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Bases conceituais sobre SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem Profª Kyra Vianna Alóchio

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Bases conceituais sobre SAESistematização da Assistência de

Enfermagem

Profª Kyra Vianna Alóchio

Teorias de Enfermagem- Breve compreensão

• “Uma teoria sugere uma direção de como verfatos ou eventos”- Hickman (2000)

• Historicamente a pratica de enfermagem erasubordinada as praticas médicas;

• Florence Nightingale – Primeira teórica deEnfermagem.

“o papel da enfermeira= pessoa capaz de colocar o paciente na melhor condição

possível”

• Ao escrever Notes on Nursing, Florencedeixou clara a importância da observaçãodetalhadados doentes e do ambiente.

• Hildegard Peplau, em 1952, tratava doprocesso interpessoal entre o enfermeiro epaciente, considerada o marco da primeirateoria de enfermagem no século XX

Componentes de uma teoria

Finalidade

• Explicar o motivopara tal;

• Explicar assituações para seuuso;

Conceito

• Ter significado erepresentatividadetendo por basesexperiências;

• Possuir conceitosconcretos e/ouabstratos;

Pressupostos

• Partir sempre doconhecimento dosenso- comum(crenças)

• Devem serargumentadasfilosoficamente;

Ciclo de formulação de Teorias

Saúde

AmbienteEnfermagem

Indivíduo

•Especificidadesindividuais;•Crenças•Forma doindividuovisualizar a si eaos outros;•Pré-conceitosetc

O uso da teoria na Prática Clínica

• As teorias permitem:

• Organização;

• Tomada de decisão;

• Proposição de estratégias de cuidado;

• Intervenções eficazes;

• Definição de Resultados;

• Avaliação da Eficácia

(TOMEY;ALIGOOD, 2007)

Para sua aplicação se faz necessário:

• Levar em consideração o cenário clínico;

• Determinar os resultados/metas esperadas;

• Avaliar os resultados obtidos;

“ Sem a sua aplicação as teorias se comparam a meras abstrações intelectuais”

O desenvolver do pensamento crítico

• “Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los”

[Isaac Asimov]

São várias as definições para o termopensamento critico mas o que o melhordefine é a de um complexo e continuomovimento de busca, de processosintelectuais, de pensar...

• O enfermeiro frente a constante necessidade detomada de decisão complexas deve utilizar opensamento critico para realizar julgamentos clínicos,baseados nas evidencias e no método cientifico.(ALFARO-LEFREVE, 1996).

• Nos cursos de graduação os alunos devem serpreparados a pensar criticamente, contraponto ovolume abundante de informações que lhes sãotransmitidas, fato que não estimula o pensamentocritico mas tem serias implicações no julgamentoclínico e a tomada de decisão (SPENCER, 2008;FITZPATRICK, 2005)

O processo de enfermagem

Basta ajuizar bem para bem fazer, e julgar o melhor que nos seja possível para fazermos também o nosso

melhor.

René Descartes

O processo de enfermagem envolve o uso de métodossistemáticos e dinâmicos para a prestação de cuidadoshumanizados e orientados para a manutenção dosmelhores resultados. (ALFARO-LEFREVE, 2005);

Horta (1979, p.35) “a dinâmica das açõessistematizadas e inter-relacionadas, visando aassistência do ser humano”

O que é o método científico?• Segundo Potter e Perry, 2005, ‘O método é uma abordagem

para se verificar se um conjunto de fatos correspondem auma realidade’.

1• Identificação do problema

• Coletar dados sobre o problema

2• Formular uma hipótese ou pergunta norteadora

• Testar a hipótese;

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• Avaliar os resultados do estudo (comprovarhipótese) – verificar se a pergunta foirespondida;

Etapas do Processo de Enfermagem:

Investigação

Diagnóstico

Planejamento

Implementação

Avaliação

Investigação• Coleta contínua, planejada e sistemática de

informações de um indivíduo, família ou comunidadesobre o estado de saúde, para monitorar evidencias deproblemas potenciais e fatores de risco(vulnerabilidades).Bunner e Suddart (2005, p. 38) descreve como etapaspara a obtenção do histórico de enfermagem:

• Conduzir a história da saúde;• Realizar o exame físico;• Entrevistar a família ou outras pessoas significativas

para o paciente;• Estudar o registro de saúde;• Organizar, analisar, sintetizar e resumir os dados

coletados;

Nome do paciente:Idade:Sexo:Local de residência:Estado Civil:Telefones de contato:Setor de Admissão: Data: Hora: Queixa principal:

***************************************************Hábitos: (Alimentares, sexuais, eliminatórios, uso de drogas ou substâncias psicoativas, Praticas de Exercício)Fuma: ( )Faz uso de álcool: ( )Utiliza outras substancias ilícitas: ( ) Qual:______________Historia Familiar:Casado ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) Outros ______________Historia Social:Histórico patológico Pregresso: (desde a infância/ juventude/ vacinas, cirurgias e internações anteriores)•Doenças genéticas na Família:•Histórico da doença atual: (inicio de sintomas/ intensidade)

Diagnóstico

• Inclui:

• Diagnosticar problemas reais;

• Prever problemas potenciais;

• Identificar as fortalezas e fragilidadesindividuais;

Sobre o diagnóstico de enfermagem:

• A enfermagem diferencia-se da medicina por não possuiruma taxonomia ou sistema de classificação completa dediagnósticos;

• Determinar um diagnostico de enfermagem requer doenfermeiro conhecimentos técnico- científicos e o uso dojulgamento clinico na tomada de decisão (TANNURE;GONÇALVES, 2008)

• A utilização de uma linguagem padronizada para osdiagnósticos de enfermagem tem por objetivo promover acompreensão entre os enfermeiros sobre o os problemasde saúde dos pacientes; facilitar a comunicação e oplanejamento da assistência; e definir a área de atuação doenfermeiro. (POTTER; PERRY, 2005; DOENGES;MORRHOUSE, 1999)

Taxonomia de NANDA (North American Nursing Association)

• Surgiu com a preocupação com a padronização dalinguagem e definições ganhando proporções significativas;

• Em 1973- 1ª Conferência Nacional sobre Classificação dosDiagnósticos de Enfermagem;

• Em 1982- 5ª Conferência Nacional de Enfermagem,apresentou uma lista com 50 diagnósticos que foi aceita edeu-se a criação do NANDA;

• A primeira Taxonomia de NANDA foi aprovada em 1986 epossuía como eixos os padrões ( trocar, comunicar,relacionar, valorizar, escolher, mover, perceber, conhecer esentir)

• A substituição da Taxonomia I pela II baseada nos padrõesde Respostas Humanas foi no ano de 2001.

Planejamento

• Quando os diagnósticos foram identificados, inicia-se o componente do planejamento assistencial, esta fase engloba:

• Designar as prioridades para diagnósticos de enfermagem e problemas interdependentes;

• Especificar os resultados esperados;

• Especificar as metas imediatas, intermediarias e de longo prazo;

• Identificar as prescrições de enfermagem especificas e adequadas para obtenção dos resultados;

• Identificar as prescrições interdependentes;

• Registrar os diagnósticos de enfermagem, problemas, intercorrências, resultados, metas, prescrições).

• Comunicar para os profissionais adequados qualquer dado do histórico que aponte as necessidades de saúde que podem ser desempenhadas por outros membros da equipe.

Estabelecimento de Metas

Meta Imediata (NIC)

• Demonstraingestão oral etolerância àdieta para odiabetes com1.500 calorias,dividida emtrês refeições eum lanche

Meta Intermediária

• Planeja asrefeições por 1semana combase na lista desubstituiçãopara odiabetes;

Meta de longo prazo (NOC)

• Adere a dietaprescrita paradiabetes;

Situação Identificada (estado de saúde, problema)

Legalmente, a enfermagem pode desenvolver prescrições primarias para alcançar uma meta?

sim não

DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM

As prescrições médicas e de enfermagem são necessárias

para alcançar a meta do paciente?

Prescrever e executar as prescrições que são definitivas para a prevenção, tratamento

ou promoção da saúde SIM NÃO

Recebe alta do cuidado de

enfermagem

NÃOSIM

Problemas Interdependentes

PRESCREVER E IMPLEMENTAR AS PRESCRIÇÕES QUE SÃO DE

DOMÍNIO DA ENFERMAGEM

MONITORAR E AVALIAR A CONDIÇÃO

IMPLEMENTAR AS PRESCRIÇÕES

MÉDICAS OU DE OUTROS MEMBROS

DE EQUIPE

FIGURA RETIRADA DO LIVRO

BRUNNER (2005, P. 43) APUD

CARPENTINI, L,J (2001)

Implementação

• É o processo que envolve a execução do plano de cuidados de enfermagem proposto. A enfermeira assume a responsabilidade pela implementação

• Usam-se as metas de imediatas,intermediárias e de longo prazo.

• Ao passo que se implementa os cuidados se avalia se este está sendo efetivo.

• O plano de cuidados é revisa a medida em que o paciente obtém as respostas sobre as metas. Assim realinham-se as prioridades.

Evolução

• Etapa final e tão quão importante as demais pois permite a determinar a continuidade do plano de cuidados, evolução do paciente, e alcance de metas e objetivos.

• Requer conhecimento do profissional sobre os padrões de normalidade e homeostase.

Requisitos mínimos para a evolução

• Deve ser preenchida data e horário;• Deve ser realizada diariamente para todos os pacientes e refeita em

parta ou totalmente na vigência de alterações;• Na sua elaboração, faz-se necessário realização do exame físico;• Informações complementares devem ser consultadas (evolução e

prescrição, pedidos e resultados de exames complementares);• Deve ser composta com um conteúdo mínimo, de acordo com as

especificidades de cada unidade;• Deve conter: a identificação de problemas novos, que deverão ser

abordados; as respostas dos pacientes aos cuidados de enfermagem e a resolução dos problemas abordados;

• A validade da evolução se dá por um período de 24 horas;• A evolução de alta deve ser constituída: do registro das condições

gerais do paciente na hora da alta hospitalar e o resumo das informações fornecidas

• No caso de transferência do paciente, deveráhaver o registro, na evolução de enfermagem, dascondições gerais do paciente referente a hora desua saída da unidade. A unidade que receberá opaciente deverá confirmar as informações eacrescentar somente os dados que seapresentam modificados e os parâmetrosmensurados no recebimento do paciente.

(BAPTISTA et al, 2008; COFEN, 2002)

• IMPORTANTE: NÃO RASURAR, NÃO USARCORRETIVO, NÃO USAR PALAVRAS COLOQUAIS EGIRIAS, NÃO USAR ABREVIATURAS SEM QUEESTAS SEJAM REGULAMENTADAS, NAO DEIXARESPAÇOS, SEMPRE CARIMBAR AO FINAL.

• DEVEM SER EVITADOS TERMOSGENERALIZADORES COMO “BOM”, “REGULAR”;

• AS INFORMAÇÕES DO CLIENTE, EQUIPE EFAMILIARES – SUBJETIVAS DEVEM VIR ENTREASPAS;

• EM CASO DE ENGANO NA ANOTAÇÃO, USAR APALAVRA “DIGO” ENTRE VIRGULAS E SE O TEXTOFOR EXTENSO “SEM EFEITO”;

• ESTAR INDICADA A CATEGORIA PROFISSIONAL(AE- AUXILIAR DE ENFERMAGEM, TE- TECNICOSDE ENFERMAGEM EST- ESTAGIÁRIOS);

• EVITAR JARGÕES: EX: “PASSOU BEM”, “SEMQUEIXAS” E “SEM INTERCORRENCIAS”, “DORMIUBEM”;

• 09H-Admitida na unidade, transportada em cadeira derodas, acompanhada pelo filho. Verificados os sinaisvitais; foi orientada quanto as rotinas da unidade.Isabel Chaves- COREN-SP xxxxxx TE. 10h30min-Realizada punção venoso periférica com cateter emveia basílica de braço D. Instalado soro e administradositens 3 e 4 da prescrição médica. Isabel Chaves COREN-SP XXXXXX TE. 11h 30 min – Recusou almoço, referealta de apetite, tomou somente o suco. Apresentou Taxilar=38,5º, comunicado enfermeira Lucia Silva emedicada conforme item 5 da prescrição médica.Isabel Chaves- COREN-SP-xxxxx-TE.

Exame Físico

Céfalo Podálico

Estado Geral

Sinais Vitais

Funções Mentais

Cabeça (cabelo, face, olhos, ouvidos, nariz, boca) e

pescoço;

Tórax (pulmões e coração)

Abdome e rins

Pelve (genitais, reto)

Membros

Dorsais

Avaliação dos Sistemas

Estado Geral

Sistema Neurológico

Sistema Respiratório

Sistema Cardiovascular

Sistema Linfático

Sistema Gastrintestinal

Sistema Genitourinário

Aparelho Musculoesquelético

Sistema Tegumentar

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADA:

• Brunner & Suddart. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica. Guanabara Koogan,Rio de Janeiro, 2005. (ÓTIMA AQUISIÇÃO, QUEM PUDER ADQUIRAM O ATUAL)

• POTTER, P.A; PERRY A.G. Fundamentos de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2005.

• CHAVES, Lucimara Duarte. SAE- Sistematização da Assistencia de Enfermagem-Considerações Teoricas e Aplicabilidade. Martinari, São Paulo, 2009. EXCELENTEAQUISIÇÃO, LEITURA DE FACIL ENTENDIMENTO, CONTEÚDO BEM EXPOSTO PARAACADEMICOS.

• ALFARO-LEFREVE, R. Pensamento Critico em Enfermagem: um enfoque prático.Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

• SPENCER, C. Crtitical Thinking in Nursing: Teachind to diverse groups. Teaching andLearning in Nursing, v.3, p 87-89, 2008.

• COFEN . Res . N 272/2002- de 27 de agosto de 2002- Dispõe sobre aSistematização da Assistência de Enfermagem- SAE nas instituições brasileiras.

• HORTA, W. de A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. (ÓTIMAAQUISIÇÃO, POSSUI VERSOES EM PDF DISPONIVEIS NA INTERNET PARADOWNLOAD.)

• CARPENITO-MOYET, I.R. Compreensão do Processo de Enfermagem. Trad. AnaThorell. Porto Alegre: Artmed, 2007.