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Bases para Concepção Estrutural de Edifícios Prof. Sandro Cabral Prof. Marçal Rosas Engenheiro Civil/UFPB Mestre em Eng. Urbana /UFPB Centro Universitário de João Pessoa Curso de Arquitetura e Urbanismo

Bases para concepção estrutural de edificios

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Page 1: Bases para concepção estrutural de edificios

Bases para Concepção Estrutural de Edifícios

Prof. Sandro CabralProf. Marçal Rosas

Engenheiro Civil/UFPBMestre em Eng. Urbana /UFPB

Centro Universitário de João PessoaCurso de Arquitetura e Urbanismo

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Introdução

• A concepção estrutural na arquitetura se refere a definição espacial dos elementos estruturais e seu pré-dimensionamento.

• Esta é uma atribuição do arquiteto, devendo fazer parte do processo criativo, respeitando os princípios técnicos/estruturais.

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Bases históricas

Período clássicoPeríodo clássicoEstrutura e arquitetura intrinsicamente Estrutura e arquitetura intrinsicamente interligadasinterligadasMestre construtorMestre construtor

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Bases históricas

Período góticoPeríodo góticoEstrutura e arquitetura intrinsicamente Estrutura e arquitetura intrinsicamente interligadasinterligadasMestre construtorMestre construtor

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Bases históricas

Período renascentista e barrocoPeríodo renascentista e barrocoAgenda visual e estrutural distintasAgenda visual e estrutural distintasProfunda ruptura entre a visão profissional do arquiteto e Profunda ruptura entre a visão profissional do arquiteto e do engenheirodo engenheiro

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Bases históricas

Período modernistaPeríodo modernistaAproximação da arquitetura do progresso técnico-científicoAproximação da arquitetura do progresso técnico-científico

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Relação entre arquitetos e engenheiros

Arquiteto definidor da forma e engenheiro calculista (Frank Gehry, Zaha Hadid, Daniel Libeskind)

Engenheiro-arquiteto (Felix Candela, Santiago Calatrava, August Perret, Pier Luigi Nervi)

Arquiteto e engenheiro co-autores do projeto (Norman Foster, Antony Hunt, Nicholas Grimshaw, Peter Rice, Richard Rogers)

Fontes:Fontes:Macdonald, Angus. Structure and Architecture.2001 Macdonald, Angus. Structure and Architecture.2001 Revista Architectural Record n. 08/2007Revista Architectural Record n. 08/2007““Engineering the new architecture”Engineering the new architecture”

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Escolha do material estrutural

• Madeira, concreto armado, aço ou alvenaria estrutural?– Fatores técnicos– Fatores financeiros– Fatores estéticos e funcionais

• A madeira não é um material muito utilizado em edifícios de múltiplos pavimentos.

• A alvenaria estrutural impõe limitações à espacialidade projetual que às vezes são indesejáveis.

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orConcreto armado

• Vantagens– Menor custo inicial– Facilidade de moldagem– Facilidade de execução e obtenção de mão de obra– Manutenção

• Desvantagens– Alto peso próprio– Dificuldades para reformas ou demolições– Baixo isolamento térmico em coberturas– Menor velocidade de execução

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Aço

• Vantagens– Precisão construtiva– Menor peso e economia em fundações– Maior flexibilidade e funcionalidade– Reciclabilidade– Menor prazo de execução e antecipação do ganho– Racionalização de materiais e mão de obra

• Desvantagens– Maior custo inicial– Perda de resistência quando exposto ao fogo– Manutenção

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Cultura do concreto x cultura do aço

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Sistemas estruturais para pisos• Sistemas mais utilizados:• Laje-viga-pilar (concreto ou aço)• Laje-pilar (concreto)

• Contraventamento (aço):

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Sistemas construtivos em concreto

• Lajes maciças• Lajes pré-moldadas comuns e

treliçadas

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Sistemas construtivos em concreto

• Lajes nervuradas (um ou duas direções)• Lajes protendidas• Grelhas

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Sistemas construtivos em aço

• Lajes steel deck (mistas)• Pisos Wall• Pisos steel framing• Placas pré-moldadas Steel deckSteel deck

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Sistemas construtivos em aço

• Tipos de viga• Alma cheia• Casteladas e Vierendeel• Treliçadas

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• Lajes em concreto armado• Maciças – 0 a 6 m• Pré-moldadas comuns – 0 a 6m• Pré-moldadas treliçadas – 4 a 7m• Nervuradas – 6 a 10 m• Protendidas – 8 a 15 m• Grelhas – 12 a 20m

• Pisos em aço• Steel deck – 4 a 12 m• Vigas de alma cheia – 3 a 12 m • Vigas casteladas e Vierendeel – 6 a 15 m• Vigas treliçadas – 6 a 20 m

Vãos recomendados

Obs: Do ponto de vista estrutural e Obs: Do ponto de vista estrutural e funcional, as vigas de concreto armado funcional, as vigas de concreto armado podem vencer vãos de até 10 m e as vigas podem vencer vãos de até 10 m e as vigas de concreto protendido podem vencer de concreto protendido podem vencer vãos de 8 a 20m.vãos de 8 a 20m.

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• Escolha do vão médio– Padrão da construção – Sistema estrutural adotado– Perfil do cliente– Necessidade funcional

Vãos recomendados

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• A escolha da modulação mais adequada é relacionada ao sistema estrutural adotado.

• Tipos de modulação:– Quadrada a~b

– Retangular a>>b

• A modulação poderá seguir uma malha pré-definida ou seguir a forma adotada

Modulação

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• Modulação retangular: arco x viga

Modulação

Complexo Olímpico de Atenas ‘Ágora’ Complexo Olímpico de Atenas ‘Ágora’ (Santiago Calatrava)(Santiago Calatrava)

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• Modulação quadrada: laje nervurada

Modulação

Hall of Harbour (Pier Luigi Nervi)Hall of Harbour (Pier Luigi Nervi)

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Modulação

• Balanços Ótimos

Biblioteca Nacional (Oscar Niemeyer)Biblioteca Nacional (Oscar Niemeyer)

Edifícios Super Quadra , Brasília - DFEdifícios Super Quadra , Brasília - DF

OBS: Aconselha-se não utiliar balanços maiores OBS: Aconselha-se não utiliar balanços maiores do que a metade do vão adjacente em edifíciosdo que a metade do vão adjacente em edifícios

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Modulação

• Modulação quadrada: área 600 m2, vão<6m

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Modulação

• Modulação quadrada

Museu de Artes Visuais de São Museu de Artes Visuais de São Paulo (Affonso Reidy)Paulo (Affonso Reidy)

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Modulação

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Modulação

Casa Grelha – Serra de Mantiqueira – SPCasa Grelha – Serra de Mantiqueira – SP(Forte, Gimenes e Marcondes Ferras (Forte, Gimenes e Marcondes Ferras Arq)Arq)Módulos de 5.5x5.5 mMódulos de 5.5x5.5 mVãos de 5.5m para cobertura e 11x5.5 m Vãos de 5.5m para cobertura e 11x5.5 m para o pisopara o piso

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Modulação

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Modulação

Conj. Residencial Pedregulho – RJConj. Residencial Pedregulho – RJAffonso ReidyAffonso ReidyModulação quadradaModulação quadradaBalanços ótimosBalanços ótimosJuntas de dilatação (l<30 m)Juntas de dilatação (l<30 m)

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Alinhamento e orientação

Casa do Baile – Belo Horizonte – MGCasa do Baile – Belo Horizonte – MG(Oscar Niemeyer)(Oscar Niemeyer)

Planta retangularPlanta retangular

Planta Planta quadradaquadrada

Pilares alinhados – Pilares alinhados – sistema com ou sem sistema com ou sem vigasvigas

Pilares não-alinhados Pilares não-alinhados – sistema sem vigas– sistema sem vigas

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Alinhamento e orientação

Willis Faber & Dumas Headquarters, Ipswich, RU Willis Faber & Dumas Headquarters, Ipswich, RU (Norman Foster)(Norman Foster)Laje cogumelo nervurada protendida (vãos 14 m)Laje cogumelo nervurada protendida (vãos 14 m)

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Uniformização• As dimensões dos elementos estruturais com mesmo

tipo de esforço devem ser uniformes dentro de parâmetros aceitáveis.

• Benefícios:– Economia de fôrmas – Rapidez na execução– Facilidade na aquisição de perfis

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• Escadas• Rampas• Elevadores• Prumadas de pilares• Prumadas de instalações e shafts• Reservatório superior

Obs: Geralmente são necessários apoios adicionais na região da casa de máquinas e reservatório superior. Não é necessário ter-se pilares adicionais na escada e fôsso do elevador exceto se estes têm direta conexão com a casa de máquinas e/ou reservatório superior.

Sistemas verticais

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Sistemas verticais• Estacionamento de veículos no pilotis

– As vagas para veículos podem ter 2.5x5.0 m desde que se tenha no mínimo 5m para manobras (Neufert)

– A PMJP aceita vagas de até 2.3x5.1 m mas estas só deverão ser utilizadas se o espaço para manobras for de no mínimo 6m (Neufert)

– Portanto modulações de múltiplos de 2.5 mais a largura dos pilares são mais adequadas para o estacionamento de veículos.

– Exemplos: 7.8 m para três veículos com largura do pilar de 30 cm e 10.4 m para quatro veículos com largura do pilar de 40cm.

– Não esquecer que os pilares não devem ser transladados nos outros pavimentos.

Aon Center, Los AngelesAon Center, Los Angeles

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• A exposição direta ou indireta às intempéries têm sido uma das principais causas de patologias em estruturas de aço, concreto armado, madeira ou alvenaria estrutural.

• A concepção estrutural e o tratamento dado às estruturas pode ser muito diferente dependendo do seu grau de exposição às intempéries.

• O uso de beirais generosos, evitar estruturas enterradas, evitar estruturas expostas, evitar empoçamento de água, etc. são medidas aconselháveis na concepção estrutural, embora não obrigatórias.

Proteção de estruturas