinade costura centenária que tinha lá por casa, e começou a dar asas à criatividade aoproduzir pequenas peças, como porta-chaves, em burel.

E porquê o burel?«Procuramos trabalhar com matéria-prima que se identificasse com esta região.

Lamentavelmente aqui já não é produzido, pelo que é adquirido na Serra da Estrela etransformado cá.»

Autodidacta, e com força de vontade, diz crer num projecto que tem 2 anos de existência,«acima de tudo é preciso primeiramente acreditarmos em nós e não desistir. Aqui os maispróximos desempenham um papel fundamental, no apoio moral que é dado.» Refere.

«Único no Momento», conta com uma produção que ultrapassou já as 1000 peçasfeitas de forma artesanal. Empresa familiar, constituída pelo Carlos e a esposa ElsaGonçalves.

Um Professor que virou Costureiro

«São 7 dias por semana, e não seiquantas horas por dia, de manhã, à tardee por vezes noite dentro» que Carlospassa o tempo no corte e costura.

Licenciado em Animação e ProduçãoArtística e com alguma experiência naárea, Carlos Medeiros, 31 anos e naturalde Montalegre é um dos casos de quemfoi e voltou à terra que o viu nascer.

«O motivo? A família.»Diz com um sorriso que espelha o grau

de satisfação por ter feito esta escolhana vida.

A reacção das pessoas é de espanto ao saberem quem domina a arte do corte e cose.«Para quem nos conhece pensa que é a Elsa a costurar e não eu. Primeiro estranha-se edepois entranha-se.» Ri-se.

São ideias criativas que ganham corpo. No pré-escolar, há várias crianças que vestemesta marca com «batas personalizadas de acordo com aquilo que cada menino é e gosta.Depois há as mochilas, e outros adereços criados de acordo com as opções do freguês.»

A originalidade é uma das características que preconiza: «São peças diferentes eúnicas, inspiradas nos nossos filhos. Temos no entanto outras ofertas como capas de burelpara senhora, carteiras, malas, etc.»

Quando lhe pedem algo, como nasce o impulso de criar uma peça original e única?«É um pouco difícil de explicar, há sempre duas perguntas: Qual a cor preferida ou

alguma que não goste de todo.Depois há uma informação que vou buscar à pessoa, aquilo que eu observo no cliente,

tentar perceber como é a pessoa, et voilà.»Abrir a própria empresa não foi fácil, com poucos recursos, e neste sentido as opções

foram trabalhar em casa, vender aos conhecidos e promover os produtos nas feiras e nainternet. Vendas que chegaram já aos Estados Unidos da América ou Suíça. Os preçosvão até aos 170 euros.

Conta num futuro poder viver desta fonte de rendimento e torná-la autónoma.Quando se pergunta: O que faz falta a Montalegre, para poder fixar os jovens?Diz que «as oportunidades não surgem, nós temos que as criar. Não sou formado na

área em que trabalho. Apenas tentei ver aquilo que conseguia fazer, com os recursos quetenho e que marcasse um pouco a diferença.»

Para os jovens que se encontram em situação semelhante deixa a mensagem: «Temosque ir à luta e procurar o que gostamos de fazer. Eu, particularmente, sinto-me realizadocom o que faço, cortei muitos tecidos e parti muitas agulhas, mas cheguei lá.

Somos nós que fazemos a oportunidade, claro que há desemprego, mas conseguimossempre dar a volta. Importa acreditarmos em nós e sentir que os outros também confiam.Se não conseguimos um emprego na área de formação, tentar descobrir o que podemose gostaríamos de fazer. Tudo evolui.»

O Município de Valpaços, em parce-ria com a Junta de Freguesia deCarrazedo de Montenegro e Curros, pro-move a XVIII Castmonte - Feira da Cas-tanha. A edição 2014 do evento foi apre-sentada na passada segunda-feira, dia 27de Outubro, em conferência de imprensa.

Amílcar Almeida, presidente do Muni-cípio de Valpaços apresentou aos jorna-listas o grande evento das Terras deMontenegro, que tem lugar nos dias 7, 8e 9 de Novembro.

VALPAÇOS: Castanha é rainha de 7 a 9 de Novembro

Este ano existem algumas novidades, enquanto diversas atrações se mantêm. Aanimação musical, com banda de música, rancho folclórico, conjuntos musicais, grupode bombos e concertinas serão, como habitualmente, uma constante, assim como avertente desportiva, que é marcada pela montaria ao javali, passeio TT e BTT turísti-co e Pista de trial.

Para este ano o Bolo de Castanha com 600 kg, a ser distribuído ao público natarde de domingo, também fará parte dos ingredientes de sucesso do certame, bemcomo o Concurso da Castanha e da Jeropiga.

Como novidades, Amílcar Almeida apresentou o Concurso de Doçaria da Casta-nha, que irá premiar quem inovar na produção de doces em que faça parte da com-posição o fruto que brota dos centenários soutos da região.

Os Bombeiros Voluntários de Saltoforam chamados pela protecção Civil deMontalegre para fazerem a remoção edestruição de um ninho de vespa asiaticana Freguesia de Cabril.

O ninho, (encontrava-se junto á estra-da), foi removido, transportado para oquartel dos bombeiros e já foi destruído,segundo informou o 2º comandante dacoorporação, Hernani Carvalho.

Vespas Asiáticas

Um individuo de 27 anos foi detido emflagrante delito, no âmbito de investigaçãode inquérito de Tráfico de estupefacienteslevado a cabo pelo Comando Territorial deVila Real da Guarda Nacional Republica-na, através do Núcleo de InvestigaçãoCriminal do Destacamento Territorial deChaves.

Esta operação resultou na apreensãode três plantas de cannabis, dois moinhosde enrolar e uma bolsa com produto es-tupefaciente.

O detido foi constituído arguido e liber-tado mediante prestação de Termo deIdentidade e Residência.

Homem detido

CHAVES

MONTALEGRE

Barrosã apresentaromance

Depois de ter coordenado uma publica-ção onde constam testemunhos do anti-go Colégio de Montalegre, Irene Silva, na-tural de Solveira - Montalegre e atualmentea residir em Lisboa, apresenta na biblio-teca municipal o romance "Enquanto ForSempre".

Uma história para conhecer esta sexta,dia 31 às 21h00.

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