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Director: Nuno Moura Ano XXXIII, Nº 509 Montalegre, 16.02.2017 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i Presidente da Câmara trata mal os emigrantes Política Municipal vista de fora Ranking de transparência dos Municípios. Como devia a Câmara de Montalegre ser transparente. Dr Manuel Ramos P4 A Festa Socialista e "o maior amigo" Mais denúncias sobre a gestão ruinosa da Câmara dos últimos 24 anos P5 ESTA NOSSA HISTÓRIA... O ilustre colaborador João Soares Tavares está de volta ao nosso jornal com uma crónica sobre os navegadores de Quinhentos ao serviço dos Reis de Espanha P9 BOTICAS refloresta com mais de 3.000 árvores P11 CURRENTE CALAMO O Dia de S. Valentim é evocado nas poesias de José Rodrigues, correspondente do NB em Bridgeport Estados Unidos e na crónica do Dr Manuel Verdelho «Amor Mercantilizado». Ps 4 e 12 DESPORTO O Montalegre na fase de Manutenção começou com um empate em casa frente à U. Torcatense. P15 A Dra Elisa Pires, continua a surpreender-nos. Foi recentemente nomeada directora no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Bravo, Dra Elisa! Parabéns, muitos parabéns extensivos à família dos Viriatos, da Portela- Montalegre. Orlando Alves ao Correio do Minho: "É surpreendente que no ‘país barrosão`, uma terra que é essencialmente de emigração, onde há emigrantes que são ‘podres de rico’, onde há felizmente compatriotas muito bem-sucedidos, não existe ninguém que se aventure a fazer uma aplicação financeira na sua terra, para além da construção da casa e pouco mais" e "o deslumbramento da grande metrópole fez com que as pessoas muitas vezes desvalorizassem as terras de onde saíram, ficando pelas suas casas de férias que frequentam uma vez por ano." Isto é humilhar e ofender os nossos emigrantes. Orlando Alves terá de pedir desculpas por estas afirmações impróprias de quem representa o povo montalegrense. A ponte da vergonha: Altamiro (tudo) Claro!, de Bento Monteiro P5 OFERTA ESPECIAL: ESTUFA PELLET AIRE FABRILOR MODELO POLY 8,8KW DESDE 800€ + IVA.

Barroso - aoutravoz.info - Uma outra voz sobre o país e o ... · No dia 10, a neve voltou a ... lá no cimo da serra do Larouco é que ainda luzia o ... termo «Folar» muitas vezes

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Director: Nuno Moura

Ano XXXIII, Nº 509Montalegre, 16.02.2017

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

Presidente da Câmara trata mal os emigrantes

Política Municipal vista de fora

Ranking de transparência dos Municípios.

Como devia a Câmara de Montalegre ser

transparente. Dr Manuel Ramos

P4

A Festa Socialista e "o maior amigo"

Mais denúncias sobre a gestão ruinosa da

Câmara dos últimos 24 anos

P5

ESTA NOSSA HISTÓRIA...

O ilustre colaborador João Soares Tavares está

de volta ao nosso jornal com uma crónica sobre os

navegadores de Quinhentos ao serviço dos Reis de

Espanha

P9

BOTICAS refloresta com mais de 3.000

árvores

P11

CURRENTE CALAMO

O Dia de S. Valentim é evocado nas poesias

de José Rodrigues, correspondente do NB em

Bridgeport Estados Unidos e na crónica do Dr

Manuel Verdelho «Amor Mercantilizado».

Ps 4 e 12

DESPORTO

O Montalegre na fase de Manutenção começou

com um empate em casa frente à U. Torcatense.

P15

A Dra Elisa

Pires, continua a

surpreender-nos.

Foi recentemente

nomeada directora

no Instituto Nacional

de Saúde dos

Estados Unidos.

Bravo, Dra Elisa!

Parabéns, muitos

parabéns extensivos

à família dos

Viriatos, da Portela-

Montalegre.

Orlando Alves ao Correio do Minho: "É surpreendente que no ‘país barrosão`, uma terra que é essencialmente de emigração, onde há emigrantes que são ‘podres de rico’, onde há felizmente compatriotas muito bem-sucedidos, não existe

ninguém que se aventure a fazer uma aplicação financeira na sua terra, para além da construção da casa e pouco mais" e "o deslumbramento da grande metrópole fez com que as pessoas muitas vezes desvalorizassem as terras de onde saíram, ficando pelas

suas casas de férias que frequentam uma vez por ano."

Isto é humilhar e ofender os nossos emigrantes. Orlando Alves terá de pedir desculpas por estas afirmações impróprias de quem representa o povo montalegrense.

A ponte da vergonha: Altamiro (tudo) Claro!, de Bento Monteiro

P5

OFERTA ESPECIAL: ESTUFA PELLET AIRE FABRILOR MODELO POLY 8,8KW DESDE 800€ + IVA.

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16 de Fevereiro de 20172 BarrosoNoticias de

MONTALEGRE«Em Fevereiro cada suco seu rigueiro»

Depois de um mês de Janeiro muito quente que ficou marcado por muitos incêndios por todas as zonas de Barroso, logo desde o princípio do mês de Fevereiro, em Montalegre o tempo foi de um inverno que já não víamos há muito tempo: rajadas de ventos fortíssimos provocaram quedas de árvores algumas seculares arrancadas pela raiz, quedas de árvores também em cima de caminhos e estradas, alguns prejuizos verificados em carros e telhados com telhas a voar para os pátios e os arruamentos.

Na vila de Montalegre, um vento forte provocou também danos em viaturas e dois armazéns da zona industrial tiveram prejuizos de monta nos telhados.

Na Estrada Nacional 103 (EN103), junto a Pisões, a queda de uma árvore provocou estragos em dois carros que estavam estacionados e em Venda Nova vários destes casos aconteceram.

A ser verdade o adágio popular que diz que «se a candelária rir está o inverno p'ra vir, se a candelária chora está o inverno fora», então o inverno está mesmo de saida, conquanto, após tantos dias já passados, o inverno continua teimoso, e bem forte em todo o território nacional e, sobremaneira, nas terras de Barroso a validar outro ditado, neste caso, bem mais certeiro “em Fevereiro cada suco seu rigueiro”.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro de Vila Real (CDOS), verificaram-se várias ocorrências no distrito, a maior parte das quais têm a ver com quedas de árvores ou de ramos para a via pública. Quase todos os distritos do norte estão de aviso laranja, prevendo-se rajadas de vento de 120 kms por hora.

No dia 10, a neve voltou a cheirar as terras serranas de Barroso, mas foi neve de pouca dura, aliás só deu para a fotografia porque, aí pelo meio dia, só lá no cimo da serra do Larouco é que ainda luzia o branco da neve mas que não teria mais de escassos centímetros.

E a chuva e as temperaturas baixas voltaram. Chuvas e muitas chuvas, noites frias, geladas com manhãs pintalgadas de branco.

No fecho da edição, os sinais de mudança de tempo. O sol de que já havia saudades, voltou ainda que tímido às terras de Barroso, as temperaturas continuam baixas mas os especialistas da meteorologia anunciam que vêm aí os primeiros pingos da primavera.

PITÔES DAS JÚNIASVIII Mostra de Produtos Típicos

Pitões das Júnias promove, nos últimos quatro

dias deste mês, de 25 a 28, a 8.ª edição da "Mostra de Produtos Típicos". Será uma boa oportunidade para voltar a adquirir e saborear o que de melhor este concelho sabe fazer no campo gastronómico. O evento, organizado pela junta de freguesia local, é apoiado pelo município de Montalegre.

GRALHASLarápios assaltam casa de pessoa idosa

Foi no Domingo, 29 de Janeiro, pelas 15,00 horas, que uma jovem bateu à porta da casa duma anciã residente na Rua de Trás, por sinal com casas à volta desabitadas, e se fez anunciar como sendo ANA. Lá de dentro a velhota, replicou:

Quem é?Sou a ANA, respondeu a jovem vigiada de perto

por um malandrim dentro do carro.A velhota, crédula nas palavras que ouvia, abriu a

porta. E a moça entrou com uma doce conversa, daqui e dali, do mau tempo, etc. e a tal vigarista conseguiu arrabanhar o pouco pecúlio que a velhota guardava zelosamente em sua casa. Ainda por cima, é a segunda vez que tal lhe acontece.

A GNR, depois do assalto, avisada do caso não deu seguimento nenhum à denúncia, alegando que nada poderia fazer.

Ora bom, este filme já se viu mais vezes. Portanto, já é tempo das pessoas estarem avisadas de que devem ter cuidados redobrados com estranhos que se passeiam pelas nossas aldeias e cuja missão é estudar a maneira de “dar o golpe”.

Não se pode facilitar nada. As pessoas idosas não se deixem levar por cantigas de pessoas estranhas e recusem falar com elas, avisem, logo que possam, as pessoas amigas, as autoridades (Junta de Freguesia) sobre aqueles que andam pela aldeia e não são conhecidos.

Que mais este exemplo sirva de alerta para todos,

principalmente para os de mais idade.Ver texto publicado na edição n.º 506 subordinado

ao título: «A falta de segurança das pessoas nas aldeias do concelho»

Contudo, seria bom que as autoridades (GNR) exercessem alguma vigilância, passando pelas aldeias, de vez em quando, porque a sua presença dá confiança às pessoas e poderá afastar os «amigos do alheio».

CODEÇOSOCasa da Ana do Cunha assaltada

Foi nas vésperas de Natal que, na pacata aldeia de Codeçoso, se operou um assalto à casa dum vizinho do lugar, bem no centro do povo e que terá rendido aos larápios uma grande receita.

Segundo nos informou um familiar da diat casa, os «amigos do alheio» roubaram dinheiro vivo, uma quantia de 15.000 euros, mas, não se ficaram por aqui. Remexeram tudo e quase tudo lhes serviu, a saber, cobertas de fabrico antigo e de muito valor, toalhas, panos da cozinha, colchas, artigos de cozinha, pratos antigos, uma forma de bolos única, 7 quilos de arroz, várias peças de roupa de vestir, uma colecção de moedas, etc. etc. etc. Tudo o que encontraram de valor, eles levaram.

A vizinhança não viu nem deu conta de nada, ninguém notou nem antes nem depois do assalto movimentos estranhos ou carros de fora a circular por ali de forma a levantar suspeitas, nada...

A casa é habitada por um familiar que tem uma vezeira de cabras mas que nada sabe do caso. Dois outros irmãos estão emigrados nos Estados Unidos, longe portanto da casa que os viu nascer. Por sua vez, Maria Baía Rua, emigrante na Bélgica reformada por invalidez, vive neste país e desloca-se a Codeçoso (Portugal) quando pode. A braços com vários problemas de saúde, Maria confessou ao NB a sua profunda tristeza e revolta pelos prejuizos que a sua casa sofreu. Alguns artigos roubados eram património herdado dos pais e avós e os «malditos ou malditas tudo nos levaram. Veja que Natal nós passamos», confidenciou.

O NB ouviu outras pessoas mas sem apurar nada sobre suspeitos ou acerca de sinais que levassem a pelo menos desconfiar, nada.

Entretanto, alguém, pedindo o anonimato, nos informou que os auotres desta operação de gatunagem só podia ser gente que conhecia bem a casa e os andares da família e que, ao contrário do que muita gente pensa, poderão mesmo ser dali, residentes da própria aldeia de Codeçoso.

Vamos admitir que não há crimes perfeitos e que os gatunos venham a ser descobertos e severamente punidos.

VILARINHO DE NEGRÕESHomem desaparecido

Militares da GNR e Bombeiros de Montalegre estão a realizar buscas na barragem do Alto Rabagão (barragem dos Pisões), para encontrar um homem de 61 anos que foi dado como desaparecido em Vilarinho de Negrões.

O alerta do desaparecimento do homem de 61 anos foi dado na terça-feira à noite, dia 14, pela família.

VIADE DE BAIXOA Freguesia na revista do Público

Na edição de 7 de fevereiro, do jornal PÚBLICO saiu uma reportagem sobre a União das Freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas.

O presidente da Junta, Daniel Reis Afonso, falou na mesma acerca da freguesia, uma das maiores do concelho de Montalegre com várias aldeias quase todas situadas à volta da barragem do Alrto Rabagão, onde se fez obra no mandato mas que ainda tem carências.

Sob o título genérico “União de Freguesias em crescimento sustentável”, a página ilustrada com fotografias da barragem do Alto Rabagão e outras do mundo rural descreve a situação, as carências e os anseios constantes em Viade de Baixo. (Ver última página)

SALTOBorralha no roteiro mineiro

O Centro Interpretativo das Minas da Borralha

passa a constar do "Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal".

Promovido pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento e pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA – EDM, o "Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal" pretende, entre outros fins, fazer a «divulgação científica da problemática mineira e geológica e o aproveitamento do potencial de desenvolvimento dos territórios associados às atividades extrativas». Tem por objetivo, «dar visibilidade a um conjunto de iniciativas que se encontram já em desenvolvimento, de enquadramento institucional, dimensões e características diferenciadas, relacionados com a problemática geológica e mineira». Estamos perante «iniciativas de carácter lúdico, cultural, pedagógico, científico, terapêutico, como por exemplo: minas abandonadas ou em exploração; museus; curiosidades, paisagens naturais, etc.».

In cm-montalegre.pt

VALPAÇOSFolar de Valpaços IGP

A Comissão Europeia aprovou o pedido de inclusão do «Folar de Valpaços no registo das indicações geográficas protegidas (IGP).

O Folar de Valpaços é um pão macio retangular recheado com carne de porco, salgada e seca, ou de enchidos ou presunto fumado. A massa do pão é fabricada com azeite virgem extra de Trás-os-Montes DOP ou azeite com características similares, resultando num sabor a azeitona no produto final. O termo «Folar» muitas vezes associado ao conceito de brinde e/ou de dádiva significa «o melhor».

Tradicionalmente, o «Folar» é confecionado durante o período da Páscoa para que, ao domingo de Páscoa, o pároco o recolha junto dos consumidores domésticos durante o denominado «compasso» ou visita Pascal. Esta nova denominação, a 138ª para Portugal, vai juntar-se a mais de 1380 produtos já protegidos e cuja lista está disponível na base de dados DOOR<http://ec.europa.eu/agriculture/quality/door/list.html?locale=pt>.

26 – IDALINA DE JESUS AZEVEDO PEREIRA, de 82 anos, viúva de Domingos José Martins, natural da freguesia de Cabril e residente em São Ane, onde faleceu no dia 31 de Janeiro, sendo enterrada no cemitério de Cabril.27 – CIPRIÃO MARTINS, de 88 anos, casado com Josefina Gonçalves Seara, natural e residente em Vilarinho de Negrões, faleceu no dia 3 de Fevereiro.28 – EMÍLIA PEREIRA CAPELA, de 91 anos, viúva de Luís Gonçalves Guerra, natural e residente na freguesia de Salto, faleceu no dia 7 de Fevereiro.29 – ALBANO PEREIRA BARROSO, de 81 anos, casado com Teresa de Oliveira Andrade, natural da freguesia de Salto e residente em Caniçó, faleceu em Refojos de Basto, concelho de Cabeceiras de Basto, no dia 9 de Fevereiro, sendo enterrado no cemitério de Salto.30 – MARIA DOS ANJOS PIRES RAMOS, de 91 anos, viúva de Manuel Pires de Macedo, natural da freguesia de Sezelhe e residente em Travassos da mesma freguesia, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 9 de Janeiro, sendo enterrada no cemitério de Travassos do Rio.31 – MANUEL PEREIRA RIBEIRO BARROSO, de 59 anos, casado com Maria Goreti Fernandes Gonçalves Barroso, natural da freguesia de Salto e residente em Braga onde faleceu no dia 10 de Fevereiro, sendo enterrado no cemitério de Salto.32 – MARIA HELENA FERNANDES VAZ PIO, de 70 anos, casada com Fernando Pereira Pio, natural e residente em Gralhas onde faleceu no dia 12 de Fevereiro.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos no ano de 2017 até à presente data.

CORTEJO CELESTIAL

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16 de Fevereiro de 2017 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Orlando Alves acusa os emigrantes por não investirem na sua terra

Durante 54 minutos, no «Primeiro Plano» da Rádio Antena Minho /Correio do Minho», Orlando Alves fez aquilo que gosta de fazer: gabar-se de ter feito um mandato sem falhas. «Sou sempre muito pragmático e muito realista. Sinto que fiz bem este primeiro mandato. Sinto, aliás, que fiz muito bem. Já fui designado na comissão política. E sempre consciente que, por muito que se faça, que a minha equipa faça, que os barrosões façam, a verdade é que assistimos ao despovoamento e ao envelhecimento da nossa população, assistimos à nossa incapacidade de renovar o tecido social. Não há terra nenhuma com tanta qualidade de vida como o país barrosão. A verdade é que não havendo empregos, as pessoas têm de sair».

Só ouvi esta entrevista à Antena Minho, na noite de sábado, dia 11 de Fevereiro. Foram 54 muitos com dois entrevistadores, na véspera da inauguração da 26ª feira do «Fumeiro». Está online, assim como também se encontra online, essa entrevista em quatro páginas do Correio do Minho. Só que os Barrosões nem ouvem essa rádio, nem leem esse Jornal. Aqueles que os barrosões leem encontram-se «vetados» à mesa do orçamento da Câmara municipal. É uma vergonha!

Como «não andamos dependurados» na Câmara, nem os jornais de Barroso que chegam aos emigrantes, estão na «graça de deus», achamos pertinente reproduzir neste espaço algumas novidades que se dizem nas costas dos

barrosões.Ficámos a saber, por

exemplo, que «são 200 pequenas indústrias familiares, caseiras» que absorvem um agregado familiar, quase por completo. Mas destas 200 famílias, pelos vistos, apenas 90 produtores têm lugar presencial na Feira. Então das 200 pequenas indústrias familiares, apenas 90 têm direito a uma «barraca» para comercializar aquilo que produzem?

Diz também que «uma das lacunas continua a ser no concelho de Montalegre, a falta de investimento em unidades de transformação ligadas ao fumeiro. Mas que apenas existe uma unidade. E diz também que há um potencial enorme para esse tipo de unidades industriais. E é neste contexto que se surpreende por ser Barroso uma terra de emigração, «onde há emigrantes que são podres de ricos, mas não existe ninguém que se aventure a fazer uma aplicação financeira na sua terra. Fazem uma casa e pouco mais. Eu vou todos os anos a uma feira em Nanterre, fazer a promoção do território e dos produtos locais, faço um apelo mas...E deixo um desafio:«Quando aparecer alguém que crie uma unidade de produção/transformação, seja de que produto for, que empregue, pelo menos dez pessoas, a Câmara oferece o terreno e ele apenas paga uma renda simbólica de 100 euros por mês».

Como questionar não ofende, pergunto-lhe: - que contrapartidas esse empresário assume?

Lamenta-se de que neste seu primeiro mandato: «apanhei a crise, a austeridade projetada para níveis assustadores, muito para além daquilo que seria exigível. Apanhei o encerramento do QREN e o início do «Portugal 2020». Existiu um hiato que nos permitiu trabalhar o Pacto do Alto Tâmega. Na

Comunidade Intermunicipal, no âmbito desse pacote financeiro que nos foi atribuído aquilo que está contratualizado para Montalegre são 7 milhões de euros. Nestes 7 milhões há verbas importantes que não são geridas pela autarquia. À Câmara cabe gerir um pacote financeiro de 3 milhões até 2022.

Na campanha de há quatro anos atrás, o seu antecessor fez saber que deixava os cofres cheios. Eu acreditei. Orlando Alves, começou a distribuir mordomias aos funcionários, aos familiares dos funcionários... Peregrinou pelas freguesias, devidamente assessorado, por vereadores e técnicos, a prometer tudo o que lhe pediam. Agora que se aproxima a prestação de contas, diz que já fez tudo o que prometeu. Quando tomou posse culpava o governo, dessa época. Agora que o governo lhe é favorável vem desculpá-lo. Disse à Rádio Antena/Minho:

«Habituámo-nos sempre a políticas de dependência do estado. Exigimos muito do estado que nem sempre pode acudir-nos...»

Ora aqui está: é o primeiro autarca a desculpar o governo, por facciosismo rotundo. Quando temos de arranjar desculpas esfarrapadas dizem-se banalidades, como Orlando Alves fez nessa entrevista sobre o «cancro» que é a estrada Braga-Montalegre-Chaves.

Que ela é bonita, já todos sabemos. Que ela é a pista do medo e da morte, também se sabe. Mas numa entrevista, onde se devem reivindicar remédios para os grandes males, dizer que temos uma estrada bonita, quando todo o mundo sabe que é o maior cancro contra o desenvolvimento regional,

é uma blasfémia. Durante 54 minutos de rádio, sabendo que essa entrevista iria sair num jornal diário e que, hoje se guarda tudo nas redes sociais, constitui um desperdício falar

de banalidades.Sabem todos os Barrosões

que o nosso concelho não tem um único palmo de auto-estrada. Que não estão previstas, a curto e a longo prazo, novas vias rodoviárias para Montalegre e Boticas, todos os autarcas desse enclave Barrosão, sejam das Câmaras, sejam das freguesias, devem inconformar-se com o drama viário que nos cabe em sorte, desde que há automóveis e alfaias agrícolas. E nos audiovisuais de Braga, mais se deve martelar essa tecla para que estejam do nosso lado. Infelizmente temos um representante conformado com o destino que nos delimita por todos os lados. É pena!

«Temos 135 aldeias e 4 saneamentos que vamos fazer sem alguma ajuda. Tenho a estrada Montalegre a Chaves por Vilar de Perdizes. É um investimento de 3 milhões de euros que vamos concretizar com o pacote do município, sem ajuda nenhuma. Temos em marcha o processo de compra ao estado da Quinta da Veiga por 700 mil euros. Temos a Urbanização de Salto que custará meio milhão. Os campos de futebol de Salto e de Vilar de Perdizes vão ser relvados.

E por que não o campo do Colmeia?

As 135 aldeias vão implicar dez mil lâmpadas LED, por troca com aquelas que iluminaram a região desde que existe a eletricidade. É claro que estas promessas são fáceis de repetir, em cada nova campanha. São velhas e revelhas. Perante os holofotes mediáticos, numa cidade como Braga que é o escoadouro, não só das águas do Cávado e do Rabagão, mas dos Barrosões que procuram ali, as necessidades essenciais que não têm cá, esta linguagem serve de credencial para os ouvintes. Mas quem nasce e vive em Barroso não faz ficção, porque tem os pés firmes na

terra que esgaravatam, como faz a galinha, para se alimentar.

Para já a Câmara aprovou um orçamento de 22 milhões de euros para o ano corrente. Ainda vão chegar mais 5 milhões de fundos do poder central. Não falta dinheiro, seja Orlando Alves ou qualquer outro, o presidente da Câmara. O que faltará é justiça, competência e perspicácia para o gastar com todos, por todos e para todos. Não apenas por algumas terras, com alguns projetos e com algumas lobis.

200 milhões num sapatinho recheado

Já no final desta entrevista de 54 minutos do Presidente da Câmara de Montalegre à Rádio Antena/Minho e que o Correio do Minho reproduziu na edição de 27 de Janeiro, deixou esta certeza: o nosso concelho irá passar a receber, anualmente, do IMI sobre os terrenos que as barragens e os parques eólicos ocupam, 4 milhões de euros, por ano. «A EDP recebe da energia produzida no concelho, uma soma da ordem 200 milhões de euros do Produto Interno Bruto nacional. Ela não tem culpa nenhuma de que o nosso território não usufrua de uma derrama maior ou que os impostos sejam pagos em Lisboa e não no local onde a energia é produzida. Em matéria de IMI que vem aí um «sapatinho recheado» que irá trazer 4 milhões de euros/ano».

Este é o resultado da avaliação decorrente do cálculo do imposto municipal sobre imóveis. Fez-se uma primeira avaliação: a EDP contestou. Realizou-se uma segunda que já determinou pagar por ano, 4 milhões. Eis aqui a melhor notícia do mandato. Mas sonhar não custa. Custará a chegar esse caudal de promessas, próprias de quem está há 30 anos na câmara e usa este truque publicitário para justificar os seus sucessivos fracassos.

O Notícias de Barroso é

a voz independente do povo

de Barroso. Nasceu com este

rótulo e pretende-se que

assim continue. Daqui por uns

meses, os combates partidários

aceleram. Como é normal,

também se vai falar mais de

política partidária. Sabemos

que outras vozes (tanto da

imprensa como da radio

como das redes sociais) se vão

fazer notar, como é natural

também. Cada qual segundo os

princípios que defende.

Agora, uma coisa é

certa: o jornal de todos os

barrosões está aberto a todos

os que queiram expor os seus

conceitos e propostas de

actuação. Desde comunicados

a convites, desde artigos

de opinião a programas,

sei lá que mais, o Notícias

de Barroso publicará tudo

isso, desde que se respeite

as regras de convivência e as

normas constantes do Estatuto

Editorial. Isto para se evitar

querelas em tribunais que nós

queremos evitar a todo o custo.

Eu sou:

Nuno Miguel Afonso

Carvalho de Moura

EDITORIAL

O NOTÍCIAS DE BARROSO

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16 de Fevereiro de 20174 BarrosoNoticias de

Foi publicado há pouco tempo o ranking de transparência dos municípios e como sempre a comunicação social deu-lhe destaque. Os executivos municipais, porém, avaliam-no de modo diverso: aqueles que ficaram bem classificados valorizam-no, aqueles que ficaram mal ignoram-no.

O nome “Índice da transparência dos municípios” não está correto porque pode induzir as pessoas em erro. Ao juntar-se o nome “município” com o nome “transparência”, há a tendência para ver nesse ranking uma espécie de transparência política. Ora não

é nada disso. Esse índice mede apenas a plenitude do seu portal da internet, ou seja, se ele contempla muita ou pouca informação e se permite muitas ou poucas funções e interacções.

No caso de Montalegre, ficou em 42.º lugar, um honroso lugar. Para quem está habituado a ser dos últimos nos diversos rankings sérios que vão sendo feitos (como é o caso da desertificação em que é classificado como o terceiro lugar nacional a contar do fim), valoriza-o suficientemente.

Daí que eu imagine que Montalegre esteja interessado em ser, ano após ano, mais bem classificado para poder exibir esse galardão e poder levantá-lo bem alto em tudo quanto é comunicação social.

Neste singelo artigo dou alguns conselhos à CMM para melhorar o seu portal e, por conseguinte, surgir em primeiro lugar no ranking da transparência e espero que ela os acolha de braços abertos. A questão é importante: é para a CMM ser o número 1. Não lutamos por menos.

Em primeiro lugar, deve pôr on-line as atas da Assembleia Municipal, pois já há cerca de um ano que não põe nenhuma. Eu sei porque não as põe: porque não quer que as pessoas saibam a feroz luta que o PSD/CDS tem movido ao PS, só que isso não é transparência. Refiro-me sobretudo aos pedidos de demissão

do Presidente da Assembleia por não ter competência para o cargo, às denúncias de investimentos não produtivos, à não prestação de contas, à má gestão, à omissão de informação pedida pelos deputados, às promessas não cumpridas (como o caso dos saneamentos), às

festas e forrobodó… Julgo que se esta informação não fosse sonegada, Montalegre subiria alguns lugares no índice da transparência.

Em segundo lugar, a

informação introduzida no portal da CMM deve estar correta, completa e não ser contraditória. Podia citar o caso do Programa da Feira do Fumeiro que foi divulgado sem nele estar expresso o nome “Montalegre” e, por conseguinte, os leitores, quer gostassem ou não do programa, não saberem em que parte do país se realizava aquela feira/festa. Aqui, além da falta de transparência, temos um caso de desperdício de dinheiro.

Quero também aqui referir o meu último artigo acerca da exploração política que foi feita dos pastores, quando o presidente Orlando os pôs a fazer palhaçadas no salão nobre da Câmara a troco de um cheque. No caso do Pastor Eliseu, de Padornelos (ver foto), há informação contraditória: o cheque gigante diz que ele recebe 4.500 Euros, mas o documento PDF anexo, no portal da Câmara, diz que ele deve receber apenas 1.250. Isto é que é transparência? Este caso é passível de muitas interpretações e equívocos, como a de que ele devia receber 1.250 Euros, mas recebe 4.500 por exercer funções políticas da cor da Câmara. Aqui

a falta de transparência dá azo a muitas interpretações, justas ou injustas.

Deixo um terceiro conselho para Montalegre pular directa-mente de 42 para n.º 1. Deve conter no seu portal, por ques-tões de transparência, pois é disso que estamos a falar, uma hiperligação ao portal “Ajuste Direto” para que os munícipes tenham uma noção clara dos contratos que a Câmara faz. De entre os muitos casos escanda-losos que podia citar, refiro o seguinte: o outedoor electrónico junto ao Multiusos foi vendido à Câmara pelo Sr. Paulo Jorge Dias Barroso, membro da Assembleia pelo PS e ex-presidente da junta de Tourém. Custou 28.500 eu-ros e ninguém lhe conhece ac-tividade na área, por sinal muito exigente por lidar com alta tec-nologia. A sua actividade nas Finanças (CAE) é “vendedor de tapetes, carpetes e cortinados”. Isso é que é transparência? (Ver em http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/ConHYPERLINK "http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesquisa/Contrato?a=2005182"-tHYPERLINK "http://www.base.gov.pt/Base/pt/Pesqui-sa/Contrato?a=2005182"ra-

to?a=2005182). Foram pedidas explicações pelo deputado Dr. Marco Sousa numa das últimas Assembleias e não foi fornecida uma só palavra, quer por parte do vendedor, quer do compra-dor. Isso é que é transparência? Porque é que a Câmara não comprou a alta tecnologia direc-tamente à empresa NetScreen e precisou de meter um interme-diário desnecessário no negó-cio, que só percebe de “tapetes, carpetes e cortinados”? Porque é que meteu no negócio um inter-mediário cuja única finalidade é encarecer o preço da tecnologia e levar a Câmara, isto é, o povo, a pagar mais por ele? Isso é que é transparência? Alguém faz isso na sua economia doméstica? Eu não conheço ninguém.

Quando se trata de transparência, a ambição da Câmara deve ser o primeiro lugar. Ainda está longe, mas com os conselhos que eu lhe dou, amigo leitor, tenho a certeza de que, se os cumprir, em 2018 ela vai dar um “pulo de lobo” ao saltar directamente do n.º 42 para o n.º1, que é o único lugar que importa.

MANUEL RAMOS

Política municipal vista de fora

Ranking de transparência dos municípios. Como ser um transparente

CENAS DE UM CASAMENTOFui a um casório gay

Por simples curiosidadeConfesso que até gosteiFoi bonito de verdade.

Vi que noiva não haviaE que noivos eram dois

Das dúvidas que eu traziaVeio a certeza depois.

Homens que homens não eramMas mulheres também nãoE aquele beijo que deramNotei que havia paixão.

Trocaram as aliançasCom retumbante beijoca

Diabruras de criançasQue são de “partir a moca”.

Na recepção aos convivasEnquanto uns conversavam

As “belas noivas” altivasTodas se pavoneavam.

Pareciam dois pombinhosAqueles lindos amores

Ostentando dois raminhosDe delicadas flores.

Acabei aborrecidoPor não ficar a saber

Qual deles era o maridoQual dos dois era mulher!

José Rodrigues, Bridgeport, CT USA

DIA DOS NAMORADOS

Dei-te um beijo e o coração

Bateu forte que o senti

Como foi tudo tão bom

Tudo me fala de ti.

Que, por rosa perfumada

Te criei no meu jardim

Rosa só por mim beijada

Em dia de S. Valentim.

As coisas mais amorosas

Trazem abraços, beijinhos

Nem todo o amor são rosas

Nem toda a flor tem espinhos.

Valentim é bom rapaz

Ninguém o pode negar

Aos corações traz-nos paz

Aos lábios doce beijar.

Caiu-me a rosa nos braços

E desfez-se em carinhos

Uni-me a ela entre laços

Sem ter medo dos espinhos.

FELIZ DIA!

José Rodrigues, Bridgeport CT USA

Este outdoor electrónico foi vendido à Câmara pelo ex-presidente da Junta de Tourém e membro da assembleia pelo

PS, Sr. Paulo Barroso. Custou 28.500 euros. A sua actividade nas Finanças é “vendedor de tapetes, carpetes e cortinados”. Isso é

que é transparência?

Ainda o caso do Pastor Eliseu, de Padornelos. O cheque gigante diz que

recebe 4.500 Euros, mas o documento PDF anexo, no portal da Câmara, diz que ele

deve receber apenas 1.250 por ser dono de 207 cabras. Isso é que é transparência?

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16 de Fevereiro de 2017 5BarrosoNoticias de

A pergunta, pertinente, não foi feita por nenhum daqueles maldizentes de Montalegre que só sabem dizer mal da gestão(?) municipal levada a cabo por Fernando Rodrigues. Não, não foi! Ela foi feita pelo insuspeito Altamiro Claro, ex-presidente da Câmara Municipal de Chaves, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços e

distinto militante socialista que, claro está, consegue distinguir a diferença entre a má e a boa gestão de dinheiros públicos.

Para quê construir uma ponte no meio do nada, sem acesso a coisa nenhuma, derretendo ao erário público cerca de meio milhão de euros? Esta é a questão que tem, obrigatoriamente, de ser

rapidamente respondida por quem de direito.

É claro que o Dr. Altamiro talvez desconheça que em Montalegre também se construiu uma piscina, onde foram derretidos vários milhares de euros ao erário público,

para estar encerrada há vários anos. Direi mesmo que, depois de inaugurada, praticamente não funcionou. Assim como não sabe que …bem, não nos desviemos do assunto. Altamiro Claro não teve de se pronunciar sobre o que se passa em Montalegre, o que é uma pena, pois seria muito interessante conhecer a opinião deste

destacado militante socialista sobre a gestão do município vizinho.

Nuno Vaz, candidato socialista à Câmara Municipal de Chaves, no passado dia 4 de fevereiro, publicou na rede social Facebook (https://www.facebook.com/nunovazribeiro?fref=ts) a seguinte mensagem: “a estrada

que liga Chaves a Montalegre, por Soutelinho da Raia, continua a não ser importante para a atual gestão autárquica. Este são alguns dos buracos que se têm perpetuado, já têm mais de um ano. A paciência tem limites!!” (a acompanhar

a mensagem do Dr. Nuno Vaz, estão algumas fotografias).

As reações a esta publicação do candidato socialista à Câmara de Chaves não se fizeram esperar, recebendo, até ao momento, 349 gostos e várias dezenas de comentários.

A esmagadora maioria dos comentaristas concorda com Nuno Vaz, manifestando o seu total apoio a esta causa. No entanto, um deles questiona-se sobre a utilidade dos presidentes de junta, numa indireta ao presidente socialista da Junta de Soutelinho da Raia e Calvão, acrescentando que só servem para “levar o dinheiro ao fim do mês sem nada fazer”. Um outro, afirma não “perceber a importância de "tal achado" quando o Sr. Nuno Vaz é candidato á CM Chaves, e em Chaves tem estradas bem piores e não se indigna nem se levanta contra o seu estado”, numa afirmação que nos parece querer insinuar que Dr. Nuno Vaz só se preocupa com esta estrada por ter de a percorrer todos os dias da semana, já que é funcionário da Câmara Municipal de Montalegre, onde exerce o cargo de Diretor de Departamento de Administração Geral e Finanças.

E eis que entra em cena o Padre Tó Quim Dias que, sem rodeios, afirma: “É uma vergonha... Ontem falei de nos manifestarmos porque é uma falta de respeito à maneira como nos tratam”, respondendo-lhe o Dr. Nuno Vaz que tem “intenção de fazer uma petição pública a pedir a intervenção urgente nesta via”. Por sua vez, Jorge Veiga, respondeu a Nuno Vaz afirmando que “durante o mandato do Dr. Pires, foi proposto um empréstimo de máquinas a Chaves, que o Alexandre Chaves recusou”. Nuno Vaz volta a responder, para dizer que a estrada “está abandonada há mais de 20 anos, o que é tempo demais. Vamos abanar as consciências e as vontades”.

É aqui que entra Altamiro

Claro para afirmar que a estrada Chaves-Soutelinho foi requalificada, “só que já lá vão 20 anos e nenhuma estrada aguenta tanto tempo. Fez-se uma ponte sem acessos entre Vilar de Perdizes e Soutelinho! Para quê?”.

Altamiro, é Claro, tem toda a razão naquilo que diz. O estado da estrada que liga Chaves a Montalegre, por Soutelinho da Raia, é efetivamente uma

vergonha, indigno de um país que se quer desenvolvido. Mas mais vergonha é que se construa uma ponte no meio do monte, sem acesso a coisa nenhuma e, passados todos estes anos, ainda não tenham “rolado cabeças”. Daí a pertinência da questão de Altamiro Claro: “Fez-se uma ponte sem acessos entre Vilar de Perdizes e Soutelinho! Para quê?”

Esta questão já a coloquei muitas vezes mas, infelizmente, ainda não obtive resposta. Pode ser que Fernando Rodrigues, e a sua equipa, se digne agora responder a Altamiro Claro.

Também nos parece que o Dr. Nuno Vaz tem toda a razão quando afirma que a estrada “está abandonada há mais de 20 anos, o que é tempo demais. Vamos abanar as consciências e as vontades”.

Sim, é preciso abanar

consciências e vontades. É inadmissível que haja estradas sem intervenção “há mais de vinte anos” pois “nenhuma estrada aguenta tanto tempo” sem obras. Assim como é inadmissível que se construa

uma piscina municipal para estar encerrada ao público. Sim! É preciso abanar as consciências e as vontades.

“Fez-se uma ponte sem acessos entre Vilar de Perdizes e Soutelinho! Para quê?”, questiona Altamiro da Ressureição Claro, destacado militante socialista de Chaves. Inadmissível e vergonhoso! Há que abanar consciências e vontades.

Venha lá a manifestação

sugerida, e muito bem, pelo Padre Tó Quim Dias. Seria até pertinente, que uns partissem de Montalegre e outros de Chaves, encontrando-se todos na Ponte da Vergonha. Aí poderíamos finalmente proceder à tão desejada inauguração da ponte, seguida da assinatura da petição proposta pelo Dr. Nuno Vaz.

Conclui o Padre Tó Quim

Dias: “as pessoas de Meixide e Soutelinho não merecem tamanha desconsideração”. Acrescento eu: ninguém merece governantes deste calibre.

Bento Monteiro

A ponte da vergonha: Altamiro (tudo) Claro!

“Venha lá a manifestação sugerida, e muito bem, pelo Padre Tó Quim Dias. Seria até pertinente, que uns partissem de Montalegre e outros de Chaves, encontrando-se todos na Ponte da Vergonha. Aí poderíamos finalmente proceder à tão desejada

inauguração da ponte, seguida da assinatura da petição proposta pelo Dr. Nuno Vaz”

“Sim, é preciso abanar consciências e vontades. É inadmissível que haja estradas sem intervenção “há mais

de vinte anos” pois “nenhuma estrada aguenta tanto tempo” sem obras. Assim como é inadmissível que se construa uma piscina municipal para estar encerrada ao público. Sim! É preciso abanar as consciências e as

vontades”

“Fez-se uma ponte sem acessos entre Vilar de Perdizes e Soutelinho! Para quê? A pergunta, pertinente, foi

feita pelo insuspeito Altamiro Claro, ex-presidente da Câmara Municipal de Chaves, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Valpaços e distinto militante socialista

que, claro está, consegue distinguir a diferença entre a má e a boa gestão de dinheiros públicos”

“Fez-se uma ponte sem acessos entre Vilar de Perdizes e Soutelinho! Para quê?”

Homenagem ao DR. Bento da Cruz – Sessão de encerramentoO agrupamento de escolas Dr. Bento da Cruz procurou, ao

longo destes últimos trezentos e sessenta e cinco dias, honrar a memória do seu patrono– Dr. Bento da Cruz. Para tal, a cada dia 22 do respetivo mês, foram diversas as atividades que se levaram a cabo nas diferentes escolas deste

agrupamento, cujo êxito só foi possível graças ao esforço e dedicação dos vários agentes da comunidade educativa, a quem é devido o nosso apreço e agradecimento.

Assim, no seguimento do compromisso assumido, há um ano atrás, no «dia 22 de fevereiro», dia do nascimento de Bento da Cruz, no auditório da escola-sede, terá lugar a sessão de encerramento desta singela homenagem.

PROGRAMA 14:00H – Sessão solene de encerramento 15:30h- Visita às exposições 16:00h- Musical alusivo à vida do Dr. Bento da Cruz

A Diretora do agrupamento de escolas Dr. Bento da Cruz, tem o prazer de o convidar a participar na sessão solene de encerramento de trabalhos, no âmbito da homenagem que ao longo de um ano foi prestada ao patrono deste agrupamento de escolas, a realizar no auditório da escola sede.

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16 de Fevereiro de 20176 BarrosoNoticias de

Conselhos para adormecerDormir é tão importante para a saúde quanto o comer e o beber. Para

o bem - estar físico e psicológico depende muito de uma noite de sono reparado que nos ajuda a recuperar forças e é essencial para fortalecer o sistema imunológico. Os efeitos da falta de sono podem ser desastrosos: fadiga, irritabilidade, dores de cabeça, sonolência, raciocínio e capacidade de concentração afetadas e outros sinais de alarme.

Uma alimentação apropriada e a realização de exercício físico constituem dois pilares em que assenta um sono reparador. E fundamental que alimentação forneça ao organismo suficiente cálcio, magnésio, vitamina D e B . A vitamina B é imprescindível par o funcionamento dos centros nervoso , assim com o magnésio. Convém reduzir gorduras animais, condimentos picantes, sal em excesso, fritos, conservas, carnes fumadas, bebidas alcoólicas e alimentos difíceis de digerir.

Uma caminhada suave antes de dormir funciona como relaxante ou também um duche de água quente. Mas uma noite que o sono teime em não chegar, experimente fazer inspiração profunda, ou seja, encha bem os pulmões inspirando pelo nariz e expirando o ar pela boca . Vai ver que este exercício resulta até à 5ª ou 6ª vez (comigo sim que funciona ).

Os entendidos nesta matéria também dizem para manter esta rotina adormecer – acordar, mesmo aos fins de semana, ainda que adormeça mais tarde que o habitual, deve levantar-se sempre à mesma hora.

João Damião

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 89 – Instrumento

A alma de um instrumento musical é muito mais do que a sua aparência

ou formato físico. Para entendermos o instrumento, é necessário olhar bem

para ele e, acima de tudo, ouvirmos o que ele tem para nos dizer. Quanto à

forma, podemos confirmar facilmente com um simples e rápido exame visual.

A sonoridade e o timbre levam um pouco mais a aferir. É necessário tocar...

e ouvir com muita atenção o que o corpo do instrumento nos diz quando

tocamos. Ouvir o suave suspiro das cravelhas, à medida que desenvolvemos

o seu movimento e afinamos as cordas. Finalmente, a acção de fazer vibrar

as cordas de todas as formas possíveis, ouvindo com atenção e registando os

lamentos dos graves e os gritos dos agudos. Testamos a suavidade da escala.

Sentimos a vibração do corpo contra o nosso próprio corpo e deixamos que

essas vibrações nos atinjam a alma e decifrem o que o instrumento tem para

nos dizer. Sim, porque os instrumentos falam. Compete-nos a nós ouvir o que

eles têm para dizer antes de tentarmos, sequer, fazer soar a nossa voz através

do mensageiro e tradutor dos anseios da alma que é o instrumento musical.

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em MontalegreAno de 1917

(Continua do n.º anterior...)

Em 21 de Setembro, o Montalegrense chama a atenção das autoridades para a situação preocupante que se vive na Borralha:

“Minas da Borralha-MorteAs Minas da Borralha são

um verdadeiro foco de crimes e criminosos.

O sr. Diretor das mesmas - Paulo Marijon - não contente em ter à sua ordem uma força da Guarda Republicana, ali destacada, tem também à sua disposição um regimento de bandidos, assassinos e criminosos da pior espécie que ali, a pretexto de buscarem trabalho, vão parar. Arma-os e segundo consta dá-lhes ordens para espancarem, matarem e perseguirem todos aqueles que forem estranhos ao seu sobado.

Rara é a semana em que ali se não perpetram crimes. Assim, temos hoje a registar:

no dia18, segunda-feira, foi morto José Dias Pereira Estrela e gravemente ferido seu irmão Domingos Pereira Estrela, ambos de Caniçó, por Abílio de Magalhães, irmão do capataz Bertano, que se encontra preso nas cadeias desta vila.

Há um mês, pouco mais ou menos, também ali se deu outra morte que se diz efetuada por um capataz das minas. (…)”.

Mais reinspecções militares

Foi determinado aos chefes dos distritos de recrutamento que convoquem todos os mancebos recenseados no corrente ano, isentos do serviço militar, e todas as praças que tenham tido baixa por incapacidade física, desde 21 de Março último até 7 do presente mês (Setembro), a fim de serem reinspeccionados, aplicando-se a este serviço o disposto da circular nº 21 de 25 de maio último, expedida pela 3ª repartição da 1ª direção

geral do ministério da guerra.As juntas de reinspecção

serão compostas de um oficial superior do quadro de reserva, servindo de presidente, dum subalterno e dum alferes miliciano.”

“Eleições dos Corpos Administrativos

Consta que as eleições dos corpos administrativos se realizam nos dias 5 e 12 de novembro próximo, devendo em breve ser publicado o respetivo decreto no Diário do Governo.”

O Montalegrense de 28 de Setembro

Denuncia o modo indecoroso como foi organizado o recenseamento dos Jurados Criminais e pede medidas que restabeleçam a justiça.

“Ao Sr. Ministro da Justiça

Um escândaloChamamos a atenção de V.

Exª. para a maneira escandalosa como nesta comarca foi organizado, no presente ano, o recenseamento dos jurados criminais.

Da maneira ilegal como o recenseamento está organizado, pois apenas representa a vontade do administrador do concelho, Dr. Victor Manuel Gonçalves Branco, e do juíz de direito, Dr. António Joaquim da Silva Peixoto de Magalhães, identificados no propósito de confeccionar um recenseamento a seu gosto, para nada quiseram saber da certidão remetida pela Secretaria das Finanças que é, quanto aos cidadãos mencionados no artigo 2º e parágrafos do decreto de 29 de agosto de 1867, a base principal do recenseamento.

(…) Como lhes conviesse, substituíram, a seu bel-prazer, alguns cidadãos, pelos filhos, irmãos ou genros e incluíram

dezenas e dezenas de cidadãos que se não encontravam figurando na relação do Secretário de Finanças e que na sua totalidade não têm habilitações que dispensem a prova do censo.

Sr. Ministro da Justiça, isto é um escândalo e assim não pode ficar, pois segundo o que presenciamos, o administrador dava as indicações dos cidadãos que deviam ser recenseados e o juiz, como um “fantoche”, aceitava as indicações do administrador, tanto para incluir uns, como para excluir outros.

(…)V. Exª deve ter

conhecimento como nesta Comarca tem sido administrada justiça pelo juiz Dr. António Joaquim da Silva Peixoto de Magalhães e tanto nos basta para V. Exª dar crédito a esta nossa reclamação.

Assim o esperamos pois”.

Continua

José Enes Gonçalves

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16 de Fevereiro de 2017 7BarrosoNoticias de

Domingos Chaves

Em entrevista concedida no passado dia 12 de Fevereiro ao jornal espanhol El País, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa não foi de modas, e afirmou com todas as letras – referindo-se a Portugal, que depois de uns primeiros meses difíceis e com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quase nulo, o Governo arrepiou caminho e viria a demonstrar que mantinha o défice controlado, uma recuperação do emprego e um maior crescimento do PIB. E que sendo assim, o país seguia no rumo certo – palavras que merecem a minha total concordância.

Há porém quem não pense desta forma, chegando ao ponto de afirmar, que o Presidente da República se "descredibilizou" com a falta de imparcialidade que revela ao proteger o Governo, que foi longe de mais, e que por isso perdeu a compreensão do PSD. Nada mais falso!... Marcelo Rebelo de Sousa não só não se descredibilizou, como não perdeu a compreensão do PSD – e as sondagens assim o dizem. Marcelo, poderá ter perdido a compreensão da “Côrte Passista”, coisa bem distinta do Partido Social Democrata. Mas ainda que a tenha perdido, o saldo dos níveis de confiança que os portugueses lhe conferem é por demais conhecido, o que quer dizer que a esmagadora maioria dos portugueses está

com ele, e ele com essa mesma maioria. E tal desiderato resulta de duas razões muito simples: a primeira é que ao contrário do que alguém afirmava hà pouco mais de um ano, de “que os portugueses estavam pior, mas o país estava melhor”, hoje é fácil constatar, que para além do país estar melhor, os portugueses estão também melhores; a segunda, é que Marcelo se tem afirmado como Presidente de todos os portugueses, e não de um qualquer “grupo” ou tendência a que o passado recente nos habituou.

Quer isto dizer, que os tempos da dita “Côrte”, que teve o condão de previligiar o seguidismo neo-liberal, assente nos pressupostos de que a oferta gera a sua própria procura, e requer que todas as preocupações do desenvolvimento económico se devam centrar no apoio e incentivos a quem produz, na redução de impostos a quem produz, na redução de salários dos trabalhadores de quem produz e no alargamento do horário dos trabalhadores de quem produz, é “finito” e não deixa saudades - a quebra do PIB para valores semelhantes aos ocorridos já no longínquo ano de 2004, é o melhor exemplo de tais politicas. Não foi por acaso aliás – e assim rezam as estatísticas - que o seu principal mentor, foi o único Primeiro-Ministro desta III República, a entregar o país mais pobre do que o recebeu. E sendo assim, é evidente que nenhum PR que se auto-defina como de todos os portugueses, jamais possa apoiar politicas de empobrecimento como as ocorridas até finais de 2015.

Ora foi ciente dessa

realidade, que o desempenho do actual Governo se encarregou de proceder à reversão de tais politicas, colocando em prática uma nova tese doutrinária, visando a inversão do fraco desenvolvimento da economia até aí ocorrido, como forma de fazer frente ao período de retracção que ainda hoje enfrentamos. Uma politica, que sobretudo neste tempo de “vacas magras” fosse capáz de incentivar o consumo mais do que a oferta, promovendo a capacidade de compra e de rendimentos da população, e dinamizar o mercado de bens, como forma de provocar a debilitada recuperação económica a que o Presidente acaba de fazer referência ao periódico espanhol. E tendo sido assim - ao contrário do tal passado de má memória - os resultados estão hoje bem à vista: défice abaixo dos 2,3% conseguido sem receitas provenientes de privatizações, medidas adicionais ou planos “Bs”; sem danos provocados pela reposição de salários, pensões e reformas; crescimento do PIB em linha com o resto da Europa; e diminuição real do desemprego para níveis de 2010.

Perante estes números, e perante o menor défice ocorrido nos últimos 40 anos, é óbvio que o optimismo de todos quantos acreditam nesta fórmula e nestas politicas, podendo ser objecto de contestação em democracia, não tem porém qualquer fundamento que não sejam as já habituais quezílias partidárias. Ainda assim, o que espanta, é que perante factos tão evidentes e que constituem um sinal vital para os mercados, que mereceram

já o apreço das instâncias europeias e particularmente do FMI, tenhamos uma Oposição que para além das críticas sem qualquer sentido e do azedume que vem demonstrando, pouco mais tem para oferecer ao país do que a esperança na “vinda do diabo”. País, que de resto não tem sido a sua principal preocupação, como recentemente ficou demonstrado com a trapalhada da TSU e por estes dias com a nova investida de baixa politica na problemática da Caixa Geral de Depósitos.

É verdade que nem tudo são rosas, que não há motivo para lançar foguetes ou abrir garrafas de champanhe!... Ninguém esconde as dificuldades que o país enfrenta ou a problemática da dívida pública em crescendo - embora a um ritmo bem mais lento do que o ocorrido entre 2011 e 2015 – que temos pela frente. Mas como fazer-lhe face no imediato?!... Será que alguém poderá afirmar ter uma “varinha mágica” para a solucionar?!... Como é que um Governo pode garantir o seu crescimento para outros patamares, quando por exemplo numa comunidade económica de países com a mesma moeda, não existe sequer um mecanismo que permita que o preço do dinheiro para financiamento, seja igual para qualquer país dessa mesma comunidade?!... Que sentido existirem países a financiarem-se a juros negativos, e a outros, como sejam os países do sul da Europa onde nos situamos, sejam cobradas taxas que chegam a ultrapassar os 4% a 10 anos?!... Que sentido fáz a existência de regras decorrentes do Tratado Orçamental que implicam défices iguais

para todos, e quando toca a financiamentos essas mesmas regras não serem aplicadas de forma igualitária?!... E que dizer do peso dos juros da dívida, que anualmente se cifram nos 8 mil milhões de euros, e nos problemas por todos conhecidos decorrentes do sistema financeiro interno, particularmente no que diz respeito à banca e ao crédito mal-parado?!...

Não vale a pena por isso tapar o sol com uma peneira!... Não há milagres, e quem disser o contrário não está de boa fé. Para contenção do peso da dívida, é verdade que será necessário proceder em primeiro lugar à redução do défice orçamental do Estado e ao recurso a nova divida com taxas de juro mais baixas – caminho que tem sido já trilhado. Mas a estes, há também que acrescentar a resolução dos problemas do sistema financeiro, uma melhoria em termos de confiança dos investidores, e fundamentalmente um maior crescimento económico por forma a diminuir o rácio dívida/PIB.

Ainda assim, será justo salientar, que se considerarmos as mesmas previsões para o PIB – em torno dos 185.300 milhões de euros inscritos no OE16 – o peso da dívida pública líquida de depósitos na economia no ano findo, terá ficado entre os 120% e os 121% do PIB, caindo face aos 121,6% de 2015, o que diga-se em abono da verdade e face às contingências já enumeradas, não representam dados desanimadores. Roma e Pavia não se fizeram num dia e como muito bem diz o Presidente e eu reitero, o país está no rimo certo.

POLITICAMENTE FALANDO

- AS POLITICAS DO GOVERNO, O DÉFICE E A DIVIDA!...

A EDP Distribuição colocou em exploração, um novo posto de transformação e renova a rede de Baixa Tensão na localidade de Covêlo do Gerês, freguesia de Covêlo do Gerês.

No âmbito desta obra, foi colocado em serviço um novo posto de transformação que possui uma potência instalada de 100 KVA, foram construídos 63m de rede de

Média Tensão. Foi também efetuada a renovação da rede de baixa tensão e iluminação pública, substituindo cabo de baixa secção por um novo cabo de troçada de secção adequada, numa extensão de 400 metros e substituídas 8 novas luminárias.

Esta obra visa assegurar a melhoria da qualidade da energia fornecida e da iluminação pública, assim

como permitem a obtenção de uma maior flexibilidade na exploração da rede de baixa tensão, possibilitando reconfigurações alternativas de alimentação garantindo, a observância dos níveis de tensão regulamentares. Fica, também, garantida reserva de potência para fazer face a futuros aumentos de consumos, quer dos clientes existentes quer de novos clientes.

A EDP Distribuição constrói novo Posto de Transformação em Covêlo do Gerês

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BarrosoNoticias de

8 16 de Fevereiro de 2017

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BarrosoNoticias de

916 de Fevereiro de 2017

O descobrimento oficial do Novo Mundo teve início quando Cristóvão Colombo que propusera aos reis Católicos descobrir a Índia em viagem directa para Ocidente, atingiu a primeira Antilha. Denominou-a São Salvador. As novas terras descobertas ficaram conhecidas primitivamente por “Índias Ocidentais”, ou “ Índias de Castela”, para se distinguirem da verdadeira India atingida pelos portugueses por via marítima contornando o continente africano, numa viagem de ida e regresso em 1497-99.

A frota da primeira viagem de Colombo partiu do porto de Palos a 3 de Agosto de 1492. Na tripulação de oitenta e sete homens, repartidos pelas naus Pinta, Niña e Santa Maria, havia portugueses: cinco. Certamente seriam mais. São conhecidos nominalmente dois: João Arias e João Português.

Recordo a quem está menos familiarizado com os documentos históricos castelhanos, os nomes dos portugueses na generalidade estão escritos em espanhol, ou foram espanholizados. Somente em casos pontuais é mencionada a nacionalidade a seguir ao nome. Torna-se muito difícil identificar os tripulantes e viajantes nacionais, usualmente só recorrendo a cruzamento de dados.

Os marinheiros para a primeira viagem de Colombo, foram conseguidos “a muito custo”. O mesmo não aconteceu com a segunda viagem. A ilusão criada pela descoberta das “Índias Ocidentais” – apenas algumas Antilhas – propiciou a Colombo uma frota de dezassete navios e mil e quinhentos homens. A pouca documentação coeva existente refere portugueses, cujo número exacto é impossível determinar pelas razões aludidas. Confirma-se o nome de três: Pedro de Salas, Fernão Gonçalves e João Português. A viagem iniciou-se em Cádis a 25 de Setembro de 1493. Para além do objectivo descobrir novas terras, tinha já uma finalidade colonizadora. Com efeito, após a frota aportar na ilha Hispaniola (actual Haiti) edificaram aí a primeira cidade do Novo Mundo – Isabela – em cuja fundação terão participado portugueses.

Posteriormente, uma certa desilusão cai sobre as “Índias Ocidentais”, que se limitavam apenas a algumas ilhas. As expectativas ficavam muito aquém do que imaginaram: “…as Índias ainda não tinham logrado nenhum prestígio de importância

e eram já campo de rebeliões…” (1).

Foi um trabalho árduo arregimentar tripulantes para a terceira viagem de Colombo. Uma tripulação com cerca de trezentos homens para oito navios, só foi possível porque comutaram as penas a presos para fazerem a viagem. Apesar das dificuldades verificadas, a tripulação incluía portugueses. Foram identificados dois soldados besteiros: João Castanho e Diogo de Évora. Seriam mais? Provavelmente. A frota partiu de San Lúcar de Barrameda a 30 de Maio de 1498 e atingiu pela primeira vez “Terra Firme” (continente), que não era a cobiçada Índia do Almirante, mas a costa setentrional da América do Sul, na actual Venezuela.

Com início nos primórdios do século XVI, organizaram-se com frequência expedições navais para o Novo Mundo. Os reis de Espanha autorizavam a realização de expedições a particulares, a quem era dado o nome de adelantados, ou governadores. Estes, firmavam um contrato chamado capitulação, que consistia em definir o território que ficava sob a sua jurisdição. Por sua vez, tinham o dever de dar à Coroa uma parte das riquezas conseguidas – o Quinto – por ser a quinta parte de tudo o que eles conseguiam obter. Deveriam fundar povoados e de fomentar a cristianização dos indígenas, levando para tal, um padre ou um frade nos navios. O abastecimento das naus, o armamento necessário, militares e tripulação, eram também da responsabilidade do interessado.

A notícia do descobrimento das “Índias Ocidentais” e a necessidade de recrutar viageiros espalhou-se rapidamente a Portugal inteiro. As novelas românticas publicadas nesses primórdios do século XVI apregoando a existência de riquezas indescritíveis, fomentavam a ilusão. Quem resistia?

Das várias regiões de Portugal começaram a afluir a Sevilha portugueses com as profissões mais distintas, ávidos de obter lugar no primeiro navio. A cidade, com setenta mil habitantes no início do século XVI, passou para mais do dobro em 1590. Sevilha não atraiu somente portugueses de baixa condição social em fuga à pobreza, também pilotos, mestres de construção naval e homens de cultura. O cartógrafo português Diogo Ribeiro foi contratado pela Casa da Contratação de Sevilha,

criada em 1503 para fiscalizar tudo quanto dizia respeito à navegação e ao comércio. Foi o primeiro cosmógrafo e mestre na elaboração de mapas da referida Casa da Contratação. Seguiram-se outros cosmógrafos e cartógrafos.

O número de portugueses a residir em Sevilha nesse tempo era considerável. Tinham a sua própria capela na cidade. Assegura-se que a quarta parte dos residentes falava português.

A primeira expedição a fazer menção de portugueses a bordo depois das viagens de Colombo iniciou-se em 1502. Partiu em direcção à Terra Firme sob o comando de Alonso de Ojeda. Está confirmado o piloto João Biscainho.

Na sua primeira viagem Colombo descobriu a ilha de Cuba que denominou Isabela, (Ver Fig.) mas, a conquista somente teve início em 1511 no seguimento da

expedição comandada por Diego Velásquez, provavelmente com portugueses na frota. Embora os documentos coevos sejam avaros em informação, há fortes razões para admitir que o barrosão Cabrilho participou na conquista da ilha.

Uma referência é devida à expedição de Vasco Nuñez de Balboa, que propiciou o descobrimento do Mar do Sul (denominado Pacífico por Magalhães em 1520) a 25 de Setembro de 1513 na região do actual Panamá: “… às dez horas do dia indo o capitão Vasco Nuñez à frente de todos os que levava viu do cimo do monte o Mar do sul,…”. (2) Dos portugueses que participaram na expedição e observaram pela primeira vez o oceano até ao momento desconhecido, estão referenciados Pedro Escobar e João Português. Refiro uma curiosidade bizarra: Leoncico, cão de Vasco Nuñez de Balboa: “era tão notável pois tinha o estatuto de companheiro atendendo à eficácia como capturava índios, arrecadando tanto ouro como qualquer capitão” (3)

A 11 de Abril de 1514, zarpou de San Lúcar de Barrameda, uma expedição considerável comandada por Pedro Árias Dávila, composta por vinte

e dois barcos e com mais de dois mil passageiros. Alguns eram portugueses com o nome espanholizado.

Confirmados nominalmente: João Português, Simão Português e Melchior de Évora. Este era carpinteiro de navios, um dos muitos artífices do mesmo ofício cobiçados pela reputação que gozavam os técnicos portugueses da construção naval. A Melchior de Évora, juntaram-se no mesmo ano o mestre de carpintaria de navios Bastian Álvares, e os carpinteiros António Fernandes e Pedro de Portugal. (4)

João Dias de Solis, um experiente piloto português, partiu para Espanha em 1506 por razões que não vêm a propósito para a presente crónica. (5) Em 1512 era já o piloto-mor de Castela. Em 8 de Outubro de1515 partiu no comando de uma frota com cerca de cem tripulantes, dos quais pelo

menos três portugueses: Aleixo Garcia – piloto, Diogo Garcia – mestre, e o marinheiro Henrique Montes. Atravessado o Atlântico e depois de ancorar no Rio de Janeiro a frota seguiu para sul, contornou o litoral do Uruguai e subiu o Rio da Prata até cerca do local onde hoje se localiza Buenos Aires.

Das expedições realizadas nas duas primeiras décadas do século XVI, destaco pelo número considerável de portugueses confirmados, uma, comandada por Hernan Cortés em 10 de Fevereiro de1519 e outra comandada por Pánfilo de Narváez em princípio de Março de 1520. Partiram ambas de Cuba em direcção ao México. No total foram identificados trinta e quatro portugueses, cujos nomes não refiro para economia de espaço. Duas curiosidades a referir. Na primeira expedição havia mulheres a bordo. Uma era “a bela portuguesa Filipa de Araújo” (6). Veio a casar dois anos depois com o espanhol Cristóbal de Olid, capitão do exército de Cortés. Na segunda expedição, viajou o capitão João Rodrigues Cabrilho. Chamo a atenção do leitor para o primeiro documento a confirmar a sua presença no Novo Mundo. Bernal Díaz del Castillo companheiro de

Cabrilho no exército de Cortés foi também cronista. Testemunhou a vinda Cabrilho para o México na expedição de Narváez, portanto em Março de 1520. (7) Tinha então cerca de 20 anos o barrosão que se notabilizou nas conquistas do México e da Guatemala. Anos depois foi o pioneiro do jornalismo na América, a quem se deve a primeira publicação no México. Para culminar o seu percurso notável em 1542 descobriu a Costa da Califórnia.

Apresentei apenas uma amostra dos inúmeros portugueses participantes em viagens e expedições de descobrimento, conquista e colonização das “Índias Ocidentais” relegados pela História de Portugal. Inimaginável mencionar todos.

Quero finalizar com o registo de um herói ilustre, talvez o navegador mais injustiçado: Fernão de Magalhães. Concebeu e concretizou uma enorme odisseia: a primeira viagem marítima de circum-navegação. Comandou uma esquadra espanhola de cinco navios com 265 tripulantes, dos quais pelo menos 49 eram portugueses, incluindo 4 pilotos. Zarpou a 20 de Setembro de 1519 de San Lúcar de Barrameda. Descobriu a tão procurada ligação entre o Atlântico e o Pacífico. Antonio Pigafetta, um dos 18 sobreviventes da viagem (seis eram portugueses), escreveu no seu diário: “A 28 de Novembro de 1520, desembocámos daquele estreito embrenhando-nos no mar Pacífico”. (8)

Magalhães não terminou a viagem. Morreu durante uma luta com nativos da ilha Mactan nas Filipinas.

Alguns patriotas de meia tigela ignorantes dos antecedentes históricos consideram-no injustamente traidor!

Em 2019 terá o preito merecido. Uma comissão prepara as comemorações dos 500 anos do périplo. Sabrosa, uma das terras que reclama a naturalidade do navegador já trabalha no evento.

Para quando a adiada homenagem a Cabrilho? Outro herói injustiçado.

(João Soares Tavares escreve de acordo com a anterior ortografia)

NOTAS:(1) Salas, Alberto M. de – “Tres cronistas

de Indias”, México, 1987(2) Oviedo, Gonzalo Fernández de –

“Historia General y natural de las Indias”, Madrid, 1546

(3) Oviedo, ob. cit.(4) Catalogo de los fondos americanos

del Archivo de Protocolos de Sevilla, Archivo General de Indias

(5) Para conhecimento da história veja-se: Tavares, João Soares – “Histórias de Vidas”, Lisboa, 2015, na Biblioteca Municipal de Montalegre, (pág. 304 e seguintes)

(6) Díaz del Castillo, Bernal – “Historia verdadera de la conquista de la Nueva España”, México, 1974

(7) Tavares, João Soares – “João Rodrigues Cabrilho um Homem do Barroso?”, 1998, transcrito de Wagner, Henry – Juan Rodriguez Cabrillo, Discoverer of the Coast of Califórnia, San Francisco, 1941

(8) Pigafetta, Antonio – “Relazione del Primo Viaggio Intorno al Mondo”, Paris, 1525

ESTA NOSSA HISTÓRIA…João Soares Tavares

Há uns anos para cá, tem-se assistido a um esquecimento gradual da História de Portugal. Outrora, os jovens concluíam a Escola Primária com os conhecimentos basilares de História, nomeadamente como se processou o descobrimento marítimo do continente africano, o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, o descobrimento/achamento do Brasil, etc, etc. O que sabem na actualidade os jovens do mesmo nível etário sobre essa página da História? Os responsáveis máximos dos programas curriculares do país querem ocultar das novas gerações os feitos gloriosos dos portugueses de antanho?

Esta crónica tem por objectivo realçar de uma forma inevitavelmente sintetizada, uma página ainda mais censurada da nossa História – a participação dos primeiros portugueses incorporados na marinha e no exército de Espanha, no descobrimento e conquista do Novo Mundo (América).

Um dos primeiros mapas do Novo Mundo com a representação das terras descobertas até 1513. (Mapa de Ptolomeu, Estrasburgo, 1513)

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16 de Fevereiro de 201710 BarrosoNoticias de

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O Director, Nuno Miguel Moura

BarrosoNoticias de

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte e cinco de janeiro dois mil e dezassete, lavrada a folhas noventa e seis do livro oitenta e cinco -A, deste Cartório, que:

FERNANDA MARIA LUÍS DIAS MARTINS e marido VÍTOR MIGUEL DA EIRA DIAS MARTINS, casados sob o regime da separação de bens, ambos naturais da freguesia de Outeiro, concelho de Montalegre, onde residem na Rua das Lages, nº 15, contribuintes 213971321 e 224159267 são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem do seguinte imóvel:

UM - Prédio Rústico composto de palheiro, sito no lugar de Lajas, freguesia de Outeiro, concelho de Montalegre, com a área coberta de quarenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, sul herdeiros de Conceição Dias, nascente com Maria Conceição Luís Albelo Gonçalves e de poente com Domingos Gonçalves Dias, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1556 e omisso na anterior matriz, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre

DOIS - Prédio Rústico composto de corte, sito no lugar de Lajas, freguesia de Outeiro, concelho de Montalegre, com a área coberta de trinta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com caminho público, sul herdeiros de Conceição Dias e de poente com Maria Conceição Luís Alberto Gonçalves, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1557 e omisso na anterior matriz, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que estes prédios advieram a posse dos justificantes, por doação meramente verbal de Maria Pires Esteves Mourão e marido António Luís dos Santos, casados no regime da comunhão geral, residentes no lugar e freguesia de Outeiro, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e noventa e cinco, ainda no estado de solteiros, sem contudo ser reduzida a escritura pública.

Que, desde a referida data têm possuído os ditos prédios em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida na recolha de animais, bem como todos os produtos e alfaias agrícolas, fazendo todas as obras de reconstrução necessárias e em todos os demais atos materiais de fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.

Como esta posse, assim exercida, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir os prédios por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, vinte e cinco de janeiro de 2017A Notária,Fatura/registo nº 141/002/2017

Notícias de Barroso, 16 de Fevereiro 2017

AGRADECIMENTODomingos Francisco, de Montalegre,

faleceu dia 29.1.2017

A família de Domingos Francisco, na impossibilidade de agradecer individualmente a todas

as pessoas, que de diversas formas nos confortaram com o seu apoio e carinho, vem por este

meio agradecer profundamente as palavras, atos, gestos de apoio e amizade para com a perda

do seu ente querido.

A todos o nosso BAM HAJA!

A família,

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16 de Fevereiro de 2017 11BarrosoNoticias de

O Frei Herculano Alves, capuchinho, que tive como professor de Escritura na Universidade Católica, concedeu uma entrevista à revista Mensageiro do Sagrado Coração

de Jesus de janeiro, onde faz uma análise realista à atual realidade da Igreja e os desafios que se lhe colocam. Face ao acelerado processo de secularização que se está a verificar nas sociedades, as comunidades cristãs estão a ficar mais pequenas e mais envelhecidas. Muitas vão ficar reduzidas a pequenos grupos, lembrando os inícios da Igreja. Já lá vai a Igreja de massas, da majestosa cristandade. Diluídos os automatismos e os apoios familiares e socias de outros tempos, temos uma imensidão de «cristãos» que passou pela Igreja, mas não tem fé, nem convicções cristãs. Desertou. Já estamos a conviver com gerações, que estão

a aprender a viver sem Deus e sem fé. Como chegámos até aqui?

Aconteceram mudanças significativas na família e na sociedade. Mas importa, sobretudo, olhar para dentro da Igreja. Nas últimas décadas, as comunidades cristãs alimentaram um cristianismo sacramentalista, lúdico e tradicionalista, e até de grande e fecunda ação social, mas não se deu a devida importância à iniciação cristã, que não estava a consciencializar e a comprometer os cristãos, ao analfabetismo cristão de muitos cristãos, à formação e à evangelização dos leigos na Igreja, com muita gente religiosa, mas pouco cristã, quase pagã. Não podemos persistir nesta

senda. O Cristianismo tem a sua vertente sacramental e litúrgica, festiva, é criador de cultura e gerador de costumes e tradições, tem um papel insubstituível e impreterível nos desafios e dificuldades da sociedade, mas é importante que seja testemunhado por cristãos adultos na fé, bem formados e esclarecidos na sua condição de discípulos de Cristo, cristãos convencidos que sabem o que são e o que querem. Até o consumismo religioso se instalou em muitas comunidades, sacramentos atrás de sacramentos, festas e mais festas, sem crescimento e compromisso verdadeiramente cristão.

Só temos um caminho a

seguir: apostar numa formação pastoral séria, recuperar o protagonismo da evangelização nas comunidades, à volta da Bíblia, formar doutrinalmente e espiritualmente os leigos, que se sintam evangelizados para evangelizar, com convicções. Sem formação, não haverá salvação, diante deste vendaval de secularização, que tudo leva na frente. Urge, por isso, uma nova educação cristã e uma revolução nas nossas comunidades cristãs, à imagem dos primórdios do Cristianismo: eucaristia e ensino, ou seja, evangelização e formação.

Só as árvores robustas e com grandes raízes resistem às tempestades.

Uma Nova Educação Cristã

Pe Vítor Pereira

BOTICASBoticas refloresta com de três mil árvores

O Município de Boticas irá receber 3.410 árvores de espécies autóctones, no âmbito de uma candidatura ao Programa “Floresta Comum”, iniciativa promovida pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Quercus, Governo de Portugal, Associação Nacional dos Municípios Portugueses e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A candidatura ao programa surgiu da necessidade de minimizar os prejuízos causados pelos incêndios florestais que afetaram o concelho barrosão no último verão.

O Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal elaborou 16 candidaturas sendo que 15 são de projetos florestais apresentados por Juntas de Freguesia e por Conselhos Diretivos de Baldios. A outra candidatura diz respeito a um projeto educativo apresentado pela Câmara Municipal em colaboração com o Agrupamento de Escolas

Gomes Monteiro.Ao todo foram atribuídas

3410 plantas de várias espécies autóctones como bidoeiro, carvalho negral, nogueira preta, carvalho alvarinho, agreira, teixo, giestó e amieiro, sendo que 1600 são provenientes do viveiro do ICNF de Amarante e 1810 do viveiro da Malcata.

O Programa tem como missão promover a produção, angariação e distribuição de árvores autóctones, a projetos que demonstrem motivação, comprovem competências e possuam os meios necessários para proceder à plantação e cuidado das florestas.

O objetivo é fomentar e incentivar a criação de uma floresta com altos índices de biodiversidade e de produção de serviços ecológicos. Este programa visa envolver a comunidade em geral, potenciar a criação de estruturas e redes locais de recuperação da floresta autóctone portuguesa e cujos benefícios se expandam não só às atuais mas também às gerações futuras.

O processo de plantação das árvores decorrerá em colaboração com a Associação Ambiental e Cultural Celtiberus.

Boticas subiu 67 lugares no Índice de Transparência Municipal

Boticas ocupa a 31.ª posição entre os 308 municípios portugueses, no Ranking do Índice de Transparência Municipal (IMT) realizado pela Associação Cívica – Transparência e Integridade.

O Município Barrosão conseguiu alcançar uma classificação positiva de 81.59 pontos de um total de 100.

Comparativamente a 2015,

Boticas é um dos municípios que mais subiu, 67 lugares, conseguindo ultrapassar concelhos de grande dimensão como Lisboa, Porto e Coimbra.

O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, demonstrou a sua satisfação pela subida acentuada de Boticas no ranking relativo a 2016. “É com muito prazer que vejo o Município de Boticas subir tantas posições neste ranking. Esta é a prova de que disponibilizamos mais e melhor informação aos nossos munícipes.”, disse o autarca.

Este ranking mede o grau de transparência das Câmaras Municipais através da análise,

por categorias e indicadores, da informação apresentada por cada autarquia no seu website oficial.

Boticas adere ao programa da UNICEF “Cidades Amigas das Crianças”

O Comité Português para a UNICEF aprovou a adesão do Município de Boticas ao Programa “Cidades Amigas das Crianças”, uma iniciativa que tem como objetivo contribuir para a aplicação dos direitos das crianças nas decisões, políticas e programas de âmbito municipal.

A finalidade deste projeto passa pela melhoria da qualidade de vida das crianças e jovens, colocando-os em primeiro lugar tanto na atualidade como futuro, quer em contexto rural ou urbano.

Esta iniciativa, lançada em 1996, tem como propósito contribuir para a aplicação dos direitos das crianças no contexto mais próximo da sua vida quotidiana – o município, como consta no documento oficial do Comité Português

para a UNICEF.Neste sentido, o Município

de Boticas terá como missão proporcionar oportunidades de envolvimento cívico às crianças e jovens do concelho e adotar um política que potencie a articulação entre todos os setores municipais, nomeadamente a educação, habitação, lazer e tempos livres, bem como, o estabelecimento de parcerias com entidades e instituições locais que trabalhem com e para crianças.

O projeto “Cidades Amigas das Crianças” será implementado através de um Plano de Ação Local.

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte e cinco de janeiro dois mil e dezassete, lavrada a folhas noventa e oito do livro oitenta e cinco -A, deste Cartório, que:

MANUEL CARNEIRO DA SILVA e mulher ILDA PEREIRA FERNANDES, casa-dos sob o regime de comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Reigoso e ela da fregue-sia de Pondras, ambas do concelho de Montalegre, nesta residentes na Rua do outeiro, nº 4, contribuintes 111333997 e 179354655 são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem do seguinte imóvel:

- Prédio Rústico denominado “Baixo das Minas”, composto de pastagem natural, sito no lugar de seu nome, freguesia de Pondras, concelho de Montalegre, com a área de dez mil e quinhentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte e sul com baldio, nascente com Domingos da Conceição e de poente com caminho público, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1497 da união das freguesias de Venda Nova e Pondras, que provém do artigo 994 da freguesia de Pondras extinta e omisso na anterior matriz, com o valor patrimonial tributário e atribuído de duzentos e dez euros e quarenta e nove cêntimos não descrito na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que este prédio adveio a posse dos justificantes, por doação meramente verbal de seus sogros e pais Manuel Fernandes e mulher Adosinda Gonçalves Pereira, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram no lugar de Ormeche, da citada freguesia de Pondras, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e sessenta e sete sem contudo ser reduzida a escritura pública.

Que, desde a referida data têm possuído o dito prédio em nome próprio e sem a me-nor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no amanho da terra, na recolha dos seus frutos, limpando-o para evitar incêndios e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais atos materiais de fruição, pagando os respetivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.

Como esta posse, assim exercida, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir o prédio por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, vinte e cinco de janeiro de 2017A Notária,

Fatura/registo nº 142/002/2017Notícias de Barroso, n.º 509 de 16.02.2017

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BarrosoNoticias de

12 16 de Fevereiro de 2017

Para quê o dia dos namorados, a quem vive a vida, enamorado?

Este "dia de São Valentim" é de invenção recente. Até aí por meados do século passado, o que apenas se lembrava, nesta data de 14 de Fevereiro, propalada pelo cinema de Hollywood, era o massacre de S. Valentim, em 1929, proeza do Al Capone contra um bando rival na cidade de Chicago.

Então, aquilo que em termos de economia politica se designava de mercadologia, evoluiu descaradamente para a arte do marketing, e com isto, o comércio do amor (leia-se indústria do sexo), tornou-se um dos factores mais rendosos dos PIB (deixem-me traduzir: Produto Internacional mais Bruto).

E a que vem ao caso, o bispo e mártir São Valentim? Desde logo, estará aqui muito a contragosto porque não parece que tenha dado a sua anuência para figurar em tal representação. Os testemunhos materiais que dele se conhecem são os vestígios de uma igreja em Roma que teria sido construída em sua honra no Sec. IV, na Via Flaminiana. Aí foi motivo de intenso culto durante toda a Idade Média acabando o seu dia festivo, 14 de Fevereiro, por ser associado às festas pagãs da juvenilidade que assinalavam os primeiros arroubos primaveris. Recordo esta ingénua explicação de um bondoso cura da aldeia que citava Camões (tornava do ano já a primeira idade, A revestida terra se alegrava, - in Desconcerto do Mundo). E, desde os anos quarenta do Sec. XX, a pretexto da exibição de uma das primeiras fitas sonoras portuguesas, "o João Ratão", com a canção:

- "Anda o campo cheio, cheio, cheio, cheio, da canção dos ninhos,

pares que se beijam, beijam, beijam, beijam, quando estão sozinhos,

dizem-se ao ouvido, dizem, dizem, dizem, um segredo antigo,

um segredo eterno, terno, terno, terno, que eu sei mas não digo!"

Estava-se então longe de associar essas ternuras, às prendas caras, aos jantares com velinhas e, muito menos, às escapadinhas românticas de fins de semana, em que não se reza ao São Valentim que nem por isso se sentirá incomodado nem terá oportunidade de recordar aos devotos amadores que: "o amor que se alimenta de prendas viverá sempre esfomeado e acabará por morrer de fome".

Todavia, sobre estas teodiceias eu remeto o leitor para o filosofo Leibniz que tão bem soube ensinar que "amar é encontrar a sua felicidade na felicidade de outrem".

Estamos porém na pura e dura mercantilização do amor, no sentido mais amplo (amor a Deus, amor ao próximo, amor carnal, etc.) desta palavra, embora a noção que predominantemente se lhe sobrepõe é a expressão da emoção fisiológica.

Neste aspecto o fenómeno não é novo. Iniciou-se e vem crescendo desde as primeiras vivências gregárias do homem. Daí, também supomos, a origem da chamada mais velha profissão do mundo.

Recordamos a "Arte de Amar" do romano Ovidio (faz agora 2000 anos da sua morte). Escreveu, esse poeta oficial da Roma antiga (cito de cor): Leitor, este livro foi escrito para aqueles que, como eu, tem de se valer destas habilidades para cativar os favores do sexo oposto.. Mas se tu, leitor, estás em condições de tirar da bolsa e dizer "toma", então este livro não te faz falta para nada...

Não sejamos todavia tão pessimistas. A maioria, felizmente, das manifestações de afecto continuam imunes ao mercantilismo a que acima aludimos. É extraordinariamente extenso o rol de sentimentos que fogem ao negócio.

Todavia, este sobrepõe-se a tudo, em pregões e volume de transacções, apesar dos naturais esforços em contrário, de poetas e filósofos, para manter a verdadeira essência desse sublime envolvimento psicofísico, o mais poderoso factor de união e de complementaridade, entre os géneros humanos, masculino e feminino. - O amor é um rio onde as águas de dois ribeiros se misturam sem se confundir... Ou então, parafraseando Saint-Exupery, amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direcção.

Mas, atenção ao aviso de há três mil anos, no Cântico dos Cânticos - Posto que o amor é forte como a morte, A paixão é violenta como o inferno.

Não tenhamos receio, aconselha-nos Victor Hugo, "de saborear nos braços de um ente querido, a porção do céu que Deus depôs na carne".

Camões, para privilégio de Portugal e dos portugueses, deixou-nos a mais genial descrição que se pode imaginar desse sentimento, sublime e sacrificado ao mesmo tempo. Os leitores conhecem-na. Mas sabe sempre tão bem recordá-la:

"Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É um andar solitário entre a gente;É nunca contentar-se de contente;

É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Camões escreveu-o. Shakespeare, também, mas receou faze-lo:

"...tenho a certeza de que o meu amor é mais elaborado do que a minha língua." (Rei Lear).

Porque "... o amor é cego, e os amantes não podem ver as belas loucuras que eles mesmo cometem". (O Mercador de Veneza).

E: "O cupido é um rapazola maroto que enlouquece as pobres das mulheres" (Sonho de Uma Noite de Verão). As feministas actualmente de serviço, não teriam gostado de tal graçola.

Em todo o caso, esta atracção natural entre homem e mulher é uma força da natureza. Distingue-se daquele sentimento mais abrangente que é a natural empatia que se cria entre todos os seres viventes, designado o amor pelos outros. Tão essencial para a salvação da Grei como fatais são essas sinistras aberrações nas alfurjas das ditas "Sombras de Grey..." e das inerentes publicidades que as propagam; todas arderão no fogo com que se iluminam...

A convivialidade habitual entre pessoas civilizadas requer uma respeitosidade fraterna, sem afronta. A empatia mais intensa e especifica entre sexos diferentes exige respeito e compreensão mútuos. Então fala-se de amor.

Não haja pois receio em celebrá-lo em todas as suas nuances naturais e não agressivas, sempre com respeito pela completa auto-determinação do outro.

A Ilha dos Amores é uma genial utopia imaginada para conforto de solidões. E, aqui, sobre o Dia dos Namorados, concluo como Camões: "melhor é exprimentá-lo que julgá-lo; Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo".

Finalmente, leitor para te tirar desta alhada em que te meti, permite-me mais uma observação: Se o amor é o milagre da civilização, que não haja bestialidades onde só deve haver carícias.

Manuel Verdelho

CURRENTE CALAMO

O Amor mercantilizado

Chaves, 3 de Janeiro 2017

Carta aberta ao sr. Presidente da Câmara de Montalegre

A miserável estrada de Meixide

Confesso que eu, emigrante da UE e agora regressado à minha terra natal, mal o conheço. Vejo na internet que o sr. gosta de tirar uma fotografias para se mostrar e tam-bém gosta de falar. Neste aspecto, eu que não fui além do secundário de antigamente, não aprecio nada o que diz porque não nos diz nada de interesse para o concelho, coisas vagas, palavras que poucos entendem... enfim.

O que me traz aqui, ó sr. Pre-sidente, é uma coisa muito simples mas séria. Olhe, mande pôr os tra-

ços na estrada de Vilar de Perdizes a Soutelinho da Raia sabe porque? Passe lá em dias de nevoeiro, pas-se lá, naquela zona há condutores que não conseguem andar. Já vi al-guns parados, aflitos por causa de poderem chocar com outros em sentido contrário.

Olhe, em vez de ir a Paris ao magusto dum emigrante, ficava--lhe melhor ficar por Montalegre e resolver os problemas do conce-lho... E no concelho dizem-me que foi a todos os magustos, caramba! Ó sr presidente de Montalegre. Nas comunas de França onde es-tive nunca vi o Maire nessas festas, mas cada um lá sabe. Eu é que não concordo. Fica mal, entende?

Cumprimentos de bom Ano para todos!

José A da Silva

…........ …..................

Lisboa, 10.1.2017

Os jovens de Barroso sem empregos

Realmente é isto os jovens são vítimas de uma estrutura sócio cul-tural em decadência, não é fácil, não é fácil para nós que já somos calejados, imagine para eles a des-pontar para a vida?

Podemos dizer: há mas no nosso tempo não havia nada e não íamos para as drogas, é que por nada haver nada havia a que-rer.

Sonhávamos pequeno, eles veem este mundo consumista a apregoar tudo e de tudo eles que-rem provar, querem ter .

São mundos diferentes, não

há nem como comparar. O que era preciso era fazer

algo por Montalegre e é pouco ou nada o que se vê fazer pela região

de Barroso, tão linda que dá pena ter sido preciso sair daí.

LMira

Cartas dos Leitores

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16 de Fevereiro de 2017 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Ética e Política nunca andaram de mãos dadas, desde o princípio, em tempo algum conviveram em harmonia. Caim matou Abel por inveja, por sede de poder, para se impor perante a vida como ele a concebia. Preconceitos, violências humanas foram-se enraizando, e crescendo ao longo da História. O Progresso, mesmo sabendo o quanto de mal estas chagas carregam

, vem se adaptando como qualquer corpo doente que sobrevive em meio à doença.

No Brasil vem crescendo a consciência de que o governo é corrupto, mas também a sociedade em sua grande maioria não é honesta. Uma desonestidade banal que começa com coisas muito simples, muitas delas aprendidas em casa, no convívio com a família. Depois aprimoradas nas relações sociais, na escola da vida.

Os políticos são fruto dessa sociedade boa e má, com qualidades e defeitos. Somos aquele pastel de mil folhas nascido da mesma massa. Os políticos são eleitos por nós: denúncias, provas e mais provas de corrupção, candidatam-se e o político é reeleito.

Passar o Brasil a limpo, como? Só prendendo políticos corruptos? É como dar um bom banho no seu filho mesmo

sabendo que o lugar que ele tem para brincar é uma rua suja, cheia de lama e às vezes com esgoto a céu aberto. Tem que lavar, claro, mas logo vai precisar de um banho bem maior. Um político ladrão deve ser preso, devolver o que roubou à sociedade, claro que ele é culpado, e tem que pagar por isso com liberdade cerceada até para que o dinheiro roubado retorne ao lugar de onde foi retirado, e para servir de exemplo para os que enveredam pelo caminho do crime.

Mas não pode parar aí, a sociedade também precisa ser lavada, passada a limpo. Se queremos um país de cara nova devemos ir à base, cuidar bem da rua onde a criança vai brincar e crescer em meio à limpeza, à segurança à boa convivência. A família, a sociedade no seio da qual essa criança vai crescer é quem vai

fazer a diferença. Só ações socioeducativas conjuntas voltadas para posturas éticas, que cavem fundo até chegar à base do problema: a desigualdade social e um esforço conjunto para corrigir esta desigualdade.

A chave desta transformação inicia-se no ambiente familiar, social, político, religioso e outros.

Uma sociedade comprometida com mudanças em todos os setores, enfim, como um por todos e todos por um, talvez as coisas mudem, serão mudanças a longo prazo, mas já começam a se instalar, a pedirem um “abre alas que eu quero passar”.

Outros países como Japão, Coreia do Sul, mesmo saídos de uma guerra, foram capazes de mudar o caos em que cada um mergulhou.

Educação é esqueleto, é músculo, é base de sustentação.

O que o Brasil está a vivenciar pode bem ser um recomeço para o surgimento de uma nova nação. Prever o Futuro é difícil, no Brasil, impossível.

Uma guinada para a esquerda, uma guinada para a direita; prender políticos corruptos; fazer grandes figurões desfilarem de algemas, de cabeças raspadas para a sociedade sofrida, a viver em condições precárias até parece uma recompensa, mas não é. É um paliativo, é um banho maria a fazer a poeira baixar, é deixar o povo pensar que pode, que é capaz.

É adiar a grande reforma que vai mexer com o esqueleto da nação brasileira, com os músculos

que são a base de sustentação desse esqueleto.

Ética e Política

A noticia mais importante dos últimos dias tem sido um grande nevão que caíu na Costa Leste dos Estados Unidos

da América. No passado dia 9 de

Fevereiro, em Connecticut e na área metropolitana da cidade de Nova Iorque tivemos cerca de um pé de neve (30.48 cm). Em Boston, Massachusetts, tiveram cerca de dois pés de neve (60.96 cm).

O trânsito parou quase por completo. Quase toda a gente ficou em casa. Graças às boas máquinas, sal e areia, no dia seguinte, as estradas e as ruas ficaram prontas para se poder viajar novamente. Mais de 3.000 voos aéreos foram

cancelados em toda a nação.Hoje, domingo 12, volta

a nevar, mas com menos

intensidade. A previsão em Connecticut é que vamos ter entre três e seis polegadas

de neve. O inverno nesta parte dos Estados Unidos, é rigoroso, com bastante frio. As temperaturas neste inverno têm rondado entre os 20 eos 40 graus farenheit, uma media de 30 graus farenheit (-1.11 celsius).

Nos últimos dois anos, os invernos têm sido suaves, em comparação com outros que já tivemos com mais frio e neve. A partir de agora, aguardamos com ansiedade a primavera.

Aproveitamos para desejar aos nossos leotores um feliz dia de Carnaval.

De Bridgeport, CT, USA

Muita neve na costa leste dos Estados Unidos

Domingos Dias

Óbito

Arminda Gonçalves do Curral RosaArminda Goncalves do Curral Rosa, mae do nosso correspondente em Hartford, faleceu em Loures, Portugal.

Contava 93. Era viuva de Antonio Alves Rosa, e entrou no seu eterno descanso a 5 de janeiro de 2017. Nascida em New Bedford, Mass no dia 4 de Maio de 1923. Era filha Jose Goncalves do Curral and Isabel Maria Varela.

Passou parte da sua vida entre os US e Portugal tendo vivido em Bridgeport, Connecticut durante varios anos e em Hartford, CT. Regressou a Portugal quando se reformou em 1990. Esteve empregada na Hilllside Manor, conhecida agora como Trinity Health, em Hartford.

Sobrevivem à sua morte o seu irmao, o Dr. Domingos Gonçalves do Curral, que vive em Loures, os seus quatro filhos: Dr. José Rosa, advogado em Lisboa e sua esposa, Marieta, de Lisboa, Dr. Francisco Rosa e esposa Belinda, de Londres, Domingos e esposa, Augusta, de Trumbull, CT e Dr Fernando G. Rosa, de Newington, CT.

Também recordam a sua partida os 6 netos, Joao Rosa (Londres), Marc Rosa (New York), Jessica Rosa Flores (Trumbull), Suzana Isabel Rosa ( Newington), Nathalie Rosa (Londres) e Christiopher Rosa (Fairfield) e nove bisnetos.

Tinham já falecido seu marido António, o irmão Antonio Curral, a irmã Teresa Lopes e a nora Graciette Simão Rosa, esposa do filho Fernando.

Seguidas as cerimónias fúnebres na pequena capela de Codeçoso, a matriarca e pedra forte da familia Rosa foi a enterrar no cemitério local junto ao marido, no jazigo da família.

Amigos e famílias foram convidados para a missa do 30.º Dia que teve lugar na Igreja Nossa Senhora de Fatima, 20 Kane Street, Hartford, CT. na segunda feira, dia 6 de Fevereiro de 2017 pelas 7:00 da noite.

Donativos para a Bolsa de Estudo que será entregue em seu nome podem ser enviados para The Rosa Scholarship Fund c/o Fernando Rosa - 22 Chaplin Street, Newington CT 06111.

Austrália

Comunidade divulga a Língua Portuguesa

Chegou à nossa redacção um flyer da VSL Victorian

School of Languages que dá informações acerca

da aprendizagem da língua Portuguesa no país dos

cangurus.

Apesar da comunidade portuguesa não ter na

Austrália uma expressão significativa, nem por isso

deixa de pugnar pelo ensino da nossa língua.

E na Escola de Línguas de Victoria, a comunidade

portuguesa agora liderada por Alda Retré, filha de

Ana de Cima Gonçalves Pereira, conseguiu que os

estudantes do ensino primário e secundário das escolas

públicas e privadas que não têm aulas de Português

nas escolas que frequentam, tenham a possibilidade

de aprender o português.

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16 de Fevereiro de 201714 BarrosoNoticias de

Na crónica da última edição, centramos a atenção na gestão socialista de Fernando Rodrigues que, durante um quarto de século, não fez rigorosamente nada em prol do desenvolvimento do concelho. Isto, sublinhe-se, num tempo de “vacas gordas” com abundância de dinheiros recebidos de Bruxelas que, em Montalegre, foram gastos em comezainas e festas sem conta nem medida.

Permita-se-nos que se faça um parêntesis e se desvie a atenção para a entrevista que Orlando Alves deu à Antena do Correio do Minho, na qual se refere aos nossos emigrantes em termos impróprios senão mesmo insultuosos. Os nossos emigrantes investiram muito no concelho (basta ver a nova moldura que as aldeias ostentam) e mais não investiram porque o concelho de Montalegre se encontra num estado de letargia que provoca enjoo. Como é que um concelho sem acessibilidades a Braga e a Chaves pode algum dia aspirar a ter empresas no seu território? Como é que um concelho que não dá condições

aos investidores pode reclamar investimentos? O mesmo não se passa com os concelhos vizinhos onde se notam alguns índicadores de progresso. Mas, como o assunto é manchete do jornal, remeto os leitores para a pena abalizada do nosso ilustre colaborador, Barroso da Fonte, que (ver P3) diz o suficiente sobre as calinadas do presidente Orlando.

Uma coisa é certa e tem de ser dita, o presidente da Câmara tratou muito mal os emigrantes. Digo que humilhou até às raias do insulto os nossos emigrantes que são os «heróis do século XX» e a quem todos temos o dever de respeitar e a quem o concelho e o país muito devem.

Voltando à gestão ruinosa de Fernando Rodrigues, vamos apontar mais alguns casos de falta de visão, de incompetência e de obsseção pelo contole do poder absoluto.

A juntar aos casos da Ponte da Vergonha que, um dia destes, deverá ser baptizada para a história como ´´Ponte Fernando Rodrigues´´, e à não aquisição da Quinta do Cerrado que, senão por outras razões, a história que a liga

à vila e ao concelho eram argumentos poderosos para se tornar património municipal, vejamos:

As Piscinas Municipais, outro caso da flagrante incapacidade de gerir os dinheiros públicos, uma infraestutura básica que existe a funcionar em todas as sedes de concelho. Montalegre tem ali um «mono» encerrado há mais de uma década cujos equipamentos devem estar completamente destruidos e que recuperar tudo aquilo custará aos cofres da Câmara quase uma nova Piscina. Mas o que é isto senão má gestão que tem de ser denunciada. Os milhares investidos nas Piscinas não estão a proporcinar aos montalegrenses uma melhor qualidade de vida porque os responsáveis não estão á altura de ocupar o lugar para que foram eleitos. Isto é outra vergonha que só acontece em Montalegre.

Outro caso digno de reparo e que ninguém pode aceitar é a indecente perseguição à Direcção do Agrupamento de Escolas

A direcção do Agrupamento tem sido objecto das piores

afrontas. A tentativa de boicotar a eleição do CD que ocorreu no final do ano e neste jornal amplamente divulgada, é o exemplo acabado do carácter de alguém que se dá ao luxo de passar por cima de tudo e de todos para atingir os seus objectivos de dominar em tudo e afastar os que dele discordam. E o pior é que o sr. Fernando Rodrigues dividiu o corpo docente, colocou a Escola longe da autarquia e, infelizmente, as crianças e os alunos é que pagam. Esta perseguição feroz à direcção de Escolas é um escândalo e, quando liderada por autarcas professores, assume proporções de maior gravidade.

Mas, poderia ainda falar-se da Pista de Rallys construida sobre um montão de estercos e estrumeiras que a Câmara durante anos permitiu e ela própria foi agente activo ao depositar os lixos, dando origem a duas participações ao Ministério Público, ainda que sem resposta até à data, mas cujo processo queremos ver a decorrer tão rápido quanto possível.

Por hoje, poderá falar-se ainda da UCC – Unidade de

Cuidados Continuados – cuja empreitada de construção de 18 meses só terminou seis anos depois. E, não fosse a pressão exercida pelo PSD e outras forças, ainda hoje não se estaria a tratar da sua abertura, sete anos depois. Boticas que iniciou o processo um ano depois do de Montalegre já tem a funcionar a UCC há mais de dois anos.

Quem poderá explicar tamanho atraso num projecto desta natureza? Explicações foram pedidas no local próprio mas, tal como noutros casos, não houve respostas.

Enfim... um somatório de erros gravíssimos que o povo não poderá deixar passar em claro. Voltaremos ao assunto.

Quando o concelho de Montalegre for chamado a votos, esperamos que o povo diga NÃO à incompetência, à falta de vergonha e à incapacidade de resolver os problemas do concelho.

Montalegre merece mais e melhor!

Carvalho de Moura

A Festa socialista e «o maior amigo»

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

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16 de Fevereiro de 2017 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

FUTEBOL

Campeonato Distrital da AF Vila Real

Jornada 18, dia 5.2.2017, no Campo Pe Manuel José Jorge, de Salto

SALTO 1 VILA REAL 2

SALTO: Pedro, Renato, Filipe (Bala 80), Giga e Romeu; Cleusio, Andri (Rafa 61), Junior; Djaló (Esquilo 57), PP e Gustavo.

Treinador: Fernando PiresGolo: Júnior

O Salto foi prejudicado pela arbitragem em lances determinantes que marcaram o jogo e influenciaram no resultado.

No primeiro tempo o equilíbrio era a nota dominante, mas uma penalidade mal assinalada coloca o Vila Real a vencer.

O Vila Real, na segunda parte, esteve melhor. Teve oportunidades para aumentar o score. Porém, o jogo volta a

ter um julgamento errado do árbitro ao expulsar Giga que faz apenas falta para amarelo e não para vermelho direto.

A perder e com menos um tudo se complica para o Salto que, todavia não baixa os braços. Aos 69 minutos fica por assinalar grande penalidade a favor do Salto, o desvio da bola com o braço do jogador do Vila Real não foi devidamente punido. A equipa barrosã protestou muito este lance e um elemento do banco foi expulso. Aos 74 minutos o conjunto visitante faz o 0-2 num remate certeiro de Okolie e acaba praticamente com o jogo. Os barrosões não baixam os braços e chega ao merecido golo de honra depois de grande penalidade convertida por Júnior.

Na classificação geral, o Vilar de Perdizes subiu para o 6.º lugar, o Salto manteve o 12.º e o Boticas continua em penúltimo com 8 pontos.

Campeonato de Portugal Prio

Manutenção 1.ª JORNADA, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Dia 12.02.2017

MONTALEGRE 2 UNIÃO TORCATENSE 2

Montalegre: Márcio; Yann (Edson 55), Zé Luís, Michel e Paulo Roberto (Mjikael Martins 71), Zack (C); Nené (Gabi 66), Baba, Digas, Aliu e Hugo Silva.

Treinador: Zé Manuel Viage

Golos: Aliu e Gabi

Foi um dos melhores jogos da temporada em que Montalegre e Torcatense protagonizaram um duelo emocionante do princípio até ao fim.

O Montalegre marcou logo aos dois minutos numa finalização soberba de Aliu. O Torcatense começou mal mas a partir dos vinte minutos a formação minhota equilibra a partida e acaba por marcar fazendo o empate.

A equipa do Montalegre acusa o golo sofrido e em cima do intervalo o lateral direito do Montalegre, Michel, é expulso por entrada fora de tempo.

O Montalegre entra para o segundo tempo com menos uma unidade e a precisar de vencer, mas é o Torcatense que aproveita a superioridade numérica e chega ao golo, num livre lateral direto de Costinha.

Oportunidades se sucderam numa e outra baliza, e quem beneficiava era o pouco público que assistia a uma partida empolgante. Hugo Silva era dos mais inconformados em campo e Zé Manuel Viage arrisca tudo com as entradas de Gabi e Edson (jogador formado no S.L. e Benfica).

Aliu desmarca Hugo e este é derrubado, grande penalidade a favorecer o Montalegre e Agostinho, defesa central, expulso. Gabi empata o jogo e o marcador não mais se viria a alterar até ao apito final do juiz do encontro. Muita emoção neste

jogo que faz adivinhar um campeonato decidido palmo a palmo até à última jornada.

Nuno Carvalho/Redacção

FUTSAL

Abelhas Azuis em jogo

INFANTIS

15ª jornada do campeonato de Infantis, neste sábado, pelas 10,00 horas

G.D. Vilarelho x C.D.C. MontalegreVilarelho 10:00 MontalegreVilar de Perdizes 10:00 Amigos Abeira DouroAlves Roçadas 10:00 Esc. Futsal J. JanuárioHóquei Flaviense 14:00 GDC Salto 19/02Valpaços Futsal 16:30 ADR Vila Castanheira

INICIADOS

15ª jornada do campeonato de Iniciados, neste sábado, pelas 12,00 horas,

Vilar de Perdizes 11:30 Amigos Abeira DouroV. Real e Benfica B 12:00 MontalegreAlves Roçadas 14:30 V. Real e BenficaVila Castanheira 09:30 Boticas19/02 hValpaços Futsal 15:00 Mesão Frio

DESPORTO

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Dra Elisa Gil PiresDirectora do Instituto Nacional de Saúde dos EUA

Porque a conhecemos desde muito jovem, é com muito orgulho que escrevemos estas linhas para dar a conhecer a ascensão meteórica da Dra Elisa Gil Pires na profissão que escolheu e que a tem catapultado, graças ao seu querer, inteligência e vontade como médica, o que a levou já a um patamar relevante na sua área.

Tendo sido há poucos anos nomeada directora de assuntos médicos, nos últimos meses do ano findo, viu a sua brilhante carreira crescer ao ser nomeada directora no Instituto Nacional de Saúde para os Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa, programa que lançou já em 2016.

Selecionada para esta posição chave, o seu munus assenta na base em comentários e prepara elementos que fornecem serviçosa de cuidados paliativos e ambulatórios do Hirsch Centro de Saúde. Antes de se juntar ao grupo Chrles E. Smith Life Comunities, foi chefe do Departamento de Cuidados Paliativos no Hospital de S. Francisco em Hartford, CT.

Com pouquíssimos médicos nesta especialidade, a Dra Elisa tem ainda a missão de ensinar e valorizar as capacidades que ligam esta área da medicina, como directora do Hospice and Palliative Medicine Fellowship.

Nascida na vila de Montalegre, emigrou com os pais para os EUA, fixando residência em Brdgeport e por aqui frequentou a primária e a secundária, ingressando depois em várias universidades.

Chegou onde chegou graças à sua indomável vontade de singrar na vida e enquanto jovem, a nossa amiga doutora foi sempre muito dedicada às causas portuguesas, tais como a escola, o folclore, igreja, etc...

Casada com o Sr. Rui Pires e mãe de dois filhos, a Dra Elisa é filha dos montalegrenses António e Fátima Gil e neta materna de Francisco e Elisa Viriato.

José Rodrigues, correspondente do jornal Luso Americano em Bridgeport

Bombeiros de Montalegre dos melhores do mundo

Brilharam no circuito francês de "Le Mans" Há dois barrosões que nunca irão esquecer o que fizeram, no último fim de semana

de janeiro, no mítico circuito automóvel de "Le Mans" (França). Miguel Monteiro e Nuno Batista integraram um grupo, em representação do Clube Automóvel de Vila Real, que participou num seminário de extração de vítimas.

A participação foi de tal ordem que bateram um recorde que existia há 17 anos. O objetivo foi avaliar o desempenho das equipas em provas de circuitos dos campeonatos da FIA, como é o caso da prova do Campeonato do Mundo de Rallycross, feita em Montalegre.

Miguel Monteiro e Nuno Batista fizeram parte de um grupo de 14 elementos da equipa de extração de vítimas do Clube Automóvel de Vila Real, num seminário internacional que se realizou na cidade francesa onde acontece, anualmente, uma das mais tradicionais corridas automobilísticas do Mundo, como é o caso da principal prova do Campeonato Mundial de Endurance da FIA, "As 24 Horas de Le Mans".

Na avaliação, distribuídos por duas equipas, mostraram perspicácia, rapidez e conhecimento. Miguel Monteiro, 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Montalegre, explicou: batemos recordes extraordinários, com muito esforço, dedicação e profissionalismo». Fomos, assume, «dignos representantes de Portugal».

De referir que os tempos de extração de vítimas são extremamente curtos e todos foram superados com distinção. Garantiram, assim, o reconhecimento para as funções de extração pelo período de dois anos em competições da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Em prova esteve cerca de meia centena de equipas de todo o Mundo. Um reforço na segurança dos pilotos que vão participar no Campeonato do Mundo de Rallycross (WRX), que acontece em Montalegre, de 21 a 23 de abril.

In cm-montalegre.pt